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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Paz: Fruto da Justiça e da Caridade

Judite Miguel Afonso da Silva: 708211806

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Fundamentos de Teologia Católica

Ano de Frequência: 2º Ano

Turma: “K”

Nampula, Novembro de 2022


Judite Miguel Afonso da Silva

Código: 708211806

A Paz: Fruto da Justiça e da Caridade

Trabalho de carácter avaliativo a ser submetido ao


docente da cadeira de Fundamentos de Teologia
Católica.

Tutor:

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Nampula

2022
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Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
 Metodologia adequada
ao objectivo do 2.0
trabalho
 Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e discussão coesão textual)
 Revisão bibliográfica
nacional e
internacional relevante 2.0
na área de estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos
práticos 2.0
 Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra, 1.0
gerais parágrafo,
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Bibliográficas edição em citações citações/referências 4.0
e bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

Introdução .............................................................................................................................................. 6

1. A Paz: Fruto da Justiça e da Caridade ............................................................................................... 7

1.1. Conceitos Básicos: Paz, Justiça e Caridade.................................................................................... 7

1.2. Contextualização da Paz: Fruto da Justiça e da Caridade .............................................................. 9

1.2.1. A Paz é Fruto da Justiça ............................................................................................................ 11

Conclusão ............................................................................................................................................ 13

Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 14


Introdução

A paz se constrói dia a dia na busca da ordem querida por Deus e pode florescer somente quando todos
reconhecem as próprias responsabilidades na sua promoção. Para prevenir conflitos e violências, é
absolutamente necessário que a paz comece a ser vivida como valor profundo no íntimo de cada
pessoa: assim pode estender-se nas famílias e nas diversas formas de agregação social, até envolver
toda a comunidade política - Doutrina Social da Igreja.

O presente trabalho compila informações sobre: a Paz: Fruto da Justiça e da Caridade. Com este
tema, a autora pautou os seguintes objectivos.

Objectivo Geral:

Compreender a paz como fruto da justiça e da caridade.

Objectivos específicos:

Definir conceito de Paz, Justiça e Caridade;


Conhecer aspectos da paz como fruto da justiça e da caridade;
Explicar a paz como fruto da justiça e da caridade; e

Para a concretização destes objectivos, a autora recorreu a revisão bibliográfica de artigos que versam
sobre a matéria, que constituiu na leitura, análise e interpretação das mesmas obras.

No que concerne à estrutura do trabalho, este apresenta: uma introdução, onde se fez uma breve visão
dos conteúdos abordados no trabalho, objectivos da pesquisa, desenvolvimento onde estão detalhados
os principais conteúdo do trabalho propostos pelo tutor da cadeira, conclusão onde se fez a síntese do
que se percebeu relativamente ao longo do desenvolvimento do trabalho e finalmente termina com a
sua respectiva bibliografia onde estão listadas as obras consultadas e citadas no ato da elaboração do
trabalho de pesquisa.

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1. A Paz: Fruto da Justiça e da Caridade

1.1. Conceitos Básicos: Paz, Justiça e Caridade

De acordo com a definição de dicionário, a paz é uma “relação entre pessoas que não estão em conflito;
acordo, concórdia”. Ou também, é considerada com “relação tranquila entre cidadãos; ausência de
problemas, de violência”. (Johannes, 1988).

A paz é um estado de tranquilidade e harmonia interior, com Deus e com outras pessoas. A verdadeira
paz vem de um relacionamento com Deus, através de Jesus Cristo. A paz é um dos frutos do Espírito
(Gálatas 5:22-23).

A Paz pode ser de vários tipos, das quais:

 Paz Eterna: designa um estado de paz mundial, obtido através de uma "república" única, capaz
de representar as aspirações naturalmente pacíficas de todos os povos e indivíduos. O termo é
derivado de uma piada, onde a inscrição "Paz Eterna" é usada como legenda na ilustração de
um túmulo.
 Paz pela Lei: sugere que a paz deve ser obtida através de legislação em assuntos internacionais,
capaz de regulamentar as relações diplomáticas, os conflitos de interesse, etc.
 Paz pela força: obtida quando um indivíduo, instituição ou Estado é fortalecido de tal forma,
que toda tentativa de subversão do status quo é desestimulada. (Evans, 2004).

Para Rinaldo (2012), a Justiça é a particularidade do que é justo e correto, é a virtude que consiste em
fazer ou deixar a cada um o que por direito lhe pertence.

A Justiça é "a virtude moral que rege o ser espiritual no combate ao egoísmo biológico, orgânico, do
indivíduo." (Adeodato, 1996).

Justiça é aquilo que está em conformidade com o que é reto; é a qualidade do que está de acordo com
o cumprimento da lei. No estudo bíblico-teológico, frequentemente o atributo da justiça de Deus é
também chamado de “retidão de Deus”.

A justiça deve buscar a igualdade entre todos cidadãos que convivam em um mesmo
grupo, com respeito ver à todos da mesma forma perante as suas leis e oferecer à todos

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iguais garantias, mas enfim a Justiça é um conceito abstrato, que se refere a um estado
ideal de interação social, em que há um equilíbrio razoável e imparcial entre
os interesses, riquezas e oportunidades, entre as pessoas envolvidas dentro de um
determinado grupo social. (Adeodato, 1996).

A Caridade é a doação voluntária de ajuda aos necessitados, como um ato humanitário. A Caridade é
o puro amor que o Salvador Jesus Cristo tem. Ele ordenou que nos amássemos uns aos outros como
Ele nos ama. As escrituras dizem que a caridade vem do coração puro (ver I Timóteo 1:5). Temos
amor puro quando, de coração, expressamos preocupação e solidariedade genuínas por todos os nossos
irmãos.

O catecismo da Igreja Católica compreende a caridade enquanto uma virtude teologal,


ou seja, dotada de caráter sobrenatural e infundida por Deus na alma humana.
A caridade é o amor fraterno e representa a virtude pela qual amamos a Deus de todo
o coração e sobre todas as coisas e amamos ao próximo como a nós mesmos. (João
Paulo II, 1992).

A caridade diz respeito ao um ato, uma acção de ajudar o próximo sem esperar recompensa. Ela pode
ser realizada de várias maneiras: pelos pensamentos, pelas palavras, pelas acções.

A doutrina nos ensina que a caridade pode ser exercida de várias formas. Por exemplo, com apoio
moral, ajuda espiritual, etc. E a obra Evangelho Segundo o Espiritismo nos apresenta dois tipos de
caridade: a moral e a espiritual. (João Paulo II, 1992).

a) Caridade material: Este tipo de caridade está relacionado ao mundo físico. Por exemplo, é
possível doar uma cesta básica aos mais necessitados, roupas aos desabrigados, brinquedos
para orfanatos, etc.
b) Caridade moral: Ela é mais intensa que a caridade material, já que necessita de um maior
empenho e perseverança para a sua execução. Praticamos a caridade moral:
 Quando aceitamos as pessoas como elas são;
 Quando não damos ouvidos a uma palavra grosseira;
 Quando não julgamos;
 Quando não guardamos ressentimentos daqueles que nos ofenderam ou prejudicaram;
 Quando pensamos positivo e oramos diariamente, etc.

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Frutos e justiça são os resultados da fé. Obras de caridade são os verdadeiros frutos de justiça, que são
por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus: (Filipenses 1:11). Estes são os bons frutos de que Jesus
falou e não a aparência exterior, veja: (Lucas 11: 39 E o Senhor lhe disse: Agora vós, os fariseus,
limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade.

Os bons frutos são resultados daquele que por receber o dom da fé: (Efésios 2:8) Creu em Jesus e foi
transformado pelo seu Espírito Santo: (João 4: 14 Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca
terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.)

Porque os frutos de justiça são sim necessários como Jesus disse em: (Mateus 25:31) porem distantes
de Jesus ninguém os pode produzir, como também Ele disse em: (João 15: 5 Eu sou a videira, vós as
varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.)

Porque o homem natural (aquele que não creu em Jesus para receber o seu Espírito Santo) nem
compreende as coisas de Deus, quanto mais vivê-las. Por isto é necessário primeiro receber o dom da
fé, crer em Jesus, receber o seu Espírito Santo e ser então transformado em nova criatura nascida de
Deus para então produzir os bons frutos, que são frutos de justiça feitos com verdadeiro amor. (João
Paulo II, 1992).

1.2. Contextualização da Paz: Fruto da Justiça e da Caridade

A paz é um valor e um dever universal e encontra o seu fundamento na ordem racional e moral da
sociedade que tem as suas raízes no próprio Deus, fonte primária do ser, verdade essencial e bem
supremo. A paz não é simplesmente ausência de guerra e tampouco um equilíbrio estável entre forças
adversárias, mas se funda sobre uma correcta concepção da pessoa humana e exige a edificação de
uma ordem segundo a justiça e a caridade. (Pontifício Conselho, 2005).

A paz é um dos atributos de Deus e na Bíblia ela é “muito mais do que a simples ausência de guerra:
ela representa a plenitude da vida (cf. Mt 2,5)" (p. 273). Jesus Ressuscitado saúda os seus discípulos
dando-lhes o presente da paz: “A paz esteja com vocês!”. A paz não é “simplesmente ausência de
guerra e tampouco um equilíbrio estável entre forças adversárias, mas se funda sobre uma correta
concepção de pessoa humana e exige a edificação de uma ordem segundo a justiça e a caridade”
(p.275). Ela é construída no dia a dia e “pode florescer somente quando todos reconhecem as próprias
responsabilidades na sua promoção” (p.276).

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A paz é fruto da justiça (cf. Is 32,17), entendida em sentido amplo como o respeito ao equilíbrio de
todas as dimensões da pessoa humana. A paz está em perigo quando ao homem não é reconhecido
aquilo que lhe é devido enquanto homem, quando não é respeitada a sua dignidade e quando a
convivência não é orientada em direcção para o bem comum.

A paz é fruto do amor. Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, vol.II, q.29, art.3, diz: “A
verdadeira paz é mais matéria de caridade que de justiça, pois a função da justiça é somente remover
os obstáculos para a paz: a ofensa e o dano; mas a paz, ela mesma, é ato próprio e específico da
caridade”. A paz e a violência “não podem habitar na mesma morada, onde há violência aí Deus não
pode estar (cf. 1Cr 22,8-9)" (p.273). A promoção da paz é manifestação de nossa fé cristã.

Para a construção de uma sociedade pacífica e para o desenvolvimento integral dos indivíduos, povos
e nações, é necessária a defesa e a promoção dos direitos humanos. A paz é fruto também do amor.

A Igreja proclama, com a convicção da sua fé em Cristo e com a consciência de sua


missão, que a violência é um mal, que a violência é inaceitável como solução para os
problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira, pois que se
opõe à verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade. A violência destrói o que
ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos. (Pontifício
Conselho, 2005).

O Magistério condena “‘a desumanidade da guerra’ e pede que seja considerada com uma abordagem
completamente nova: de fato, ‘não é mais possível pensar que nesta nossa era atômica a guerra seja
um meio apto para ressarcir direitos violados’” (p.277).

A busca das causas que dão origem as guerras são “as que se ligam a situações estruturais de injustiça,
de miséria, de exploração, sobre as quais é necessário intervir com o objetivo de removê-las: “Por isso,
o outro nome da paz é o desenvolvimento. Como existe a responsabilidade coletiva de evitar a guerra,
do mesmo modo há a responsabilidade coletiva de promover o desenvolvimento” (p.278). Os Estados
“nem sempre dispõem dos instrumentos adequados para promover eficazmente a própria defesa: disso
resulta a necessidade e a importância das Organizações Internacional e Regionais” (p.278).

A Carta das Nações Unidas, elaborada após a Segunda Guerra Mundial, “se baseia na interdição
generalizada do recurso à força para resolver as controvérsias entre os Estados, exceto em dois casos:
a legítima defesa e as medidas tomadas pelo Conselho de Segurança no âmbito das suas
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responsabilidades para manter a paz” (p.279). As exigências da legítima defesa “justificam a
existência, nos Estados, das forças armadas, cuja ação deve ser posta ao serviço da paz” (p.279), e na
proteção e ajuda das “vítimas inocentes que não podem defender-se das agressões” (p.280).

O terrorismo “é uma das formas mais brutais de violência que actualmente afligem a Comunidade
Internacional: semeia ódio, morte, desejo de vingança e de represália” (p.285). Proclamar-se terrorista
em nome de Deus é profanação e blasfêmia. “Definir como ‘mártires’ aqueles que morrem executando
atos terroristas é distorcer o conceito de martírio, que é testemunho de quem se deixa matar por não
renunciar a Deus, e não de quem mata em nome de Deus” (p.287). O terrorismo não pode ser tolerado
e nem defendido por qualquer religião, que deve promover a paz, incentivando o perdão e a
reconciliação.

1.2.1. A Paz é Fruto da Justiça

De acordo com Evans (2004), a paz é, antes de tudo, obra da justiça. Ela supõe e exige a instauração
de uma ordem justa, na qual as pessoas possam realizar-se como seres humanos, sua dignidade ser
respeitada, suas legítimas aspirações serem satisfeitas, seu acesso à verdade reconhecido, sua liberdade
pessoal garantida. Uma ordem na qual os homens não sejam objetos, senão agentes de sua própria
história. A tranquilidade da ordem, da paz, não é, pois, passividade nem conformismo.

Não é, tampouco, algo que se adquira de uma vez por todas: é o resultado de um
contínuo esforço de adaptação às novas circunstâncias; às exigências e aos desafios
de uma história em mutação. Uma paz estática e aparente pode ser obtida com o
emprego da força; uma paz autêntica implica luta, capacidade inventiva, uma
conquista permanente. A paz não se acha, constrói-se. (Venâncio, 2012).

Segundo Venâncio (2012), o cristão é um artesão da paz. Esta tarefa, dada a situação descrita
anteriormente, reveste-se de um caráter especial. O povo, seguindo o exemplo de Cristo deverá
enfrentar com audácia e valentia, o egoísmo, a injustiça pessoal e coletiva, a falta de segurança aos
cidadãos e cidadãs. A paz é fruto do amor, expressão de uma real fraternidade entre os homens e
mulheres. Fraternidade traduzida por Jesus Cristo, Príncipe da Paz, ao reconciliar todos os homens
com o Pai.

Para Conte (1994), a solidariedade humana não pode se realizar verdadeiramente senão em Cristo, que
dá a paz que o mundo não pode dar. O amor é a alma da justiça. O cristão que trabalha pela justiça
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social deve cultivar sempre a paz e o amor em seu coração. A paz com Deus é fundamento último da
paz interior e da paz social. Por isso mesmo, onde a paz social não existe, onde se encontram injustiças,
desigualdades sociais, políticas, econômicas e culturais, há um rechaço do dom da paz do Senhor, e
ainda mais, um rechaço do próprio Senhor.

Queremos viver num país seguro, mas não a custas apenas de uma ordem social repressiva. A
segurança que almejamos para o nosso país não virá nem da adoção da pena de morte nem do exército
nas ruas, mas brotará do pão das mesas, da terra partilhada, do trabalho com dignidade, da igualdade
de oportunidades, de saúde e de educação para todos.

A segurança que desejamos virá de um trabalho longo de educação para uma cultura
de paz, que transforme a mente e a prática das pessoas e grupos, ajudando-os a
descobrir os instrumentos da não violência e da reconciliação para fazer face à
violência e à injustiça. Queremos aquela segurança que seja consequência de um
processo amplo de democratização. (Conte, 1994).

A violação é muda e é inerte: só o resgate pleno da condição humana, do dizer sua palavra e recuperar
sua dimensão política de transformar situações podem ser o suporte de uma ação eficaz na linha da
segurança pública. A segurança que propomos passa também por uma renovação e transformação das
instituições ligadas à segurança, por uma justiça mais ágil, por adoção de práticas de justiça
restaurativa, pela mudança do sistema penitenciário, por uma polícia menos militar e mais cidadã, pelo
fim da corrupção. Queremos viver num país onde segurança pública seja também um ato de
fraternidade. (Venâncio, 2012).

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Conclusão

Diante do estudo e desenvolvimento deste trabalho é possível perceber que a paz é, antes de tudo, obra
da justiça. Ela supõe e exige a instauração de uma ordem justa, na qual as pessoas possam realizar-se
como seres humanos, sua dignidade ser respeitada, suas legítimas aspirações serem satisfeitas, seu
acesso à verdade reconhecido, sua liberdade pessoal garantida.

Portanto, a paz é fruto da justiça, entendida em sentido amplo como o respeito ao equilíbrio de todas
as dimensões da pessoa humana. A paz está em perigo quando ao homem não é reconhecido aquilo
que lhe é devido enquanto homem, quando não é respeitada a sua dignidade e quando a convivência
não é orientada em direcção para o bem comum.

Por sua vez, a paz é fruto do amor, expressão de uma real fraternidade entre os homens e mulheres. A
violência é mentira, pois que se opõe à verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade. A
violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos.

Conclui-se que, a promoção da paz é manifestação de nossa fé cristã. Para a construção de uma
sociedade pacífica e para o desenvolvimento integral dos indivíduos, povos e nações, é necessária a
defesa e a promoção dos direitos humanos.

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Referências Bibliográficas

Adeodato, J. M. (1996). Filosofia do Direito: uma crítica à verdade na ética e na ciência (através de
um exame da ontologia de Nicolai Hartmann). São Paulo: Saraiva.

Conte, F. (1994). Os heróis míticos e o homem de hoje. São Paulo: Ed. Loyola.

Evans, C. S. (2004). Dicionário de Apologética e Filosofia da Religião. São Paulo, SP: Editora Vida.

João Paulo II (1992). Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Editora Loyola.

Johannes, B. (1988). Dicionário de teologia bíblica (4ª Ed.). São Paulo: Edições Loyola.

Morelandi, J. P; Craig, W. L. (2005). Filosofia e Cosmovisão Cristã. São Paulo: Vida Nova.

Pontifício Conselho ‘Justiça e Paz’ (2002). Compêndio da Doutrina Social da Igreja. Vaticano:
Libreria Editrice Vaticana.

Pontifício Conselho “Justiça e Paz”. (2005). Compêndio da Doutrina Social da Igreja. São Paulo:
Paulinas.

Rinaldi JR, R. (2012). Educação na Perspectiva Cristã: uma reflexão sobre essa abordagem e seu
impacto na família, igreja, escola e nação. Belo Horizonte, MG: AECEP.

Sire, J. (2018). O Universo ao Lado – um catálogo básico sobre cosmovisão. Brasília, DF: Editora
Monergismo.

Venâncio, N. B. (2012). A Mente de Cristo – conversão e cosmovisão cristã. São Paulo, SP: Vida
Nova.

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