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AULA 1

TEORIA GERAL DA PENA

1. Introdução
.... é a sanção imposta pelo Estado, por intermédio da ação penal, ao
criminoso, cuja finalidade é a retribuição ao delito perpetrado e a prevenção
a novos crimes.
2. Teorias e finalidades
Teoria absoluta e finalidade retributiva
... a pena desponta como uma retribuição estatal justa ao mal injusto
provocado pelo condenado;
... não tem finalidade prática;
... atua como instrumento de vingança do Estado contra o criminoso.
Teoria relativa e finalidade preventiva
... a pena tem por finalidade evitar a prática de novas infrações penais;

Caráter preventivo è dois aspectos


... é destinado ao controle da violência, na
medida em que busca diminui-la e evitá-la.

Negativo è poder intimidativo que ela representa


Geral
Positivo è demonstra e reafirma eficiência do Direito Penal

... evitar a reincidência.

Negativo è poder intimidativo (efetiva punição do autor)


Especial
Positivo è proposta de ressocialização
... é direcionada exclusivamente à
pessoa do condenado para que ele
não torne a ofender a lei penal.
Qual a teoria adotada pelo Código Penal?

Teoria mista ou unificadora e dupla finalidade: retribuição e prevenção


... artigo 59, caput do CP;

... pena é espécie de sanção penal consistente na privação ou


restrição de determinados bens jurídicos do condenado, aplicada
pelo Estado em decorrência do cometimento de uma infração penal,
com as finalidades de castigar seu responsável, readaptá-lo ao
convívio em comunidade e, mediante a intimidação endereçada à
sociedade, evitar a prática de novos crimes ou contravenções penais.
... é um novo método de vida, apresentando uma nova forma de pensar o
Direito Penal, questionando o significado das punições e das instituições,
2. Teorias extremadas da pena bem como construindo outras formas de liberdade e de justiça. Trata da
descriminalização, da despenalização como solução para o caos do
sistema penitenciário.

→ abolicionismo acadêmico
→ atendimento prioritário à vítima
Abolicionismo penal → guerra contra a pobreza
→ legalização da drogas
→ fortalecimento da esfera pública alternativa

→ pune-se qualquer tipo de infração


→ a punição serve de exemplo à sociedade
Direito Penal Máximo → uma vadiagem, por exemplo, deve ser
punida para que não se tranforme em furto,
roubo ou latrocínio.
... é um modelo caracterizado pela excessiva
severidade, pela incerteza e imprevisibilidade de
suas condenações e penas, voltado à garantia de
que nenhum culpado fique impune, ainda que à
custa do sacrifício de algum inocente.
3. Garantismo penal
.... trata-se de um modelo normativo de direito, que obedece a estrita
legalidade, típico do Estado Democrático de Direito, voltado a minimizar a
violência e maximizar a liberdade, impondo limites a função punitiva do
Estado.
O modelo garantista privilegia os seguintes axiomas:
→ não há pena sem crime;
→ não há crime sem lei;
→ não há lei penal sem necessidade;
→ não há necessidade de lei penal sem lesão;
→ não há lesão sem conduta;
→ não há conduta sem dolo ou culpa;
→ não há culpa sem o devido processo legal;
→ não há processo sem acusação;
→ não há acusação sem prova que a fundamente;
→ não há prova sem ampla defesa;
Soluções propostas pelo Direito Penal Mínimo:
→ promover uma busca de alternativas à prisão;
→ realizar uma investigação que possa esclarecer o âmbito obscuro da
criminalidade dos poderosos;
→ estabelecer uma política de descriminalização da criminalidade menor ou
de bagatela no âmbito da criminalidade clássica;

... qualquer solução adotada na esfera legislativa passa,


necessariamente, pelas mão do Poder Executivo, que precisa liberar
verbas para a implementação de inúmeros programas de prevenção,
punição e recuperação de criminosos.

Opção para o Brasil: abolicionismo penal, direito penal


máximo ou garantismo penal?
E o direito penal do inimigo. Adotá-lo ou não?

... trata-se de um modelo de Direito Penal, cuja finalidade é detectar e


separar, dentre os cidadãos, aqueles que devem ser considerados os
inimigos (terroristas, autores de crimes sexuais violentos, criminosos
organizados, dentre outros). Estes não merecem do Estado as mesmas
garantias humanas fundamentais, pois, como regra, não respeitam os
direitos individuais alheios.
4. Cominação das penas

Isoladamente

Cumulativamente

Altenativamente

5. Princípios da pena
Princípio da personalidade

Princípio da legalidade
Princípio da inderrogabilidade

Princípio da proporcionalidade

Princípio da individualização da pena


Princípio da humanidade
6. Espécies de pena
→ reclusão
Privativa de liberdade → detenção
→ prisão simples

→ prestação de serviços à comunidade


Espécies de → interdição temporária de direitos
pena Restritivas de direitos → limitação de fim de semana
→ prestação pecuniária
→ perda de bens e valores

Pena pecuniária → multa

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