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TIC’S- DISMENORREIA

Beatriz Barbosa de Lima

Tipos de dismenorréia: detalhe aqui e cite as diferenças em relação à idade, apresentação clínica
e resposta ao tratamento.

A dismenorreia pode ser classificada como primária, quando não há doenças pélvicas
relacionadas, ou secundária, quando há doença pélvica associadas, confirmada por exames de
imagem. A primária está relacionada com o ciclos ovulatórios, logo ela não é esperada em
pacientes que acabaram de ter a menarca, uma vez que os primeiros ciclos menstruais são
anovulatórios, logo apos 6 a 12 meses apos a menarca a dismenorreia pode aparecer. Nesse caso
ela acontece devido ao baixo nível de progesterona no final da fase lútea, que provoca uma
produção de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxano A2, logo há uma vasoconstrição local
que desencadeia contração miometrial e e consequentemente a dor. Ela, por sua vez, atinge
mulheres de 16 a 20 anos, uma vez que está relacionada com a menarca, enquando a
dismenorreia secundária não há um marco de idade, uma vez que como ela é decorrente de
outro distúbio orgânico ela depende dele para aparecer, logo pode estar presente tanto em
mulheres que acabaram de ter a menarca como ela mulheres mais velhas, prestes a entrarem no
climatério, por exemplo. Além dessa diferença, os dois tipos de dismenorreia também pode se
diferenciar devido aos sintomas associados, sendo que a primária pode vir acompanhada de
náseuas, vômito, fraqueza, dores em membros inferiores e lombar, enquanto a secundária,
geralmente, está associada a uma dor pélvica acíclica, dispareunia e sangramento uterino
anormal. O tratamento pode ser considerado empiríco caso o USG transvaginal não tenha
mostrado nenhuma anormalidade, bem como um anamnese que não indica uma dismenorreia
secundária. Nesse sentido, ele pode ser feito a partir de orientações sobre mudanças no estilo de
vida da paciente, como alimentação balanceada rica em omega3, cessação do tabagismo e
prática de exercício físico, concomitante ao tratamento famacológico, que pode ser iniciado com
a prescrição de anti inflatórios não esteroidais ou anticoncepcionais hormonais, uma vez que a
fisiopatologia da dismenorreia primária está diretamente ligada a ocilação de progesterona e
produção de mediadores inflamatórios pelo tecido endometrial. Contudo, caso os sintomas
persistam é pertinente complementar a propedêutica inicial utilizada para pesquisar
dismenorreia secundária, então deve-se tratar de acordo com o problema base.

Referências:

Alves TP, Yamagishi JA, Nunes J da S, Terra Júnior AT, Oliveira Lima RR.
DISMENORREIA: DIANÓSTICO E TRATAMENTO. Rev Cient Fac Educ e Meio
Ambient [Internet]. 12º de dezembro de 2016 [citado 27º de fevereiro de
2024];7(2):1-12. Disponível em:
https://revista.faema.edu.br/index.php/Revista-FAEMA/article/view/425

Silva, Julio Cesar Rosa. "Dismenorréia." Tratado de ginecologia Febrasgo. 2019. 307-311.

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