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Heloisa Belinati

OBSTETRÍCIA 4° BIMESTRE
 Medicações.
AULA 1 - 27/09/2022.

Oligoâmnio
→ Causas fetais:

 Rotura prematura de membranas: bolsa


rota.
FISIOLOGIA DO LÍQUIDO AMNIÓTICO
 Infecções.

 Anomalias/cromossomopatias.

 Gestação prolongada: no pós-datismo é


muito comum vermos o bebê nascendo com
pouco líquido. Pode ocorrer, por exemplo, no
caso de uma paciente que começou um pré-
natal muito tardio.
 A principal fonte do líquido amniótico é da
urina do bebê, com a sua deglutição. Além  Trombose e infarto placentário: teve uma
disso, temos o líquido amniótico vindo dos crescente grande com a Covid.
fluidos pulmonares do bebê, e uma pequena
parcela, que é passada pela mãe pela via CLASSIFICAÇÃO
transmembranosa.
→ MEDIDA DO ÍNDICE DO LÍQUIDO
 O sangue da mãe vai para o bebê pelo cordão AMNIÓTICO (ILA):
umbilical, chega no bebê, no bebê tem a
circulação e ele urina. A medida que ele vai
urinando, para o líquido não ir acumulando, ele
vai deglutindo a urina.

DEFINIÇÃO

 É o volume de líquido amniótico abaixo do


esperado para a idade gestacional: então
veremos uma altura uterina abaixo do
esperado.

CAUSAS  Divide-se o útero em 04


quadrantes: determina-se o maior bolsão
→ Causas maternas: vertical em cada quadrante que não contenha
cordão umbilical ou extremidades fetais e a
 Patologias associadas a insuficiência soma desses bolsões em cm é o ILA.
placentária: e das patologias associadas a
insuficiência placentária, temos a doença  Na prática, usamos o ILA: pois ele é o
hipertensiva da gestação. A insuficiência método mais antigo. Ele tem uma interferência
placentária geralmente evolui com maior, mas é o mais fiel.
oligodrâmnio, pois, na insuficiência placentária
não chega líquido/sangue da mãe pro bebê,
fazendo com que ele urine menos.
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 Hiperidratação materna: primeira opção é
por via oral, mas, dependendo do caso,
podemos internar a paciente, fazer hidratação
endovenosa e por via oral. Usamos muito esse
método, tem uma repercussão muito boa. Em
2 horas, injetando 2 litros de água, temos
aumento de 30% do líquido amniótico.

Temos que saber que o índice de líquido


 Se oligodrâmnio e pré-termo: controle da
amniótico normal é de 8 a 18.
vitalidade, com cardiotocografia, por exemplo.

→ MEDIDA DO MAIOR BOLSÃO


→ O fato do bebê mexer muito, não nos
VERTICAL (MBV):
preocupa. O que nos preocupa, dependendo da
idade gestacional, é o bebê que não se movimenta
muito.

→ Se a IG for maior ou igual a 37 semanas, a


conduta resolutiva é a mais indicada, mas não
quer dizer que necessariamente é cesárea.

→ Oligoâmnio severo com ILA <3, a maioria


opta por não induzir, pois pode gerar sofrimento
fetal.

 Ele mede o maior bolsão vertical, fazendo a


medida daquele bolsão isolado, livre de cordão
e partes fetais, visualizado por meio da
ultrassonografia. É muito usado em gestação
Polidrâmnio
gemelar.
DEFINIÇÃO

 É o volume de líquido amniótico acima do


esperado para a idade gestacional.

 Clinicamente: vemos uma altura uterina muito


alta, barrilha brilhosa, com estrias. É uma
paciente mais sintomática, pois a quantidade
de líquido pode causar uma irritação
abdominal, que pode desencadear o trabalho
Temos que saber que o normal é entre 2 e 8.
de parto prematuro.

CONDUTA  Tem associação muito maior com trabalho


de parto prematuro.
 Expectante: essa é a primeira conduta,
principalmente quando estamos diante de
malformações. CAUSAS

 Amnioinfusão: na prática não é muito feito.  Idiopático: não conseguimos explicar porque
Trata-se da introdução de solução salina tem tanta produção de líquido.
guiado por US na cavidade amniótica.
 Diabetes melito materno.
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 Anomalias/malformações: as principais são


Na prática, fazemos principalmente o TO/TG e
atresia de esôfago. Geralmente são
a ultrassonografia morfológica fetal de 2°
malformações relacionada a dificuldade de
trimestre.
deglutição.

 Cardiopatias de alto débito fetal. CONDUTA

 Expectante.
Quando falamos de polidrâmnio, pensamos
sempre em comorbidades maternas, então  Amniodrenagem: guiada por US. É mais
sempre temos que investigar, pelo maior risco de indicada para o alívio da dor da paciente.
prematuridade e pela possibilidade de evitar a
prematuridade.  Controle de vitalidade fetal.

CLASSIFICAÇÃO → Se for polidrâmnio leve e moderado: pode-se


esperar o parto espontâneo.

→ Se for polidrâmnio grave: está indicada a


conduta resolutiva com 37 semanas (pode ser
feito a indução do parto). Tem que tomar cuidado
com o prolapso de cordão.

→ Conduta resolutiva com 37 semanas.

O que temos que saber?


AULA 2 - 04/10/2022.
 ILA: >18.

Sofrimento Fetal
 Maior bolsão: >8.

INVESTIGAÇÃO

 Teste de tolerância oral à glicose 75g: tem → CRÔNICO:


que ser feito de 24 a 28 semanas e tem que
ser feito um jejum de 8 a 12 horas. A glicemia  Redução de O2 ao longo do pré-natal:
de jejum detecta menos do que o TO/TG, o quando a paciente ainda não está em trabalho
TO/TG é mais fidedigno, ele pega 100% dos de parto. Pode ocorrer na trombofilia ou na
casos. pré-eclâmpsia, tudo que interfere na
passagem de sangue da mãe pro bebê.
 Ultrassonografia morfológica fetal de 2°
trimestre: esse exame é de extrema  É um pré-natal de alto risco.
importância.
 Fenômenos adaptativos: começa a vir
 Sorologias pra toxoplasmose, sífilis e sangue com menos O2 pro bebê, então ele
citomegalovírus: no SUS, temos a sorologia prioriza órgãos nobres, ele escolhe para onde
para toxoplasmose e sífilis. ele vai mandar oxigênio. Nesses casos, ele
manda pro cérebro, coração e suprarrenal.
 Amniocentese para estudo de cariótipo
fetal ou PCR para infecções no líquido  Manifestações clínicas: CIUR (crescimento
amniótico: em centros mais especializados. intrauterino restrito) e oligodramnia.

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simetricamente, ou seja, será um bebê
→ AGUDO: pequeno e todos os parâmetros estarão
menores que o percentil 10.
 Redução súbita de O2: pode ocorrer no
descolamento prematuro de placenta, por  Assimétrico/tipo II: insuficiência
exemplo. placentária. É algum problema que surge
na placenta depois da 1ª metade da
 Sofrimento fetal agudo = reanimação gestação. Se ela tiver com 30 semanas, por
intrauterina + parto pela via mais rápida. exemplo, e a placenta começar a ficar
insuficiente, não vai sangue e nutriente pro
 Manifestações clínicas: alterações no BCF bebê, então ele começa a crescer menos,
(cardiotocografia). mas o osso demora mais tempo para sofrer
consequências. Se falta nutriente, ele tira
nutriente do fígado, consome glicogênio
SOFRIMENTO FETAL CRÔNICO hepático e diminui a circunferência
abdominal. Quem sofre a consequência
maior é o abdome, portanto, ele perde
circunferência abdominal, mas a cabeça e
os ossos não sofrem tanta repercussão.

 Dopplervelocimetria: ele “estuda” os


vasos/vascularização. Se pediu um USG e o
bebê estiver crescendo pouco (ele está com
um percentil menor), pode ser que ele só seja
um bebê PIG (pequeno para a idade
gestacional) ou que ele esteja com uma
restrição simétrica. Então faremos um doppler
pra ver como está a vascularização. Se a
O normal tem que estar dentro dessas 2 faixas
vascularização estiver ruim, eu penso que ele
vermelhas. Com relação ao gráfico acima, com 27
está com restrição (CIUR). Se a
semanas, a altura uterina começou a se aproximar
vascularização estiver normal, provavelmente
do percentil 10. Então, ao ver esse gráfico, temos
que o bebê seja PIG.
que pensar que o bebê não está crescendo (CIUR)
ou tem oligodramnia.

→ CIUR (crescimento intrauterino restrito):

 Temos que confirmar a idade gestacional.

 A altura uterina é menor do que o esperado


para a idade gestacional (menor que 3 cm).

 USG = peso fetal < P10.


 Circulação materna: a artéria uterina que
 Tipos: manda o sangue pro útero, então vemos a
 Simétrico/tipo I: início da gestação. É circulação materna através da artéria uterina,
quando teve um agravo, uma infecção que é o sangue da mãe que vai pro bebê. Se
congênita, por exemplo, que não deixa ele o doppler da artéria uterina vir alterado, pode
crescer. Se isso ocorrer no início da ser que seja uma pré-eclâmpsia.
gestação (1° trimestre), ele não cresce
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 Circulação placentária: vemos através da estiver baixo (acidótico), provavelmente ele
artéria umbilical, para ver a troca do sangue está em sofrimento fetal agudo.
da mãe pro bebê e do bebê pra mãe. Um
doppler de artéria umbilical alterado é → Ausculta cardíaca fetal intermitente e
quando tem mais resistência, com diminuição cardiotocografia:
de fluxo.
 Esse é o método que mais utilizamos hoje em
 Circulação fetal: vemos através da artéria dia. Na prática, quando a cardiotocografia está
cerebral média. alterada, já interrompemos a gestação e
acabamos não fazendo o perfil biofísico fetal.
Se fez a cardiotocografia e ela der normal,
Se suspeitamos que ele está crescendo pouco
significa que os outros estarão normais
(no US mostrou que está abaixo do percentil 10),
também. Se fez a cardiotocografia e ela der
pedimos o doppler da artéria umbilical. Se ele der
alterada e der categoria 2, nós podemos fazer
normal, eu penso que é PIG. Se der alterado, eu
o perfil biofísico. Se for DIP II, é parto pela via
peço da artéria cerebral média. Se está
mais rápida.
aumentando o fluxo na artéria cerebral média
(centralização fetal) eu analiso a idade
→ Perfil biofísico fetal:
gestacional para ter a melhor conduta (se
interrompo a gestação ou não). É um tipo de ultrassom aliado à cardiotocografia.
Nele, analisamos 5 parâmetros do bebê:

 Centralização fetal: significa que ele está 1. Cardiotocografia (FCF): o primeiro


priorizando os órgãos nobres, como o coração, parâmetro que se altera no perfil biofísico
suprarrenal e cérebro (não está mandando fetal é a frequência cardíaca - prova.
muito sangue pros membros). Devido a isso, a 2. Movimento respiratório fetal.
mãe pode relatar que o bebê não está se 3. Movimento corpóreo fetal.
mexendo. 4. Tônus fetal.
5. Volume do líquido amniótico.
→ Oligodramnia: ILA < 5CM. MBV <2CM. É a
outra manifestação clínica do sofrimento
Em relação ao perfil biofísico fetal, o primeiro
fetal crônico. Falamos sobre isso na aula
parâmetro que se altera nos casos de hipoxemia
passada.
intraútero é a frequência cardíaca fetal
(cardiotocografia).
SOFRIMENTO FETAL AGUDO

→ Movimentação fetal (mobilograma):


AULA 3 - 11/10/2022.

Infecções na
Pedimos para a paciente comer algo e deitar
em decúbito lateral esquerdo. Se o bebê
mexer umas 5 vezes, significa que está tudo
bem. Mas, se ele não se mexer, pode ser que
esteja dormindo.

→ Microanálise do sangue fetal:


Gravidez
 Não é mais realizado esse método (mas 1.TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO
antigamente era padrão ouro), porque é muito CONCEITOS
invasivo, tinha que romper a bolsa e colocar
uma agulha na cabeça do bebê. Se o pH

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 É uma doença transmitida pelas fezes do
gato, causado pelo protozoário  IgM + IgG -: infecção aguda ou falso-
Toxoplasma gondii. positivo, mas eu já inicio o tratamento.
Como eu comprovaria se é falso negativo
 O problema é a contaminação durante a ou infecção aguda? Refazendo o exame de
gravidez. novo em 3 semanas.

 Tem pouca repercussão materna, portanto,  IgM + e IgG +: não sabemos, pois o IgM
a mãe terá poucos sintomas, como: febre pode ficar positivo até 1 ano. O IgG positiva
baixa, mialgia e adenomegalia. É um quadro rápido e pode persistir positivo até o resto
autolimitado. da vida. Para saber se ela se contaminou
na gravidez ou não, preciso saber se ela
 Tem possível repercussão grave fetal. está com 16 semanas de gravidez ou
menos.
 Menor ou igual a 16 semanas de
FORMAS DE TRANSMISSÃO gravidez. Nesses casos, fazemos o
 Fezes de gatos. teste de avidez. Se deu alta avidez,
significa que o IgG está há muito tempo
(mais de 4 meses), então eu não preciso
 Carnes cruas ou malcozidas.
me preocupar e chamo ela de imune. Se
deu baixa avidez, significa que tem
 Alimentos contaminados.
menos de 4 meses, daí eu considero
como infecção aguda. Prova.
DIAGNÓSTICO  Maior que 16 semanas de gravidez: se
ela estiver com mais de 16 semanas de
Prova
gravidez, eu já considero como infecção
 Clínico: o diagnóstico não é clínico, pois a aguda.
clínica da paciente é muito inespecífica, e tem
mulheres que não apresentam nenhum
sintoma.

CONDUTA
 Sorológico: o diagnóstico é sorológico.
 IgM - e IgG +: suscetível. Significa que ela  Espiramicina 1g VO 8/8 horas: se eu fiz o
nunca teve e não tem toxoplasmose, mas diagnóstico de toxoplasmose aguda, ela usa
ela é suscetível, então ela pode pegar a espiramicina. É uma medicação que trata a
qualquer momento. A conduta será mãe, ela não atravessa barreira placentária. O
prevenção (evitar as formas de objetivo dela é evitar a transmissão vertical
transmissão) e repetir exame. (transmissão placentária).

 IgM - e IgG +: imune. Em algum momento  Investigação fetal:


da vida ela já pegou, devido a isso, eu não  Amniocentese: assim que avaliamos se
preciso repetir mais a sorologia, não preciso tem infecção no bebê. Fazemos
me preocupar mais. amniocentese a partir de 18 semanas.

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 Pielonefrite: disúria, polaciúria, estrangúria +
 USG obstétrica mensal: pode ter febre, calafrios e vômitos. Dor a punho
alterações no feto como calcificação percussão lombar (Giordano +).
cerebral, hepatoesplenogemaglia e
restrição do crescimento. Então se tiver
TRATAMENTO
alterações no ultrassom, significa que o
bebê já está complicado. Prova

→ Bacteriúria assintomática:
Se eu fiz a investigação fetal e mostrou que o
bebê tem infecção, eu uso sulfadiazina +  Antibiótico VO (5-7 dias):
pirimetamina + ácido folínico.  Amoxicilina.
 Cefalexina
COMPLICAÇÕES  Nitrofurantoína.
 Fosfomicina.
 Abortamento.
→ Pielonefrite:
 Óbito fetal.
 Internação + antibiótico IV (exemplo:
 Restrição de crescimento intrauterino ceftriaxona).
(RCIU).
 Importante: realizar a urocultura de
 Toxoplasmose congênita: calcificação controle.
cerebral, microcefalia, hidrocefalia e
hepatoesplenomegalia.
COMPLICAÇÕES
Prova
 Abortamento.
 Em qual momento da gestação é mais
 Amniorrexe prematura.
transmitido o protozoário da mãe para o
 Prematuridade.
feto após a infecção? No final, a transmissão
 Pielonefrite.
é muito alta no final da gravidez.
 Sepse materna.
 E em qual momento é mais grave? Quando
 Qual o motivo da incidência tão alta (20%)
a mãe se contamina no início da gravidez,
de ITU na gestação? Devido às modificações
porém, ela se contamina pouco no começo da
do organismo materno, como aumento da taxa
gestação.
de filtração glomerular, menor motilidade
ureteral e compressão ureteral.
2.INFECÇÃO URINÁRIA NA GESTAÇÃO
 ITU de repetição ou pielonefrite na
FORMAS CLÍNICAS gestação = ATB profilático.
Agente etiológico: E. coli.

 Bacteriúria assintomática: maior ou igual a MEDICAMENTOS NA GESTAÇÃO


105 UFC/mL. É quando não tem sintomas.
CLASSIFICAÇÃO DO FDA

 Cistite: disúria, polaciúria e estrangúria. Aqui,  A: sem riscos. Poucas medicações se


não tem manifestação sistêmica. enquadram aqui, mas como exemplo temos o
ácido fólico e levotiroxina.

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 B: riscos mínimos. Exemplos: paracetamol,  Já é possível realizar um USG obstétrico
plasil, dramin. nessa consulta? Sim, mas não veremos
nada, no máximo, a vesícula vitelínica. O USG
 C: o risco não pode ser afastado. O obstétrico significa que é na gravidez. O USG
benefício supera os riscos, então, se a abdominal nós faríamos a partir de 12
paciente precisa utilizar, ela irá utilizar. semanas.
Envolve 66% das medicações disponíveis.
Exemplos: dipirona (500mg) e buscopam.  A partir de qual idade gestacional é
possível auscultar o BCF? A partir de 6/7
 D: evidência positiva de risco. Não iremos semanas.
prescrever, só iremos utilizar essas
medicações em ÚLTIMO caso. Exemplos:  Quais exames laboratoriais solicitar nessa
anticonvulsivantes (ácido valproico). primeira consulta? Os não sorológicos são:
tipagem sanguínea, hemograma, glicemia e
 X: formalmente contraindicado. Exemplos: urina (urocultura e rotina). Os sorológicos são:
talidomida, misoprostol e metotrexato. toxoplasmose, sífilis, hepatite B e HIV.

 Já é possível solicitar o swab vaginal e retal


AULA 4 - 25/10/2022.
(GBS)? Pode, mas tem um momento certo
Caso clínico: mulher de 27 anos, casada, para realizar esse exame, que é no terceiro
procurou atendimento na UBS com beta-HCG trimestre, de 35 a 37 semanas.
positivo (900). Relata DUM no dia 20/09/2022.
Queixa-se de náuseas e desconforto no  Quais são os principais USG obstétricos
hipogástrio. Nega comorbidades. realizados na gestação? Morfológico do 1°
trimestre (translucência nucal), que eu faço de
EXERCÍCIOS 11 a 14 semanas. E tem USG obstétrico do 2°
trimestre (morfológico do 2º trimestre), que
 Qual é a idade gestacional? 5 semanas e 5 fazemos de 20 a 24 semanas.
dias.
 Paciente relata ter perdido a carteira de
 Qual é a data provável do parto? vacinação. Quais vacinas devem ser
27/06/2023. realizadas nesse momento? 3 doses de
hepatite B, tétano e se tiver no momento da
 Qual o medicamento deve ser prescrito? campanha, tomar a de influenza.
Ácido fólico ou metilfolato. Para as náuseas,
pode ser usado vonau, bromoprida, plasil ou  A partir de quantas semanas será
dramin. Pro desconforto no hipogástrio, pode importante realizar a cardiotocografia? A
tomar o buscopam. partir de 26 a 28 semanas na gestação de alto
risco. Paciente de baixo risco não tem
 O que significa hiperêmese gravídica? indicação, na teoria. Na prática, fazemos para
Quais são os principais fatores de risco? É todas.
um estado patológico. Os principais fatores de
risco são gestação gemelar ou mola. Para  Caso a paciente apresente sangramento
essa paciente, não adianta dar vonau e vaginal, quais seriam as principais
dramin, ela tem muita náusea e vômito, então hipóteses diagnósticas? Abortamento, mola
iremos interna-la de deixa-la de 24 a 48 horas e gravidez ectópica.
em jejum, hidratando, com soro e repondo
eletrólitos.
Resultado de exames

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 TSM: A negativo. ovulação em um ciclo e aumenta a chance de
 Glicemia de jejum: 93. ter gestação gemelar.
 Toxoplasmose: IgG negativo e IgM
negativo.  Reprodução assistida: teve aumento da
incidência de reprodução assistida.
 Como podemos reduzir o risco de
isoimunização Rh? Com a profilaxia.  História familiar: a história familiar só é válida
quando, na família, tiver gestações dizigóticas
 A paciente apresenta fator de risco para (gêmeos diferentes). Se for gêmeos idênticos,
prematuridade? Caso apresente risco, a história familiar não tem relação nenhuma. E
como podemos realizar a profilaxia? Sim, é considerado fator de risco quando falamos
devido a diabetes gestacional. A profilaxia é a da parte materna, não paterna.
progesterona.
 Idade materna: com a idade materna mais
 Em que idade gestacional deverá ser avançada, ter um risco maior de ter gestação
realizado o TOTG 75g? Para essa paciente, gemelar.
não iremos realizar, pois ela já tem diagnóstico
de diabetes.
CLASSIFICAÇÃO
 Qual é a conduta em relação à
toxoplasmose? Não comer carne crua ou mal 1. Número de zigotos.
passada e lavar bem os alimentos. 2. Número de placentas.
3. Número de bolsas amnióticas.

AULA 5 - 05/11/2022. 1.NÚMERO DE ZIGOTOS

Gestação Gemelar
CONCEITOS

 Gestação de alto risco: toda gestação


gemelar eu considero como uma gestação de
alto risco. → Monozigótico:

 Aumento da incidência: vem crescendo cada  Ocorre em 1/3 das gestações gemelares, é
vez mais. menos frequente. Quando vem de um único
zigoto, chamamos de monozigótico (gêmeos
 Pode ocorrer uma gestação gemelar idênticos/univitelínicos). Ou seja, os gêmeos
ectópica: uma gestação gemelar que se tem o mesmo material genético, o fenótipo
desenvolve na trompa uterina. deles é muito parecido (ou quase iguais) e eles
são do mesmo sexo.

FATORES DE RISCO Classificação do monozigótico:

Porque está aumentando a gestação gemelar? Quanto mais demora para se dividir, pior o
prognóstico, pois mais coisas eles vão
 Indução da ovulação: medicação que ajuda a compartilhando.
induzir a mulher ovular, então aumenta a

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Heloisa Belinati
são gerados no mesmo momento. Esse
cenário é muito melhor. Eles podem ser
diferentes e de sexo diferente. Sempre que
for dizigótico, sempre terá 2 placentas e 2
bolsas amnióticas.
 Até o 4° dia: dicoriônica e diamniótica. Só
no quarto dia que começa o desenvolvimento
da placenta. Então se ele se dividir até o quarto 2.NÚMERO DE PLACENTAS
dia, ainda não formou a placenta, então cada
embrião terá sua placenta e sua bolsa Do ponto de vista obstétrico, é isso que nos
amniótica (dicoriônica e diamniótica). Se eles importa.
se separarem até o quarto dia, eles se
comportam praticamente como dizigótico e as  Monocoriônica: 1 placenta. Quando eles
complicações serão bem menores. Esse é um dividem a mesma placenta, será uma
cenário bom. gestação gemelar de maior risco.

 4° ao 8° dia: monocoriônica e diamniótica.  Dicoriônica: 2 placentas.


Se ele demorar para se dividir, começa a
formar as estruturas, ou seja, começou a
formar a placenta, não tem como ela se 3.NÚMERO DE BOLSAS AMNIÓTICAS
separar mais. Então chamaremos de
monocoriónica (1 placenta) e diamniótica (2
bolsas amnióticas), pois a placenta se forma
antes da bolsa amniótica.

 8° ao 12° dia: monocoriônica e


monoamniótica: no oitavo dia forma o âmnio,
então já formou a bolsa amniótica. Eles
 Monoamiótica: eles tem a mesma bolsa
compartilharão da mesma bolsa e da mesma
amniótica, dentro da mesma cavidade, é o pior
placenta. Esse é o pior cenário, pois eles
prognóstico.
estão dentro da mesma cavidade amniótica.

 Diaminótica: tem 2 bolsas amnióticas.


 Após o 12° dia:
monocoriônica e
monoamniótica. Se eles se
dividirem após o 12° dia, será
monocoriônica e
monoamniótica, mas será
uma gemelaridade imperfeita, também
chamada de gêmeos siameses (indicação
absoluta de cesárea), eles começam a dividir
os próprios corpos.

→ Dizigótico:
DIAGNÓSTICO
 É o mais comum, ocorre em 2/3 dos gêmeos.
 Altura uterina (AU) maior do que o
São 2 zigotos, 2 espermatozóides fecundando
esperado para a idade gestacional.
gametas femininos diferentes. Cada um terá
sua placenta e sua bolsa amniótica. Os
 Ultrassonografia: é a melhor maneira de
gêmeos serão completamente diferentes, só
fechar o diagnóstico. Conseguimos ver dois
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Heloisa Belinati
bebês, conseguimos ver a quantidade de
placentas e bolsas amnióticas, mas não  Diabetes gestacional: tem mais placenta,
conseguimos dizer se é monozigótico ou mais lactogênio placentário, que aumenta a
dizigótico. Porém, quando vemos que é resistência insulina. Então tem risco dela não
monocoriônico e monoamniótico, sabemos conseguir compensar com a produção de
que é monozigótico (que vieram do mesmo insulina e tem risco de desenvolver diabetes
embrião). gestacional.
 Sinal do lambda: dicoriônica (2
placentas). Nós analisamos os sinais,  Óbito unifetal: a conduta é expectante
pois, ao ver a imagem à esquerda, quando isso ocorre no início da gravidez, mas
sabemos que é diamniótica, mas não tem chance dela desenvolver coagulopatia na
sabemos se tem 1 ou 2 placentas. Quando medida que a gravidez vai avançando.
tiver o sinal “grosso”, significa que ali tem
bastante tecido, é uma membrana grossa,  Síndrome da transfusão
significando que é dicoriônica. Ficamos feto-fetal (STFF): só ocorre
mais tranquilos nesse cenário. nas monocoriônicas (1
placenta). São mais raras.
 Sinal do T: monocoriônica (1 placenta). Pode ocorrer anastomose
Analisando a imagem à direita, vemos uma placentária (anastomose
membrana fina, então é monocoriônica, arteriovenosa), fazendo um
aqui é mais preocupante. Mas são 2 bolsas enovelamento dos vasos, e um bebê começa
amnióticas nos dois cenários a doar seu sangue pro outro feto (um passa a
(diamniótica). ser o doador e o outro, receptor). O doador
cresce menos, ele não urina (oligodrâmnio). O
receptor cresce mais e urina mais
(polidrâmnio). Quem morre primeiro é o bebê
que está maior, geralmente é de insuficiência
cardíaca. Se passou das 30 semanas, eu
avalio realizar o parto. Se identificarmos isso
com 18/20 semanas, podemos realizar a
laserfetoscopia (cauterizar a anastomose).

COMPLICAÇÕES PARTO

 Prematuridade. → Observação:

 Hiperêmese gravídica: se tem mais placenta, G1 é o bebê que está mais próximo
tem mais HCG e consequentemente tem mais da saída da vagina, que está
chance de ter náuseas e vômitos. insinuando.

 Placenta prévia: quanto mais placenta, maior Prova


risco dela se implantar lá embaixo.
 G1 cefálico: posso tentar a via obstétrica
(parto vaginal). Ele está próximo da saída da
 Hemorragia puerperal: devido a distensão
vagina, ele está mais encaixado. Quando o G1
uterina.
estiver cefálico, eu posso tentar o parto
vaginal, não sendo indicação de cesariana.
 Pré-eclâmpsia: devido a maior massa
placentária, tendo mais risco de ter defeito da
segunda onda de invasão trofoblástica.
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 G1 não cefálico: cesariana. Quando o Hipotálamo –> TRH –> hipófise –> TSH –>
primeiro não estiver cefálico, tem indicação de tireoide –> T3 e T4.
cesariana.
Tem o eixo
 G2 > G1 (25%) = cesariana. hipotálamo-hipófise-
tireoide, na qual o
hipotálamo libera o
→ INDICAÇÕES DE CESARIANA: TRH, que chega na
hipófise e libera o TSH
e que estimula a
 Gestações monoaminióticas (1 bolsa
tireoide a produzir os
amniótica): pois tem risco do cordão de um
hormônios T3 e T4.
enrolar no outro.
Por feedback
negativo, o T3 e T4
 3 ou mais fetos.
inibem a hipófise e o
hipotálamo. Quando
 Gêmeos unidos/siameses.
ocorre a formação dos
hormônios T3 e T4, precisamos juntar o iodo com
 STFF.
a tireoglobulina e, para fazer essa ligação,
precisamos da enzima TPO.

Doenças O TSH é muito parecido com a molécula do HCG,


então no começo da gravidez, quando tem a
elevação do HCG, ele vai na tireoide e age como

Intercorrentes na
se fosse o TSH, por isso ocorre a queda do TSH
na gravidez, e isso é normal.

Gestação 1.1 HIPOTIREOIDISMO

DEFINIÇÃO
Como a doença interfere na gestação e como a
 No hipotireoidismo, o T4 livre está diminuído
gestação interfere na doença.
e o TSH está aumentado. A principal causa de
hipotireoidismo no Brasil é a Tireoidite de
1.DOENÇAS DA TIREOIDE
Hashimoto (doença autoimune), então o anti-
CONCEITOS TPO é +.

→ Quando rastrear? (Na prática, sempre  Hipotireoidismo subclínico: é quando o TSH


rastreamos). está aumentado mas o T4 livre ainda não caiu
muito. Na prática, tratamos essa paciente, pois
 História pessoal ou familiar. essa medicação é segura na gravidez e tem
risco baixo de complicação.
 Sintomática.
QUADRO CLÍNICO
FISIOLOGIA
 Os sinais e sintomas muito semelhantes ao
→ Eixo hipotálamo-hipófise-tireóide: fisiológico da gravidez: ganho de peso,

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sonolência e queda de cabelo. Por isso é tão para o bebê, pois pode suprimir a tireoide do
importante o rastreamento. mesmo.

COMPLICAÇÕES TRATAMENTO

No hipotireoidismo descompensado.  Propiltiouracil: usamos no primeiro trimestre.


Mas pode passar pro bebê e é associado a
 Abortamento. hepatite fulminante.

 Prematuridade.  Metimazol: usamos no segundo e terceiro


trimestre, pois, se usar no começo da gravidez,
 Déficit cognitivo (prova): é uma complicação pode gerar malformações no bebê.
muito característica do hipotireoidismo, pois o
feto precisa do T4 para ajudar no
desenvolvimento cerebral. AULA 6 - 08/11/2022.

2.LÚPUS NA GESTAÇÃO
TRATAMENTO
CONCEITOS
 Levotiroxina: manter TSH < 2,5 mUI/mL.
 Doença autoimune.

1.2 HIPERTIREOIDISMO  Piora na gravidez devido a resposta TH2.

DEFINIÇÃO  Avaliação pré-concepcional: se ela


engravidar com a doença ativa ou com um
 É menos comum que o hipotireoidismo.
intervalo de remissão curto, a chance de
reativar na gravidez é muito grande.
 Sinais e sintomas: estado hiperdinâmico.
 Pré-natal: as consultas tem que ser mais
 Aqui, a paciente terá excesso de T4 e
frequentes no pré-natal.
diminuição do TSH (o valor do TSH é <0,1).
A principal doença relacionada ao
 Portanto, a paciente com lúpus pode
hipertireoidismo é a doença de graves, que é
engravidar, mas tem que ter alguns cuidados.
uma doença autoimune.
E, se ela engravidou com menos de 6 meses
de remissão, a doença pode reativar.
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
 Abortamento.
 Abortamento.
 Prematuridade.
 Óbito fetal.
 Crise tireotóxica.
 Lúpus neonatal: anti-Ro.
 Hipertireoidismo fetal.

 Hipotireoidismo fetal: quando ocorre a TRATAMENTO


passagem da DATs (drogas antitireoidianas)
 Hidroxicloroquina.
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 Trombose arterial ou venosa.
 Corticoide.

 Azatioprina: caso a paciente tenha que usar TRATAMENTO


um imunossupressor, esse é o utilizado.
 AAS + heparina.

PARTO  Se diagnosticarmos e tratarmos a paciente


adequadamente, a taxa de sucesso é de
 Via obstétrica: pode ser parto vaginal ou 85%.
cesariana.
PARTO

3.TROMBOFILIAS NA GESTAÇÃO  Via obstétrica: mas, se for cesariana, pelo


menos umas 12 horas antes do parto tem que
SÍNDROME DO ANTICORPO suspender a medicação. Se for via vaginal,
ANTIFOSFOLIPÍDEO (SAF) assim que desencadear o trabalho de parto
devemos suspender a medicação também.
 É uma doença autoimune, na qual as
pacientes tem autoanticorpos contra as
proteínas ligadas aos fosfolipídeos. Pode 4.HEPATITES NA GESTAÇÃO
ocorrer trombos venosos ou arteriais.
4.1 HEPATITE B
 Trombofilia autoimune adquirida: pode
ocorrer abortamento de repetição.  Risco de transmissão vertical.

 Rastreamento: HBsAg.
DIAGNÓSTICO
 Vacinação: tem que ter 3 doses para ter o
Podemos fazer o diagnóstico na gravidez ou esquema completo.
antes da paciente engravidar.
 Tratamento: tenofovir (TDF).
→ 1 critério clínico + 1 critério laboratorial:
 Parto: via obstétrica.
 Critério clínico: se tiver abortamento de
repetição (3 ou mais abortamentos  Amamentação: liberada.
consecutivos), pré-eclâmpsia, óbito fetal ou
trombose arterial ou venosa.
→ Recém-nascido filho de mãe com
 Critério laboratorial: anticoagulante lúpico, hepatite B:
anticardiolipina e anti-beta 2 glicoproteína I.
 Vacina na sala de parto.
COMPLICAÇÕES
 Imunoglobulina, se a mãe for HBsAg+.
 Abortamento de repetição.
Exercício: primigesta de 38 semanas, deu
entrada na maternidade em trabalho de parto
 Pré-eclâmpsia (precoce).
inicial. Durante o pré-natal apresentou os
seguintes exames: HBsAg+, Anti-HBe+ Anti-
 Óbito fetal.

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HBc+. Qual alternativa correta? Que a via de parto RASTREAMENTO/DIAGNÓSTICO
poderá ser vaginal.
→ Rastreamento no pré-natal:

 Primeira consulta, terceiro trimestre e no


4.2 HEPATITE C momento do parto.

 Nada a fazer.  Podemos fazer o teste rápido e VDRL.

 Parto: via obstétrica.


TRATAMENTO
 Amamentação: liberada. Mas não podemos
deixar a mãe amamentar se tiver fissura no  Penicilina G benzatina: na fase primária e
mamilo. secundária daremos somente 1 dose. Na fase
latente e na terciária, o tratamento são com 3
doses, uma em cada semana (mas são 2
5.SÍFILIS NA GESTAÇÃO picadas cada vez). Portanto, de acordo com o
estágio clínico da doença, tem variação nas
Prova doses do medicamento.

CONCEITOS
6.HIV NA GESTAÇÃO
Transmissão vertical.
CONCEITOS
→ Estágios clínicos:
 Aconselhamento pré-concepcional.
 Primária (cancro duro): é a
lesão de bordos endurecidos,  Rastreamento no pré-natal: primeira
fundo liso e indolor. consulta, terceiro trimestre e no momento do
parto.
 Secundária (roséolas):
são lesões que acometem  Transmissão vertical: o que eu faço para
a palma de mão e planta evitar? Se a paciente já sabia que tinha HIV e
de pé. fazia o uso de antirretrovirais antes da
gestação, geralmente ela continua usando
 Latente (assintomática). esses medicamentos. Se ela descobrir durante
a gravidez, ela usa:
 Terciária (neurossífilis).  Tenofovir (TDF).
 Lamivudina (3TC).
 Dolutegravir (DTG).
COMPLICAÇÕES

 Abortamento. PARTO

 Óbito fetal. Prova

 Sífilis congênita: é o RN → A via de parto depende da carga viral:


cheio de lesões, e pode ter
malformações, risco de Quando a paciente tiver de 34 semanas,
cardiopatia e neuropatia. fazemos a carga viral:

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 Se a carga viral estiver baixa (<1.000): posso COMPLICAÇÕES
fazer parto vaginal.
 Crescimento intrauterino restrito (CIUR):
 Se a carga viral estiver alta (igual ou para controlar o crescimento do bebê, temos
>1.000): cesariana eletiva. que realizar o USG mensal durante toda a
gravidez.

→ Nas duas situações acima, iremos fazer  Eventos tromboembólicos: não sabe se
zidovudina (AZT) intravenoso. Temos que ter aumenta, até porque a própria gravidez possui
todo cuidado possível para ter uma menor chance risco de eventos tromboembólicos.
de transmitir para a criança.
 Parto prematuro: não sabe se realmente está
→ Se a carga viral da mãe for indetectável, não tendo parto prematuro por COVID.
existe transmissão da mãe para o bebê.
 Sem relatos de malformação ou
abortamento.
→ Cuidados durante o trabalho de parto:

 Vou tentar expor o mínimo possível o risco da PARTO


mãe sangrar, para não deixar os fluidos da
mãe se misturar com os do bebê. → Síndrome respiratória aguda grave:

 Não pode amamentar filho de mãe HIV+,  <24 semanas: priorizar o bem-estar materno.
mesmo que a carga viral da mãe seja
indetectável. Podemos dar comprimidos pra  >24 semanas: cuidados clínicos maternos.
ela “bloquear” a amamentação.

8.CARDIOPATIAS NA GESTAÇÃO
7.COVID-19 NA GESTAÇÃO
CONCEITOS
CONCEITOS
 Estratificação de risco: terei que analisar as
 Internação em UTI: 1-5%. A maioria são cardiopatias.
casos leves.  Grupo 3: tem até 50% de mortalidade
materna. Portanto, nesses casos, falamos
 Atenção: 7º ao 10º dia de infecção. para a paciente não engravidar.

 Pior prognóstico: obesidade, diabetes e  Interrupção voluntária da gestação: quando


doenças cardiovasculares. tem risco materno, não tem um limite mínimo
para poder interromper a gravidez.
 Transmissão vertical é incomum.

FISIOLOGIA
 Amamentação: pode amamentar, mas tem
que ter cuidados.
→ Modificações cardiovasculares do
organismo materno:
 Vacinação: é recomendada, sempre
orientando que não existe estudos a longo
 Aumento da volemia (50%), aumento de débito
prazo sobre os riscos futuros pro bebê.
cardíaco (palpitação), menor resistência

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vascular periférica (menor PA) e menor retorno
venoso (edema e varizes).

PARTO

 Geralmente vaginal: mas podemos usar


analgesia de parto e fórcipe.

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