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Intra Operatóro

O medo da perda de controle, do desconhecido, da dor, da morte, das mudanças


na estrutura do corpo, no aspecto ou na função e da disrupção do estilo de vida
contribui para a ansiedade. Este medo pode aumentar a dose de medicação
anestésica necessária, o nível de dor pós-operatória e o tempo total de
recuperação.​

Os resultados incomuns, mas possíveis, da experiência cirúrgica são: infecção,


falha na cirurgia para aliviar os sintomas ou corrigir uma deformidade;
complicações temporárias ou permanentes relacionadas com o procedimento ou
com o agente anestésico; morte.

Aproximadamente um terço dos pacientes cirúrgicos tem 65 anos ou mais de


idade. Os pacientes idosos estão em maior risco de complicações da anestesia e
cirurgia.

Em idosos, é essencial administrar doses menores de agentes anestésicos, em


virtude da diminuição da elasticidade dos tecidos (pulmões e sistema
cardiovascular) e da redução da massa magra.

Durante a cirurgia, as responsabilidades de enfermagem são fornecer segurança e


bem-estar ao paciente, coordenar a equipe e realizar assepsia e atividades de
circulação da SO.

Ao exercer a advocacia dos pacientes, os enfermeiros intraoperatórios monitoram


os fatores que têm potencial de causar lesões, tais como a posição do paciente, o
mau funcionamento dos equipamentos e os riscos ambientais.

Responsabilidades adicionais do enfermeiro incluem manter os padrões cirúrgicos


de cuidado, identificar os riscos e minimizar as complicações.​

O enfermeiro circulante, um enfermeiro ou técnico de enfermagem qualificado,


trabalha em colaboração com os cirurgiões, anestesistas e outros profissionais de
saúde para planejar o melhor curso de ação para cada paciente. Neste papel de
liderança, o enfermeiro circulante gerencia a SO e protege a segurança e a saúde
do paciente, acompanhando as atividades da equipe cirúrgica, verificando as
condições da SO e avaliando continuamente o paciente em busca de sinais de
lesão, bem como implementando intervenções apropriadas. A principal
responsabilidade é a verificação do termo de consentimento; se este não tiver
sido obtido, não é possível iniciar a cirurgia. A equipe é coordenada pelo
enfermeiro circulante, que garante a limpeza, a temperatura adequada, a
umidade, a iluminação correta, o funcionamento seguro dos equipamentos, bem
como a disponibilidade de suprimentos e materiais.

instrumentador cirúrgico, o que inclui: assepsia das mãos; montagem das mesas
estéreis; preparo de suturas, ligaduras e equipamentos especiais (p. ex., um
laparoscópio,

Enquanto a incisão cirúrgica é fechada, o instrumentador cirúrgico e o enfermeiro


circulante contam todas as agulhas, compressas e instrumentos para se certificar
de que foram contabilizados e não ficaram como objeto estranho no corpo do
paciente.

A assepsia cirúrgica impede a contaminação das feridas cirúrgicas. A flora natural


da pele do paciente ou as infecções já existentes podem causar infecção da ferida
pósoperatória.

Todos os equipamentos que entram em contato direto com o paciente devem ser
estéreis

Os princípios básicos da técnica asséptica incluem: ​

• Todos os materiais em contato com a ferida cirúrgica ou utilizados no campo


estéril devem ser estéreis. Superfícies ou artigos estéreis podem tocar outras
superfícies ou artigos estéreis e permanecer estéreis; o contato com objetos não
esterilizados em qualquer momento torna uma área estéril contaminada. ​

• Os capotes da equipe cirúrgica são considerados estéreis na frente do tórax até a


altura do campo estéril. As mangas também são consideradas estéreis a partir de
5 cm acima do cotovelo até o punho.​
• Utilizam-se campos grandes estéreis para criar uma área estéril. Apenas a
superfície superior de uma mesa coberta é considerada estéril. Ao cobrir uma
mesa ou paciente, o campo estéril é segurado exatamente acima da superfície a
ser coberta e é posicionado de frente para trás. ​

• Os artigos são dispensados em um campo estéril utilizando métodos que


preservem a esterilidade dos artigos e a integridade do campo estéril. Depois de
abrir uma embalagem estéril, as bordas são consideradas não estéreis. Artigos
estéreis, incluindo soluções, são colocadas em um campo estéril ou manipulados
por uma pessoa já paramentada (degermação, capote cirúrgico e luvas), de modo
que a esterilidade do objeto ou líquido permaneça intacta. ​

• A equipe cirúrgica movimenta-se entre áreas estéreis e entre áreas não estéreis.
Pessoas paramentadas e artigos estéreis entram em contato apenas com áreas
estéreis; enfermeiros circulantes e itens não estéreis entram em contato apenas
com áreas não estéreis.​

• O movimento em torno de um campo estéril não deve causar sua contaminação.


As áreas estéreis devem ser mantidas à vista durante o movimento ao redor da
área. Devese manter uma distância de pelo menos 30 cm do campo estéril para
evitar a contaminação inadvertida. ​

• Sempre que uma barreira estéril for violada, a área deve ser considerada
contaminada. Um rasgo ou furo do campo estéril que possibilite o acesso a uma
superfície não estéril abaixo dele torna a área não estéril. Este campo deve ser
trocado. ​

• Cada campo estéril é constantemente monitorado e é feita sua manutenção.


Itens de esterilidade duvidosa são considerados não estéreis. Campos estéreis são
preparados tão próximo quanto possível do momento da utilização. ​

• A administração de rotina da hiperóxia (altos níveis de oxigênio) não é


recomendada, a fim de reduzir as infecções do local cirúrgico.​

A tecnologia assistida por robôs faz cada vez mais parte do ambiente
intraoperatório para cirurgias cardíacas, colorretais, gerais, ginecológicas, de
cabeça e pescoço, torácicas e urológicas.

Equipamentos defeituosos, uso inadequado de equipamentos, exposição a


substâncias tóxicas, fumaça cirúrgica (fumaça gerada pelo eletrocautério
cirúrgico), bem como resíduos infecciosos, cortes, ferimentos provocados por
agulhas e lasers são alguns dos riscos associados ao ambiente cirúrgico.

O paciente cirúrgico está sujeito a vários riscos. As potenciais complicações


intraoperatórias incluem: ​

Recuperação não intencional da consciência no período perioperatório;​

Náuseas a vômitos;​

Anafilaxia;​

Hipóxia e outras complicações respiratórias;​

Hipotermia;​

Hipertermia maligna

a lesão nervosa periférica – é definido como a interrupção da atividade elétrica


que afeta as funções nervosas sensorial, motora ou ambas, resultando em déficit

Prevenção de lesões perioperatórias por posicionamento​

O paciente deve estar em uma posição tão confortável quanto possível,


consciente ou inconsciente. ​

O campo cirúrgico deve estar adequadamente exposto.

Uma posição anatômica incômoda, pressão indevida sobre uma parte do corpo
ou o uso de estribos ou tração não devem obstruir a irrigação vascular. ​

A respiração não deve ser impedida pela pressão dos braços contra o tórax ou por
um avental que comprime o pescoço ou o tórax. ​
posição habitual para cirurgia: decubito dorsal, maioria das cirurgias abdominais,
com exceção da cirurgia da vesícula biliar ou da pelve. ​

posição de Trendelenburg geralmente é aplicada para a cirurgia no abdome


inferior e pelve

A posição de litotomia é utilizada em quase todos os procedimentos cirúrgicos


perineais, retais e vaginais.

A posição de Sims ou em decúbito lateral é utilizada para a cirurgia renal.

O enfermeiro protege o paciente de lesão, proporcionando um ambiente seguro.


Verificar informações, checar se o prontuário do paciente está completo e manter
a assepsia cirúrgica, assim como um ambiente ideal, são as responsabilidades de
enfermagem essenciais.

É importante rever o prontuário do paciente à procura do seguinte: ​

- Alergias (incluindo a látex). ​

- Consentimento informado cirúrgico correto, assinado pelo paciente. ​

- Registros preenchidos de história de saúde e exame físico. ​

- Resultados de exames complementares.​

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