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Tema:
A Centralidade da Dignidade Humana e Consciência Segundo o Concílio
Vaticano II
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo Geral ..................................................................................................... 3
1.1.1.1. Objectivos Específicos ...................................................................................... 3
2. Conceito de Dignidade .......................................................................................................... 4
3. Dignidade Humana Segundo o Concílio Vaticano II ............................................................ 5
4. Dignidade da Pessoa Cristã ................................................................................................... 6
5. Dignidade Humana adquirida pela vida Virtuosa ................................................................. 6
6. A dignidade da consciência moral ........................................................................................ 8
7. Conclusão ............................................................................................................................ 10
8. Referência bibliográfica ...................................................................................................... 11
1. Introdução
A dignidade humana é a excelência que cada pessoa humana possui por ser criada
com inteligência e livre arbítrio. Todos possuem esta dignidade por terem a mesma
vocação à comunhão com a Santíssima Trindade. Esta comunhão com Deus é iniciada
pela nossa incorporação no Corpo Místico de Cristo no batismo. Isto nos confere uma
nova dignidade, a dignidade cristã. Tanto a nossa dignidade humana como a nossa
dignidade cristã estão em potência a uma dignidade moral, isto é, à dignidade que
adquirimos pela obediência ao plano de Deus. É precisamente por esta vida virtuosa que
alcançamos a nossa dignidade definitiva, nossa comunhão perfeita com Deus.
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Analisar o impacto da dignidade humana e consciência segundo o Concílio
Vaticano II..
1.1.1.1.Objectivos Específicos
Conceituar a Dignidade e Consciência;
Descrever as características da dignidade humana e consciência segundo
Concílio Vaticano II;
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2. Conceito de Dignidade
Num mundo plural, ainda que essa noção (valor) continue a ser defendida por
muitos, há os que concebem a dignidade como produto da natureza racional do homem,
detentor de uma faculdade superior exclusiva que o torna, portanto, diferente dos demais
seres e, com essa capacidade, criou o universo da moral e a ideia de dignidade que lhe
serve de fundamento.
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Somente pessoas possuem a bondade que chamamos de dignidade.
Evidentemente não podemos comparar a Dignidade Divina e a dignidade da pessoa
criada. Existe uma diferença infinita entre estas dignidades.
Por isso, o termo “dignidade” é usado de forma análoga, isto é, as várias maneiras
de usar este conceito têm algo em comum e algo diferente: tanto Deus como o ser humano
possuem liberdade, mas há diferença infinita entre uma liberdade finita/limitada e a
liberdade infinita/ilimitada, ou seja, divina.
Concílio Vaticano II, através da Gaudium et Spes (GS), ensina que “O homem na
verdade não se engana quando se reconhece superior aos elementos materiais, e não se
considera somente uma partícula da natureza ou um elemento anônimo da cidade
humana” (SG, nº 14). Com efeito, por sua vida interior, o homem excede a universalidade
das coisas.
Por ter sido criado à imagem de Deus o homem é a única criatura visível que é
“capaz de conhecer e amar seu Criador”. A dignidade do homem consiste na sua
inteligência e no seu livre arbítrio. Mas estas capacidades são ordenadas à comunhão com
Deus.
Segundo Concílio Vaticano II, através da Gaudium et Spes (GS), estabelece que
o homem tem inteligência e livre arbítrio precisamente para poder entrar, estar e crescer
numa comunhão com o Sumo Bem que é Deus. Entre todas as criaturas visíveis somente
o homem é capaz disso. É por isso que o homem “é a única criatura na terra que Deus
quis por si mesmo” (SG, nº 22).
“Por ser à imagem de Deus, o indivíduo humano tem a dignidade de pessoa: ele
não é apenas alguma coisa, mas alguém”.
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Com isso, podemos dizer que a dignidade da pessoa humana consiste
principalmente na sua excelência de ser criado à imagem e semelhança de Deus, isto é,
com inteligência e livre arbítrio.
Concílio Vaticano II, através da Gaudium et Spes (GS), afirma que “Na intimidade
da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve
obedecer” (GS, nº 16).
O homem é chamado a obedecer a uma lei que foi inscrita no seu coração por
Deus: “De fato o homem tem uma lei escrita por Deus em seu coração. Obedecer a ela é
a própria dignidade do homem, que será julgado de acordo com esta lei”.
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É necessário notar que, dentro da lógica do Capitulo de Gaudium et Spes que
estamos focando, esta dignidade (que a pessoa humana adquire pela sua obediência á lei)
não necessita da Lei de Cristo. É uma dignidade conquistada pela obediência à lei natural.
Contudo, acreditamos que (por via de analogia) podemos falar de uma dignidade
conquistada pela obediência a Lei de Cristo.
Com o ensinamento da Gaudium et Spes vemos que o homem adquire uma nova
dignidade obedecendo à lei de Deus. Isto nos revela um novo sentido deste conceito:
Aqui a dignidade é uma excelência possuída somente por aqueles que obedecem
à lei de Deus. Quando o cristão não obedece à lei de Deus, isto é, quando ele age contra
a razão, ele é de qualquer maneira menos que humano e certamente menos que cristão.
Age duma forma que não combina nem com sua própria natureza, nem com sua nova
dignidade em Cristo.
Por isso, às vezes, ouvimos expressões como “ele não tem dignidade”, “ele tem
muita dignidade” ou “ela é uma pessoa digna da sua posição”.
Gaudium et Spes afirma que o: “homem consegue esta dignidade quando, liberado
de todo o cativeiro das paixões, caminha para o seu fim pela escolha livre do bem e
procura eficazmente os meios aptos com diligente aplicação”.
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A pessoa humana atinge a dignidade moral quando ele vence as suas paixões e
age duma maneira que é verdadeiramente virtuosa.
Segundo Rodrigues (2008), afirma que “O homem tem no coração uma lei escrita
pelo próprio Deus; a sua dignidade está em obedecer-lhe, e por ela é que será julgado. A
consciência é o centro mais secreto e o santuário do homem, no qual se encontra a sós
com Deus, cuja voz se faz ouvir na intimidade do seu ser” (p. 79).
“Este aspeto abre para a questão mais vasta da relação entre Deus e a ordem
moral. Não é um problema apenas do âmbito cultural e filosófico, mas é uma
questão que tem acompanhado a teologia moral. Trata-se de saber se, no juízo
moral, há lugar para Deus, a que nível da moralidade a fé é relevante e
determinante, em que medida a relação com Deus altera a vida moral dos crentes”
(p. 82).
Não parece que se possa invocar a intervenção de Deus ao nível normativo, isto
é, no momento de decidir que determinada situação concreta corresponde melhor ou pior
às exigências morais de procurar o bem e evitar o mal.
“Não obstante esta reserva, devemos dizer que Deus intervém na vida moral e
que a consciência, como afirma a doutrina católica, é espaço de encontro com
Ele. Também no âmbito da consciência a pessoa faz a experiência da fidelidade
do amor divino. Antes de mais, porque a relação com Deus toca todas as
expressões do ser pessoal de cada indivíduo” (p. 84).
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Por isso, não deixa de fora esta dimensão tão fundamental da existência humana.
E ainda porque a procura do bem moral não é, de modo algum, desligada da relação que
cada pessoa estabelece com Deus. Graças à consciência, revela-se de modo admirável
aquela lei que se realiza no amor de Deus e do próximo.
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7. Conclusão
Tanto a nossa dignidade humana como a nossa dignidade cristã estão em potência
a uma dignidade moral, isto é, à dignidade que adquirimos pela obediência ao plano de
Deus. É precisamente por esta vida de virtude que alcançamos a nossa dignidade
definitiva, nossa comunhão perfeita com Deus e isto, na sociedade perfeita, na Comunhão
dos Santos.
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8. Referência bibliográfica
1. Borne, D. (2006). A escola e o facto religioso ou o desafio da verdade.
São Paulo.
2. Documentos do Concı́lio Ecuménico Vaticano II (1965). Braga, Portugal:
Apostolado da Oração
3. Documento do Concílio Vaticano II (1965). São Paulo. Declaração
Dignitatis Humanae sobre a Liberdade Religiosa.
4. Gaudium et Spes, (1965). Em Documentos do Concílio Ecuménico
Vaticano II. Braga, Portugal: Apostolado da Oração, pp. 12-24
5. Pereira, F. (2003). A Religião como factor de integração sociaL. São Paulo
6. Rodriguês, A. R. (2008), A dignidade da Pessoa Humana e os seus
Direitos. Estoril
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