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EX.

MO SENHOR DOUTOR JUIZ


DO TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA Dx xxxxx
JUIZO LOCAL CIVEL DE VILA NOVA DE GAIA

Maria João Peixoto Moreira, NIF 209.365.730, residente na Rua Olinda Pinto, número 13,
Toutosa, vem instaurar contra Cubo Vertical – Estruturas Metálicas, Unipessoal, Lda, NIPC:
508.775.523, com sede na Rua 3, número 5, Vila Verde, Braga, ACÇÃO DECLARATIVA COMUM,
EMERGENTE DE CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO, o que faz nos termos e com os
fundamentos seguintes:

I – Dos factos:

Por contrato de trabalho por tempo indeterminado, celebrado a 19 de Maio de 2016 a Autora foi
admitida a trabalhar ao serviço da firma Cubo Vertical – Estruturas Metálicas, Unipessoal, Lda,
com inicio em 10/05/2016 - conforme Doc 1, que se junta e se dá por integralmente reproduzido
para os devidos efeitos legais

De acordo com o contratado, a autora passou, desde 10 de maio de 2016, a desempenhar a função
de Engenheira, em local não fixo, com período normal de trabalho diário e semanal de 8 horas e 40
horas, com uma remuneração mensal de €800,00 (oitocentos euros);

Acontece que, desde 2021, que a Ré, não vinha a efetuar o pagamento da remuneração mensal em
conformidade com o que constava no recibo de vencimento;

Inclusive, desde junho de 2021, até Dezembro de 2022, a Ré só efetuava transferências no valor de
€300,00 (trezentos euros),- conforme Docs 2 a x, que se juntam e se dão por integralmente
reproduzidos para os devidos efeitos legais;

Sempre com a promessa à autora de que iriam regularizar a situação o mais breve possível;

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Em Janeiro de 2022, quando a autora recebeu a declaração anual de rendimentos de 2021 e visto
que a mesma não correspondia à realidade, solicitou verbalmente a sua retificação, o que tal não
veio ocorrer; - conforme Docs x, que se junta e se dá por integralmente reproduzido para os
devidos efeitos legais

Pois fiscalmente, para efeitos de IRS, é diferente declarar que recebeu €10.166,42 euros, quando
efetivamente só recebeu €2.957,73 euros, a taxa de IRS aplicável é muito diferente;

A partir de Março de 2022 e após as varias tentativas da autora, para retificarem a declaração, a ré
deixou de enviar os respetivos recibos e continuou só a efetuar o pagamento de €300,00 euros,
sem qualquer justificação; conforme Docs xxxx a xxx, já juntos no 4º artigo

Em Janeiro de 2023, a ré voltou a enviar a declaração de rendimentos anual de 2022 com os valores
desfasados da realidade; - conforme Docs x, que se junta e se dá por integralmente reproduzido
para os devidos efeitos legais
10º
Inclusive, deixou de efetuar o pagamento dos €300,00 euros, sem dar qualquer justificação à
autora;
11º
Pelo que, a Autora voltou a demonstrar o seu desagrado e a reclamar da situação...
12º
A Autora, enviou email à ré em 17/02/2023 a questionar de quando iriam fazer o pagamento da
remuneração de Janeiro e as restantes diferenças, dos meses transatos e a Ré nada respondeu; -
conforme Docs x, que se junta e se dá por integralmente reproduzido para os devidos efeitos legais
13º
A Autora enviou vários emails durante semanas, a questionar da falta de pagamento dos valores
em aberto, sempre sem qualquer resposta por parte da Ré;
14º
Pelo que, face à falta de resposta da Ré a autora enviou em 02 de Maio de 2023, duas cartas, uma a
solicitar o pagamento dos salários na totalidade referentes aos meses de Janeiro a Abril, e a outra a
solicitar a retificação da Declaração de rendimentos de 2022, as quais foram recebida pela Ré no

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dia 03/05/2023 e não obtiveram qualquer resposta; - conforme Docs x e x, que se juntam e se dão
aqui por integralmente reproduzidos para os devidos efeitos legais
15º
Tendo em conta, as faltas de respostas da Ré e em total desespero a Autora envia uma ultima carta
em 09 de Junho de 2023, a resolver o contrato por justa causa, com base na falta de pagamento
pontual da retribuição e solicitar a emissão no prazo de 5 dias úteis da declaração comprovativa da
situação de desemprego (Modelo 5044), tendo a mesma sido recebida no dia 19/06/2023 -
conforme Docs x e x, que se juntam e se dão aqui por integralmente reproduzidos para os devidos
efeitos legais
16º
Todavia, a Autora não recebeu qualquer resposta ou manifestação por parte da Ré;
17º
Acontece que, no dia 30/06/2023 a Autora deslocou-se ;
18º
Pelo que, face à resposta da Ré e após várias tentativas de resolução do problema, a Autora, no dia
31 de Maio de 2021, viu-se na obrigação de apresentar uma reclamação no livro de reclamações; -
conforme doc.3 que se junta e que se dá por integralmente reproduzido
19º
Tendo recebido de resposta, da Clinica da Ré que “Aquando da adjudicação do orçamento foi
devidamente alertada que não existia garantia neste tipo de estrutura removível”; - conforme Doc.
4 que se anexa;
20º
Perante a inercia e a falta de interesse da Ré, a Autora de forma a poder sair de casa sem vergonha
e poder comer sem receios, teve de recorrer a outra Clínica dentaria para realizar outra prótese;
21º
Ora, a produção de uma prótese dentária implica a realização de trabalhos, e havendo pagamento
de preço, poderá se concluir que estaremos perante um contrato de empreitada, na modalidade de
prestação de serviços, art 1155º do Código CiviL;
22º
Atenta a natureza e qualidade das partes (consumidor e vendedor, ou seja, quanto a este último,
pessoa que exerce, com caracter profissional a actividade económica em causa) aplica-se a
legislação sobre defesa do consumidor;

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23º
Prescreve a Lei de defesa do consumidor, no seu artigo 4º que “Os bens e serviços destinados ao
consumo devem ser aptos a satisfazer os fins a que se destinam e a produzir os efeitos que se lhes
atribuem, segundo as normas legalmente estabelecidas, ou, na falta delas, de modo adequado às
legítimas expectativas do consumido”
24º
Sendo que o seu artigo 12º a mesma lei prescreve, no seu nº 1 que “O Consumidor tem direito à
indemnização por danos patrimoniais e não patrimoniais resultantes da prestação de serviços e
fornecimento de bens defeituoso”, sendo que o produtor é responsável, independentemente da
culpa, pelos danos causados por defeitos dos produtos;
25º
Ora, a Autora denunciou, nos termos do art. 1220º do CC, os defeitos da referida prótese no prazo
legal dos 30 dias;
26º
Pelo que face ao supra exposto tem a Autora legitimidade para intentar a competente acção
judicial;

NESTES TERMOS, e nos melhores de direito e sempre com mui douto


suprimento de Vª Exª; deve a presente ação ser julgada procedente
por provada e, em consequência ser a Ré condenada a,
- pagar à Autora a quantia de €:654,00 euros, valores pagos pela
próteses com defeito;
- pagar à Autora a quantia de 1500€, a titulo de Danos morais;

REQUERIMENTO PROBATORIO:

A – Prova Pericial
Nos termos do art. 467º do CPC, a Autora requer a V/Exa, se digne admitir a realização de perícia à
prótese dentaria com defeito,

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B - Documental: 4 Documentos.

C – Testemunhal a notificar:
- Fátima Carolina Andrade Alcarpe – Rua Clube Futebol de Perosinho, nº 51, 4415-018 Perosinho
- Fernando José Andrade Alcarpe – Avenida Francisco Sá Carneiro, nº 469, 4630-205 Marco
Canavezes

Valor da acção: €: 2.154,00 (Dois mil cento e cinquenta e quatro euros)

Junta : pedido de apoio judiciário e nomeação

A Advogada
CARLA VIEIRA ARAÚJO
ADVOGADA
CP56217p
Contribuinte nº 221 836 195
Praceta Capela do Calvário, entr 42, escr. 1
4580-059 Paredes
E-mail: carlavaraujo-56217P@adv.oa.pt

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