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Curso: TMG
2o Semestre
Discente:
Docente: Irene
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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
Objectivo.................................................................................................................................4
Geral....................................................................................................................................4
Específicos...........................................................................................................................4
DIABETE GESTIONAL............................................................................................................5
Conceito..................................................................................................................................5
Causas......................................................................................................................................5
Classificação Etiológica..........................................................................................................6
Epidemiologia.........................................................................................................................6
FISIOPATOLOGIA................................................................................................................7
Prevenção..............................................................................................................................10
Tratamento Medicamentoso..................................................................................................11
Complicações........................................................................................................................13
Sinais e Sintomas..................................................................................................................14
Conclusão.................................................................................................................................15
Referências bibliográficas.........................................................................................................16
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Introdução
O Diabetes Gestacional (DG) é um tipo de diabetes específica do período gestacional, sendo
uma doença que implica a intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia. Trata-se
uma com orbidade que ocorre comummente na gravidez, podendo afectar um número
considerável de gestantes, onde é de suma importância observar os critérios usados para o
diagnóstico.
Segundo Tanure et al. (2014) uma das principais características do DG está no nível de
insulina que se mostram insuficientes para suprir as demandas necessárias, resultando no
aparecimento de hiperglicemia. É uma doença que pode ocasionar ainda aborto e em alguns
casos, malformações congénitas e crescimento fetal anormal.
É preciso frisar também que existe uma relação importante entre a hiperglicemia materna e
desfechos fetais e neonatais não favoráveis, o que chama atenção para um controle da
glicemia materna em gestantes, o que pode ser utilizado a fim de reduzir ou evitar problemas
maiores (LANDON et al., 2009).
Objectivo
Geral
Compreender Diabete Gestacional
Específicos
Saber dar o conceito claro e preciso;
Descrever as causas;
Identificar os tipos de diabetes existente;
Explicar os sinais e sintomas;
Explicar o tratamento;
idealizar as complicações.
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DIABETE GESTIONAL
Conceito
Segundo LANDON et al., (2009) A Diabetes Gestacional é definida como qualquer grau de
intolerância à glicose com início ou reconhecimento durante a gravidez. Esta definição é
aplicável quando o tratamento é baseado numa modificação alimentar ou na terapêutica com
insulina. Esta condição pode persistir ou não após a gestação. É de referir, no entanto, que
esta definição não exclui a possibilidade de já existir uma intolerância à glicose não
reconhecida anteriormente à gravidez.
Conforme Carvalheiro, (1997) O diabetes gestacional diabetes que começa durante a gestação
pode se desenvolver em mulheres com sobrepeso, hiperinsulinêmicas e com resistência
à insulina, bem como em mulheres magras com deficiência insulínica relativa. O diabetes
gestacional ocorre em pelo menos 5% de todas as gestações, mas essa taxa pode ser muito
maior em alguns grupos étnicos (p. ex., mulheres de ascendência mexicana, índias
americanas, indianas, asiáticas e das ilhas do Pacífico). Mulheres com diabetes gestacional
têm maior risco futuro de diabetes tipo 2.
Causas
Tipo 1: causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de
defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem
a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos.
Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina.
Ocorre em cerca de 90% dos diabéticos.
Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela
primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda
não é conhecida.
Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o
uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos
genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia,
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hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos,
corticóides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.).
Classificação Etiológica
A caracterização etiopatogênica da disglicemia permite o entendimento da fisiopatologia e
proporciona o embasamento para adequado manejo de cada caso nas diversas fases da vida do
indivíduo.
I. Diabetes tipo 1:
Destruição das células β, usualmente levando à deficiência completa de insulina.
A. Autoimune
B. Idiopático
II. Diabetes tipo 2: graus variados de diminuição de secreção e resistência à insulina
III. Diabetes gestacional
IV. Outros tipos específicos:
Defeitos genéticos da função das células;
β Defeitos genéticos da acção da insulina;
Doença do pâncreas exócrino;
Endocrinopatias;
Indução por drogas ou produtos químicos;
Infecções;
Formas incomuns de diabetes imunomediado
Epidemiologia
A 4ª edição do “Internacional Diabetes Federation Atlas” refere que a prevalência mundial
estimada para 2010 da diabetes mellitus ascende aos 285 milhões de pessoas, o que representa
6.4% da população adulta mundial. Estima-se que em 2030 esta doença atingirá 438 milhões
de pessoas em todo o mundo. [4ª edição IDF Atlas, 2009] Quanto à prevalência da Diabetes
Gestacional estima-se que pode variar entre 1 a 14% em todas as gravidezes, dependendo da
população estudada e dos testes de diagnóstico usados.
Com base nos dados do antigo Instituto de Gestão Informática e Financeira de Saúde
portuguesa, actualmente Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a prevalência
da Diabetes Gestacional tem variado em torno de 3%. Os últimos dados, relativos a 2005,
apontam para uma prevalência de 3.27%, nesse ano, no nosso país.
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FISIOPATOLOGIA
As principais hormonas envolvidas, por ordem de início de produção durante a gravidez, são:
A gestação se caracteriza por ser estado de resistência à insulina. Essa condição, aliada à
intensa mudança nos mecanismos de controle da glicemia, em função do consumo de glicose
pelo embrião e feto, pode contribuir para a ocorrência de alterações glicêmicas, favorecendo o
desenvolvimento de diabetes mellitus gestacional (DMG) nessa fase.
Carvalheiro, (1997) Alguns hormônios produzidos pela placenta e outros aumentados pela
gestação, tais como lactogênio placentário, cortisol e prolactina, podem promover redução da
atuação da insulina em seus receptores e consequente aumento da produção de insulina nas
gestantes saudáveis. Esse mecanismo, entretanto, pode não ser observado em gestantes que já
estejam com sua capacidade de produção no limite. Essas mulheres têm insuficiente aumento
da insulina e, assim, podem se tornar diabéticas durante a gestação.
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A hCG é uma hormona com efeitos nulos no aumento da insulino-resistência.
O cortisol tem o seu pico de produção à 26ª semana e é a hormona da gravidez com maior
potência diabetogénica. É responsável por uma insulino-resistência aumentada e pelo
consequente atraso na captação da glicose pelos tecidos maternos, com um aumento na
quantidade de glicose disponível para o metabolismo fetal.
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anteriormente citadas que diminuem o número de receptores de insulina, afectam os
mecanismos intracelulares de resposta à mesma e, consequentemente, diminuem a captação
de glicose mediada pela insulina principalmente a nível do músculo esquelético e adipócito.
Sobrepeso ou obesidade
Por se tratar de uma condição ou doença que possa oferecer algum risco à mãe ou ao bebê
identificada durante a gestação, a diabetes gestacional é uma das causas do que se
considera gravidez de risco.
Queirós J et al., (2006) afirma que em qualquer circunstância, um rastreio positivo obriga a
uma prova diagnóstica mediante a realização de um PTGO com 100gr de glicose. São
condições necessárias para a validade do resultado: alimentação normal nos três duas
anteriores ao teste, realização dos doseamentos pela manhã, em repouso e após jejum de 10 a
14 horas.
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Prevenção
Prevenir diabetes é uma atitude que demanda mudanças no estilo de vida, mas o esforço vale
a pena. Embora a doença possa ter origem genética, estima-se que 90% dos casos de diabetes
poderiam ser evitados com a adopção de hábitos saudáveis.
O diabetes surge quando o pâncreas não produz insulina suficiente (tipo 1) ou quando o corpo
não consegue utilizá-la adequadamente (tipo 2). Como a função da insulina é remover a
glicose (açúcar) do sangue, a doença faz com que os níveis dessa substância fiquem muito
altos.
Como o diabetes não tem cura, a melhor opção é evitar a instalação da doença.
Além de reduzir o açúcar proveniente dos doces, é preciso diminuir o consumo de alimentos à
base de farinha branca ou refinada, que são ricos em carboidratos simples ou “ruins” (eles
recebem esse nome porque são rapidamente convertidos em glicose pelo organismo).
Além disso, como esses produtos são ricos em fibras, seu consumo regular favorece o
controle das taxas de glicose no sangue e prolonga a saciedade, contribuindo para a redução
da ingestão de carboidratos.
As fibras são componentes não digeríveis dos alimentos que têm papel fundamental na
prevenção do diabetes. Além de serem essenciais para o bom funcionamento do intestino, as
fibras reduzem a velocidade com a qual o organismo absorve a glicose proveniente da dieta.
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5. Praticar actividades físicas regularmente
O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para o diabetes, pois ele favorece o
excesso de peso e o acúmulo de gordura corporal. Por isso, além de ter uma alimentação
saudável, é preciso ter uma rotina de atividades físicas.
Pessoas magras também podem desenvolver diabetes, mas o excesso de peso é o principal
fator ambiental que aumenta o risco de desenvolver o tipo 2 da doença.
As bebidas alcoólicas contêm as chamadas calorias vazias, isto é, elas são bastante calóricas,
mas não suprem as necessidades nutricionais do organismo. Dessa forma, recomenda-se evitar
o álcool o máximo possível, pois ele favorece o ganho de peso e, indiretamente, o diabetes.
O cigarro, por sua vez, é mais famoso por ser a principal causa evitável do câncer, mas o
tabagismo também aumenta de 30% a 40% o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Por isso,
não fumar é uma medida essencial para evitar essa doença.
Tratamento Medicamentoso
De maneira geral, a insulina deve ser introduzida quando o controle dietético e os exercícios
físicos não resultam em um controle metabólico adequado. Dessa forma, em 2013, tendo em
vista a necessidade de avançar em direção a um consenso para o diagnóstico do DMG, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) revogou sua antiga recomendação de 1999 e adotou os
critérios propostos pela International Association of Diabetes and Pregnancy
Study Groups (IADPSG).(4) Assim, ficou definido que o diagnóstico do DMG será
confirmado quando:
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Além disso, a OMS, apesar de adotar os critérios do IADPSG, acrescentou, ainda,
duas ressalvas:
Esses critérios devem ser válidos para qualquer idade gestacional, e não apenas entre 24 e 28
semanas;
O valor de glicemia de duas horas do TOTG com 75 g de glicose deve estar entre 153 e 199
mg/dL para o diagnóstico de DMG, uma vez que valores ≥ 200 mg/dL são referentes ao
diagnóstico de DM.(5) Por outro viés, o crescimento fetal desproporcional, ou seja, em que a
circunferência abdominal fetal é o parâmetro que mais se desenvolve, é característico do filho
de mãe diabética.
Dieta
A dieta é importante para que se consiga um adequado controle glicêmico; 70% a 85% das
mulheres com DMG atingem controle glicêmico com a terapia nutricional.
Actividade física
Actividade física deve ser mantida ou iniciada, desde que não existam contra-
indicações.
Exercício moderado,30 a 40 minutos, 4-5vezes por semana.
A gestante deve ser capaz de realizar o exercício e conversar ao mesmo tempo em que
se sente moderadamente cansada durante a sua execução.
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Manter-se hidratada durante a sua realização e se alimentar antes do seu início,
especialmente as usuárias de insulina.
O exercício físico é uma ferramenta muito utilizada no tratamento do DMG desde 1958, tendo
em vista o efeito que a contração muscular provoca na captação da glicose,
independentemente da presença da insulina.
Complicações
O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável, evitando diversas
complicações que surgem em consequência do mau controle da glicemia. O prolongamento da
hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) pode causar sérios danos à saúde:
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suspensão do tabagismo, são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência
deste problema é de 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes;
Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico,
aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso
ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate aos vírus, bactérias,
etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é
propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva,
pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.
Sinais e Sintomas
Principais sintomas do DM tipo 1: vontade de urinar diversas vezes; fome freqüente; sede
constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor; náusea; vômito.
Prevenir diabetes exige algumas mudanças de hábito, mas a adoção de um estilo de vida
saudável é a forma mais eficaz de diminuir os riscos dessa e de outras doenças. Vale a pena
cuidar de você mesmo!
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Conclusão
Diante do estudo realizado, conclui-se que a alimentação balanceada, a qual deve ser
fraccionada e com ingesta calórica diária adequada, em conjunto com a actividade física, em
situações nas quais não há contra-indicação, corresponde à primeira linha de escolha para o
tratamento do DMG. Todavia, em situações em que o controle glicémico não é alcançado,
inicia-se o tratamento farmacológico, o qual é dividido em: insulinoterapia, que é constituída
pela insulina humana e pelos análogos a ela, sendo a insulina humana – NPH e regular – a
preferência entre essas classificações, devido ao seu baixo risco imunogênico e maior
efetividade
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Referências bibliográficas
Carvalheiro MR (1997) Diabetes gestacional: contribuição para o seu estudo em Portugal
Medicina.
file:///C:/Users/Ibraimo%20Joaquim/Downloads/diabetesmellitusgestacaoclassificdiag-
220915174604-29dcf01e.pdf
Metzger BE, Buchanan TA, Coustan DR, et al. (2007) Summary and recommendations of
Care 30(S2):S251-S260.
Martins L. Diabetes gestacional. Femina [Internet]. 2019 [cited 2020 Oct 9];47(11):798-806.
Available from: https://www.febrasgo.org.br/ media/k2/attachments/FEMINAZ11ZV3.pdf
https://jasminealimentos.com/estilo-de-vida/alimentacao-pt/dicas-para-prevenir-diabetes/
https://www.diagnosticosdobrasil.com.br/artigo/diabetes
https://blog.medcel.com.br/post/diabetes-gestacional
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