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Portifólio Capa
Portifólio Capa
MANGUEIRINHA 2023
NOME
PRATICA DE FORMAÇÃO
Prática de Formação tem como proposta ser espaço que articula a formação teórico-prática do
aluno, considerando o conhecimento nas diferentes disciplinas. O Projeto Político Pedagógico
como documento norteador da Escola e dos professores que lecionam no Curso, deverá ser
organizado no sentido de garantir que a Prática de Formação seja um elo da integração desse
conhecimento que se efetivará via Estágio Supervisionado na Prática de Ensino ou ação docente.
Toda a organização da pratica de formação acompanha às mudanças propostas para o Novo Ensino
Médio, tendo como fundamentação as legislações próprias do curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Modalidade Normal em Nível
Médio, que são a Resolução CEB/CNE Nº 02/99, o Parecer CEB Nº 01/99 e a Deliberação CEE
N.º 10/99.
A disciplina de Prática de Formação, que se estrutura em parte prática e parte teórica, segue com
as 800 horas indicadas pelas legislações específicas do curso e serão distribuídas entre as três
séries a serem cursadas no contraturno em 5 horas/aulas semanais. Para que se possa cumprir a
carga horária total obrigatória, haverá complementação por meio de parcerias com as instituições
educacionais afins. Essa disciplina exige o cumprimento total da carga horária. Por seu caráter de
indissociabilidade entre teoria e prática, a disciplina da Prática de Formação perpassa todas as
outras disciplinas do curso ao longo do curso, pois consolida os conhecimentos trabalhados em
todo o processo formação do estudante.
A Prática de formação deve ser compreendida enquanto espaço que oportunize a efetivação do
conhecimento e dos saberes necessários à prática docente. É o momento de problematização da
prática pedagógica, um lugar de produção de conhecimento.
INTRODUÇÃO
A avaliação é parte integrante da prática educativa e também da prática social. Isto significa que,
a todo momento estamos avaliando, comparando e revendo as nossas ações, de modo a decidir
sobre a sua continuação, modificações ou até mesmo interrupção dessas. Nesse sentido, a
avaliação permeia todas as ações humanas e exerce um papel importante no processo de
desenvolvimento do homem. Ela tem uma dimensão formadora, pois promove o desenvolvimento
humano em qualquer esfera da vida cotidiana.
Segundo Luckesi, articulada à função básica da avaliação formativa, estão outras quatro funções
que devem se considerar no processo avaliativo, quais sejam:
- a função de propiciar a auto compreensão tanto do educando quanto do educador;
- a função de motivar o crescimento. Na medida em que ocorre o reconhecimento do limite e da
amplitude de onde se está, descortina-se uma motivação para o prosseguimento no percurso de
vida ou de estudo que se esteja realizando;
- a função de aprofundamento da aprendizagem. Quando se faz um exercício para que a
aprendizagem seja manifestada, esse mesmo exercício já é uma oportunidade de aprender o
conteúdo de forma mais aprofundada;
A avaliação deve ser conscientemente articulada à concepção de mundo, de sociedade, de
educação, de trabalho, de cultura e por fim, do ensino que queremos, permeando toda a prática
pedagógica, levando o aluno a mudança de postura, de propostas criativas e inovações e empenho
costante nas atividades desenvolvidas
Enfim, diagnosticar o que está sendo aprendido ao longo do processo ensino aprendizagem, de
forma contínua e com uma diversidade metodológica que propicie condições de avaliar o grau de
aprendizagem dos alunos, no coletivo e no particular.
São considerados procedimentos de avaliação para a disciplina de Prática de Formação:
- As relações teórico-práticas estabelecidas;
- A utilização de técnicas de ensino, procedimentos metodológicos e recursos didáticos coerentes
com os objetivos propostos;
- Domínio, exatidão, segurança e atualidade dos conteúdos apresentados; - Pontualidade na
elaboração e entrega das atividades propostas
OBJETIVO GERAL
Conhecer a organização da educação básica por meio dos documentos legais que amparam as
instituições de ensino, vivenciando os conceitos e eixos norteadores do trabalho pedagógico na
Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, como o espaço e o tempo escolar,
observando a práxis pedagógica dos professores.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
BLOCO 1
BLOCO 2
BLOCO 3
"Ser professor é ter dedicação e ser movido pela missão de mudar a vida de seus alunos e
das famílias. É uma profissão que permite aprendizados diários e troca de experiências! "
Paulo Freire
O PROFESSOR NO COTIDIANO ESCOLAR
Os desafios para a prática docente discutidos acima dizem respeito, sobretudo, à dinâmica que se
estabeleceu no mundo contemporâneo – regido, principalmente, pelas relações que se dão a partir
da tecnologia. Nesse mundo, a instituição de ensino deixa de ocupar seu papel de templo absoluto
do conhecimento e passa a se tornar um dos espaços onde é possível construí-lo!
Estímulo ao pensamento crítico: Uma educação que preza pelo desenvolvimento de habilidades
como autonomia passa necessariamente pelo estímulo ao pensamento crítico, isto é, estímulo ao
pensamento que reflete, analisa e critica, de forma responsável, todas as informações e opiniões
com as quais se depara.
Diante de um oceano de informações que parece infinito, uma das habilidades fundamentais para o
professor voltado ao futuro não é mais apenas buscar transmitir o conhecimento “certo”, e sim
auxiliar seus alunos a construir parâmetros e critérios robustos que os permitam “navegar” por esse
oceano sem cair em informações falsas ou deturpadas. Pelo contrário: o estudante deve ter
autonomia suficiente para não apenas reproduzir conteúdos de forma automática, e sim consumi-
los com consciência.
Empatia: Essa é uma habilidade essencial para qualquer pessoa que viva em sociedade no mundo
contemporâneo. Desenvolver a empatia é fundamental para que o professor desenvolva um senso
de profundo respeito e parceria com seus estudantes, entendendo suas facilidades e dificuldades,
suas aspirações e limitações. Saber se colocar no lugar do aluno, mesmo que ele seja de uma
geração muito diferente da sua, é essencial para o desempenho do papel do professor na
atualidade.
FUNÇÃO DA ESCOLA
•Educaçãoé:
a) Processo e prática social constituída e constituinte das relações sociais mais amplas;
b) Processo contínuo de formação;
c) Direito inalienável do cidadão.
• A prática social da Educação deve ocorrer em espaços e tempos pedagógicos diferentes, para
atender às diferenciadas demandas
• Como prática social, a educação tem como lócus privilegiado a escola, entendida como espaço
de garantia de direitos;
• Devemos trabalhar em defesa da educação pública, gratuita, democrática, inclusiva e de
qualidade social para todos ;
É indispensável à escola, portanto:
• Socializar o saber sistematizado; • Fazer com que o saber seja criticamente apropriado pelos
alunos;
• Aliar o saber científico ao saber prévio dos alunos (saber popular);
• Adotar uma gestão participativa no seu interior;
•Contribuir na construção de um Brasil como um país de todos, com igualdade, humanidade e
justiça social.
a) A formação do sujeito deve contemplar o desenvolvimento do seu papel dirigente na definição
do seu destino, dos destinos de sua educação e da sua sociedade;
b) Formar o cidadão, construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário,
crítico, ético e participativo;
FUNÇÃO DA ESCOLA:Compromisso com a formação do cidadão e da cidadã com
fortalecimento dos valores de solidariedade, compromisso com a transformação dessa sociedade
Para que a escola possa cumprir a função que lhe compete “não é suficiente à existência do saber
sistematizado. É necessário convertê-lo em saber escolar, isto é, dosá-lo e seqüenciá-lo para efeito
do processo de transmissão-assimilação no espaço e tempo escolares.” (SAVIANI, 1985, p. 28)
É preciso resgatar a função social da escola: “acesso à cultura letrada” transformando-a “em
cultura escolar” (SAVIANI, p.27) de caráter científico.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O reconhecimento do direito à Educação Infantil é muito recente em nosso país. Pode-se destacar
o compromisso do Estado com a efetivação e garantia desse direito somente a partir da
Constituição Federal de 1988. Nesta aparece como dever do Estado garantir “atendimento em
creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade” (art. 208, inciso IV, modificado pela
Emenda Constitucional nº 53/2006). Dever este, reafirmado no Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/1990, art. 54, IV). Uma importante conquista para a Educação Infantil
foi a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, que
a reconheceu como primeira etapa da educação básica, conforme o estabelecido no artigo 29, e tem
por finalidade, o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos de idade15, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade. Ao reconhecer a Educação Infantil como primeira etapa da educação básica, tanto a
Constituição, como a LDB estabelecem o ente federado responsável pela sua oferta. Segundo o
artigo 211, § 2º daConstituição Federal de 1988,modificada pelaEmendaConstitucional nº14/1996,
essa é de responsabilidade dos municípios. E na LDBEN nº 9.394/96, essa responsabilidade é
reafirmada no artigo 11, inciso V. Vale ressaltar que essa responsabilidade é maior com relação ao
ensino fundamental, por ser um nível de ensino obrigatório.
As instituições de educação infantil, CEIs, creches e pré-escolas são, portanto, instituições que
visam responder ao direito da criança à educação. Essa educação é complementar àquela oferecida
pela família e tem caráter próprio, por ocorrer em um espaço coletivo, público e, sendo assim,
diverso do contexto privado da família. As IEIs cumprem finalidades e princípios das instituições
educacionais, como a democratização do acesso aos bens culturais e educacionais, o pluralismo de
idéias, o respeito à liberdade e o apreço à tolerância.
A Deliberação 02/05 do Conselho Estadual de Educação do Paraná determina, em seu Artigo 11,
que a Instituição de Educação Infantil, ao elaborar sua Proposta Pedagógica, deverá explicitar:
I - as concepções de infância, de desenvolvimento humano e de ensino e aprendizagem;
II - a articulação entre as ações de cuidar e educar;
III - as características e as expectativas da população a ser atendida e da comunidade na qual se
insere;
IV - o regime de funcionamento, preferencialmente de forma ininterrupta durante o ano civil; V - a
descrição do espaço físico, instalações e equipamentos;
VI - a definição de parâmetros de organização de grupos e relação professor/criança;
VII - a seleção e organização dos conteúdos, conhecimentos e atividades no trabalho pedagógico;
VIII - a gestão escolar expressa através de princípios democráticos e de forma colegiada;
IX - a articulação da educação infantil com o ensino fundamental, garantindo a especificidade do
atendimento das crianças de zero a seis anos de idade;
X - a avaliação do desenvolvimento integral da criança;
XI - a avaliação institucional;
XII - a formação continuada dos profissionais da instituição
O significado da educação no contexto da educação infantil e de possibilitar o desenvolvimento
integral da criança nos aspectos físico, cognitivo, social e afetivo. Educar na IEI significa propiciar
situações que contribuam para o desenvolvimento da imaginação, dos processos criativos e para a
apropriação do conhecimento pelas crianças, através das diferentes formas de interação humana –
social, afetiva, lúdica e pedagógica. Para tanto, o aspecto cognitivo não deve receber atenção
maior que as demais dimensões envolvidas no processo de constituição da criança. É necessário
que os professores tenham uma visão integral do desenvolvimento infantil e de como propiciar o
acesso da criança ao conhecimento social e historicamente produzido, para que a ação educativa
possa ser realizada de forma articulada e intencional.
Concepção da Educação Infantil
Matrícula e faixa etária: É obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que
completam 4 ou 5 anos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula. As crianças que
completam 6 anos após o dia 31 de março devem ser matriculadas na Educação Infantil.
A frequência na Educação Infantil não é pré-requisito para a matrícula no Ensino Fundamental.
As vagas em creches e pré-escolas devem ser oferecidas próximas às residências das crianças.
Jornada: É considerada Educação Infantil em tempo parcial, a jornada de, no mínimo, quatro horas
diárias e, em tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a sete horas diárias,
compreendendo o tempo total que a criança permanece na instituição.
Lembrando que, para a Educação Infantil, a BNCC reforça que as ações de cuidado estão
plenamente integradas com as ações de conhecer e explorar o mundo - indissociabilidade entre o
CUIDAR e o EDUCAR, o que exige adaptação dos espaços escolares.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens
orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades
infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação,
respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social
e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de
apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas,
na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis”
O cuidar significa compreendê-lo como parte integrante da educação, embora possa exigir
conhecimentos, habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica. Ou seja,
cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de
conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. […] Cuidar significa valorizar
e ajudar a desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que
possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos”
Enquanto está cuidando, também se está educando. A criança aprende a importância do
autocuidado e o autoconhecimento.
O cuidar está interligado a tudo o que acontece no dia a dia na escola, desde a alimentação, até a
segurança. Na hora da refeição todo cuidado é pouco. A atenção nos atos que a criança faz como
não jogar o alimento fora, cuidar para que o outro colega não pegue sua refeição e observar e
incentivar as crianças na alimentação são pequenas coisas, mas que fazem parte do seu
desenvolvimento integral.
O educar se refere ao aprendizado da criança. Fator esse que contribui para o processo de
formação, juntamente com o cuidar. A família e a instituição é a base para educá-lo, aspectos esses
que devem se unir para um bom resultado.
Na tendência cognitiva de trabalho na educação infantil a criança concebida como um ser
construtor, que pensa e, como tal, constrói seu conhecimento, reinventa conteúdos, aprende a partir
da interação que estabelece com o meio físico social desde o seu nascimento, passando por
diferente estagio de desenvolvimento com isso o professor tem que ter bastante conhecimento
sobre o cognitivo infantil.
Ensinar a criança a conhecer, a cuidar de si, a explorar o ambiente é uma forma de educar. Mostrar
para as crianças as transformações que ocorrem no mundo, é colaborar com o ensino e
aprendizado, uma ferramenta fácil, principalmente quando usado os fatos vivenciados no dia a dia.