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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ESCOLA DE MÚSICA DO PPGM/UFRJ – 2023.2

Disciplina: Seminários de Processos Criativos I – MUD 701


Docentes: Prof. Doutor Marcos Nogueira e Profa. Doutora Midori Maeshiro
Discente: Feliciano de Castro Comé

Texto: Pesquisa Acadêmica em Música: Práticas Específicas Disciplinares e Compartilhadas.


Referência
Lee, Sang-Hie: Pesquisa Acadêmica em Música: Práticas Específicas Disciplinares e
Compartilhadas. New York, NY10158, Segunda Edição, 2022

O presente texto será apresentado em forma de resumo do capítulo I – Bases comuns na


pesquisa em Música.
Resumo 1

Questão de partida

O autor inicia este capítulo colocando e respondendo a questão “O que é pesquisa?”.


Em sua resposta, pesquisa é em si o processo e simultaneamente um produto da investigação.
Esta pesquisa deve sempre começar com a ideia geral do que se pretende pesquisar, isto é, deve
ter em conta o que se pretende saber, sua relevância e o tema a ser desenvolvido.

Estes pressupostos irão conduzir o pesquisador a identificar um tópico e esboçar a


metodologia apropriada para a sua pesquisa. As características de uma boa pesquisa são
segundo o autor, a autenticidade, simplicidade e clareza (Boyle, Fiese e Zavac, 2004 apud LEE,
2022, p. 3).

O pesquisador deve conhecer os propósitos da pesquisa, conceitos e técnicas


envolvidas em pesquisas do tipo quantitativo e qualitativo, analisar as pesquisas já realizadas
a volta do tema pretendido através de artigos publicados e bibliografia diversa. O processo da
realização da pesquisa deve apontar para a produção de um novo conhecimento, uma nova
teoria, perspectiva, paradigma, metodologia ou visão que conduzam a novas políticas ou
mudanças curriculares. Estes resultados devem ser publicados através de relatórios de pesquisa,
artigo e/ou livro. (LEE, 2022).

Os músicos ao fazerem a seleção, organização, aprendizagem, interpretação e


execução musical, já estão fazendo pesquisa. Do ponto de vista de pesquisa académica, este
processo deve seguir-se por meios racionais e sistematizados que conduzam a conclusões
precisas e fundamentadas. Para (Herbert 2009, apud Lee 2022), neste processo os músicos
fazem pesquisas académicas quando delas deriva um conhecimento significativo e revigorante
passível de atualização por novas ideias, uma vez que são frequentes e constantes os discursos
sobre a música. (LEE, 2022).

O tema escolhido pode inicialmente parecer amplo e vago, mas observada a sua
relevância, pode ser mais refinado e realizável a medida em quem se fizerem leituras a volta
do assunto e que se produzam questões que devem ser respondidas pelo pesquisador.

Algumas questões que podem ser levantadas ao fazerem-se leituras relacionadas com
o tema da pesquisa são:

a) O que quero saber?


b) O que é importante para mim e porque é importante?
c) Como pretendo descobrir
d) A quem interessaria a minha pesquisa?

Refletir sobre estas questões pode resultar na redefinição do tema principal com foco
sobre bases mais seguras, que permitam concentrar toda a pesquisa em metodologias mais
claras para encontrar os devidos resultados. Esta etapa incluirá não só a provável ou não
reformulação do tópico da pesquisa, mas também refazer a questão inicial, previsão de prazo
para a realização da pesquisa, identificação de conceitos e contextos e estabelecimento de
resultados provisórios.

Diz ainda o autor que, os procedimentos de amostragem, medição e análise de dados


são objetivos, mas a interpretação das conclusões pode estar ao cargo do pesquisador. Por outro
lado, o pesquisador pode conceituar implicações, fazer recomendações adicionais e especular
a trajetória de futuras pesquisas, estabelecendo-se assim um campo de subjetividade. Este fato
mostra que a objetividade e a subjetividade constituem um par indissociável no processo da
realização de uma pesquisa académica. (LEE, 2022).

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