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Adaptar não é facilitar!

Antes de pensar em fazer as adaptações devem ser planejadas. É analisar todos os âmbitos desde do Plano
de Educação Geral e Individualizado. A conduta do professor é pensada na turma toda.

A flexibilidade é o principal ponto da educação inclusiva e Vale ressaltar que não existe um modelo
oficial a ser seguido, cada escola pode criar a própria metodologia de adaptação. Destaca se:

 As alterações devem partir do plano de série em que o aluno está matriculado;


 Todas as propostas de adaptações têm que respeitar a individualidade de cada um, considerando
as habilidades e competências;
 Quando necessário, pode haver retomada de conteúdos anteriores;

Adaptar não é facilitar!


Antes de aplicá-las, as adaptações devem ser planejadas. É
preciso analisar todos os âmbitos, desde o Plano de Educação
Individualizado (PEI) ou Plano de Desenvolvimento Individual (PDI),
conduta do professor, até as atividades e avaliações passadas para
toda a turma.

A flexibilidade é o principal ponto da educação inclusiva, isso porque


nem sempre há a necessidade de adaptar o PEI/PEI, mas sim apenas
mudar a maneira como o professor aborda determinados assuntos.

De acordo com Wania, “a adaptação tem que parecer com um game”,


ou seja: as propostas não podem ser muito fáceis para a criança não
ficar entediada, e ao mesmo tempo nem muito difíceis, para ela não
desanimar.

Como fazer mudanças curriculares (PEI/PDI)?


Além de proporem reflexões sobre a pauta, as especialistas
também apresentaram uma tabela para exemplificar como os outros
profissionais podem fazer. Vale ressaltar que não existe um modelo
oficial a ser seguido, cada escola pode criar a própria metodologia de
adaptação. Alguns tópicos destacados foram:

 As alterações devem partir do plano de série em que o aluno está


matriculado;
 Todas as propostas de adaptações têm que respeitar a
individualidade de cada um, considerando as habilidades e
competências;
 Quando necessário, pode haver retomada de conteúdos
anteriores;
 Além das mudanças realizadas, a forma de conduta do professor e
qualquer atividade diferenciada precisam estar registradas. Por
exemplo, casos em que a criança faz terapia no horário de aula;
 Inserir observações relevantes para o PEI, como as especificidades
de cada atividade feita. Aquilo que foi proposto, mas não
desenvolvido, também deve entrar nos registros.
A mestra em psicologia da educação, Wania, reforça que sempre deve
apresentar todo o conteúdo didático para a criança, mas respeitando o
tempo dela. Se necessário, os materiais podem ser acrescentados ou
trabalhados depois — mas nunca deixados de lado.

Outra informação sobre o PEI é que ele só pode ser modificado se o


estudante for laudado. Porém, nem todo aluno com laudo precisa de
alteração no documento. O que define um laudo é o CID, o qual
nunca é a escola que dá, mas sim um pediatra, psiquiatra,
fonoaudiólogo, neurologista ou terapeuta.

O tipo de conduta do professor durante as


adaptações
É importante que o profissional preze pelos seguintes aspectos ao
trabalhar com a educação inclusiva:

 Escuta ativa, ou seja, dar voz ao aluno;


 Observação focada;
 Desenvolver as atividades juntos;
 Acreditar no potencial individual de cada um;
 Registrar o desenvolvimento da criança, através de desafios e
cobranças no desempenho.
Além dos tópicos mencionados, o olhar sensível em relação ao outro
deve prevalecer. As profissionais dão o exemplo de como um autista
com hiperfoco enxerga uma situação. Não há um entendimento sobre
todo o contexto, mas sim apenas de uma pequena parte do que está
de fato acontecendo. Deixar os estigmas e rótulos de lado é o primeiro
passo para desenvolver essa sensibilidade no olhar.
Adaptação das atividades
O livro didático pode ser modificado individualmente a partir de
atividades gráficas para complementação, novos exercícios para
desenvolver especificamente as competências daquele aluno,
acompanhamento de tutoria ou uso de carimbos e post it para sinalizar
qualquer adaptação feita nas tarefas.

As alterações não devem ser pensadas a partir do laudo da criança,


mas sim pelas limitações dela. Cabe ao professor observar quais
habilidades precisam ser desenvolvidas e trabalhadas. O estudante
não se resume a um diagnóstico e por isso ele deve ser visto como um
ser humano integral.

Outro ponto para ressaltar é que mesmo o livro sendo avançado para
o aluno, ele ainda deve permanecer com ele. Isso traz a ideia de
pertencimento e de envolvimento com o restante da classe. Para que o
caderno não fique em branco, o professor pode alinhar as ideias com
os pais, como registrar em portfólio online, sinalizar que a atividade foi
substituída, entre outras alternativas.

Adaptação das avaliações


Mais uma vez, a individualidade do aluno deve ser o foco. Através dos
exemplos, Jussara e Wania mostram que os enunciados podem ser
reduzidos quando necessário, assim como ilustrações também devem
ser inseridas para ajudar na compreensão. As questões
precisam desafiar e avaliar os alunos, mas disponibilizar leitor ou
escriba também são recursos consideráveis.

Para finalizar, como registrar todas as adaptações?


Utilize os instrumentos e recursos que estão à sua disposição, seja por
meio físico ou digital. Relatórios descritivos, fotos, vídeos e quadro de
rubricas são as principais opções sugeridas, principalmente por serem
de fácil manuseio tanto pelos professores, quanto pela família.
Publicado em:Papo com o especialista,Universo pedagógico

Sobre o autor: Equipe Melhor Escola


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