Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONCEITOS
ASPECTOS FARMACOLÓGICOS
As provas de Residência costumam cobrar três pontos desse assunto: para A epilepsia é uma doença benigna na maioria das vezes. Devemos
que tipo de crise o FAE é indicado, seus efeitos colaterais e suas intera- iniciar o tratamento em monoterapia. Cerca de 50-70% dos pacientes
ções medicamentosas. apresentam melhora de suas crises com monoterapia.
A associação de um segundo medicamento confere um acréscimo
de efeito de apenas 10%, e uma terceira droga aumenta a eficácia em
no máximo 5%.
As drogas de primeira escolha para crises de início focal são a
carbamazepina e a lamotrigina (preferência pela lamotrigina). As crises
de início generalizado devem ser tratadas com ácido valproico ou lamo-
trigina (preferência pelo ácido valproico).
Em idosos, as drogas de escolha para o tratamento de epilepsia
são a lamotrigina e a gabapentina. A vigabatrina tem uma indicação muito
específica. Ela é a droga de escolha nas síndromes de West e Lennox-
Gastaut. A etossuximida é uma medicação cuja única indicação é nas
crises de ausência da infância.
Drogas com mecanismo de indução enzimática não devem ser as-
sociadas entre si, pois uma reduz o nível sérico da outra.
Relembrando, são elas a fenitoína, o fenobarbital, a carbamaze-
pina, o topiramato e a oxcarbazepina. Sempre que houver uma associação
entre duas dessas medicações em uma alternativa de qualquer questão
sobre epilepsia, considere-a como uma escolha ruim para o tratamento. EPILEPSIA E GESTAÇÃO
Use a regra: o hINDU não TOma CAFÉ (INDUtoras: TOpiramato,
A ocorrência de crises epilépticas e os efeitos colaterais dos me-
CArbamazepina/OxCArbazepina, FEnitoína/Fenobarbital).
dicamentos usados para o tratamento das epilepsias podem trazer pre-
juízos ao desenvolvimento do concepto.
Um dos maiores problemas é o defeito do fechamento do tubo
neural, que pode ocorrer em pacientes com deficiência de ácido fólico, a
qual pode ser induzida ou agravada pelo uso de anticonvulsivantes.
“Uma vez que a paciente esteja grávida, NÃO se modifica o es-
quema de medicações para evitar a teratogenicidade das drogas usadas”.
O risco de malformações com FAE é baixo e, quando se modifica os tra-
tamentos, o risco de uma crise aumenta. A crise muitas vezes é pior para
o concepto do que o uso do FAE pela mãe.