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Aula 2 – Crise Empresarial; Histórico da Legislação falimentar e recuperacional;

Abrangência da Lei de Recuperação e Falência


Profa. Ma. Nardejane Martins Cardoso
Crise Empresarial
• A disciplina da Empresa em Crise
• Tipos de Crise:
• Crise de Rigidez
• Crise de Eficiência
• Crise Econômica
• Crise Financeira
• Crise Patrimonial
• Soluções das Crises
• Solução de Mercado
• Soluções estatais
• Empresas não-recuperáveis
• Direito das empresas em crise
• Dificuldade de adaptação
• Origem em causas externas
ao empresário: tecnologia,
novos mercados, mudanças
de hábitos dos
consumidores, globalização,
custos, dificuldade de
matéria-prima por guerras
ou terrorismo etc.
Crise de Rigidez
• O empreendimento rende
menos do que poderia.
• Origem em causas internas:
capacidade de inovação,
adequação do produto ou
serviço, relações com terceiros,
fornecedores, clientes etc.,
conflitos pessoais entre sócios,
gestores, falta de pessoas
qualificadas.
Crise econômica

• Retração nos negócios


desenvolvidos
• Rendimentos menores
que investimento
• Desdobramentos
preocupam...
Crise financeira
• Constante incapacidade de adimplir às próprias
dívidas
• Crise de liquidez
• Importância da tutela do crédito
• Bens ativos insuficientes para o
passivo
• Insolvência
Crise Patrimonial • Depende do grau dos
investimentos
• Risco do crédito
• Acordos entre credores e
devedor
• Possibilidade de investimentos
• Ausência de intervenção estatal
• Recuperação Judicial
• Recuperação Extrajudicial
Empresas Não
Recuperáveis

• E quando não é possível superar a


crise?
• Liquidação Patrimonial
• Liquidação Patrimonial forçada –
Falência
• Processo de execução coletiva
contra o devedor empresário
• 4 Objetivos:
O Direito das 1. Prevenir as crises;
Empresas em Crise 2. Recuperar as empresas em crise;
3. Liquidar as empresas não
recuperáveis;
4. Punir os sujeitos culpados de tais
crises.
Histórico – Direito Falimentar e Recuperação
de Empresas
Usos e práticas mercantis Código Comercial
Código Justiniano –
– Direito no Medievo. Napoleônico – Direito na
Direito romano.
Regras especiais para Modernidade. Direito
Repressivo. Punição do
execução do devedor falimentar como conjunto
Devedor.
insolvente. de regras especiais.

Noção de insolvência
começa a ser revista – A Naturalidade das crises Princípio da Preservação
mudanças como a empresariais da Empresa
Revolução Industrial etc.
Evolução do Direito Falimentar no Brasil

Código Comercial de
Lei da Boa Razão de
Ordenações do Reino 1850 e Regulamento
1769
738.

Lei n. 11.101/2005
(recentemente
Decreto-Lei n.
Decreto n. 917/1890 atualizada com a Lei n.
7.661/1945
14.112 de 24 de
dezembro de 2020)
Quem é o Empresário? (Uma breve revisão)
• Art. 966, Código Civil de 2002: “considera-se empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços”
• Empresário: Individual e Sociedade Empresária
• Empresa: Atividade Econômica Organizada
• Estabelecimento: Complexo de bens organizado para a empresa
• Empresário Rural: Enunciado 97 da III Jornada de Direito Comercial do CJF:
“O produtor rural, pessoa natural ou jurídica, na ocasião do pedido de
recuperação judicial, não precisa estar inscrito há mais de dois anos no
Registro Público de Empresas Mercantis, bastando a demonstração de
exercício de atividade rural por esse período e a comprovação da inscrição
anterior ao pedido”
Abrangência da Lei n. 11.101/05
• Quem pode falir?
• Quem pode pedir a recuperação judicial?
• Artigo 1º: “Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a
falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos
simplesmente como devedor.”
• Artigo 2º: “Esta Lei não se aplica a:
• I – empresa pública e sociedade de economia mista; [Lei n° 13.303/2016]
• II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio [exclusão
parcial, podem falir], entidade de previdência complementar [exclusão total para as de capital
fechado], sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora,
sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
[concessionárias de energia elétrica são excluídas da recuperação, enquanto durar a
concessão]”
Submissão de associações ao procedimento
da Lei n° 11.10/2005
As associações são um tipo próprio de pessoa jurídica de direito
privado que tem suas finalidades específicas e não possui
finalidade lucrativa. Pode até desenvolver atividade econômica,
mas não se objetiva distribuir esse lucro.

Associações civis sem fins lucrativos com finalidade e atividades


econômicas detêm legitimidade para requerer recuperação judicial.
(STJ. 4ª Turma. AgInt no TP 3654-RS, Rel. Min. Raul Araújo, Rel. Acd.
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 15/03/2022 (Info 729).)
Referências

• BRASIL. Lei n. 11.101 de 09 de fevereiro de 2005.


Disponível em: . Acesso em: 13 fev. 2024.
• CAMPINHO, Sérgio Murilo Santos. Curso de Direito
Comercial – Falência e Recuperação de Empresas.
14. ed. São Paulo: SaraivaJur, 2024.
• MAMEDE, Gladston. Falência e recuperação de
empresas. 13. ed. Barueri: Atlas, 2022.
• SACRAMONE, Marcelo Barbosa. Comentários à lei
de recuperação de empresas e falência. 3. ed. São
Paulo : SaraivaJur, 2022.
• TOMAZETTE, Marlon. Curso de Direito empresarial:
falência e recuperação de empresas. Volume 3. 11.
ed. São Paulo: SaraivaJur, 2023.

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