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ITPAM

Instituto Técnico Profissional e Aduaneiro de Moçambique

Curso: TMG

Disciplina: Sistema Sexual Reprodutivo II

2o Semestre

Turma 13. No33

Tema: DIABETE GESTIONAL

Discente:

Nedite Timotio Mateço

Quelimane, 19 de Setembro de 2023


DIABETE GESTIONAL

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue no Instituto


Técnico Profissional e Aduaneiro de Moçambique, na
disciplina de Sistema Sexual Reprodutivo II leccionada
pela:

Docente: Irene

Quelimane, 19 de Setembro de 2023

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Índice
Introdução...................................................................................................................................4

Objectivo.................................................................................................................................4

Geral....................................................................................................................................4

Específicos...........................................................................................................................4

DIABETE GESTIONAL............................................................................................................5

Conceito..................................................................................................................................5

Causas......................................................................................................................................5

Classificação Etiológica..........................................................................................................6

Epidemiologia.........................................................................................................................6

FISIOPATOLOGIA................................................................................................................7

Alterações hormonais relacionadas com a gravidez............................................................7

Diabetes gestacional e a resistência à insulina....................................................................8

Factores de risco de diabetes gestacional:...............................................................................9

Prevenção..............................................................................................................................10

Tratamento Medicamentoso..................................................................................................11

Tratamento não Medicamentoso.......................................................................................12

Complicações........................................................................................................................13

Sinais e Sintomas..................................................................................................................14

Conclusão.................................................................................................................................15

Referências bibliográficas.........................................................................................................16

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Introdução
O Diabetes Gestacional (DG) é um tipo de diabetes específica do período gestacional, sendo
uma doença que implica a intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia. Trata-se
uma com orbidade que ocorre comummente na gravidez, podendo afectar um número
considerável de gestantes, onde é de suma importância observar os critérios usados para o
diagnóstico.

Segundo Tanure et al. (2014) uma das principais características do DG está no nível de
insulina que se mostram insuficientes para suprir as demandas necessárias, resultando no
aparecimento de hiperglicemia. É uma doença que pode ocasionar ainda aborto e em alguns
casos, malformações congénitas e crescimento fetal anormal.

É preciso frisar também que existe uma relação importante entre a hiperglicemia materna e
desfechos fetais e neonatais não favoráveis, o que chama atenção para um controle da
glicemia materna em gestantes, o que pode ser utilizado a fim de reduzir ou evitar problemas
maiores (LANDON et al., 2009).

Portanto, o tratamento padrão para DMG envolve a insulinoterapia subcutânea, inserindo


ainda, a prescrição de metformina. Entretanto, em muitos casos, o uso de insulina pode ser
complexo, onde outra alternativa terapêutica, podem ser as medicações orais como a
metformina, que podem apresentar uma maior efectividade.

Objectivo

Geral
 Compreender Diabete Gestacional

Específicos
 Saber dar o conceito claro e preciso;

 Descrever as causas;
 Identificar os tipos de diabetes existente;
 Explicar os sinais e sintomas;
 Explicar o tratamento;
 idealizar as complicações.

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DIABETE GESTIONAL

Conceito
Segundo LANDON et al., (2009) A Diabetes Gestacional é definida como qualquer grau de
intolerância à glicose com início ou reconhecimento durante a gravidez. Esta definição é
aplicável quando o tratamento é baseado numa modificação alimentar ou na terapêutica com
insulina. Esta condição pode persistir ou não após a gestação. É de referir, no entanto, que
esta definição não exclui a possibilidade de já existir uma intolerância à glicose não
reconhecida anteriormente à gravidez.

É importante mencionar que a Diabetes Gestacional é uma condição distinta da gravidez


complicada por diabetes mellitus (DM) tipo 1 ou 2. As consequências são distintas. As mães
com Diabetes Gestacional não têm um risco aumentado de ter filhos com alterações da
organogénese.

Conforme Carvalheiro, (1997) O diabetes gestacional diabetes que começa durante a gestação
pode se desenvolver em mulheres com sobrepeso, hiperinsulinêmicas e com resistência
à insulina, bem como em mulheres magras com deficiência insulínica relativa. O diabetes
gestacional ocorre em pelo menos 5% de todas as gestações, mas essa taxa pode ser muito
maior em alguns grupos étnicos (p. ex., mulheres de ascendência mexicana, índias
americanas, indianas, asiáticas e das ilhas do Pacífico). Mulheres com diabetes gestacional
têm maior risco futuro de diabetes tipo 2.

Causas
 Tipo 1: causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de
defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem
a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos.
 Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina.
Ocorre em cerca de 90% dos diabéticos.
 Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela
primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda
não é conhecida.

Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o
uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos
genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia,

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hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos,
corticóides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.).

Classificação Etiológica
A caracterização etiopatogênica da disglicemia permite o entendimento da fisiopatologia e
proporciona o embasamento para adequado manejo de cada caso nas diversas fases da vida do
indivíduo.

I. Diabetes tipo 1:
Destruição das células β, usualmente levando à deficiência completa de insulina.
A. Autoimune
B. Idiopático
II. Diabetes tipo 2: graus variados de diminuição de secreção e resistência à insulina
III. Diabetes gestacional
IV. Outros tipos específicos:
 Defeitos genéticos da função das células;
 β Defeitos genéticos da acção da insulina;
 Doença do pâncreas exócrino;
 Endocrinopatias;
 Indução por drogas ou produtos químicos;
 Infecções;
 Formas incomuns de diabetes imunomediado

Epidemiologia
A 4ª edição do “Internacional Diabetes Federation Atlas” refere que a prevalência mundial
estimada para 2010 da diabetes mellitus ascende aos 285 milhões de pessoas, o que representa
6.4% da população adulta mundial. Estima-se que em 2030 esta doença atingirá 438 milhões
de pessoas em todo o mundo. [4ª edição IDF Atlas, 2009] Quanto à prevalência da Diabetes
Gestacional estima-se que pode variar entre 1 a 14% em todas as gravidezes, dependendo da
população estudada e dos testes de diagnóstico usados.
Com base nos dados do antigo Instituto de Gestão Informática e Financeira de Saúde
portuguesa, actualmente Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a prevalência
da Diabetes Gestacional tem variado em torno de 3%. Os últimos dados, relativos a 2005,
apontam para uma prevalência de 3.27%, nesse ano, no nosso país.

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FISIOPATOLOGIA

Alterações hormonais relacionadas com a gravidez


Na visão de Catalano, (2003) durante a gravidez ocorrem várias alterações hormonais que
induzem um aumento da insulino-resistência e, consequentemente, nas necessidades de
insulina, na grávida. [Liliana S Voto et al., 2003] Estas alterações são próprias da gravidez e
fazem parte do mecanismo fisiológico que permite suplantar as necessidades metabólicas do
feto.

As principais hormonas envolvidas, por ordem de início de produção durante a gravidez, são:

 gonadotrofina coriónica (hCG);


 estradiol;
 prolactina;
 lactogénio placentário humano (hPL);
 cortisol;
 progesterona.

A gestação se caracteriza por ser estado de resistência à insulina. Essa condição, aliada à
intensa mudança nos mecanismos de controle da glicemia, em função do consumo de glicose
pelo embrião e feto, pode contribuir para a ocorrência de alterações glicêmicas, favorecendo o
desenvolvimento de diabetes mellitus gestacional (DMG) nessa fase.

Carvalheiro, (1997) Alguns hormônios produzidos pela placenta e outros aumentados pela
gestação, tais como lactogênio placentário, cortisol e prolactina, podem promover redução da
atuação da insulina em seus receptores e consequente aumento da produção de insulina nas
gestantes saudáveis. Esse mecanismo, entretanto, pode não ser observado em gestantes que já
estejam com sua capacidade de produção no limite. Essas mulheres têm insuficiente aumento
da insulina e, assim, podem se tornar diabéticas durante a gestação.

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A hCG é uma hormona com efeitos nulos no aumento da insulino-resistência.

O estradiol e a prolactina, com picos de produção à 26ª e 10ª semanas de gestação,


respectivamente, têm um efeito diabetogénico. Este efeito deve-se à estimulação da
neoglicogénese, pelo estradiol e à mobilização dos lípidos de reserva e exacerbação da
hipertrofia das células pancreáticas β maternas e fetais, pela prolactina. (Carvalheiro, 1997)

Carvalheiro, (1997) sustenta que semelhança da prolactina, o hPL também promove a


mobilização dos lípidos de reserva e, consequentemente, o aumento dos ácidos gordos livres.
Estas alterações estão subjacentes a uma insulino-resistência acrescida nos tecidos periféricos.
[Liliana S Voto et al., 2003] O hPL tem o seu pico de produção durante a 26ª semana e tem
maior potência diabetogénica que os anteriores, sendo responsável por um aumento da
insulino-resistência periférica, hiperinsulinismo e intolerância à glicose.

O cortisol tem o seu pico de produção à 26ª semana e é a hormona da gravidez com maior
potência diabetogénica. É responsável por uma insulino-resistência aumentada e pelo
consequente atraso na captação da glicose pelos tecidos maternos, com um aumento na
quantidade de glicose disponível para o metabolismo fetal.

A progesterona, como uma potência diabetogénica superior à do hPL, embora inferior à do


cortisol, tem um efeito directo no metabolismo da glicose, ao estimular a produção de insulina
sem alterar os valores de glicose plasmática. (Carvalheiro MR, 1997)

Diabetes gestacional e a resistência à insulina


Metzger BE et al., (2007) No final do 2º trimestre e durante todo o 3º da gravidez, ocorre uma
resistência à insulina fisiológica, na gestante, devido à presença das hormonas anti-insulínicas

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anteriormente citadas que diminuem o número de receptores de insulina, afectam os
mecanismos intracelulares de resposta à mesma e, consequentemente, diminuem a captação
de glicose mediada pela insulina principalmente a nível do músculo esquelético e adipócito.

Considera-se que, na Diabetes Gestacional, provavelmente haverá uma outra forma de


resistência à insulina, prévia, e que em conjunto com a insulino-resistência própria do terceiro
trimestre da gravidez e outras alterações, permite que esta condição se torne dominante e as
células maternas sejam incapazes de mobilizar, metabolizar e armazenar adequadamente a
glicose circulante e, por isso, se desenvolva uma hiperglicémia materna. Os mecanismos
subjacentes a esta forma preliminar de insulino-resistência parecem ser os mesmos que são
responsáveis pela insulino-resitência na mulher obesa.

Factores de risco de diabetes gestacional:


 Idade materna mais avançada (acima de 25 anos);

 Ganho de peso excessivo durante a gestação;

 Sobrepeso ou obesidade

 Síndrome dos ovários policísticos

 História prévia de filhos nascidos com mais de 4 kg

 História de diabetes gestacional prévio

 História familiar de diabetes em parentes de 1º grau

 Hipertensão arterial sistêmica e gestação múltipla.

Por se tratar de uma condição ou doença que possa oferecer algum risco à mãe ou ao bebê
identificada durante a gestação, a diabetes gestacional é uma das causas do que se
considera gravidez de risco.

Queirós J et al., (2006) afirma que em qualquer circunstância, um rastreio positivo obriga a
uma prova diagnóstica mediante a realização de um PTGO com 100gr de glicose. São
condições necessárias para a validade do resultado: alimentação normal nos três duas
anteriores ao teste, realização dos doseamentos pela manhã, em repouso e após jejum de 10 a
14 horas.

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Prevenção
Prevenir diabetes é uma atitude que demanda mudanças no estilo de vida, mas o esforço vale
a pena. Embora a doença possa ter origem genética, estima-se que 90% dos casos de diabetes
poderiam ser evitados com a adopção de hábitos saudáveis.

O diabetes surge quando o pâncreas não produz insulina suficiente (tipo 1) ou quando o corpo
não consegue utilizá-la adequadamente (tipo 2). Como a função da insulina é remover a
glicose (açúcar) do sangue, a doença faz com que os níveis dessa substância fiquem muito
altos.

Como o diabetes não tem cura, a melhor opção é evitar a instalação da doença.

1. Reduzir o açúcar na alimentação

O consumo de alimentos ricos em açúcar, como biscoitos, refrigerantes e doces em geral,


aumenta a taxa de glicose no sangue e, em consequência, demanda uma maior produção de
insulina, o que pode sobrecarregar o pâncreas.

2. Dar preferência a alimentos integrais

Além de reduzir o açúcar proveniente dos doces, é preciso diminuir o consumo de alimentos à
base de farinha branca ou refinada, que são ricos em carboidratos simples ou “ruins” (eles
recebem esse nome porque são rapidamente convertidos em glicose pelo organismo).

3. Incluir sementes e castanhas na alimentação

Amêndoa, amendoim, avelã, castanha-do-pará, chia, linhaça, macadâmia, nozes e pistache


fazem parte do grupo das oleaginosas, alimentos ricos em gorduras boas que ajudam a
equilibrar os níveis de colesterol e triglicerídeos – fatores que também estão relacionados com
o diabetes.

Além disso, como esses produtos são ricos em fibras, seu consumo regular favorece o
controle das taxas de glicose no sangue e prolonga a saciedade, contribuindo para a redução
da ingestão de carboidratos.

4. Aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras

As fibras são componentes não digeríveis dos alimentos que têm papel fundamental na
prevenção do diabetes. Além de serem essenciais para o bom funcionamento do intestino, as
fibras reduzem a velocidade com a qual o organismo absorve a glicose proveniente da dieta.

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5. Praticar actividades físicas regularmente

O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para o diabetes, pois ele favorece o
excesso de peso e o acúmulo de gordura corporal. Por isso, além de ter uma alimentação
saudável, é preciso ter uma rotina de atividades físicas.

6. Manter o peso em uma faixa saudável

Pessoas magras também podem desenvolver diabetes, mas o excesso de peso é o principal
fator ambiental que aumenta o risco de desenvolver o tipo 2 da doença.

Isso se deve ao fato de que o sobrepeso e a obesidade representam um acúmulo de gordura


nos órgãos abdominais e nos músculos, o que aumenta a resistência do corpo à ação da
insulina e eleva as taxas de glicose, sobrecarregando o pâncreas.

7. Evitar o álcool e não fumar

As bebidas alcoólicas contêm as chamadas calorias vazias, isto é, elas são bastante calóricas,
mas não suprem as necessidades nutricionais do organismo. Dessa forma, recomenda-se evitar
o álcool o máximo possível, pois ele favorece o ganho de peso e, indiretamente, o diabetes.

O cigarro, por sua vez, é mais famoso por ser a principal causa evitável do câncer, mas o
tabagismo também aumenta de 30% a 40% o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Por isso,
não fumar é uma medida essencial para evitar essa doença.

Tratamento Medicamentoso
De maneira geral, a insulina deve ser introduzida quando o controle dietético e os exercícios
físicos não resultam em um controle metabólico adequado. Dessa forma, em 2013, tendo em
vista a necessidade de avançar em direção a um consenso para o diagnóstico do DMG, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) revogou sua antiga recomendação de 1999 e adotou os
critérios propostos pela International Association of Diabetes and Pregnancy

Study Groups (IADPSG).(4) Assim, ficou definido que o diagnóstico do DMG será

confirmado quando:

 A glicemia em jejum for ≥ 92 mg/dL e ≤ 125 mg/dL;


 Pelo menos um dos valores do teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75 g,
realizado entre 24 e 28 semanas de idade gestacional, for ≥ 92 mg/dL no jejum, ≥ 180
mg/dL na primeira hora e ≥ 153 mg/dL na segunda hora.(5)

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 Além disso, a OMS, apesar de adotar os critérios do IADPSG, acrescentou, ainda,
duas ressalvas:

Esses critérios devem ser válidos para qualquer idade gestacional, e não apenas entre 24 e 28
semanas;

O valor de glicemia de duas horas do TOTG com 75 g de glicose deve estar entre 153 e 199
mg/dL para o diagnóstico de DMG, uma vez que valores ≥ 200 mg/dL são referentes ao
diagnóstico de DM.(5) Por outro viés, o crescimento fetal desproporcional, ou seja, em que a
circunferência abdominal fetal é o parâmetro que mais se desenvolve, é característico do filho
de mãe diabética.

Tratamento não Medicamentoso


Controle glicémico adequado e minimizar risco de complicações

1ª linha de tratamento: dieta e actividade física: Iniciar e reavaliar eficácia em 2 semanas. Se


não atingir a meta de controle, iniciar tratamento farmacológico.

Dieta

 Preferência por alimentos in natura ou minimamente processados.


 Suspender ingestão de açúcar, doces em geral e alimentos ultraprocessados.
 Usar adoçantes artificiais não calóricos (aspartame, sacarina, sucralose, stevia).
 Ganho de peso durante a gestação semelhante à população geral.

A dieta é importante para que se consiga um adequado controle glicêmico; 70% a 85% das
mulheres com DMG atingem controle glicêmico com a terapia nutricional.

Para estabelecer a necessidade calórica correta de cada gestante, devem-se levar em


consideração tanto o peso atual como o peso ideal da gestante.

Actividade física

 Actividade física deve ser mantida ou iniciada, desde que não existam contra-
indicações.
 Exercício moderado,30 a 40 minutos, 4-5vezes por semana.
 A gestante deve ser capaz de realizar o exercício e conversar ao mesmo tempo em que
se sente moderadamente cansada durante a sua execução.

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 Manter-se hidratada durante a sua realização e se alimentar antes do seu início,
especialmente as usuárias de insulina.

O exercício físico é uma ferramenta muito utilizada no tratamento do DMG desde 1958, tendo
em vista o efeito que a contração muscular provoca na captação da glicose,
independentemente da presença da insulina.

2ª Linha de tratamento: insulina

3ª Linha: insulina + metformina

Complicações
O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável, evitando diversas
complicações que surgem em consequência do mau controle da glicemia. O prolongamento da
hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) pode causar sérios danos à saúde:

 Retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar


pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual;
 Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins fazem com que haja a
perda de proteína na urina; o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de
forma progressiva, até sua paralisação total;
 Neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do
cérebro, provocando sintomas como: formigamento, dormência ou queimação das
pernas, pés e mãos; dores locais e desequilíbrio; enfraquecimento muscular;
traumatismo dos pêlos; pressão baixa; distúrbios digestivos; excesso de transpiração e
impotência;
 Pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve
uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é
deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés
deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação
do membro afectado;
 Infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos
sanguíneos são afectados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como
o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, somado à actividade física e
medicamentos que possam combater a pressão alta e o aumento do colesterol e a

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suspensão do tabagismo, são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência
deste problema é de 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes;
 Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico,
aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso
ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate aos vírus, bactérias,
etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é
propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva,
pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.

Sinais e Sintomas
Principais sintomas do DM tipo 1: vontade de urinar diversas vezes; fome freqüente; sede
constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor; náusea; vômito.

Principais sintomas do DM tipo 2: infecções freqüentes; alteração visual (visão embaçada);


dificuldade na cicatrização de feridas; formigamento nos pés; furúnculos.

Prevenir diabetes exige algumas mudanças de hábito, mas a adoção de um estilo de vida
saudável é a forma mais eficaz de diminuir os riscos dessa e de outras doenças. Vale a pena
cuidar de você mesmo!

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Conclusão

Diante do estudo realizado, conclui-se que a alimentação balanceada, a qual deve ser
fraccionada e com ingesta calórica diária adequada, em conjunto com a actividade física, em
situações nas quais não há contra-indicação, corresponde à primeira linha de escolha para o
tratamento do DMG. Todavia, em situações em que o controle glicémico não é alcançado,
inicia-se o tratamento farmacológico, o qual é dividido em: insulinoterapia, que é constituída
pela insulina humana e pelos análogos a ela, sendo a insulina humana – NPH e regular – a
preferência entre essas classificações, devido ao seu baixo risco imunogênico e maior
efetividade

A Diabetes Mellitus Gestacional é um problema muito frequente em gestantes, e, se não


diagnosticado e tratado adequadamente, traz aumento considerável dos riscos perinatais. As
principais complicações são: macrossomia fetal, tocotraumas, aumento do número de
cesáreas, hipoglicemia nenonatal, hiperbilirrubinemia neonatal, síndrome do desconforto
respiratório do recém-nascido, hipocalcemia, prematuridade e óbito fetal. Consideramos que
investir na qualidade do pré-natal ainda é umas das estratégias mais eficazes quando se
pretende reduzir as complicações decorrentes de problemas de saúde que surgem na gravidez
e que afetam diretamente a saúde da mãe e da criança.

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Referências bibliográficas
Carvalheiro MR (1997) Diabetes gestacional: contribuição para o seu estudo em Portugal

[Dissertação de Doutoramento]. Coimbra: Universidade de Coimbra, Faculdade de

Medicina.

Catalano PM (2003) Maternal metabolic adaptation to pregnancy. In Textbook of diabetes

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LANGER O, YOGEV Y, MOST O, XENAKIS EM. Gestational diabetes: the consequences


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Martins L. Diabetes gestacional. Femina [Internet]. 2019 [cited 2020 Oct 9];47(11):798-806.
Available from: https://www.febrasgo.org.br/ media/k2/attachments/FEMINAZ11ZV3.pdf

https://jasminealimentos.com/estilo-de-vida/alimentacao-pt/dicas-para-prevenir-diabetes/

https://www.diagnosticosdobrasil.com.br/artigo/diabetes

https://blog.medcel.com.br/post/diabetes-gestacional

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