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Metabolismo do ferro
Absorção: A absorção intestinal do ferro ocorre (principalmente) no duodeno e no jejuno
proximal e médio. O pH ácido gástrico, a vitamina C e a presença de citrato favorecem a
absorção do ferro, enquanto que os cereais, os tanatos e os fitatos (vegetais) reduzem-na. A
absorção intestinal de ferro, numa pessoa saudável, deve ser de pelo menos 1 mg de ferro
elementar por dia. Em situações de estimulação da eritropoiese, a carência é maior. Por
exemplo, mulheres em idade reprodutiva têm necessidade de 1,4 mg de ferro elementar por
dia e nas grávidas, no segundo e terceiro trimestres, essas necessidades ascendem a 5-6 mg
por dia.
Transporte: O ferro absorvido é transportado pela transferrina na forma de ião férrico (Fe3+)
até ao sistema fagocítico mononuclear e à medula óssea onde se liga ao recetor da transferrina
e penetra na célula. Uma vez no interior, o ferro liga-se à protoporfirina IX nas mitocôndrias
para formar o grupo heme, que se ligará às cadeias de globina, sintetizadas no núcleo, para
formar a hemoglobina. O ferro que não é utilizado na síntese da hemoglobina é armazenado
nos macrófagos (baço, fígado) e nos eritroblastos da medula óssea sob a forma de ferritina e
hemossiderina. Nos casos de inflamação crónica, verifica-se uma menor libertação de ferro dos
depósitos. Tal mecanismo é modulado por uma proteína de fase aguda de origem hepática, a
hepcidina, cuja transcrição é induzida por citocinas pró-inflamatórias, designadamente a IL-6.