Tipos de Ato
Legislativo
Fase da Iniciativa
Quem pode avançar com uma proposta de lei
à Assembleia da República? (art.167/1)
• Deputados e grupos parlamentares
• Governo (tem sempre que, primeiro,
aprovar a proposta de lei em sede de
Conselho de Ministros, art.200/1, c)
• Grupos de cidadãos
• AL das RA, em matérias das RA
Exceções:
Lei • Art.167/2 (“Lei Travão”): só o Gov
(atos legislativos aprovados pode apresentar propostas para
pela Assembleia da aumentar despesas/diminuir receitas
República) durante o ano
• Art.161, g): estas leis só podem ser
propostas pelo Gov
• Art.226/1: aqui só as AL das RA têm
iniciativa
• Leis de revisão constitucional só
podem ser propostas pelos Deputados
(art.285/1)
A iniciativa compete normalmente ao Ministro
competente na matéria do projeto de
decreto-lei e, em geral ao Primeiro-ministro.
Mas, qualquer membro do Conselho de
Ministros pode submeter para aprovação uma
Decreto-lei proposta de decreto-lei.
(atos legislativos aprovados
pelo Governo)
Esta tabela é meramente indicativa e não substitui a consulta dos manuais recomendados. Para o procedimento legislativo recomenda-se o Manual do Prof. Melo Alexandrino
Fase da Discussão e Aprovação
Depois da apresentação da proposta de lei, há 3 fases para a sua
aprovação pela Assembleia da República.
Discussão e votação na generalidade:
• No plenário
• Votação por maioria simples (art.116/3)
Discussão e votação na especialidade:
• Revogação costumeira do art.168/3 – são por norma as
comissões que discutem e votam na especialidade
• A exceção é a obrigatoriedade de votação na especialidade
do art.168/4
• Art.168/5 (parte final): as leis que versem sobre o art.255
têm de ser aprovadas por maioria absoluta na especialidade
Votação final global:
• No plenário
• Leis Orgânicas (art.166/2): têm de ser aprovadas por maioria
absoluta, art.168/5)
• Leis sobre o art.255 – maioria absoluta na votação final
global (art.168/5)
Art.168/6: GOMES CANOTILHO entende que leis que versem sobre
as alíneas deste artigo carecem de ser aprovadas por maioria de 2/3
dos deputados em funções, em todas as três votações.
As leis de revisão constitucional são também aprovadas por 2/3 dos
deputados em funções (art.286/1)
ATENÇÃO: verificar sempre se existe quórum (art.116/2)
A aprovação dos decretos-lei compete ao Conselho de Ministros
(art.200/1, d)).
Este órgão pode deliberar por maioria ou por consenso, ou seja, por
unanimidade.
Como tende sempre a prevalecer a vontade do Primeiro-ministro,
BLANCO DE MORAIS fala de uma “colegialidade imperfeita”.
Uma vez aprovado, o decreto-lei deve ser assinado pelo PM e pelos
ministros competentes em razão da matéria (art.201/3).
Fase de Intervenção Presidencial
Ao receber o diploma, o Presidente tem 3 opções:
Promulgar:
• Tem de o fazer nos 20 dias seguintes a receber o diploma (art.136)
• No caso de leis orgânicas, tem sempre de esperar pelo menos 8 dias
porque também o PM e 1/5 dos deputados podem pedir a fiscalização
do TC (art.278/4 e 7)
• Depois da promulgação, deve ainda o PM referendar o ato antes da
sua publicação (art.140)
• A falta de promulgação ou de referenda rende o ato legislativo
inexistente (art.137 e 140/2)
Veto político:
• Art.136/1: o PR, por razões meramente políticas discorda do diploma
e veta-o, devolvendo-o à AR
• A AR pode vir a confirmar o diploma, aprovando-o novamente por
maioria absoluta ou por 2/3 (art.136/2 e 3)
• Caso isso aconteça, o PR será forçado a promulgar dentro de 8 dias
• Não é possível em leis de revisão constitucional (art.286/3)
Veto jurídico
• O PR acha que há problemas de constitucionalidade e por isso envia o
diploma para o TC (art.136)
• Se o TC declarar o diploma inconstitucional, então o PR é forçado a
vetá-lo (art.279/1)
• A AR pode ainda assim confirmar o diploma por 2/3 (art.279/2)
• Nessa situação, a promulgação do PR é discricionária
Ao receber o diploma, o Presidente tem 3 opções:
Promulgar:
• Tem de o fazer nos 40 dias seguintes a receber o diploma (art.136/4)
• Depois da promulgação, deve ainda o PM referendar o ato antes da
sua publicação (art.140)
• A falta de promulgação ou de referenda rende o ato legislativo
inexistente (art.137 e 140/2)
Veto político:
• Art.136/1: o PR, por razões meramente políticas discorda do diploma
e veta-o, devolvendo-o ao Governo
• O Governo, que não pode ultrapassar o veto, ou muda o decreto-lei
ou então converte-o em proposta de lei para a AR
Veto jurídico
• O PR acha que há problemas de constitucionalidade e por isso envia o
diploma para o TC (art.136)
• Se o TC declarar o diploma inconstitucional, então o PR é forçado a
vetá-lo (art.279/1)
Esta tabela é meramente indicativa e não substitui a consulta dos manuais recomendados. Para o procedimento legislativo recomenda-se o Manual do Prof. Melo Alexandrino