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Meu Acaso Sedutor - Livro 2
Meu Acaso Sedutor - Livro 2
readlissa
Category: Romance
Genre: acordo, amor, drama, hot, romance, segredos, venturelli
Language: Português
Status: Completed
Published: 2019-09-11
Updated: 2021-11-15
Packaged: 2022-03-07 15:01:15
Chapters: 96
Words: 210,752
Publisher: www.wattpad.com
Summary: "Não era tão difícil, eu só não podia cair no jogo de sedução
dele" LIVRO 2 // Da SÉRIE: Babacas de terno. Rubi Mendoza com os seus
24 anos era presidente de uma grande empresa de designer no centro de
Nova York, uma mulher forte e exuberante sempre recpetiva com todos. Rubi
viu a sua empresa e a empresa do pai ficar na beira da falência, infelizmente
ela confiou na pessoa errada trazendo consequências ruins, e uma delas foi
quase perder tudo. Mas com um acordo entre seu pai e a família Venturelli
ela viu a solução para seus problemas, o acordo aconteceu e a junção das
empresas foi feita, agora, eles eram um só. Rubi só não contava que seu
sócio com quem ela trabalharia todos os dias fosse incrivelmente sexy e
sedutor. √ Eles já tinham se encontrado meses atrás e não foi nada agradável.
√ Ela não esperava que esse acaso de olhos incrivelmente azuis que deixa
suas pernas bambas em questão de segundos seria sua irritação diária e sua
perdição. Será que ela vai cair na tentação do cafajeste delícia?
========== Bem vindos a minha mais nova história! ❤ espero te fazer rir,
amar, odiar e chorar (só não disse por onde) Ei! Clica em "Ler", não fique
com vergonha não hahaha embarque comigo nessa nova aventura. Estou
esperando por você. PLÁGIO É CRIME! Obra de minha autoria. Qualquer
semelhança é mera coincidência. O que? O que foi? Ainda não cliclou?
Clica logo! #1 em drama (07/12/19) #1 em segredo (16/06/20) #1 em
romance (25/03/21)
Language: Português
Read Count: 14,041,180
Meu acaso Sedutor.
Oi babys!
Quero lhes apresentar minha mais nova obra "Meu acaso sedutor" que é
o segundo livro da Série: Babacas de terno.
Primeiro: SEM SPOILER! não dê spoiler caso esteja relendo, por favor.
Isso me prejudica e as novas leitoras, vamos respeitar, babys. Só isso que
peço.
Bom, sem mais enrolação vim aqui dizer o que vai se passar nesse livro:
. Teremos brigas! Mas não é qualquer tipo, estou falando das quentes...se
é que me entendem 😏.
. Hot? Rapaz...eu já disse que esse livro vai pegar fogo? Porque ele vai.
×××
Adicione esse livro na sua biblioteca para acompanhar mais uma história
minha e esse casal para lá de quente.
(ps: Você pode imagina-los do jeito que quiser, essa é apenas a minha
visão)
×××
Adam Venturelli
Rubi Mendoza
Lisa Venturelli
Dylan Venturelli
Emily Brooks
Peter Ross
Susie Jones
Nathaniel Venturelli
Nomes reais:
Lisa: Victoria Brono.
Rubi: Eiza Gonzalez.
Emily: Pamela Reif
Susie: Chloe de Barros
Weareee back!
Peço encarecidamente, aos que estão relendo que não dêem Spoiler, têm
gente lendo pela primeira vez também. Agradeço ❤.
Rubi.
Vamos lá! Não é tão difícil. É só não deixar cair no chão e depois
aproveitar.
Balancei a panela rezando para não deixar a panqueca cair no chão, mexi
para frente e para trás jogando a mesma para cima em seguida, vi ela
rodando na minha frente e sorri contente por estar conseguido, mas parei
quando vi a mesma indo direto para o chão!
Que desgraçada!
Pareceu até que ela estava debochando de mim!
Um estalo veio do chão e eu apertei os lábios, filha da mãe! Você não vai me
vencer.
Peguei no cabo da panela e mexi para frente e para trás, dei uma risada
quase diabólica, meu Deus. Preciso de ajuda urgentemente.
Joguei para cima no ponto certo, e ainda mexi meu corpo para tentar pegar a
bendita. Usar espátula era fácil demais, e eu queria pegar ela no ar! O bom
gosto da vitória apareceu quando ela caiu na beirada da panela, dei um
sorrisão feliz demais mas fui parando quando a panqueca caiu para o lado
tão rápido que eu dei um grito assim que ela caiu na boca do fogão fazendo o
fogo subir.
- Puta merda!! -exclamei dando passos para trás vendo o fogaréu na minha
frente, larguei a panela na mesa e corri de um lado para o outro.
Aí meu Deus.
Aí meu Deus.
Aí meu Deus.
Quando ele fez isso o fogo desceu e eu arregalei os olhos quando ouvi um
grito de guerra, olhei para o lado vendo Lua correr na minha direção com um
extintor de incêndio.
- Deu tudo certo?! Você quase mata todo mundo desse prédio!
Eu era péssima fazendo isso, eu sabia cozinhar mas fazer panquecas eu não
sabia. E aparentemente, era mais fácil quase colocar fogo no meu
apartamento do que fazer isso.
- Você está bem? -ela perguntou com os seus grandes olhos castanhos.
- Sua mãe ligou ontem mas você não estava aqui, você retornou?
- Não acho que seja, da última vez ela não fez questão por que faria agora?
- Preciso me arrumar.
Escovei meus cabelos e depois os dentes, saio do quarto pronta para ir para
a empresa e me despedi de Lua e Mops antes de sair.
Entrei no meu Audi A5 branco e dirigi até a empresa que não ficava muito
longe do meu apartamento. Ainda bem.
Meu cabelo castanho escuro caia sobre meus ombros e minha saia preta
modelava meus quadris, minha bolsa pendurada no meu braço esquerdo e o
celular ocupando minha mão.
Passei pelo balcão de Josh mas o mesmo não estava ali, entrei na sala
despejando minhas coisas sobre a mesa e andei até a grande janela que
estava na minha frente, olhei para as ruas de Nova York cruzando os braços.
Faz apenas alguns meses que minha empresa se juntou com a Enterprises
Technologies, a empresa comandada por Dylan Venturelli e o irmão Adam na
vice-presidência.
Uma fusão foi feita e nos tirou da lama, meu pai, Carlos Mendoza, tem uma
amizade antiga com Gregório Venturelli que por acaso devia um grande
favor ao meu pai, o favor foi enfim cobrado e agora éramos Technology
Designer.
Tudo isso por minha causa que acreditei em que não devia e fui ingênua
demais para esse ramo aprendendo da pior maneira que não se deve confiar
no amor. É uma puta cegueira.
Me despertei dos pensamentos quando ouvi meu celular tocar em cima da
mesa, peguei o aparelho vendo a foto de Emily Brooks na tela.
- Oi, Emy.
- Também não sei, mas isso significa que vamos em outro. Um que abriu
esses tempos e parece ser ótimo -diz animada.
- Você só está animada porque vamos ao pub que você escolheu e não ao que
eu tinha escolhido.
- Exatamente! -exclamou.
- Não vejo problema com o que eu tinha escolhido -digo dando de ombros.
- Olha, aquilo lá era ótimo, mesmo que com gorilas -passei o celular para a
outra mão e coloquei no ouvido novamente- Mas já que fechou vamos o de
sua escolha.
- Ok.
- Tchau, gata.
Adam e eu trabalhamos juntos por uma semana, mas digamos que não foi
muito bom, brigamos algumas vezes mas nada que não se resolva com uma
conversa e muita, muita força de vontade para não jogar café na cara dele.
Josh e eu nos conhecemos desde que eu vim embora do Brasil para morar em
Nova York com 17 anos, fizemos faculdade juntos e desde então a purpurina
não me larga.
Logo o rosto sorridente de Josh apareceu, ele fechou a porta e caminhou até
mim, se sentou na cadeira e cruzou as pernas.
- O que você quer, purpurina? -perguntei e logo depois ri da careta que ele
fez.
Misericórdia.
Jon e Josh eram um casal perfeito, Jon é amigo de Lisa e Emily de longa
data, tivemos a brilhante ideia de juntar os dois e né que deu certo. Ótimas
cupidos, sabemos.
- Tá ok.
- O cafajeste delicia -ele diz se referindo a Adam- Ele me disse ontem que
queria falar com você.
- Não sei. Linda. Mas acho que você deveria falar com ele -diz e eu
concordo.
- Certo.
- Não estou falando disso. Você tem uma reunião com a equipe agora.
- Vamos -disse.
Voltei para minha mesa revirando tudo e ouvi Josh respirar fundo, olhei de
relance para trás e vi ele irritado.
- Segura!
- Será que dá para você me soltar? Eu tenho que pegar minha caneta.
- Está aqui mesmo -digo e ele me imita com uma voz fina.
- O que é? Até parece que viu a Tinker Bell -digo sorrindo e ele continua
sério.
- Srta. Mendoza.
Ouvi sua voz e senti cada parte do meu corpo se arrepiar, que arrepio
ridículo foi esse? Eu hein.
Ninguém merece.
×××
Bem vindas de volta, babys!
Plis, plis, não sou corretora ortográfica, caso vejam algo errado...sinto
muito, as vezes passa despercebido.
Beijãooo❤.
2° capítulo
Rubi
Olhei para Josh que estava na minha frente e vi ele segurando o riso, Josh
sabia que Adam e eu não tínhamos o melhor relacionamento de sócios
perfeitos.
Seu terno azul claro Armani definia os músculos do seu corpo e seu perfume
invadindo minha narina e meu cérebro. Era um cheiro marcante.
Levantei uma sobrancelha e ouvi Josh tossir atrás de mim, Adam o encarou e
sorriu abertamente.
Encarei Josh que estava com os braços cruzados iguais os meus mas a
diferença era que eu tinha, envelopes, papéis e um iPad nas mãos.
Ele percebe que eu não vou segurar o papel e coloca no meus braços no
meio das demais coisas.
- Não, tenho coisas mais importantes para fazer do que isso -digo e ele dá
um riso falso.
- Leia estes papéis e se prepare para o início da semana, você vai precisar.
- Sempre pego pesado, em relação a você não vai ser diferente -fiquei
olhando para o seu sorriso falso querendo chutar uma área dolorosa para ele.
Me virei para Josh que abaixou os braços e pegou as coisas da minhas mãos
as deixando livre.
Eu sabia que Lisa estava voltando e estava super ansiosa para ver minha
amiga novamente já que ela ficou um mês inteiro fora, mas nem me lembrava
de que voltaria a trabalhar com aquela peste.
- Soube que são bem difíceis para fechar negócio, quase irredutíveis
Josh diz e eu franzi o cenho. Eu não sabia como os Foster's eram fisicamente
mas eu soube que eles são um pouco rigorosos.
- São bastante enjoados e muito, muito desconfiados, sem falar que não são
nada simpáticos. Mas quem consegue fechar negócio com eles prosperam
rapidamente.
Com os seus olhos pretos e cabelo médio da cor castanho ele me encarava
como se eu fosse um copo de coca cola, Paul tinha menos do que 30 anos e
sua altura o favorecia para pegar algo em cima do armário.
- Achei que já tínhamos passado das formalidades, chefinha -ele diz e apoia
a mão direita na mesa.
Olhei em volta e só estava nós dois, Josh tinha saido para pegar a minha
bolsa e os demais já tinham voltado a trabalhar.
Sorri falso e peguei meu celular, digitei para Josh que me encontrasse no
saguão que eu já estava descendo. Me virei para Paul que ainda estava
sorrindo.
Parei na sua frente e o encarei sem desviar os olhos dos seus, Paul encarou
meu corpo novamente com luxúria e eu sorri da sua cara de idiota.
- Não, senhor Castilho -cruzei os braços na sua frente- Não passamos das
formalidades, ainda trabalha para mim, ainda sou a pessoa que pode demiti-
lo por má conduta.
- Então, pare de olhar para mim como se fosse me atacar, não sou um pedaço
de carne -idiota.
- Claro, desculpe. Você é minha chefe e ainda é uma mulher, não que isso
seja ruim mais ter uma em um cargo tão importante...
O interrompi.
- Para você ver, somos a empresa que mais cresce de acordo com a Forbes,
e tem uma mulher a frente...louco, não? Pois é, bem vindo ao século 21. E
não vou dizer de novo, tome cuidado com a sua conduta.
Ele balança a cabeça em concordância mas seu rosto claramente diz outra
coisa, sorri na sua direção e voltei pegando os papéis em cima da mesa.
- Passar bem, Sr castilho -digo e caminho até a saída mas antes escuto sua
voz.
Uma mulher com um vestido laranja vivo que quase me deixa cega estava
aos beijos com Adam na minha frente, eles estavam praticamente se
comendo e eu automaticamente fiz uma cara de constrangimento apertando o
botão do térreo, meu Deus do céu.
Repeti o ato várias vezes de apertar o botão e a porta não fechava, até que
eles se separam provavelmente com o barulho que eu estava fazendo ao
apertar aquela merda.
- Princesa!
Virei minha cabeça lentamente e encarei Adam que estava sorrindo, mulher
me olhava torto provavelmente por ter interrompido sua sessão de amassos.
Olhei para trás dos dois e vi Gustavo sentando na sua cadeira nos encarando.
Gustavo era secretário de Adam e parece ser um cara legal, Lisa me avisou
que ele tem uma péssima fama de pegador mas tirando isso deve ser um cara
legal.
- Quem é você? Deixa para lá, você poderia me trazer um cappuccino? -a
mulher perguntou com uma sobrancelha levantada e olhou para Adam
querendo voltar a beija-lo.
Ela desviou para ele e bufou irritada provavelmente por ter esperado que ele
a apresentasse para mim.
Olhei para Adam que apenas me encarava, ele não deve nem saber o nome
dela.
Apertei o botão mais uma vez e graças ao senhor bom Deus aquela merda
fechou e pela brecha do elevador pude ver Adam sorrindo de lado para mim.
Que a boneca Anabelle faça uma visita para ele de noite, amém.
×××
Deixe o voto!
Super importante, e desliza o dedo que o outro capítulo já está aí te
esperando.
Beijo, babys ❤.
3° capítulo
Rubi
2 minutos.
Só faltam 2 minutos.
Ele apontou para mim e para Nathaniel que estava sentado ao meu lado com
uma cara de tédio bem parecida com a minha.
- Bom, senhores. Por hoje é só, nos vemos na próxima semana para mais uma
reunião sobre o avanço da empresa? -perguntei.
Eles acenaram e sorriram na minha direção, olhei para Nate que piscou para
mim como se estivesse me incentivando a ir embora.
Acenei para ele e saí porta a fora, peguei minha bolsa no meu andar e logo
depois fui para o estacionamento da empresa.
Avistei meu Audi no mesmo lugar que o deixei de manhã e caminhei até ele
mas antes ouvi meu celular vibrar.
Emily.
Dei partida e dirigi para a saída onde passava um carro por vez, quando eu
estava saindo eu ouvi um barulho alto e freei bruscamente quando percebi
que ia bater em uma Mercedes preta, quase eu bato a cabeça no volante com
o impacto.
- Qual o seu problema? -gritei para o motorista que até então mantinha as
janelas fechadas.
Seu carro não estava longe do meu já que esse filha da mãe quase fez a gente
sofrer um acidente.
- Valeu -liguei meu carro- Cuidado para não sofrer um acidente por aí.
Sério, Rubi?
Adam ainda é uma coisa que eu não entendo e definitivamente quero longe
de mim.
- Sabe o que eu vou fazer com esse dedo? -grita enquanto eu me afasto.
Dirigi até o pub que Emily escolheu e não demorei quase nada para chegar,
estacionei meu carro um pouco distante já que não tinha vagas disponíveis e
caminhei até a entrada.
Me sentei no bar esperando por Emy, pedi um martini para o garçom que
rápido me trouxe e eu bebi com vontade.
- Mendoza!
Emily me abraçou e se sentou ao meu lado, ela estava usando uma calça
social, uma blusa vermelha de mangas e um rabo de cavalo para o lado.
- Brooks!
Emy era muito bonita e com certeza atraia olhares onde fosse, seu jeito
maluquinho era a sua grande qualidade.
- Ele me iludiu -ela riu- Achei que ele fosse tudo o que falava -outro riso.
- Não tenho culpa se ele sabia que não ia aguentar essa delícia aqui -ela
aponta para o seu corpo.
Triste.
- Será que ainda existe homens por aí que te façam perder a linha? Que só de
te olhar te deixam excitadas? -Emy pergunta.
- Eu não sei, mas se existe muito provavelmente está longe da gente.
Nós rimos juntas e eu bebi outro gole da minha bebida que já estava
chegando ao fim.
Senti que alguém estava me observando e virei a cabeça para trás, vi dois
homens cochichando e olhando para nós duas.
Olhei para Emy que estava distraída fazendo um movimento na sua taça.
- Psiu.
Ela me olhou com uma sobrancelha levantada e sorri de lado, apontei para lá
super discreta e minha amiga levantou a cabeça para olhar para os dois.
- Eles estão olhando pra cá já faz um tempo e o de camisa branca -ela aponta
com a cabeça - Está contando nossas bebidas.
Franzi o cenho e olhei para os dois que agora conversavam entre si.
Show?
- Olá, meninas.
Olhei para Emy para checar nosso sinal, ela passou o dedo sobre a
sobrancelha e eu entendi o recado.
- Miguel.
Emy apertou os olhos e olhou para mim, logo depois um sorriso enorme
cresceu em seu rosto.
Conheço Emily tem menos de um ano mas eu a conheço muito bem e eu sei o
que esse sorriso significa.
- Ótima pergunta meu caro desconhecido -ela parou ao meu lado- Ela é
minha namorada, sou comprometida com ela.
Arregalei os olhos no mesmo instante, se fosse bater uma foto de nós quatro
agora, os homens e eu estaríamos com os olhos quase pulando e Emy estaria
segurando o riso.
Não estava prestando atenção por que estava ocupada demais encarando
Emily Brooks.
Ela não precisava inventar isso, teríamos nos livrado deles sendo mais
ignorantes e arrogantes, infelizmente é assim que funciona, e as vezes nem
funciona, mas óbvio que ela precisava inventar algo mais divertido.
- Pois é, somos um casal de lésbicas -ela diz e coloca o braço na minha
cintura.
Olhei para eles que estavam com um expressão tão engraçada que me fez
prender o riso. Ok, isso era legal.
- Impossível, passamos a noite olhando vocês duas e não pareceu que são
lésbicas.
Emy sorriu pelo nariz, ela estava se divertindo com aquilo e eu também.
- Elas estão mentindo, mas tudo bem, sabemos que não são -o outro diz.
Parei de rir na hora, acho que a bebida já afetou demais em Emily e em mim
também pelo visto. Os dois levantaram a sobrancelha e fizeram uma cara de
irritação.
Emily sorriu e se virou para mim, ela me puxou com força que eu nem sabia
que ela tinha e em um segundo sua boca se chocou com a minha, não era um
beijo era apenas um selinho demorado.
Pisquei confusa e fingi retribuir o beijo, ela colocou as mãos nas minhas
bochechas e eu na sua cintura fazendo de tudo para não explodir em uma
gargalhada, sei que ela queria fazer o mesmo.
Olhei para Emy que se virou para mim e deu um soquinho no ar.
Ela se sentou no banco e pediu duas tequilas ao garçom que estava sorrindo
para nós, provavelmente escutou a conversa e deve estar achando que somos
piradas recém saídas do hospício.
- Saúde.
Bati nossos copos e bebi de uma vez fazendo uma careta no final.
(...)
Já tínhamos saído do pub e minha amiga aqui não para de cantar uma música:
Emy cantava uma música da Katy Perry enquanto andávamos até o meu
carro.
Liguei para o taxista que já estava chegando e me virei para ver Emy que
estava dormindo!
- Ah não, ta de sacanagem.
- Se você tocar onde não deve, eu te mato -digo em advertência e ele levanta
as mãos em defesa.
Observei o taxista a carregar até o seu carro e logo depois fomos para o
apartamento dela.
Peguei a chave que estava em sua bolsa e abri a porta do seu apartamento,
sim, o taxista ainda estava com ela no colo desfalecida.
Até coloquei minha mão no seu nariz para ver se ela estava respirando.
Pedi para ele coloca-la na sua cama mas com a mão na minha bolsa onde
tinha um spray de pimenta caso ele tentasse algo. Olhei para a cozinha e as
facas estavam fáceis de alcançar se eu corresse.
×××
Amiga bêbada? Já cuidei de algumas e foi um porre... Literalmente
rsrsrsrs.
Até, babys ❤.
4° capítulo
Rubi
- Ai meu Deus!
A voz de Emy chegou até os meus ouvidos como uma buzina irritante quando
contei sobre o taxista gato de ontem.
- Ele já ligou? Tipo, eu sei que são só 10:30 da manhã mas acho que ele já
deveria ter ligado você não acha? -disse rápido- Você não acha? Não acha?
- Ele era gato mesmo? -ela pergunta jogando uma uva na boca.
- Sim ele era -me sentei de novo - Seria difícil me tirar de cima dele.
Ela riu alto e quase se engasgou com a uva mas logo depois ficou séria.
Emily, Lisa e Susie são as meninas mais próximas que eu tenho, nesses
últimos meses a nossa amizade cresceu assustadoramente, como se já as
conhecesse a anos, partilhei com elas a minha desgraça no mundo dos
negócios e o queridissímo mundo amor.
Sabe aquele ditado "sorte no jogo e azar no amor" pois é, ele não se encaixa
na minha pessoa.
O filha da puta não satisfeito de ter só me roubado ele me deixou uma ferida
enorme no meu coração, eu o amava e acreditava que ele também me amava.
Eu sei que ninguém é igual a ninguém mas eu não consigo e não estou pronta
para me entregar a alguém.
Resumindo: Não transo faz meses, por que? Porque eu não acho ninguém que
me deixe excitada de verdade.
Triste...
Mentidor? Pois é, esse foi o nome que as meninas deram ao meu ex noivo, é
uma junção de traidor com mentiroso.
A criatividade veio até nós, olhou por segundos e depois foi embora. Eu sei.
- Tudo bem, gata. Se você ainda não quer se relacionar no quesito sexo com
alguém não se relacione, tudo no seu tempo.
Ela diz e eu concordo agradecendo.
Emily é bastante companheira, daquele tipo que vai te apoiar em qualquer
situação, esteja você certa ou errada.
- O que vai fazer com o taxista sexy? -ela pergunta se levantando e indo em
direção a pia.
Olhei para Emy que fez um sinal de cruz com os dedos, falei para ela que era
uma macumbeira de primeira apenas para ouvir ela me mandar ir a merda em
seguida, me levantei rindo e fui até ele.
Ri de lado, nós três tínhamos ido ao shopping comprar um vestido para Emy
usar em algum evento do seu trabalho e acabou que todas nós fomos.
Susie não pôde ir com a gente por que estava ocupada trabalhando na boate
mas assim que der nós vamos marcar der sair todas juntas.
- Você sabe que eu não tenho isso -responde, essa sortuda do cacete.
Emy bebe bastante e não sente ressaca, ela tem um dom com certeza por que
quando fico bêbada a ressaca no dia seguinte é pavorosa. Se eu tomar
margaritas então...
- Então, estou ligando para perguntar que horas vamos para o aeroporto?
Lisa estava voltando hoje da sua lua de mel e todas nós estávamos super
ansiosas para vê-la de novo, e claro ver a barriga.
Desliguei o celular e fui até a cozinha novamente para limpar a bagunça que
fizemos ao tomar café da manhã.
- É, Dylan a ama muito e ela o ama muito também. Mas estou falando do
bebê.
- Acho que está quase fazendo 4, daqui a algumas semanas vamos descobrir
o sexo.
- Acho que ela deve estar com uma fome desgraçada e com a barriguinha já
aparecendo -digo.
Emy sorriu alegre e eu também, estávamos felizes por ela e doidas para
mimar o bebê que nem sabemos o sexo ainda, ela fez bastante falta nesse
último mês.
Depois de tudo aquilo que aconteceu com Lisa e o maluco psicopata, Emy e
eu deixamos de morar juntas por um tempo e voltamos para nossas casas.
O vestido era florido das cores azul e rosa com um decote simples na frente,
calcei uma sandália rasteira porque não iria usar meu salto alto de ontem
nem ferrando.
Passei gloss na boca e estava pronta, fui até a minha bolsa e conferi se
minhas coisas estavam lá. Chamei Emily que apareceu na porta do quarto
com uma saia jeans clara, uma camiseta de mangas amarelas e um all star
branco.
Me esqueci completamente.
- Pronto.
Puxei meu celular do bolso e me virei para falar ao telefone, liguei para Lua
e pedi que ela falasse com alguns seguranças que trabalham com o meu pai
para irem pegar os dois carros.
- Vamos -digo.
Olhei para o taxista e travei, a não ser pelos meus cílios que se mexeram por
eu estar piscando mais que o necessário, o taxista de ontem sorriu para mim
e abriu a porta de trás para que Emily entrasse.
Assim que ela entra eu ando até ele com um sorriso sem graça.
Meu Deus,
Eu não sei mais falar com um homem.
- Talvez o destino esteja nos perseguindo.
Sorri fraco e entrei no táxi quando ele apontou com a cabeça, me sentei ao
lado de Emy que me mandou um sorriso malicioso, ela apontou para ele que
dava a volta no carro e eu apenas concordei.
O homem que até agora eu não sei o nome entrou no carro e colocou o cinto.
- Para sua cama de preferência -Emy sussurra e eu cutuco seu braço ouvindo
ela reclamar.
Emy sorriu grande e eu sabia que ela ia dizer o que pensou, ela é assim, fala
o que pensa e é super sincera.
A interrompi.
- Obrigada por ter me carregado ontem, muito nobre da sua parte -Emy diz e
ele ri.
- De nada.
O que é isso? O cara é lindo, sexy, educado, inteligente, formado com êxito e
ajuda ao próximo.
Isso ainda existe?
Ele sorriu olhando para baixo e logo depois seus olhos estavam em mim
novamente.
- Que tal tomarmos algo mais tarde? Queria muito conhecer você -ele diz e
se encosta no carro.
- Olha, Nick -me aproximo dele- Droga, não me ache uma ridícula. Você me
parece ser um cara legal e muito prestativo mas no momento eu não estou
com cabeça para nenhum tipo de relacionamento, sinto muito -digo e ele
continua sem expressão.
- Eu não sei, não deveria ter feito aquilo se não tinha real intenção de...
- Tudo bem -ele sorriu mostrando seu sorriso perfeito- Você está em uma luta
interna.
- O que?
- Como você...
- Traição? -Perguntei.
- Também -digo
- Nossa, teve mais?
- Beleza -ele diz e se aproxima de mim- Mas ainda queria conhecer você,
talvez eu te surpreenda.
Ele colocou uma mecha da minha trança que estava caindo no meu rosto
atrás da minha orelha descendo os dedos para o meu queixo levantando meu
rosto mais um pouco me fazendo encara-lo.
Misericórdia.
- Nick, espera! -gritei colocando as mãos atrás da minha cabeça, estou com
vontade de me enterrar em um buraco.
Ele me encarou.
- Quer sair comigo hoje à noite? -perguntei com a pouquissíma cara de pau
que tenho.
- Seria uma honra -diz e eu sorrio também- Mas, como você ainda não
parece tão aberta a conhecer pessoas novas, vamos sair como...conhecidos
tentando ser amigos.
- Certo, eu posso aceitar isso -digo e ele sorri piscando- Me ligue mais tarde
e marcamos um lugar.
- Até a noite, Rubi -ele entrou no carro e deu partida me deixando parada na
frente do aeroporto encarando o carro desaparecer.
Por que eu sinto que fiz a coisa certa e ao mesmo tempo a errada? Que coisa
estranha.
×××
Sabe, eu estava revisando aqui e pensei. Cacete, nem parece que fui eu
que escrevi isso KAKAKAKA gente, não lembro da metade das coisas
que eu faço, socorro.
Enfim, alzheimer.
Tchau, babys ❤.
5° capítulo
Rubi
Logo avistei Emily que estava de pé mexendo no celular com uma cara
irritada, ela levantou o olhar enquanto eu me aproximava e eu franzi o cenho.
Ela apontou com a cabeça para atrás de mim e me virei para trás vendo
Nate, Peter e Adam.
Ótimo!
Não demorou muito e eles me alcançaram, esses três dão dois passos que
equivalem a cinco meus.
Paramos na frente de Emy que sorriu para eles e sorriu falso para Peter.
Nathaniel é com certeza o mais educado de todos eles, sem falar na mente
brilhante que o cara tem.
- E aí, loirinha? -Peter diz olhando para Emy que fingiu olhar para o celular
e ele apenas riu.
Esses dois...
- Peter, Adam -os cumprimentei.
- Poxa, eu até diria o mesmo mas não gosto de mentiras -digo com um
sorriso doce e quando ele ia responder o seu celular começar a tocar.
Peter me cumprimenta enquanto Nate está conversando com Emy, meus olhos
estão focados em Adam e por algum motivo eu não consigo desviar.
A barba loira fazendo contraste com os seus olhos azuis brilhantes chega a
ser um pecado a forma como é hipnotizante, seus músculos evidenciados na
camisa branca e o cabelo loiro bagunçado implorando para que alguém
toque ou...aperte.
Uma fada.
Balancei a cabeça e olhei para Adam que estava sorrindo na minha direção e
logo levantou uma sobrancelha em divertimento.
Fada babaca.
- É -minto.
Olhei para Adam que agora não tinha mais o sorriso no rosto, ele ainda me
encarou por alguns segundos e se virou para falar com Nate e Peter.
- Lisa e Dylan já estão aqui, Adam acabou de falar com eles -Emy diz e eu
me viro para focar nela.
- Aqui!
- Misericórdia, onde você estava? -Emy pergunta assim que ela se aproxima
da gente.
- Briguei com um filha da mãe lá fora que estava teimando comigo que eu
deveria pagar o estacionamento -disse ofegante- Eu nem tenho carro,
caramba!
Emy e eu rimos e ela se recompôs olhando para os três que estavam ao nosso
lado.
- Oi, meninos -ela disse e eles acenaram, a não ser por Nate que não
esboçou cumprimento apenas ficou olhando para ela por segundos antes se
virar para falar com Peter e a Tinker.
Susie usava uma calça jeans e camisa branca escrito NASA, um tênis preto e
um cordão que eu não consegui indentificar do que era porque escutei uma
voz não muito distante da gente.
- Baby, ele estava babando em você! Ainda não teve respeito com o meu
bebê.
- Sua sorte é que você é o pai desse bebê, ele pode precisar de você -ela diz
e ele sorri de lado.
Eles continuaram andando e nós seis nos encaramos e corremos até eles,
percebi Lisa olhar para nós e abrir um sorriso enorme.
Nós três ficamos em volta de Lisa e a abraçamos com força mas também
com cuidado, ela sorriu grande e nos abraçou de volta.
Ela abraçou uma por vez e óbvio que nos abaixamos na altura da sua barriga
e começamos a falar coisas com a voz melosa.
- Ahh você está tão grande! -Susie disse e eu apenas acariciava a sua
barriga.
- Será que a mamãe também vai ganhar atenção? -Lisa diz fingindo irritação.
Foi até uma cena engraçada de se ver, três homens enormes parados no meio
do aeroporto falando com uma voz de criança.
Acho que o bebê Venturelli é imune a masculinidade frágil.
- Mas é o bebê mais foda que o tio já viu, é sim -Adam disse e Peter revirou
os olhos.
- Adam! Não fala palavrão na frente dele ô caralho -Peter disse.
- Você acabou de dizer um, seu retardado -Nate disse e os dois ficaram de
cara emburrada.
- Você está bem? Quer ir para casa descansar? -Dylan pergunta olhando para
Lisa.
Sabíamos que teria de deixar a nossa conversa para depois, Lisa precisa
descansar e quem sabe amanhã nós colocamos o papo em dia.
- Bom, os meninos podem dar uma carona -Dylan diz, Peter e Adam
levantaram uma sobrancelha.
- Na verdade, Peter vai para uma reunião agora e eu vou visitar uma pessoa,
acho que o único que vai pelo caminho normal será Adam.
- Meninas, que tal um almoço amanhã. Somente nós quatro -Lisa diz e Dylan
cruza os braços.
- Você vai almoçar com os seus amigos e colocar o papo em dia -ela disse
despreocupada.
- Resumindo, ela te odeia -Adam fala para o irmão que fecha a cara.
- Ela não odeia ele -Peter diz- Talvez ela odeie quando ele faz aquele
barulho ridículo com a boca quando está trabalhando.
- Ou, ou, quando ele está andando do nosso lado e fica apontando para baixo
querendo que a gente caia -Nate diz e olha para ele- Para com isso, cara.
- Lisa, eu não quero mais sair com meus amigos e colocar o papo em dia -
Dylan se vira para a esposa.
- Uma pena, você não tem escolha, Batgirl. Não temos culpa se ninguém
gosta de você além da gente -Adam diz.
- Lisa, eu vou bater no meu irmão -ele diz ainda encarando que ela estava
sorrindo.
- Vamos logo antes que eu deixe a Rubi aqui no aeroporto com aquele casal
do México ali -Adam aponta para o tal casal e depois e tira a chave do
bolso, ri falsamente.
Nate entrou em uma 4x4 branca e Peter em uma Ranger Rover cor vinho. Nós
três caminhamos até o carro de Adam que também era um Audi da cor prata
mas eu não sabia o modelo, deveria ser lançamento.
O que?
Olhei para o banco da frente e Adam já estava no seu lugar com as mãos no
volante.
- Vai ficar, princesa? -ouvi sua voz irritante e entrei no veículo me sentando
ao seu lado.
- Dirige, Adam, só dirige -digo e ele sorri mordendo o próprio lábio antes
de pisar no acelerador.
(...)
Já estávamos chegando perto do apartamento de Susie, a última parada seria
a minha e meu estômago embrulhava só de pensar em ficar com Adam em
lugar sem eu ter para onde correr.
Ela saiu do carro e entrou no seu apartamento, nos desviamos um pouco para
chegar até o apartamento de Emy.
- Rubi.
- Oi, Nick.
- Até.
Desliguei o celular e fechei os olhos esperando Emily falar alguma coisa
mas nada veio.
- Ainda não vou criar expectativas com você e o taxista sexy, quando vocês
se beijarem eu falo alguma coisa.
- Emily!
- Relaxa, sei que você vai encontrar alguém que te faça se soltar por
completo. Tudo no seu tempo.
Me virei para frente colocando a mão no rosto e ouvi Adam rir, o encarei e
revirei os olhos.
Me mexi desconfortável por ficar sozinha com ele, que porra é essa, Rubi?
Você é maravilhosa não precisa ficar desconfortável na presença desse ser.
Olhei em seus olhos e rápido virei o rosto para o outro lado, eu estava
olhando para ele de uma maneira que não deveria, cruzei os braços e ele
suspirou.
- Eu não estou sentida, só não ligo para suas brincadeiras sem graças -digo
dando de ombros e ele revira os olhos.
- Tenho, falo a verdade e se você não quiser ouvir -fiz um tchauzinho com as
mãos.
- Eu posso mandar você descer dele e ir andando -ele disse olhando para
mim.
- Você não faria tal coisa -digo em desafio e ele levanta a sobrancelha.
Olhei no fundo dos seus olhos e me aproximei do seu rosto, sua expressão
mudou imediatamente quando percebi ele engolir em seco. Desci os olhos
para os seus lábios e ele apertou o maxilar parecendo puto.
Sorri internamente.
- Só se for você -ele diz olhando para frente e eu arregalo os olhos. Puta
merda.
Eu não conseguia desviar os olhos dele, mas ele continuava olhando para
frente.
- Não consegue dizer isso me olhando nos olhos, Adam? -brinquei.
- Eu estou dirigindo -ele disse quando pisou no acelerador assim que o sinal
abriu, e eu apenas ri.
Ele estava irritado e eu também, Adam sempre acaba com a minha sanidade.
Quando eu ia sair do carro sinto sua mão no meu braço e meu corpo é
puxado para encara-lo.
- Nunca duvide de mim, srta. Mendoza -seus olhos que quase me devoram
faz meu peito ficar ofegante de repente- Não tenho vergonha de dizer que eu
me enterraria tão fundo em você que te faria se soltar por completo.
Maldita Emily!
- Mas eu não faria isso, você não faz meu tipo -ele disse eu levantei uma
sobrancelha. Porra!
- Pensamos igual então -abro a porta do carro e saio- Nunca mais diga essas
coisas para mim se não quiser levar um tapa na cara.
Totalmente idiota!
×××
Adam é tão confuso! "Eu te faria se soltar por completo" bip bop bip
"Você não faz meu tipo" KAKAKAKA parece eu tentando decidir entre
pizza ou sorvete.
Sempre escolho os dois.
Nossa Tinker Bell está enlouquecendo, mal sabe ele que vai piorar
kakakakaka.
Até, babys ❤.
6° capítulo
Rubi
É a sua hora de brilhar Rubi Mendoza, mostre que você consegue fazer isso
sem nem precisar fazer cara feia e parecer uma sedentária.
3. Levantei meu tronco novamente e me deitei no chão mas dessa vez fiquei
por lá mesmo. A voz em minha cabeça me diz que três abdominais são
suficiente por hoje.
Eu tinha uma mini academia em casa e sempre que estava no tédio vinha me
exercitar, ou seja, eu quase nunca estava por aqui.
O top preto marcava meus seios e o short de lycra apertava minhas coxas, o
rabo de cavalo para o lado e o suor escorrendo pela minha testa.
Fiquei mais ou menos uns 20 minutos na esteira e depois peguei uma toalha
limpa para me secar, bebi metade da garrafa de água e fui para cozinha.
Lua já tinha ido embora e quando olhei no relógio já eram 19:25, merda! Eu
tenho um encontro!
Corri para tomar um banho e me arrumar, tomei uma ducha refrescante e
passei um óleo corporal, fui até meu quarto de toalha e procurei por uma
roupa apenas de calcinha e sutiã.
Olhei no relógio e ainda faltava 10 minutos para às 20h, vou ajeitar meu
cabelo e passar alguma maquiagem.
Maluca?
É...
Escovei meu cabelo e o deixei solto mas com duas mexas presas para trás
com uma piranha brilhosa bem pequena, passei pó compacto, rímel e para
finalizar um batom rosado.
Mops, mais conhecido como amor da minha vida, era meu cachorro, ele era
da raça poodle e morava comigo a pouco menos de 1 ano. Mops tinha sido
um presente do meu ex-noivo e eu acabei me apegando pra caramba a ele.
Quando meu relacionamento chegou ao fim, em nenhum momento pensei em
doá-lo ou deixar que meu ex o levasse, Mops não tem culpa de ter tido um
ex-pai filho da puta.
Ele balançou o rabinho pra mim e jogou a cabecinha para o lado.
- Menino bonzinho, depois te dou um biscoito viu? Mamãe vai sair agora.
Nick parece ser uma pessoa boa e atenciosa, além de, é claro, ser muito
bonito. Mesmo eu não tendo muita expectativa nesse lance, algo nele me
deixa intrigada.
Nick me viu e levantou a mão me chamando, ele vestia uma calça jeans preta
e uma blusa azul escura social, ele parecia nervoso e já estava com um copo
de bebida na mão.
- Oi! Pedi uma bebida para você -ele diz e aponta para um líquido azul a sua
frente.
Acenei com a cabeça e peguei o copo que estava na sua mão, virei o líquido
de uma vez sentindo o gosto de whisky que desceu queimando por minha
garganta.
Ele concordou e andamos até uma mesa disponível que estava com o
sobrenome Cooper em uma plaquinha.
- De início não, mas agora que você falou... -digo e bebo um gole de vinho
que o garçom havia trazido.
- Meu pai, Vincent Cooper, é fanático por negócios e sempre me disse que eu
iria ocupar o lugar dele na empresa.
- Obviamente me recusei mas pelo visto não tenho muitas chances contra ele,
por isso não investi na carreira de medicina, porque eu sabia que teria que
assumir uma empresa.
Levantei o olhar para Nick que estava com os olhos divertidos e comecei a
rir de nervosismo.
- Você se formou só em medicina ou em administração também? -perguntei.
Isso é um tanto filha da putagem comigo, quando eu decido sair com alguém
é com o filho de um dos maiores rivais da minha empresa, o que vai
acontecer agora? Eu vou ter algum tipo de viagem ao lado dele onde nós
brigamos por um investidor?
- Entendi, pelo menos você já tem ideia de onde se meteu então -digo e
nossos pratos chegam.
- Espero que não se incomode mas eu queria muito mostrar esse prato para
você.
Experimentei a comida e por sorte era muito boa, então comi mais enquanto
ele falava.
Olha só universo, quando eu disse que iríamos brigar pelo mesmo investidor
eu estava brincando, ok? Não era para você levar a sério.
Tudo bem, acho que irei falar a verdade e dizer que somos rivais, no mundo
dos negócios é claro. Já extraí uma informação super importante então nada
vai me deixar mais chocada do que agora, ele iria saber uma hora ou outra.
- Não -digo e ele respira aliviado -Eu sou dona da empresa junto com eles.
Eu não tenho palavras para expressar o rosto de Nick, mas é uma mistura de
surpresa com confusão, é até engraçada. Merda, eu queria rir mas me
segurei.
- Me diz que eu não acabei de revelar meu primeiro passo para a minha
empresa rival? -ele pergunta olhando para a mesa
- Para um futuro CEO de uma empresa você está muito fofoqueiro -digo e ele
faz uma cara de ofendido.
- Desculpe não quis te ofender -digo séria e ele começa a rir da minha cara.
- Você...
- Você tinha que ver a sua cara -ele ri e eu revirei os olhos -Para a dona de
uma empresa você está se importando demais com o seu rival.
Misericórdia.
Mas até que ele era uma presença agradável e muito fácil de conversar.
- Eu era a madrinha e ela queria muito comer aquele bolo, era a minha
missão -digo e ele ri alto.
- Você é uma ótima companhia, Srta. Mendoza. Nem parece que quer me
ferrar roubando meus clientes -ele diz e eu levanto uma sobrancelha.
- Não vou roubar nada, Sr. Cooper -digo e cruzo os braços -Eles já são
meus.
Ele se aproximou rapidamente e suas mãos foram para a minha nuca, sua
boca tomou a minha em um beijo feroz quando ele pediu passagem com a
língua que dei gentilmente. Uma de suas mãos me puxava para ele enquanto
sua outra mão aperta minha cintura de leve.
Humm
Hum...é
O beijo era bom, mas eu não consegui sentir absolutamente nada, Nick não
teve nenhum efeito sobre mim.
Nos afastamos e ele me soltou, seu cenho estava franzido enquanto meu peito
subia e descia.
- Acho que o destino queria você na minha vida -me encarou -Como amigo
Acho que está para nascer um homem que me desarme com apenas um beijo.
×××
Até, babys ❤.
7° capítulo
Rubi
Parei no sinal e liguei o rádio para ouvir algo, a música soou nos meu
ouvidos e dei batidinhas no volante por alguns segundos, a janela do meu
carro estava aberta e vi perfeitamente quando duas mulheres me encararam e
apontaram para o celular.
O carro delas estava ao lado do meu e não tiveram a decência de pelo menos
disfarçar, elas cochicharam até o sinal abrir e eu as ignorei completamente.
Mas a minha curiosidade se aguçou um pouco, o que será que tinha naquele
celular?
- Ei.
Ouvi a voz de Lisa e parei de encarar como uma doida o lugar, ela andou até
mim e me abraçou apertado. Acariciei sua barriga por cima da camisa
marrom de camurça e nós fomos até a sala de jantar.
Concordei e avisei Lisa que ela já havia chegado, fui falar com Susie e me
sentei ao seu lado.
- Bem, na verdade tenho uma coisa boa para contar para vocês -digo.
Emy pegou seu celular e digitou alguma coisa antes de colocar na mesa para
vermos.
"Futuro CEO das empresas Cooper é visto aos beijos com a mais nova sócia
das empresas Technologys Designer, as empresas são rivais há anos. Será
que finalmente vai rolar uma trégua entre ambas?
Acho que se depender do casal a trégua está mais do que feita, vocês não
acham meninas? XOXO"
Logo abaixo estava uma foto minha e de Nick aos beijos perto do meu carro,
dava para ver claramente meu rosto e o dele.
- Não -digo.
- Se deu bem, gata. O cara é um partidão -Emy diz e se inclina na mesa- Mas
como não sabíamos que ele era o futuro CEO de uma empresa?
- Eu fui ao encontro com ele ontem à noite, nós conversamos e ele me disse
que iria virar presidente da empresa do pai, Vincent Cooper -Lisa faz uma
cara de nojo e eu quase ri.
- Eu não sabia que éramos rivais, eu li tudo sobre a nossa empresa e ouvi
metade dos nossos funcionários, os Cooper são um grande desafio para nós.
Mas eu não sabia que ele era um.
- Rubi?
- O que? -pergunto.
- Nós vimos a sua foto com o novo presidente das empresas Cooper,
princesa -Adam diz com um sorriso debochado.
Entendo, eles estão achando que eu estou tendo um caso com a concorrência,
pelo visto eles e metade de Nova York.
Não é como isso fosse o fim do mundo mas fica ruim para visibilidade da
empresa, investidores que apostam na gente podem pensar que estamos nos
unindo aos Cooper e isso pode nos prejudicar de alguma forma. Podem
encara-lo como uma ameaça porque de certa forma ele é.
- Olha meninos, vou ser sincera com vocês -digo e Adam cruza os braços.
- Eu não estou tendo um caso com Nick Cooper, eu descobri ontem a noite
que ele era um -ajeitei a jaqueta no meu corpo- O beijo aconteceu por
acontecer mas não é algo que farei novamente -Dylan balançou a cabeça
concordando.
- Eu te disse que isso era totalmente perda de tempo -Dylan diz olhando para
Adam.
Espera, Adam que fez questão de fazer toda essa cena? Me despertei dos
meus pensamentos quando ouvi ele falar.
Mas era óbvio que eu não acreditei nessas palavras saindo dessa sua
boca...hum.
- Faz sentido -Adam diz e anda na minha direção- Ele está começando nesse
ramo, se ele conseguir os Foster's iria crescer gradativamente, sem falar que
seria bastante aclamado pelos seus funcionários e demais investidores.
Dylan diz se levantando e caminha até uma escrivaninha remexendo tudo mas
não parece encontrar o que precisa.
Olho para Adam que está me encarando com um sorriso cafajeste, reviro os
olhos e me levanto para ficar longe. Parei de costas para ele e encarei um
quadro de flores vermelhas, o que claramente foi Lisa que pôs aqui.
Me virei e encarei seus olhos azuis que pareciam me prender de um jeito tão
intenso, e eu nem me esforçava para desviar.
Bom, não vou dizer que essa possibilidade não passou pela minha cabeça
mas a descartei ontem mesmo quando percebi que Nick e eu nunca teríamos
algum tipo de relacionamento sexual ou romântico.
- Então você acha que ele só está me usando para conseguir algo sobre a
nossa empresa e não que talvez ele tenha se interessado por mim? O que?
Não sou atraente o suficiente para alguém se interessar por mim de verdade?
A cara que ele fez depois que eu disse isso foi maravilhosa. Ai, eu ficaria
horas olhando essa cara de tacho.
- Não foi o que eu quis dizer -se defende.
- Talvez eu esteja errado -um passo na minha direção- Talvez ele realmente
tenha se aproximado apenas para conhecer você.
Engoli em seco.
- Quem sabe ele faça você...se soltar -vejo os olhos azuis descendo pelo meu
peito e subindo lentamente para os meus olhos.
A essa altura Adam está na minha frente enquanto meu peito subia e descia
com a sua proximidade.
- Você não deveria ter ouvido aquilo -digo sussurrando mas ele escutou.
Adam riu e se aproximou mais de mim, se é que isso é possível, ele pegou
uma mecha do meu cabelo e enrolou no seu dedo de uma maneira tão íntima
que me senti ridícula por passar a língua nos lábios.
Seus olhos denunciavam que seus pensamentos não eram os dos mais puros
quando ele soltou a mecha e desceu os dedos para o meu pescoço
lentamente.
Aí meu Deus.
Seu cheiro invadia minhas narinas quase me deixando em êxtase. As batidas
fortes do meu coração pareciam me trazer de volta aquele sentimento de
nervoso quando se está perto de alguém que te intimide.
Eu tentei sair da frente dele mas meus pés não se moviam nem a porra de um
centímetro, ele olhou para meu pescoço onde seus dedos tocavam e fez um
leve carinho, fechei os olhos engolindo em seco e briguei comigo mesma por
reagir assim.
A região que ele estava explorando parecia pegar fogo e quando abri os
olhos para encara-lo, Adam respirou fundo com o cenho franzido vendo seus
movimentos.
Ele olhou nos meus olhos e depois para a minha boca, balançou a cabeça
antes de dizer:
- Porra, eu realmente não gosto de você -ele diz e eu faço uma expressão
irritada.
Adam se afasta indo até o meio da sala e segundos depois ouvimos a porta
sendo aberta e Dylan passar por ela com um envelope branco.
- Dê a ela, nos falamos na segunda -Adam diz e sai pela porta em disparada
sem olhar para trás.
Dylan me entregou o envelope depois que eu andei até ele e também sai pela
porta em direção as meninas.
Preciso me distrair.
×××
Vote, plis. Esse é o livro que vocês quase não votaram, vamos mudar isso
vamos? Vamos, meu amor. Por favor, só clicar nessa estrela aí embaixo
.
Rubi
- Bom dia.
Não que eu fosse baixa mas a minha altura se estipula em torno de 1,68 e os
sapatos me faziam parecer ter mais de um e setenta.
Não costumo beber demais, apenas quando vou em boates ou pubs, mas
ontem eu me soltei um pouco mais.
Entrei no elevador usando meu óculos de sol tentando esconder minha cara
de ressaca e quando as portas estavam quase se fechando vejo Nathaniel
colocar a mão entre elas.
Ele vestia seu terno cinza de três peças impecáveis, o cabelo preto penteado
e um sorriso simpático no rosto, Nate é bem bonito.
- Você não faz idéia -digo- Você me parece bem, Lisa me disse que Dylan e
Peter estavam um pouco alterados ontem.
Depois que eu voltei para a mesa com as meninas, eu vi Dylan indo embora
se encontrar com Nate e Peter para conversarem melhor. Acho que foram
matar a saudade, eu não soube de nada que colocasse Adam nessa conversa
mas provavelmente ele não estava com eles.
- Até você encontrar alguém que quebre seu coração, aí você fica bêbado
rapidinho -digo sorrindo.
- Isso já aconteceu antes mas não me entupi de álcool, apenas segui em frente
-ele diz com a voz baixa e eu olho para ele de canto de olho.
Eu não conheço Nate a fundo mas não passou despercebido a tristeza na sua
voz.
- Você pode falar um pouco mais baixo? -pergunto assim que entramos na
minha sala.
- Ai meu Deus! Rubi Mendoza! Você está de ressaca -ele diz antes de
começar a rir como uma hiena.
- Sim, e meu amigo agora deveria me ajudar -me sentei na cadeira- Falando
baixinho.
- Deixa eu ver o seu rosto -ele andou até a mesa e se apoiou nela- Tira o
óculos.
Tirei o objeto do meu rosto e fiz uma cara de tédio quando ele começou a
risada da Hiena parte 2, eu quase jogo minha bolsa na cara dele mas me
segurei.
- A última vez que eu vi você assim foi por causa daquele homem de merda -
ele diz mais sério agora.
Ele está se referindo ao meu ex noivo, o cara que quebrou meu coração em
vários pedacinhos.
Eu nunca consegui provas de que realmente foi ele que roubou minha antiga
empresa mas eu sei que foi ele, ele era o único que sabia das minhas senhas
e contas já que tirou vantagem de mim quando estava bêbada e me deixou na
merda depois, e infelizmente eu não tenho provas concretas para colocá-lo
atrás das grades.
Saio da minha sala e fui até a bancada onde Gustavo estava distraído
anotando algo, parei na sua frente e ele me encarou.
Nossas salas eram praticamente grudadas, então nem fiz esforço para me
locomover.
Que droga!
Irei fingir que nada aconteceu ontem por que nada aconteceu ontem, certo?
Ó, olha, nem me lembro mais.
Eu não o li na noite anterior porque eu estava com uma puta dor de cabeça
por conta das margaritas então não sei basicamente nada sobre nossos talvez
futuros clientes.
- Não -confesso.
- Bom, eu não preciso ler porque eu sei o que tem aí dentro.
Encarei seus olhos azuis e franzi o cenho cruzando os braços, seus olhos
focados nos meus desceram imediatamente para o meu decote, eu estava me
sentindo nua.
- Porque não me diz você mesmo o que tem aqui dentro? -pergunto.
- Leia essas coisas primeiro e depois eu conto todo o resto -ele diz e aponta
para a cadeira.
- Não precisa sair, você vai ler isso em 10 minutos ou talvez menos -ele diz
e eu me viro para encara-lo.
- Eu só vou avaliar...
- Não, você precisa avaliar o resto do que eu vou te dizer já que você não
leu a porra do papel -ele diz.
- Eu já te pedi para me contar tudo de uma vez mas você está fazendo todo
esse drama, está no sangue né? -digo e ele bufa.
Au au.
Olhei para a minha mão e bufei frustrada, me aproximei das duas cadeiras
que tinha na sua frente que eram idênticas e me sentei em uma delas.
- Você pode me dar aquele lápis ali? -pergunto olhando para os papéis.
Não ouço resposta então levanto minha cabeça para vê-lo, Adam estava
concentrado no seu Macbook ou pelo menos fingia estar.
- Não?
Calma, algo deve ter entrado no meu ouvido por que eu não escutei isso
direito.
Me levantei e andei até a sua mesa, quando eu ia pega-lo sinto sua mão
agarrar meu pulso com força me fazendo puxar a respiração.
- Não ouvi você pedir por favor, princesa -ele diz com um sorrisinho de
lado.
Sorri falsamente e fiz ele soltar meu pulso, coloquei minhas mãos na mesa e
me inclinei na sua frente.
- Senhor Venturelli, você poderia emprestar esse lápis para a sua querida
sócia que precisa dele? Juro que não vou demorar, senhor -digo debochada e
vejo ele encarar meus seios.
- Hora ruim?
Abri os olhos e pisquei várias vezes, olhei para Adam que ainda estava
mexendo no Macbook e me levantei andando até o canto da sala.
- Desculpe, me estressei com uma coisa -digo- Como você está, Nick?
- Bem, estou ligando para saber como você está, você sabe...aquelas fotos e
os boatos...
- Você já viu, Nova York inteira acha que estamos tendo um caso -digo,
suspirando depois.
- Eu já cuidei desses boatos, até a tarde todos esses sites vão apagar essa
notícia falsa.
- Tudo bem -digo e vejo Adam me encarando- Eu ligo para você depois,
tenho uma coisa para fazer.
- Certo, eu até convidaria você para almoçar. Mas vão inventar que você
está grávida de mim -ele diz e eu acabo rindo alto.
- Parece que vocês tem um caso -ele diz e cruza os dedos em cima mesa.
Olhei em volta e depois para a janela vendo a vista, olhei para mesa
seguindo para a porta da sala.
- Estou procurando quem pediu sua opinião -digo e ele faz uma cara de
tédio.
- Criança -sussurra.
- Pode ser da sua maneira, mas eu preferiria que fosse rápido -digo.
Ele aperta a boca em uma linha reta e se levanta, enrolou as mangas da blusa
até o cotovelo e eu tentei olhar para outra coisa.
Adam andou até a gaveta e pegou quatro fotos. Ele jogou a primeira na mesa
e eu analisei.
Sebastian era um homem que aparentava ter mais de 40 anos e mesmo por
foto eu sentia o poder que ele emanava, o cabelo era preto e os olhos eram
tão verdes que pareciam esmeraldas.
Lorenzo era lindo! Os olhos da mesma cor do pai só que muito mais
hipnotizantes, o cabelo preto desgrenhado o fazia parecer mais jovem.
- Essa é Carmen Foster, a filha mimada que quer tudo e todos. Não a
desobedeça que ela corta você em dois e vende sem problemas, ela é a irmã
mais nova com apenas 25 anos.
Carmen era bem bonita, mas pela descrição do loiro, não parecia ter uma
personalidade agradável.
- E por último...
- O cara fará de tudo para levar você para cama, ele consegue tudo o que
quer e nunca o contradizem.
- Para quem acha antiético ter casos no meio dos negócios, ele está bastante
contraditório.
Adam abriu a boca para falar algo mas nada saiu. Levantei uma sobrancelha
e sorri de lado.
×××
Spoilers serão apagados pela minha pessoa, por favor, não faça ❤.
Rubi
Rubi
Dylan já tentou fechar negócio com eles mas nunca obteve sucesso, agora é a
vez do irmão mais novo tentar e pelo visto a minha também.
- Isso não vai acontecer -digo, me referindo a idéia de Antony me levar para
cama.
- Eu sei que não -Adam diz e coloca as mãos na mesa para se apoiar- Só não
deixe ele manipular você.
Concordei frustrada.
- Agora que já sabe como eles são, vamos dar o que eles querem e
impressionar, seu namoradinho já deve estar trabalhando nisso também.
- E eu não me importo.
Ele pegou uma espécie de cartaz e andou até mim parando na minha frente e
de costas para a porta, ele o abriu e eu encarei.
- É nisso que você vai trabalhar, esse é o produto que vamos fechar negócio,
desenhe, crie, faça o que você faz de melhor. As informações que você leu
agora pouco são ligadas a isso aqui... -ele apontou e continuou a explicar.
- Você quer ir embora? Pensei que quisesse ficar mais na minha belíssima
presença -diz cruzando os braços na minha frente.
- Babaca.
Esbarro nele de propósito indo em direção a porta mas sua mão puxa meu
braço com força me fazendo colidir no seu peito, meu coração começa a
bater mais rápido e posso sentir sua respiração contra meu rosto, engulo em
seco quando sinto seu aperto mais forte como se aquilo fosse aliviar alguma
coisa para ele.
- Você é tão irritante -ele diz e ajeita o cabelo que estava caindo no meu
rosto.
Não!
- Acho melhor você me soltar se não quiser levar outro tapa -digo e ele trava
o maxilar.
Há meses atrás, no dia seguinte que eu havia descoberto que minha empresa
estava quase falida eu conheci Adam, eu tinha ido ao apartamento da minha
amiga levando o café da manhã para ela porque eu sabia que a mesma iria
acordar um caco depois de uma noite na boate.
A cara que ele fez depois de ter levados os tapas... com toda certeza nunca
mais vou me esquecer.
Mas essa nem foi a pior parte, a pior parte foi ela me culpando por ter o
"espantado", ela acreditava que ele queria algo com ela mas por minha culpa
ele nunca mais iria aparecer. Não dá para acreditar?
Já passou.
- Quer ver?
De alguma maneira faço ele soltar meu braço e levanto pronta para dar outro
tapa no seu lindo rostinho mas rapidamente ele pega meu pulso e me faz
virar batendo minhas costas com força no seu peito.
- Você não disse isso há alguns meses atrás -digo e ouço ele bufar.
Ele me vira de novo fazendo eu ficar na sua frente e meu rosto extremamente
perto do seu, minha boca está perto da sua e vejo quando ele mordisca o
próprio lábio, sinto cada parte do meu corpo se arrepiar.
- Como?
Sua mão passou por minha cintura lentamente e não me afastei quando ele
aproximou o rosto do meu pronto para me beijar, mas isso foi interrompido
quando escutamos uma voz surgir na sala.
Eu empurrei Adam com tanta força que ele quase caí no chão, olhei para
porta com as bochechas coradas e passei a mão na testa.
Era nítido o deboche na voz de Peter enquanto ele falava olhando para mim e
para Adam.
Olhei para Adam que estava com uma cara confusa e frustrada e eu
provavelmente estou com essa mesma cara.
Andei pela sala e cumprimentei Peter antes de sair, fechei a porta do lado de
fora e me encostei nela tentando entender o porque de Adam ter quase me
beijado.
×××
Cês sabiam que tem 70% de água no planeta? Pois é, sem desculpas para
tomar banho KAKKAKA desculpa.
Vote e até o próximo capítulo.
Até, babys ❤.
10° capítulo
Adam
Peter deu de ombros andando até a cadeira que estava ao meu lado e
praticamente se jogou nela.
Olhei para ele que piscava várias vezes em um divertimento que dominava
seus olhos.
- Aposto que se eu não tivesse entrado por aquela porta vocês estariam se
beijando nesse exato momento, sinto muito por atrapalhar -ele fala a última
parte colocando a mão no peito fingindo arrependimento.
Mas como o cafajeste que sou, e não nego isso para ninguém, eu tentei
seduzi-la de alguma forma, depois que levei o primeiro não de uma mulher,
eu fiquei transtornado, quer dizer, foi estranho, eu estava perdendo meus
poderes de sedução?!
Ninguém nunca tinha me rejeitado antes, mas é claro que essa mulher louca
fez diferente, além de me rejeitar e ainda dizer aos quatro ventos que nunca
teria nada comigo ainda me deu dois belos tapas de brinde.
Ele começou a rir e se levantou, abotoou seu terno azul escuro de três peças
e passou a mão na barba.
- Acho melhor você tomar um remédio para raiva, porque essa mulher meu
caro amigo, vai tirar toda a sanidade que você não tem.
- Cala boca -jogo uma bolinha de papel no seu rosto e ele pega rindo.
Encarei a porta e Peter parou de rir, Dylan entrou na minha sala encarando
alguns papéis e assim que eles nos viu, um sorriso idiota apareceu no seu
rosto.
Dylan estava com o seu habitual terno preto e eu preciso urgentemente falar
com Gustavo para me avisar quando alguém quiser entrar na minha sala,
mesmo que isso seja seu trabalho.
- Dylan! Preciso te falar um coisa -Peter diz intercalando entre mim e ele
com um sorrisão.
Peter fofoqueiro.
- O que você está fazendo aqui? -ele pergunta e Peter revira os olhos.
Reviro os olhos e me concentro no meu irmão que andou até a minha mesa
para me dar algumas informações.
Isso significa que Rubi demonia e eu teremos apenas duas semanas para
terminar esse projeto e apresentar a eles.
Teremos de trabalhar em dobro, não sei se vou conseguir ficar tanto tempo
ao lado dessa mulher sem querer esgana-la ou arrancar suas roup...que porra
eu estou pensando?
- O que? -pergunto.
- Por que a minha sala? Porque você não jogou fora? -pergunto e Peter ri
alto.
- Sei lá, queria me livrar então trouxe para você -ele diz.
Dylan é um idiota.
- Que isso? Vocês estão fazendo uma reunião? -ele pergunta e se aproxima de
nós.
- Não, mas nosso amigo aqui quase beija a sua sócia -Peter diz e olha para
Dylan.
- Você é ridículo -digo olhando para Peter que apenas pisca para mim.
- Olha, eu sei que isso é chocante e tudo mais, porém, por que o Peter está
segurando um livro de posição sexuais? -Nate pergunta e Peter joga o livro
longe.
- Ta ok -digo e me levanto.
- Você precisa nos contar o que aconteceu -Dylan diz e eu reviro os olhos.
- Não aconteceu nada, não seja fofoqueiro igual esse barbudo doente mental
-Peter faz cara feia.
Digo isso enquanto vou os empurrando até a porta, eles começam a falar ao
mesmo tempo e eu começo a os empurrar com mais força.
×××
Rubi
Você viu? Minha dignidade? Pois é, eu acho que não tinha mais.
Depois que saí da sala de Adam eu fui direto para a minha e comecei a
trabalhar.
Eu precisava me focar em outra coisa que não seja o fato de eu ficar tentada
a beijar aquela Tinker Bell dos infernos!
Para quem o rejeitou a alguns meses atrás você está bem convidativa -meu
subconsciente me diz.
Mas eu sabia que a irritação não era só com Adam, eu estava irritada comigo
mesma. O idiota me desarmou por completo.
Passei o dia na minha sala e almocei na mesma, eu estava tendo várias ideias
então eu precisava anotá-las para não me esquecer de nenhuma. Preciso
aproveitar quando isso acontece.
Fui direto para meu apartamento e apenas joguei minhas coisas no sofá, tirei
os sapatos e fui direto atrás de Mops. Ele estava na dispensa olhando para o
saco de ração enorme na sua frente.
- Ei!
- Nossa! Você vai ignorar minha existência? Eu dou comida para você,
misericórdia -apontei para o corpo pequeno e peludo no chão.
É óbvio que eu sei que ele não vai me responder mas eu falo com meu
cachorro sim.
Revirei os olhos e peguei a vasilha onde eu coloco sua ração, assim que eu
peguei ele começa a balançar o rabo e eu sussurro um "interesseiro
cabeludo" indo até a dispensa.
Coloquei o suficiente para ele e fui até o canto da cozinha para colocar a
ração lá, me abaixei e ele lambeu minha mão como se estivesse me
agradecendo.
Cruzes.
Ele latiu balançando o rabo e atacou a sua comida depois que troquei água
para ele beber, sorri de lado subindo para meu quarto e tirei aquela roupa
social.
Tomei uma ducha refrescante e apenas vesti uma calcinha confortável e uma
blusinha de alça, amarrei meu cabelo em um coque e desci as escadas.
Lua já tinha ido embora faz algum tempo mas ela sempre deixa algo na
geladeira para eu comer, fui até a mesma e vi alguns bifes para fritar e uma
salada de alface.
Corri até ele e vi a foto de Carlos Mendoza na tela, sorri antes de atender.
- Papi!
- Mi hija.
Meu pai é um coroa mexicano bem conhecido no ramo dos negócios, ele era
meu exemplo desde de que eu me entendo por gente.
A campainha tocou e corri até ela de uma maneira bem desengonçada, eu não
era muito boa correndo. Mas tive que correr de novo quando percebi que
estava só de calcinha na parte debaixo.
Então, foram apenas 2 minutos até eu subir, me trocar e descer. Tudo isso
meio que correndo, da minha belíssima maneira.
- Até que enfim, parece até que está escondendo alguém -semi cerra os
olhos.
Revirei os olhos e ele riu, meu pai nunca gostou do mentidor, uma vez ele me
avisou que meu ex noivo era um idiota e que eu não deveria confiar nele,
mas claro que eu fiz ao contrário e deu no que deu.
- Você sabe que inaugurou um novo relógio digital que te faz viajar no
tempo? -pergunto e ele faz uma cara de surpreso.
- Não acredito!
- Não vou mandar você ir a merda porque você é minha filha, mas é só por
isso mesmo -fala e eu ri me jogando nos seus braços beijando sua bochecha
várias vezes.
- Mas lembre-se -ele riu com o meu ataque- Ainda quero netinhos, mas não
se empolgue.
Sorri abertamente e peguei na sua mão o arrastando até a cozinha para jantar
comigo, fiz seu prato rapidamente e fritei mais alguns pedaços de bifes
enquanto íamos conversando.
- Em todos, faça algo que ninguém espera, algo diferente e mostre que vocês
são o que eles precisam.
- Não -digo.
- Quem?
- Adam.
- Sinto muito!
Comi um pedaço de bife e ele me olhou com pena mas depois sorriu.
- Lua me contou que você não está falando com a sua mãe.
Suspirei.
- Eu sei, da última vez que você foi ao Brasil ela destratou você e te mandou
embora, mas ela ainda continua sendo a sua mãe e te ama.
- Não é que eu não esteja falando com ela, apenas não retornei uma ligação -
digo, dando de ombros.
- Rubi!
- Ok, ela praticamente me humilhou dizendo que eu era o motivo dela estar
doente porque a abandonei e vim morar aqui com você, eu não suporto ser
humilhada por ninguém ainda mais pela minha própria mãe! Além do mais,
ela tem outra pessoa que cuida dela a todo momento.
- Ela não sabia o que estava fazendo, mi hija. Sua mãe é super complicada e
no momento de fraqueza ela despejou toda a mágoa em você, converse com
ela, talvez ela queira pedir perdão.
Limpei uma lágrima teimosa que desceu do meu rosto e meu pai me abraçou
forte.
Aos 14 anos eu já sabia falar inglês, não fluente mas a maioria das palavras
eu já sabia, meu sonho de estudar fora influênciou meu estudos e eu sabia
que meu pai faria isso por mim, como ele fez.
Minha mãe não aceitou de primeira mas ela viu que eu queria muito aquilo e
eu não iria ceder, ela me deixou vir morar com meu pai até eu concluir a
faculdade, estudei, me formei e virei vice-presidente da empresa do mesmo,
excluindo as chances de voltar para o Brasil, nós dois ficamos a frente por
algum tempo até que ele se aposentou e eu virei a presidente.
- Tudo bem, não vou pressionar você mas quando se sentir pronta ligue para
ela e converse -ele diz e eu apenas assinto.
Ficou nesse ritmo até os meus 15 anos de idade quando ele não tinha mais
ritmo para viajar tanto, eu sempre fui apegada a Carlos e eu acho que eu
sempre soube que iria trabalhar com meu pai, era o nosso sonho.
- Isso não significa que você tenha que chamar também, não vou mais brincar
com você.
×××
Gregório que me perdoe, mas o Carlos sempre vai ser meu pai preferido.
Desculpa, Greg, não me deserda da família
Rubi
Ele estava na minha sala em frente a minha mesa com as mãos no bolso da
calça social azul, uma blusa social preta marcando seu peito de forma quase
hipnotizante, daquele tipo que se você notar, vai ficar pelo menos 1 minutos
olhando.
Parecíamos estar bem, ele não tocou no assunto do quase beijo e eu muito
menos, estávamos focados no nosso trabalho.
Aleluia.
- Estou com cara de quem está brincando? -pergunta e aponta o dedo para
seu rosto.
Adam olhou para um ponto fixo e parecia pensar, eu apenas apoiei minhas
mãos na mesa e olhei a hora no meu celular.
Fui até um pequeno armário que ficava no chão e óbvio me abaixei para
pegar mas não deveria com essa saia curta até demais.
Peguei os papéis me levantando e virei dando de cara com Adam que estava
na minha frente bem perto, muito perto.
Santo Deus.
- Ser tão...tão...
- Sedutora.
- A cada passo seu essa blusa desenha seus seios muito bem, quando aperta
o lábio um no outro me faz imaginar onde eles realmente deveriam estar -
Adam pega os papéis da minha mão e os encara- Sem falar nessa saia que
deixa você na imaginação mais impura que tenho.
- Ignore tudo o que eu falei -ele me encara mas depois volta a ler os papéis.
Ignorar? Só se for nos seus sonhos!
- Pensei que eu não fosse seu tipo -digo, ignorando o seu pedido ao invés da
confissão, ele me encara com um olhar diferente de agora pouco.
- E eu pensei que eu não fosse o seu -ele diz e levanta uma sobrancelha.
- E você não é.
E ele não é, não gosto muito de loiros mas tem algo em Adam que desperta
minha curiosidade, e as coisas que eu não sentia em relação aos outros
homens...eu sinto com ele. Loucura, não? Sim, é péssimo.
- Ah, eu sou sim -ele diz e se aproxima, meu corpo entra em alerta.
É sempre assim, desde que eu o vi pela primeira vez eu sinto algo dentro de
mim borbulhar. Seria eu um caldeirão?
- Toda vez que eu chego perto de você, perto o suficiente -ele coloca os
braços para trás- Seu corpo parece ficar tenso, sua respiração muda e eu
tenho quase certeza que seu coração bate rápido demais.
Talvez eu sinta isso... mas quem se importa além do meu corpo e minha
deusa interior?
- Acho que você não aguentaria se eu te provocasse -ele diz com um sorriso
malicioso e se vira andando até a cadeira que está na frente da minha mesa.
- Está dizendo que sou impotente quando se trata você? -pergunto e ando até
a minha cadeira me sentando em seguida.
- Estou.
- Você está errado -cruzo as pernas- Posso ser forte quando quero.
- Temos duas semanas para apresentar o projeto aos Foster's, nosso único
acordo é que você resista a mim e as minhas provocações e eu a você por
apenas duas semanas.
- Para provar que eu estou errado e que você não gosta de mim, é só um
acordo! Para de ser chata.
- Eu não gosto de você e chata é o seu pau -digo e ele sorri de lado.
- Prove, que não gosta de mim no caso, mas se quiser provar outra coisa por
mim não tem problema.
- O que eu ganho em troca caso eu provar que você não mexe comigo tanto
quanto pensa? -perguntei.
- O que eu quiser.
Meu subconsciente está gritando um NÃO imenso, mas todo o resto está
dizendo sim em todas as línguas possíveis apenas por ser tão convencido e
arrogante.
- Está com medo, princesa? -pergunta passando a língua nos lábios e dando
uma mordida no final.
- Talvez de descobrir que o cara que você rejeitou de início pode ter um
poder sobre você agora que nunca imaginou.
Filho da puta.
Eu ainda estava noiva quando Adam tentou me seduzir, mas somente 3 dias
depois que eu descobri que estava falindo foi quando meu ex noivo me
deixou.
Ha.
- Não -digo e ele trava o maxilar- Não vamos passar de duas semanas -ele
sorri.
Merda.
- Penso o mesmo, você vai cair e se afogar dentro desse ego absurdamente
grande que você têm -digo.
- Apenas um beijo, sua metida -falou- Se você cair nas minhas provocações
e me beijar, eu ganhei o acordo. Lembre-se disso.
Ele abriu um sorriso cafajeste e estendeu a mão direita para mim, estiquei a
minha mas ele negou recuando a sua.
Ficou claro porque ele queria me ver ficar de pé, mas é um babaca mesmo!
Apertei sua mão logo e depois me sentei acabando com o seu sonho, Adam
sorriu para mim e depois se virou caminhando para fora da minha sala.
- Rubi, tem um cara aqui fora dizendo que quer você de volta... -ele fala
confuso e eu arregalo os olhos me levantando da cadeira apressadamente,
ele olha para as minhas coxas de novo e ri alto.
Não acredito.
Peguei minha caneta de cima da mesa e joguei na sua direção que correu
para fora rapidamente rindo igual um otário que no caso ele é.
Certo.
Eu só preciso que ele abaixe a guarda primeiro, não é? Eu preciso fazer ele
se "render" primeiro. Ok, posso fazer isso.
×××
Rubi
Hum.
Talvez eu esteja mais arrumada do que o normal mas que se foda, ele quer
provocar? Então vamos provocar.
Deus! Estou sentindo que Adam está despertando um lado meu que eu nem
conhecia.
Mexi nos meu cabelos e saí do meu quarto em direção a cozinha, Lua estava
com o rosto na geladeira e apenas seu quadril estava para fora.
- O que? -perguntei olhando para o meu corpo, fingido não saber do porque
do susto.
- Você vai tomar café da manhã com alguém importante? Tipo o presidente
do país?!
Fui até ela e beijei sua bochecha e corri até a dispensa onde Mops estava,
como de costume encarando a ração.
- Até depois Mops, por favor não come o meu sofá -digo e ele balança o
rabo latindo.
"Vou comer todo o seu sofá" -foi isso que o latido dele quis dizer na minha
cabeça.
- Você está cheirosa -ela diz e eu pego uma pera- Encontrou algum gatinho
por lá?
- Misericórdia!
- Você é bem inteligente mas não consegue dobrar essa velha aqui -ela
apontou para si mesma.
- Você está certa -digo e ela bate palmas- Eu estou apaixonada por uma
pessoa da empresa mas shiiu, não fala para ninguém -minto.
Ela levantou o dedo mindinho e eu levantei o meu, só assim para ela me
deixar em paz.
- Espera! Você vai comer só uma fruta? Eu faço panquecas, prometo não
tacar fogo no seu apartamento.
Liguei para Josh no caminho e pedi para ele fazer um café pra mim na copa,
quando cheguei entrei pelo saguão e senti metade dos olhares sobre mim,
homens que eu nunca vi na vida sorriram na minha direção e eu sorri de
volta por educação, subi para o meu andar e não vi Josh na bancada e nem
Gustavo.
Era uma menina que aparentava ter uns 18 anos e tinha algumas sardas no
rosto e olhos azuis penetrantes, ela vestia um casaquinho amarelo e uma
espécie de macacão jeans.
A menina tinha uma xícara de café na mão e assim que me viu sorriu
abertamente.
- Oi, sou Valentina -acenou com a mão- Seu secretário me pediu para trazer
para você, ele ficou ocupado com algo e...
Não demora muito para a cafeína se espalhar na minha barriga e minha pele
arder fortemente.
- Sra. Mendoza, meu Deus me desculpe não foi de propósito -disse afoita.
- Valentina, pegue algo para me enxugar -isso saiu uma entonação forte.
Ela assente e sai pela porta rapidamente, eu sentia o líquido quente escorrer
sujando todo meu vestido, o tirei puxando para cima da minha cabeça e vi
como minha barriga estava vermelha.
- Merda!
Arregalei os olhos tentando ir para trás de algo que posso me cobrir mas não
tinha absolutamente nada que poderia me ajudar!
- Certo, quer jogar sujo? Eu sei fazer isso -arregalei os olhos de novo
quando ele fez menção de tocar nos botões da sua calça social para tira-la.
Ele riu alto da minha expresso e eu gemi de dor quando encosto minha mão
na barriga sem querer.
- Sua barriga está vermelha -disse parando de rir me encarando agora meio
sério.
Adam parou na minha frente olhando para o local afetado e tocou na minha
cintura me levantando no chão facilmente para que minha bunda encoste no
pequeno armário no chão.
- Aqui!
Valentina surgiu atrás de nós com uma toalha de rosto que parecia bem
molhada, Adam estendeu o braço e ela o entregou. A toalha foi colocada na
minha barriga para me limpar e eu fiz uma careta pelo ato.
- Por favor, me desculpe! Eu juro que não foi minha intenção eu só estava
tentando ajudar...
- Não se preocupe Valentina, eu sei que não foi sua intenção -a interrompi
vendo seu nervosismo.
- Está sentindo dor? -Adam pergunta olhando para mim e sua mão direita vai
para a minha nuca me fazendo olhar em seus fixamente.
- Não, só arde um pouco -digo e ele concorda antes de olhar para Valentina.
Adam olhou para mim como se esperasse a decisão final, balancei a cabeça
e ele assentiu.
- Não se preocupe, pode voltar ao trabalho -ele fala e ela suspira aliviada,
sorri pequeno. Tadinha.
- Valentina, explique o que aconteceu para Josh e peça para ele ir até a
minha casa para pegar uma muda de roupa para mim, por favor -digo a
mesma.
- Ela acabou tropeçando e o café caiu em cima de mim, não foi culpa dela -
digo.
Ficamos mais alguns minutos ali, Adam inclinado sobre mim e eu sentada em
cima do armário com mínimo de roupas possíveis.
- Está tudo bem -ele diz e deixa ao lado do meu corpo andando para o outro
lado da sala em seguida.
- Obrigada -digo.
Coloco meu dedo sobre a minha barriga e suspiro, eu só preciso passar uma
pomada nisso e tomar um remédio, amanhã estarei normal.
Desci de onde estava agora me sentindo envergonhada por estar usando
apenas um sutiã e uma cinta liga na frente dele. Na verdade, bem mais
envergonhada.
Com o terno fora do seu corpo ele passou o mesmo sobre meus ombros me
cobrindo e o ajeitando na frente, eu olhava para baixo vendo suas mãos na
abertura do terno que apertavam meu corpo.
Adam puxou o terno com força me fazendo vir mais para perto do seu peito,
ele sentiu o cheiro do meu cabelo enquanto eu cheirava o seu pescoço na
maior de cara de pau mesmo.
Sua mão direita que estava na abertura do terno desceu devagar pela lateral
do meu corpo encontrando minha cintura, olhei para ele não ousando o
interrogar agora.
Sua mão desceu mais para a barra da minha cinta liga e eu não pude conter o
suspiro que saiu dos meu lábios, ele se aproxima mais apertando o maxilar
vendo minha expressão de dúvida entre mandar ele tirar a mão de mim ou
descer mais um pouco para tocar no meio das minhas pernas.
- Admita, princesa -sussurrou com a boca tão perto da minha que eu pensei
por um momento que ele ia me beijar.
- Eu sei que mexo com você, mas eu quero que admita -ele diz com a voz
rouca- E depois...você vai se entregar ao que deseja -levantei meu queixo
quando seu nariz encostou no meu- Eu estou bem aqui na sua frente.
- Me impeça, não deixe meus dedos subirem -ele diz e eu puxo sua gravata
quando seus dedos passeiam pela parte interna da minha coxa a vontade.
Soltei sua mão e afastei meu corpo do seu com um empurrão pequeno, Adam
me lançou aquele sorriso cafajeste e passou o dedo no lábio inferior batendo
palmas em seguida.
Óbvio que isso era parte do acordo, e felizmente eu não cedi. Foi quase...e
não posso subestimar a sedução de Adam.
- Se você estiver usando isso aí eu vou para qualquer lugar que você mandar.
- Obrigado por cuidar dela, eu assumo agora -Josh diz e Adam assente-
Depois eu levo seu terno não se preocupe.
Adam deu de ombros e passou pela minha porta me olhando uma última vez,
o filha da mãe ainda piscou para mim antes de desaparecer.
Olhei novamente para Josh e agora percebi que ele tinha uma sacola na mão
que tinha a logo de uma loja na frente.
- Não fui a sua casa porque iria demorar demais, então comprei algumas
para você na loja que tem na frente da empresa -ele diz.
Tirei o terno de Adam dos meus ombros me fazendo sentir o seu perfume que
agora estava impregnado no meu corpo, ótimo!
Peguei as roupas que consistem em uma calça jeans clara e uma blusa de
mangas estampadas de desenhos de robôs, era fofo.
Me troquei na minha sala mesmo e suspirava por ter que enfrentar Joshua.
Depois que terminei guardei meu vestido sujo de café na sacola e sentei na
minha cadeira vendo minha purpurina pegar a toalha molhada.
- Você pode ir para casa, sabe disso, não é? -ele pergunta e se senta na beira
da minha mesa ficando ao meu lado.
- Eu sei, mas você me disse que tinha uma reunião agora pela manhã.
- Você não está suja de café? -pergunta enquanto eu abro meu Macbook
- Falando? Tá bom, mais tarde você me conta o que está acontecendo entre
você e aquele loiro metido porque essa sala -ele girou o dedo apontando-
Está cheirando a intenções maliciosas.
Abri a boca várias vezes mas nada saiu, Josh abriu um sorriso enorme e
andou até onde eu tinha deixado o terno da Tinker Bell o pegando antes de
sair da minha sala.
Adam poderia ter quase ganhado hoje então não irei facilitar para ele como
avisei o mesmo. Serei um verdadeiro inferno na vida daquela homem.
×××
Quero comentários e votos porque eu fui uma boa menina! Kakakak amo
vcs ❤ (Viu só? Sou uma boa menina desde o livro 2, e do livro um
também, mas não falei nada aqui na época para deixar subtendido 😏)
Estão se limpando aí também?
Acho que Josh já fez isso por nós KKKKK.
Adam
Maldita hora que eu fiz aquele acordo estúpido que está tirando a paz que eu
não tinha, a filha da mãe está me deixando maluco.
Eu acho que nunca imaginei tantas cenas de sexo como estou imaginando nos
últimos dias, provavelmente superou minha adolescência.
Abri a porta do meu carro e joguei minhas coisas no banco de trás com
força, deixe-me explicar porque estou irritado.
Estávamos trabalhando na sua sala visto que só temos 9 dias para fechar
negócio com os nossos clientes.
15 minutos antes...
Me encostei no braço da cadeira e eu tentei, juro que tentei não olhar para as
pernas da minha sócia que estavam a mostra. Estávamos na sua sala e apenas
um abajur iluminava o local.
Rubi estava sentada em cima do mesmo armário que estava a dois dias atrás
com aquela maldita cinta liga, ela está fazendo de propósito, não é possível!
Em suas mãos tinham alguns papéis enquanto suas pernas estavam cruzadas e
o seu cabelo estava caindo por seus ombros como uma cascata, a luz que
vinha da lua ajudava a iluminar e refletia nela diretamente a tornando uma
obra perfeita para um quadro.
Ela pegou um lápis amarelo e anotou algo antes de levar o objeto até a boca
que estava marcada por um batom vermelho, ela parecia tão concentrada que
eu até diria que ela não estava tentando me foder.
E o problema, era que eu não conseguia desviar meus olhos dela, mas
especificamente das suas pernas e seios.
Rubi usava uma blusa de alça branca extremamente delicada, assim que vi
me deu vontade de arrancar de uma vez só. Uma saia cintura alta da cor
vermelha que combinava com o batom e abraçava perfeitamente o seu corpo.
Os saltos...puta que pariu! Eu a foderia com eles no meu quadril.
- Ei! Adam!
Pisquei confuso e percebi que ela me chamava, olhei em seus olhos que
estavam com um certo divertimento. Será que ela sabe no que eu estava
pensando?
Ela saiu de cima do pequeno armário e eu percebi que seus seios balançam
livremente, ela não estava usando sutiã? Ah vai se foder!
Hum.
Ela começou a explicar uma tática que era até boa, mas falava olhando para
os papéis ainda estando de costas para mim e aquela bunda dentro da saia
me desconcertava.
- Você pode se virar por favor? -perguntei educado mas não querendo que
ela realmente fizesse isso, era melhor para o acordo mas pior para o meu
pau.
Ela virou o rosto para trás e franziu o cenho, Rubi sabe o que está passando
pela minha cabeça, ela sabe que pode me provocar.
Suspirei e ouvi ela dando uma risada baixa, claro que estava se divertindo
com isso.
Pus a outra mão na lateral da sua cintura para me apoiar e apertei seu cabelo
com força arrancando um gemido quase inaudível dela, me aproximei do seu
pescoço e aspirei o cheiro bom que ela tem.
Céus.
Senti ela se mexer em baixo de mim fazendo meu pau ganhar vida própria,
segurei o gemido rouco que insistiu em sair da minha garganta enquanto
aquela bunda deliciosa rebolava.
- Você que é o fraco -diz e eu suspiro- Não consegue tirar as mãos de mim,
Sr. Venturelli?
Ela pegou na minha mão que estava apoiada na mesa e levou até a sua
cintura, a apertei com força tentando aliviar de algum jeito o incomodo no
meio da pernas.
Ela se levantou quando meu aperto no seu cabelo diminuiu, se virou de frente
para mim e passou a língua nos lábios vermelhos, senti todo meu corpo
estremecer.
Travei o maxilar.
Ela se aproximou do meu rosto e pude ver nos seus olhos o quanto ela estava
determinada e desesperada para me ver ceder. Era exatamente assim que eu
me sentia também.
Porque não acho que vamos conseguir resistir por mais tempo.
Nunca nesse mundinho redondo que Rubi me deixaria fazer tudo o que fiz
segundos atrás sem me de dar quatro tapas no rosto, é o que ela faz de
melhor, me bater.
Suspirei irritado.
Antes eu estava coberto por luxúria mas agora eu estava bravo, não por ela
ter quase conseguido me fazer ceder e sim por que foi somente por isso que
ela fez todo esse teatro. Ela era boa, e me seduzindo, era melhor ainda.
Fiz menção de beija-la e ela sorriu feliz pensando que iria conseguir, quando
seus olhos se fecham eu me desvio para seu ouvido pronto para sussurrar:
- Quando eu ganhar essa acordo, eu vou foder você com tanta força que esse
sorrisinho vai ser a primeira coisa que eu vou lembrar... -minha barba rala
toca no seu rosto macio- Enquanto você estiver gemendo e suando embaixo
de mim.
Ela abriu os olhos e parecia estar irritada, saio da sua sala sem olhar para
trás e entro na minha pegando minhas coisas seguindo para o elevador
depois, olhei para sala de Rubi antes de sair e vi que estava fechada.
Agora...
E agora eu estava aqui dirigindo para meu apartamento pronto para ter uma
noite inteira de sexo.
Pelo menos.
Liguei para uma das meninas que curtem sexo casual assim como eu e não
demorou muito para eu conseguir isso.
Cheguei no meu apartamento e subi para meu andar, as portas do elevador se
abriram e vi Gabi na porta me esperando enquanto mexia no cabelo preto e
longo.
Quando me viu um sorriso safado habitou seus lábios e eu apenas andei até
ela.
- Coelhinho.
Rapidamente ela corre o que faltava e eu até me assusto quando ela pula no
meu colo, a seguro pelas coxas e retribuo o beijo necessitado que logo
aparece.
A encostei na minha porta tirando a chave do bolso e abro a porta chutando
minhas coisas para dentro que acabaram caindo.
- Você já está duro -ela diz se movimento no meu colo quando entramos em
casa.
É, eu estava com uma ereção enorme desde que aquele demônio se encostou
em mim, Rubi me deixou duro em segundos mas ninguém precisa saber
disso.
Ninguém.
×××
Rubi
- Estou começando a achar que o que você tem na barriga é filho do monstro
do lago Ness -digo e ela me me mostra o dedo do meio antes beber seu suco.
- Não comi direito pela manhã, acredita que não consegui comer umas
panquecas, vomitei tudo -ela conta sua aventura gestacional.
- Eu não aguento mais -ela diz quando eu pergunto como Dylan estava.
Lisa usava um vestido azul soltinho com um belo par de botas pretas e o
cabelo estava solto.
- Dylan é louco, nosso filho ainda nem nasceu mas ele já comprou um parque
aquático! Um parque aquático! -diz com a mão na barriga que já estava um
pouco saliente.
- Um parque aquático? Quantos metros teria tobogã? -pergunto sorrindo mas
depois paro vendo o olhar irritado.
Concordei sorridente.
- Bem, pelo menos você já sabe -digo dando de ombros e sorrindo depois.
Continuamos a comer até que Lisa me olhou e parecia querer perguntar algo,
ela colocou o cotovelo na mesa e a mão no queixo me dando aquele olhar
"Vamos, me pergunte o que eu tenho para eu derramar minhas perguntas em
você"
- Olha, se você e Adam quiserem ter alguma coisa, saiba que eu super apoio
e Dylan também, ia ser ótimo ter você na família e...
- Lisa, eu não tenho nada com aquele loiro metido -digo a interrompendo e
olhando para baixo.
- Eu não acredito em você -ela diz sorrindo abertamente- Você não sabe
mentir.
- Vou nem falar de você, bolinha -digo e ela fecha a cara rapidamente.
- Não me chama de bolinha, porra! -ela diz apontando um dedo para mim
super ameaçadora.
- Ta ouvido isso bebê? Sua mãe quer jogar uma bolinha na cara da sua tia -
digo e ela sorri de lado.
- Ela merece! Ainda mais por não me contar sobre aquele quase beijo. Eu
não acredito que você quase beija Adam -riu alto- Se eu tivesse um blog, eu
colocaria essa fofoca nele -diz se encostando na cadeira marrom.
- É, pelo menos foi só uma vez -a olho piscando mais que o necessário- Ai
meu Deus!
- Lisa.
Suspirei.
- Nós -tossi falsamente- Eu disse que ele não me atrai e nem faz meu tipo
então Adam quis provar que eu estava errada, por isso fizemos o acordo de
fazer um ceder ao outro em duas semanas.
- Eu quero jogar toda aquela arrogância na cara dele, mostrar que sim, ele
está errado.
- Ele está?
- Certo, é um acordo então o que ele ganha em troca caso você ceder?
- Meu Deus...
- Não me julgue, você não estava lá na hora, o filha da mãe fez o que ele faz
de melhor.
- Você perde.
- Isso -digo e viro a taça de suco, queria muito que fosse tequila.
- Cuidado com esses acordos, você pode acabar grávida e com uma fome
absurda -ela diz e levanta a taça de suco de laranja.
Eu ainda não tinha visto Adam o dia todo e até gostei disso, bom, uma parte
minha gostou.
- Claro -digo.
Olhei a hora no meu celular vendo 17:30, ainda tenho tempo de produzir
alguma coisa.
Silêncio.
Sua voz doce chegou até os meus ouvidos e me apoiei na mesa fechando os
olhos, parecia que ela estava aqui na minha frente e não do outro lado do
mundo.
Silêncio novamente.
- Rubi, eu sei que fui injusta e que você não tem culpa de querer um futuro,
mesmo que ele fosse longe de mim -diz.
- Você sempre soube que eu iria trabalhar com o meu pai, me desculpe por
não voltar ao Brasil como o combinado mas ele precisou de mim aqui.
Respirei fundo.
- Não seja egoísta, você sabe que tem gente aí que pode ficar com você, meu
pai não tinha ninguém.
Ela riu sarcástica, pareceu se segurar para não falar nada por um momento,
mas acabou soltando.
- Egoísta? Não Rubi, você é egoísta! Sempre foi agarrada ao seu pai como
uma preguiça amarrada à uma árvore. Você só queria se livrar de nós.
Isso doeu mais que um soco no estômago, eu amo minha família e nunca
tentaria me livrar deles.
- Eu consigo ter uma relação com uma simples empregada mais facilmente
do que com você, que é minha mãe de sangue -isso não deveria ser tão
difícil, mãe e filha deveriam ter uma relação forte.
- Você é uma ingrata, não é a mesma menina que eu criei e eduquei. Nova
York mudou você, Rubi.
- Não, mãe. Eu apenas estou cansanda de ser atacada por você, quando você
vai conseguir aceitar isso?
Essa definitivamente foi uma facada no meu peito, acho que doeria menos se
meu ex noivo quebrasse meu coração de novo.
Não que ele não esteja quebrado.
- Adeus, mãe.
Toda vez que falo com ela isso acontece, ela sempre tem um jeito diferente
de me fazer sentir mal e até mesmo culpada.
Peguei minha bolsa e sai da minha sala, não vi Gustavo na bancada e nem
Josh já que faz horas que o mesmo saiu, comecei a andar até o elevador e
ouvi uma voz me chamando mas ignorei.
A voz era insistente mas decidi não me virar, quando ia apertar o botão do
elevador sinto um braço forte me puxar me fazendo encara-lo.
- Princesa.
Adam me olhou sorrindo mas quando viu que meu estado não era dos
melhores franziu o cenho.
- Por favor! Me solta -bati no seu ombro e ele continuou parado que nem
uma pedra.
- Para que você quer saber? Isso não te interessa! A minha vida não te
interessa! Você não se preocupa comigo de verdade e eu quero que você me
solte!
Bati no seu peito com força e ele tentava agarrar meus pulsos mas eu não
estava facilitando.
Adam conseguiu pegar meus pulsos mas apenas afastou minhas mãos uma da
outra agarrando minhas pernas em seguida, apoia meu corpo no seu ombro e
minha bolsa caiu no chão mas ele a apanhou antes de começar a caminhar.
- Por favor...eu...
Continua...
×××
Hummmmmm!
HUMMMMMM só o que eu digo! Kikiki.
Rubi
Assim que passamos pela porta eu ouvi um suspiro sair do seu nariz.
Uma lágrima desceu do meu rosto e caiu no meu braço. Para de chorar, Rubi!
Não seja patética.
Ele pegou na minha cintura e com calma me desceu do seu ombro colocando-
me na sua frente, encarei seus olhos azuis que tanto me traziam pensamentos
sujos nos últimos dias.
- Sim, fiquei de cabeça para baixo mas me sinto bem, obrigada -falei vendo
sua cara de tédio, sorri fraco.
Passei as costas das mãos para limpar meu rosto molhado pelas lágrimas e
respirei fundo novamente.
Ajeitei minha saia e joguei meus cabelos para trás com os dedos trêmulos.
- Nos falamos amanhã, ok? -pergunto com um sorriso forçado e ele levanta
uma sobrancelha me olhando como se eu fosse louca.
Quando eu ia pegar minha bolsa para sair daquela sala, Adam a puxa da
minha mão levantando no ar o que apenas me fez olhar feio para ele que faz
o mesmo comigo.
- Vai pegar minha bolsa, fadinha? Ora, que ladra -falei com a voz chorosa,
mesmo triste eu estava implicando com ele. Adam e eu temos um
probleminha sério.
- Vou vender por 50 dólares e comprar camisinha, apenas para usar com
você -ele deu um sorrisinho forçado e eu bati do seu peito agarrando a minha
bolsa rapidamente.
- Eu estou bem, eu só preciso ir para casa e beber alguma coisa forte -falei
suspirando.
- Apenas bebo quando estou triste ou quando não sei sobre meus
sentimentos.
- Por que você está triste? -ele pergunta ignorando totalmente minha
afirmação.
- Porra, Adam!
Sua braço apenas se esticou até agarrar o meu, quando voltei para ele foi
apenas para colidir nossos peitos, pisquei algumas vezes sentindo suas mãos
me segurando com firmeza o suficiente para me fazer relaxar na sua frente,
assim que nos encaramos meu corpo simplesmente estremece com o olhar
que ele me dá.
E eu sei que Adam pode fazer isso, o único homem que pode me desarmar
novamente e fazer eu me entregar por completo, uma voz grita dentro de mim
que Adam vai ser a maldição da minha vida e eu não duvido disso, mas esse
homem é a minha perdição.
Balancei a cabeça.
- Que se dane.
Foi o que eu disse antes passar os braços em volta do seu pescoço e o puxar
para mim rapidamente, a sensação de euforia me toma quando sinto seus
lábios nos meus em apenas um selinho demorado.
Por pouco tempo até ele colocar as mãos no meu rosto fazendo daquilo
quase uma cena pornográfica, sua língua entrou na minha boca com vontade e
eu gemi descendo minhas mãos pelas suas costas.
Quando nos afastamos a respiração estava em falta para ambos, meu peito
subia e descia com rapidez quando as mãos dele foram para minha nuca e ele
me encarou.
Seus olhos estavam quase transbordando luxúria e os meus não devem estar
diferentes.
- Eu ganhei, princesa.
Não tive tempo de raciocinar porque dessa vez foi Adam que atacou minha
boca, seus dedos passaram pelo meu cabelo e eu gemi na sua boca baixinho,
ele foi empurrando-me até minha bunda bater contra sua mesa, Adam rodeou
minha cintura com o braço e me colocou em cima da mesa sem dificuldade.
Senti seus dedos nas minhas coxas e parei de beija-lo quando ele apertou
com força, sinto o beijos no meu pescoço e olho para cima quase
entorpecida e minha calcinha molhando lentamente.
Coloquei minhas pernas em volta do seu quadril e ouvi ele dar um gemido
que parecia ser mais de satisfação quando a agulha do meu salto o apertou.
Senti ele puxar minha saia um pouquinho para cima e coloquei minha mão na
sua gravata colando sua testa na minha quando sinto ele se esfregar contra
mim me fazendo entre abrir os lábios para gemer.
- Eu quero tanto foder você -ele disse encarando meu corpo- Aqui mesmo
nessa mesa.
Joguei a cabeça para trás quando ele se esfregou em mim de novo, céus. Eu
sentia minha excitação imitando uma cachoeira na minha calcinha.
Adam puxou minha blusa que estava por dentro da saia a liberando e seus
dedos entraram por dentro da blusa passeando por todo meu tronco até
chegar nos meus seios.
Agarrei suas costas o apertando com minhas pernas e as arranhei com força
como se tentasse soltar todo o tesão reprimido que eu tinha.
Adam pegou por trás do meu cabelo e me fez encara-lo de repente. Seu olhar
era tão intimidante que eu tentei desviar mas sua mão estava firme no meu
cabelo, os arrepios no meu corpo não paravam nenhum minuto.
Porra!
Adam soltou meu cabelo devagar e eu fiquei olhando para ele totalmente
excitada.
Seu dedo foi até a minha boca e ele passou o mesmo por cima dos meus
lábios com um olhar relutante.
- Não quero me aproveitar da sua fragilidade, quero que você queira assim
como eu quero.
- Você está chateada e sei que vai se arrepender amanhã, não quero transar
com você se for assim.
Seus olhos azuis passearam por todo meu rosto com o dele ficando sério.
- Quero que saiba o que está fazendo e se lembre de quando eu fizer você
gritar, só assim que será comigo, princesa.
- É isso que você vai querer de mim? -perguntei com a mão ainda na sua
gravata.
Ele apertou meu lábio inferior com os dedos e eu acabei dando um gemido
por causa da minha excitação maluca, eu sentia que a qualquer momento eu
ia explodir.
- Você vai me dar o que eu quero, não se preocupe. Garanto que vai adorar
cada maldito minuto.
- Adam...
Ele virou o rosto para trás e viu que era meu celular que estava apitando
dentro da bolsa, Adam saiu do meio das minhas pernas e pegou o celular me
entregando depois.
Ele ajeitou o terno e eu olhei para a tela, era meu adorado pai.
- Oi, papi.
Ele já sabia.
- Não, não está. Por isso vim te pegar aqui na empresa para irmos para sua
casa e fazer uma festa do pijama. Vou deixar você colocar elásticos no meu
cabelo só dessa vez.
- Acho melhor você...hum se ajeitar primeiro, seu pai pode não acreditar que
teve um terremoto aqui dentro -gira o dedo convencido.
Encarei Adam que estava com um sorrisinho ridículo nos lábios, levantei o
dedo do meio para ele que parou de sorrir.
Ignorei aquilo e coloquei minha blusa para dentro da minha saia, ajeitei meu
sutiã que ficou alinhado novamente e prendi meu cabelo em um rabo de
cavalo.
- Sim, você acha que eu sou bonito assim ficando acordado 24h por dia?!
- Adam! Se meu pai ver nos dois saindo da mesma sala com a cara de quem
estava no maior amasso ele vai me encher o saco -digo séria.
- Seu pai não vai fazer isso, só estávamos trabalhando. Tudo bem que você
gemeu algumas vezes e eu apertei sua bunda gostosa....mas detalhes, detalhes
-balança a mão.
Antes que eu pudesse impedi-lo ele saiu da sala com o papel amarelo na
frente do corpo cobrindo os países baixos.
Eu não acredito que o filha da mãe vai falar com o meu pai com uma ereção
no meio das pernas.
Meu pai usava uma blusa preta de manga e uma calça jeans clara, um grande
relógio no pulso e um tênis preto com detalhes brancos.
Ele olhou para mim e para Adam que sorria gentilmente e semi cerrou os
olhos, paramos lado a lado e eu sorri falso.
- Oi, pai.
- Duro -ele diz e eu olho para ele puta antes dele disfarçar- O trabalho está
sendo bem duro, Sr. Mendoza. Mas sua filha está me dando a mão
necessária.
O filha da mão sorriu estendendo o braço fazendo meu pai olhar para sua
mão e a apertar em seguida, ambos sorrindo como se fossem velhos amigos.
- Você está mais calma? -meu pai pergunta olhando pra mim.
- Oh sim, agora ela está muito mais calma -Adam responde por mim com um
sorrisinho de lado- Diria quase em transe.
Será que se eu apertasse o pau dele meu pai acharia estranho demais?
- Adam me ajudou, agora está tudo bem. Podemos ir? -pergunto e Carlos
assente.
Meu pai se despede dele que tirou o envelope da sua frente e tudo parecia
normal com o Adam júnior.
Os dois se despediram e eu apenas sorri para ele que passou a língua nos
lábios olhando para os meus, merda! Eu queria beija-lo de novo.
Adam olhou para baixo e ajeitou sua gravata sorrindo falso, as portas se
fecharam e eu fechei os olhos.
Droga.
- Pai...
- Sim?
Ele riu.
- Pai!
Ouvi uma gargalhada alta do meu pai e a porta do elevador se abriu, saí de
dentro igual uma bala e comecei a andar com meu pai falando ao meu
ouvido.
Provavelmente fará isso à noite toda, até mesmo quando eu estiver pondo
elásticos azuis no seu cabelo.
×××
Capítulo ficou meio grandinho mas aí está kakakaka quis soltar esse
extra!
Princesa perdeu...mas...ela ainda vai ganhar muita coisa 😏.
Vote! Por favor. Ajuda demais, nos vemos muito em breve, ok?
Beijo, babys ❤.
17° capítulo
Rubi
Esse som.
O som de um aparelho feito no inferno que apenas veio para foder com
nossas manhãs de calma.
Rolei na cama puta da vida e peguei meu celular para desliga-lo, mas vi que
não era o despertador, era uma ligação.
Apoiei meu cotovelo na cama e esperei a pessoa do outro lado da linha falar.
- Eu vou te matar!
Franzi o cenho.
- Quero que você levante essa bunda da cama e venha nos encontrar -ela diz
irritada e posso jurar que estou ouvindo seus passos de um lado para o outro.
- Não está não -ela ri- Agora que você deve estar no banheiro, palhaça.
Revirei os olhos.
- Ok -digo.
Eu conhecia aquela voz muito bem, mas não pude terminar de ouvir o que
Adam ia falar porque Emy desligou a ligação.
Desde que nos beijamos na sala dele a dois dias atrás quase não nos vemos,
não estamos nos evitando mas o trabalho está nos consumindo por completo,
ele não me disse explicitamente o que quer por ter conseguido me fazer
ceder mesmo que eu já tenha uma noção do que seja. Só precisava de mais
informações.
Desci as escadas e não vi Mops em lugar nenhum, Lua não estava aqui e
acho que saiu para ir no mercado.
Pego o bloquinho de notas em cima da mesa e escrevo que estarei de volta
para o almoço.
Peguei minha identificação e fui até ela que começou a caminhar até o
elevador.
Assinto e entramos no elevador, Emy apertou o botão até o andar que eles
estavam e eu me apoio na barra que tinha ali. Esse elevador é bem pequeno.
- Você está bem? Está com cara de quem não dormiu nada -Emy diz e se
apoia na barra também.
- Poxa que triste, poderia ficar acordada a noite toda por conta de uma foda
mas foi por uns desenhos -ela levanta a mão- Bate aqui por que estamos no
mesmo barco.
Bati na sua mão sorrindo de lado e a porta foi aberta, nos duas saímos e vi
todos ali.
Susie estava sentada falando ao celular e Peter e Nate estavam em pé perto
de um balcão falando com as duas recepcionistas que tinham ali.
Varri o lugar com os olhos e não avistei Adam, assim que eles perceberam
minha presença vieram até mim para me cumprimentar e eu fiz o mesmo.
Susie me abraçou apertado e eu balancei o dedo sobre sua franjinha.
Eu não estava prestando atenção, eu pensava nele. Nesse loiro metido que
quase não estou vendo mesmo que tenhamos de trabalhar juntos, não creio
que ele esteja me evitando.
Emy pergunta olhando para os dois a nossa frente que olham em volta. De
repente a conversa dos quatro me interessou.
O som de uma porta sendo aberta nos chamou atenção, nos viramos em
direção a ela e vi uma mulher alta com o corpo escultural sair de dentro de
uma sala, ela vestia trajes formais e parecia trabalhar aqui, seu cabelo era
loiro mas tinha algumas mexas mais escuras na ponta.
Logo atrás dela eu vi ele saindo, Adam vestia uma calça jeans preta e uma
camisa de manga da cor azul celeste.
Ela acenou e ele assentiu andando até nós, seus olhos pousaram em mim pela
primeira vez e pude sentir a minha garganta fechar e um frio percorrer minha
barriga.
- E aí, cara? Resolveu o problema? -Peter pergunta assim que ele para na
nossa frente.
- Sim, ela já...já ajudei com o que ela pediu -ele deu um sorriso quase
malicioso.
Eu me controlei para não revirar os olhos mas não sei se consegui esconder
minha cara de tédio, olhei para Adam novamente que me encarava como se
estivesse me despindo com os olhos.
Acabou de transar com uma mulher e já está pensando em despir outra, será
que esse pau não descansa?
Bufei irritada e briguei comigo mesma por me importar com uma coisa que
não me interessa.
Além do mais, não tenho certeza. Ele pode ter ajudado ela com outra
coisa...eu não me importo! Que merda é essa? Por que pareço tão confusa?
Que locura.
- Vou beber um pouco água, você sabe onde tem? -pergunto olhando para
Emy.
Olhei para frente e comecei a andar, dobrei para a esquerda para entrar no
corredor e andei até o final vendo um bebedouro com copos de plásticos em
cima de uma mesinha pequena.
Peguei o copo e enchi de água até o topo, bebi todo o líquido sentindo minha
garganta seca melhorar com os segundos seguintes.
- Senti sede.
Sua voz grossa fez todo meu corpo acordar, eu odeio como meu corpo reage
a Adam. Acho que eu preferia quando nenhum homem podia me fazer sentir
assim porque pelo menos eu tinha controle do meu próprio corpo!
- Maldita.
Adam olha para cima parecendo checar algo, eu juro que vi um sorrisinho de
lado mas acho que foi impressão minha, seus olhos pousam nos meus e sinto
a atmosfera ficar mais pesada do que está.
- Câmeras.
Franzo o cenho mas depois ignoro andando a passos rápidos para fora do
corredor vazio.
Passo por ele que parece respirar fundo e ando até o início da minha
adorável liberdade, posso ouvir as vozes dos outros mas tudo isso
desaparece quando uma mão máscula rodea minha cintura e me faz virar
batendo no seu peito.
Dei um gritinho de susto e meu coração pareceu quase sair da boca, Adam
me empurrou trazendo-me mais para trás antes de fazer minhas costas se
chocarem na parede gelada arrancando um suspiro meu, meu cabelo caiu na
frente do meu rosto mas ele rapidamente o tirou.
Socorro.
- Gosto da sua cara de tédio quando está com ciúmes -diz me fazendo franzir
o cenho.
- Não fode, seu idiota.
Ele riu e colocou a mão no meu pescoço me fazendo ficar mais impotente do
que eu estava.
- Não estava com ciúme quando me viu sair com aquela loira? -sua voz
estava baixa e rouca.
- Só nos seus sonhos -digo irritada dando tapas no seu braço- Vou chutar o
Adam Júnior!
Não irei negar que me senti desconfortável com a cena mas não fiquei com
raiva, eu apenas ignorei.
- Seu rosto quando nos viu saindo disse outra coisa, acha que eu transei com
ela, princesa?
Adam beijou meu pescoço e foi descendo até a minha clavícula, fechei os
olhos e senti os bicos dos meus seios apontarem na sua direção.
Sua mão solta desceu até as minhas coxas e seus dedos foram passeando até
ele puxar meu vestido para cima, seus dedos ágeis foram para a entrada da
minha calcinha.
- Eu vou matar você! -sussurrei vendo ele morder o lábio como se estivesse
satisfeito.
- Tenta...
- Babaca -me mexi contra a parede quando senti o beliscão no meu sexo e
logo depois fechei os olhos totalmente ofegante.
- Adam...alguém...
- Quieta -ordenou.
Eu o obedeci, pela primeira vez eu não fiquei irritada por ele me dar uma
ordem e eu atendi de bom grado. Maldito corpo!
Seus dedos entraram na minha calcinha e eu o olhei no fundo dos seus olhos
quando ele se afastou um pouco, Adam massageou meu clitóris em
movimentos circulares e eu soltei um gemido baixo quando senti um dedo
dentro de mim, ele sorriu contente por me ver na suas mãos.
Ele colocou o segundo dedo e eu gemi olhando para cima, meus seios
rígidos tocaram seu peito e mexi meu quadril contra sua mão, totalmente
excitada.
Ele parou de me beijar e eu olhei para o lado por poucos segundos com a
adrenalina domando todo o meu interior. Eu sentia que a qualquer momento
eu ia cair, mas os braços de Adam me impediriam.
- Goza para mim, princesa. Me dê isso -ele sussurra contra minha boca
enquanto eu apenas dava gemidos curtos contra ela. Eu estava
enlouquecendo!
Senti meu sexo se contrair e logo depois uma sensação incrível me dominar,
coloquei minha cabeça no ombro de Adam apertando com força e forcei a
cabeça na parede com os lábios entre abertos sentindo os seus no meu peito.
Senti a seda passar pela parte interna da minha coxa direita e olhei para ele
que ficou ereto quando terminou de me limpar, parecia que toda tensão do
meu corpo tinha desaparecido.
- Você quer saber o que eu realmente quero por você ter cedido primeiro? -
ele pergunta.
- Eu quero...
- Rubi! Tinker!
- Óbvio que sim, Nathaniel até ficou preocupado -ele diz e eu acabo
sorrindo.
- Como assim?
Apertei os lábios.
- Esqueça, vamos.
Fiz Adam me soltar e comecei a caminhar até onde os outros estavam, fui me
ajeitando até lá e vi todos parados na frente de uma porta branca.
Não poderíamos entrar todos de uma vez mas os irmãos Venturelli deram um
jeito nisso.
- Adam estava certo -Dylan diz e nós olhamos para o loiro, logo depois para
a mamãe.
- É um menino -Lisa diz e uma lágrima de felicidade desce pelo seu rosto.
Ficamos em choque! Todas nós pensamos que era uma menina e a gangue
sempre falou que seria um menino.
Sorrimos e logo depois fomos felicitar Dylan pelo garotão, o mais novo
Venturelli.
Ele sorriu para mim, não o sorriso malicioso de sempre era apenas um
sorriso sincero que eu vi pela primeira vez, e eu gostei muito de vê-lo.
×××
MEME! KSKSKSK.
Gira o dedinho bonito que o próximo capítulo já está aí ❤.
18° capítulo
Rubi
Emily pergunta olhando para mim e para Susie, nós concordamos e ela
continuou.
- Com quem vocês iriam para cama, Homem de ferro ou o Capitão America?
- Sim ué, o cara é lindo e... gostoso. Vocês já viram a bunda dele naquele
uniforme? -ela pergunta nos encarando.
- Ele é lindo, super inteligente e é sexy do jeito dele. Sem falar que o cara é
bem humorado -falo e Susie joga a cabeça pro lado.
A que ponto chegamos, estamos discutindo sobre homens que nem sabem
sobre nossa existência.
Bom, quem nunca?
- Eu ficaria grávida do Thor -Emy diz olhando para um ponto fixo viajando
nos pensamentos, certeza que está pensando no momento de convencer a
criança.
Agora que eu percebi que todos eles nos encaravam com uma interrogação
no rosto nos ouvindo conversar sobre transar com o Thor. Deus, quer
vergonha é essa que estou passando?
- Ou Leon -Dylan.
- Briguei com um cara na faculdade que tinha esse nome, eu o odeio -Dylan
diz calmo.
- Certo! Depois vemos isso. Vocês terão 5 meses para decidir -Nate diz e
pega o celular do bolso.
- Preciso ir, tenho uma coisa para fazer -Nathaniel se despede da gente e
corre para o elevador.
Lisa foi até as recepcionistas que encaravam os três estranho, elas estavam
quase babando.
- Alguém trás o babador ou um barco mesmo, acho que esse lugar vai
inundar -Emy diz e nós rimos tentando disfarçar.
- Prestar você não quer, Brooks -Susie diz e ela sorri de lado.
Lisa veio até nós e perguntou por Dylan, nós apontamos e ela franziu o
cenho.
Os meninos também perceberam e se juntaram a nós, depois de 5 minutos e
alguns resmungos de Dylan ele desligou o celular e encarou a Tinker e a
mim.
- Eles não estão mais em Nova York -Dylan diz e Adam balança a cabeça
confuso como eu.
- Mas tiveram que voltar para Paris antes do esperado, ou seja, vocês não
poderão apresentar o trabalho por inteiro -Dylan diz e Adam respira fundo.
- Bom, eu nada. Mas você querido irmão -ele aponta para Adam- Você vai
para Paris se encontrar com eles e fechar o negócio.
Adam fechou a cara parecendo irritado, mas eu fiquei um pouco feliz porque
isso significa que não terei de vê-lo por dias e talvez assim eu consiga
colocar minha cabeça no lugar e pensar em um jeito de faze-lo esquecer
sobre o acordo.
- Quantos dias ele ficará lá? -pergunto sorrindo, eu estava pior que o
coringa.
Nunca se sabe.
- Como eu disse, eles gostaram do seu trabalho e querem você lá, mais
especificamente Antony quer você lá.
- Tudo bem para você? -ele pergunta, do que diabos ele estava falando?
- Eu não perguntei isso, Tinker -Dylan diz e Adam ri baixo com a expressão
idiota dele.
- Só perguntei se está tudo bem para você viajar para Paris assim tão de
repente -Dylan diz.
- Que isso, é o trabalho dela -Adam diz e passa a mão pelo meu ombro- Ela
precisa fazer isso não é, princesa?
Sorri falso e confirmei. Dylan sorriu satisfeito e foi até Lisa nos deixando a
sós.
Adam se virou para mim colocando uma mexa do meu cabelo para trás e
encarou minha boca passando a língua nos próprios lábios. Suspirei antes
dele se afastar de mim caminhando atrás do irmão.
- Rubi! O elevador chegou -Emy diz, caminhei até ela passando as mãos pelo
meu vestido.
Dylan olhou para nós 5 e depois para Lisa abaixando sua cabeça para a
barriga da esposa.
- Lisa e eu vamos primeiro -ele diz e entra no elevador- Não quero vocês
apertando meu filho.
Olhei para trás e vi Adam com as costas na parede e eu na sua frente com o
corpo colado ao seu, minha bunda estava pressionada em um lugarzinho nada
bom.
Enquanto os outros também estavam apertados
Olhei para trás e ele parecia estar puto, sorri contente para ele que bufou.
- Vou bater na sua bunda com essa mesma força que você acabou de me
bater.
Senti sua mão na minha cintura e olhei para a multidão na nossa frente, todos
pareciam estar despreocupados olhando para a porta orando para chegarmos
no térreo de uma vez.
Olhei para cima e tinha uma câmera no canto esquerdo mas parecia estar
desligada. Esse prédio tem um péssimo serviço com câmeras.
A mão de Adam desceu devagar para baixo até entrar no meu vestido,
coloquei minha cabeça no seu ombro quando senti o aperto forte na minha
coxa me fazendo resmungar extremamente baixinho para evitar qualquer
alarde.
Peguei na sua mão e mordi o lábio inferior a tirando dali, Adam sorriu
contra meu cabelo e subiu a mão raspando os dedos de propósito no bico do
meu seio, maldito.
- Já consigo ouvir você gemendo contra a janela do hotel me sentindo dentro
de você enquanto olha para a famosa torre de Paris -fechei os olhos
lentamente sentindo os lábios no meu ouvido.
Eu não podia ver mas eu sabia que ele estava sorrindo, Adam soltou minha
cintura e eu abri os olhos tentando recuperar minha consciência.
Saio do elevador e ando até eles para me despedir, eu disse a Lua que iria
almoçar em casa. E eu preciso tomar um banho e arrumar minhas coisas para
essa tal viagem.
- Eu preciso ir, eu ligo para vocês depois? -pergunto olhando para Emy e
Susie que apenas acenaram.
Ok, isso foi um péssimo exemplo...mas deu para entender o meu ponto.
- Eu só vou ver você daqui a 5 dias já que vai viajar -Lisa diz e me abraça
forte.
- Não se preocupe maninho -Adam para ao nosso lado- Iremos voltar com os
Foster's.
- Vamos fazer de tudo para isso acontecer -digo e olho para Adam.
- Isso vai acontecer -ele olhou para mim.
Eu não sei quanto tempo ficamos nos encarando mas eu só desviei porque
ouvi alguém me chamando.
- Você lembra do conselho que eu te dei? -Lisa pergunta olhando para mim
- Ignore-o
Pisquei várias vezes, ela quer me ver grávida e com uma fome absurda? Lisa
sorriu e eu revirei os olhos.
×××
KKKKKKK goxto.
Beijão ❤.
19° capítulo
Rubi
Coloquei minha mala perto da porta e fui até a cozinha para me despedir de
Lua, ela estava apoiada na bancada bebendo água.
- Sim, Lua eu peguei. Não precisa perguntar, não sou mais criança -digo,
morrendo de vontade de checar se coloquei tudo isso mesmo.
Mas eu sei que coloquei, menos toalha porque deve ter no hotel. Só ocuparia
espaço na minha mala.
- Eu sei que sim, mas meu coração fica triste por não ter minha menina por
aqui -ela diz e uma lágrima desce pelo seu rosto.
- Oh, Lua. São apenas 5 dias. Passarão rapidinho -digo e ela concorda agora
sorrindo- O que você gostaria de presente?
- Um francês, por favor -ela fala me fazendo entre abrir os lábios, mas que
safadinha!
- Subornei o porteiro.
Adam passou por mim sem meu consentimento e eu resmunguei de raiva, ele
andou até a minha sala de estar analisando tudo, o que essa criatura está
fazendo aqui?
- Certo, uma pequena mudança de planos -ele se vira para mim- Meu jatinho
está com um probleminha no motor, Peter está usando o dele, o do Dylan...eu
não consigo contatá-lo.
- Nate?
- Nate não me empresta nada, ele acha que eu vou perder -Adam revira os
olhos- Como se eu fosse perder um avião.
- Então...
- Droga, onde foi que eu deixei -debocho e ele me mostra o dedo do meio,
bati da sua mão com um sorriso.
- Certo, nós não temos tempo para alugar nada agora. Precisamos ir para
Paris.
- Primeira classe é ótima -dei de ombros, ele acena dizendo que já tinha
comprados as passagens online. Me contou também que era no mesmo
horário que iríamos sair no jatinho dele, 13:00 da tarde.
A voz de Lua apareceu na sala e logo sua silhueta se fez na nossa frente, ela
encarou Adam e levantou as duas sobrancelhas.
- Ah não, pode me chamar de Lua -ela diz e ele pega na sua mão.
- É um prazer, Lua.
- Sou Adam Venturelli, trabalho com ela -ele diz e aponta para mim.
Meu Deus!
- É por ele sua paixonite? -ela pergunta e eu arregalo os olhos.
- Lua! -repreendo-a.
- Não tem paixonite nenhuma, e Lua esqueça isso, ok? Aquilo não tem
importância -digo e ela parece entender.
Mas não entendeu, ela piscou para mim várias vezes e eu levei a mão até a
testa. Eu não devia ter falando aquilo.
Ele vai na direção de Adam e cheira sua perna por alguns segundos como se
fizesse de difícil, mas logo depois balança o rabo parecendo contente, que
porra é essa?
- E ai, carinha?
Adam passou a mão na sua cabeça e ele foi se deitando no chão abrindo as
pernas para ele fazer carinho na sua barriga branca.
Ele pegou na coleira de Mops procurando por seu nome e logo depois sorriu
quando achou.
Adam abraça Lua dando dois beijos na sua bochecha e eu reviro os olhos
vendo ela mostrar o polegar para mim como se aprovasse, ele anda até mim
e aponta para fora.
Fui até Lua dando um último abraço nela e voltei para a porta onde a Tinker
me espera, Mops latiu para nós dois e se sentou na nossa frente.
- Vou cuidar da sua mamãe, Mops. Prometo que ela vai voltar com mais bom
humor -ele pisca para o meu cachorro e depois me encara com um sorriso
cafajeste.
Bati no seu peito e ele riu ainda mais, peguei minha mala e saímos do meu
apartamento andando lado a lado até o elevador.
Adam pegou a mala da minha mão dizendo que iria leva-la, não demorou
muito e chegamos na portaria, olhei para o porteiro com um olhar acusador e
o mesmo engoliu em seco, Adam apenas sorriu de lado.
Entramos no carro de Adam que era um Audi A8, já percebi que essa é sua
marca preferida de carros, e e ele colocou a minha mala no porta-malas
enquanto eu me sentava no banco do passageiro.
(...)
Fizemos o check in sem problemas e eu liguei para o meu coroa para avisa-
lo que daqui a pouco eu iria embarcar.
-5
- Adam?
- Infelizmente.
Ele riu.
- Ou felizmente.
- Se cuide por favor, me ligue assim que por os pés em Paris, e não esqueça
a camisinha, ok? -arregalei os olhos- Você sabe como isso é importante não
só para previnir filhos mas também qualquer doenç...
- Princesa.
Ouvi a voz de Adam e me virei, ele apontou para o telão que tinha no centro
do aeroporto e faltava 15 minutos para embarcamos, ele fez um movimento
com a cabeça me chamando e eu andei até ele.
- Descanse na viagem, quando chegarmos lá vamos ter uma reunião -ele diz.
- Não, meu pai me jogou um investidor de última hora. Não se preocupe não
será nada formal, será no salão do hotel e só se preocupe em colocar um
vestido e decorar o nome do investidor.
Ele sorriu falso e pegou as duas malas do chão, Adam saiu na minha frente e
eu quase corro para alcança-lo, passamos por uma mulher e eu dei nossas
passagens e os documentos necessários que estavam todos comigo.
Ela despachou nossas malas e entramos no avião, a primeira classe estava
praticamente vazia e só tinha um casal no final e outro casal de meia idade
da parte da frente, Adam e eu ficamos bem no meio e eu sentei na janela.
- Meus fones de ouvido -digo e ele me encara- Merda! Não estou achando.
Ninguém merece.
- Se você quiser podemos dividir o meu -ele diz e tira um fone branco da
calça jeans.
- Ok...
O encaro com os olhos brilhando de curiosidade, o que será que Adam gosta
de escutar?
- Curiosa? -pergunta.
Adam sorriu, e eu vi pela segunda vez o sorriso sincero nos seus lábios.
Eu adoro esse sorriso.
Pego um lado do fone e encaixo no meu ouvido, ele faz mesmo ainda olhando
para a tela.
A música chega até os meu ouvidos e eu encaro Adam surpresa, ele balançou
a cabeça e sorriu.
Estava tocando Locked Out Of Heaven, essa música é muito boa. Ele
começou a cantar baixinho e eu comecei a rir do seu jeito, ele fechou os
olhos e colocou a mão no peito
Ele abriu os olhos e piscou para mim antes de continuar a cantar, eu estava
com um sorriso patético no rosto.
Ele me encarou novamente e seus olhos azuis analisaram todo meu rosto, ele
se aproximou de mim e por impulso eu fiz o mesmo.
Ele parou de cantar mas música ainda tocava nos nossos ouvidos.
- Com licença.
Olhei para cima e Adam abriu os olhos, a mesma aeromoça estava de pé nos
encarando com um sorriso mais falso que eu já vi.
Ela sussurra a última parte e sai, mas antes aperta o ombro de Adam com
suas unhas falsas pintadas também de vermelho.
Oferecida.
Quer dizer...ah foda-se, já estragou o clima de qualquer maneira.
- Oi.
- Ok, desculpa.
×××
Beijos, baby ❤.
20° capítulo
Adam
Mas ela parecia tão calma, tão angelical. Abaixei o olhos para seu busto e vi
a blusa de seda bagunçada por conta dela se mexer as vezes, o sutiã um
pouco torto sustentando os seios que estavam nas minhas mãos horas atrás, e
eu não via a hora de te-los de novo.
Céus.
Eu preciso de um terapeuta.
A aeromoça que deu em cima de mim a viagem inteira para ao meu lado e
diz que daqui a dez minutos vamos pousar, eu apenas aceno e ela vai embora
cabisbaixa.
Eu preciso acordá-la.
Apoio meu cotovelo no alto da poltrona e levo meu dedo indicador até a
ponta do seu nariz dando três toques de leve, ela franze o mesmo e eu sorrio
travesso.
Meu lado provocador me diz para dar um tapinha na sua testa que
provavelmente ela acordaria em um sobressalto e eu iria rir da sua cara
irritada, mas o meu lado sensato diz que não era uma boa ideia, ela poderia
socar minhas bolas.
- Princesa.
A chamo e ela abre os olhos devagar, olha para frente percebendo onde está
e devagar ela vira o rosto, seus olhos castanhos pousam nos meus e um
sorriso sem mostrar os dentes se abre, mas libera suas covinhas.
- Eu acordei e vi você babando ao meu lado -ela ri- Não achei nada para
fazer por um tempo e depois dormir de novo.
- Por um tempo?
A voz do piloto apareceu dizendo que faltava cinco minutos para estarmos
em terra novamente.
Não demorou muito e seus olhos chegaram onde eu queria, ela arregalou os
olhos e depois fez uma careta engraçada.
Falei com ele em francês nos identificando, o motorista que parecia ter pelo
menos uns 30 anos pegou nossas malas e falou com Rubi que respondeu em
francês.
- Tem muita coisa sobre mim que você não sabe -ela diz e sai em direção a
saída.
Sorri de lado e a segui, ainda bem que ela foi na frente assim posso analisar
sua bunda perfeita dentro dessa calça jeans.
- Adam!
- Pullman Paris Tour Eiffel? -o motorista pergunta se era mesmo esse nome
do hotel.
- oui, s'il vous plait -Eu e ela falamos ao mesmo tempo confirmando.
Entramos no hotel e fomos até a recepção, não deu tempo de fazer reserva
antes já que essa viagem foi de última hora.
Entreguei uma chave a ela que tirava o celular do bolso e discava algo antes
de levar ao ouvido, dei uma gorjeta ao homem vendo-a entrar no quarto.
Olhei para frente mexendo na minha chave e depois olhei a porta do quarto
dela semi aberta.
A torre bem na sua frente com toda aquelas luzes que a deixam atrativa e
encantadora.
Rubi me olha por cima do ombro com os braços ainda apoiados na varanda,
me aproximei mais.
- O tempo que temos para descer -parei atrás dela que ficou mais ereta, olhei
para o seu ombro antes de me inclinar um pouco beijando a pele do seu
pescoço, escutei o delicioso suspiro- Não demore.
Peguei minha mala e tirei um terno preto com a camisa social branca e deixei
em cima da cama, tomei uma ducha refrescante saindo do banheiro enrolado
na toalha minutos depois.
Passei meu perfume habitual e deslizei o terno sobre meus ombros, balancei
meus cabelos e estava pronto.
A porta foi aberta e vi seu corpo coberto por um vestido preto de alça que
modelava sua cintura, um decote perfeito na frente onde seus seios se
encaixaram perfeitamente, um sapato alto que fudeu com a minha cabeça.
Seu rosto estava com uma maquiagem fraca mas na boca um vermelho escuro
que parecia estar gritando meu nome.
- Você está fodidamente perfeita -digo, quase sussurrando e ela sorri de lado.
- Obrigada eu acho, você está perfeito também -ela diz apertando uma
pequena bolsa entre seus dedos.
- Fodidamente.
Esqueci completamente.
Chegamos até ele que sorriu em cumprimento, seu olhar se sustentou mais do
que devia em Rubi e isso me incomodou. Mas claro, disfarço.
Matt estava no auge dos 40 anos e parecia não querer tirar os olhos da minha
sócia.
- Então, Matt -digo e ele finalmente me olha mas não demora muito para ele
focar nela novamente.
Talvez ter trago a princesa não tenha sido uma boa ideia. Matt comandava as
empresas na França mas era Americano então ele podia nos entender muito
bem.
Rubi estava sentada ao meu lado e colocou a mão na minha perna quando viu
que eu estava me alterando.
Olhei para ela que sorriu meigo e tudo pareceu se suavizar, que merda é
essa?
Voltei a falar com ele que agora estava prestando atenção mas tinha certa
irritação no rosto. Pedimos o jantar e vi a mulher aqui do meu lado devorar
com vontade o que pediu.
Depois de vários minutos eu estava quase para dobrá-lo a aceitar ser nosso
sócio quando o celular de Rubi tocou, ela pediu licença e andou até o bar.
- Curiosidade.
Não tenho nada com Rubi a não ser o acordo que eu felizmente ganhei, mas
não quero esse cara perto dela.
Me levanto e abotoou meu terno, não quero mandar meu novo cliente pro
inferno.
- Nos vemos em breve, Sr. Drumon -digo e ele assente- Vou atrás da minha
garota agora.
Ele me encarou e fez um cara de irritação, eu adorei aquilo.
Andei até bar e não a vi em lugar nenhum, varri meus olhos pelo lugar e não
a achei. Fui até o barman e perguntei por ela, ele me disse que Rubi bebeu 5
copos de margaritas e ainda levou dois antes de ir embora.
Ela cheirava a álcool e seus olhos estavam inchados o que significa que ela
andou chorando, como isso aconteceu? Só a deixei por 20 minutos.
- O que houve? -pergunto e ela vira um copo cheio bebendo tudo de uma vez.
Percebi que seu vestido estava encharcado, mas o cheiro era de whisky não
de margaritas, quantas bebidas essa mulher bebeu?
- Você não vai acreditar -ela disse rindo e jogou o copo vazio no jardim
quase caindo com a ação.
Peguei no seu braço para firma-la e ela me olhou, seus olhos transmitem
tristeza e era idêntico ao olhar que ela tinha quando a vi chorando na
empresa.
- Ela me ligou de novo -ela riu sem humor- Me culpou de novo e ainda disse
que sou uma mulher sem coração.
- Minha doce mãe -diz e se solta do meu braço bebendo o outro copo e
jogando no chão.
Então esse era motivo, foi por sua mãe que a vi chorando igual bebê?
Ela começa a caminhar irritada e chutando a grama com aqueles saltos
enormes.
- Você acha que eu não tenho coração? -ela pergunta se virando para me
encarar.
- O que?
- Eu sempre soube que nunca seria feliz com ele -ela encostou a cabeça no
meu peito- Ele nunca conseguiu me satisfazer quem dirá me fazer feliz -ela ri
histericamente.
- Não entendi -digo e ele coloca o dedo no próprio lábio fazendo um "shiu".
Deus.
Rubi chega perto do meu ouvido e sussurra essa maldita frase que eu me
neguei a acreditar:
- Já chega, vamos pro seu quarto, bêbada mentirosa -Pego na sua mão e ela
rapidamente se solta.
- É a verdade, Adam foi o primeiro homem que me fez gozar como uma
mulher de verdade, aquele babaca convencido!
A encarei procurando verdade naquilo, eu sei que ela está bêbada mas não
dizem que quando uma pessoa está bêbada ela é mais sincera?
Pego na sua mão e a puxo para dentro do hotel, ela não diz nada mas as
vezes ri sozinha. Será que tinha maconha na bebida?
Entrei no elevador com os seus saltos na minha mão esquerda e mão dela na
direita.
Olhei de relance e vi que ela não carregava a bolsa que tinha quando saímos
daqui.
- Você não vai ficar bonito de bolsa -ela diz e eu reviro os olhos.
- A chave do seu quarto estava na sua bolsa? -pergunto e ela olha para a
porta do quarto.
- Sim, eu acho -ela me encara e levanta as duas sobrancelhas- Você acha que
eu perdi? Ai meu Deus! Você está encrencado... não! Quer dizer, eu estou.
Ela passa a mão no meu cabelo parecendo contente, como se quisesse fazer
isso a dias. Olhei para seu vestido que cheirava a álcool e suspirei.
- Sim?
Sorri.
- Inúmeras vezes.
Ri alto.
Ela parece tão triste mas contente ao mesmo tempo, essa é mulher é a minha
perdição.
Não é a primeira vez que estou vendo ela sem qualquer tipo de roupa a não
ser pela lingerie, mas ainda não deixa de ser inédito para mim.
Passei os dedos pela sua barriga e subi até a entrada dos seus seios,
Caralho! Se controla.
- Gosto quando você me toca -ela diz e eu mordo o lábio inferior com força.
- Eu sei que sim, mas não vou fazer isso -ela faz biquinho- Não hoje.
Seu sutiã também estava molhado e eu sabia que teria de tira-lo. Fui até a
minha mala e peguei uma camisa minha que a deixe confortável, olhei para
trás e ela parecia estar contando os dedos.
- Já tive vontade de fazer isso, deve ser bom -ela fez "shiu" com o dedo na
boca mais um vez- Não conta para ninguém.
Levei meus dedos até onde o sutiã se fechava e com sutileza eu desfiz
aqueles mini grampinhos, o mesmo foi descendo pelo seu corpo e as alças
foram caindo sobre seus ombros, ela se virou para mim e seus olhos estavam
mais fechados do que abertos.
Não olha! Não olha! Não olha! Ela está vulnerável porra!
Respirei fundo e puxei a peça pela alça sem olhar diretamente para lá, tirei
de uma vez e soltei a respiração que nem sabia que estava segurando.
Peguei a minha camisa e pedi para ela levantar os braços e ela o fez ainda de
olhos quase que fechados, aí foi inevitável.
Saio de perto dela tirando meu terno, olhei pro quarto e tirei suas roupas do
chão colocando na poltrona, fui para o banheiro para tomar uma ducha fria
para tentar acalmar meu pau e me toquei pensando nela, naquelas pernas
torneadas, naquela calcinha preta que eu adoraria tirar, os seios balançando
quando eu a foder com força e os cabelos que serão bagunçados por mim.
Eu preciso transar com ela, preciso saciar essa vontade que me deixa um
maluco desesperado.
×××
Ainda bem que existe uma Tinker Bell pronta para soltar o pozinho
mágico hahaha alguém taca uma bíblia na minha cara? Obrigada.
Rubi
Sorri de lado, estou com ressaca mas até assim minha mente trabalha rápido
para fugir de um possível psicopata.
Parei de sorrir.
Olhei por todo quarto e suspirei vendo um terno pendurado atrás da porta e
minhas roupas sobre a poltrona.
Adam.
Olhei para a cômoda que estava ao meu lado e vi uma pílula e um copo de
água, perto da pílula tinha um cartãozinho escrito: "Toma essa merda para
não ficar com dor de cabeça" e da água "Sabe o que é isso? É, água, devia
ter bebido um pouco ontem"
Ele me encara e anda até o outro lado do quarto tirando algo do bolso. Adam
vestia uma calça jeans surrada e uma camisa cinza parecida com a que estou
usando e por cima uma jaqueta de couro marrom.
- Você perdeu a sua ontem junto com a bolsa -ele diz e caminha de volta para
o meio do quarto.
Eu bebi tanto assim que perdi a minha bolsa? Bom, pelo visto sim já que não
me lembro de nada depois de desligar o telefone na cara da minha mãe...de
novo.
- Óbvio, princesa.
- Você...hum...tirou minhas roupinhas? -eu sei que é uma pergunta idiota mas
eu quero ouvir ele falar.
- Tirei, e seu sutiã também estava sujo de bebida então tive que tirá-lo.
Encarei meus seios por cima da camisa e percebi que estava sem a lingerie.
- A gente não...
- Explica, Adam.
- Você me disse uma coisa ontem que me deixou intrigado -ele diz e um fio
de desespero aparece no meu estômago.
- Nada demais, mas confessou que gosta quando eu te chamo de princesa -ele
sorriu de lado.
- Não.
- Diga! Diga! Se não o fizer, vou mandar as fotos que tirei de você bêbada
para o seu pai -ele diz e eu abro a boca puta- Tem uma que você estava de
boca aberta...
- Vai se foder! -fui para cima dele querendo bater no rostinho bonito e o filha
da mãe deu um gritinho correndo para longe.
- ADAM! -fiquei de joelhos na cama e ele parou de fingir que estava prestes
a carregar a televisão para jogar em mim, babaca- APAGA.
Ele riu alto e eu apertei o maxilar quando percebi que ele estava mentindo.
Aí, eu odeio esse cara...quando não estou desejando ele, claro.
- Você é tão idiota que me dá alergia -falei passando as mãos nos meus
braços.
- Princesa....eu nunca tinha notado antes, mas que coxas lindas, vou adorar
tê-las perto do meu rosto -ele diz e eu arregalo os olhos pegando o
travesseiro jogando na sua direção.
Meu Deus.
Quando consegui dei um sorriso largo e de repente eu senti uma mão no meu
braço e em um movimento só eu já estou em pé de frente com os olhos azuis
mais bonitos que eu já vi.
Minha nossa.
Ele me encarava com a testa franzida e posso jurar que parecia pensar em
algo super importante. Esse cara é bipolar, certeza!
Franzo o cenho.
Que pergunta é essa?
Por que isso agora?
- Modo de dizer...
Ele sorriu e eu acabei me amaldiçoando por não saber mentir direito, será
que existe um curso por aí? Eu faria.
- Todo o sexo que você fez não vale, você é basicamente virgem -ele fala e
recebe um tapa na cabeça loira, Adam fez um bico irritado que era...lindo.
Mas voltando ao assunto...
- Por favor! Acabe com a minha dúvida e eu jamais falarei disso novamente
-seu corpo colou no meu e ele soltou minhas bochechas descendo a mão pelo
meu ombro.
"Obrigada, você é muito gentil" Meu Deus, eu não acredito que perguntei
aquilo.
- O que mais eu falei para você ontem? -pergunto e ele aperta os lábios.
Tudo e um mais um pouco pelo visto, eu não acredito que contei meus
segredos a Adam.
- Só isso? -pergunto e ele confirma balançando a cabeça mas logo depois ele
nega.
- O que mais eu disse? -pergunto nervosa.
- Sobre o noivo de pau pequeno -ele diz e um sorriso de lado surge nos seus
lábios.
- Meu Deus...
- Desculpa, é que eu não consigo entender como um cara passou 5 anos com
você e nunca conseguiu te satisfazer, não tem sentindo! -ele parecia
inconformado.
- Você fica mais divertida quando bebe -ele diz parando de rir- Mas eu
prefiro você assim.
- Prefiro você atenta, gosto de ver como você reage a mim e detesta isso -ele
tocou no início da camisa onde tinha os botões e os dedos deslizam de um
jeito sedutor pela minha pele me fazendo puxar a respiração lentamente.
Meus seios estavam espremidos no seu corpo e sua outra mão apertava
minha cintura.
Ele está certo, eu detesto mas não consigo evitar. Porém, eu estava com
vergonha e com raiva, passei um belo de um mico e ainda contei o que eu
nunca tinha contado para ninguém.
- Espero que tenha se divertido porque isso nunca mais vai acontecer -digo
me referindo ao porre dando uma batidinha nas suas costas como se
fossemos camaradas.
Me soltei dos seus braços e ouvi ele resmungar irritado pela ação.
Assim que saio dou uns três passos para abrir a porta do meu quarto, passei
pela mesma e joguei minhas coisas no chão mesmo deixando a chave na
mesinha.
Vou para o banheiro escovando os dentes e tomo uma ducha relaxante, visto
um vestido formal azul escuro que fica colado nos meus quadris e busto, um
salto também azul escuro quase que preto e um maquiagem leve com um
batom de tom fraco.
Deixei meu cabelo solto e pus meu relógio de pulso, peguei os documentos
necessários para a reunião e saio do meu quarto uma nova pessoa.
- Rubi?
Terminei de trancar a porta e fui até ele que me recebeu com um abraço.
- Ele já são meus -ele repete o que eu lhe disse uma vez e eu sorrio de lado.
- Uau você está ótimo -digo, já que fazem mais de duas semanas que não o
vejo.
- Você também...está linda -ele diz me olhando de cima abaixo e depois seus
olhos focam nos meus.
Sorri sem graça e ouvimos a porta de Adam ser aberta, ele saiu com um
terno azul escuro quase da mesma cor do meu vestido e me encara depois de
encarar Nick.
Adam não aceitou a mão de Nick que parecia irritado pelo não gesto.
Ele sorriu falso vendo o loiro fechar a porta do quarto e parar ao meu lado.
- Sim, irei guardar essas coisas e descer -ele diz e Adam olha no relógio do
seu pulso entediado.
- Ok, vejo você lá -digo e ele acena.
- Você quer jantar comigo hoje? -ele pergunta sorrindo- Como amigos.
Não foi eu quem respondi e sim o loiro ao meu lado que ainda estava de
costas para ele, encarei Adam e ele me encarou com um olhar patético
achando que podia opinar na minha saída ou falta dela.
Sorrio e dou um tchauzinho mas o filha da puta consegue colocar a mão entre
o espaço vazio das portas e elas se abrem novamente, ele entra e eu bufo
irritada.
Quem esse idiota pensa que é para dizer com quem eu devo ou não jantar?
Coitado, precisa da dose da realidade.
- Eu não gosto desse cara -ele diz e eu cruzo os braços me encostando na
parede.
- Você também é.
- Isso é diferente...
- Não quero que faça isso novamente, não quero que fale por mim e negue
convites que não são para você. Se controla, você não é o meu dono. E se
fosse meu namorado, eu tinha terminado com você agora mesmo.
- Deus me livre -ele me olhou petrificado- Está para nascer o dia que eu vou
namorar, Rubi. Não viaja.
- Ótimo, temos um acordo. Isso não significa que eu não possa ver outros
homens.
- Ele está usando você para nós atingir, não quero que você sofra por um
merda -ele sussurra, estranhamente preocupado.
Suspirei.
- Além do mais, não serei tão estúpida de cometer o mesmo erro duas vezes.
Pode acreditar.
×××
Beijo, babys ❤.
22° capítulo
Rubi
Analisei minha saia de couro preto e ajeitei a manga da minha blusa de seda
cor creme, coloquei os saltos bege e peguei minha bolsa.
Pronto.
Olhei para a cômoda do quarto e balancei a cabeça de leve.
Saio do quarto as 20:53 e ando até o elevador para me encontrar com Nick
no bar, claro que isso não era um encontro, estávamos saindo somente como
colegas. Tentamos ter um encontro antes e as coisas foram por água abaixo,
poderíamos ser somente amigos agora.
Procurei meu celular na bolsa para avisar que estava indo e suspirei sabendo
que ele não estava lá.
Bufei irritada vendo as portas do elevador se abrindo e ignorei dando meia
volta para meu quarto novamente.
Adam estava com as duas mãos apoiadas na minha porta mas virou-se para
mim percebendo minha presença.
Adam vestia uma calça moletom escura e uma camisa branca lisa, seus
cabelos estavam bagunçados como se tivesse passado a mão várias vezes.
Ele definitivamente fez isso.
- Pode ser depois? -olhei para a minha bolsa novamente para pegar a chave-
Estou quase atrasada, e ainda esqueci meu celular.
Andei até a minha porta fazendo Adam ir para trás de mim com os braços
cruzados, passei o cartão no aparelho da porta que de vermelho mudou para
verde indicando que a porta estava aberta.
Certo, ele não vai soltar então eu solto. Me afastei da porta e Adam a abriu
por completo. Vi de relance meu celular que estava na cômoda carregando.
Andei até o meio do quarto e ele entrou no mesmo fechando a porta com a
força mais do que necessária, o encarei com uma sobrancelha levantada
vendo sua expressão descontente.
- O que você quer? -pergunto e ele anda na minha direção a passos normais,
mas não pude evitar o tiquinho de nervosismo que apareceu.
Seus pés param na minha frente e eu olho para o seu rosto perto do meu, foi
impossível não encarar seus lábios quando ele os aperta sutilmente. Quando
subo meus olhos para os seus vejo-o concentrado no meu busto subindo
lentamente para o meu pescoço.
- Não adiantaria.
- 20 segundos.
- 10 segundos...
- Vai o que?
Não consegui terminar porque Adam avançou para cima de mim com
ferocidade, seus lábios macios se encaixaram nos meus perfeitamente e não
demorou muito para a sua língua invadir minha boca com uma necessidade
tão grande que assustou nós dois.
Tentei afasta-lo mas apenas o puxei para mim ao invés disso, cedi ao beijo
que molhou minha calcinha em questão de segundos com a ajuda do seu
corpo se esfregando contra o meu.
- Você...não pode fazer isso -reclamei, mas se ele sair daí, eu vou puxar o
seu cabelo loiro.
Seus dedos foram para o zíper lateral da minha saia e senti quando ele foi
deslizando o mesmo até chegar no final. Olhei para frente vendo a Torre
Eiffel e sorri ofegante com as mãos na janela.
- Você sabe que eu posso -ele diz com a voz rouca- Mas se você me mandar
embora agora, eu vou. E você nem vai precisar me ver saindo.
Adam passou a mão na parte interna da minha coxa afastando minhas pernas
e eu joguei a cabeça para o lado quando sua boca foi para meu pescoço me
dando leves mordidas.
- Vai me mandar embora, Rubi? -mordi o lábio sentindo seus dedos tocarem
a barra da minha saia.
- Adam... -limpei a garganta quando senti seus dedos sobre a minha calcinha
massageando, seu sorriso contra meu pescoço apareceu.
- Não, não vou -sussurrei totalmente excitada- Não quero que vá.
Tomei um leve susto quando ele puxou a barra da minha saia para baixo a
fazendo cair nos meus pés, ele a tirou de perto e depois tocou na barra da
minha blusa puxando para cima quando levantei os braços.
Senti seus lábios no meu pescoço descendo pelo meu ombro até seus dedos
tocarem no fecho do meu sutiã tirando-o, a peça caiu do meu corpo e eu
apoiei minha testa na janela ofegante quando senti suas mãos apertando meus
seios com força.
Coloquei minhas mãos sobre as suas mas a direta saiu de onde estava, gemi
sentindo meu nariz na janela quando seus dedos entram na minha calcinha me
tocando suavemente.
Adam sorriu de lado e eu me segurei nele quando fui tirada do chão com
rapidez, apertei seu quadril com as pernas e o vi passando a língua nos
lábios olhando para o meu rosto sem desviar.
Olhei para a tela como Adam vendo o nome estampado, encarei o loiro que
tocou na cintura da calça moletom a levando para baixo.
- Dispense-o.
Mordi o lábio quando ele puxou a cueca boxer preta para baixo me deixando
vê-lo por inteiro e puta.que.pariu. Eu sei que fiz uma cara de surpresa
porque ele riu. Aquilo não era de Deus.
Meu corpo se arqueia e eu tiro o celular do ouvido depois que olho para
baixo sentindo ele sugar meu clitóris com força, mordo meu dedo e mexo
meu quadril de leve.
Merda.
Merda.
Merda.
Apertei o maxilar quando senti os dentes no pequeno ponto, olhei para Adam
irritada e ele sorriu de lado.
- Tudo bem, posso te contar da minha péssima vida amorosa depois -ele diz
e eu ri baixo por pouco segundos antes de resmungar sentindo a língua entrar
em mim.
- Tchau, tchau.
- Adeus.
- Idiota... -sussurrei antes dele beijar meu queixo subindo para os lábios.
- Você queria saber o que eu queria por ter ganhado o acordo -Falou se
afastando um pouco pegando a calça moletom do chão, de dentro tirou a
carteira onde tinha um preservativo.
Ele o abriu com os dedos e eu olhei para o seu pau novamente não podendo
perder a chance, passei a língua nos lábios quando ele veio para cima de
mim novamente agarrando meu pulso direito pondo ao lado da minha cabeça.
- Eu quero você seja minha por duas semanas, do mesmo jeito que eu serei
seu -ele diz sua proposta.
Encarei seu peito e depois olhei para os seus olhos quando ele se toca
guiando seu membro até o meu sexo, engoli em seco com o peito subindo e
descendo.
- Sim.
- Eu quero ouvir você -ele toca na minha boca me fazendo soltar o lábio e eu
olho nos seus olhos quando ele entra com mais força me fazendo gemer mais
alto.
Coloquei minha mão desocupada no seu braço e subi lentamente até suas
costas, ouço Adam gemer baixinho forçando os dedos contra a minha coxa
subindo pela lateral do meu corpo até agarrar um seio.
Meu corpo inteiro estava sensível, faziam meses e meses que nenhum homem
havia me tocado de verdade. Adam é o primeiro desde o mentidor, e esse
cafajeste está me fazendo sentir coisas que ninguém nunca me fez sentir.
De novo, eu estava ferrada.
- Adam... -gemi apertando os lençóis com força que acho que machuquei
minha mão.
Gemi forçando a cabeça para trás e ele não parou de jeito nenhum, eu sabia
que ele queria me fazer gozar outra vez. Adam largou minhas pernas as
abrindo novamente e se aproximou de mim colocando ambas na sua cintura.
- Você vai gozar de novo -ele sussurra colando a testa na minha e seus lábios
roçam nos meus de leve.
Sinto sua mão descendo pelo meu corpo e meu corpo se arqueia uma última
vez quando ele toca meu clitóris pressionando o dedo com força.
- Vamos, princesa -ele diz baixo mexendo o indicador mais rápido- Goze
para mim de novo, por favor.
Eu não aguentei ficar quieta, o gemido que saiu da minha boca foi bem alto
mas ele o abafou quando me beijou rapidamente, senti meu corpo inteiro
tremer enquanto eu gozava mais uma vez.
Adam deu um gemido contido contra meus lábios e segundos depois ele
também gozou apertando minhas coxas com força me fazendo dar um
resmungo de dor que sumiu nos segundos seguintes.
Eu não tinha forças nem para sorrir agora, Adam se inclinou me dando um
beijo casto nos lábios e eu suspirei quando ele saiu de dentro de mim
lentamente.
Ele tirou a camisinha de joelhos e fez um nó jogando em uma lixeira perto da
cama.
Ele se deitou ao meu lado em seguida e me puxou para perto até que eu me
aninhei no seu corpo pondo minha cabeça no seu peito.
- Adam?
- Sim?
- Isso foi bom, muito bom -digo, o corpo cansado do melhor sexo que já tive,
obviamente.
- Eu sei, mas sei que está exausta então descanse. Preciso das suas energias
amanhã.
Sorri de lado.
A Tinker Bell atentada não era a única que estava completamente ferrada.
×××
AAAAA amo ver meus personagens ferrados, aquece meu coração 😏❤.
Quem está relendo, deve estar surpreso porque a primeira vez deles foi
exatamente assim mas eu precisei adicionar mais detalhes e deixei
melhorzinho skksks
É isso, babys.
Gira o dedinho ❤ .
23° capítulo
Rubi
- Oh meu Deus! -sussurrei antes de morder o lábio sabendo que meu corpo
inteiro estava estremecendo.
O bico dos meus seios estavam rígidos e eu levei minhas mãos até eles os
apertando gentilmente. As mãos grande apertam minhas coxas me puxando
mais um pouco para perto e eu gemi baixo sentindo ele mexer a cabeça de
um lado para o outro instigando meu sexo.
Encarei ele com uma sobrancelha erguida e ofegante, seu cabelo loiro tinha
fios bagunçados o deixando extremamente sexy.
- Você... dá muito bom dias assim? -perguntei com a voz entrecortada e ele
sorriu.
- Tudo bem, bom dia -falei apoiando minhas pernas no seu quadril quando
ele as guiou até lá.
- Porra -ele olhou em meus olhos descendo pelo meu pescoço- Você fica
linda quando acorda.
Fiz uma careta e cobri meu rosto com as mãos, ouvi ele dar uma risada
gostosa. Que foi parando quando eu o empurrei para o lado, mas o lado
errado, Adam soltou um palavrão quando ele caiu da cama se batendo todo
até atingir o chão.
- Porra, Rubi! -comecei a rir da sua expressão quando ele tentou levantar se
apoiando na cômoda, ele parecia um velhinho de 80 anos.
- Não fode.
- Diga, diga, diga. Se não o fizer eu vou contar para as meninas que você tem
pau pequeno -ele abriu a boca chocado com a minha mentira. Uma puta
mentira!
- É... -dei de ombros fazendo pouco caso e ele grunhiu alguma coisa antes de
vir para cima de mim agarrando minhas pernas, ainda soltei uma risada
quando ele me colocou de lado na cama deixando um lado da minha nádega
exposta.
- Você...se você me bater na minha bunda...eu juro que vou cortar seu
amiguinho mágico!
Ele sorriu apoiando os joelhos na cama mantendo uma coxa minha no meio
deles, Adam afastou minha perna da outra lentamente ficando com a
passagem livre para me penetrar. O mesmo se aproximou mais de mim
apoiando uma mão ao lada da minha cabeça e eu fechei os olhos suspirando
quando senti seus lábios na minha bochecha.
- Nua?
- Entregue.
O senti bem perto antes dele me penetrar um pouco, mordi o lábio com um
sorriso e ainda senti ele me ajeitando na posição de lado antes de colocar a
mão no meu rosto apertando minhas bochechas.
- Adam...
Adam engoliu em seco e passou a língua nos lábios saindo de dentro de mim
apenas para voltar de uma vez, mas ele não conseguiu fazer isso.
Um celular começou a tocar descontroladamente nos interrompendo.
- Adam, pode ser importante -digo, já que Dylan não ligou desde que
chegamos e ele sempre gosta de estar atualizado.
Me sentei na cama e peguei uma blusa sua que estava em cima da cadeira do
meu lado esquerdo, passei pelos meus braços e logo depois pela minha
cabeça enquanto Adam atendia o celular:
Me seguro para não rir da frustração da Tinker, eu sabia que Dylan estava
resmungando porque a cara de tédio de Adam era nítida.
- Eu estava ocupado sim, não sou você que vive no mundo das nuvens.
Ele sorriu para mim e eu senti minhas bochechas esquentarem, que porra é
essa?
A luz do sol batia em Adam o deixando tão glorioso, os olhos tão azuis
fazendo contraste com aquela barba por fazer que estava no meios das
minhas pernas ainda agora, os cabelos pareciam brilhar e os músculos tão
atrativos.
- Eu não fiz nada com ela, não sou um monstro -ele diz sorrindo de lado.
- Mas que merda! Ela está viva -ele aponta para mim- Olha quer saber, vou
dizer a verdade, a verdade é que ontem veio uma dupla de assassinos e me
perguntou assim "Adam, escolha, ou você morre, ou morre ela" bom...vocês
sabem quem eu escolhi, não é?!
Ele resmunga quando eu jogo o despertador na sua barriga que caiu em cima
da cama em seguida. Era para ter acertado no Adam Júnior, sou péssima de
mira pelo visto.
- Não estava falando com você, lutadora -ele diz e bufa, posso ouvir a voz
de Dylan.
Ele agarrou suas roupas e cobriu o corpo com elas já que estava pelado, eu
deveria até senti pena já que ele estava no corredor agora vazio, mas a porta
dele era logo ali.
- Eu sei! Nossa cara...você fez isso? -ele parecia emocionado do nada- Oh,
você é um ótimo irmão me comprando esses ingressos, é, cara, também te
amo.
Céus.
Olhei no relógio notando que já era 10:20, nossa reunião era as 10:30 em
uma sala específica aqui mesmo no hotel, de início íamos apresentar a ideia
básica do produto e mostrar os designers que fiz. Caso os agrade já teremos
metade das chances de nós virarmos sócios.
Peguei toda a papelada e saí do meu quarto em seguida, bati na porta de
Adam e não demorou muito até ele abrir.
Ele usava um terno de três peças da cor azul clara e uma gravata preta mas
não estava alinhada, ele parecia lutar com ela e eu prontamente o ajudei.
- Por que você está me olhando desse jeito? Vai mandar aqueles assassinos
virem atrás de mim? -pergunto e ele revira os olhos.
- Eu só ia dizer que você está incrível, santo Deus -ele diz e eu sorrio de
lado passando as mãos pelos seus ombros
- Obrigada, mas todos já sabem disso -falei dando uma batidinha no seu
rosto vendo sua expressão deliciosa de tédio, saio em seguida caminhando
para o elevador ouvindo seus passos atrás de mim.
Sorri de lado.
(...)
Adam estava de pé olhando algo no papel que estava em cima da mesa, ele
parecia bem confiante e nenhum pingo de nervosismo aparecia no seu rosto.
Já estávamos na sala esperando por eles, estava tudo pronto para começar a
reunião.
Coloquei as mãos na cintura respirando fundo, ele olhou para mim por
poucos segundos e depois para a porta
- Estou ouvindo barulhos de saltos -ele diz e caminha até parar ao meu lado-
Hora do show, princesa.
Na mesma hora a porta foi aberta e meus dedos apertaram minha cintura
mais forte, vamos lá, é um negócio importante.
O primeiro a passar pela porta foi Sebastian, o líder e o pai dos três, ele
vestia um terno Armani preto e seus cabelos super bem penteados, Sebastian
olhou para nós e semicerrou os olhos ao se sentar na cadeira que ficava na
ponta da mesa. Ele apenas acenou com a cabeça, acenei de volta.
Foi a vez de Carmen, ouvi os barulhos de saltos e logo sua silhueta perfeita
se fez presente, porra! A mulher era magnífica, o cabelo loiro caía sobre
seus ombros como uma cascata, os lábios rosados em um tom natural.
Olhei para Adam me segurando para não revirar os olhos, mas o mesmo não
me olhou por que estava focado olhando para a porta.
Entendi rapidamente.
Levei meus olhos até lá e engoli em seco meio paralisada, Antony Foster
estava de pé exalando todo o poder que ele tem, seu cabelo preto bagunçado
e os intensos olhos pretos pareciam me devorar viva, Antony ajeitou o terno
preto e encarou a Tinker pela primeira vez, ele piscou para Adam que travou
o maxilar fazendo Antony sorrir de lado.
- Bom, ambos tem nossa atenção. Mostre-nos o que vocês tem de melhor -a
voz de Sebastian ecoou na sala.
- Vamos começar.
Levantei o olhar e percebi que foi a primeira vez que Antony falou alguma
coisa desde que a reunião começou, seus olhos estavam focados em mim e
os braços em cima do peito.
Ele estava se referindo aos esboços que fiz sozinha a uma semana atrás,
Adam gostou então deixamos esses mesmos.
- Sim, esses eu fiz sozinha -respondi- Mas têm outros que minha equi...
- Você tem talento -ele me corta e suspira olhando para o pai- Muito talento.
- Obrigada, Sr. Foster -falei, recuperando seu olhar que subiu dos meus seios
até o meu rosto.
- Adam tem razão -Lorenzo diz e encara o pai- Faz tempo que não vejo uma
coisa dessas, pelo menos uns 4 anos.
- Guardada, Sr. Foster -Adam cruza os braços- Meu pai me disse uma vez
que você não usa modéstia em negócios de maneira tão recorrente.
- Não querem algo de quinta, não querem a incerteza e é por isso, Sr. Foster.
Que eu não uso minha modéstia nesse caso, por que vocês apreciam a falta
dela -os quatros o encaravam fixamente- E eu juro que não tenho paciência
para bancar o empresário submisso, vocês sabem que somos bons no que
fazemos, não desperdicem a chance de crescer mais, de progredir conosco,
porque no final -ele tirou as mãos na mesa- Nós vamos ser a maldita
empresa que vai encher seus bolsos de dinheiro.
Eu olhava para ele também, e tive que apertar meus dedos para não apertar
as pernas. Cacete!
Encarei a barba rala dele e depois os olhos azuis concentrados, vi ali uma
pessoa totalmente diferente da que eu conhecia, a postura imponente, a
confiança que pareceu ser dobrada, o olhar de uma águia pronta para atacar
sua presa, estou começando a entender porque ele sempre viajava mundo a
fora trazendo os melhores clientes para a empresa.
Sebastian olha para mim e depois semicerra os olhos virando o rosto para o
gráfico que fiz, quando ele encara os filhos novamente, os três apenas
acenam.
Ele saiu pela porta em seguida e Carmen se levantou jogando o cabelo loiro
para trás.
- Até daqui a dois dias -ela diz e sorri para Adam que sorri de volta
educado.
Lorenzo também se levantou e apertou nossas mãos sem falar nada, os dois
sairam porta a fora.
- Eu sempre acerto quando vejo alguém talentoso -ele diz e estica a mão para
pegar a minha, quando a tem, leva até os lábios dando um beijo calmo por
cima, sorri pequeno.
- Obrigada -sussurrei.
- Você é bem mais bonita pessoalmente -ele diz sussurrando e aperta minha
mão com um pouquinho mais de força, pisco algumas vezes e olho para as
duas juntas entre abrindo os lábios.
- Eu agradeço -falei.
Adam estava atrás de mim então pude senti seus dedos na minha saia me
puxando um pouquinho para trás, soltei a mão de Antony e fui para trás me
sentindo estranhamente tensa.
- Não agradeça, só estou falando os fatos -ele diz pondo as mãos dentro do
bolso novamente.
- Nos vemos daqui a dois dias? -Adam pergunta parando ao meu lado-
Certeza que você tem mais coisa para fazer agora, Sr. Foster.
- Tenho sim, Sr. Venturelli -Antony diz e olha para mim- Mal posso esperar
para o próximo encontro.
Ele se vira com um sorriso ainda no rosto e caminha para fora da sala.
Suspirei baixo e me virei de frente para ele que também se virou com um
sorrisão, Adam colocou uma mexa do meu cabelo para trás como sempre faz
e passou os dedos pela maçã do meu rosto.
×××
Beijo, babys ❤.
24° capítulo
Rubi
- Você me acha linda... -sussurrei e ele fez outra cara de tédio. Ri baixo.
Ele riu quando eu bati no seu ombro que fez um barulho pela sala de reunião
que ainda estávamos, Adam deslizou o dedo pela minha bochecha parando
de rir aos poucos, o contato era bom.
Apesar disso, sei que isso não irá durar muito, são apenas duas semanas.
Depois disso, não o deixarei se aproximar novamente, sou um coração
machucado e nem ferrando que eu vou deixar esse cafajeste tomá-lo pra si
para quebrar depois.
- Jesus! -reclamei beliscando seu braço e ele sorriu colocando as duas mãos
no meu rosto me puxando para um beijo calmo.
Mas de uma forma lenta o beijo foi se desenvolvendo até se tonar rápido e
necessitado, ele pediu passagem com a língua e eu dei velozmente.
Coloquei meus braços em volta do seu pescoço quando suas mãos desceram
para a minha cintura me puxando mais para si.
- Aí meu Deus! O que...Puta merda -ela diz com a mão no peito e a outra no
joelho.
Quando ela nos encarou arregalou os olhos e ajeitou sua postura fazendo uma
cara sem graça.
- Me desculpe, Sr. Venturelli, eu não sabia que estava aqui -ele diz e Adam
ri parecendo a reconhecer.
- Mendoza, eu sei quem ela é -Maria diz e acena com a cabeça para mim.
- Seu rosto está estampado em alguns jornais aqui da França, o seu e o dele -
ela aponta para mim e para Adam.
- De novo, eu não sabia que você estava no quarto -ela diz apontando e ele
levanta a mão em rendição.
- Humm, trabalham com a boca também, né? Porque ele está com o seu
batom no canto da boca -Maria diz e Adam leva o dedo até o canto da boca
sorrindo.
- Isso pode ser de qualquer pessoa, Adam é um cafajeste -digo rindo e ela ri
também.
O encarei sentindo algo estranho dentro do peito, algo que eu não estava
acostumada a sentir.
Definitivamente não gosto dessa sensação.
- Vamos deixar você fazer o seu trabalho -ele diz e me puxa pela mão.
Caminhamos lado a lado e olhei de relance que Adam estava estranho, ele
parecia tenso.
Alguém me belisca que eu acho que isso não é verdade. Pela primeira vez eu
estou vendo Adam Venturelli nervoso na frente de uma mulher? Isso é quase
hilário.
Eu estava fingindo sair da sua sua frente quando ele agarrou meu braço me
dando aquele olhar dizendo indiretamente que eu era super idiota. Oh, eu
era.
Tirei minhas roupas para colocar algo mais confortável, vesti uma calça
jeans escura e uma camisa branca com uma estampa vermelha e meia
dourada, deixei meus cabelos como estavam e apenas os escovei.
Limpei o batom dos meus lábios e passei um pouco de base no meu pescoço
para pelo menos disfarçar aqueles chupões.
Passei um pouco do meu gloss labial e fui atender, Tinker estava com o
braço direito apoiado na quina da porta e a outra mão dentro do bolso da
calça jeans preta, a camisa cinza cobria seu torso e a jaqueta jeans parecia
evidenciar ainda mais seus músculos perfeitos.
Sorri de lado.
- É a primeira vez que você vem em Paris, certo? -pergunta para confirmar e
eu aceno- Significa que você é virgem na cidade do amor e putaria, ótimo, eu
sou sinônimo disso.
- Flerte e indencência?
- Eu sei! -ele sorriu grande- Agora vamos! Quero te mostrar alguns lugares.
Quase não consegui fechar minha porta quando ele pegou na minha mão e foi
me puxando para longe.
×××
Até, babys ❤.
25° capítulo
Rubi
E essa foi a última vez que vi Adam ficar com vergonha a ponto de corar, o
cara não tem vergonha de nada.
Peguei três uvas verdes do prato a minha frente e olhei para ele séria que me
olhou do mesmo jeito, posicionei os braços a altura do meu torso e as joguei
para cima fazendo um pequeno malabarismo de uvinhas.
Adam riu alto batendo palmas dizendo "Linda, talentosa, mãos incríveis,
pessoal, mãos incríveis" sorri para ele que ficou me olhando maravilhado.
Parei quando uma uva acabou caindo no chão e Adam olhou para onde a uva
rolava, ela parou no pé de um garçom que olhou para a fruta e depois para
nós dois com uma expressão nada boa.
- Onde você aprendeu a fazer isso? -ele pergunta curioso quando me encarou
novamente.
- Sempre fui muito agarrada com o meu pai. Gostamos das mesmas coisas,
até fizemos uma tatuagem no mesmo lugar, olha -falo e mostro meu pulso
para ele.
Me lembrei de quando ele agarrou meu pulso antes de me dar o melhor sexo
da minha vida, sorri pra ele.
- No Peter? Você namora com ele? Ha, eu sempre soube -apontei vendo-o me
mostrar o dedo do meio, ri baixo.
- Ainda são -olhei no meu relógio de pulso- 13:30, o que você ainda quer
fazer?
Minutos depois...
Aponto para o cachorro a uns poucos metros de distância da gente, ele era
todo branquinho e tinha um pequeno laço rosa na cabeça. Me lembrou Mops,
senti saudade dele de repente.
- É porque tem um lacinho rosa na cabeça e está vendo aquela mini casinha
ali? -aponto e ele segue meu dedo.
- Ok...mas ele pode querer ser chamado de Maggie e usar laço rosa, respeite
-ele fala e eu sorri empurrando seu ombro com o meu.
Adam ri baixo.
(Palácio de Versalhes)
Ficamos admirando o local por mais alguns minutos até Adam cansar e nos
levar para outro lugar.
Era o famoso Museu do Louvre, eu já vi tantas pessoas com fotos aqui, esse
lugar é simplesmente lindo, o museu em si é lindo e até mesmo diferente na
estrutura por parecer uma pirâmide.
Porra.
Ela diz e sai correndo sumindo no meio das pessoas, olhei para a minha
blusa que estava suja de chocolate mas somente na barra, onde ela conseguiu
alcançar.
Encarei Adam que estava com a mão na boca e segurava o riso, fiz uma cara
de tédio e ele riu de uma vez.
- Merda! -resmungo.
- Você só está piorando -ele diz e olha para cima parecendo pacífico.
- Obrigada pela observação, Sherlock Holmes das drogas -digo e ele sorri
de lado.
- Parece que cagaram na minha blusa -digo- Se perguntarem, vou falar que
foi você.
Adam olha para mim e depois para baixo fazendo uma cara nada boa.
Suspirei olhando para os meus pés que eram ocupados por um tênis branco e
preto.
Olhei para os lados em seguida e eles focaram em uma menina vestida com
um uniforme escolar, quer dizer, eu acho que era.
A blusa estava amarrada fazendo um pequeno nó na frente deixando apenas
uma pequena parte da sua barriga a mostra. Isso me deu uma ideia.
- Acho que eu não vou ficar bonito de bolsa -ele fala e eu franzo o cenho me
lembrando vagamente sobre falar isso quando estava bêbada, deixei isso
para lá.
- Quietinho.
- O que você vai fazer? Você não vai atrás da garotinha não é? -pergunta- Se
você for presa...eu vou te deixar aqui.
- É...nem parece que está sujo. E você está...hum...mais bonita? -ele olha em
volta- Como isso é possível?
Peguei minha bolsa de volta e senti uma brisa forte nos atingir, meus cabelos
se agitaram caindo no meu rosto. Droga, me gabei demais.
- Puta que caralho, eu quero bater foto dela não minha -ele diz irritado com o
celular e eu acabo sorrindo pequeno na sua direção.
- Não, eu só disse aquilo para você sorrir para mim -ele diz e eu aperto a
alça da minha bolsa com um sorriso idiota nos lábios.
- Cacete -ele disse olhando para o celular.
- Você não está horrível! -ele sorriu e eu me aproximo dele para ver a foto-
Você está linda.
Meus olhos pousam no celular e levanto uma sobrancelha, ficou boa mas me
conhecendo eu bateria umas 500 só para garantir e no final escolheria só
uma.
Estou olhando para a foto e percebo que a atenção de Adam não está mais no
celular e sim no meu rosto, levanto meu rosto um pouquinho para o encarar
de volta.
Ele olha para a minha boca e depois para meus olhos novamente, sua
respiração está extremamente perto e eu aperto os lábios quando ele me dá
aquele sorriso perfeito.
- Deixei a Torre Eiffel por último -ele diz pegando na minha mão- Vamos.
(...)
Saímos do veículo e eu pude ver o hotel que estávamos, mas ele estava
praticamente do outro lado da torre, demoraria se fôssemos andando.
Andei ao lado de Adam e eu não tirava os olhos dela que estava tão
iluminada, era tão bonita que deixava qualquer pessoa encantada.
(Torrei Eiffel)
Olhei em volta e vi várias pessoas tirando fotos e conversando entre si, sorri
com aquilo. Paris é um lugar encantador.
- É a terceira vez que venho aqui -Adam diz e eu o encaro- Mas essa com
certeza foi a melhor...quer dizer...é...foi uma experiência nova.
- Você está nervoso -belisqurei seu braço- Todo nervoso, está parecendo um
adolescente...nervoso -o belisquei de novo e ele segurou minha mão me
parando.
Adam me puxou para ele enquanto um sorriso estampava meu rosto, passei
meus braços em volta da sua cintura e levantei meu queixo na intuição de
beija-lo, ele se aproximou colando os lábios nos meus ternamente com as
mãos no meu rosto.
Beijar Adam era algo tão bom, eu sentia uma coisa completamente diferente
comparado ao que já havia sentindo beijando outras pessoas, até o arrepio
no corpo parecia mais forte e intenso. Tudo o que esse cafajeste fazia mexia
comigo profundamente.
Maldito.
Chuva?
Chuva? Não acredito.
Olhei para cima e a garoa estava começando a ser torna algo forte. Como
não percebemos que estava chovendo?
- Tira! -ele grita de volta- Rápido, não quero morrer por um raio, porra.
- Dramático!
- RUBI!
Por um momento pensei que ele sairia correndo e me deixaria para trás, se
fosse a um mês, ele faria, e ainda ia trancar a porra da porta para eu não
entrar pelos primeiros 5 segundos.
Voltamos a correr mas dessa vez já rindo que nem dois loucos indo em
direção ao Jeep.
Ele rapidamente tirou as chaves do bolso e o alarme tocou indicando que o
carro estava destravado.
- Isso é tão estranho, Paris não costuma chover essa época do ano -ele diz
tirando a jaqueta.
Ele colocou a mesma no chão e se inclinou perto do banco do motorista para
ligar o aquecedor. Coloquei meus tênis no chão e ele tirou os dele.
Olhei para o para brisa e a chuva caía tão forte sobre ele que fazia tudo ficar
embaçado.
- Está muito frio mas não podemos ficar com essas roupas encharcadas -ele
diz tirando a própria camisa.
Olhei para sua barriga sarada junto aos braços musculosos e passei a língua
nos lábios rapidamente, esse homem é incrivelmente gostoso.
- Venha se aquecer, pode ajudar -ele faz menção para eu me aproximar dele.
É, talvez ajude.
Claro, só na intenção de ajudar...hum.
Tirei minha blusa molhada e coloquei no chão do carro, Adam olhou meus
seios e engoliu em seco antes de limpar a garganta.
Sorri internamente por saber que ele também reage a mim da mesma maneira
que eu reajo a ele.
Hum.
×××
Hum.
KKKKKKKKKK
Adoro.
Até, babys.
26° capítulo
Adam
Se ficarmos abraçados o calor corporal pode ser transferido entre nós dois,
ou seja, se ficarmos um tempo assim ficaremos aquecidos.
Certo? Certo.
É nisso aí que eu estava tentando acreditar e não admitir que eu queria ela
nos meus braços.
Foda-se.
Não consigo acreditar.
Sua mão pequena e delicada pousou no meu peito e seu corpo se aconchegou
no meu, coloquei meu queixo na sua cabeça e respirei fundo.
- Sim eu sei, eu sou um gênio -digo, a verdade, e ela apenas ri. Não sei
porquê, eu sou mesmo.
Ela se mexeu um pouco e pude sentir seus seios espremidos no meu peito,
porra! Ela é completamente deliciosa. Como eu consigo resistir a ela?
Passei a mão esquerda nas suas costas e senti o fecho do seu sutiã me
implorando para ser tirado, suspirei novamente descendo minha mão pela
lateral do corpo até chegar nas coxas ainda cobertas.
Apertei sem muita força tentando diminuir minha vontade de fazer algo a
mais.
Mas só piorou.
Subi minha mão pela coxa e senti seu peito subir e descer indicando o
suspiro, sorri de lado.
Toquei sutilmente no botão da sua calça e Rubi limpou a garganta se
mexendo um pouco.
Meus dedos deslizam lentamente para o meio das pernas e ela aperta os
dedos no meu peito ofegando quando apertei seu sexo com força.
Nem quando a mão parou em cima do meu pau, ela deslizou os dedos sobre
ele e me viu resmungar quando deu um aperto de leve.
Rubi mordeu o próprio lábio quando eu subi minha mão para as suas costas
novamente e desfiz os grampos do sutiã.
O afastei com ansiedade explodindo no meu peito, a peça saiu do seu corpo
lentamente, o que me fez querer desmaiar, e quando tive o deslumbre dos
seios que me deixam maluco eu apertei o maxilar com força fazendo uma
nota mental de gozar neles depois.
Encarei as coxas que se apertaram uma na outra e passei a língua nos lábios.
Foda-se.
Peguei nas suas pernas e a puxei fazendo ela se deitar no banco rapidamente
dando um gritinho de susto, seus seios rígidos se tornaram presente e eu
coloquei minhas mãos sobre eles apertando sem muita força.
Minhas mãos saíram dos seus seios e as levei até a sua calça a tirando
depois que a mesma levantou o quadril, eu precisava estar dentro dela agora.
Ela volta a colocar as pernas no meu quadril e olha para baixo vendo eu
colocar meu dedo dentro dela checando o quanto ela estava molhada, um
gemido escapa e eu sorrio satisfeito.
Guio meu pau e escuto o gemido alto quando entro de uma vez a fazendo
gozar de imediato, Rubi coloca a mão no meu pulso enquanto eu dou apertos
leves no seu pescoço ao entrar e sair dela ouvindo seu resmungo manhoso,
gostosa demais, puta merda.
Entrei mais fundo quando mandei ela levantar o quadril um pouco e a mesma
me olhou nos olhos arfando várias vezes.
- Adam... -ela gemeu meu nome e meu pau ficou mais duro.
Ela abriu os olhos lentamente e eu encarei seus olhos castanhos quase que
pretos e vi o quanto sua pupila estava dilatada.
Sorri para ela que mordia o lábio inferior não se aguentando de tanto prazer,
tirei minha mão do seu pescoço e levei até seu rosto quando ela forçou a
cabeça para trás assim que aumentei o ritmo das investidas.
O carro estava balançando, mas não é como se alguém fosse perceber já que
estava caindo meio mundo lá fora, e eu estava dentro dela, nada mais
importava.
Beijei seu queixo descendo para o pescoço e dei um gemido contido no seu
ouvido sentindo que iria gozar a qualquer momento. Sussurrei mais algumas
coisas para ela que gemia baixinho em resposta, não parei de foder Rubi até
que ela gozasse, como tem que ser.
Acabou que conseguimos ter isso juntos, coloquei minha mão na janela
respirando fundo sentindo meu corpo receber o prazer intenso que tínhamos,
ela apenas fechou os olhos com as mãos apertando minhas costas com força
enquanto gozava.
Suas mãos pequenas puxaram meu rosto para um beijo terno, e eu a beijei
deslizando minha mão pela lateral do seu corpo.
Escutei ela dar um risinho baixo e eu acabei sorrindo para a mesma, estar
com Rubi era diferente. Muito diferente.
- Idiota -responde sorrindo e eu ainda a beijei uma última vez antes de sair
de dentro dela.
Puxei minha cueca junto com calça para cima e balancei o cabelo com as
mãos enquanto Rubi se vestia ao meu lado.
Ou tentava.
Peguei sua calcinha que estava atrás dela e levantei no ar mostrando a peça
que ela agarrou rapidamente.
Sorri malicioso.
Olhei para fora do carro em seguida e a chuva já não estava tão intensa
assim, eu conseguiria dirigir para o hotel tranquilamente.
- Vamos para o Hotel, a chuva já está mais fraca -digo a ela que encarava o
banco do carro parecendo procurar algo.
Pulei para o banco da frente tirando as chaves que ficaram no meu bolso e
liguei o carro.
Comecei a dirigir para o hotel que estava do outro lado da Torre Eiffel e vi
pelo retrovisor Rubi tentando fazer um coque no cabelo mas ele parecia não
colaborar.
×××
Beijos, babys ❤ .
27° capítulo
Rubi
Chegamos no hotel faz uns 25 minutos e Adam estava no quarto dele tomando
um banho e trocando de roupa.
Eu tinha pedido o jantar no meu quarto e não demorou muito para chegar, as
cenas do anti-herói lutando pelado no fogo apareceram junto com uma batida
na porta.
- Que que isso? Meu Deus, ainda bem que eu dispensei o cara.
- Se o cara visse você atender a porta desse jeito ele passaria a noite
batendo uma.
Olhei para o meu corpo e vi que estava apenas de calcinha e uma blusa
branca de botões com o meu cabelo solto.
Sorri sem graça por não ter me atentado a isso, fiquei tão ligada no cara de
uniforme vermelho que esqueci de colocar pelo menos um short.
Adam largou o carrinho e andou até mim, ele cheirava a um sabonete gostoso
e seus cabelos estavam um pouco desalinhados, ele vestia uma camisa preta
lisa e uma calça moletom cinza que marcava suas coxas.
- Sabia que eu passo 60% do meu tempo tentando me decidir se você fica
melhor com roupas ou sem elas? -pergunta me fazendo levantar uma
sobrancelha.
- E os outros 40%?
- Estou distraído olhando para o seu rosto -ele falou me fazendo sorrir como
uma idiota! Merda! Isso está ficando rotineiro.
Sorri mais um pouco na sua direção colocando meus braços no seu pescoço.
- Janta comigo? -as palavras sairam da minha boca tão rápido que não pude
evitar.
Pisquei várias vezes olhando para baixo com as bochechas coradas, ele tem
mais o que fazer e claro que ele não quer. Já não basta ter ficado o dia
inteiro comigo ainda quero aluga-lo mais?
Toc toc
Quem é?
Sim, é a sua maldita insegurança.
- Eu adoraria, princesa.
E a insegurança sumiu, ele puxou meu queixo dando um leve beijo nos meus
lábios fazendo meu estômago revirar.
- Bom...o nome do prato é esse e parece ser famoso por aqui -digo e ele me
solta caminhando até o carrinho.
Adam mexeu no vinho e depois tirou a tampa que cobria a refeição, ele
encarou a comida e depois me encarou.
- Você pode pedir outra coisa se quiser ou podemos divid... -digo mas ele
me corta.
- Vamos dividir, não estou com tanta fome -ele diz abrindo a garrafa de
vinho.
- Deadpool -ele disse e depois sorriu animado, por um momento, pensei ter
resgatado o Adam criança do passado.
- Esse é o meu filme preferido -ele diz e me segue até a beira da cama.
Era o meu filme preferido também, mas não cheguei a comentar isso.
- Essa música que toca no final quando ele beija ela, é boa -ele diz bebendo
um gole de vinho.
- Sim, é boa para cantar -digo olhando para a televisão e sinto o olhar de
Adam em mim.
Merda
Adam ficou olhando para mim e eu tentei manter minha postura seria mas eu
sabia que ia dar a pista necessária para ter sua resposta.
Certo, eu realmente preciso daquele curso sobre mentir.
- Ok, vou reformular a pergunta -ele diz virando o corpo de frente pro meu-
Já cantou em algum outro lugar sem ser o seu chuveiro?
- Meu quarto.
Eu não sei se canto bem mas minha família sempre me disse que eu tinha uma
voz bonita e por isso eu estudei música por alguns anos no Brasil. Mas faz
tanto tempo que não canto em lugar nenhum, somente no meu quarto e
chuveiro.
- Faz, para a minha curiosidade faz -ele diz descendo o olhar pro meu corpo
e logo depois volta para os meus olhos.
- Posso ouvir? Posso ouvir? -me corta- Canta para mim! Canta Let it Go da
Frozen!
- Não fode -digo e ele faz uma carranca, Adam cruzou os braços irritado e
olhou para a televisão- Ah qual é, não faz essa cara -digo, cutucando seu
rosto.
- Não me toca -ele diz sentido e eu ri alto jogando a cabeça para trás- Só
vou te perdoar se você cantar a música que pedi.
- Certo, sem Adam para você -ele deu ombros e eu abri a boca chocada.
2 minutos depois...
- Certo, meu drama acabou -ele olha para mim e eu olho para ele com tédio.
- Pois é -ele sorriu- Estou treinando para durar 5 minutos, Dylan vai ficar
puto.
- Você é o homem mais...maluco que eu já conheci -falei e ele faz uma
expressão meiga colocando a mão no meu ombro.
- Oh, você acha? Nossa, essa foi a coisa mais linda que você já me disse,
princesa -ele fingiu limpar uma lágrima solitária.
- Me ter dentro de você? -ele diz tranquilo, eu apenas abri a boca chocada
pela segunda vez.
- Meu Deus, que pervertido -digo batendo no seu peito arrancando uma
gargalhada do mesmo.
- Você não sabe o quanto, princesa -diz e eu viro minha cabeça para encara-
lo, ele faz o mesmo.
- Chocolate.
- Eu dentro de você seria mais fácil -ele diz colocando as mãos em cima do
seu peito.
- Será que não tem nenhuma máquina pelo hotel que tenha esse doce
maravilhoso? -pergunto piscando os cílios várias vezes.
- Deve ter no saguão e...-ele me olha com uma sobrancelha erguida- Você
quer que eu pegue para você não é?
- Você ia sair assim? -ele pergunta olhando para minhas roupas ou o que
restou delas.
- Ia, por que? Você acha que está fora de moda? -pergunto irônica olhando
pro meu corpo.
- Aí meu Deus chama o circo que um dos palhaços fugiu -ele diz e levanta
uma sobrancelha.
- Estou só de calcinha, é lógico que eu não iria sair sair assim -me levanto
da cama.
- Uh, você vai esfregar uma lâmpada? -pergunto fingindo animação e ele me
dá um olhar tedioso.
Sabe quando você come algo que estava com vontade a dias, meses, semanas
ou anos? E quando finalmente come, seu coração aquece e a satisfação corre
pelas suas veias?
Era assim que eu me sentia quando o estressava, era ótimo.
- Você fez ele sair da casa dele para comprar uma barra de chocolate e trazer
até aqui?
- Claro que não, ele não estava em casa -entre abri os lábios concordando
mas me dei conta que ele não acabou- Ele estava jantando com a esposa no
aniversário de 10 anos de casamento, mas ele me disse que estava
disponível para mim sempre que precisasse, certeza que a esposa dele não
vai se importar em terminar o aniversário mais cedo.
Adam ficou me olhando sério e eu juro que quase acredito, eu juro! Mas o
sorrisinho não deixou. Ele recebeu um peteleco na testa pela mentira.
Sorri de lado, ele pode ser bom em persuadir, mas eu sou ótima em engana-
lo pelo visto.
Ele abriu a porta e o rosto do mesmo homem que nos buscou no aeroporto
apareceu, ele cumprimentou Adam e vi quando o mesmo entregou a barra
para ele e a chave do carro.
- Oui.
(Sim)
- Je n'irai pas
(Não irei)
- Dois amigos meus me chamaram para beber em uma boate, mas eu não quis
ir -ele me interrompe.
- Por que você não quis ir? -perguntei depois de alguns segundos.
- Não estou com vontade, prefiro ficar aqui com você e devorar essa barra
de chocolate.
Um sorriso pequeno surgiu nos meus lábios e ouvi ele respirar fundo, me
aconcheguei na cama e bati na mesma lhe chamando para que se deitasse ao
meu lado, e assim ele fez.
- Esse é o seu -digo e ele olha para o quadradinho na palma da sua mão.
Parecia uma formiguinha.
- Alguém já te disse que você é uma péssima mentirosa? -ele pergunta rindo-
Meu Deus do céu!
Ele levou sua mão até o meu chocolate e eu dei um tapa na mesma, o olhei
irritada.
- Você não vai me dar outro pedaço? -pergunta e eu nego com a cabeça- E
Trudy?
- Tudo bem -diz se mexendo na cama- Só não vá ficar com raiva quando eu...
Ele puxou a barra da minha mão com tudo e se levantou com rapidez
correndo até o outro lado do quarto e eu óbvio fui atrás dele.
- Me dá isso sua Tinker Bell atentada! -digo quando ele levantou a porra do
chocolate pra cima e eu tentando pular pra pegar.
Olho para ele por canto de olho e vejo que ele abaixou a barra, burro.
Rapidamente eu me viro de novo pegando a barra da sua mão com uma certa
violência e corro para a cama da minha maneira de correr.
O que é péssima.
- O que que isso? -ele pergunta rindo- Você estava correndo? Meu Deus,
você parecia um camelo com asma.
O olhei irritada.
- Você é um criminoso!
- Do amor -ele faz um coração com a mão e eu mostro meu dedo do meio.
Adam corre na minha direção e eu tento apertar o passo para sair de frente
da cama mas sinto suas mãos na minha cintura me impedindo de fazer isso,
nós dois caímos na cama rindo iguais dois idiotas, ele caiu por cima de mim
e eu segurei o chocolate para não cair.
- Olha! Respeito com a dona Monica! -ele fala e eu aperto os lábios pedindo
desculpas a tia Monica silenciosamente.
Adam sorriu com o rosto perto do meu e os braços rodeando minha cabeça
me fazendo encara-lo.
- Trapaceira -sussurra.
- Criminoso.
- Ok, sua opinião não é importante para mim do mesmo jeito -dou de
ombros.
Ri baixo, ele pegou a barra da minha mão se jogando ao meu lado e pegando
um pedaço generoso.
Levei o último pedaço à boca e vi que ele me olhava com atenção pelos
primeiros segundos, até seus olhos se focarem na minha boca descendo para
os meus seios, mas ele desviou o olhar depois.
- Rubi.
- Eu estou aqui tentando me controlar para não te jogar de quatro nessa cama
e te foder até suas pernas ficarem fracas, então, por favor pare de me seduzir
-ele diz olhando para cima, os dedos apertando a própria camisa.
- Seu corpo faz isso por você -ele diz, me deixando meramente confusa.
- Por que você não está fazendo isso agora? -Ele me encara e eu posso jurar
que minha respiração mudou pelo olhar intenso que surgiu.
- Porque se eu fizer isso agora não vou conseguir me controlar, vou querer
passar a noite toda dentro de você -senti minha calcinha molhar somente com
essa possibilidade- Temos uma reunião amanhã, e se eu começar, não vou
parar, princesa.
- Você acha que vai cantar para mim algum dia? -ele pergunta mudando de
assunto.
Adam sorriu.
Até, babys ❤.
Rubi
Ai meu Deus.
Aí meu Deus!
Parei de sorrir olhando fixamente para frente, pensei que ele estivesse
dormindo.
- Vou fingir acreditar nisso, mas eu sei que gostou de me ver agarrado com
você, normal, gostoso como sou.
Revirei os olhos.
- O dia que você for menos convencido, eu faço uma tatuagem na bunda com
o seu nome -digo baixo e ele ri.
- Parando de ser convencido em 3, 2... É, nunca verei essa tatuagem porque
não vou conseguir -sorri de lado quando ele me apertou contra si- E eu nunca
disse que não era.
- Conta outra -falo rindo mas paro quando ele puxa minha cintura com força
fazendo seu membro roçar na minha bunda.
Ele passou o nariz pelo meu pescoço e subiu até o meu cabelo inalando o
cheiro que ele tem.
Gemi baixinho quando ele beijou meu pescoço várias vezes e logo depois
uma risada saiu de mim, ele tinha achado meu ponto fraco para as cócegas,
minha nuca.
- Não...
- Para com isso, atentado -passei a mão na minha nuca vendo-o rir com com
a mão no rosto.
Bati nela e ele foi para trás deixando a cabeça cair no travesseiro
novamente.
Adam olhou para a minha blusa que estava torta e agora levantada mostrando
minha barriga e dando maior visibilidade para a minha calcinha.
- São 8:48 -digo e coloco meu celular de volta mas a mão de Adam me puxa
fazendo eu deitar na cama e ele se coloca em cima de mim rapidamente.
Sorrio travessa.
Ele tira o celular da minha mão ao me prender com os seu quadris, ele sorri
divertido quando percebe que estou me mexendo embaixo dele procurando
por mais contato.
- Então vamos antes que eu rasgue suas roupas -digo e depois arregalo os
olhos.
- Antes que você o que? -ele pergunta rindo e eu de algum jeito faço ele sair
de cima de mim caindo ao meu lado.
- Devo contratar seguranças para ficar mais seguro? Eu gosto das minhas
roupas.
- Você está certa, vou contratar a porra do Chuck Norris -ele diz e eu reviro
os olhos vendo-o pegar o celular e fingir colocar no ouvido em uma ligação
inexistente.
(...)
Tomei uma ducha relaxante e fiz minha higiene matinal aproveitando para
depilar algumas partes do meu corpo e passar meu óleo corporal.
Saio do banheiro e Adam já não estava mais ali, fui até minha mala e tirei
um vestido branco com listras pequenas no busto e coloquei um salto alto
nude, deixei meus cabelos soltos e passei coragem na minha cara porque eu
estava precisando.
Me assustei com um barulho vindo do meu celular, andei até ele vi uma
notificação de mensagem.
"Nos encontramos no saguão? Homens de gravata impacientes querendo
falar comigo"
Adam.
Cliquei no botão térreo e não demorou muito até eu chegar no mesmo, fui em
direção ao saguão e a primeira coisa que vi foi todos de terno e gravata,
essas reuniões são tão chatas, mas é para o bem da empresa.
Havia poucas mulheres e as que tinham estavam circulando com homens que
aparentavam ter muito dinheiro.
"Gostei desse vestido em você, uma pena que vou tirar daqui a pouco"
Olhei em volta procurando por Adam e o achei perto do bar com três homens
o rodeando, eles falavam e falavam enquanto a Bell parecia extremamente
entediada.
Olhei para ele vendo os olhos azuis concentrados na tela e logo depois um
sorrisinho aparecer no seu rosto.
Respondo e espero ele olhar pro celular, logo depois um sorriso lascivo
surge em seus lábios diferente do anterior, ele digita novamente.
Olhei para cima e o mesmo tirou o cabelo da minha face, o encarei vendo um
sorriso pequeno.
- Olá, Rubi.
Seus olhos estudam os meus e suas mãos ainda estavam na minha cintura, eu
sentia ele me apertando de leve e minhas mãos no seu peito eram o que
impediam dele me beijar.
Antony usava um terno todo preto com o cabelo desalinhado, a boca carnuda
era vermelha e os cílios volumosos faziam seus olhos se destacarem, aquela
foto não fazia jus a ele.
- Bom, eu vi que ele parecia entendiado naquele bar e deduzi que precisava
ser salvo -ela diz sorrindo e passa o braço ao redor da cintura de Adam.
- Sim, essas reuniões consomem nossa diversão -digo e os dois riram mas
Adam continuou sério.
- E como, Carmen e eu viemos falar com algumas pessoas. Saber como anda
as coisas -Antony diz.
Eles estão aqui para analisar, os dois são conhecidos por investigar seus
clientes e isso significa que Adam e eu estamos a um passo de conquista-los.
Na verdade, espero já termos feito isso.
Que merda.
Calma, Rubi.
Vocês não tem nada sério.
Foda-se.
Tira ela de cima dele.
Não, não farei isso.
Eu espero.
- Vivo -Adam diz curto e grosso, ele limpa a garganta antes de se corrigir-
Ele está bem.
- Soube que se casou e está esperando um filho, que bom. Pelo menos algum
dos filhos está progredindo.
- Alguém tem que progredir, Antony. E estamos esperando o dia que você
fará o mesmo -Adam diz e vejo Carmen morder o lábio segurando o riso-
Talvez seja mais esperto.
- Mais esperto? -Antony levanta uma sobrancelha- E quem disse que eu não
sou?
Não me atrevi a perguntar sobre a reunião que tiveram com o Cooper porque
não tenho nem intimidade para isso e seria muito invasivo da nossa parte.
- Entendo -digo.
- Eu vi que você estava de caso com Nick -Carmen diz e os dois me olham.
Quase me engasgo.
- Mal entendido? Ele estava com a língua na sua garganta -Carmen diz e eu
juro que se pudesse, jogava raios lasers no seu rosto.
Puta merda.
Mas bem fodendo!
- Vamos, não nos desaponte -Antony incentiva e posso ver nos seus olhos
que ele está se referindo também aos negócios.
O que isso significa? Um tipo de teste para ver se somos nós quem eles
querem? Eu não sei mas não quero arriscar, precisamos dessa parceria.
Carmen sorri grande e aperta o braço de Adam que sorriu falso para ela.
Estava próxima o suficiente para abrir a porta mas não fiz tal ato porque eu
senti uma mão me empurrar contra o carro e me virar de frente.
Travei o maxilar.
Adam diz segurando minha cintura com uma força absurda como se não fosse
me soltar, até os cotovelos se apoiaram no carro me predendo.
Seus lábios estavam próximos dos meus e meu peito já subia e descia
fortemente.
- Se ele me provocar de novo, eu juro que vou jogar ele no elevador e deixar
apenas a gravata para fora enquanto as portas se fecham -Adam diz agora me
encarando- Ele morre assim que o elevador subir.
Aí meu Deus!
Transei com um assassino.
- Chato! -reclama.
Nos afastamos apenas por falta de ar, eu estava ofegante e ele também.
Minha calcinha estava encharcada e o volume nas suas calças era visível.
- Vamos, não vejo a hora de ver aquele cara ficar babando em cima de você
-ele ironiza.
Eu estava entrando quando ele disse aquilo mas parei na hora e o encarei.
- Você está?
- Não.
- Eu também não -digo sorrindo e dei duas batidinhas no seu peito antes de
entrar no carro.
×××
Teimosos não é?
É, eu sei. Mas é a vida KSKSKSK
Até, babys ❤ .
29° capítulo
Rubi
Eu me segurei tanto para não revirar os olhos que eu mereço um prêmio por
resistência.
Hum. Certo.
Preciso de limites.
Olhei para o meu lado e me deparei com Antony olhando a cena a nossa
frente, ele estava com a mesma postura firme de sempre com a expressão
sombria sobre as pessoas.
Obriga o Adam a malhar quando voltarmos para Nova York -diz meu
subconsciente e eu sorri concordando.
- Então, vocês ficarão na França até quando? -Antony pergunta olhando para
mim.
- Até amanhã -Adam responde.
Sorri com pesar, vou sentir saudades daqui. Paris é tão linda e se eu pudesse
prolongava essa viagem, claro que alugaria meu guia turístico por mais
alguns dias.
Olhei para Adam que me encarava com um olhar tão enigmático que fez meu
corpo tremer, eu adoro quando ele me olha assim.
As células do meu corpo parecem se agitar, várias borboletas parecem
invadir meu estômago e...merda!
Eu já senti isso uma vez, não era tão intenso como é com Adam mas uma
sensação familiar me dominou. A única vez que me senti assim foi quando
me declarei para meu ex noivo e no final ele quebrou meu coração me
chutando com tanta força que eu pensei que não fosse me levantar.
Se com Adam parece ser mil vezes mais forte então a dor será o triplo do
que foi e isso me assusta, me assusta tanto. Eu não posso me apaixonar por
ele! Eu não quero me apaixonar por ele.
Socorro.
- Rubi?
Segui a voz que me chamou e olhei para Antony que me encarava com uma
sobrancelha erguida, tentei disfarçar minha dispersão e respondi
calmamente.
- Sim?
- Claro, por nós aceitaríamos mas sei que fizerem a lição de casa e sabem
que apenas nosso pai tem a última palavra -Carmen diz e depois olha para as
unhas.
- Nosso pai não é tolo, Carmen. Ele saberá o que fazer -Antony diz olhando
para a irmã que fez uma careta pro irmão.
- Tenho certeza que sim -digo e Antony me encara abrindo um sorriso grande
depois.
- Se ele for esperto igual a você, tomará a decisão certa -ele diz me olhando
de uma forma galanteadora.
Sorri falsamente e olhei para baixo por impulso, uma mecha do meu cabelo
caiu no meu rosto e os dedos de Antony rápido colocou a mesma atrás da
minha orelha. Seus olhos passearam na minha boca e ele apertou os lábios
suspirando.
Gatinho? Que coisa ridícula, essa mulher é ridícula. Pisquei várias vezes
tentando entender essa pensamentos, ela não fez nada realmente ruim para
mim e eu já sinto que a odeio profundamente.
- Pai.
- Um pouco.
- Foster's?
- Almoço -falo.
- Sinto muito.
- Ligo para você depois, e se caso você jogar vinho em um deles diga até a
morte que foi sem querer.
- Tchau, Carlos.
Desliguei e vi todos me encarando, sorri sem graça e Carmen foi a primeira
a se manifestar.
- Seu pai era bem influente na época que ele era presidente -Antony diz e eu
concordo- Mesmo sabendo que ele não suporta nossa família eu admito que
ele era bom no que fazia.
- Não acho que ele odeia vocês, ele apenas não os conhece -oh, Carlos odeia
sim, mas eu não falaria o contrário.
- Ah querida, ele odeia sim, fez questão de dizer isso na cara do nosso pai -
Carmen diz e vejo Adam sorri de lado.
- Meu pai é inusitado -tenho que me lembrar de comprar algo para lhe
presentear quando voltar a Nova York.
Talvez não fosse culpa minha mas eu sinto que sim, caso eu não estivesse tão
cega ou não tivesse confiado demais em quem não devia... aquilo não teria
acontecido.
- Você pode estar certa -ela ri convencida- Mas acho que tudo vem por uma
razão, passei por muita coisa e hoje, me sinto muito mais preparada não só
no mundo dos negócios mas psicologicamente também.
- Eu não disse isso, mas se você sentiu que isso foi para você é porque
concorda -digo vendo seu semblante mudar.
Me levantei calmamente pedindo licença aos dois e caminho para outra parte
do restaurante com Adam atrás de mim com a mão nas minhas costas.
Eu sentia meu sangue ferver e meu maxilar tenso depois de tanto apertar pela
irritação, eu odeio falar sobre assunto.
- Eu sei, é só que ela... -aponto- Se acha a rainha da cocada preta, mas não
passa de uma pessoa egocêntrica e mimada.
- O que você disse? -me aproximei dele que foi dando passos para trás até
parar na parede, coloquei minhas mãos ao lado da sua cabeça o prendendo.
Ele sorriu.
- Você está brincando? Oh! Ele está brincando -ri exageradamente jogando a
cabeça para trás e depois voltei o encarando séria- Idiota.
- Cruzes, estou todo arrepiado -ele passou as mãos nos próprios braços.
- Desculpe, não gosto de tocar naquele assunto -passei minha mão na testa e
ele concordou colocando os braços em volta da minha cintura colando-me no
seu peito.
Sorri pequeno vendo ele apoiar as costas na parede com mais propriedade.
- Estou louco para pegar você pelo braço, te levar para dentro de algum
banheiro e te ensinar bons modos -ele diz passando uma mão pelo meu rosto.
- Sério? Com esses braços fortes? Você malha, gatinho? -imito a voz de
Carmen.
- Você fica linda com ciúmes -ele diz me fazendo virar e agora prendendo as
minhas costas na parede, o olhei com um sorriso malicioso.
- Hum, eu não acredito em você. Sua cara de tédio quando ela tocava no meu
braço era nítida, você precisa se acalmar.
- Falou o cara que estava soltando fumaça naquela mesa, por um momento eu
pensei que você tivesse virado um trem -digo e ele trava o maxilar.
- Eu já disse que ele quer você -diz com a voz baixa me dando selinhos com
alguns intervalos- Ele não para de dar em cima de você, porra! O idiota não
se toca que você não está afim?
- Quem disse que não estou? -pergunto brincando, sua cara foi hilária.
- Você não está -ele diz convicto- Você não pode estar.
- Estou mesmo que se foda, esse filho da puta não tira as mãos de você.
Puta merda!
Certo?
- Não gosto quando ele te toca, quando ele dá em cima de você bem na
minha frente e eu não posso fazer caralho nenhum.
Meu coração estava tão acelerado que estava quase saindo pela minha boca.
Engoli em seco quando ele encarou meus olhos de uma forma tão intensa que
mexeu no fundo do meu coração.
- Assuma agora -ele diz e eu levanto uma sobrancelha- Para se ser teimosa!
Suspirei derrotada.
- Não gosto quando ela toca em você e muito menos quando fala com aquela
voz melosa que me dá vontade de enfiar a cabeça dela em uma privada.
Sério! Qual é o problema com as mãos?! -solto de uma vez e depois sorrio
aliviada.
- Por que você não gosta, princesa? -ele pergunta divertido colando seu
corpo no meu com mais força.
- Porque estou com ciúmes de você, babaca -digo batendo no seu peito sem
muita força, ele riu se inclinando na minha direção tomando minha boca em
um beijo intenso.
Senti as mãos no meu rosto e coloquei as minhas nas suas costas apertando
sem muita força, senti a língua tocar a minha lentamente e recebi o beijo que
tanto gosto.
- Quero foder você, princesa. É quase é uma necessidade -ele sussurrou
contra a minha boca antes de descer o rosto beijando meu pescoço que
estava com as marcas quase imperceptíveis.
- Está esperando um convite, seu cafajeste? -pergunto depois que ele morde
meu lábio inferior, Adam sorriu.
- Vamos embora.
Foi o que ele disse antes de me puxar de volta para a mesa e vi os dois
falando com o garçom.
- Tudo bem, já estamos de saída. Papai está nos chamando -Carmen diz.
Adam acena para os dois que fazem o mesmo e nós saímos do restaurante um
mais necessitado que o outro.
×××
Rubi
Minhas pernas foram para a sua cintura fazendo os saltos apertarem seu
corpo e minhas mãos foram para a sua nuca.
O tecido da sua calça não era suficiente para manter sua ereção longe do
meu sexo que estava coberto apenas por uma calcinha minúscula por baixo
do meu vestido que tinha levantado.
Ele apertou minha bunda com força e foi a minha vez de gemer na sua boca,
senti algo bater na minha perna e me separei dele vendo que bati em uma
mesa onde tinha um vazo pequeno de decoração.
Merda.
- Adam! O vazo! -digo a ele quando o mesmo está pronto para cair no chão
mas ele passa o braço pela minha cintura e pega o objeto com a outra mão
colocando de volta na mesa.
Aí meu Deus, ele tem super poderes.
Paramos na frente da sua porta e ele passou o cartão na pequena máquina que
mudou para verde. Entramos ainda em silêncio com o tesão dominando meu
corpo.
Ele fechou a porta e andou até a cama me colocando nela gentilmente, ele
tirou meus saltos e logo depois seu terno.
Adam abriu os botões da camisa social um por um, um movimento tão sexy
que eu senti minha calcinha ficar mais molhada do que já estava.
O fiz sentar na cama e quando ele me puxou eu tirei suas mãos de mim e me
abaixei na sua frente, seus olhos escureceram imediatamente por saber o que
eu faria.
Puxei sua cueca boxer preta para baixo quando ele levantou o quadril um
pouco e o vi estremecer.
Olhei para o seu pau com água na boca e meus dedos gentilmente o
agarrarem fazendo Adam soltar um gemido rouco.
- Porra! -grunhiu.
Tirei da boca um pouco e ele olhou para cima arfando quando acariciei os
testículos com a boca, passei a língua até chegar no seu pau novamente e
deslizei a mesma pela lateral até chegar na ponta novamente.
- Pelo o amor de Deus -ele apertou meu cabelo mais forte me fazendo dar um
gemido manhoso, mas ele apenas afastou meu rosto para me fazer encara-lo.
Senti dedos no zíper do vestido e suspirei quando ele puxou para baixo
fazendo o mesmo deslizar pelo meu corpo.
Adam tirou meu sutiã lentamente que caiu no chão e eu ofeguei olhando para
frente sentindo as mãos nas minhas coxas as afastando uma da outra.
Senti ele afastando minha calcinha para o lado e meus dedos se apertam no
vidro quando o sinto entrando em mim lentamente, minha respiração parecia
em falta naquele momento.
Nossa respiração estava tão acelerada que parecia que tínhamos corrida uma
maratona. Nossos corpos estavam quentes e ofegantes, uma mistura perfeita.
Quando ele está todo dentro de mim eu levanto o olhar para frente vendo a
merda da Torre Eiffel, ele cumpriu o que disse. Soltei um gemido quando ele
investiu contra mim com força, seguida de outra e mais outra.
- Eu quero ouvir você gritando -ele falou no meu ouvido metendo forte, eu
realmente gritei- Cada maldita pessoa nesse hotel vai saber que você foi
bem fodida, entendeu?
- Oh meu Deus -resmunguei quando ele beliscou meu clitóris, ouvi o gemido
rouco e fechei os olhos com um sorriso extremamente safado. Céus.
Adam acelera o ritmo das suas investidas enquanto eu apenas chamava por
ele e rebolava de vez em quando, senti o beijo no meu pescoço e coloquei
minha mão na sua nuca dobrando o braço para trás.
Até que ele gozou com a mão no meu pescoço me puxando para o seu peito,
a outra mão apertou minha coxa com força e ele sorriu contra meu ombro.
- Céus, você é... -ele beijou meu pescoço e eu sorri ofegante- Meu vício.
Não tive muito tempo de digerir aquilo porque ele saiu de dentro de mim me
virando, dei um risada baixa quando ele me tirou do chão me carregando
depois que levantou minhas pernas e agarrou meu tronco, me senti um bebê.
- Você me cansa -falo quando ele me põe em cima da cama se deita ao meu
lado puxando-me para o seu peito.
Porra.
(...)
Ele usava uma calça jeans escura e uma camisa com algum nome de banda
que eu não conhecia. Ele segurava uma garrafa de água e uma sacolinha de
papel.
- Você está fugindo? -ele pergunta cruzando os braços- Oh Deus, sabia que
isso aconteceria comigo algum dia, Maldito Karma!
- Não estou fugindo de você, se toca -digo e ele revira os olhos agora.
- Se foi por causa daquela pergunta...saiba que eu estou tão confuso quanto
você, mas isso não é um motivo forte para você fugir de mim...
- O que?!
- Nós não usamos camisinha hoje mais cedo, eu preciso sair para comprar...
- Fui na farmácia comprar para você -ele me entrega e logo depois a água.
Coloquei a pílula na boca e depois abri a garrafa de água dando três goles
seguidos.
- Como sabe sobre essas coisas? Metade dos homens nem imaginam para
que serve.
- A vida de libertino te prepara para algumas coisas -ele fala com um sorriso
e eu mostro meu dedo do meio, ele faz um coração com a mão para mim.
- Quero você descansada está noite -ele diz com um sorriso terno no rosto.
- Por que?
- Para onde? -pergunto curiosa- Vai me levar para conhecer sua coleção de
tampinhas?
Ri baixo.
- Não, mas vou te dar um dica -ele diz e eu me ajeito na cama atenta.
- Diga.
- O lugar que iremos -ele abre as mãos dando mais suspense- Têm mesas!
- Uma vez eu mandei Dylan para um clube desses por engano. Ele quase me
mata -ele ri nostálgico.
- Você é tão doce! Meu Deus, jamais encontrarei uma mulher igual a você -
ele diz irônico e eu sorri piscando para ele.
- Só as 22h? Bom, ainda tenho tempo para tomar um longo banho -digo,
colocando a garrafa de água na cama.
- Ah não se preocupe, não vou roubar todas as suas energias -ele diz
pegando na minha mão e dando um beijo terno- Não posso prometer isso
depois.
×××
Palpites? Para onde essa Tinker Bell levará nossa princesa? Será um
demostração de BDSM? Façam as apostas
Rubi
Olhei para os dois vestidos que estavam na minha cama e apoiei as mãos na
cintura.
Joguei a cabeça para o lado e pensei, qual desses vestidos aumentaria minha
autoestima e faria Adam babar por mim a noite toda a ponto de ficar aéreo
por pelo menos 60 segundos? Hum...era uma decisão difícil.
Ouvi um barulho vir do meu celular que estava carregando na tomada e andei
até ele a passos normais.
- Onde ele está? -ela pergunta apoiando o celular que eu acho que era um
balcão e enchendo um copo de água levando a boca em seguida.
Parei de falar na hora e vi muito bem a água saindo da boca da minha amiga
e uma expressão surpresa aparecer no seu rosto
Porra!
Todos em Nova York acham que Adam e eu nos odiamos, o que não era uma
mentira mas as coisas mudaram um pouco.
- Vocês...-ela ri- Vão sair juntos?! Aí meu Deus! Preciso colocar isso no
jornal local.
- Não! -grito alarmada e ela até se assusta um pouco, coço a testa- Não é
isso, nós trabalhamos juntos, lembra?
- Não exatamente.
- O que você está fazendo? -pergunto quando ela fica calada demais.
Ah não!
- É bom que seja importante, estava ocupada -Lisa diz.
- O que foi, gente? -Susie pergunta e foca os olhos em mim- Rubi! Caramba,
você está linda. Nossa nossa.
- Uau, você está linda mesmo. Achou um francês por aí? -Lisa pergunta e eu
sorri sem graça.
- Não, ela achou um cara metido, loiro, cafajeste, tem um apelido de Tinker
Bell e só usa terno azul claro -Emy diz e as meninas franzem o cenho.
- Rubi Mendoza está indo para um encontro com Adam Venturelli -Emy diz e
as meninas arregalam os olhos.
- Gente...
- Pensei que vocês não se gostassem mas era amor incubado -Susie diz e eu
levo minha mão até o meu rosto.
- Olha, se é um encontro ou não isso não importa, nós apenas vamos sair e
aproveitar a última noite em Paris -falei.
- Juntos -as três falam ao mesmo tempo.
Ri e Lisa me encarava.
- Já sei! -Lisa diz pegando nossa atenção- Ela transou! -ela diz e as meninas
me encaram.
- Minha amiga está transando! -Emy praticamente grita- Pelo menos algumas
de nós está -Ela fica triste de repente.
- Ei! Ainda estou funcionando -Lisa diz e Emy levanta as mãos em redenção.
- É complicado -digo.
- Descomplica essa matemática aí então -Emily diz e as meninas concordam.
Respirei fundo e sorri pequeno olhando para as três mulheres que eu mais
gosto nesse mundo.
- Aí meu Deus! O que você ainda está fazendo aqui? -Lisa diz.
- É verdade, fica bem bonita e usa a calcinha branca de renda -Emy diz e
Susie balança a cabeça.
- Bom encontro e boa foda -Susie diz e nós três a olhamos surpresas.
- Susie Marie Jones! Que vocabulário é esse? -Lisa pergunta e ela ri alto.
- Sabia que vocês iriam ficar chocadas -franjinha riu mais um pouco.
Susie de nós quatro com certeza é a mais normal e quieta, as vezes que ela se
solta um pouco mas ainda é bem tímida.
- Bom, vou deixar você se arrumar e barriguda? Como está meu sobrinho? -
Emy pergunta.
- Ele vive faminto -ela diz- Dylan não para de me dar comida...nem reclamo
-ela diz sorrindo.
- Tchau gata, tchau mucura -Emy diz e eu aceno enquanto Lisa mostra o dedo
do meio para ela que desliga rindo.
Ficamos só eu e Lisa que me encarava com um sorrisinho cheio de
convencimento.
Suspirei.
- Não...talvez...sim -seu rosto fica confuso, tinha até uma interrogação na sua
testa- Eu não sei -digo a verdade.
Eu não sei se estou apaixonada por Adam, eu tenho atração, desejos, ciúmes
mas isso pode significar apenas atração física e não um sentimento real, eu
preciso ter certeza.
- Não hesite em dizer quando souber, talvez você possa se surpreender -ela
diz.
- Você manda ele para puta que pariu e segue com a sua vida -ela diz- Você
tem a nós agora, as coisas não serão como antes.
Sorri de lado.
- Vai para o seu não encontro e se divirta, e não esqueça a camisinha -ela diz
e eu ri balançando a cabeça.
Adam
Andei de um lado para o outro na frente da porta dela tentando diminuir meu
nervosismo e ficar neutro.
Respirei fundo e dei duas batidas na sua porta finalmente, Rubi pareceu
demorar uma eternidade até abrir aquela merda, mas até que ela foi abrindo
e seu rosto foi sendo liberado, logo um vestido vermelho chegou na minha
visão.
- Oi.
Ela riu.
- Sempre, querido -pisquei para ela que saiu da minha frente indo pegar suas
coisas para irmos.
Rubi sai da porta e entra no quarto, fico do lado de fora a esperando e vejo
quando o idiota do Cooper sai do quarto que fica a umas 4 portas depois da
dela.
Ele está guardando a chaves no bolso quando finalmente me nota, aceno e ele
faz o mesmo com uma expressão de deboche, eu apenas sei rir desse idiota.
Eu não sei qual o problema dele comigo, será que dormi com alguma
namorada dele ou é apenas inveja mesmo? Foda-se isso não me interessa.
- Nelso... Nicholas -me corrijo de última hora vendo seu sorriso falso.
- Por que você está tão sério? -ela pergunta e se vira vendo Nick, sua
expressão se suavizou quando ela entendeu.
- Vamos, Rubi -Pego na sua mão a puxando e ela me olha feio fechando a
porta atrás de si.
Caminhamos para o elevador que por sorte já estava com a porta aberta,
entramos na caixa de metal e apertei o botão do estacionamento vendo Nick
andar nossa direção até que as portas se fecharam.
Dei um longo suspiro e me apoiei na barra do elevador e olhei para Rubi
que tinha um sorriso de lado no rosto com os braços cruzados.
- O que? -pergunto.
- Nada não, cuidado para não morrer entalado -ela diz e eu reviro os olhos.
Chegamos até o meu carro e eu abri a porta para ela que apenas sorriu.
Deus!
Malditamente perfeita.
Meu Deus...será que eu? Não, eu não posso estar apaixonado por ela, eu não
faço ideia de como é esse sentimento então não tenho como saber, certo?
Além do mais, nos conhecemos apenas a alguns meses e agora que temos
proximidade. E se for só atração? Talvez eu esteja me precipitando, preciso
ter certeza.
Engoli em seco.
Mas isso é diferente, nenhuma delas era a Rubi, você está em um encontro,
meu subconsciente me diz.
Suspirei.
Continua...
×××
Onw
Queria um namoradinho
Cacete eu tô muito carente, socorro.
Vote e comente!
Vejo vocês em breve ❤ .
32° capítulo
Adam
Ela me olhou desconfiada e eu apertei mais seu corpo contra o meu quando
agarrei sua cintura a puxando para mim.
Tinham mais ou menos umas seis janelas de vidros pelo salão com dois
lustres pendurados pelo mesmo, em baixo deles estavam várias mesas
redondas cobertas por uma toalha de cetim escura, e lá estava.
Fizemos o pedido normalmente e ele saiu nos deixando sozinhos, ela parecia
ansiosa...ou nervosa, ainda estou tentando decidir.
- Tudo bem? Quer beber alguma coisa? Que tal margueritas? -pergunto
animado e ela me olha com tédio.
- Não inventa, já chega de vergonha -ela diz e depois faz uma expressão
travessa- Quer me embebedar, Tinker Bell?
- Se isso fizer você cantar para mim -dou de ombros e ela abre a boca
incrédula.
- Por que você quer tanto me ouvir cantar? Eu nem canto direito, sabe
aquelas tia de Karaokê? Pois é, eu sou elas mas com a garganta entalada
como se tivesse milhões de tampinhas de garraf... -peguei na sua mão a
interrompendo. Santo Deus.
- Isso eu quero decidir, princesa -falei apertando sua mão sentindo o aperto
de volta, sorri de lado.
De repente as luzes ficaram mais fracas onde estávamos e uma luz forte
chegou até o palco focando no rosto de uma mulher que tinha um microfone
na mão e sorria abertamente.
Seu nome era Ellie, e sua música da vez era chamada "Then" de Anne Marie.
Alguns segundos se passaram e a voz da mulher ecoou por todo restaurante e
a atenção foi voltada a ela, sua voz era boa e agradável de se escutar.
Olhei para Rubi que tinha os cotovelos apoiados na mesa e o rosto nas mãos
apreciando a mulher cantar com um sorriso sem mostrar os dentes, ela
parecia...nostálgica?
Me aproximei dela passando meu braço sobre seu corpo e minha mão direita
parou na sua coxa, ela virou o rosto para me encarar e tinha no máximo uns 5
centímetros impedindo-me de beija-la.
- Diga que vai cantar para mim -falei, intercalando entre seus olhos e aquela
maldita boca.
Desde que a vi na porta do quarto que esse batom vermelho está impregnado
no meu lado mais perverso. Imaginei tantas vezes aqueles lábios no meu pau
de novo que perdi a conta.
- Moi.
(Eu)
- Tentador -fala.
- Moi.
( Eu )
Ele falou algumas coisas a ela que apenas concordou e o microfone foi
entregue em suas mãos, Rubi colocou no suporte deixando as mãos livres e o
restaurante inteiro ficou em silêncio ao aguarde dela, pessoas pareciam
vidradas e curiosas.
O som do telão apareceu e a música que ela cantaria era "Never be the
same" de Camila Cabello. Rubi deu um leve aceno e a batida da música deu
início.
Logo sua voz ecoou por todo o ambiente me deixando vidrado, puta que
pariu.
Não pude evitar o sorriso de contentamento que surgiu em mim e tenho quase
certeza que meus olhos estão brilhando.
Ela sorriu olhando para baixo como se estivesse sentindo o que a música
tinha para dizer. Sua voz era doce mas tinha uns traços mais graves,
era...linda na verdade.
Ela levantou o olhar e como um imã seus olhos pousaram nos meus, ela
agarrou o microfone me encarando e senti todo meu corpo acordar. Era
exatamente isso que eu queria, ver ela cantando para mim, mas não com uma
música tão explícita que me lembre o que estamos passando no momento.
- É você, amor
E eu sou uma idiota apaixonada pelo seu jeito de andar, amor.
- A culpa é sua.
Ela apontou para mim e eu coloquei a mão no peito fingindo estar indignado
com tal acusação, Rubi balançou a cabeça sorrindo mas depois ficou seria
me encarando de um jeito diferente.
Suspirei alto.
De repente seus olhos suplicantes se tornaram algo mais forte, ela fechou os
mesmos agarrando o microfone no apoio e deixou a pausa da música
continuar.
E foi ali, quando ela abriu os olhos novamente eu soube, tudo pareceu fazer
sentindo e aquela sensação no meu peito voltou com toda força me dizendo o
que era necessário.
Eu estou me apaixonando por Rubi Mendoza.
Merda!
Mil vezes merda!
Puta que pariu, eu estou me apaixonado por ela? Nunca senti essas sensações
antes é tão novo, tão bom...diferente. Talvez ela seja tudo o que eu preciso.
Rubi continuou cantando e eu senti cada célula minha ficar ansiosa, a música
já estava acabando e eu não tenho tempo para me recuperar dessa confissão
que eu acabei de fazer, isso parece surreal.
Abaixei o olhar pensativo de repente, e ela? Será que sente as coisas que eu
sinto? Será que ela só sente atração física por mim? Como eu também
pensava que sentia antes de realmente entender...
Perguntas assim rodeavam minha mente e eu a encarei de novo, sua voz era
tão bonita que eu poderia escutar o dia inteiro e não iria enjoar.
Rubi ria enquanto agradecia com pequenos acenos, o homem moreno chegou
perto dela entregando o mini troféu e apertou sua mão, ela sorriu para ele e
desceu do palco analisando o mesmo.
Seu sorriso era tão grande que parecia sair faíscas de felicidade do seu
corpo, ela chegou até mim e eu como um idiota dei meu maior sorriso,
coloquei a mão no meu peito.
- Eu juro que tive um orgasmo -digo e ela joga o cabelo pro lado como se
estivesse se gabando e depois sorri sincera.
Ela se sentou ao meu lado novamente e colocou o mini troféu na mesa, ele
tinha um pequeno microfone na ponta, estava escrito " Corajoso(a) e
talentoso(a) ", sorri com aquilo enquanto ela olhava para o troféu.
Seu cabelo cobria um pouco seu rosto e eu levei meus dedos até lá o
afastando para colocar atrás da sua orelha, deslizei meu dedo pela maçã do
seu rosto fazendo um carinho e ela sorriu para mim pegando no meu dedo e
parando meus movimentos.
Eu adoro esse sorriso, coloquei minha mão na sua nuca e a puxei na minha
direção colocando seus lábios nos meus em um beijo terno. Ela colocou a
mão no meu braço e eu senti por um momento que ela também sentia a
mesma coisa por mim, porra! Eu vou enlouquecer, não! Eu já estou louco a
muito tempo.
Me separei dela colocando minha testa na sua e abri os olhos, ela ainda
estava de olhos fechados mas com o cenho franzido, Rubi engoliu em seco e
eu respirei fundo com o peito apertado.
Suas íris castanhas apareceram e um olhar doce foi lançado para mim.
Meu coração acelerou tão forte que eu até achei que ela poderia escutar.
- Princesa...
Fui interrompido pelo garçom que chegou com os nosso pratos e abriu a
garrafa de vinho nos servindo com certa rapidez.
Tirei as mãos dela sentido nossa bolha ser estourada e respirei fundo,
covarde do caralho! Eu tenho um sério problema para resolver antes de dizer
algo a ela, só o pensamento de dizer que gosto dela me deixa nervoso.
Estou virando o idiota do meu irmão apaixonado? Cristo! Dylan vai me zoar
até eu completar 50 anos.
Sorri de lado depois de alguns segundos, nunca ficarei mais feliz por ser
zuado.
×××
Beijãooo ❤
33° capítulo
Rubi
Meu coração.
Hoje, mais do que nunca, eu senti meu coração bater tão forte contra meu
peito, como se os caquinhos estivessem se reconstruindo dando lugar a um
coração apaixonado, um novo talvez.
Quando fechei os olhos naquele palco, eu senti que não era apenas atração
física que eu sentia por aquele loiro metido, quando reabri os olhos e o vi
me encarando eu tive total certeza.
Pensei por vários meses que não encontraria alguém que me fizesse tão bem
ao ponto de aquecer meu coração novamente, e olha a merda! Ele é um dos
caras mais cafajestes de Nova York inteira.
Será que estou pagando pecado? Não sei, mas ele é com certeza o próprio
pecado para mim.
Gosto do seu humor, gosto de como ele me faz me sentir bem sem fazer
esforço, gosto de como me faz sentir única quando estou em seus braços.
Mas claro que sei dos riscos porque posso muito bem não sair inteira no
final disso. Adam pode acabar comigo em questão de segundos e eu temo
que dessa vez o estrago seja mil vezes pior.
- O que houve?
Sua voz grossa chega até os meus ouvidos e pisco várias vezes tentando
reorganizar meus pensamentos.
- O quê? -pergunto confusa.
- Você estava me olhando com um sorriso mas ele foi sumindo e uma
expressão preocupada apareceu no seu rosto -ele explica, receoso.
- Não pense demais -ele diz colocando a mão na minha perna que estava
cruzada e dessa vez eu que engoli em seco.
Ele aperta minha coxa com força e descruza minhas pernas, deixando claro
na sua expressão o que ele queria fazer agora.
Socorro.
Ele diz isso porque a toalha escura é grande o bastante para fazer cobrir a
mesa por inteira, assim escondendo o que está atrás dela, olhei em volta e
todos pareciam dispersos com a sua própria vida.
Eu olhei para frente vendo o palco e senti Adam se inclinar na minha direção
para sussurrar no meu ouvido:
Adam sorriu quando eu fiz o que ele disse e mordeu o lábio inferior assim
que seus dedos acariciaram meu sexo por cima da calcinha branca de renda.
- Boa menina, agora eu quero que você coloque as mãos em cima da mesa e
aperte a toalha quando for gemer.
Virei meu rosto na sua direção e encarei os pares de olhos azuis que tanto
mexiam comigo, Adam olhou para baixo sutilmente afastando mais um pouco
meu vestido e eu limpei garganta quando senti minha calcinha sendo
afastada.
- Quero ver o seu rosto quando eu fizer você gozar -ele me encara e eu gemi
baixinho sentindo um dedo me penetrar.
Puta merda.
- Eu quero que você imagine -ele sussurra no meu ouvido e eu mexo minha
cabeça quase implorando para ele beijar meu corpo- Imagine que sou eu
dentro de você, que é o meu pau fazendo você gemer e ofegar.
- Não tem como -sussurrei de volta com o peito ofegante e ele sorriu
agarrando minha perna direita que estava próxima das suas, eu me aproximei
mais de Adam quando ele colocou essa mesma perna em cima do seu joelho
me deixando um pouco mais aberta.
Olhei para a minha perna em cima do seu joelho e depois para a mesa nos
cobrindo da cintura para baixo
- Quer dizer que eu devo parar de acariciar você por baixo da mesa?
- Não ouse -arregalo os olhos quando percebo que isso saiu da minha boca
rápido demais.
- Sabia!
Ri baixo colocando minha mão na sua camisa e o puxei para mais perto até
seus lábios colarem nos meus, eu sentia o gosto de vinho que estávamos
tomando antes e passei minha língua pelo lábio inferior.
Adam apertou minha coxa fazendo mais pressão nos dedos antes de voltar a
me tocar, parei de beija-lo jogando a cabeça sutilmente para trás e sorri
quando senti seu beijo no meu queixo.
Mordi meu lábio tentando ser silenciosa ao sentir a pressão dos seus dedos
aumentar, Adam se inclinou um pouco mais para o meu lado fazendo o
movimento do seu braço parecer quase imperceptível.
Ele dá um resmungo quando olha para baixo vendo o bico dos meus seios
rígidos sobre o vestido e depois me encara fazendo seu polegar se mexer de
forma circular sobre meu clitóris.
Sorri ofegante e virei meu rosto para encara-lo, Adam olhou para a minha
boca e depois para meu peito.
Senti uma mão no meu rosto apertando minhas bochechas fazendo um bico
pequeno na minha boca, virei o rosto e olhei para Adam que tinha o maxilar
apertado, quando ele acaricia meu clitóris mais uma vez eu finalmente gozo
com os olhos vidrados nos seus.
Senti minhas bochechas ganharem uma cor rosada e ele riu alto levando uma
mão para o meu maxilar deixando sua boca a centímetros da minha.
- Espera!
Pisco uma par de vezes e depois olho para baixo vendo sua ereção aparente
quase rasgando a calça jeans, ri alto, quase caio da cadeira.
Parei de rir.
20 segundos depois...
- Eu acho que você deveria sair de perto de mim, é, vai, vai -ele balança as
mãos me expulsando e eu dou um soco na sua coxa.
Dei de ombros.
10 segundos depois...
Suspirei olhando para o meu pulso fingindo que tinha um relógio ali, Adam
me encara.
- É isso, acabei de fazer 28 anos -falo com um sorriso falso e ele finalmente
levanta jogando o guardanapo no meu colo.
Vejo uma notificação no meu celular e pego o mesmo vendo que era uma
mensagem de Josh.
"Estou com saudades, esse lugar é um porre sem você. Volte logo"
"Já estou voltando, não esqueça do meu café com bastante caramelo e
chantilly"
Alguns segundos depois ele manda outra mensagem:
- Seu guia turístico gostoso aqui -ele apontou para si- Decidiu que seria bom
passearmos um pouco de noite.
- Meu guia turístico gostoso -me corrijo- Ele vai me dizer para onde vamos?
- Você.
- Que é?
Bufei irritada.
- Adoro suas covinhas -ele colocou o indicador no meu rosto, sorri pequeno
querendo gritar.
- Uma coisa que você não faria de jeito nenhum -ele pede com o braço
direito segurando minha cintura.
- Peter meio que me obrigou -responde- Mas foi uma experiência legal.
- Já tinha percebido que você gosta de Audi, os carros são bonitos -falo
sentindo um incômodo nos pés- E também de sexo.
- Você repara muito em mim -ele fala.
- Eu sei -ele dá de ombros- Seu guia turístico além de gostoso é lindo pra
cacete, não tem como competir.
- Deixar minha família -ele diz sério- São tudo para mim.
O encarei com admiração no rosto e passei meu braço pelo seu tronco o
apertando, ele apenas deu um beijo na minha cabeça.
- O que houve?
- Vem, vamos sentar ali -ele aponta e eu sigo o seu dedo vendo um banco
marrom.
Ele me ajudou a andar até lá e nos sentamos no banco, tirei os sapatos e não
tinha calos nem nada, estava apenas doendo.
Gemi aliviada quando apertei meus pés e Adam puxou minhas pernas
fazendo-as ficar no seu colo e fez uma leve massagem nos mesmos.
Eu acredito nele, mas nós ficamos tão entretidos conversando que nem
notamos que provavelmente andamos uns 4 quarteirões.
- Tudo bem -digo com um sorriso terno nos lábios- Valeu a pena.
Ele fez a massagem no outro pé e eu aproveitei aquilo, até que ele era bom
nisso.
- Táxi?
(...)
Gritei alto quando senti o sapato desse gigante loiro quase estraçalhar meu
pé.
- Merda, foi mal! Eu não vi você -ele diz rindo e se afastou na hora que
tentei atingir seu corpo bonito.
Me apoiei na parede vendo estrelinhas de dor, puta que pariu como isso dói.
- É claro que não viu, só existe você no mundo! -resmungo e ele coloca a
mão no peito dizendo "Nossa, ela está atacada".
- Para de drama, Mendoza. Nem está roxo nem nada -ele diz e eu estapeio
seu braço que ri em seguida.
As portas se abriram e nós saímos de lá, eu não estava fazendo drama, esses
saltos acabaram comigo e ainda ganhei uma pisada de brinde.
Ele percebeu que eu não estava do seu lado e olhou para os lados e depois
para trás com o cenho franzido.
- Vamos, vamos -ele apontou para frente e eu mostrei meu dedo do meio.
- Acha que está falando com quem?! Com Mops??
- Meu Deus! Eu vou cair -digo e ele me joga para cima tentando me firmar e
eu solto um grito de desespero cobrindo o fundo no meu vestido para não
mostrar nada demais.
Parei de ameaçar Adam quando vi Maria passar por nós com um sorriso
enorme no rosto.
Adam se virou para falar com ela a tirando do meu campo de visão
logicamente, fiquei de costas para ela vendo o corredor vazio.
- Nós vamos embora amanhã de manhã, foi muito bom rever você -ele diz e
tenho quase certeza que ele está sorrindo.
- Oh, boa viagem meninos. Juízo viu! Espero rever vocês de novo -ela diz.
Ele tirou meu celular que estava no seu bolso quando eu dei a ele no táxi e
me deu para tirar a chave, a tirei rapidamente da capa o entregando em
seguida que abriu a porta.
Entramos no quarto e ele não fechou a porta, Adam me colocou na cama com
cuidado e deu um beijo demorado nos meus lábios.
- Eu preciso tomar um banho e trocar de roupa -ele diz, eu não queria mas
acabo concordando.
Ele colocou minha chave na cômoda e me olhou antes de sair pela porta.
Me levantei depois sentindo meus pés darem pequenas pontadas e fui para o
banheiro, tirei o vestido vermelho o colocando no descanso que tinha na
porta e logo depois a lingerie branca, soltei meu cabelo do coque e o mesmo
caiu sobre meus ombros.
- Adam?
Ele ainda estava com as mesmas roupas e com os punhos cerrados, seus
olhos passearam pelo meu corpo e eu apertei a toalha tentando me convencer
de que tinha algo me cobrindo porque o olhar de Adam parecia me dizer o
contrário.
Foi o que ele disse antes de avançar sobre mim agarrando minha cintura e
me dando um beijo quente e gostoso. Sorri no meio do beijo quando sua mão
agarrou minha toalha a tirando do meu corpo.
Adam parou o beijo e se afastou para encarar meu corpo, seu olhar intenso
foi jogado para mim e eu apertei minha perna uma na outra.
Ele tirou a jaqueta preta do seu corpo e jogou no chão tirando a camisa em
seguida. Ele também tirou os sapatos assassinos e desfez o botão da calça
jeans.
Gemi contra sua boca sentindo sua ereção se esfregando em mim as vezes,
parei de beija-lo quando ele desceu o rosto para beijar meus seios.
Adam mordisca o bico rígido e eu forço a cabeça para trás me mexendo
sobre sua ereção.
Coloquei a mão no box de vidro que estava embaçado por conta da água
quente deixando o ar mais excitante.
×××
Vote!
Plis plis, obrigada 😁.
Até, babys ❤.
34° capítulo
Rubi
Adam levantou uma sobrancelha para mim ouvindo minha ordem e cruzou os
braços no peito enquanto tinha o corpo encostado na cômoda me encarando
como se eu fosse um doce de padaria.
Seus músculos dos braços se contraem quando ele se movimenta para sair de
onde estava.
Gostoso demais.
Adam andou até mim lentamente e parou atrás do meu corpo, olhei para
frente quando seus dedos puxaram o zíper para cima devagar.
Pervertido.
Que eu adoro.
- Você está perfeita -ele diz se inclinando sobre mim fazendo seu membro
roçar na minha bunda.
- Única coisa que você vai tirar aqui, vai ser minha paciência.
- Por que você acha que eu estou sempre tirando sua paciência? Eu não
entendo isso... -ele debocha e eu reviro os olhos.
Senti ele beijar minha bochecha e abri os olhos lentamente vendo um sorriso
bobo nos seus lábios.
Lua com certeza o enfiou aqui por engano quando pedi ela para escolher um
par enquanto tomava banho naquele manhã.
Eu até usaria um salto mas não quero, já chega de dores. Eu trouxe apenas
três saltos altos e os usei direto aqui, meus pés se pudesse iriam chutar a
minha bunda.
- Esquece que eu falei antes, agora sim você está perfeita -diz e eu sorrio
pequeno.
- Espero que ninguém note a discrepância -falo alisando minha saia e blusa
social.
- Claro, só cuidado para as crianças não agarrarem seus pés quando formos
descer.
Reviro os olhos e mostro o dedo do meio para ele que coloca a mão no rosto
fingindo chorar.
- Idiota -digo quando passo por ele abrindo a porta e ele apenas ri do meu
lindo tênis.
- Espera, espera, eu tenho mais uma -ele levanta o dedo e eu paro de andar
colocando minhas mãos na cintura.
- Fala!
- Alô? Oh, sim -ele me encara- O presidente está pedindo para você
devolver o gerador de luz de Nova York.
- Vai Se foder! -gritei com ele que riu alto quase caindo no chão, otário!
Saio do quarto primeiro e ele veio atrás de mim todo vermelhos tanto de rir.
Eu sentia seu olhar queimar nos meus pés.
- Caralho, princesa! ELE PISCA! -ele grita- SEU TÊNIS ESTÁ
PISCANDO? PUTA MERDA! PRECISO BATER UMA FOTO DISSO!
(...)
- Quando sairmos vamos tomar um café da manhã decente -ele diz e eu pego
o copo da sua mão- E claro, passar no campo de futebol para dizer que você
não vai poder iluminar o campo hoje.
Quase jogo o café na cara dele, mas ele conseguiu correr antes disso.
Bebi um gole e ouvimos o celular dele tocar. Adam tirou o celular do bolso
e deslizou o dedo pelo tela levando o aparelho até o ouvido.
Amor?
Mas foi inevitável não o olhar quando ele parou na minha frente e cruzou os
braços com um sorriso de lado.
Cara?
O olhei confusa e ele levou o dedo até o meu nariz o tocando várias vezes
até que bati na sua mão e vi ele sussurrar um "ciumenta".
Fiz uma cara de deboche e dei de ombros.
- Peter Ross! Se eu chegar em Nova York e tiver sequer uma marca de dedo
no meu Audi eu passo com ele por cima de você, é, é, vou deixar outra
tatuagem no seu braço, babaca!
Lily? Peter deu um nome para a moto dele? Bem a cara dele fazer isso, na
verdade.
- Eu sei que você tem carro, mas ele não funciona porque só fica parado!
Ouvi passos vindo do lado de fora e me levantei indo até Adam o puxando
para perto da mesa.
- Agora você sabe como Dylan se sente -digo e ele fica estático, quase
paralisado quando para pensar nisso por alguns segundos.
Na mesma hora a porta foi aberta e nós viramos para encarar a família,
Sebastian, Lorenzo, Carmen e Antony entraram na sala impecáveis como
sempre e vestidos a caráter.
Um outro homem também entrou na sala com uma maleta e um terno preto,
ele usava óculos de grau e tinha um pequeno topete. Na mão esquerda uma
aliança que brilhava e no pulso um relógio todo preto mas com alguns
brilhantes dentro, aquilo devia custar uma fortuna.
Olhei para Adam me segurando para não pular e comemorar com ele.
- Ele leu o contrato e está aqui para nos auxiliar quando assinarmos -Antony
diz.
Ficamos cerca de 1 hora na sala conversando sobre a parceria até que vejo
Sebastian tirar uma caneta dourada e preta do paletó e olha para o advogado
que balança a cabeça concordado.
Não sei o que esse advogado fez mas Sebastian confia nele de olhos
fechados.
Senti Adam apertar minha mão por de baixo da mesa e apertei de volta me
sentindo realizada por termos conseguido.
Depois de mais alguns ajustes chatos os 5 se levantaram e nós dois fizemos o
mesmo, apertei a mão dos cinco com um sorriso no rosto.
- Bonito o tênis, senhorita -Sebastian diz e eu sorrio sem graça apertando sua
mão.
Misericórdia.
- Ainda nos veremos, srta. Mendoza. Espero poder leva-la para um almoço...
-Antony diz e olha para Adam que está com uma sobrancelha levantada-
Privado.
Ele sorriu de um jeito provocativo e aperta minha mão mais uma vez dando
um beijo no final, vemos os cinco passarem pela porta e irem embora.
- Sim! -falo alegre- Nós conseguimos! Vou até deixar você me zoar de novo.
- Não, já chega -ele beija o topo da minha cabeça- Mas eu ouvi dizer que o
jardim de infância perdeu o tênis de uma criança por aí, acho melhor você
devolver.
Dei um tapa nas suas costas e ele me olhou incrédulo, ri alto pondo minhas
mãos na sua nuca o puxando para me beijar. Seus lábios encostam nos meus
várias vezes e ele acaba rindo no meio dos beijos.
- Princesa! Porra, não quero ser preso por atentado ao pudor -ele apertou
minha bunda- Melhor parar antes de eu jogar você em cima dessa mesa.
- Esse tênis deve ativar seu maior nível de safadeza -ele sussurra- Use-o
mais vezes.
Ri alto quando ele colocou seus braços em volta da minha cintura.
- Vamos comer -ele diz e pega na minha mão depois de agarrar o contrato em
cima da mesa.
Nós dois saímos da sala rumo a alguma cafeteria para aproveitar nossa
última manhã na bela cidade de Paris.
×××
Rubi
Depois que Adam e eu fomos tomar café, onde eu tomei vários Cappuccinos,
nós voltamos para o hotel.
Depois que terminei fui até a minha mala a puxando para a porta e prendi
meu cabelo em um rabo de cavalo.
Abro a porta colocando minha mala para fora e bati na porta do loiro,
coloquei as mãos no bolso de trás e não achei meu celular.
Arregalei o olhos, não por ele estar com a minha calcinha na mão e
balançando e sim por um casal de idade passar bem na hora.
- Roberto, olhe isso -a velhinha sussurra e Adam sorriu sem graça esconde a
peça no bolso de trás.
O casal se vira para mim com um sorriso bastante malicioso que fez minhas
bochechas esquentarem imediatamente, o homem olhou para Adam
novamente fazendo um legal com o polegar e a mulher me deu uma
piscadela.
Misericórdia.
Eles continuaram andando até que sumiram do nosso ponto de vista, encarei
Adam que segurava o riso. Ele estava lindo com aquela camisa branca de
botões.
- Me dê -pedi.
- Não.
- Como não?
- Estava no meu quarto, perto das minhas coisas...agora é minha -ele disse
batendo no bolso da calça jeans onde a calcinha estava.
- Não é mais -diz e entra no quarto voltando segundos depois com a mala nas
mãos.
Mas...o que...mas...
Reviro os olhos.
Fechei a porta do meu quarto guardando a chave no bolso e corri até ele
rapidamente que até fingiu estar quase cego pela luz que saía do sapato,
ADAM É UM IDIOTA!
Avistei Adam falando com o motorista e andei até eles, senti meu celular
vibrar e o tirei do bolso vendo que era uma mensagem de alguém anônimo:
"Desconhecido".
Parei de andar e franzi o cenho, não tinha foto e nenhuma descrição, apenas o
número era visível.
Ele diz apontando pro carro me apressando e eu corro até ele guardando o
celular no bolso quase caindo no processo mas cheguei.
(...)
- Pretende dormir por sete horas dessa vez? -Adam pergunta me fazendo
encara-lo.
- Não, por que? Você tem algum plano? -pergunto e ele ri pelo nariz.
- Mas é claro! -ele quase berra.
Sorri pequeno e tentei fechar a fivela do cinto mas não estava conseguindo,
por que essa porra parece tão complicada?
- Adam, também acho que não é assim -falo e ele tenta mais uma vez.
- Não
Ele se inclinou nas cadeiras e seus dedos chegaram até o cinto, ele
rapidamente olhou nos meus olhos e puxou o cinto um pouco para cima, senti
de leve ele apertar minha cintura e o cinto apertar o centro das minhas
pernas, dei um suspiro baixo fazendo o homem me encarar de novo.
- Vou fechar agora -ele me olha e eu juro que sua voz pareceu mudar um
pouco- Se te machucar me avise.
Balancei a cabeça concordando e ele deu sorriso de lado.
Ele se foi e olhei para Adam que estava com uma sobrancelha erguida e uma
cara irritada.
- Sim claro, não tem aeromoças nesse avião para te ajudar não?
- Você fica lindo com ciúmes -digo, colocando a mão no seu rosto fazendo-o
me encarar.
- Vou bater...quer dizer, falar com ele, espere aqui -ele diz tentando levantar
mas eu agarrei seu braço o impedindo.
Ele ficou me olhando por mais alguns segundos e seus olhos que estavam
escuros foram voltando ao normal.
- Você tem sorte de ser bonita para cacete e me manter distraído -ele diz e eu
faço um bico debochado.
- Maluco.
- Maluco -ele me imita com uma voz fina e eu agarro sua barriguinha
apertando, ele riu afastando minha mão e eu ainda sorri antes dele me beijar
gentilmente nos lábios.
Seus lábios eram tão macios que eu poderia passar o dia todo o beijando.
Nos afastamos sorrindo e a voz do piloto ecoou no avião, já iríamos decolar.
Tempos depois...
- Você ia pisar na poça de glitter que o sapato rosa ta deixando -ele diz e eu
o olho irritada.
- Idiota -bato no seu braço com força e ele riu se divertindo com a minha
cara, tento dar outro tapa mas ele puxa minha mão colando nossos corpos.
Ele segura minha cintura com força e uma mão vai para o meu cabelo
puxando meu rosto para cima me fazendo dar um suspiro baixinho.
Analisei todo seu rosto até que os seus olhos prenderam os meus, ele
suspirou desanimado e me apertou mais.
Não me fala essas coisas Tinker Bell, você só aquece meu coração ainda
mais.
- Você vai ver meu rosto todos os dias, trabalhamos juntos, lembra? -reviro
os olhos e depois sorrio travessa, ele faz o mesmo.
- Que tal comemorarmos? -ele pergunta- Fechamos contrato com os Foster's,
merecemos uma comemoração.
Coloco meus braços ao redor do seu pescoço e mordo o lábio inferior, seus
olhos se fixaram na minha boca por uns segundos mas se voltaram para os
meus olhos quando falei:
- No que você está pensando, Sr. Venturelli? -pergunto- Não aceito nada que
não tenha comida no meio.
Adam sorriu.
- Ainda estou decidindo, mas você vai estar de pernas abertas para mim... -
engoli em seco sem desviar dos seus olhos- Eu quero você implorando para
me sentir dentro de você, eu quero a expressão quando suas pernas
tremeram, Princesa. Você quer isso?
Vimos Peter e Emily quase bufando de raiva e logo depois o casal maravilha
também aparaceu trazendo consigo Susie e Nate que estavam sorrindo.
- Meu Deus! Como você é chata! -Peter diz parando perto de onde se pega as
malas e põe a mão na cintura.
- Que vontade de bater nessa sua cara e esfregar ela todinha pelo chão, mas
infelizmente posso ser expulsa desse aeroporto!
- Expulsa? Não me deixe sonhar, loirinha -ele diz e ela revira os olhos.
- Eles já devem estar chegando, por favor parem de brigar -Susie diz e
Dylan concorda.
- Adam e Rubi brigam mas vocês dois são inacreditáveis -Lisa diz brigando
com os dois.
Adam fingiu tossir e os seis nos encaram e depois voltam a encarar uns ao
outros, eles arregalam os olhos e nos encaram de novo percebendo que
somos nós, ouço uns gritinhos de felicidade e logo todo mundo está em cima
da gente nos abraçando e matando a saudade.
Demos espaço para Lisa por causa da barriga que olhando agora parece
estar maior, deve ser coisa da minha cabeça ou o bebê vai ser grande.
Fui até a barriga da Lisa de 4 meses e fiz carinho na mesma falando com o
pequeno Venturelli.
- Maninho...
Adam diz triste e faço uma cara de tristeza como combinamos no avião,
Dylan respira fundo e passa a mão nos cabelos.
- Sabia que vocês iriam conseguir -Nate diz e eu dou um sorriso vitorioso.
- Quantos anos você tem mesmo? -Emy pergunta travessa e mostro o dedo do
meio para ela.
Eles riram.
Senti Adam me encarar e eu apertei minha boca em uma linha reta sentindo
nossos planos sendo frustrados.
- Vamos, estou azul de fome -Lisa diz e Dylan faz uma cara de chocado.
De repente seu olhar encontrou com o meu e eu dei um pequeno sorriso, ele
suspirou mas desviou quando um dos meninos os chamaram.
- Ok -respondo.
Olhei para elas que conversavam animadamente sobre Paris me fazendo dar
um sorriso sincero. Paris foi interessante.
×××
Beijos ❤.
36° capítulo
Rubi
Havia três garçons muito bem vestidos no canto perto da cozinha olhando
para o patrão atentos a qualquer coisa, o restaurante italiano que estávamos
era de Dylan.
Depois de abrir a garrafa ele nos serviu as taças e nos levantamos quando
ele propôs um brinde.
- Ah espere -Dylan diz e olha para um dos garçons- Nos traga uma taça de
suco de laranja.
Sorrimos e som das taças batendo umas nas outras ecoou no restaurante
atraindo alguns olhares.
- Adam e Rubi -Dylan diz e batemos a taça mais uma vez mas dessa vez sem
a Lisa que se sentou na cadeira novamente e bebeu o suco.
Olhei de relance para ele e vi que Adam me encarava com um sorrisinho
lascivo na minha frente com Peter ao lado dele, todos nós nos sentamos
novamente e começamos a comer.
Dylan e Lisa estavam sentados lado a lado na minha direita e o meu lado
esquerdo era ocupado por respectivamente Susie, Emy e Nate.
- Mas, e ai? -Emy olha para mim e para Adam- Vocês passearam pela
cidade?
- Sim -respondo.
- Cara, eu soube que choveu em Paris. Achei até estranho porque essa época
do ano é difícil chover por lá -Peter diz e Adam concorda.
- Estávamos na rua quando choveu -ele diz e me encara- Até nos molhamos
um pouco.
- Vocês se molharam muito? -Lisa pergunta e eu a olho feio, mesmo ela não
sabendo de nada.
Ele passa a língua nos lábios enquanto aqueles olhos azuis me perfuram.
Engoli em seco e bebi outro gole de champanhe sem desviar do olhar dele.
Socorro.
Só paramos de nos encarar quando alguns deles começou a falar alguma
coisa que eu não estava prestando atenção.
Senti meu celular vibrar em cima da mesa e soltei o pano lentamente, peguei
o celular e o destravei com a minha digital.
"Do restaurante"
Ele suspirou
Puta merda, olhei para ele e vi o quanto seus olhos estavam escuros e vi
perfeitamente quando ele disse "responda" mas sem emitir som nenhum.
"Sim"
Esperei ele digitar uma resposta mas nada chegou, eu não conseguia encara-
lo agora porque eu tinha certeza que ia sofrer um ataque cardíaco.
Ele semi cerrou os olhos em seguida e passou a mão no cabelo, seus dedos
ágeis voltaram a digitar e uma ansiedade fez meu estômago revirar.
"Me dê um bom motivo para não levantar dessa cadeira, ir até você e te
arrastar para fora desse restaurante"
Eu não sei de onde eu tinha arranjado coragem para mandar aquilo, mas eu
era assim com Adam. Ele conseguia despertar o meu pior lado que
aparentemente estava acordado, eu não tinha de vergonha de nada quando
estava com ele, eu podia ser eu mesma.
Ele me encara e eu passo a língua nos lábios mordendo no final. Ele suspira
alto e volta a digitar.
Mordi o lábio com tanta força quando senti a umidade na minha calcinha
aumentar gradativamente, olhei para ele e vi seus olhos azuis escuros e com
desejo transbordando neles.
- É isso que eu vou fazer com você agora -ele não mandou mensagem, ele
acabou de dizer isso sem emitir nenhum som mas foi o suficiente para eu
entender e fechar os olhos tentando reorganizar meus pensamentos.
- Eu preciso ir.
- Preciso trabalhar -ela diz pegando sua bolsa e vestindo o casaco- Meus
chefes não gostam de atrasos.
Franzi o cenho.
- Eu sei, mas mesmo assim meninos eu preciso ir e fazer alguns drinks! -diz
animada.
Olhei para o lado e vi Lisa com a cabeça encostada no ombro de Dylan que
colocou o braço em volta da esposa e deu beijo na sua cabeça.
- Emily, leve Rubi para casa. A boate não é caminho para o apartamento
dela, se levar nós duas irá dar uma bela volta na cidade até chegar ao seu
apartamento -Susie diz olhando para Emily.
- Pode ir comigo.
Todos os olhos se voltaram para Adam, até Lisa que estava quase dormindo
acordou e o encarou.
- É uma boa ideia -Lisa diz e se levanta- Vamos meu arrogante gostoso,
Danny e eu estamos com sono -os dois se viraram para ir embora.
Todos nós gritamos os chamando e os dois se viraram de volta assustados.
- Lhes apresento Daniel Venturelli -Lisa diz e passa a mão na barriga- Nosso
pequeno Danny.
Todos nós sorrimos e eles também pelo nosso entusiasmo, esse bebê mal se
desenvolveu direito e já tem 8 pessoas babando por ele.
Nos despedimos um dos outros e Adam acompanhou Emily até o seu carro
pegando minha mala e colocando no seu que já tinha sido deixado para ele
no aeroporto.
Lisa e Dylan foram os primeiros a irem embora e logo depois Emy e Susie.
- Cara, não esquece da festa -Peter diz assim que para na nossa frente- Quero
vocês lá, você também Rubi.
Esse cara é muito bonito, até o jeito de andar dele é sexy. Ele parece ser
quase...inalcançável.
- A que Dylan carregou Lisa e todos nós fomos correndo atrás deles.
Devo admitir, não são só os homens Venturelli que tem toda a beleza, Peter
rouba atenção para ele também.
O carro dele dá partida e o motor potente faz um barulho irritante, pelo visto
ele consertou sua Ranger Rover.
Sua boca toma a minha em um beijo necessitado fazendo sua língua explorar
cada parte da minha boca, chupei seu lábio inferior e ele pressionou sua
ereção no meu quadril me fazendo ofegar.
Mordi seu lábio inferior e puxei seu corpo mais para o meu.
- Vamos para o seu apartamento, quero que me foda de quatro na sua cama -
digo e suas pupilas dilatam na mesma hora.
Sua mão abre a porta do carro mas sem ele tirar o corpo de cima do meu,
quando a porta está aberta por completo ele coloca a mão na minha nuca e
levanta minha cabeça me fazendo encara-lo.
Sua mão desce para o meu pescoço e ele aperta de leve me fazendo dar um
gemido abafado.
- Tenho uma mensagem para fazer virar realidade -sua voz saiu mais rouca
do que eu esperava- Sem andar direito, lembra?
×××
Até, babys ❤.
37° capítulo
Rubi
A viagem inteira foi uma tensão sexual que estava me deixando louca, meu
corpo quase tremia de ansiedade e eu precisava molhar meus lábios
frequentemente tentando espantar as cenas que vinham na minha cabeça.
Adam me levou até a porta que continha o número 892 que ficava no lado
oposto da outra e a abriu com um molho de chaves que tinha no bolso, a
porta foi aberta e nós entramos.
- Gostei -digo.
Ele riu pelo nariz e me puxou pelo apartamento um pouco grande para uma
pessoa só, fomos para cozinha e eu sorri quando vi que era tudo muito
bonito, o contraste do preto com branco caiu muito bem, a mesa de vidro
chamava bastante atenção por ficar no meio da cozinha com 6 cadeiras em
volta.
Ata!
- Não estou mentindo -ele coloca a garrafa na mesa depois que terminou de
me servir.
- Tenho.
Parei de falar quando me dei conta, ele tinha outro apartamento onde trazia
suas conquistas de uma noite, cafajeste do caralho!
- Entendi -digo.
- Entendeu por que digo que você é a primeira que eu trago aqui? -pergunta
andando até mim- Você e seu tênis são bem vindos aqui.
- Não vai beber comigo? -pergunto e ele sorri pequeno, tinha algo em seus
olhos que me alertavam, como se ele tivesse calculado algo, e eu
aparentemente, estava perguntando o que ele queria.
- Claro que vou beber com você.
Filha da mãe!
Levantei a taça para cima abrindo a boca perplexa e olhei para minha blusa
molhada de vinho. Encarei Adam com um olhar feio mas esse idiota estava
com um sorriso vencendor nos lábios.
Ele pegou a taça da minha mão com o sorriso sumindo e bebeu o que tinha
restado, Adam se desfaz dela pondo na bancada e anda até mim parando na
minha frente.
O encarei com a expressão tensa, ele olha para o estado da minha blusa
vendo os seios se destacando.
Engoli em seco quando Adam subiu o olhar que se encontrou com o meu
fazendo meu estômago dar algumas voltas como se estivesse em uma
montanha russa.
Seus olhos azuis estavam escurecendo e eu sabia o que isso significava.
- Quer que eu tire essa blusa ou você vai tirar? -Adam colocou as mãos na
bancada me prendendo, eu sabia que sua pergunta tinha sido retórica.
Passei a língua nos lábios e levantei meu queixo na sua direção. Meus dedos
foram para a barra da minha blusa e eu lentamente a tirei do meu corpo
deixando-a cair no chão em seguida.
- E agora, Adam?
- Agora, princesa...
Seu rosto se aproxima do meu e eu até tento beija-lo mas ele se afasta um
pouco, senti ele beijar meu maxilar e suspirei quando ele chegou meu
pescoço, senti seus lábios no meu ouvido:
- Vou fazer o que eu mais quero desde a primeira vez que eu te vi, toda
atrevida e gostosa na saia apertada -ele desce o rosto e eu ofego sentindo ele
limpar o rastro da bebida com a língua- Vou te foder por trás.
Já no andar de cima ele virou para direita e abriu uma porta toda branca com
uma maçaneta prateada, nós entramos no quarto e paramos na frete de uma
enorme cama de casal.
Seus dedos foram para o botão da minha calça que em questão de segundos
já estava sendo abaixada, Adam a puxou para baixo revelando minha
calcinha de renda vermelha e ouvi ele da um leve resmungo, ri baixo e ele
olhou para mim com uma sobrancelha levantada.
Com a minha calça fora eu fiquei apenas de calcinha quando ele tocou no
meu braço me virando, eu sentia minhas costas no seu peito e sua respiração
no meu pescoço.
Ele afastou meu cabelo e deu um beijo no meu ombro, suas mãos apertaram
meus seios e um gemido saiu dos meus lábios.
Ele tocou levemente meu braço e sua boca chegou perto do meu ouvido, o
sussurro fez minha pele se arrepiar, a voz rouca atingiu-me de tantas
maneiras e eu apenas o obedeci quando ele disse:
- De quatro.
Ouvi passos e olhei para o lado vendo sua costa malhada já sem a camisa
branca, ele andou até a gaveta da pequena cômoda tirando um preservativo
de dentro, ele virou o rosto na minha direção e suas pupilas dilataram quase
de que forma instantânea, Adam desceu o olhar para meu corpo analisando
cada parte enquanto abria o preservativo.
O mesmo passou a língua nos lábios e voltou para aonde estava antes.
Ouvi um barulho de botão da calça jeans ser aberto e ansiedade tomou conta
do meu corpo. Ainda não tinha feito essa posição no sexo.
Virei o rosto para frente e fechei os olhos, sentindo o colchão afundar, soltei
um suspiro tenso cruzando os braços e me apoiando neles enquanto Adam
apertava meu cabelo.
- Não precisa ficar tensa, princesa -Adam diz beijando minhas costas indo
até a minha nuca, o olhei por cima do ombro e ele franziu o cenho como se
entendesse o que eu quis dizer apenas com um olhar.
- Otário -ele beija meu rosto- Tudo bem, eu faço o que ele não fez.
Cada pelinho do meu corpo se arrepiou quando ele deu um tapa na minha
bunda e se levantou agarrando minha cintura me firmando. Sua mão foi para
o meu cabelo onde ele o enrolou e gemi baixo quando senti ele na minha
entrada me penetrando devagar, ouvi um gemido contido sair dos seus
lábios.
Puta merda!
Gemi seu nome sentindo ele ficar mais duro dentro de mim. Sua mão soltou
meu cabelo e foi para o meu ombro se intensificando ainda mais.
- Merda, você é perfeita para mim -escuto o sussurro ofegante e dou um grito
quando eu vejo ele esticar a mão agarrando a grade da cama e pegar impulso
me fodendo com mais força.
Senti o olhar de Adam queimar nas minhas costas e sorri de lado sentindo
meu corpo ir para frente e para trás.
A mão livre que estava na minha cintura desceu um pouco até encontrar meu
clitóris inchado, quando eu senti a ponta dos dedos eu caio na cama colando
o rosto na cama mas a bunda ainda empinada para ele.
Olhei para ele vendo-o levantar o queixo um pouco e dar um gemido baixo
fechando os olhos por alguns segundos, eu vi a fina camada de suor surgindo
no seu peito forte e acabei contraindo meu sexo que o fez abrir os olhos
caindo um pouco em cima de mim, senti sua respiração no meu pescoço e ele
continuou metendo me fazendo gemer loucamente.
Mas fechei os olhos com força engolindo um gemido quando senti o tapa na
minha bunda seguido do aperto, Adam agarrou meu pescoço com a mão
direita e eu suspirei quando ele levantou seu tronco me trazendo junto a ele.
Minhas costas se colam no seu peito com nós dois de joelhos na cama e ele
continua entrando e saindo de mim, eu ia ter um colapso se não gozasse logo.
Senti sua mão esquerda no meu seio e coloquei minhas mãos na cintura
fechando os olhos novamente.
- Você vai me matar -sussurrei antes de gemer apertando minhas unhas na sua
cintura quando finalmente gozei por vários segundos com a vista meio turva.
- Não, primeiro eu tenho que dar orgasmos a você -ele fala no meu ouvido
antes de apertar meu seio e aumentar o ritmo novamente.
Adam gozou depois apertando meu pescoço e corpo o máximo que
conseguiu, eu caio na cama primeiro sentindo minha vagina latejar e minhas
pernas fracas.
- Segundo round?
- Não fode -dei um tapa na sua coxa quando ele se sentou perto de mim, meu
coração ia sair da boca.
Adam riu colocando a mão no meu rosto afastando o resto do cabelo que
ainda estava sobre ele, ele toca no meu braço e eu me mexo até o seu corpo.
Abri minhas pernas apenas para sentar no seu colo, dei um resmungo baixo e
senti suas mãos passando pelas minhas costas.
- Tudo bem?
- Sim -ele concorda mas depois me encara quando eu continuo falando- Não!
Você quase me mata, eu não vou conseguir sentar direito!
- Você...é...
- Lindo? Incrível? Gostoso? Bom de cama? Diga que você gostou, princesa.
Vamos, vou pegar mais leve da próxima.
- Convencido!
Coloquei minhas mãos no seu rosto e o puxei para um beijo lento, a língua de
Adam entra na minha boca e eu sinto seus dedos agora apertando minha
bunda.
Dei um tapa no seu peito e ele riu baixo quando meus dedos bagunçam seu
cabelo em seguida.
- Ai, princesa! Porra, é difícil deixar ele arrumado -ele afasta minhas mãos e
eu reviro os olhos.
- Você viu meu celular? -olhei em volta- Vou marcar para irmos no salão de
beleza, idiota.
Ri baixo me inclinando para beijar seus lábios algumas vezes, relaxei meus
ombros quando ele passou os braços pela minha cintura me puxando para
mais perto.
- Isso era o que você queria fazer comigo desde a primeira vez que me viu?
- Sim.
- Você também me odiava -ele diz- Mas o desejo falou mais alto para nós
dois, princesa.
Ele apertou minha cintura colocando minha testa na sua.
Seu nariz tocou no meu e eu gentilmente rocei meus lábios nos seus.
Ele me encara ainda irritado mas depois a expressão vai se suavizando, ele
concorda sutilmente.
- Ok.
Tentei sair de cima dele mas o mesmo não deixou agarrando-me novamente,
o encarei suspirando e pus minhas mãos nos seu ombros.
- Aonde você vai? -perguntou, coloquei meus dedos sobre a barba rala.
- Para casa?
- Não, Rubi.
Fico em silêncio.
Eu não sei se estou ficando louca ou eu entendi essa frase em dois contextos
diferentes.
Eu estou terrivelmente apaixonada por esse homem e estou com medo, muito
medo.
×××
Bombeiros
Quero KKKKKK
Rubi
Aquelas que acordam pela manhã como se já estivessem prontas para uma
sessão de fotos.
Graças a Deus Adam não estava ao meu lado esta manhã, percebi isso
quando estiquei meu braço e o lado da cama estava vazio.
Olhei em volta vendo a luz do sol iluminar o quarto que só agora prestei
atenção de como ele é, o quarto é bem diferente dos outros cômodos, há
cores mais neutras nas paredes e os móveis rústicos, bem masculino.
Tirei o lençol do meu corpo que estava sem nenhuma peça de roupa e me
levantei atrás das mesmas, lembrei rapidamente da minha blusa suja de
vinho e descartei a opção, a minha calça jeans e as peças íntimas não
estavam aqui.
Minha nossa!
Fui atrás do meu celular e não o encontrei, olhei para o relógio na parede e
eram 8:15 da manhã, merda! Vou me atrasar para ir pra empresa.
Abro a porta do quarto começando a andar para a escada mas vi uma mulher
sair da porta que ficava um pouco antes de onde eu estava.
Ela me viu e abriu um sorriso amigável, seu cabelo era preto e alguns
cabelos brancos já davam sinal de vida, ela se aproximou de mim e eu pude
a analisar melhor, seus olhos eram de um castanho claro e ela tinha um
grande colar de conchas no pescoço combinando com as roupas coloridas.
Ri baixo.
- Me chamo Rubi.
- Surpresa?
- Sim, você é a primeira mulher que eu vejo aqui. E olha que eu trabalho
para aquele homem há 5 anos.
Sorri sem graça para ela me lembrando do abatedouro que Adam tem do
outro lado deste apartamento.
- Ok, vou falar com ele. Foi um prazer, Rita -digo e ela concorda.
Pude ver o sinal de âncora que pegava quase metade do seu ombro.
Ele jogou uma panqueca para cima que caiu de novo na panela de uma forma
perfeita, confesso que fiquei com inveja, por que eu nunca consegui fazer
essa merda?
- Você vai ficar aí me olhando ou vai vir aqui me dar bom dia? -me assustei
um pouquinho e encarei seu rosto concentrando no que fazia.
- Ok, se você bater fotos, vou cobrar 100 dólares por cada.
- 50 -falo.
- 80.
- 60.
- Como você faz isso? -pergunto vendo a panqueca cair na panela, ele me
encara.
- Isso o que?
- Sério?
- Deus me livre, claro que não, não quero que você bote fogo no meu prédio.
- Sabe quem disse isso uma vez? Meu pai, ele quase matou toda a família na
Itália por causa de um chocolate quente.
Balancei a cabeça.
- Ata!
- É sério!
- Sério? -perguntou.
- Não, me ensina.
Mexi minhas pernas até ele que me colocou na sua frente e pegou uma
pequena jarra derramado a massa da panqueca na panela.
- Coloque sua mão aqui -ele colocou minha mão no cabo da panela e deixou
a sua em cima da minha- Balance devagar, não seja apressada.
Fiz o movimento com a sua ajuda e ri baixo quando ele se inclinou sobre
mim tentando morder minha orelha. Gritei dizendo que ele estava me
desconcentrando.
- Jogue para cima e fiquei pronta para pega-la, não leve a panela até ela,
deixe que ela venha até você.
Ele apertou minha cintura e eu joguei a panqueca para cima vendo-a dar um
giro, esperei alguns segundos e vi direitinho quando ela caiu na panela
caindo perfeitamente!
Me virei para ele com os braços para cima e o abracei feliz da vida, sinto
que posso encarar tudo agora. O que uma panqueca pronta não faz.
- Você não ficou feliz assim nem quando eu te dei 4 orgasmos ontem.
Finjo estar emocionada levando minha mão até a minha boca e depois
coloco no peito.
- Discurso!
- Agradeço a todos que torceram por mim, açúcar, café... macarrão -acenei
para o nada e depois sorri- E claro, a panela -olhei para a mesma- Você me
ajudou muito.
Dei um gritinho quando ele me puxou pela cintura e o sorriso feliz não saiu
dos meus lábios quando eu coloquei meus braços em volta do seu pescoço,
mordi o lábio encarando seus olhos e suspirei quando ele me deu um selinho
demorado nos lábios.
- Obrigada por ensinar -sussurro vendo um sorriso abrir em seus rosto.
- Sr. Venturelli?
- Eu irei no centro comprar alguns produtos para cá, o senhor irá almoçar
aqui?
Adam olhou para mim enquanto eu via Rita desaparecer do meu campo de
visão.
- Sim, a conheci lá em cima -digo- Pensei que ela fosse me atacar para ver
se eu era real.
Adam esticou o braço agarrando o meu e me puxou até onde ele estava.
Coloquei minhas mãos no seu peito.
- Ela vai falar de você pelos cotovelos.
- Você fica bem com as minhas roupas - diz colocando uma mecha do meu
coque que estava caindo atrás da minha orelha.
- Princesa.
- Você é a dona da empresa, você pode chegar a hora que você quiser.
Pisquei varias vezes e abri a boca para falar alguma coisa mas nada saiu.
Ele estava certo, as vezes eu esqueço disso completamente, mas temos que
dar exemplo certo?
- Mas...
- Nós vamos tomar café e depois podemos ir para empresa, tudo bem? -
pergunta calmo.
- Certo -digo- Mas essa será a última vez que irei me atrasar, não gosto de
atrasos.
Fui até a bancada onde ela estava e vi o bolso da mesma piscando, tirei meu
celular de lá e deslizei o dedo na tela atendendo sem ver quem é.
- Alô.
- Vou te contar uma história -reconheço a voz de imediato.
- Existia uma menina linda com grandes olhos castanhos escuros muito
parecida com o pai dela, devo admitir.
- Um dia, a menina não deu notícias dela e ele descobriu que haviam a
matado -coloquei a mão na testa- Sabe, por que Mi Hija?
- Desculpa? -pergunto fazendo uma cara de inocente mesmo sabendo que ele
não possa me ver.
- Onde você está? Fui no seu apartamento esta manhã e não tinha ninguém.
Não vou falar para o meu pai que passei noite com Adam, ele me perturbaria
até o último dia da sua vida.
- Expresso -ele diz e ouço uma mulher pergunta se ele queria mais alguma
coisa.
De repente escuto uma voz que eu conheço muito bem pedindo por um café
com chantilly e um bolinho.
- Hum.
- Até quando você tenta mentir o universo conspira para mostrar a verdade -
ele diz e eu rolo os olhos.
- Eu estou...
- Não! Não! -digo quando ele leva o celular até o ouvido e se vira quando
tento pegar o celular dele.
- Eu vou te matar! -grito alto e ele se desfaz dos meus braços correndo até o
outro lado da mesa.
- Aqui é o Adam.
Nãoooo.
Aponto para ele e depois finjo estar cortando meu pescoço indicando que eu
faria com ele.
- Oh, não se preocupe nós usamos.
Corri de novo até a Adam que correu para a sala de estar com o celular no
ouvido e eu atrás dele, nunca corri tão rápido em toda minha vida.
Ele parou do outro lado do sofá e eu na sua frente com o mesmo nos
separando.
- Eu já disse a ela que mentir é feio mas você sabe como ela é...
Desde quando esse filha da mãe tem essa intimidade com o meu pai?
- Eu concordo totalmente com você, ela merece umas palmadas -ele diz e eu
levo minha mão até a minha têmpora massageando-a.
- Claro, um almoço seria ótimo -Nem ferrando- Marque o dia com a Rubi
que eu estarei lá.
- Por que caralhos você fez isso? -pergunto dando um tapa no seu braço.
- Se for para não dizer que passei a noite transando com um cara então eu
posso sim!
Ele ri e eu fecho os olhos irritada.
Me virei para subir mas ele pegou no meu braço e me puxou fazendo nós
dois cairmos no sofá, seu corpo ficou sobre o meu me prendendo.
- Você literalmente acabou de dizer para o meu pai que está transando com a
filha dele...
O beijo foi interrompido por ele que puxou minha blusa para cima e me deu
um olhar malicioso.
Ele foi descendo beijando meu corpo e eu suspirei forçando a cabeça para
trás, mas eu apenas estiquei minhas mãos agarrando uma almofada.
Olhei para ele que estava quase chegando no meu sexo e não medi esforços
quando puxei a almofada para frente batendo no seu rosto com tanta força
que Adam rolou para o lado caindo do chão.
- Sua...sua...bandida!
Corri pelo corredor mas dei um grito quando senti o braço rodear a minha
cintura me levantando do chão, ri mais quando ele me carregou como se eu
fosse um bebê.
- Você não sabe me xingar.
- Está nada -dei tapinhas no seu rosto e ele ameaça morder minha mão.
- PRINCESA! -ele grita comigo quando eu desci minha mão apertando sua
nádega direita.
Ri alto novamente.
×××
Vote, baby!
E vamos que o próximo cap está pronto para você já ❤ .
39° capítulo
Rubi
Deus.
- Escolha qualquer uma -falo- Você vai ficar bonito de qualquer jeito.
- Eu não sei, eu não uso ternos -o lembro e ele bufa irritado. Se bem que eu
gostaria de usar um terninho chique.
- A preta! Escolha a preta! -gritei de uma vez e ele sorriu mostrando toda a
sua felicidade pela minha irritação.
Adam andou até a cama que estava com mais de 15 gravatas em cima e
pegou a preta a analisando.
Peguei a minha blusa que já estava seca e depois vesti minha jaqueta jeans.
Minhas roupas estavam tão cheirosas, me lembra um pouco do cheiro de
Adam e eu estou me sentindo maluca por cheirar quando ele não está
olhando, socorro, eu estou patética.
- Você tem escova de cabelo? -perguntei e ele aponta para o banheiro sem
tirar os olhos da gravata como se conversasse com ela.
- Você está certa -sussurra- Eu ficaria bonito até com uma gravata da Barbie.
- Vou te esperar lá embaixo, não demore -senti seu beijo no meu pescoço e
olhei para ele quando sua bunda bonita saiu do banheiro.
Terminei de ajeitar meu cabelo e fui até o quarto procurar pelo meu tênis, os
calcei antes de sair do cômodo e coloquei meu celular no bolso de trás da
calça vendo meus tênis acendendo a cada passo.
Desci as escadas e vi Adam parado perto da porta com uma mão na cintura e
a outra com o celular no ouvido.
- Tenho uma reunião no almoço, não vou poder -ele diz para a pessoa do
outro lado da linha e aponta para a porta.
- Estou indo para a empresa agora...eu ligo para você depois, Pan.
- Por que diabos faríamos isso? -ele pergunta tirando o cinto de segurança.
- Você sabe -digo e ele da de ombros- Vão nos ver juntos e vão pensar que...
- Que estamos transando? Mas nós estamos mesmo -ele diz pacífico.
- Você tem sorte de eu não estar usando uma plaquinha dizendo que eu
finalmente beijei você -ele brinca e eu ameaço bater nas suas bolas, o loiro
riu com a mão na boca- Qual é, Princesa! Você foi muito difícil comigo.
- Oh, coitadinho -fiz uma expressão de pena- Vou te enviar um número de
autoajuda, vai que eles conseguem curar a sua prepotência.
Adam com a boca aberta fingindo estar incrédulo destravou o carro, saio do
veículo e puxo a manga da jaqueta jeans para cima quando ele apareceu do
meu lado, caminhamos para a empresa normalmente quando sinto alguém
esbarrar em mim com tanta força que pareceu ser de propósito.
- Tudo bem -digo apertando meu ombro, estava doendo pelo baque.
- Olha se não é o cara mais cafajeste que eu conheço -ela diz e Adam
suspira.
Essa era Melinda West, minha ex amiga, era ela que tinha me acusado de
destruir as chances deles ficarem juntos.
A mesma pessoa que disse que eu era apaixonada por ela e não aceitaria o
"relacionamento" deles dois, e era Adam estava fugindo do apartamento dela
no primeiro dia que eu o conheci.
- Como você está? -pergunta me olhando dos pés a cabeça- Pelo que vejo
continua a mesma.
- Faz quanto tempo que não nos vemos? 8 meses? Muitas coisas podem
mudar nesse tempo -digo e ela semi cerrou os olhos.
- Não estamos mais juntos -a corto e ela faz uma cara de surpresa.
- Nossa...sinto muito.
- Eu sempre disse a você que ele não era boa coisa -diz e Adam que ainda
estava segurando meu braço, me aperta de leve.
- Pelo menos nisso você tinha razão -digo e ela olha para a mão da Tinker
que estava em mim.
- Eu preciso ir -diz agarrando a alça da sua bolsa- Nos vemos por aí.
O último olhar que Melinda deu foi para ele ao meu lado.
- Adeus, Adam -ela diz com um sorriso apaixonado e se vira indo na direção
oposta de onde veio.
Adam solta meu braço e puxa minha jaqueta para baixo vendo o vermelho na
região do ombro onde ela bateu, ele passa o dedo por cima e me encara.
- Depois de você ter dormido com ela -ele me olhou confuso, por um
momento pensei que ele tinha virado uma interrogação- Você não se lembra
dela?
- Não.
Exagerado!
Só foram dois tapinhas de nada...
- Depois que você transou com ela e tentou me levar para cama em seguida -
ele olhou apertou os lábios e eu ri baixo- Eu dispensei você -ele revira os
olhos- E quando ela acordou procurando pelo seu príncipe encantado eu
expliquei para ela o que aconteceu, mas ela não acreditou em mim e disse
que a culpa era minha por você ter ido embora, mesmo que você já estava
pronto para fazer isso antes de eu chegar.
- Ela culpou você por minha causa? -assinto para a sua pergunta.
- Aparentemente você era o cara ideal para ela...quer dizer ainda é -falei, eu
acho que até bufei.
- Ela ainda é apaixonada por você, Adam -digo e ele arregala os olhos.
- Apaixonada?
- Apaixonada? Como? Ele não deve saber nem a minha idade, na verdade,
ela não sabe nada sobre mim! -ouvi ele resmungando e sorri de lado.
Andamos até a empresa e entramos juntos atraindo alguns olhares curiosos,
mas eu não sei se era para nós dois ou para o meu tênis.
- Tanto faz -digo e ele ri me puxando pela cintura me dando um beijo sedento
de tirar o fôlego. Eu precisei de alguns segundos para retribuir a ação
inesperada, senti meu coração palpitando mais rápido.
- Até depois, princesa -ele diz e começa a andar até a sua sala me deixando
tonta dentro daquela caixa de metal.
- Hum hum -resmungo e ele sorri de lado antes de entrar na sua sala.
- Passei cinco dias fora e você não vai me dar um abraço? -perguntei.
Ele sorriu jogando a cabeça para o lado e se levanta vindo na minha direção,
Josh me abraça forte me levantado em seguida.
Ui, climão.
- Joshua, preste atenção -Jon para na frente dele- Eu amo você, ok? Você não
precisa me responder agora, eu espero o tempo que for necessário.
Jon da um suspiro triste e acena para mim antes de virar as costas e entrar no
elevador novamente.
- Eu não acredito nisso! -digo olhando para Josh que me olha com uma cara
de tédio.
- Coisinha...
- Você tem que parar com esse medo, ele realmente te ama. Não o perca para
depois você dar valor -ele fica em silêncio vendo minha expressão irritada.
- Ele quer assumir você, Josh. Casamento é algo importante e ele não faria
isso se você não fosse importante para ele.
- Você o ama?
- Loucamente -responde.
- Então você vai saber se for a decisão certa, se imagine com ele, ele está no
seu futuro?
Josh suspirou.
- Então sua resposta está aí -pisquei para ele que sorriu antes de beijar
minha mão e a soltar em seguida, fui para minha sala mas antes ouvi ele me
chamar.
- Mendoza?
- Oi.
×××
Rubi
A não ser pela horrível dor de cabeça que estou sentindo por ler tantos
papéis relacionados aos nossos novos clientes e ao meu novo trabalho, ainda
preciso ajeitar alguns documentos fora da minha aérea de trabalho para o
bem da empresa, mas essa dor de cabeça não está facilitando as coisas.
Eu já não estava mais tão bem humorada como estava pela manhã.
- Josh -o chamo.
Descansei minhas costas na cadeira e fechei os olhos com força, a porta foi
aberta e ele passou por ela.
- Por que ainda não está na hora do almoço -digo e ele me olha cruzando os
braços.
Josh diz antes de sair da sala, cruzei os braços em cima da mesa e descansei
minha cabeça fechando os olhos em seguida, senti meu corpo relaxar um
pouco e meus olhos pesarem.
Não sei quanto minutos se passaram mas eu só acordei quando senti dedos
me cutucando e um cheiro delicioso de bolinho de chocolate invadir minhas
narinas.
- Adam está tirando suas forças -ele diz rindo e eu o olho feio.
- Caso você ainda sinta dor -ele levantou uma cartela de remédio para dor
de cabeça.
Ele sorriu antes de dar um beijo no topo da minha cabeça e sair porta a fora.
Continuei comendo meu bolinho e joguei o copo de suco no lixo quando
terminei, me levantei um pouco parando na frente da vidraça que mostrava a
movimentada Nova York.
Respirei fundo antes de comer o último pedaço e gemi com o gosto, isso
estava muito bom.
- Certo, tenho uma última tarefa para você e depois você está livre -digo e
ele levanta as mãos para o alto agradecendo.
- Manda -fala.
- Preciso que você faça 11 cópias disso aqui -mostrei duas folhas- As separe
em pastas e marque uma reunião com a equipe.
- Não, você pode me dar uma carona? -pergunto e ele franze o cenho.
- O que? -pergunta.
- Ok.
Dei uma batidinha na bancada e voltei para a minha sala, as horas foram se
passando.
Peguei meu celular e vesti minha jaqueta novamente, saio da sala vendo Josh
com a mão estendida para mim, olhei para o balcão e Gustavo já não estava
mais lá, entramos no elevador e não demorou muito para estarmos do lado
de fora da empresa entrando no carro de Josh.
Ele girou a chave e deu partida, abri a janela e deixei a brisa bater no meu
rosto enquanto eu via pessoas caminhando e restaurantes bastantes cheios
por conta do horário.
Sorri bobo me lembrando de Adam e a pequena corrida que demos por conta
de uma barra de chocolate, lembrei da sua cara de indignação quando dei
apenas um quadradinho a ele.
Encaro Josh que estava olhando para frente mas tinha um sorrisinho no rosto.
Ele levou o dedo indicador até minha bochecha e deu três toques rápidos.
- Esse sorrisinho bobo aí -ele diz agora cutucando meu braço- Em quem
você estava pensando? No cafajeste delícia?! Não acreditooo! Sua...safada!
Fiquei em silêncio.
- Não me diga que você está... -ele parou de falar vendo minha expressão
séria.
- Você? Oh meu Deus -ele coloca a mão na boca, a menina fofoqueira ficou
radiante.
Ri alto concordando e ele bateu na minha mão dizendo "É isso aí, garota".
Meu plano era não confiar no amor e olha onde estou, pensando que estou
apaixonada por um cara que tem um apelido de Tinker Bell.
Aquele loiro virou minha vida de cabeça para baixo em tão pouco tempo que
chega a ser assustador, como alguém pode ter feito tanta coisa em tão pouco
tempo? E não estou apenas falando dos orgasmos mas dos sentimentos que
chegam até ser novos para mim.
Talvez seja cedo demais mas ele tem tudo o que eu gosto e um pouco mais.
E eu sei que tentar fugir seria inútil.
Será que Adam sente pelo menos uma pequena parte do que eu sinto? Ou
todos esses dias que passamos juntos, o ciúme, o cuidado, o afeto
constante...não significa nada? Não é possível!
Fechei os olhos e minha mente foi para outro ponto, aquele maldito acordo.
Senti o choque de realidade me bater, e se depois disso ele não quiser mais
nada comigo? E se depois disso eu descobrir que eu fui apenas um acordo?
Porque eu realmente sou, ele ganhou e eu sou seu maldito prêmio.
Tudo isso é patético, eu sou patética por acreditar que um cara como Adam
possa mudar de um dia para o outro, ele é um mulherengo de primeira e eu
não passo de mais uma conquista.
Essa era a minha razão falando mas o meu coração dizia uma coisa
totalmente diferente, ele acredita em Adam.
- Hum, o que?
- Nós chegamos -Josh diz com o carro parado na frente do meu prédio.
Olhei para ele e sorri pequeno, ele pegou na minha mão e a apertou de leve.
Saio do carro vendo ele dar partida novamente e logo seu carro sumir da
minha vista.
Demorei vários segundos para perceber que o porteiro não era o mesmo, era
um novo. O homem me olhou com o cenho franzido e rosto super confuso.
Dei um sorrisinho sem graça para ele que ainda estava com a cara confusa e
entrei no elevador com a mão cobrindo meu rosto, como se isso fosse
adiantar alguma coisa.
Depois de longos segundos as portas foram abertas e eu caminhei até o meu
apartamento, apertei na campainha por estar sem as minhas chaves e logo o
rosto de Lua apareceu.
- Graças a Deus! Não estava mais aguentando de tanta saudades -ela diz
fazendo carinho no meu cabelo.
- Espere, cadê sua mala? -pergunta nos fazendo parar no meio do caminho.
Abri a boca para responder mas fui interrompida por um latido e uma
bolinha de pelo pular na minha perna em seguida.
- Mops!
- Mamãe sentiu sua falta também -digo e ele balança o rabinho novamente.
- Você se alimentou direito? Parece tão magrinha, quer que eu faça algo para
você comer?
Ri baixo.
- Não precisa, eu comi faz pouco tempo. Se eu sentir fome eu preparo algo.
Eu sabia que ela queria saber como eu estava e o que tinha acontecido em
Paris, contei a ela sobre os lugares que fui e a enchi de detalhes sobre eles,
ela ficou toda contente quando falei que Adam e eu conseguimos os clientes.
Depois disso ela decidiu ir embora, nos despedimos com um abraço e vi ela
entrar no elevador.
Até pedi para ela dormir aqui se quisesse mas não aceitou porque
aparentemente ela tinha um encontro com algum homem que conheceu no
supermercado se não estou enganada.
Fechei a porta e me virei vendo Mops em cima do sofá com a cabeça sobre a
almofada, sorri de lado e tirei a jaqueta jeans colocando no encosto do sofá.
×××
Ah não ta fácil para ninguém, a dúvida é uma droga. Será que vem
bomba por aí? Ixi! Vou nem mencionar nada KSKSKS.
Rubi
Eu sinceramente não sei como isso funciona, mas eu sei que requer
paciência, força de vontade e vários biscoitos caninos.
- Senta.
Se ele pudesse falar com certeza diria "Essa mulher está pirando se acha
mesmo que eu vou obedecer" ou "Preciso de uma nova dona"
Isso foi tão fofo que dei o biscoito de uma vez para ele.
- Você ganhou dessa vez -aponto para Mops- Não terá tanta sorte na próxima
-digo séria.
Dirigi até o Starbucks mais próximo e pedi um cappuccino para uma morena
simpática que me atendeu muito bem.
Saio de lá sentindo o sol da manhã bater contra meu rosto, bebi um gole da
minha bebida e entrei no meu carro em seguida.
Ouvi o barulho dos meus saltos quando saio caixa de metal e vi Josh parado
em frente a minha porta com vários documentos.
Andei até ele que estendeu os documentos e abriu porta para mim em
seguida.
Olhei para o papel que estava dobrado e o abri por parte até ele estar liso
novamente, dei um suspiro nervoso e comecei a ler o papel que estava com a
sua caligrafia.
"Escrevi isso para dizer que Gustavo vai lhe entregar alguns papéis que eu
preciso que você analise, passarei o dia fora da empresa de novo...isso
significa que você vai ficar sem ver meu belo rosto : (
Não, não chora está tudo bem"
Suspirei alto, uma parte de mim ficou triste pelo fato de que não o verei o
dia inteiro. Esse sentimento é uma droga.
Sorri novamente.
Ok, dizer que eu não arregalei os olhos depois que li essa última frase seria
uma mentira deslavada.
- Coisinha, Gustavo me pediu para...o que que tem no seu olho? -Josh diz
entrando na minha sala- Santo Deus! Parece que tem show de luzes!
- Calma que eu perguntei só uma vez -ele diz rindo e eu mostro o dedo do
meio para ele.
- Sabia que isso em alguns lugares é crime? -aponta para a minha mão- Estou
falando sério.
Me levantei da minha cadeira e fui até ele o empurrando para fora.
- Você poderia ser presa por levantar esse dedo para mim.
(...)
- Josh, quando eu disse para você escolher um restaurante eu quis dizer aqui
em Nova York, caralho -falo irritada.
- Para de reclamar coisinha, ainda temos a volta -ele diz olhando para a
janela e eu suspirei.
Menos mal.
Ainda dirigi por mais uns 20 minutos até chegar no restaurante e estacionei o
carro do outro lado, saímos do veículo e nós dois atravessamos a rua.
Olhei para cima vendo um nome brasileiro no letreiro e pisquei várias vezes
antes de olhar para Josh.
- O que...
Sorri lhe deando um abraço em agradecimento, faz meses que não como as
deliciosas comidas brasileiras. Já estou vendo que vou engordar uns 5 kg
hoje.
- Você acha que isso é possível? -Paul pergunta ajeitando sua gravata.
- Isso estará pronto em uma semana, Srta. Mendoza -diz Victor que estava ao
meu lado.
Ele não responde nada e começar a comer o que pediu. O almoço foi
correndo bem e as coisas pareciam fluir normalmente enquanto falávamos do
novo trabalho, todos eles eram criativos e tinham mentes brilhante.
- E então -encaro Belly que chama minha atenção- Adam trabalhará conosco
nesse novo projeto?
- Adam não trabalha com isso, eu apenas passo o projeto a ele explicando
tudo que for necessário e ele apenas vende a nossa idéia, trabalhamos em
conjunto -explico.
- Mas se ele que vende a idéia porque você foi para Paris com ele? -Paul
pergunta e depois bebe um gole de vinho.
- Por que era necessário -respondo o encarando- Não sou apenas a designer
da empresa, preciso estar perto do presidente, e até do vice.
- Hum hum necessário -Paul diz rindo e encarando as pessoas ao seu lado.
- Nada, só essa resposta que não foi nada coerente -ele diz e os outros ficam
calados esperando minha resposta.
- Sim claro, porque era necessário -ele diz e eu levanto uma sobrancelha.
- Diga.
- Você fará parte disso tudo ou apenas vai nos deixar fazer todo o trabalho
pesado como da última vez?
- Nós ficamos com todo o trabalho pesado enquanto você está viajando para
Paris -ele diz invejoso.
- Eu nunca deixei vocês com o trabalho pesado, Paul -digo e ele ri irônico-
Dei um tarefa simples para cada, mas o resto ficou para mim porque eu
queria decidir antes de levar para os Foster's. Foi uma decisão minha.
- Não me surpreendo com você achar isso, você nunca tem noção. Na
verdade você nem deveria...
Ele olhou para os colegas e suspirou pesadamente, é claro que ele não ia
amarelar na frente deles.
- Não deveria ter um cargo tão importante como você tem -ele diz e algumas
pessoas arregalam os olhos- Você é fraca.
- Você acha que deveria estar no meu lugar? -pergunto, quase me divertindo.
Ele meneia a cabeça.
- Talvez, você não é muito apropriada para ser dona de uma empresa, você
confia em que não deve.
Travei o maxilar com raiva e fechei minhas mãos fazendo minha unha ferir
minha carne. Eu definitivamente odeio falar sobre isso, apenas a lembrança
de alguém como ele ter me feito de idiota já acabava com o meu dia.
- Elas sempre acham que são o máximo, mas na verdade elas não são,
porque ao contrário de tentar fazer sucesso sozinhas elas diminuem aqueles
que fazem, isso só as torna patéticas e desesperadas -abri as mãos e limpei a
boca com o guardanapo.
Aquilo com certeza foi a porra da gota d'água, quem esse estúpido pensa que
é?
Josh encarou Paul com um olhar mortal e os outros fingiam não estar
prestando atenção, mas é claro que estavam.
Peguei minha bolsa e me levantei, vendo Paul ficar branco que nem papel.
- Eu sou o melhor designer que você tem, isso seria burrice -ele diz.
- Burrice foi você ter aberto a boca para ofender a sua chefe, com todo o
respeito, você é a pessoa mais burra que eu já conheci.
Não irei trabalhar com pessoas que apreciam meu fracasso e nutrem inveja
do meu sucesso.
Dito isso eu aceno para os outros e começo a andar até a saída com Josh
atrás de mim.
Eu precisava demitir essa babaca a muito tempo.
- Puta merda! -Josh diz parando na minha frente- Você foi incrível lá dentro,
cadê o seu uniforme de heroína, porque você é a minha.
- Não gosto de fazer isso com as pessoas, por mais ruim que elas sejam. Mas
as vezes...argh! Eu quero voltar lá e enfiar aquele garfo no cú dele e girar
como se fosse um peão!
- Não, já está bom por hoje -falei dando partida no carro em seguida.
×××
Até, babys ❤.
42° capítulo
Rubi
Saí do elevador colocando uma parte de meu cabelo solto no ombro e fui até
a sala de Lisa. Como a porta já estava aberta pude ver ela sentada mexendo
em seu Macbook com o rosto concentrado. Bati na porta o que a fez me
encarar mostrando seu sorriso em seguida.
- Oi, você ficou com algo meu -a lembro e ela franze o cenho- Meu celular.
- Eu fiquei com ele? -ela pergunta e eu concordo vendo seu rosto confuso.
- Certo.
Lisa pegou sua bolsa começando a mexer nela, a vi tirar objetos dos mais
variados tipos de dentro daquilo. Comecei a cogitar a possibilidade de pedir
um liquidificador só para testar se ela tinha um lá dentro.
Depois de tirar uma chapinha de cabelo ela finalmente tirou meu celular.
- Lisa!
Ela revirou os olhos quando ouviu a voz de Dylan e logo ele aparece atrás
de nós duas.
O mesmo estava sem o paletó mas mantinha a camisa social e a gravata preta
que estava no seu braço direito pendurada, ele parecia nervoso e agoniado.
- Você já releu aquilo umas cinquenta mil vezes, Venturelli -ele para de
andar e faz uma expressão de quem descobriu um segredo.
- Chame Nathaniel, ele é bom com essas coisas -ele diz apontando para a
porta.
- Chame Adam.
Eu apertei meu celular com tanta força que foi como se minhas células
acordassem apenas com a citação desse nome, não vejo Adam desde o dia
que estávamos no seu apartamento e talvez eu não devesse mas estou
sentindo muita falta daquele loiro metido.
- Ele não está aqui! Você o encheu de trabalho -ela diz e ele massageou a
têmpora encarando os próprios sapatos por um momento.
- Rubi... -ele diz olhando para mim e eu olho para Lisa que nega.
- De quem é o contrato? -pergunto.
Esse cara é um morto de ignorante, não estou com paciência para lidar com
homem escroto agora e ler suas exigências.
Dylan bate palma me assustando e Lisa cruza os braços.
- O Ross!
Ela vai até ele agarrando sua mão o fazendo encará-la, seu rosto se suavizou
antes de seus braços a apertarem sem muita força.
Lisa diz alguma coisa a ele em seu ouvido que eu acabei não escutando
porque saí de fininho enquanto a mesma acalmava a fera.
Paul já tinha passado aqui para recolher suas coisas e até fiquei mais
aliviada por isso, ainda tive outra reunião com a equipe pela manhã mas
dessa vez o tempo foi menor.
Peguei minhas coisas e juntos nós fomos para o elevador conversando coisas
aleatórias. Gustavo ainda estava no balcão dessa vez, mas já arrumava suas
coisas.
Fui até a minha porta e quando estava prestes a abri-la outra pessoa fez isso
por mim do lado de dentro. Olhei confusa para Lua que estava na minha
frente segurando sua bolsa, pronta para ir embora.
- Já?
- Sim, nos demos super bem ontem. Vou casar com esse homem você vai ver
-ela aponta para mim e um riso baixo saiu da minha garganta.
Adam parou de encarar a taça de vinho que estava na sua mão e olhou para
mim, seu corpo estava encostado na bancada do outro lado de onde eu
estava, um terno cinza cobria seu corpo e uma gravata da mesma cor estava
solta no seu pescoço.
Fodidamente gostoso.
Adam sorriu para mim enquanto eu sentia aquele lance das borboletas na
minha barriga.
- Não dei dinheiro para porteiro dessa vez -falou- Dei um Rolex, não estou
brincando.
Reviro os olhos mas com um sorriso pequeno no rosto, ele deixa a taça na
bancada para se aproximar um pouco mas não o suficiente.
Olhei para seu rosto que parecia tão sereno, seus olhos encaravam meu
corpo com cautela e eu dei um longo suspiro.
- Eu vim trazer sua mala -ele diz e aponta para o canto da cozinha mostrando
a mesma.
Ele riu pelo nariz olhando para baixo e eu disfarçadamente tracei cada parte
do seu corpo perfeito mordendo o lábio inferior.
Adam levantou a cabeça me olhando dos pés a cabeça e parou nos meus
lábios, dava para cortar a tensão sexual com uma faca.
- Jogue cartas comigo -sua mão foi estendida na minha frente.
- Cartas?
Estendi minha mão até tocar a sua e um sorriso de satisfação aparece em seu
rosto bonito, Adam me guia até a mesa descontraído tirando um jogo de
cartas do bolso. Ele põe as cartas em cima da mesa viradas para baixo e
depois me olha com um sorrisinho de menino travesso.
Franzo o cenho.
- Para ambos.
Adam colocou as mãos na cintura afastando o paletó para trás e eu fiz força
para manter meus olhos nos seus porque parecia ser impossível naquele
momento. Ele me hipnotiza por completo, é quase um ímã.
- O jogo é o seguinte, quem pegar a carta com o valete. Vai ter direito a um
pedido.
- Só isso?!
- Só isso...
Fiquei olhando para ele fixamente, é claro que não seria só isso, impossível.
Na verdade, quem me garante que ele não está roubando? Capaz dele já
saber as posições das cartas, óbvio que ela sabe.
- Certo, vou embaralhar -falo e ele concorda apoiando as mãos na mesa.
Embaralhei o jogo de cartas da melhor maneira que eu sabia, o que não era
uma maneira muito profissional mas eu tentei, e depois coloquei tudo em
cima da mesa em um montinho.
- Impossível! IMPOSSÍVEL! -fui até ele agarrando seus braços e ele riu
enquanto eu chegava as mangas do seu paletó.
- Socorro! Estou sendo atacado! -ele gritou quando eu puxei seu paletó para
baixo e o balancei com a maior vontade do mundo- Cuidado, é italiano.
- Eu não gosto de você -aponto- Como fez isso seu... ladrão?! -coloquei a
peça de roupa em cima da mesa.
Mostrei meu dedo do meio e ele abriu a boca incrédulo agarrando meu braço
me puxando para o seu peito, o olhei nos olhos quando seus dedos entraram
nos fios do meu cabelo levantando minha cabeça.
Adam analisou meu rosto por alguns segundos antes de se inclinar plantando
um beijo calmo nos meus lábios, fechei os olhos sentindo meu corpo relaxar
contra o dele e quando ele ia se afastar eu fui para frente mantendo o beijo.
Adam mordeu meu lábio colocando uma mão na minha cintura me puxando
para mais perto, sorri internamente.
A idéia de me ter amarrada na cama com ele me dando prazer de certa forma
me excita, é algo que desejo secretamente a alguns anos mas...bom, nunca
consegui realizar.
- O meu pedido pelo valete -ele aponta para a carta no chão- Quero que abra
sua mala.
Ele sorriu de lado enquanto eu saía dos seus braços indo até a minha mala,
me agachei a deitando no chão e olhei para ele enquanto a abria. Depois de
segundos eu afasto a parte superior e olho dentro vendo minhas roupas junto
a um apetrecho interessante.
- Corda...
Adam andou até mim pegando minha mão livre e cruzou nossos dedos me
puxando para frente, o acompanhei segurando a corda enquanto nossos
passos já estavam no corredor depois se subir as escadas.
Apontei para a porta do meu quarto e nós fomos até ele a passos normais, eu
estava normal por fora, mas por dentro parecia que um caminhão ia passar
por cima de mim com o meu corpo estirado no chão sem eu puder fazer nada.
Merda, eu estava ansiosa.
Me sentei na cama depois que a peça desceu pelo meu quadril, Adam a
puxou para baixo e eu deitei as costas no colchão quando ele veio para cima
de mim apoiando os joelhos no mesmo. Encarei seu rosto próximo do meu e
soltei um gemido ansioso quando seus dedos passaram por cima da minha
calcinha.
Coloquei minhas mãos ao lado do meu corpo e apertei sutilmente quando ele
afastou a peça tocando no clitóris primeiro, fiquei olhando para os seus
olhos e mordi o próprio lábio com um sorriso pequeno quando seu nariz
roçou no meu.
Ele desceu o dedo mais para baixo e eu gemi com o peito mais ofegante
sentindo ele me penetrando um pouco e voltando. Senti seu beijo na minha
bochecha descendo para o meu pescoço, seu nariz aspirando meu cheiro e a
batida do meu coração acelerando.
Forço a cabeça para trás sutilmente quando ele coloca o polegar no pequeno
ponto enquanto o outro dedo entra e sai de mim lentamente.
Quando o segundo dedo chega eu agarro sua camisa social branca o fazendo
me encarar, fechei meus olhos por alguns segundos gemendo baixo mexendo
meu quadril na direção dos seus dedos.
Ele parou com a ação quando ouvimos um barulhinho estranho, olhamos para
a porta ao mesmo tempo e logo a cabecinha branca de Mops aparece. Ele
entra no quarto balançando o rabinho para Adam querendo agrado.
- Opa! -ele saiu da cama dando um corridinha- Não, não, isso é inapropriado
para você, pequeno Mops.
Ele balançou as mãos para o meu cachorro o fazendo recuar e dar um latido,
ri dos dois e vi quando Mops saiu do quarto rebolando parecendo chateado.
Adam riu baixo e caminhou até mim depois de fechar a porta a trancando.
Já na posição anterior ele colocou meus braços para cima amarrando a corda
na pequena grade que minha cama tinha.
Ele desfaz o fecho do meu sutiã que ficava na frente mas não o tirou de fato,
ele se abaixa um pouquinho agarrando o bico esquerdo o puxando para cima
me fazendo limpar a garganta, Adam sorriu antes de dar um beijo onde tinha
puxado.
Ele tirou algo no bolso em seguida e mostrou para mim, franzo o cenho
vendo uma espécie de venda rendada que rápido estava tampando minha
visão onde eu mal conseguia vê-lo mesmo que a venda fosse de renda.
Senti o beijo na minha barriga e engoli em seco quando ele chegou no centro,
gemi baixo sentindo o beijo rápido que ele deixou antes de tirar minha
calcinha molhada.
Ouvi sua voz rouca fazendo meu corpo se arrepiar e abri minhas pernas de
uma maneira lenta escutando seu suspiro de prazer. Adam se encaixa entre
elas ajeitando meu quadril um pouco mais para cima.
Senti seu pau no meu sexo e minhas mãos balançam um pouco quando ele
esfrega a glande no meu clitóris.
Eu não conseguia vê-lo, eu só conseguia senti-lo, ainda estou tentando
decidir se isso é bom ou ruim.
Sem aviso prévio Adam me penetrou tão forte que eu meu corpo se arqueia
na cama e meus dedos ficam brancos com a força que uso para apertar a
corda, gemi alto sentindo sua mão subindo pela minha barriga até apertar
meu seio.
A outra mão estava na minha cintura enquanto ele tentava entrar mais fundo,
logo ela desceu pela minha coxa a pondo no seu quadril. Ouvi ele gemer
aumentando o ritmo das investidas e coloquei a outra perna no seu quadril.
Adam me beijou em seguida de uma maneira calma mas isso foi mudando
quando o mesmo mudou o ritmo me penetrando mais forte, ele mordeu meu
lábio e soltou outro suspiro de prazer.
Depois de minutos indo até a merda das estrelas e voltando eu gozei com o
seu rosto no meu pescoço, ele beijava e mordia enquanto sua língua quente
apenas me excitava.
- Ei!
- "Ei" não! Sou sua paixonite, me respeite.
- Me solta, Bell.
Ele riu quando eu tentei mexer minhas pernas para atingi-lo, Adam beijou
meu seio direito antes de passar as mãos pela lateral do meu corpo.
Seu olhar parecia queimar minha pele e eu suspirei com o peito subindo e
descendo de uma maneira normal agora. Adam parecia tão concentrado que
eu pensei por um momento que ele me guardaria em uma caixinha e me
manteria lá.
- Memorizando.
Sorri.
×××
Fadinha ficou longe mas não foi muito tempo kikiki, galerinha, deixe o
voto e comentário! E pode passar para o lado, capítulo novo já está
pronto ❤ .
43° capítulo
Preparem o coração.
Rubi
Falei passando geleia na torrada e depois levantei o olhar para Adam que
estava sentado na minha frente com apenas a mesa nos separando.
Depois de termos tomado banho nós descemos para comer alguma coisa
porque ambos estávamos famintos.
Ele vestia apenas a cueca boxer preta e tinha uma mão no queixo prestando
atenção no que eu dizia.
Eu usava sua camisa social branca que ia até o meio das minhas pernas e
uma calcinha confortável nos quadris.
- Sexo.
Ele riu baixo limpando os dedos com um lenço de papel em cima da mesa.
- Como foi seu dia ontem? -ele pergunta e eu me seguro para não fazer uma
cara desconfortável.
Ele sorriu de lado cruzando os braços ainda super interessado em como meu
dia foi ontem, parei de passar a geleia e o encarei apoiando as mãos na
mesa.
Peguei ambos os nossos pratos dando a volta na mesa para levar levei até a
pia, Adam estava sentado de costas para mim enquanto eu lavava os pratos.
- Não entramos em acordo em certas coisas então eu decidi que era melhor
demiti-lo.
Eu não o estava vendo, mas percebi que ele se virou pelo som que a cadeira
fez.
- Não foi isso que sua expressão quis dizer quando eu perguntei sobre ontem.
- Paul Castillo.
Adam levantou uma sobrancelha.
- Esse cara é um idiota, fez bem em demiti-lo. O que ele disse a você? -
Adam perguntou apoiando os braços na perna.
Adam pegou no meu braço e me puxou para ele fazendo minhas pernas irem
para cada lado de sua cintura para que eu sentasse no seu colo.
Neguei com a cabeça quando ele colocou meu cabelo para trás e uma mecha
que caia no meu rosto.
- Você é uma mulher brilhante e não vejo ninguém melhor do que você para
esse cargo, não encare o que aconteceu com o noivo de pau pequeno um erro
e sim um aprendizado. Você deu a volta por cima com o seu pai, e hoje é uma
das donas de uma das maiores empresas de tecnologia de toda Nova York.
Você deve se orgulhar disso.
Isso me fez sentir melhor de uma forma tão grande que até eu fiquei surpresa.
Ri baixo e ele se inclinou sobre mim me dando um beijo suave nos lábios,
me senti extremamente apoiada naquele momento...às vezes é só o que
precisamos.
Olhei todo seu rosto e passei o polegar pelo seu lábio inferior.
- Você é lindo.
Adam riu pelo nariz e balançou a cabeça concordando, revirei os olhos e ele
riu novamente.
Convencido.
Suas mãos foram até as minhas e ele encarou meus olhos de um jeito
diferente, suas pupilas estavam dilatadas e percebi um leve nervosismo nele.
Franzo o cenho, as poucas vezes que vi Adam nervoso, ele mal conseguiu
falar direito. Como se obviamente tivesse um problema em se expressar,
como quando ele queria me chamar para sair em Paris, eu pensei que ele
teria um AVC bem na minha frente.
O que é um pouco irônico, ele lidava com as pessoas mais influentes de todo
o planeta e sempre dava certo porque ele se mantinha na linha. Se expressar
é o mínimo, mas ele não parece tão confiante agora. Há algo errado.
Falou sério fazendo meu coração acelerar e um frio percorrer minha barriga.
Ele entre abriu a boca para falar mas nada saiu, Adam parecia receoso e até
mesmo com medo, esperei ele falar mas o que saiu da sua boca não foi nada
do que eu estava esperando.
Ele vai embora? Nós acabamos de dormir juntos e ele vai embora?
Balancei a cabeça tirando isso do meu pensamento.
Tomei coragem e fui até o início da escada, alguns segundos depois eu vi ele
descendo já com a calça social e o terno que não estava abotoado, ele estava
colocando a gravata no bolso quando me viu.
- Adam!
- O que? -pergunta.
- São quase 3 horas da manhã, você não precisa ir embora agora -digo.
- O que realmente está acontecendo? Digo, eu não sou idiota eu sei que nós
doi...
- Eu não sou suas vadias, Adam -digo olhando no fundo dos seus olhos.
Isso doeu mais que um tapa na cara, dei uns dois passos para trás vendo-o
fechar os olhos soltando um suspiro de arrependimento, ele abriu os olhos e
eu fechei os meus tentando esconder uma lágrima que estava insistindo em
descer.
Me recuso a chorar por ele.
- Você é...
Abri os olhos, definitivamente ouvir que você é apenas uma vadia de duas
semanas de quem você está apaixonada é uma verdadeira droga, estou me
sentindo magoada e estúpida.
Abracei meu corpo cobrindo meu busto que estava um pouco amostra por eu
não ter fechado a camisa por inteira.
- Cala a boca -digo irritada e ele se cala apertando o maxilar- Não sou sua
vadia de duas semanas porque eu não vou deixar ir até isso.
- Sim eu posso, assim como eu posso expulsar você daqui -dei uma passo
para trás me afastando mais- Saia do meu apartamento.
Pela sua expressão pareceu que alguém tinha dado um tiro no seu peito.
- Saiu -ele me encara- As vezes algumas coisas são difíceis de dizer, certo?
- Que seja, nem você sabe -balancei a cabeça- Você apenas fez me xingar ao
invés disso, desculpe, mas eu tenho amor próprio. Não vou deixar você me
tratar desse jeito e achar que está tudo bem. Nós nos falamos depois.
Foi o que eu disse ainda de costas e comecei a subir as escadas sem olhar
para trás, antes de entrar no meu quarto eu ouvi a porta ser batida com força
me assustando, fechei os olhos parada no meio do corredor.
Abracei meu corpo mais forte me própria consolando, estou tão irritada e
magoada ao mesmo tempo.
Andei até o meu quarto e abri a porta devagar, me jogo na minha cama que
estava bagunçada por causa de nós dois e senti um grande vazio, vi a corda
em cima dos travesseiros e joguei para longe com toda minha força.
×××
Segundo,
Não existe nada pior em uma briga do que as palavras, elas realmente
nos machucam trezentas vezes mais.
Peter Ross
Levantei da cama e fui atrás de uma calça moletom já que eu estava apenas
de cueca boxer, saio do meu quarto e caminho normalmente para a porta.
Cheguei até a porta puxando a maçaneta e abrindo, logo o rosto desse loiro
safado apareceu junto com uma expressão nada boa.
- Por que você não foi falar com Dylan? -pergunto e ele revira os olhos.
- Nathaniel?
- Rubi.
Adam assentiu e passou por mim parecendo atônito, era como se ele não
soubesse o que fazer ou como agir, eu nunca o vi assim antes.
Ele foi direto para a sala se jogando no sofá e eu fui até o armário que ficava
embaixo do espelho tirando uma garrafa de Jack Daniels pela metade junto
com um copo.
Seu corpo estava estirado no meu belo sofá branco e seu sapato junto,
arregalei os olhos quando vi aquilo.
- O que?
- Você está sujando meu sofá branco com essa porra nos seus pés!
Tira.o.sapato.
- Se você não tirar essa porra nos próximos 5 segundos eu vou chutar essa
sua bunda para fora da minha casa e te deixar lá fora com um olho roxo e
uma costela quebra...
-Santo Deus! -ele se senta- Eu tiro, cala a boca.
- Certo, vamos focar no meu problema e não no seu sofá de 2.000 mil
dólares -ele diz colocando a mão no rosto.
- Sério? Já ouvi dizer que brasileiras são ótimas em todos os sentidos -digo
para irritá-lo e aparentemente funciona.
- Será que dá para você levar isso a sério? Estou precisando de um amigo
agora -ele diz sério.
- Você disse que estava nervoso, por que? -pergunto, bebendo outro gole da
bebida.
- Touché.
- Sabe nada!
- Se soubesse já estaria pensando em alguma coisa para falar com ela -digo.
- Você acha que eu já não fiz isso? Já imaginei trezentas conversas nossas e
em todas ela me dá um tapa na cara -diz.
Entrego a ele que bebe tudo em um gole só e faz uma cara feia no final.
Seu sorriso vai diminuindo aos poucos e logo uma expressão diferente vai
ocupando seu rosto.
- Eu amo ela, cara -fico surpreso por alguns segundos, ainda é bem estranho
ouvir Adam falar isso- Talvez eu esteja indo rápido demais e ela nem goste
tanto assim de mim e seja só atração física -ele se encosta no sofá- Não,
impossível, eu sinto que é mais do que isso, eu só...estraguei tudo.
- Se serve de consolo, eu acho que ela também sente alguma coisa por você.
E não é só atração física, vocês que estão aí dentro dessa bolha cor de rosa
acabam não prestando atenção direito, mas cada vez que vocês se
olham...cara…me dá até vontade de vomitar com tanto amor rolando -
balancei a cabeça quando ele me mostrou o dedo do meio.
Sorri de lado.
- Vai dar tudo certo, apenas converse com ela e a conquiste, dessa vez -
apontei para ele- Diga o que sente, não fuja dos seus sentimentos como
tentou fazer, não faça isso.
- Além do mais eu apostei 150 dólares com os meninos que ela também é
apaixonada por você, tenho que ganhar -digo e ele fecha os olhos parecendo
bravo.
- Não! Nós somos espertos para tirar dinheiro uns dos outros.
- Que seja, vou até o apartamento de Rubi e tentar conversar com ela -ele diz
e começa a andar.
- Ei! Não, espera -me levanto também- Você não pode ir agora -digo e ele se
vira para me olhar.
- Cara você não vê filmes? -pergunto confuso e ele me olha sem entender.
- Nunca vá atrás de uma garota depois de ter brigado com ela, quer dizer...as
vezes é bom mas nesse caso não -ele continua sem entender e eu ando até
parar na sua frente- Dê um tempo a ela, Rubi deve estar de cabeça quente e
se você for só vão brigar ainda mais, calma cara.
Nunca pensei na minha vida ouvir Adam dizer uma coisa dessas. Caralho!
Cadê Dylan e Nate quando se precisa deles?!
- Sabe, a uns meses atrás era seu irmão que estava aqui surtando quando eu
disse que ele estava apaixonado -ri pelo nariz- O filha da mãe negou até
morte e veja onde ele está agora, com uma esposa à espera do primogênito.
- Realmente, mas você só faz merda -digo e ele coloca a mão no peito
parecendo ofendido.
- Eu quero ver o que caralhos você vai fazer quando estiver apaixonando -
ele diz e eu cruzo os braços.
- Pode ter certeza que eu contarei a ela de cara -digo e Adam ri debochado,
totalmente desacreditado nas minhas palavras.
- Ata!
- Eu não sou vocês, contarei a ela que a amo e se ela não sentir o mesmo eu a
faço sentir -digo a última parte brincando e Adam empurra meu ombro.
- Acho que se eu conseguir amar novamente terá que ser uma mulher especial
-digo e Adam sorri pequeno.
- O amor é possível para todos nós, Peter -ele bagunça meu cabelo e eu o
olho feio.
- Eu sei.
- Tenho certeza que tem uma grande mulher aí fora esperando por você -ele
diz e eu levanto a sobrancelha.
- Você sabe, que te faça bem e que fique do seu lado -diz, ignorando-me.
- Qual a parte do não ser uma pessoa melancólica você não entendeu?
Adam riu.
- Vem, vamos pegar seus sapatos -digo e ele olha para os pés.
Ele me olhou com um sorrisão e eu dei batidinhas nas suas costas, que Deus
me ajude.
- Como você entrou no meu condomínio? -queria fazer essa pergunta desde
de que o vi na minha porta.
- Ele vai ser demitido -fico sério de novo e Adam me olha parecendo me
repreender- Estou brincando! Não posso despedir o porteiro, não tenho essa
autoridade.
- Bom...talvez.
- Não faça o cara perder o emprego, como eu vou conseguir entrar aqui de
novo? -pergunta na cara de pau.
- Babaca -digo a ele que apenas empurra meu corpo com seu.
Ele riu por breves segundos mas depois suspirou triste, Rubi pegou o loiro
de jeito.
×××
Beijo, babys.
44° capítulo
* Música da Tinker aí *
Adam
Saio da minha sala e ando até o balcão quando um riso alto apareceu
novamente, franzi o cenho e olhei para a porta de Rubi, era de lá que o som
estava saindo.
Andei até a porta lentamente e minha mão a abriu devagar, foi impossível
esconder minha cara de surpresa quando vi aquilo.
Rubi estava nos braços de Antony e ele dava beijos por todo seu rosto
enquanto ela mostrava um grande sorriso.
- Antony! Para! -ela dizia, mas não era isso que ela realmente queria.
Apertei meu punho com força quando ele parou pegando na sua nuca e a
beijando ferozmente.
Meu mundo pareceu cair naquele momento, eu sentia meu corpo inteiro
exalar raiva e tenho quase certeza que meus olhos escureceram.
Ele apertou sua cintura com força e ela deu um gemido baixo enquanto ainda
o beijava, respirei fundo com aquela cena me matando por dentro.
Vê-la nos braços de outros é quase uma tortura para mim, eu não posso
deixa-la escapar! Rubi é tudo o que eu quero e nunca vou desistir dela,
mesmo que ela me afaste por agora eu não posso parar de tentar.
Antony se separou dela e na mesma hora ele virou para mim com um grande
sorriso convencido.
Rubi me encarou com os seus lindos olhos castanhos e meu peito se aqueceu
instantaneamente, merda! Eu sou completamente apaixonado por ela.
- Eu não acredito como você foi tão estúpido, pensei que você fosse
inteligente, Sr. Venturelli -Antony diz e puxa Rubi mais para ele- Bom, pelo
menos eu fui beneficiado.
- Rubi! Por favor, me perdoe. Eu não quis dizer aquilo para você, eu só
estava fazendo uma tentativa inútil de fugir do que sinto, por favor volta para
mim.
Ela riu e encarou Antony vendo-o com uma expressão divertida, mas voltou
a olhar para mim de novo.
Ela se soltou dos braços dele e caminhou até mim parando na minha frente,
seus olhos me analisavam por completo.
- Eu não quero mais você -ela diz de uma forma que quebra meu coração em
vários pedaços.
- Você não...
Eu tento completar mas parece que tem várias agulhas perfurando meu corpo,
minha respiração está escassa e suor desce pela minha testa.
- Ei garoto! Se acalme.
- Me desculpe acordar você mas já está muito tarde, seu irmão já ligou para
cá duas vezes.
Arregalei os olhos, merda! Dylan vai cortar meus braços e bater em mim
com eles.
Faz exatamente 3 dias que eu não consigo ter nenhuma conversa com Rubi,
ela me ignora por completo e é sempre curta e grossa em relação a tudo, ela
realmente está agindo profissionalmente como a antes.
Na manhã seguinte depois de termos brigado eu a vi na empresa e meu
coração se quebrou, ela estava abatida e triste. O sorriso contente que
sempre habitava em seu rosto sumiu e eu me odeio fortemente por ser o
causador disso.
Dessa vez sem acordo, sem mentiras, sem o medo de dizer algo. Eu quero um
relacionamento com ela e não pretendo desistir, eu sei que ela está me
odiando agora. O que eu entendo, Rubi foi ferrada por causa daquele idiota
de pau pequeno, e a algo no fundo daquele coração que a diz que eu estava
assustado, ela me conhece agora, sei que ela vai me dar uma chance de
conversar, mas não vai ser tão rápido. Preciso fazer minha parte, quero
conquistá-la, fazer as coisas da maneira certa!
(...)
Andei para a sala da Lisa depois que o elevador da empresa abriu as portas,
vi a mesma de pé com um marca texto na mão encarando uns papéis, assim
que ela percebe minha presença me olha com cara de tédio.
- Me dê motivos para não chutar sua bunda -ela pede e cruza os braços.
- Um, você está grávida -comento- Dois, não se pode bater no cunhado, três,
você vai sujar meu terno, quatro, eu já estou sofrendo o suficiente.
- Pois é, vou chamar o Dylan para ele bater em você -diz colocando os
papéis em cima da mesa.
- Você falou isso para mim nos últimos três dias -digo.
- Não vou parar até você se desculpar com a minha amiga -diz irritada.
- Você acha que eu já não tentei? Ela não fala comigo e muito menos me olha
nos olhos -digo.
- Eu sei, mas eu não vou desistir -aponto para Lisa- Diga isso a ela.
- Ok -digo.
Andei até a sala do meu irmão e abri a porta de uma vez vendo Dylan
sentando na sua cadeira com terno preto e a gravata vermelha, Nate estava
perto da estante com uma pasta amarela na mão, ele usava a camisa social
com o colete mas sem o paletó.
- Horrível -digo.
- Ela não falou com você ainda? -Nathaniel pergunta depois que terminou de
encarar Dylan.
- Sabemos que Rubi tem uma personalidade forte -aceno para Nate- Mas se
for para vocês ficarem juntos vocês vão ficar e não terá nada e nem ninguém
para impedir isso.
- Obrigado por isso -digo e olho para Dylan que está com um sorriso
convencido- Vai se foder! -grito para ele.
- Ok, ok. Me desculpe, é que ver você assim é inédito para mim -ele diz e se
levanta.
- Ela não vai perdoar você agora -Dylan diz- Ela está magoada e precisa de
um pequeno tempo, você dará isso a ela mas lembrem-se -ele aponta para
mim- Sempre tente arranjar um jeito de dizer que estará lá para ela se
necessário.
Assenti.
- Nate e eu temos uma reunião daqui a alguns minutos sobre o andamento da
empresa, ficaremos por uma hora inteira dentro de uma sala ouvindo coisas
chatas -Dylan me avisa e eu concordo- Preciso que vá até o Houstin do outro
lado da cidade me cobrir, quero uma parceria com ele, Adam.
Ele aponta para mim e eu concordo dizendo que os conseguiria, meu irmão
apenas suspira satisfeito.
- Você dormiu esta noite? Você está horrível -Nate pergunta e eu reviro os
olhos.
- O que aconteceu dessa vez? -Dylan pergunta voltando para a sua cadeira.
- Não quero falar sobre isso -falei andando até a porta- Nos falamos depois.
Suspirei alto antes de colocar as mãos no bolso da minha calça pronto para
mais um dia arrastado de trabalho.
×××
Até, babys ❤ .
45° capítulo
Rubi
Ele nem encara mais a ração como antes e muito menos abana o rabinho
quando eu chego, e isso está fazendo isso a três malditos dias, é o tempo que
estou me própria dando.
Meu pai me disse uma vez que...nada doía mais do que palavras, porque uma
vez que são ditas, não podem ser retiradas. Sei que Adam estava sentindo
coisas a mais, nós dois estamos, mas eu não consigo tolerar o que ele fez,
não consigo.
Minha vida virou de cabeça para baixo tão rápido que eu não consegui nem
colocar o cinto.
- Você tem certeza que não quer que eu te leve em casa? -Josh pergunta
segurando minhas mãos.
- Tenho, vá para casa ficar com o seu noivo -digo vendo seu sorriso de lado.
Josh aceitou o pedido de casamento de Jon, obviamente fiquei feliz por ele
quando me contou a novidade, eu nunca tinha visto meu amigo tão feliz.
Josh entrou no seu carro e eu andei até o meu, mais um dia tinha acabado e
eu estava do mesmo jeito, parecia que eu estava vivendo dias repetidos ou
algo assim.
Emy tinha um pacote de jujubas nas mãos e Susie tinha pipoca de saquinho e
um pote grande de Nutella.
- Espero que não se importe, mas vamos dormir aqui -Emy diz.
Elas acenaram e eu passei na portaria para dar o nome de Lisa para que a
deixem subir sem problemas, as meninas e eu fomos para o elevador e
rápido nós chegamos no meu andar.
- Vamos -digo.
Ela tirou um pijama verde que tinha várias florzinhas por ele todo, era uma
espécie de macacão longo e parecia confortável, ela entregou a Susie que
sorriu animada.
- Eu vou ficar com as abelinhas -ela tira um todo amarelo com várias
abelhas espalhadas, era bem fofo.
- A Lisa vai ficar com os patins -diz Emily tirando um pijama preto com
vários patins brancos, era estiloso.
- Você vai ficar com o da Peppa -ela aponta para mim, Peppa?
Vi o pijama sendo tirado da mochila e quase vomito arco íris, ele era todo
rosa com bastante brilho e várias porquinhas espalhadas, estava escrito
Peppa bem no meio. Isso ficaria lindo com o meu tênis.
- Está vendo? Só melhora -Emily diz antes de jogar o pijama para mim que
acabo pegando.
- Vai lá para cima, toma um banho e deixa a gente apreciar sua beleza nesse
pijama de Peppa -Emily diz ajeitando seu rabo de cavalo- E depois...vamos
comer até explodir.
- Você vai ficar linda, tenho certeza -Susie diz e eu faço uma cara de tédio.
Suspirei e fui para o banheiro tomando uma ducha rápida em seguida, depois
disso eu saio do boxer prendendo meu cabelo em um coque e fui para meu
closet com a toalha em volta do meu corpo e o pijama na minha mão direita.
Vesti uma calcinha confortável e passei hidratante nos meu braços e pernas,
coloquei o pijama e fui me olhar no espelho, até que ele era fofo.
Saio do closet andando até onde Mops estava, fiz um carinho na sua cabeça e
ele lambeu minha mão me fazendo dar um sorriso triste.
Olhei em volta e como um imã meus olhos pousaram na cômoda, andei até
ela lentamente e vi a corda.
A mesma que Adam usou para me amarrar e realizar meu desejo, a segurei
por alguns segundos.
Fechei os olhos e mordi o lábio inferior, senti dedos na minha nuca mas não
me movi, eu sabia quem era. Beijos foram distribuídos pelo meu pescoço e
eu apertei a corda com mais força o imaginando atrás de mim.
Adam apertou meu pescoço sem realmente usar força e mordeu o lóbulo da
minha orelha.
- Não vou abrir -sussurro. Maldita imaginação!
- Por que você não volta para mim? Por que você não me dá outra chance? -
ele perguntou apertando minha cintura.
- h Não vou continuar sendo seu acordo, e muito menos...vou deixar você
achar que pode me tratar daquele jeito.
Lisa já estava aqui e vestia seu pijama de patins, Susie o de florzinhas e Emy
da abelinha.
- Eu odeio o fato dele conseguir me deixar tão mal mas sem conseguir
realmente me fazer odiá-lo -digo andando de um lado para o outro- Porra,
isso deveria ser fácil! Odiar e Adam, é perfeito na mesma sentença!
Consigo ouvir Emy sussurrar "Adam" para Lisa que balança a cabeça
entendendo.
- Eu odeio que ele consiga me fazer tão bem com um simples beijo -digo e
elas continuam me encarando.
- Mas eu o odeio principalmente por ter roubado meu coração e ter feito eu
me apaixonar por ele!
- Ele não tinha esse direito! -digo parando na frente delas e colocando a mão
na minha cintura.
Olhei para elas que me encaravam com uma expressão triste e abri os
braços.
- Pode chorar, gata. Faz bem -Emily diz limpando uma lágrima do meu rosto.
- Vamos ficar aqui com você -Susie aperta minha mão- Não vamos
abandoná-la.
- Só uma observação -Emy diz e nós as encaramos- Nós nunca ficamos tão
gostosas como nós estamos agora.
- Vamos comer! Não estou aguentando mais -Lisa diz e paramos de nos
abraçar.
- Calma barriguda, você não pode comer tanta besteira -Emily diz e ela faz
cara feia.
- Olha a pergunta difícil, Mendoza -ela diz apontando para mim e eu sorrio
fraco.
Suspirei.
×××
Até, babys ❤ .
46° capítulo
Rubi
- Ei! -afastei o celular do meu ouvido vendo que era o celular de Lisa não o
meu.
- Ela está bem, eu atendi pensando que era o meu celular -digo- Foi mal.
Vi ela abrindo os olhos devagar e andei até ela que demorou alguns segundos
para saber aonde estava exatamente.
- Espera aí que eu vou entregar o celular a ela -digo e ele resmunga um "ok"
Me abaixei até ficar cara a cara com a barriguda, Lisa me encarou com um
sorriso pequeno.
- Bom dia, telefone para você -beijei sua bochecha e entreguei o celular a
ela.
- Bom dia -ela diz e pega o celular da minha mão se levantando, a mesma
caminhou preguiçosamente para longe.
- Calem a boca, eu quero dormir -Susie diz puxando o lençol cobrindo seu
rosto.
- Vou preparar algo para comermos -digo e Emy concorda passando a mão
no rosto tirando consequentemente o salgadinho do mesmo.
- Eu acho que deveríamos ir, é uma festa importante para Peter, parece que
vai ter algumas pessoas importantes para o negócio dele -Lisa diz comendo
uma uva.
- Relaxem, eu não vou ficar no tumulto. Peter vai esvaziar a área vip
deixando 5 pessoas no máximo.
- Meninas...
- Se você não quiser ir, não vamos te forçar a nada -Emily me interrompe.
- Eu sei, eu só não sei se é uma boa ideia -digo- Adam é imprevisível, não
sei como ele vai agir.
- Você não precisa ficar perto dele, basta ignorá-lo e curtir com a gente. Eu
nem sei se Adam vai -Lisa diz e Emy levanta uma sobrancelha.
- Ele é melhor amigo do Peter, você acha mesmo que ele não vai? -Emy
pergunta e Lisa mostra língua para ela.
- Concordo, se ele chegar perto de você nós o afastamos -Emy diz e elas
concordam- Sempre quis bater naquela cara angelical do caralho.
- Vista algo sexy, ele precisa ver o que perdeu -Emy conclui e Susie
concorda.
- Girl Power -Lisa grita nos assustando e olhamos feio para ela que apenas
ri.
(...)
Ok.
Coloquei uma calcinha preta de renda que quase desenhava minha bunda e
depois passei o vestido curto da cor vinho pela minha cabeça, ajeitei as
alças finas e depois a barra dele que ficam a dois palmos acima dos meus
joelhos, ele tinha alguns detalhes com brilho e valorizava cada centímetros
do meu corpo.
Escovei meu cabelo por alguns minutos e depoi fiz uma maquiagem bonita
com direito a pálpebras escuras e um batom vinho matte.
Tenho até medo de ir para boate, da última vez não foi muito agradável.
Entrei no banco de trás e Emily deu partida fazendo minhas costas colarem
no banco com a velocidade.
Depois de vários minutos nós chegamos na boate, saia várias luzes de dentro
e tinha uma fila enorme do lado esquerdo, Emy estacionou o carro e saímos
do mesmo.
A ansiedade começou a tomar conta de mim apenas por saber que ele está aí
dentro, Emy entrelaçou seu braço no meu e Susie fez o mesmo do outro lado.
- O cara que você chutou porque disse que estava apaixonado por você -
Susie diz e Emy fica branca que nem papel.
- Vamos embora -ela diz e caminha para o carro, mas nós a impedimos.
- Nem morta -Susie diz- Me arrumei toda para voltar para casa? -ela aponta
para saia de couro e o top preto sem alça que estava sendo coberto por uma
jaqueta jeans estilosa.
Emy usava um vestido preto curto que valorizava seu quadril e bumbum, o
decote era favorável para deixar alguém olhando mais que o necessário, ela
estava gata.
- Vocês nem se falam mais certo? Capaz dele nem se lembrar mais de você -
digo e ela suspira.
- Ta ok, mas se ele vier falar comigo eu vou fingir demência -ela diz
apontando para a gente.
Chegamos até um segurança enorme que estava com uma prancheta na mão e
olhava as pessoas na fila imensa.
- Mas que filha da mãe, vou bater naquele cretino... -ela para de falar de
repente.
- Procure por loirinha -ela diz e ele revira os olhos procurando na prancheta.
Ele deu a passagem nos mostrando a área Vip e nos colocou uma pulseira
lilás.
Passamos por um corredor que não tinha quase ninguém então foi tranquilo
passar por ali, chegamos no final subindo uma rampa e entramos na área Vip.
Tinham pouquíssimas pessoas e um bar enorme disponível para nós, a
música estava alta e tinha uma barra de metal que dava vista lá para baixo
mostrando as pessoas dançando e se divertindo.
Avistei Lisa sentada em um grande sofá vermelho com Dylan ao seu lado
fazendo carinho no seu rosto.
Nos aproximamos e os dois perceberam nossa presença, os cumprimentamos
com um grande sorriso no rosto.
Lisa usava um vestido verde soltinho e Dylan uma calça jeans escura e uma
blusa azul de botões.
Sentamos com ele e começamos a conversar normalmente.
- Você acredita nesse idiota? -Emy pergunta olhando para Lisa e Dylan ri
pelo nariz.
- Não leve a implicância de Peter a sério, ele é assim mesmo -Dylan diz.
- E por que ele não implica com elas também? -Emily pergunta.
- Por que não foi elas que o mandaram a merda e vivem discutindo com ele
desde então -Dylan diz e ela meneia a cabeça.
- Nathaniel encontrou uma amiga aqui e a levou para algum lugar -Lisa diz.
- Você não irá conhecer alguém mais persuasivo do que Adam, quando ele
quer alguma coisa ele vai até o final -Dylan diz- Ele quer você de volta,
nunca o vi assim.
- Ele me disse isso nos últimos três dias -responde e eu balanço a cabeça
tentando encerrar aquela conversa.
- Eu vou beber um pouco de água, já volto -Susie diz indo pegar sua água já
que a mesma não bebe bebida alcoólica.
Ela saiu de onde estávamos e nós duas voltamos a dançar mas dessa vez eu
sentia algo diferente, um olhar queimava nas minhas costas como brasa, me
virei olhando em volta e não tinha ninguém, olhei para cima vendo a área
Vip e não vi ninguém também, olhei mais um pouco para o lado e encontrei o
olhar de Adam que parecia perfurar minha alma.
Logo Peter apareceu ao seu lado e eu deduzi que ali era o escritório, seu
olhar focou em Emy que jogava os braços para cima e mexia a cintura.
Encarei Adam e engoli em seco, não sei quanto tempo nos encaramos, mas a
música mudou dando início a uma eletrônica que era impossível não se
mexer, comecei a dançar livremente e ele cruzou os braços examinando meu
corpo.
Eu dizia para mim mesma que não estava dançando sensualmente para ele
mas...eu estava. É óbvio que eu estava.
Parei de dançar quando senti dedos me tocarem e um corpo chegar perto do
meu.
Ih ala KAKAKAK
Falo nada
Até o próximo, babys ❤
47° capítulo
Rubi
Confesso que imaginei isso algumas vezes na minha cabeça mas não era esse
o ambiente que eu imaginei.
Talvez em um parque ou restaurante, mas claro que isso seria chato demais.
- Rubi?
Me virei lentamente reconhecendo de vez aquela maldita voz que não saia da
minha cabeça nos dois primeiros meses depois que ele me deixou.
Seus olhos castanhos cruzaram com os meus e sutilmente tirei seus dedos do
meu braço, o cabelo castanho estava igual o que mudava é o tamanho que
estava maior.
- Sim, você era muito bonita quando estávamos juntos, mas agora você
está...uau.
- Ok, Adeus Julian -digo me virando para sair dali o mais rápido possível
mas claro que ele teve que me impedir.
- Ei, calma aí colega -Emily aparece do nosso lado dançando, ela pega na
mão dele pelo dedo indicador e tira do meu braço.
- Quem é você? -ela pergunta e olha para mim, ela ainda dançava.
- Sou Emily Brooks fofo, a loira mais quente que você vai conhecer na sua
vida -responde, antes de dar uma piscadinha.
- Eu sei que não terminamos bem, mas eu quero mudar isso, vamos comer
alguma coisa? -pergunta.
- Você não vai mudar isso, Julian. Você me abandonou levando milhões da
minha empresa -digo irritada.
- Não vou a lugar nenhum com você -falo- Não fale comigo de novo e se me
ver finja que eu não existo, você fez isso muito bem por 8 meses, vamos
continuar assim.
Peguei Emily pela mão e a puxei, saímos de lá rapidamente e fomos até
Susie que estava sentada no bar bebendo água pacificamente.
- Essa bebida não faz muito mal? Vejo gente na boate que bebe isso e não
consegue ficar nem de pé depois -Susie diz.
- Ele continua a mesma coisa, aí como eu queria bater naquela cara cínica
dele -digo vendo o barman me entregar as tequilas.
Dou uma a Emy e levo a minha até a boca bebendo em uma só golada, senti
descer queimando pela garganta e bati o copo no balcão.
- Ele tentou falar comigo fora daqui mas óbvio que eu não quis -comento e
Susie concorda.
Olhei para trás de Julian e vi Adam parado nos encarando, ele cruzou os
braços e Julian o encarou.
- Namorado?
A única diferença era que eu estava perdidamente apaixonado por um. Uma
fadinha no caso.
- Ouvi muitas coisas sobre você...
- Julian.
- Julian -Adam solta sua mão- Fiquei impressionado com algumas coisas.
Peguei na sua mão e o puxei na direção dos banheiros, ele riu baixo e eu
apertei sua mão com mais força sentindo um choque passar entre nós.
Chegamos no corredor e o encarei vendo-o com a expressão esperançosa.
- Meu plano de ficar a sós com você funcionou -ele diz cruzando os braços.
- O que?
- Você acha mesmo que ia dizer aquilo a ele? Óbvio que não, eu preferi
respeitar você -ele diz.
- Sobre isso...Rubi...
- Olha eu sinceramente...
A música pareceu ficar mais alta e eu via a boca dele se mexendo mas eu
não podia escutar.
O olhei confusa e ele se aproximou de mim, por impulso eu dei um passo
para trás mas ele continuou se aproximando.
Levantei minha mão na frente dele que a pegou me puxando para o seu peito,
sua outra mão passou pela minha cintura e a apertou de leve.
Meu corpo estava colado no dele e me própria condenei quando gostei da
sua aproximação repentina.
Ele soltou minha mão e levou a sua para minha nuca me fazendo encará-lo,
seu oceano azul não era muito perceptível por conta da pouca luz do
corredor dos banheiros que para completar estava vazio. Mas eu sabia que
brilhavam na minha direção.
- Você tem todo o direito de ficar assim -ele colocou a mecha do meu cabelo
atrás da orelha- Me diga se eu tenho alguma chance de ter você de volta.
Depois que ele me disse isso eu fiquei em silêncio, as cenas dele no meu
apartamento me chamando de vadia aparecem tão rápido como um raio, logo
eu me lembrei do quanto babaca ele foi comigo agindo como um moleque e
não um homem. Mas… eu o amava, e eu só precisava que ele entendesse
como eu havia me sentindo, e não acho que ele entenda isso ainda.
- Não.
Tirei sua mão na minha nuca e me afastei dele, Adam engoliu em seco
fechando os olhos.
- Ok -ele diz.
- Você desistiu? Por que eu quero que você me deixe em paz sobre isso.
- Hum hum -ele balança a cabeça colocando os braços para trás- Vou voltar
a ser o cafajeste de sempre, me dou melhor assim.
É óbvio que ele desistiu, e lá estava minha razão certa outra vez. Uma parte
muito pequena minha gostou disso, mas a outra que é maior ficou triste,
porém, eu irei superar isso. Ele só foi meu acaso sedutor.
Um passo.
Dois passos.
Três passos.
O que?!
Ele sorriu.
Pisquei várias vezes vendo ele se virar e andar pelo corredor para entrar no
banheiro masculino.
Fiquei estática pelos primeiros segundos mas depois sorri de lado
balançando a cabeça logo depois, não gostamos dele, lembra? -meu
subconsciente me diz.
Olhei para frente e comecei a andar de volta para as meninas e não demorou
muito para eu chegar até elas que ainda estavam no bar e graças a Deus
Julian não estava mais ali.
Elas se levantaram dos bancos e nós três caminhamos de volta para a área
Vip, mostramos nossas pulseiras para o segurança e entramos.
- Sim, eu disse que não iria demorar -ela responde e me abraça apertado.
- Susie bebeu álcool uma vez -Emy diz- Quando Rubi voltou da França e
fomos comemorar com champanhe.
- Ah eu não bebi não -Susie diz- Eu só fiz o brinde e dei minha taça para
Peter, não bebo mas gosto do tumulto.
Sorri de lado.
- Sabia que ele ia olhar -ela sussurra para a gente que ri baixo. Dylan
chamava Lisa de "Baby" com frequência.
- Vão por aquela porta ali -Peter aponta- É melhor do que sair pela parte da
frente, está lotado.
Peter usava uma calça jeans com uma blusa social vinho arregaçada nas
mangas mostrando as tatuagens, a blusa era quase da cor do meu vestido.
- Que bom que conseguiu entrar loirinha -Peter diz colocando as mãos no
bolso da calça jeans.
- Que bom que você aprendeu seu apelido -ele diz e de longe vejo Nate
andar até nós.
- Não, Peter, nós dois não temos apelidos internos, não temos intimidade
para isso -ela diz e Nate chega.
Vejo Peter e Nate chegarem até lá e tentar tirar Adam de cima de Julian,
Peter puxou Adam pelo braço mas ele se soltou, Nate também tentava tirá-lo
mas parecia difícil.
Cheguei até onde eles estavam e vi o quanto o rosto de Julian tinha sangue e
Adam estava ficando igual.
As meninas chegaram e pararam perto de Peter e Nate.
Quando Julian está prestes a dar outro soco em Adam ele pega no seu punho
e de alguma forma troca as posições e começa os socos novamente, olhei
para Peter atordoada e ele fez um sinal com o dedo.
Suspirei.
- Você nunca mais abra essa boca para falar dela, seu idiota! -Adam diz e
Julian tenta empurra-lo.
Logo 2 seguranças aparecem e tiram Adam de cima de Julian, fui até o meu
ex noivo que estendeu a mão para mim já que Adam tinha dois caras em cima
dele. O ajudei a levantar por pura educação e ele se apoiou no meu ombro
apertando meu corpo, o que ele está fazendo?
- O que você fez? -pergunto para Julian que olha para Adam.
- Rubi -Adam me chama e eu olho para ele- Sai de perto desse cara.
- Cala a boca! Vai tomar um remédio para raiva seu estúpido -Julian grita.
Adam tenta ir pra cima dele de novo, mas Peter se mete no meio.
- Tire seu amigo daqui -ele diz para mim- E você -aponta pro Adam- Está
fudido.
- Eu não vou deixar ela ir com ele nem fodendo -a Tinker diz.
- Mas ela vai, devo te dizer porque? Temos uma história juntos e você
não…-Julian diz malicioso e me afasto dele que resmunga contrariado.
- Eu não vou com nenhum de vocês dois -apontei para Julian- Fica longe de
mim.
- Venha, vamos embora -olhei para a mão estendida de Emily e agarrei Susie
quando ele me agarrou também.
×××
Adam
Meu corpo foi empurrado para frente e eu fui cambaleando até me jogar na
cadeira do seu escritório, quando encarei o rosto furioso de Peter decidi que
queria estar em outro lugar agora.
Merda.
- Eu quero matar você! -ele diz apontando para mim, quase me cegando na
verdade.
- Peter...
Ele andava de um lado para outro gesticulando as mãos até que parou na
minha frente me fuzilando com o olhar.
- Você tem algum tipo de trauma que precise agir como uma criança de 5
anos de idade quando é tirado o brinquedo?!
Nate riu baixo pelo tom de pai que Pan usava comigo e bebeu um gole da
bebida.
- Espero, nunca tive problemas com brigas desse tipo na boate e muito
menos usei seguranças.
- Não deixe isso acontecer novamente ou eu chuto sua bunda para fora daqui
-ele se levantou- Na verdade, vá embora, acho que já deu para você por
hoje.
Assenti.
- E você modelo de perfume -ele encara Nate que levanta uma sobrancelha.
Modelo de perfume? Olhei para Nate que parecia a porra de um modelo
segurando um copo com o ar distraído, só faltou o perfume para ter o
comercial perfeito.
- Não beba todo meu whisky -Peter saiu da sala dizendo que ia conversar
com algumas pessoas.
- Pegue.
Olhei para a mão de Nate que tinha um lenço e o peguei limpando meu nariz
que tinha um pouco de sangue.
- Eu ouvi algumas coisas que ele disse -Nate diz e eu o encaro- Eu sabia que
você iria brigar com ele então fui chamar o único cara que iria te conter, mas
ele já tinha ido embora.
Nate vestia uma calça jeans surrada e uma camisa preta que marcava seu
corpo, ele tinha um relógio no pulso e o cabelo estava bagunçado.
- Mas ele a chamou de vadia apenas para me provocar, usou a palavra com
gosto. Eu não usei aquele carregamento de prepotência que ele usou.
- Talvez não -Nate suspirou- Mas agora você sabe como ela se sentiu quando
você disse.
Pisquei um par de vezes desviando o olhar para baixo, puta merda. Fechei os
olhos lentamente e me condenei de todos os nomes ruins existentes pelo o
que fiz com ela.
- Será que um dia eu vou parar de fazer merda? -pergunto com um sorriso
pequeno.
- A maioria dos homens faz merda, Adam. Mas tem alguns que de destacam -
ele riu- Eu sei que você não vai desistir dela porque você não é assim, você
é o cara mais persuasivo que eu conheço.
Suspirei.
- Ela também ama você e não é pouco -ele diz- Quando eu disse seu nome
para Peter dizendo que tínhamos um problema, seus olhos faltaram brilhar
apenas pela menção do seu nome.
Sorri contente.
- Desde que você e a batgirl ficaram apaixonados -ele diz- Escutar Dylan
falando da Lisa às vezes é um martírio, mas eu sei que têm as frases "Linda
para cacete" e "Vou amá-la eternamente".
Sorri de lado.
- O que eu devo fazer para mostrar em ações que eu a amo, que tudo o que eu
quero é ver ela sorrindo para mim como antes? Sou novo nisso -perguntei.
- A conquiste de novo, mostre um lado seu que ninguém conhece e tente não
fazer merda -ele diz- Faça alguma coisa romântica...ou sei lá, porra, cadê o
Peter?
Ele olha para a porta e eu ri baixo, graças a Deus eu tenho a minha família,
não sei o que faria sem eles. Literalmente.
- Tudo bem, agora adeus. Vou atrás de uma garota que eu encontrei aqui e
levá-la para casa.
- Que você quase estragou sua Tinker Bell briguenta -ele abriu a porta e saiu.
Sorri de lado e me levantei, vou embora antes que Ross me expulse com uma
vassoura.
Rubi
Acordei de manhã igual uma múmia e não estava com vontade de fazer nada,
eu adoraria ser um urso agora e hibernar.
Mas a minha campainha não estava muito afim de que eu fizesse isso, me
levantei puxando meu shortinho confortável para cima e puxei o moletom
preto para baixo cobrindo minhas coxas mais um pouco.
Desci as escadas bocejando e dei dois tapinhas na boca, fui até a porta e
girei a maçaneta me deparando com um sorriso grande, mas ele foi sumindo
rapidamente.
Olhei para Carlos que tinha uma expressão não muito boa, dei de ombros
caminhando para cozinha com o meu pai atrás de mim.
Ele tirou a jaqueta azul escura e colocou sobre a mesa, fui até a geladeira e
tirei alguma coisa para me alimentar.
- Por que? Estou bem -digo indo para mesa com as mãos cheias de comidas
nada normais para um café da manhã.
- Você não está comendo nada nutritivo -Ele diz olhando para o pedaço de
pizza fria e o biscoito Oreo que está a alguns dias na minha geladeira. Se
Lua me ver comendo isso ela joga uma cadeira na minha cabeça
- Por que caralhos tem tantas flores aqui? -meu pai pergunta vendo 8
arranjos de flores vermelhas espalhadas pela cozinha.
- Nunca vi você assim, nem quando aquele seu ex noivo patético foi embora
-ele diz e tira a pizza e os biscoitos oreo da minha mão.
Não tive mais notícias de Julian e agradeço de joelhos por isso, não quero
vê-lo tão cedo.
Peguei o pote de pasta de amendoim e coloquei o dedo dentro do pote
levando à boca em seguida recebendo um olhar nada bom do meu pai.
- Eu sei que Adam fez alguma coisa para você -senti uma pontada no meu
peito- Mas vocês não vão se resolver se você ficar aqui dentro para sempre.
Nesses quatro dias eu não vi Adam, não porque eu estava fugindo dele é
porque eu simplesmente me encontrava atolada na minha sala e eu sabia que
ele também estava atolado até o pescoço, Lisa me trazia informações.
Ri baixo.
- Não sabemos do nosso futuro, Rubi. Você não sabe se ele vai te machucar
de novo ou não. Nossa vida é feita de escolhas e se você não tentar abrir o
coração novamente vai se arrepender no futuro -ele colocou as mãos na
minha bochecha me encarando- Eu nunca vi você tão feliz como quando
estava com ele, até sua voz por telefone estava radiante! Adam faz bem a
você e tenho certeza que você faz a ele.
- Certo, você ainda tem um pezinho atrás, vou ter que chamar o armamento
pesado -ele beijou minha testa e ficou ereto percebendo seu celular tocar-
Em falar nela.
- Vamos tomar um café decente porque eu ainda quero que minha filha
chegue aos 30 de idade.
- Vou tomar uma banho, desço em alguns minutos -falo e ele acena
Subi as escadas e fui direto para o banheiro sabendo que ele vai comer todos
os meus biscoitos, Carlos adora doce.
Tomei um banho relaxante e senti meu corpo estremecer com a água quente,
fiz minha higiene matinal e saí do banheiro enxugando meu corpo.
Coloquei um vestido bege de seda bem soltinho e um sapato confortável,
deixei meu cabelo secar naturalmente e não quis passar nada no rosto.
- Vamos.
- Sim, hoje tenho uma reunião com a minha equipe, mas é só na parte da
tarde -falei ligando o rádio.
Ele deu partida no carro e dirigiu por alguns minutos, eu olhava para a
cidade vendo árvores, pessoas de terno e vestidas casualmente, alguns
cachorros passeando parecendo alegres.
Meu pai deu uma curva e logo o carro está estacionado, saímos do veículo e
ele me guiou até a cafeteria que era muito bonita, entramos e vi que tudo
parecia rústico e muito aconchegante.
Revirei os olhos e ele riu se virando para ir até o homem que estava no
caixa.
Fiquei vários minutos esperando, já ficando entediada quando senti dedos
tocarem meu ombro, me virei vendo um sorriso grande direcionado a mim.
- Maria! -falei.
- Vim resolver umas coisas do meu divórcio, falta pouco para eu me livrar
daquele encosto -ela diz me fazendo sorrir.
Meu semblante vai mudando e o sorriso nos meus lábios desaparece aos
poucos, Maria pareceu entender porque fez um cara triste e avança para cima
de mim me dando um abraço apertado que me pegou de surpresa.
- Oh, sinto muito -ela diz alisando meu cabelo e eu até gostei daquilo- O que
ele fez?
- Tudo bem, Maria -digo a apertando de volta- Ele falou algumas coisas que
me magoaram, estou dando um gelo nele.
Ouvimos alguém tossir do nosso lado e nos afastamos vendo meu pai com
uma bandeja enorme com toda comida que pedi.
- O que o que? Estou saindo da sua frente para você colocar a bandeja, não
seja um garçom mal se não não vai ganhar gorjeta.
Maria bagunça o cabelo dele e eu solto uma gargalhada vendo meu pai todo
bagunçado.
- Eu não sou garçom, senhorita -meu pai diz e coloca a bandeja na mesa.
- Sou o pai dela -ele diz e Maria entre a abri a boca parecendo
envergonhada e suas bochechas ganham um tom corado.
Essa foi a coisa mais fofa que eu já vi depois de Mops jogando a cabecinha
para o lado.
- Está tudo bem -ele diz pegando na mão dela e dando um beijo em seguida.
- Sou Maria.
Ela sorriu de um jeito meigo e ele sorriu galanteador, uma grande idéia me
surgiu agora.
- Pai, por que você não toma café com Maria? -pergunto e ela me encara,
mas ele não tira os olhos dela. Safadinho!
- Não, não precisa. Vocês vão tomar café juntos eu não quero me intrometer -
Maria diz e olha para o meu pai que ainda está segurando a mão dela.
- Que nada, eu já estava indo mesmo -digo pegando meu bolinho, meu café,
meu suco e meu pão. Não sei como aquilo deu na minha mão mas quem quer
consegue.
- Você vai voltar para casa como? -meu pai pergunta.
- Coroa, não é tão difícil achar um táxi por aqui -digo e eles riram para mim-
E tem o ônibus também, sabe? Aquele que leva você pela cid…
Peguei uma sacolinha com o caixa e coloquei todo meu café lá dentro e saí
da cafeteria a procura de um táxi.
×××
Até, babys ❤
49° capítulo
Rubi
Continuei meu trabalho e procurei pelo grampeador que não estava em lugar
nenhum, olhei por cima da mesa e não o vi, andei até os armários abrindo
cada um mas voltei para a mesa sem sucesso, abro as gavetas e sorri quando
o achei mas meu sorriso foi diminuindo quando vi o que tinha por baixo.
Peguei a carta e a abri, era a carta que Adam tinha me enviado dizendo que
não iríamos nos ver durante o dia todo depois de alguns dias de termos
voltado de Paris, dei um suspiro triste.
Li isso e dei um sorriso bobo, é possível sentir falta até do seu jeito
convencido?
- Eu estou com outros presentes fofos que Adam deixou para você, tem até
uma joaninha que canta uma canção muito fofa e depois ela abre as asinhas
dizendo "Me perdo...
Ele para de falar quando vê que eu estou o encarando com uma sobrancelha
levantada.
- Jura?!
- Você não me engana, Letícia -ele aponta para mim- Eu sei que no fundo
você gosta que ele deixe presentes românticos para você, mesmo que você
fique surpresa na maioria das vezes, mas você gosta!
Revirei os olhos.
- Você gosta de saber que ele está pensando em você quando te envia isso ou
que ele esteja se esforçando para recuperar você de volta...do jeito dele mas
está!
Saio do carro deixando minha bolsa no mesmo pegando apenas meu celular,
liguei para Emily mas ela não me atendeu.
Entrei na casa de massagem e fui até a recepção para ver uma mulher
asiática com um sorriso no rosto.
- Oi -digo e ela acena- Eu tenho uma massagem marcada agora, está no nome
de Emily Brooks.
Deduzi que ela estava perguntando sobre o nome de quem era responsável
então dei o de Emily, a mulher acenou contente e chamou alguém quase
berrando e um homem alto meio cabeludo apareceu.
Ela falou alguma coisa a qual não entendi porra nenhuma e o homem me
chamou, eu fui até ele morrendo de medo mas no fim ficou tudo bem quando
ele abriu porta para mim e eu vi duas massagistas passando óleo nas mãos.
Entrei na sala e andei até elas olhando em volta, tinha duas macas de
massagem com distância favorável uma da outra e em uma delas tinha um
homem, havia também uma mesa enorme no canto da sala com alguns óleos e
coisas de massagistas.
- Rubi?
Parei de falar na hora, meu sangue foi drenado do meu corpo e senti meus
lábios secarem.
Me virei para o lado e vi Adam deitado na maca me encarando, ele estava
com o cenho franzido e parecia confuso pela minha aparição.
- O que você está fazendo aqui? -pergunto e ele puxa a toalha se levantando
um pouco.
- Eu não sei o que você está pensando, mas eu não sabia que você estava
vindo, eu faço massagens aqui sempre que posso -ele diz sincero e eu me
viro para a mulher.
- Senhora, eu vou fazer massagem com Emily Brooks, por favor me leve até
ela -digo para a mulher que balança a cabeça sorrindo.
- Ela não fala inglês -a outra mulher diz- Mas não temos mais salas
disponíveis então terá que dividir essa, estamos lotados hoje -ela sorriu
pequeno- Tire as roupas e se quiser pode ficar nua ou de calcinha e sutiã, a
escolha é totalmente sua.
Ela diz e vai até Adam que deita relaxando os músculos e encarando chão, a
mulher fica de costas para mim.
A outra mulher balança as mãos e vai até a mesa preparando alguma coisa,
ela também fica de costas, me despi rapidamente e deitei na maca depois de
me enrolar na toalha.
A massagista veio até mim e senti óleo nas minhas costas e logo suas mãos
começaram a me massagear, puta merda! A mulher era muito boa, parecia
mãos de anjos.
Adam
É a quarta vez que venho aqui e as massagistas são realmente boas, tentei me
focar nos apertos dos meu ombros e nas minhas costas mas eu não estava
conseguindo.
De vez em quando eu ouvia uns gemidos sair dela e isso me levava ao lado
mais pervertido da minha mente, porra! Os mesmo gemidos que ela dava
quando eu estava dentro dela ou quando eu apertava seu corpo contra
meu...isso está me deixando louco.
Apertei os dedos e resmunguei quando ela fez de novo, às vezes parece que
ela está fazendo de propósito.
Não, não está tudo bem. Eu estou a dias sem ter qualquer tipo de relação
sexual porque eu só quero ela, quero beijar as covinhas em seu rosto, quero
apertar o cabelo sedoso, quero sentir o cheiro que eu tanto gosto.
Ela chamou a outra mulher usando outro idioma mas parecia que elas
estavam brigando, as duas saíram da sala me deixando sozinho com Rubi.
Eu não sei se sou o filho da puta mais sortudo do mundo ou o destino quer
me ver com ela, mas no momento eu estou abraçando os dois.
Sorri de lado.
- Olha como é irônico -digo e ela engole em seco- Você passou dias me
evitando mas no final está aqui sozinha em uma sala comigo esperando
pedras quentes.
- Eu não estava evitando você, sabe que nós dois ficamos ocupados, mas eu
vou te evitar não falando com você agora, curta a experiência da massagem -
ela diz deitando novamente.
Ela parou de bater os pés ficando séria, Rubi encarou a mesa ao seu lado e
seu semblante mudou por alguns segundos, ela mordeu o lábio inferior e
forçou o corpo para frente me encarando em seguida. Eu a conhecia bem
para dizer que sua imaginação estava em um lado pervertido, e eu estava lá
com ela.
Seus olhos focaram nos meus e vi ela passar a língua nos lábios sutilmente
fazendo meu membro vibrar. Merda, eu preciso dela, aqui e agora.
- Óbvio que não -ela me encarou e estava visível que ela estava mentindo
pra mim.
Andei devagar até ela que saiu da maca enrolada na toalha e se afastou.
- Não! Fica do seu lado da sala. Tá vendo essas macas? E para você ficar na
sua do outro lado -diz nervosa.
- Você me quer e eu quero você, eu sempre vou querer você -digo e ela entre
abre a boca.
Olhei para a porta e vi uma chave dourada na mesma, andei até a porta
sentindo seu olhar nas minhas costas, giro a chave trancando a porta e ouço
ela dá um gritinho de susto, sorri de lado.
- Você vai me matar agora? Merda, você é do tipo que não aceita o fim?
A encarei irritado.
- Ai meu Deus, eu vou morrer -ela colocou as mãos no rosto fingindo chorar,
andei até ela que prendeu o riso indo um pouco para trás até sua bunda
encostar na mesa.
- No que você pensou que te deixou excitada? -pergunto na sua frente e ela
vai parando de sorrir mantendo a expressão pacífica.
- Tem razão, você ainda está -digo e ela fica em silêncio- Tenho certeza que
se eu tirar a prova você vai estar molhada -sua respiração ofega.
- Preciso sair daqui, sou claustrofóbica, sabe? -ela tenta sair, mas eu não a
deixo.
Não demorei nem 5 segundos para avançar sobre ela e beijá-la, sua boca se
encaixou perfeitamente na minha e eu dei um gemido de satisfação por sentir
seus lábios macios novamente.
Em seguida afastei aqueles óleos da mesa e tirei a toalha que a cobria, ela
não usava sutiã, apenas calcinha que rapidamente tirei.
Deixei minha toalha cair da cintura mostrando meu membro que até pulsava
de desejo por ela.
Me posicionei no seu sexo e seus braços foram para o meu pescoço, parei de
beija-la e ela me encarou com os lábios vermelhos.
Eu sinto falta disso, eu sinto falta de fazer sexo com ela mas não tanto quanto
eu sinto falta de vê-la sorrindo para mim ou me dando um abraço apertado.
Eu até penso naquele cachorro as vezes e como seria se eu pudesse ser o pai
dele, a quem estou enganando, eu penso nele o tempo todo também. Aquele
cachorro e eu tivemos uma conexão de cara.
Rubi puxou meu cabelo de leve quando sentiu eu a penetrando devagar, não
deixei seu rosto nem uma vez, nem mesmo quando ela fechou os olhos e
jogou a cabeça para trás sutilmente parecendo satisfeita por me ter dentro
dela.
Aumentei o ritmo e suas unhas cravaram nas minhas costas, gemi rouco e a
puxei mais para mim investindo com mais força enquanto ela gemia meu
nome.
Eu não sei por quantos minutos ficamos naquela bolha mas eu me sentia vivo
como não me sentia antes, passei meus últimos dias me dedicando a ela, me
esforçando o máximo que pude, recebendo os conselhos mais variados da
gangue e das meninas, eu estava pronto para me expressar da maneira
correta.
Depois disso eu a abracei com força enquanto ainda estava dentro dela, ela
pareceu surpresa porque só depois de alguns segundos retribuiu o abraço.
Digo de uma vez, não nervoso como naquele dia, apenas convicto, com total
certeza dos meus sentimentos por ela.
Me afastei para ver sua expressão meio surpresa e um pouco de felicidade,
Rubi abriu a boca um pouco e depois franziu o cenho balançando a cabeça.
- Você...
- Me dá outra chance, por favor -digo alisando seu cabelo e colando nossas
testas- Por favor.
Ela bateu na porta de novo, mas dessa vez com mais força. Rubi saiu da
mesa vestindo suas roupas apressadas.
- Senhor, abra a porta -ela diz mexendo na maçaneta- Agora!
- Você estão expulsos -ela aponta para Rubi- Você que está vestida, pode ir
embora antes que eu chame meu advogado e a polícia.
Concordo vendo Rubi caminhar para a saída, ela ainda me olhou por cima
do ombro antes de suspirar encarando o chão novamente. Não demorou
muito para ela sair da minha vista.
×××
Adam
- Você vai morrer, porra! E vou convencer Dylan a não fazer um funeral,
você não merece.
- Idiota -ele diz bravo enquanto eu tirava o pano do meu rosto e ria.
- Conseguiu fazer com que ela falasse com você? -pergunta surpreso.
- Não exatamente -o encarei- Eu a encontrei por acaso em uma casa de
massagem.
- Casa de massagem?
- Sim, é muito bom. Você deveria ir -digo e ele nega me fazendo dar de
ombros, já que fui expulso, preciso encontrar outra.
- E o que ela disse? -ele diz e eu empurrei a tigela do cereal para frente.
- Não é brincadeira, ela literalmente não disse nada -ele me encarou- Fomos
interrompidos, mas estou rezando para termos uma conversa decente, sei que
teremos.
- Pois é, talvez o destino esteja contribuindo ao nosso favor -digo e ele sorri
de lado- Tenho até que agradecer a Emily, acho que por causa dela Rubi
estava lá.
- Não suporto aquela loira -ele diz e nós andamos para sala.
- Também não suportava minha princesa e agora eu não paro de pensar nela -
digo e ele me olha feio.
- Sua princesa não é louca, Emily não tem filtro e é muito, muito irritante.
- Quando você ficar estéril, Adam -ele tirou meu braço do seu ombro e eu ri
alto.
Peter olhou para mim e levou o dedo até a boca fingindo vomitar, bati no seu
braço com força o fazendo rir depois.
Subi as escadas e entrei no meu quarto, fui até o banheiro e escovei meus
dentes bagunçando meu cabelo depois, apertei minha gravata preta e desci
vendo o Peter Pan impaciente.
Saímos do meu prédio e dirigimos pelas ruas, ele parou o carro ao meu lado
no sinal vermelho e abaixou o vidro me fazendo abaixar o meu também.
Todos que passavam por ali escutaram o barulho do motor do carro dele e
ouvi o filha da mãe buzinar para mim.
Sorri de lado e dei partida dirigindo para a empresa como uma pessoa
normal e não um piloto de fórmula 1.
Cheguei no meu andar e eu até ia passar direto para a minha sala, mas algo
me chamou atenção.
Fui até o balcão e vi Gustavo sentado na cadeira atendendo uma ligação no
telefone da empresa.
Ele olhou para mim e eu acenei, olhei para o lado e não vi Josh o que é
super estranho já que sempre que chego ele já está aqui e Rubi na sua sala
trabalhando.
- Ainda não chegou, senhor -sussurrou- Mas a Srta. Mendoza já está aí.
Meu senso estava dizendo para eu ir pra minha sala e depois conversar com
ela, mas eu nunca tive muito essa merda mesmo..
Movi meus pés até sua porta e bati duas vezes entrando em seguida.
Ela estava de costas para mim encarando a vidraça que tinha uma bela visão
de Nova York, seus braços estavam cruzados e ela virou o rosto para me
encarar.
Fechei a porta e andei até ela lentamente vendo a mesma de olhos cerrados.
- Oi -digo e me repreendo por só conseguir dizer isso.
Ela se virou para mim e encarei a calça jeans preta que marcava suas coxas
e a camiseta branca que estava coberta por uma jaqueta azul escura, ela não
usava salto apenas um tênis preto. O que é estranho, Rubi realmente gosta de
saltos.
- Sobre ontem...
Rubi mordeu o lábio inferior e jogou a cabeça para o lado me encarando dos
pés a cabeça, parece até que é a primeira vez que ela está me vendo.
- Eu só quero dizer que irei esperar o tempo que for necessário, Rubi. Eu te
disse que não iria desistir e não vou -me aproximei mais tocando no seu
cabelo, ela levantou uma sobrancelha.
Franzi o cenho.
- O que?
- Deve ser muito bom -ela diz quase sussurrando enquanto encarava minha
boca- Porém...
- Você é esperto -ela diz passando a língua nos lábios- Todos se enganaram
mas você...
Ela passou o dedo indicador pelo meu rosto e me desviei do seu toque.
Nessa hora a porta foi aberta e nós dois olhamos, agora sim era minha
princesa. Rubi arregalou os olhos e eu soltei a mulher à minha frente.
Puta que caralho, como eu nunca soube de uma coisa dessas? Rubi tem uma
irmã gêmea? Como isso...que merda é essa?!
- O que...
Ela estava confusa mas não mais que eu, nunca nessa porra de mundo eu ia
adivinhar que Rubi tinha uma gêmea idêntica.
Rubi olhou para mim e respirou fundo parecendo menos surpresa agora.
- Por favor me diz que você não a beijou -ela diz olhando para mim.
- Não, ele não fez isso -a gêmea diz- Acredita que ele sabia que não era
você -ela riu e eu a olhei feio.
Ela andou até onde Rubi estava parando ao seu lado e por um momento achei
estar bêbado por ver duas dela mas infelizmente eu não estava.
- Sou Safira Mendoza, a irmã gêmea da mulher que você acabou de dizer que
ama.
Rubi engoliu em seco e eu não conseguia falar nada, elas se encararam e
parecia que eu tinha ingerido uma grande quantidade de álcool. Talvez eu
esteja sonhando.
Rubi perguntou andando até sua mesa e passando por mim me dando um
pequeno sorriso. Ela usava um vestido branco que tinha listras azuis no
tronco e por cima um terninho da mesma cor das listras.
- Visitar minha irmã preferida! -ela diz animada- E ver meu pai.
- Por isso é minha preferida -ela andou até a mesa da irmã e me encarou.
- Adam -falo e ando até Rubi- Quero conversar com você sobre ontem, por
favor não me evite -digo e dou um beijo na sua testa a fazendo fechar os
olhos.
- Cala a boquinha, você fica melhor com ela fechada -Rubi diz e ela faz cara
feia.
Fui para a porta vendo as duas discutirem e as olhei antes de sair da sala.
Porra! A ideia do hospício não parece mais tão maluca agora.
×××
Chocados?
Calma que Safira veio para ajudar de certa forma, já estou ansiosa para
vocês conheceram mais sobre a família Mendoza ❤
Até babys ❤
51° capítulo
Rubi
Não, mentira. O primeiro pensamento deve ter sido o quanto sua vida
mudaria a partir dali, ele tinha encaminhado gêmeas! Duas meninas que
iriam ser presentes na sua vida até a sua morte, Safira e eu somos as pedras
preciosas de Carlos, literalmente…
Minha irmã e eu fomos muito bem criadas e nunca nos faltou nada, apenas
para Safira que lhe falta um parafuso.
- Para de mexer aí -grito com ela que está mexendo nas gavetas da minha
mesa.
- Porra! Você não me vê a meses e vem gritar comigo? Calma aí, cópia -ela
começa a andar pela minha sala.
Safira Mendoza, minha irmã gêmea maluca que mora com a minha mãe no
Brasil, nós duas temos um relacionamento de irmãs normais, brigamos a
maioria das vezes mas eu a amo apesar de não ter muito contato direto. A
verdade é que eu escondo Safira do mundo...ela não pode ser descoberta,
caso contrário, a NASA vai roubá-la.
- Ela está bem, continua falando que você a abandonou e blá blá blá -ela diz
olhando para as unhas pintadas de vermelho.
Anos atrás Safira e eu meio que fizemos um "acordo", ela me prometeu
cuidar da nossa mãe quando eu viesse morar com o meu pai e cuidar dele
também. Nos falamos por mensagens de texto às vezes, mas nos últimos dias
ela não estava me respondendo.
- Claro que sabe, sou o armamento pesado, maninha -ela aponta para si
mesma.
- Fiquei triste quando você não respondeu minha mensagem -franzi o cenho-
Eu estava mesmo com saudades.
A mensagem que recebi em Paris era dela? Por que isso não passou pela
minha cabeça? Tinha até o tom de drama dos Mendoza.
Ela é uma boa advogada, eu só a vi perder uma causa uma vez e foi no
começo da sua carreira mas depois disso eu não soube de mais nenhuma.
- E você? -pergunta.
- E você está apaixonada por ele -ela complementa- Mas! Vamos falar
daquele terno, puta merda! Eu precisei tocar na gravata dele, Rubi do céu.
Sorri de lado.
- Espera, mais uma coisa -a encaro- Ele também está apaixonado por você.
- É, basicamente, mas você tinha que ver como ele olhava para mim
pensando que era você, e quando ele descobriu que estava falando com a
Mendoza errada seu olhar mudou completamente -ela passou a mão no
cabelo.
Nessa hora escutamos um celular tocar e era o dela, ela sorriu pra tela e
atendeu em seguida.
Voltei a ler os papéis, com a mente viajando para a Tinker Bell atentada.
- Estou aqui com ela, continua uma graça -diz rindo, mostro meu dedo do
meio.
- Claro, mande o endereço para mim e daqui a alguns minutos estaremos lá -
a encaro.
- Ok, papi.
- Vamos lá, Carlos quer falar conosco -ela diz pra mim.
- Já está na hora do almoço e você é a dona, você pode sair a hora que
quiser. Vamos logo.
Ela andou até a porta e abriu ficando bem no meio dela me chamando, juntei
os papéis os guardando em uma pasta específica.
- Oi, Josh -ela diz e eu começo a andar até ela pegando meu celular e a
chave do meu carro.
Josh conheceu Safira através de mim quando contei a ele que tinha uma
gêmea, acho que de todos ele e Lua são os únicos que sabiam. Safira já veio
em Nova York antes, mas na época eu não conhecia as meninas ou os
Venturelli.
Ele parou de beber água e nos encarou com o cenho franzido, ele olhou para
a garrafa de água e piscou várias vezes.
- Pelo visto você não fala muito de mim por aqui -Safira diz rindo e eu
empurrei seu ombro de leve.
Dei partida no carro e dirigi rapidamente com Safira me guiando pelo GPS.
(...)
- Você que está me guiando, você que tem que saber! -falei desesperada
pensando em estar em um bairro perigoso.
- Eu não conheço esse lugar aí e é você que está com a porra do GPS! -grito
irritada e ela bufa.
- Você não ia me comer! Eu deveria ter comido você, porra! Olha -ela me
deu um tapa e eu revirei os olhos- Vou contar para Carlos.
Agarrei seu braço quando ela apontou e sussurrei um "Se você contar eu juro
que vou falar que foi você que cortou as blusas dele para fazer camisetas!"
- Experimenta!
Tirei o cinto de segurança e saio do carro escutando ela dizer que eu era uma
chantagista, caminhamos para o restaurante onde meu pai estava e entramos
no estabelecimento.
Ambas andamos até ele que nos viu de longe e se levantou, Carlos abriu os
braços para Safira que correu até ele.
Uma lágrima teimosa desceu pelo meu rosto enquanto eu via aquela cena,
meu pai olhou para mim e abriu o braço me chamando, fui até ele que
abraçou nós duas. Olhei para Safira vendo seu rosto contente e meu peito se
aqueceu um pouco.
- Mis hijas -ele diz nos abraçando e dando um beijo na cabeça de cada uma.
( Minhas filhas )
Ficamos assim por alguns segundos até que decidimos nos sentar e conversar
um pouco.
Carlos fez várias perguntas para Safira que respondeu todas animadamente,
o garçom veio até nós e pedimos algo para comer, a conversa continuou e eu
sabia que uma hora ou outra a conversa iria parar na minha mãe.
Mas Carlos conseguiu mudar a conversa e aos poucos nós fomos parando de
falar sobre esse assunto que ainda é desconfortável para mim.
- Tenho uma notícia para dar a vocês -Safira diz com as mãos na mesa.
- Não, eu não estou grávida -ela diz e vejo meu pai respirar aliviado.
Ele diz que ainda somos muito jovens para ter filhos agora.
- O que você fez? -pergunto e ela levanta uma sobrancelha- Você o traiu.
- Você fez o que?! -Carlos levanta as suas sobrancelhas.
- Ela traiu o noivo dela -apontei para Safira que bateu na minha mão-
Entendeu, pai?
- Pai, eu vou matar essa cópia falsificada -Safira diz apontando para mim
que sorri abertamente.
- Nós brigamos feio por conta de uma piranha no trabalho dele que fica o
tempo todo em cima como se ela fosse um cachorro e ele um osso.
- Não sei -responde abaixando a cabeça- Ele já disse pra mim que poderia
despedi-la se eu quisesse mas achei injusto, porém, estou considerando
mudar de ideia.
- Claro que não! Como você ousa…-ela foi parando de falar- Eu acho que
fugir...é uma palavra muito forte.
- Você acha que ele está traindo você? -Carlos pergunta a ela.
- Então, eu só precisava pensar, ok? Essa viagem a Nova York veio na hora
certa, não posso me casar tendo dúvidas.
- Eu o amo muito, pai -ela diz chorando- E eu tenho medo dele fazer algo
para me machucar mesmo que a intenção dele não seja essa.
- Eu não vou aguentar se ele quebrar meu coração -meu pai me encara, sem
sutileza nenhuma- Mas eu sei que ele me faz bem e quando eu estou com ele
tudo parece ficar bem, eu sinto que posso ser eu mesma.
- Essa relação é tão importante e quem a tem hoje em dia não deveria
desperdiçar a chance de ser feliz, eu sei que é ele quem eu quero e eu sei que
tenho que deixar meu medo de lado se eu quiser ser feliz -ela diz e meu peito
se aperta quando eu penso no loiro, mas que merda!
- Ele me faz feliz e no fundo eu sei que confio nele, Papi. Então, eu preciso
lutar pelo nosso amor, certo? -ela pergunta limpando uma lágrima- Não
posso deixar uma coisa boa escorregar entre meus dedos.
Ela está certa, eu sinto no fundo do meu coração que eu preciso fazer algo a
respeito da minha vida, Só estou cansada demais para continuar evitando o
inevitável, aquela Tinker Bell maldita tem tudo de mim, e eu consigo ouvir
uma voz na minha cabeça dizendo que ele sempre vai ter.
- Espera, mas ainda nem conversamos sobre o que está rolando no seu
coraçãozinho -Safira toca no meu braço e Carlos chama a atenção dela.
- Deixe-a ir, você já fez o suficiente -Carlos fala pra ela que franze o cenho.
- Vocês são meio estranhos -ela fala fazendo meu pai e eu levantarmos uma
sobrancelha.
- Você tem meu sangue, Safira. Você acha que é como? -ele pergunta.
- Incrível?
- Tadinha, pai, não deixe ela exagerar nos doces senão daqui a pouco ela vai
subir nas mesas -falo para ela que me olhou com tédio, sorri de lado.
É agora ou nunca.
×××
Aí meu Deussss, é agora ou nunca meu povooo! Vamos orar para a santa
protetora dos casais.
Rubi
Eu o amo.
Sim, isso é fato. Eu o amo tanto que chega a ser estranho eu sentir um
sentimento tão forte e grande por uma pessoa. Mas é sensacional.
E é por isso que eu não consigo mais ficar longe dele, eu não consigo.
Preciso dizer a Adam que também estou apaixonada por ele, dizer que meu
sentimento é recíproco.
Talvez ele não tenha sofrido o bastante ou tenha sofrido o suficiente mas isso
realmente não me importa agora, eu só preciso dele de novo.
Por isso estou aqui, de frente para a porta do seu apartamento com a mão
inclinada para apertar a campainha.
Assim que sai do restaurante com meu pai e minha gêmea maluca eu vim
para cá disposta a abraça-lo e beijar todo seu rosto perfeito, talvez até
mexer no seu cabelo até eu me cansar.
- Você veio conversar com ele? -pergunta e eu entre abro os lábios- Graças a
Deus, garota! O homem está completamente desorientado, ontem ele colocou
sal no café e açúcar no vinho! Açúcar no vinho! -ela deixou de desabafar e
eu sorri de lado- Ele ainda não chegou mas já está vindo para cá, pode entrar
e esperar por ele.
Olhei para dentro e a encarei depois, talvez isso seja um sinal de que eu não
deveria ter vindo e deveria estar em casa comendo pizza e assistindo
televisão.
Não! Não! Vamos lá.
- Eu sei porque você está aqui -ela diz pegando minha atenção- Adam tem
tido vários pesadelos e em todos ele pede para você voltar com ele -ela
sorriu meiga- Não encare nada como um empecilho, você escolheu vir até
aqui e lhe dizer algo -ela pegou na minha mão me puxando para dentro-
Então diga.
Rita alisou meu braço por cima do terninho azul que combinava com as
listras que tinham no vestido branco.
- Ele já está chegando da empresa, vou deixar você fazer uma surpresa -ela
diz e pisca para mim.
A porta foi aberta e logo a vi sair por ela, olhei para frente vendo o quanto o
apartamento era grande, devia ser bom morar aqui.
Dei alguns passos analisando tudo, vi fotos dele e de Dylan perto da lareira
e uma foto da gangue na mesinha de centro, pelo terno de Dylan eles estavam
no casamento do próprio, sorri de lado.
Olhei para a escada e tentei não subir os degraus para explorar um
pouquinho mas falhei miseravelmente quando o barulhos dos meus saltos
surgiram enquanto eu subia as escadas.
Tirei meus saltos e andei até o mesmo parando na frente. Dei um soquinho de
leve e o negócio nem se moveu.
Olhei para o lado e vi uma pequena estante com luvas de box pretas e sorri
abertamente.
Fui até a estante e coloquei as luvas com um pouco de dificuldade mas por
fim consegui e ainda bati uma na outra igual os lutadores profissionais
fazem.
Voltei para o saco de box e parei na sua frente, fiz a posição e comecei a
bater com força, até que eu vi ele se mexer um pouquinho mas continuei
batendo.
Só fui perceber que estava usando uma força descomunal quando saco foi
para frente e depois voltou para mim quase me derrubando no chão.
- Rubi?
- Ai merda -digo quando acabo caindo no chão com o susto dos infernos que
levei.
Caí sentada e minhas mãos com as luvas ficaram ao lado do meu corpo
quando olhei para cima vendo Adam preocupado, mas segurando o riso.
Ele usava apenas a blusa social que estava aberta dois botões e a calça que
tinha suas mãos no bolso da frente, o cabelo estava bagunçado e os pés
descalços.
- Não sabia que lutava. É a prova que você trabalha para alguma agência
secreta ou algo assim? -ele pergunta e eu me viro para encará-lo ainda na
frente da estante enquanto ele estava na porta apoiado.
Eu precisava dizer a ele mas agora parece que travei, eu estava tão nervosa
que sentia minhas mãos suando. Será que foi isso que ele sentiu antes de
dizer o que sentia por mim?
- Eu...
- O que?
- Você parecia furiosa quando batia naquilo -ele aponta para o saco- Você
estava descontando nele, certo?
- Claro que não, o saco de box e eu somos amigos -digo o fazendo sorrir de
lado.
- Eu não vou bater em você -digo puxando minha mão, espera, hum...
- Sério? Eu chamei você de vadia, você deveria pelo menos me dar um tapa
na cara.
Ok, primeiro: Adam é um filho da puta mas um filha da puta esperto porque
no maldito segundo depois minha mão estalou no seu rosto com tanta força
que sua cabeça virou pro lado.
Fiz um "o" com a boca perplexa e até que me senti bem. Minha nossa! Eu
quero bater de novo.
- Só para deixar claro, você não é nada daquilo que eu falei, ok? Nada! Você
se tornou a pessoa mais importante da minha vida -ele fala enquanto eu estou
batendo nele.
Quando eu estava pronta para dar uma joelhada nas sua bolas ele se afastou
rapidamente cobrindo as duas.
- Não estou brincando -ele dá um passo para frente- Eu penso nisso mais do
que eu gostaria de admitir, eu falei sério quando disse que queria você no
meu futuro.
- Seja minha namorada, esposa, mãe dos meus filhos...eu só quero você nele.
Porque você é ele, eu quero tudo o que você poder me dar, eu quero o Mops
também.
- O MOPS NÃO!
- O Mops já é meu, se toca, Rubi -ele fala colocando as mãos no meu rosto,
ambos com um sorriso estampado.
- Você...
- Eu entendo, de verdade agora, eu não podia entender antes e só achava que
tentar me desculpar com você era o principal, sim era, mas me colocar no
seu lugar era o que eu deveria ter feito desde o início, eu surtei por causa
dos meus sentimentos ao invés de apenas falar, mas...eu estou aprendendo a
me expressar quando se trata de você, porque Rubi Mendoza, eu sou
completamente apaixonado por você e sua personalidade forte, e nunca,
nunca mesmo quero perder você por algo besta.
O olhei de uma forma diferente e recebi o mesmo olhar de volta, esse homem
me enlouquece completamente.
Toquei nos seus braços e os alisei enquanto seu olhar não desviava do meu
rosto.
- Diga.
- Não acredito! -ele fala animado e eu ri antes dele plantar beijos na minha
testa.
Suas mãos apertaram meu corpo contra o dele e senti como se estivesse
soltando fogos.
O beijo de início era necessitado mas depois foi ficando mais lento, sua
língua tocava na minha gentilmente e gemi baixinho quando ele apertou
minha bunda por cima do vestido.
Ele sorriu no meio do beijo e eu o puxei um pouco mais para mim mas Adam
se afastou acabando com o beijo, me deu vontade de dar outro tapa no rosto
dele nesse hora.
- Por que você está aqui, Rubi? -ele pergunta passando a mão no meu cabelo
e tirando um pouco do meu rosto.
Seus olhos brilharam e sorri alegre vendo o quanto ele parecia contente por
ouvir isso.
- Eu amo você e por isso eu não consigo mais ficar longe e nem te evitar,
uma vez você me disse que o desejo tinha falado mais alto por nós dois -ele
acena- Dessa vez o amor fala mais alto por nós dois.
Eu sentia uma lágrima descer pelo meu rosto e os olhos azuis de Adam
cheios de água, ele parecia dividido em chorar ou me apertar contra seu
corpo.
Ele respirou fundo como se tivessem tirado um enorme peso das suas costas
e fechou os olhos por alguns segundos.
- Você não sabe o quanto eu estou feliz por ouvir isso -ele diz me apertando-
Nunca pensei que poderia sentir isso por alguém mas você está aqui nos
meus braços para provar ao contrário, eu amo você.
Ele diz e pega na minha bochecha me puxando para um beijo sedento, apertei
seu tronco e ri alto quando ele deu vários beijos pelo meu rosto depois.
- Espero que goste de trabalhar um pouco em pé -ele abriu a porta- Por que
você não vai conseguir sentar amanhã.
×××
Mas iti, eu tinha desfigurado a cara dele todinha porque sou rancorosa,
mas depois ia encher de beijinhos pq sou trouxa, tem que manter o
equilíbrio! KKKKKKKK.
Votinho e comentários!!!
Até, babys ❤
53° capítulo
Rubi
Meu dedo indicador traçou todo o seu rosto, um sorriso pequeno habitava em
meus lábios quando passei por cima da sua barba rala.
Passei o polegar por cima dos seus lábios e ainda dei um aperto fraco no
final, Adam sorriu e me apertou de leve.
- Você é perfeita -ele diz mexendo no meu cabelo- Não acredito que quase
tive que perder você para assumir que eu estava apaixonado.
Ele suspirou.
- Eu estou aqui agora -digo, vendo seus olhos mudando para culpa.
- Me desculpe por aquilo -ele diz me encarando mas logo depois desvia.
- Está tudo bem -digo e o puxo para um selinho demorado, ele relaxa
passando os dedos pela minha cintura.
Ele me olhou irritado e eu ri baixo pondo a mão na boca com uma expressão
de menina levada.
Adam agarrou meu nariz apertando e eu dei um tapa no seu peito que fez um
barulho alto, ele fez uma careta rindo e eu passei a mão no meu nariz rezando
para não começar a espirrar.
- Eu devia sequestrar seu cachorro só por essa -ele fala e depois abre a boca
parecendo ter uma grande ideia- Eu vou levar a Lua também!
- Você não vai levar nada, se o fizer, eu sumo com os seus ternos -digo e ele
coloca a mão na boca, eu acho até que ele estava lagrimando.
Ri alto, escandalosamente para ele perceber o quão essa frase saiu sem
vontade na voz dele.
- Eu acho que você já provou o que queria, pare de rir -ele resmunga, e três
segundos depois volta falar- Rubi, você está ficando azul, para de rir!
Adam faz um bico debochado e eu sorrio quando ele beija minha testa
descendo pelo meu rosto, coloquei minha mão na sua bochecha me sentindo
feliz como nunca me senti antes.
Ri baixo.
- Oh, espera. Eu fiz uma desenho -franzo o cenho quando ele saiu do sofá me
deixando ver sua bunda durinha na cueca boxer, Adam mexeu em uma
escrivaninha no canto e eu me sentei no sofá ajeitando sua blusa social que
eu estava vestindo.
- Oh...isso é... -parei de falar vendo um jardim pequeno com várias flores
desenhadas.
- Esse é o Mops -ele aponta no negócio branco- Esse sou eu, e essa é você.
Ele aponta para o palitinho que tinha um cabelo grande descendo pelo lateral
do que deveria ser o meu corpo, balancei a cabeça e olhei para ele que tinha
um sorriso bonito no rosto.
- Não sou nenhum Picasso, mas posso melhorar -ele diz e eu aperto os lábios
concordando.
Encarei o desenho de novo, o cara que eu amo faz desenhos do meu cachorro
e de mim em um parque onde as flores são marrons e o sol é verde, engoli
em seco. É, nem tudo é perfeito.
Adam começou a rir vendo minha expressão e eu fiquei olhando para ele que
cruzou os braços parecendo se divertir com a minha cara.
- Não foi você que desenhou isso, não foi?
- Viu só, princesa? Eu chamo isso de amor -ele coloca as mãos no peito-
Você elogiou o desenho mesmo que ele esteja horrível, e ainda acha que sou
melhor que Picasso, porra, é isso que eu procurei minha vida toda -ele fingiu
limpar uma lágrima e eu revirei os olhos.
- É agora que eu ligo para polícia e faço uma denuncia dizendo que você está
sequestrando crianças ou...?
- Eu encontrei uma criança no parque a dois dias atrás, era uma menina, ela
se sentou no banco ao meu lado com um caderno de desenho. E depois se
virou para mim e perguntou porque eu estava tão feio -ele diz e eu ri
cruzando os braços, Adam apertou o maxilar- Continuando...eu disse para
ela que tinha brigado com a garota que eu gostava, só sei que no final eu
estava desabafando com uma criança, trocando a palavra vadia para chata.
(...)
Olhei no relógio que tinha ao meu lado e eram 10:30 da manhã, isso significa
que estou atrasada para o trabalho.
Pensei em ligar para Josh e dizer que trabalharei apenas de tarde.
Estou sentido meu corpo dolorido e acabei de confirmar isso quando tentei
me sentar mas desisti voltando a me deitar, isso é novo para mim.
Olhei para cama procurando por Adam mas ele não estava aqui, puxei o
lençol para cobrir meus seios desnudos e me mexi um pouco suspirando.
Ouvi um barulho de água vir do banheiro e deduzi que ele está tomando
banho, eu até iria lá dar bom dia a ele mas eu realmente prefiro ficar deitada.
O barulho de água cessou e minutos depois eu vejo ele sair do banheiro com
o cabelo molhado com nada cobrindo seu busto que tinha algumas gotas de
água escorrendo no seu abdómen perfeito, a calça jeans preta modelava sua
cintura o deixando sexy, ele não deveria ser tão gostoso assim. É crime.
Seus olhos se encontraram com os meus e ele abriu um sorriso grande antes
de eu abri outro, eu amo tanto esse homem.
Ele andou até mim e tirou as mãos do cabelo, Adam se inclinou me dando um
selinho rápido.
- Por que você não se contenta com algumas horas de sexo, você se contenta
com a noite toda, eu nunca fiquei desse jeito.
- Pega leve comigo, cowboy. É muito pozinho mágico para mim aqui -digo e
ele ri alto passando a mão no rosto.
- Coitada das mulheres antes de mim, cruzes, eu acho que você deveria
checar se elas estão vivas -digo e ele revira os olhos.
- Dramática...
- Será que vou precisar de uma cadeira de ro...-parei de falar quando ele
colocou uma mão na minha boca e deitou minha cabeça no peito.
- Shi, Shi, ainda está traumatizada com a falta da minha presença na sua vida,
tudo bem, eu entendo, Shiii -mordi seu dedo e ele apenas fez uma careta.
- Vou fazer uma pergunta -ele comunica e eu aceno com sua mão ainda na
minha boca, mas ele logo tirou- Com quantos homens você já se relacionou?
- Por que quer saber? Vai colocar na sua página do Facebook?
- Claro que não -ele diz e depois faz uma expressão convencida- Quer dizer,
eu provavelmente fui o melhor na sua vida, mas, detalhes, detalhes.
- Eu vou tomar banho -ameaço levantar mas ele ri baixo me prendendo perto
dele.
- Experimenta.
Cruzei os braços e sentei de frente para o seu corpo, ele me encarou animado
percebendo que eu iríamos conversar sobre isso.
- Depois eu vim morar com meu pai aqui em Nova York então nós
terminamos, alguns anos depois quando eu estava na faculdade eu conheci
Julian -Adam revira os olhos quando eu menciono o nome do meu ex-
Ficamos juntos desde o meu 19 anos até que ele me deu um pé na bunda 8
meses atrás -falo e ele analisa meu rosto.
- Poxa, tadinha -ele passou a mão no meu cabelo com uma expressão triste e
eu bati na sua mão voltando a falar.
- Três dias antes dele me deixar eu soube que minha empresa estava quase
entrando em falência e foi no mesmo dia que eu conheci você.
- Você descobriu sua salvação no mesmo dia em que descobriu a sua quase
falência, eu sou um anjinho que veio salvar você -ele se aproxima me dando
um beijo estalado na bochecha.
- Calma aí ô sininho -digo e ele me olha- Seu pai foi quem salvou a mim e o
meu coroa graças a um favor.
- Sim, mas Dylan e eu somos tão importantes quanto nosso pai então
tecnicamente fomos essencial para as empresas se unirem -ele diz e ri
nostálgico.
- Você sabe por que seu pai devia um favor ao meu pai? -pergunto.
- Gregório me disse que foi Carlos que estava com ele o ajudando a fundar
as empresas dos Venturelli logo no início, seu pai fez um acordo com o meu
exigindo que se algo acontecesse com a empresa dele meu pai iria ajuda-lo
no que fosse necessário.
- Contou, mas na época eu estava muito atarefada com esse negócio de fusão
e não dei muita bola.
- 100 -disse.
- Você viajou pelo mundo inteiro e quer mesmo que eu acredite que foram
somente cem? -cruzei os braços.
- Certo, a verdade é que eu não sei. Não faço a mínima idéia, ok? -pergunta
me encarando.
- Ok, vou facilitar para você -digo e ele acena- Com quantas você teve um
relacionamento sério? Nem que seja algo de 1 mês juntos.
- Você nunca teve um relacionamento sério em toda sua vida? -pergunto e ele
respira fundo.
- Não -responde.
- Bom...isso também explica bastante coisa -digo rindo e ele levanta uma
sobrancelha me encarando com um olhar feio.
Fiquei em silêncio.
- Mas pelo menos eu tive -digo e ele avança para cima de mim.
Rindo eu levo meu corpo mais um pouco para cima até bater as costas no
início da cama, mas Adam puxa minhas pernas me fazendo deitar e sobe em
cima de mim.
- Socorro!! -gritei antes de rir alto com os seus dedos se mexendo contra a
minha barriga me fazendo cócegas.
No final, eu usei tanto força para tirá-lo de cima de mim que ele caiu no chão
quase batendo a cabeça na cômoda.
×××
Até, babys ❤
54° capítulo
Rubi
- Não posso ir trabalhar usando sua blusa social e uma cueca cinza -retruco.
Depois de tomar banho e vestir essa peça nós descemos para comer algo
agora pela manhã, ficamos um bom tempo conversando até que eu disse que
iria para o meu apartamento.
- Se você ficar na minha sala pode sim -ele diz rindo e eu reviro os olhos-
Pode até ficar com os botões abertos...eu não vou me importar.
Depois de subir as escadas eu entrei no seu quarto com ele atrás de mim,
caço meu vestido com o terninho.
Ele sentou na cama e ficou me encarando dos pés à cabeça, achei meu
vestido no chão perto do closet e meu terninho do outro lado do quarto
pendurado na poltrona, meu sutiã estava perto dele graças a Deus.
Tirei a blusa abrindo botão por botão tendo aqueles azuis como plateia,
Adam sorriu de lado quando eu tirei a blusa mostrando meus seios.
- Seu cabelo é tão bonito, é bagunçado mas de um jeito sexy, deixa você
muito mais atraente desse jeito.
Andei até ele com o terninho na mão colocando em cima da cama, me sentei
no seu colo de lado e seus braços rodearam meu corpo, passei a mão no seu
cabelo loiro enquanto ele me encarava.
- Eu adoraria -respondo.
- Não era oficial, ainda não tínhamos nos declarado um para o outro...porém
foi naquela noite que eu soube que estava me apaixonando por você -ele diz
e eu o olho incrédula.
- Toca aqui -ele me mostra a mão e eu toco nela fazendo o "toca aqui"-
Somos incríveis!
Quando eu estava no palco cantando para ele e por alguns segundos eu fechei
os olhos apenas para abrir depois, eu soube que estava me apaixonando por
ele.
- Rubi Mendoza, você ainda vai me matar -ele diz e me faz deitar na cama
ficando próximo de mim.
- Eu não vou fazer isso, é coisa de menina -ele diz e eu o olho feio.
Ele revirou os olhos e juntou seu dedo mindinho com o meu e um sorriso
satisfeito saiu de mim. Muito bem.
Adam se inclinou na minha direção me dando um selinho demorado e se
afastou depois.
- Vamos para o seu apartamento, estou com saudades de Mops -ele diz
saindo de cima da cama.
- Espero que assim ele se anime um pouco -digo e Adam me olha sem
entender.
(...)
- Ei, garotão!
- Ela está com ciúmes, liga não -Adam sussurra mas eu posso ouvir.
Me viro para ele com um olhar nada bom e ele me olha inocente fazendo um
"shiu" para Mops que colocou as patinhas tapando o rosto.
- Vocês são tudo farinha do mesmo saco -digo.
Subi as escadas indo para o meu quarto, peguei uma calça jeans no closet
junto com uma blusa cor creme de mangas que ia até os meus pulsos e saltos
da mesma cor da blusa.
Passei um pouco de maquiagem para disfarçar a cara de exausta, pó
compacto, rímel, um batom fraquinho e um pouco de blush ajudaram nisso.
Andei até lá normalmente e vi Lua abraçada com Adam e vi também meu pai
do outro lado rindo com os braços cruzados.
Eles acenam e vejo que Lua está com um sorriso maior que o Empire state.
- Que bom que vocês se acertaram! -ela diz animada e Adam sorri
abertamente.
Ele andou até mim parando ao meu lado e me deu um beijo na testa, o
encarei com um sorriso grande e ele apertou minha mão.
- Que bom mesmo, não aguentava mais ver minha filha tristonha por sua
causa -Carlos diz e Adam respira fundo.
- Você não a verá daquele jeito novamente, Sr. Mendoza, irei me certificar
para que isso não aconteça mais -ele diz e meu pai acena.
- Espero, rapaz. Por que Rubi irá chorar mas será no seu enterro e no meu
julgamento quando eu matar você e for preso por isso, não a magoe
novamente -ele diz sério e Adam engole a seco.
Segurei o riso e apertei sua mão de leve.
Carlos pode ser ameaçador quando quer.
- Onde está Safira, papi? -pergunto vendo Adam voltar a sua cor normal.
- Não sei, mas acho que ela quer conversar sobre o noivo. Sua irmã está
precisando de apoio agora e tenho quase certeza que sua mãe não está
fazendo isso, você sabe como Sarah é.
Suspirei.
- Vamos antes que me falte coragem -digo e aceno para meu pai e Lua, Adam
faz o mesmo.
- Me mande o endereço -falo pro meu pai que confirma mostrando o polegar.
Ele abriu a porta para mim e eu entrei no carro sentindo meu celular vibrar
no bolso de trás, o peguei e vi que Carlos tinha mandado o endereço.
Adam entrou no carro dando partida e saímos do meu prédio comigo o
guiando até o hotel.
- E aí? Quando você vai me explicar esse negócio de gêmea? -pergunta
enquanto eu olhava pro celular.
- Safira e eu nos falamos às vezes, ela não vem com muita frequência para
Nova York e eu não vou com muita frequência para o Brasil, acabamos por
ter uma distância significativa, última vez que ela veio aqui eu ainda não
conhecia vocês, foi mal.
- Por que você não vai mais ao Brasil? -pergunta dando uma curva.
- Por que eu não tenho uma relação boa com a minha mãe e da última vez ela
deixou bem claro que não queria que eu voltasse.
- Direita.
- O que? -pergunta.
- Sim, eu quero.
- Certo.
Me virei de frente para ele que olhava para frente e as vezes desviava o
rosto para me encarar, contei absolutamente tudo incluindo o assunto de
safira, ele que me ouvia com atenção e as vezes me dava um sorriso
confortador, me senti bem contando sobre a minha mãe a ele, como se
tivessem tirando algum peso das minhas costas, foi bom desabafar com
alguém diferente do meu pai.
- Eu sei que é sua mãe e tal mas eu não gostei dela -ele diz parando na frente
do hotel quando finalmente chegamos.
- E quanto a Safira? Por que ela está aqui mesmo? -pergunta abrindo a porta
do carro.
Nós dois saímos e eu esperei ele dar a volta e parar na minha frente.
- Ela veio resolver umas coisas do trabalho e agora está meio que fugindo do
noivo, aparentemente eles brigaram. Com certeza veio escutar o conselhos
de Carlos -o puxei pelo terno azul escuro- São muito bons.
Sorri para ele que estava na minha frente, Adam me fez ir para trás
encostando minhas costas no carro.
Adam se inclinou na minha direção vendo meu sorriso e seus lábios tocaram
os meus sutilmente em seguida, coloquei meus braços em volta do seu
pescoço e suspirei satisfeita.
- Sua nova conquista, Sr. Venturelli? -o fotógrafo pergunta para Adam que o
olha irritado, abri a boca chocada.
Ai meu Deus.
O fotógrafo parou de bater fotos e abriu a boca perplexo com a câmera ainda
perto do seu rosto apontando para nós.
Ele olhou para mim e não pude conter apertar a boca em uma linha reta,
Adam riu colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Se ela aceitar é claro -ele diz me encarando- Não era assim que eu queria
pedir isso, mas...eu imaginei tanto isso na minha cabeça que acabou sendo
algo totalmente diferente, eu não tenho dúvidas de quero um relacionamento
sério com você e ninguém mais, quer ser minha namorada, princesa?
Sorri abertamente e o puxei pela gravata nos fazendo ficar cara a cara.
- Sim, meu cafajeste delícia -digo e ele morde o lábio inferior sorrindo antes
de me puxa para um abraço apertado.
- Porra, princesa. Parece que vou explodir de felicidade -ele diz colocando
as mãos na minha bochecha me puxando para outro beijo.
O homem voltou a tirar fotos nossas, mas não nos importamos, eu me sentia
imensamente feliz naquele momento, mas paramos com o carinho em público
e Adam pegou na minha mão cruzando nossos dedos enquanto caminhamos
para a entrada do hotel.
Tirei meu celular do bolso e procurei pela mensagem que ela tinha me
enviado em Paris e salvei o número, liguei para ela em seguida que atendeu
no terceiro toque.
- Alô.
- Quem é?
- A Beyoncé.
- É nada, canta "Halo" aí para mim.
- E o Ross? -pergunto.
- Nós deletamos ele, Dylan e Nate me disseram que ele não para de se gabar
porque ganhou alguns dólares de cada um. Ele está insuportável.
- Por que ele ganhou dinheiro dos meninos? -pergunto e Adam aperta boca
em uma linha reta.
- Foi...
- É, eu acho que Lisa fez isso com Emy -digo e ele ri baixo.
Vejo meu namorado começar a andar até a saída da porta giratória mas antes
disso eu vejo um homem entrar por ela em disparada, ele estava eufórico e
parecia meio desesperado.
Ele vestia uma calça jeans escura e uma camisa azul celeste com uma jaqueta
de couro por cima, ele tinha no pescoço um cordão e no pulso um relógio.
Adam deu um passo para trás enquanto o encarava, o homem olhou pela
recepção e seus olhos castanhos caíram em mim como uma luva.
- Nunca mais faça isso comigo -ele disse e vejo perfeitamente quando ele me
puxa querendo me beijar, coloquei as mãos no seu peito.
Não consegui terminar de falar porque rapidamente seu corpo é puxado para
longe do meu e rápido um soco é desferido no seu rosto com força.
Merda!
×××
Até, babys.
55° capítulo
Rubi
A única coisa em que meus olhos conseguiam focar era no homem à nossa
frente com os dedos nos lábios limpando o sangue que surgia.
Adam está ao meu lado com um olhar furioso, ele tentou ir para cima do
homem de novo mas eu não deixei que ele fizesse tal coisa, agarrei seu braço
como se fosse o último pedaço de carne no mundo.
- Quem você pensa que é para fazer isso? Vou acabar com você, idiota -o
homem diz e vem para a nossa direção. Droga!
Me meto no meio dos dois quando vejo Adam apertar os punhos com força
se preparando para dar outro soco. Oh, não, não, já chega de bater em cara
desconhecidos, que sangue quente é esse que está surgindo da minha
fadinha?!
- Eu sou.
A voz da minha irmã aparece atrás dele que se vira lentamente e a encara,
vejo os olhos dela vacilarem e ele entreabre a boca como se tivesse levado
um soco, acho que nem o do Adam deve ter doido tanto assim.
Espera, Victor?
Olhei mais atentamente para o homem e arregalei os olhos quando me
lembrei de onde o conhecia.
- Primeiro -ela levanta um dedo- Já fazem 7 anos desde que vocês tiveram
um casinho e segundo -ela levanta outro dedo- Victor e eu só viemos nos
relacionar 6 anos depois que você veio para Nova York.
- Você está noiva do meu primeiro namorado? -meio que gritei e eu percebi
Adam colocar a mão na boca chocada, tirei sua mão dali o olhando
duramente, eu sabia que ele estava rindo por dentro.
- Desculpe, não é querendo atiçar nem nada, mas eu ainda estou meio
confuso -Adam fala e eu cerro os dentes para ele.
- Eu namorei com ela -Victor aponta para- E estou noivo dela -aponta para
Safira.
Adam fez um "o" com a boca fingindo surpresa, mas que fadinha
encrenqueira!
- Olha, eu sei que já faz muito tempo desde o nosso término -Encarei Victor-
Mas eu amo sua irmã, e não, nem pense que estou com ela porque eu lembro
de você. Isso seria nojento -Safira e eu concordamos- Vocês são totalmente
diferentes uma da outra e eu a amo muito mais por isso.
Victor se virou para a minha irmã e eu acho que ele estava prestes a tentar se
desculpar, e pela expressão dura da mesma, eu estaria me tremendo de
nervoso.
- Eu não confundi -Adam diz baixinho e bato na sua barriga de leve que ri
baixo.
- Eu estou aqui para conversar com você e te levar de volta para casa, para
nossa casa. Eu não tenho nada com aquela mulher, eu nem sei o nome dela -
ele diz e pega nas mãos de Safira- Por favor, eu quero você, somente você.
Senti os braços de Adam me rodearam e eu sorri terno para ele que deu um
beijo no topo da cabeça.
Olhei para as pessoas que os encarava com atenção e algumas até tinham um
lencinho na mão.
- Tudo bem, nem lembro mais o que aconteceu -digo, ele sorriu agradecido.
- Ok, se fosse o inverso eu também faria o mesmo -ele diz e Adam assente.
Nem parece que queriam desfigurar a cara um do outro cinco minutos atrás.
- Certo, que bom que se acertaram -digo e eles sorriram um para o outro-
Vocês querem almoçar ou...
- Isso foi...
- Interessante -complemento.
(...)
Parei ao lado de Adam que estava com a mão na minha e encarava a mulher
a nossa frente, olhei para as nossas mãos juntas sutilmente e dei um sorriso
com o lábio entre os dentes.
- Mesa para dois, senhor? -ela pergunta e ele olha para mim.
- Foi, mas ele é incoveniente e tenho certeza que vai aparecer -Adam
responde e eu sorrio de lado.
- Você acha que eles vão ficar contentes por nós? -pergunto a ele enquanto
andamos pelo restaurante seguindo a mulher.
Iríamos comer apenas nós dois e foi isso que Adam disse ao ligar para
Dylan e Nate cancelando, mas acabou que eles nos convenceram a comer
todos juntos e agora todo mundo estava vindo para cá.
- Não fique, princesa. Eles irão ficar muito contentes por nós dois -ele
beijou minha mão.
- Eu sei que sim -digo e me inclino para beijar seus lábios rapidamente.
A segunda pessoa a passar pela porta é Susie que está escondendo o riso
mas falhando com sucesso.
Lisa também estava rindo e Dylan tinha uma expressão do tipo "cara, ainda
bem que não fui eu".
- Não, deixa para lá -Peter diz e Emy coloca a mão na boca abafando o riso.
- Da sua patetice seu cretino -ela diz e ele trava o maxilar- Quem manda
ficar assobiando para as mulheres na rua, ganhou um belo...
Ela para de falar quando vê que metade do restaurante está olhando para eles
agora, Emy olha para os 5 e pisca várias vezes.
- Espero que eu esteja bonita nesse ângulo -ela fala pondo as mãos na cintura
e depois se vira olhando para os homens desacompanhados no restaurante, ri
baixo.
- Vamos, chega dessa assunto -Nate diz e é o primeiro a passar por eles
quando nos avista sentados os encarando.
- Ala minha pessoa preferida -Emily diz e levanta o dedo- Não, não estou
falando de você Adam.
Ele riu baixo e nos levantamos para cumprimenta-los, falei com cada um
incluindo o bebê Danny e todos sentaram.
- Graças a Deus! Não aguentava mais você resmungando -Dylan diz olhando
para Adam que mostra o dedo do meio para o irmão.
- Está preparada, Rubi? Aguentar isso aí não é fácil -Peter diz apontando
para Adam.
- De dedinho? -Peter pergunta rindo- Cara, como eu queria ter visto isso.
- Você vai apanhar, Ross -Adam olha para ele que que colocou o cardápio na
frente do rosto se escondendo.
- Tem mais um coisa -digo chamando a atenção deles e Peter sai de trás do
cardápio.
- Nós estamos namorando agora -eles sorriram- E eu tenho um irmã gêmea -
ele pararam de sorrir.
- Eu falei que não estava vendo coisas, porra! -Nathaniel diz irritado
olhando para Dylan e Peter.
- Ela se chama Safira e está aqui em Nova York, por favor, quando vocês
forem conhecê-la. Não façam piadinhas de gêmeas -apontei e eles fizeram
uma expressão triste.
- Certo -Emy diz se ajeitando na cadeira- Ela mora no Brasil e está aqui em
Nova York para visitar você?
- Confesso que de início não gostei muito dele -Adam diz e eu o encaro com
um sorriso- Mas, nos entendemos depois.
- Ok, eu bati nele. Ele queria beijar minha princesa, nunca que eu ia deixar
isso acontecer -diz apontando para mim.
- Eu sou ciumento -Dylan diz e Lisa concorda no mesmo segundo- Mas cara,
você é mais.
- Ok, vamos deixar o assunto do Ross ciumento de lado e vamos focar nessa
gêmea, ela é legal? -Emy pergunta.
- Meu pai é fanático por pedras preciosas, Safira e Rubi são as que ele mais
gosta então nos nomeou com elas -falo- Ele estava super criativo na época
como podem perceber.
- Daqui a alguns dias eu completo mais uma mês -Lisa diz animada e Dylan
passa a mão na barriga dela.
Nem parece que tudo o que aconteceu comigo e com Adam aconteceu apenas
em um mês, pareceu meses para mim.
Lisa parou de falar quando Dylan tirou a mão da barriga rapidamente e olhou
para ela com uma expressão assustada.
Arregalamos os olhos.
- Ele está se mexendo! Ele está se mexendo! -Lisa praticamente grita e Dylan
a olha sem saber o que fazer.
- Dói? -Emy pergunta e nós a encaramos com uma cara de tédio e ela dá de
ombros em seguida.
Lisa leva a mão dele até onde o bebê está chutando e Dylan levanta as duas
sobrancelhas parecendo perplexo. Ele abre um sorriso meio chocado por
estar sentindo isso pela primeira vez.
- É o nosso filho, meu arrogante gostoso -ela diz com um pouco de lágrimas
nos olhos.
- Isso é incrível -ele diz nos fazendo rir- Como isso é possível? Baby! Ele
está se mexendo aí dentro, ele vai sair pela sua vagi... -ele parou de falar e
olhou para ela com uma expressão triste- Vai doer, não é? Droga, eu vou
fazer de tudo para você não sentir tanta dor, meu amor.
Me virei para encará-lo e seu rosto estava muito perto do meu, seu nariz
roça na minha bochecha de leve me fazendo suspirar.
Adam tirou uma mexa solta do meu cabelo que estava preso e colocou atrás
da minha orelha.
- Eu amo você -ele diz me fazendo sorrir- Merda, eu não vou me cansar de
falar isso.
- Eu amo você.
×××
Vote e comente, ajuda demais a minha pessoa! Agradeço por ler o livro
❤
Até, babys.
56° capítulo
Adam
Meus olhos passearam pela vitrine da loja de joias e eu juro que tentei
resistir mas não consegui.
Entrei na loja analisando qualquer anel de compromisso que eu sabia que ela
iria gostar.
Ergui minha mão onde estava meu celular e voltei a ler as informações.
De acordo com esse site aqui, está dizendo que casais tem o costume de usar
aliança de namoro, os dois! Ok, certo, depois da minha leve pesquisa eu quis
tentar seguir um costume brasileiro para agradar minha princesa.
Seus lábios estavam destacados em um vermelho vivo e ela usava uma saia
justa com uma blusa social azul, o nome da loja no canto superior da mesma.
Mostrei meu celular para ela que leu por alguns segundos e depois sorriu
sem mostrar os dentes.
- Venha comigo -diz e eu a sigo quando ela começa a andar para a grande
bancada.
- Essa é mais fina, ela é delicada e leve. Você quase não percebe que está
usando mas todo mundo a sua volta a percebe -ela diz e eu pego o pequeno
círculo.
Ela pediu o tamanho do meu dedo e eu dei o meu e de Rubi, não sei se o dela
está correto mas depois de ver a aliança eu deduzi que sim.
Coloquei a aliança mais grossa no meu dedo direito e pisquei várias vezes,
até que fiquei mais bonito com ela.
Sorri de lado.
- Quer ver a aliança mais grossa? -ela pergunta e eu digo que sim.
Ouvi meu celular tocar e tirei do bolso rapidamente vendo "minha princesa"
na tela, encarei o celular vários segundos antes de atender.
- Eu vou tirar isso aqui, espero que você goste, certeza que vou poder te
satisfazer -a mulher diz e eu respiro fundo, caralho. Mantive meu olhar duro
na sua direção até ela me dar as costas indo buscar o resto das alianças.
- O que?
- Você está mentindo? -pergunta e posso ouvir a voz de Josh, aposto que ele
acabou de entrar na sala.
- Não.
- Ok -ela desligou o celular na minha cara e eu não sei porque mas eu senti
um calafrio na minha espinha.
Olhei para os anéis e analisei cada um, meus olhos se fixaram em uma
aliança que tinha um pequeno coração na parte de dentro na masculina e na
feminina tinha uma pedra bonita em cima com uma tiara de princesa na parte
de dentro, eu abri um sorriso grande e peguei as duas.
Ela acenou e pegou uma folha de papel anotando o preço e mostrou para
mim, 2.000 mil dólares era um preço razoável.
- Cada uma -ela diz e eu a encaro.
- Uma custa somente esse preço -apontei para o papel e ela confirmou.
Vi ela se afastar de mim com as alianças e vi quando ela pegou uma caixinha
pequena da cor que eu pedi e ajeitou as alianças nela, colocou em uma
sacola da loja bem pequena e voltou para onde eu estava.
- Tenho certeza que sim -falei sério e fui até o caixa pagar pelas alianças.
Digamos que era fácil saber se estivessem seguindo você e era isso que
estava acontecendo, eu podia sentir que alguém estava me seguindo.
Era uma sensação estranha, e eu não gostei nenhum pouco dessa merda.
A pessoa que está fazendo isso não sabe muito bem como fazer já que eu
descobri, continuei andando fingindo não saber de nada balançando a
sacolinha.
Olhei cautelosamente para a pessoa e sai de onde estava indo por trás, puxei
seu braço fazendo-a virar para mim que se assustou de imediato.
Eu espero que esse seja o nome dela, foi esse o nome que Rubi disse para
mim não foi? Espero que seja.
- Você não tem como saber se estou mentindo -ela fala me dando um sorriso
cínico.
Seus olhos desceram para a minha mão e ela viu a sacolinha com a logo da
joalharia estampada.
- Qual é a minha? -ela deu de ombros- Não tem minha, só estou surpresa.
- Sua brilhante namorada me disse que nunca teria nada com você e veja
onde estamos agora, com jornais, sites, revistas tudo com fotos dos novos
pombinhos -ela riu baixo.
Me virei para sair dali até que sua voz surgiu mas eu não me virei.
Olhei para ela por cima do ombro e balancei a cabeça negando, saí da
farmácia e andei a passos rápidos para a empresa.
Espero que essa mulher não volte a me seguir, caso contrário teremos grande
problemas.
Droga.
Apertei a campainha e ninguém veio atender, Lua não estava aqui porque
Rubi havia dado folga a ela por alguns dias para ela relaxar e ficarmos mais
um pouco sozinhos.
Bati na porta duas vezes e nada, bati de novo e suspirei vendo que ela não
iria abrir.
- Ei! Quero que faça uma coisa por mim -me apoio na porta- Pode fazer,
garoto?
- Você vai atrás da sua mamãe e arrastar ela pela canela até aqui -ele latiu
novamente- Isso! Sangue nos olhos, vai, vai, vai!
- Sobre mais cedo -falei e ela suspirou tirando as chaves da bolsa e abrindo
a porta em seguida.
Ela entrou no apartamento se abaixando para falar com Mops que depois
veio até mim balançando o rabinho e eu me abaixei para falar com ele.
- E ai, garoto? -falei passando a mão no seu pelo macio- Ela não tinha
chegado ainda, porra, na próxima a gente se junta em uma missão, eu te
compro um smoking.
Ela fez um coque no cabelo e se aproximou de mim, senti seu cheiro adentrar
minhas narinas e parece que fiquei mais calmo.
Seus olhos encontraram os meus e ela se sentou ao meu lado olhando para
frente.
- Onde você estava, Adam? -pergunta e depois olha para mim- Se você falar
na terra do nunca eu juro que vou te socar.
Ri baixo negando.
Tirei a caixinha do meu bolso lentamente e vi ela arregalar os olhos
encarando a caixa.
Ela me olhou com os olhos apavorados e eu me segurei para não rir em um
momento importante.
- Não vou pedir você em casamento, não agora -digo e ela respira aliviada
levando a mão para o peito.
Ainda não é a hora de casarmos, mas claro que tenho planos para isso, agora
que consegui essa mulher não quero deixá-la nunca mais.
- Eu comprei esse anel de compromisso para nós dois para dizer o quanto eu
te amo e tornar isso mais oficial do que já é -peguei a aliança dela- Assim
que eu a vi eu sabia que ela era certa para você, princesa.
Mostrei a tiara e ela riu baixo, seus olhos estavam brilhantes e uma feição
meiga apareceu.
- Sim! Sim! -ela diz depois que eu coloco a aliança no seu dedo.
É impressão minha ou ela está mudando de humor rápido demais? Não, deve
ser coisa da minha cabeça.
Sorri e ela se inclinou me dando um beijo casto, Rubi pegou a minha aliança
e colocou no meu dedo.
- Eu amo você -ela me corta e vem para cima de mim me dando um beijo
sedento.
Suas pernas foram cada uma para o lado da minha cintura e ela sentou no
meu colo ainda me beijando, Rubi começou rebolar e eu já sentia meu
membro dando sinal de vida.
Ela desabotoou minha blusa que segundos depois estava sendo tirada do meu
corpo, puxei seu vestidinho para cima e levei um seio até boca fazendo-a
ofegar.
- Adam...eu preciso...
×××
Tinker Bell comprou uma aliança para a nossa princesa rsrsrsrs quem
diria...
Até, babys ❤ .
57° capítulo
Rubi
Acordei sentindo meu corpo ser apertado e dei um sorriso manhoso, senti
beijos na minha bochecha e pescoço me acordando, abri os olhos lentamente.
- Bom dia, princesa -escuto sua voz e me viro ficando de frente para ele.
Adam passou a mão no meu cabelo e eu me aninhei ainda mais no seu corpo
quente.
Ouvimos a porta ser aberta devagar e logo a cabecinha de Mops apareceu
me fazendo abrir um grande sorriso.
Me ajeitei ficando sentada e Adam fez o mesmo, Mops abanou o rabo todo
dengoso e subiu na cama contente, eu acho até que ele estava sorrindo.
- Garotão! já acordado? -Adam pergunta e ele rápido se deita para ele fazer
carinho na barriga dele.
Oferecido! Vou te que levar esse cachorro em uma escola canina na França.
- Por que ele sempre faz isso? -perguntei- Ele sempre pede para você fazer
carinho na barriga dele, ele nunca me pede isso.
- Você quer carinho na barriga do papai Adam também? Eu dou para você -
ele diz se inclinado na minha direção e alisando minha barriga.
- Qual é, esse cachorro gosta mais de mim do que de você -ele fala
naturalmente e eu dou um soco no seu braço, ele se deita dramaticamente.
- Ai meu Deus, Mops pega ela! -ele grita e meu cachorro late pra mim antes
depois colocar a cabeça na minha perna como se quisesse me prender.
- Tudo bem, Mops já sabe que eu sou -Adam diz me dando um beijo estalado
no meu braço antes de se levantar indo para o banheiro.
Adorei ver aquela bunda na cueca branca de manhã cedo e logo depois ergui
minha mão vendo a aliança de compromisso, o fato dele pesquisar sobre os
costumes do meu país para me agradar me deixa animada.
- Quer que eu admita também? Nem pensar -digo e Mops colocou a cabeça
em cima das patinhas parecendo triste.
Suspirei e me inclinei sobre ele sabendo que estava sendo vencida por um
cachorro e um loiro metido.
- Sim, ele é o seu papai -falei meio baixo e Mops balançou o rabo
rapidamente.
Fui até o espelho e peguei a escova de dentes olhando para a reserva que
estava ao lado da minha, eu havia dado a Adam para ele usar sempre que
estivesse aqui, seu sorriso quando contei isso era tão grande que a
probabilidade na NASA ligar pedindo para ele parar de sorri era gigantesca,
ele poderia estar cegando os astronautas lá em cima.
Coloquei pasta e escovei meus dentes, depois disso eu fiz um coque no meu
cabelo e suspirei.
- Sim?
Tirei minha calcinha e fui até ele, entrei no box abraçando suas costas e ele
sorriu olhando para cima enquanto a água caia no seu rosto.
Ele pegou nas minhas mãos e me puxou para ficar na sua frente, a água caiu
no meu cabelo desfazendo o coque segundos depois.
- Tem algo que eu preciso contar a você -ele diz, sério. O que já me fez
enrugar a testa, Adam quase nunca fica sério.
- Conta logo, caralho! Você não pode dizer que quer conversar comigo uma
coisa séria e depois me dizer que vai contar depois! Enlouqueceu?! -falei e
ele riu colocando sabonete na espoja e me ensaboando depois.
- Calma aí, que estresse é esse?! Já vou colar você nesse vidro e tirar seu
estresse -ameaça e eu reviro os olhos.
- Espero que não seja nada demais -falo e ele fica em silêncio me virando
para passar a esponja nas minhas costas.
(...)
Tinhamos acabado de tomar café e eu estava pronta para ouvir o que ele
tinha para me falar, a curiosidade reinando dentro do meu ser.
- Por que ela estava seguindo você? -perguntei e depois abri os olhos o
encarando.
- O que vamos fazer? -pergunto e ele dá de ombros- 911! 911! liga para a
polícia!!
- Calma! Calma -ele agarrou meus braços, fiz uma expressão irritada.
- Ela estava te seguindo! Você não vê filmes? Quando uma pessoa começa
seguir a outra, você entende que ela tem um parafuso a menos, a não ser a
polícia...ou uma mulher querendo descobrir se o marido está a traindo -falo
e Adam franze o cenho, balancei a cabeça- Não importa, seguir uma pessoa
não é normal!
- Rubi, ela estava me seguindo apenas para confirmar que eu estava com
você, agora ela já sabe, e não vou deixar Melinda se intrometer no nosso
relacionamento.
Respirei fundo.
- Não é só por que você é o clone da minha coisinha que eu tenha que gostar
de você -ouvi a voz do Josh.
- Quer que eu jogue fora? -ele pergunta apontando para Safira que lhe dá um
olhar mortal.
- Diga, Safira.
- Quando?
- Já me despedi dele, só falta você -ela diz jogando o cabelo castanho escuro
para trás- Já resolvi minhas coisas no tribunal, já me resolvi com Victor, não
há mais nada para resolver aqui.
Me levantei dando a volta na mesa e fui até ela, a envolvi nos meus braços
meio sem jeito e ela apenas riu me abraçando forte.
Fechei os olhos relaxando e senti o cheiro que sinto desde que me entendo
por gente, Safira é uma das pessoas mais importantes na minha vida, mesmo
eu a vendo umas 8 vezes no ano, apesar de tudo eu faria qualquer coisa para
fazê-la feliz, ela também fez isso por mim a alguns dias atrás, e nem tem
ideia disso.
- Desculpe por dizer que eu deveria ter te comido -sussurrei e ela riu.
- Vá ao Brasil me visitar mais vezes -ela diz- Nossa mãe é difícil mas ela
ama você.
- Meu casamento com Victor acontecerá daqui a alguns meses e nem adianta
negar porque você é madrinha -ela diz me encarando.
- Madrinha? -pergunto.
- Sim, quer que eu pesquise no Google para você ver o que é? -ela fala
tirando o celular do bolso e eu reviro os olhos.
- Não! Não! Rubi -ela fingiu chorar e eu mantive minha expresso debochada-
Estou falando sério, Rubi. Quero que você seja minha madrinha, você é a
minha irmã, minha outra metade, minha cópia falsificada, não vejo ninguém
melhor para isso do que você -ela diz séria e eu levo minha mão para a
boca.
- Oh, isso foi bem fofo -digo e ela faz uma careta me fazendo rir- É claro que
serei sua madrinha.
Ouvimos a porta ser aberta e Lisa passar por ela, um vestido azul ocupava
seu corpo e parecia confortável.
- Rubi, eu preciso da papelada...
Ela nos encarou e piscou várias vezes olhando para mim e para Safira, um
sorriso sem jeito apareceu e eu sei que ela não faz idéia de quem é quem.
- Oi, me chamo Lisa -ela repete e Safira aperta sua mão com um sorriso.
- Sou Safira.
Lisa soltou a mão dela e foi para o meio da sala, ela nos encarou de novo
dando palminhas na perna ficando sem jeito.
- Bom...eu tenho uma tatuagem no pulso -falei mostrando a mesma- Fiz com
Carlos.
- Você fez uma tatuagem com ele? Mas que...por que eu não entrei nisso?!
- Você não tem uma tatuagem? -Lisa pergunta para a minha irmã.
- Eu tenho uma na nuca -Safira responde- Fiz sozinha! Porque meu pai e
minha irmã me odeiam!
Revirei os olhos.
- Princesa -ele diz e anda até onde estou me dando um selinho rápido.
Nate, Dylan e Lisa o encaram meio surpresos e dava para ver a confusão nos
olhos de cada um.
- Conheço minha namorada -ele diz convencido, bati na sua barriga de leve
com o seu cotovelo.
- De onde está saindo tantos homens bonitos? -Safira pergunta olhando para
a porta- Vem cá, vocês são os Venturelli?
Eles acenam.
Fui até a minha gaveta tirando a paleada que ela quer e separei tudo certinho.
- Cuide da minha irmã -ele concorda- Você é bem gato mas eu desfigurou sua
cara, sei karatê -ela diz vendo Adam franzir o cenho.
- Ok, vamos -Dylan diz e os três saem da minha sala me deixando a sós com
Adam.
- Vamos?
- Sim, vou te deixar com a minha família, vai ser uma ótima tortura -digo
sorrindo e ele suspira.
- Você precisa conhecer o resto da minha, mas agora vamos para a nossa
reunião.
- Vamos -falei, mas antes disso eu tive que bater na bunda dele com força,
ele soltou um resmungo massageando a nádega direita com uma careta que
apenas me fez rir.
- A quanto tempo você quer fazer isso? -pergunta pegando na minha mão.
×××
Safira está voltando para o Brasil, parece que temos um casamento para
ir...hum vamos ter que apertar o cinto de novo, mas dessa vez o destino é
o Brasil.
Até, babys.
58° capítulo
Rubi
- Eu adoro como você me valoriza -digo debochada e ela fez uma expressão
meiga dizendo "É sempre uma honra".
- Você está estranha -ela diz colocando as frutas em cima do balcão ao nosso
lado.
Me encostei na barra e vi minha roupa no espelho que era apenas uma saia
preta que ia até o meio das minhas coxas, a blusa social era de um cor
apagada com botões na frente, os saltos também era pretos mas a sola era
vermelha.
Josh não estava aqui, eu o mandei no meu lugar para cuidar de alguns
documentos com clientes, o único que estava aqui era Gustavo que me deu
um sorriso e eu apenas acenei entrando na minha sala.
Mas meus pensamentos foram ocupados por um loiro que eu amo com toda
minha força, eu não via Adam direito a dois dias. Sempre que nos falávamos
era extremamente rápido, ele ia correndo para as reuniões que tinha e
chegava exausto.
Olhei para o anel em meu dedo e sorri terno, ainda não acredito que Adam
comprou um anel de compromisso para mim, ainda é inédito.
Foquei no meu trabalho encerrando meus pensamentos sobre ele e tratei de
colocar algumas ideias no papel, deixei a inspiração me invadir e fiquei
bastante tempo trabalhando.
Até que eu ouço vozes do outro lado e meu coração acelera quando
reconheço uma, a reconheceria em qualquer lugar.
A porta foi aberta e levantei meu olhar vendo Adam com um terno claro de
três peças, o cabelo estava bagunçado e em seus lábios apareceu um sorriso
meio safado.
Adam passou o dedo no lábio inferior e olhou para os meus seios antes de
subir para os meus olhos.
- Você fica bem atrás da mesa -ele diz com a voz meio rouca- Mas...ficaria
melhor em cima dela.
- Com certeza.
Ele se levantou e caminhou a passos lentos até parar atrás de mim, minha
cadeira foi girada me fazendo virar ficando de frente para ele.
Minha respiração foi mudando e minhas pernas foram apertadas por sua mão
direita, joguei minha cabeça para o lado dando mais acesso a ele.
- Cheguei a uma conclusão hoje, princesa -ele diz levando uma mão para a
minha nuca me puxando para encará-lo.
- Devia apostar isso, você iria à falência -digo e ele sorriu antes de me
beijar com vontade.
Sua língua toca a minha com fervor e eu coloco minha mão na sua nuca o
puxando para mim, Adam leva as mãos para a minha saia a puxando para
cima e eu me levanto um pouco na cadeira para ajuda-lo.
- Você tem trabalho agora? -pergunto com o cenho franzido e ele suspira.
- Sim, mas eu precisava ficar com você nem que seja só por 15 minutos -diz
me puxando para ele.
Ele desabotoou minha blusa mais rápido do que Peter dirige e abriu meu
sutiã que tinha o fecho na frente. Apoio as mãos no braço da cadeira vendo a
saia pendurada na minha cintura e minha blusa aberta junto ao sutiã, meus
seios livres para a sua visão.
Abri mais as minhas pernas e as coloquei no seu ombro, arfei sentindo ele
dar beijos na parte interna da minha coxa mordiscando de leve, logo depois
sua língua quente me invadiu me fazendo gemer um pouco alto.
Olhei para cima com a minha respiração ficando cada vez mais acelerada e
apertei o apoio da cadeira com força, senti ele sugar meu clitóris e gemi
novamente sabendo que os bicos dos meus seios estão duros.
Fechei os olhos tendo a última visão da agulha do meu salto no final das suas
costas e em seguida senti meu corpo tremer trazendo meu orgasmo junto.
Encostei a cabeça na cadeira vendo meu peito subir e descer satisfeita com o
sexo oral, ele se levantou passando a costa da mão na boca o que foi meio
sexy, admito.
Seu braço passou pela minha cintura e ele me tirou da cadeira me
carregando, apoio minhas pernas no seu quadril soltando uma risada.
Meus quadris foram puxados para frente e me afastei vendo ele abrir o botão
da calça social, seus lábios foram para o meus novamente e eu chupei seu
lábio inferior ouvindo um gemido contido sair dele.
Ele estava puxando o calça para baixo quando ouvimos seu celular tocar
descontroladamente nos atrapalhando, Adam resmungou enquanto ouvíamos
aquele treco tocar e vibrar sem parar.
Fechei meu sutiã novamente e depois a blusa social, amarrei meu cabelo em
um coque e encostei minha cabeça no seu peito que apertava minha nuca
massageando-a.
Dito isso ele desligou o celular e colocou no bolso da frente da calça, ele
pegou nas minhas bochechas me fazendo encara-lo.
- Sim -ele riu baixo- Vá para o meu apartamento hoje. Eu preciso dormir
com você, tudo bem?
- Tudo bem -digo fechando os olhos e apoiando minha cabeça na sua mão.
Ele beijou a ponta do meu nariz me fazendo sorrir, alisei suas costas.
(...)
Ela estava passando pela empresa e resolveu me chamar para almoçar com
ela, Lisa estava com Dylan e Emily estava trabalhando e não iria sair para o
almoço, então éramos apenas nós duas.
- Gosto! -ela olha para frente- Mas as vezes eu tenho preguiça e acabo
comprando comida, mas sempre que dá...eu estou usando meu avental de
cozinha.
- Ei! Vamos entrar ali -ela me puxou pela mão e juntas entramos em uma
farmácia.
Ela pegou outro que tinha abas e sorriu para mim parecendo contente, eu
guardaria Susie em um potinho agora.
Entramos na fila que não estava muito grande e ela parou ao meu lado
encarando o pacote de absorvente.
- Acho que eu deveria pegar um maior -ela diz e eu a encaro- Meu fluxo é
por vários dias.
- Mas...
- Mas foram apenas dois dias -falo e ela faz uma cara confusa.
- Só isso?
- Só -respondi.
- Estranho -ela diz e eu concordo- Talvez ela ainda volte sei lá, essa coisa
engana a gente -ri baixo.
- É pode se...
- Próximo! -a atendente nos chama e Susie vai até ela enquanto eu ando para
a entrada da farmácia para esperar por ela.
Alguns segundos depois nós saimos da farmácia e começamos a caminhar de
novo para o restaurante da esquina.
- Olhe pelo lado bom -a encarei- Pelo menos agora nós vamos comer.
- Sempre veja o lado bom das coisas -falo e ela balança a cabeça.
- Qual prato você vai querer? -pergunto olhando o cardápio que estava sobre
a mesa.
- O mais fundo porque cabe mais -ela diz, ri alto mas depois coloquei a mão
abafando o riso.
- O que? -pergunta.
×××
Rubi
2 meses depois...
Ouvi a campainha tocar e corri para o andar de baixo, Mops correu junto
comigo e estava com a língua para fora de tanto eu brincar com ele.
- Senhorita Mendoza?
- Sua irmã me pediu para entregar isso -ele estendeu a caixa e eu a peguei
agradecendo.
Abri a caixa e vi fotos de nós duas pequenas e uma era ela com o vestido de
casamento, sorri abertamente e coloquei a caixinha em cima da mesinha ao
meu lado.
Safira e eu estamos mais próximas esses últimos meses, nos falamos mais
nas últimas semanas do que em anos.
Eu decidi tê-la mais presente na minha vida, conversar mais por mensagem e
ligações, essas coisas, e ela decidiu o mesmo já que está me ligando para
saber como estou e avisar quantas semanas faltam para o casório, ela estava
bastante ansiosa.
Mops se deitou roendo um osso de plástico que comprei a ele mas logo suas
orelhinhas levantaram e ele encarou a porta, eu sabia o que isso significava.
Uma batida ecoou na porta e Mops correu até ela balançando o rabinho, fui
até lá abrindo a porta vendo os olhos azuis que eu adoro.
Adam sorriu antes de avançar sobre mim me carregando pela cintura, Mops
latiu para nós e ele caminhou para o sofá me deitando nele.
- Adam -ri baixo- Você saiu daqui faz apenas duas horas.
Hoje era sábado e estava no meio da tarde, Adam saiu depois que Dylan
ligou para ele o pegando para uma missão, aparentemente Lisa estava
desejando um bolo de nozes e estava irritada, Dylan convenceu Adam a ir
com ele até o outro lado de Nova York para comprar um pedaço de bolo de
nozes para a barriguda irritada que agora está com 7 meses, Adam
resmungou horrores mas acabou indo ajudar o irmão, certeza que ele encheu
o saco a viagem inteira.
Ouvimos Mops latir ao nosso lado e nos afastamos vendo ele com a
cabecinha jogada pro lado, se ele falasse, diria "Para com essa pegação na
minha frente, porra!".
- E ai, garoto? Vai brincar com o osso, vou foder sua mamãe agora -Adam
diz e eu bato no braço dele com força que riu alto.
- Olha o que o papai comprou -ele mostrou a bola para Mops que deu uma
voltinha feliz.
- Outro brinquedo? Adam, você está enchendo meu apartamento de
brinquedos caninos -falo e ele me encara.
- Vai pegar.
Ele diz e joga a bolinha longe para que meu pobre cachorro corra atrás, e ele
corre, Mops correu tão rápido que eu até me assustei, suas patinhas
deslizaram no início mas depois ele pegou o jeito e sumiu das nossas vistas.
- Se você trouxer outra bola eu vou fazer você engolir ela -digo andando até
ele.
Seus braços passam pela minha cintura me puxando para o seu corpo que era
coberto por uma camisa branca e uma calça jeans despojada, eu estava
usando uma camisa larga e um shortinho preto com detalhes brancos.
- É... você tem razão, tenho que comprar mais -diz e eu reviro os olhos.
- Vou ficar com Mops -ele diz e me solta vendo o cachorro com a bolinha na
boca.
- Vou tomar.
- Estava falando com o cachorro -ele me encara revirando os olhos e eu
sorrio.
Corro para a cozinha quando ele ameaça dar um tapa na minha bunda e vou
direto para a geladeira procurar o que fazer para comermos.
Separei alguns ingredientes para fazer uma lasanha e fui preparar tudo o que
era necessário.
De repente ouvi uma música soar e percebi que estava vindo do apartamento
de cima, a melodia era muito bonita e eu sabia a letra.
- Eu só quero ver...
Andei até ele lentamente parando na sua frente, Adam sorriu meigo me
puxando pela cintura com os olhos vidrados nos meus.
- O quão bonito você é -passei a mão no seu rosto sentindo meu coração
acelerado.
Ele riu fraco colocando a testa na minha, nossos corpos se moveram para o
lado e para o outro.
- Se a vida é um filme
Oh, você é a melhor parte, oh
Você é a melhor parte, oh
Melhor parte.
Ele encostou os lábios nos meus sutilmente e senti meu corpo estremecer, eu
o amo tanto que já não consigo imaginar meu futuro sem que Adam esteja
nele.
- Você é a minha melhor parte -ele sussurrou com os lábios roçando nos
meus.
Nos afastamos e ele beijou minha mão com carinho, sorri para ele e voltei
para onde estava ouvindo ele resmungar.
O encarei sentindo minha vista escurecer e só senti ele segurar meu corpo
depois que tudo ficou escuro, não pude entender o resto da sua frase.
Adam
Peguei seu corpo pequeno a colocando no meu colo e andei a passos rápidos
para a porta.
Mops latia sem parar e isso estava me deixando mais nervoso do que eu já
estava.
- Cuide da casa garoto, vou levar sua mãe para o hospital -falei e ele sentou
perto da escada como se me dissesse que faria exatamente isso.
Abri a porta com um pouco de dificuldade, mas por fim eu consegui e fui
com ela para o elevador, menos de 5 minutos nós estávamos no
estacionamento do seu prédio.
Liguei o carro e saí do seu prédio dirigindo rápido até o hospital, a olhei e
meu peito se apertou vendo-a desmaiada parecendo quase morta. Eu estava
começando a me desesperar.
- Por favor! Alguém me ajuda -falei alto e uma mulher de mais ou menos 50
anos veio até mim.
- A coloque ali -ela apontou para uma maca e eu fiz o que ela disse.
- Certo -ela diz e vejo eles entrando em uma sala, tento entrar mas a mulher
me impede.
- Vamos fazer alguns exames na sua amiga, espere um pouco -ela diz com a
mão no meu ombro.
- Ela é a minha namorada -digo e ela concorda- Por favor, cuide dela.
- Estamos aqui para isso -ela diz e aponta por onde tinhamos vindo.
Andei pela sala de espera de um lado para o outro enquanto ligava para o
pessoal dizendo que minha princesa estava no hospital.
×××
Até, babys ❤
60° capítulo
Rubi
Senti meus dedos serem apertados e abri os olhos com lentidão, a primeira
coisa que vi foi um quadro de rosas brancas na parede.
Olhei em volta até que vi Adam sentado ao meu lado apertando meus dedos
com a cabeça baixa, suas costas estavam tensas e eu podia ouvir um
barulhinho chato vir atrás da porta da sala que estávamos, parecia o barulho
que aparece em filmes para indicar os batimentos de alguém.
Adam se aproximou de mim e me deu um abraço tão forte que quase fico sem
ar, ele beijou o topo da minha cabeça e eu pisquei várias vezes.
- Como eu vim parar aqui? Por que estamos no hospital? -pergunto e ele me
encara colocado uma mão na minha bochecha.
- Rubi!
- Puta merda hein garota! Não faz isso não, eu tenho problema nesse negócio
aqui -ela coloca a mão no peito do lado esquerdo.
Depois disso ela me abraçou e olhou para Adam respirando aliviada, o loiro
apenas riu.
- Emily! Você não pode ficar entrando nos quartos desse jeit...
A voz da Lisa apareceu e logo seu rosto apareceu no quarto, ela nos encarou
sorridente me deixando perceber os traços de nervoso se desfazendo no seu
rosto.
- Gente -falo rindo depois que Emily também me abraçou, resumindo, nos
três estávamos abraçadas.
Nos separamos.
- Desculpe, fiquei traumatizada desde que a Lisa ficou em coma -Emy diz e
eu sorri triste.
- Isso é passado -Lisa diz e nós duas pegamos na mão de Emy que sorriu de
lado.
- Ok, parem antes que eu chore -digo sentindo meus olhos se encherem de
água.
- Aconteceu um problema no apartamento dela por isso ela ainda não está
aqui, mas já está chegando -Lisa explica.
- Está de castigo -ela diz- Ele se recusou a me dar o suco dele e nós
brigamos.
- Era um suco muito bom -ela coloca a mão na boca parecendo que iria
chorar e eu a olhei sem saber o que fazer.
- Está tudo bem agora, já nos acertamos -ela deu um sorriso enorme me
fazendo ficar confusa.
- Lisa!
- Aqui, baixinha -Dylan entregou o copo de suco a Lisa que aceitou sorrindo.
- Os bolinhos -Nate diz entregando a Dylan que coloca em uma mesinha com
apenas um cadeira.
- Sente aqui -Dylan diz e ela vai até onde ele está para se preparar para
comer.
Dylan a olhava um pouco assustado, acho que ele estava sofrendo com essa
mudança de humor.
- Muito obrigada -ela abre os braços para abraça-lo, mas Dylan da um passo
para o lado pensando que ela faria alguma coisa, mas depois volta para ela
com um sorriso nervoso.
- Não vou atacar você -ela diz e ele concorda em silêncio parecendo duvidar
disso.
- Você tem que ver como ela está agora -o médico diz rindo.
O médico aparentava ter uns 30 anos e tinha um cabelo preto com grandes
olhos castanhos, seu rosto era definido e um nariz reto dava charme a ele
assim como aquele jaleco branco.
- É da minha irmã que você está falando, quer apanhar aqui mesmo? -
pergunta irritado e Peter finge fechar a boca igual um zíper.
O médico olhou para nós e deu uma leve sobressaltada, ele andou até onde
eu estava e me deu um sorriso pequeno.
- Você deve ser a pessoa que a trouxe -ele abriu uma pasta e a encarou com o
cenho franzido- Namorado?
O mesmo sorriu para ela meio galanteador e ela retribuiu o sorriso em forma
de cumprimento, estava na cara a malícia do médico mas acho que Susie não
percebeu.
- Você ficou um longo período sem sem alimentar, isso a causará vertigens e
mais desmaios irão acontecer -ele diz e eu concordo
- Vocês... -ele levou a mão até o meu rosto balançando na frente mas eu não
me movia- Vocês ainda não sabiam...merda -o cara massageia as têmporas.
Olhei para Adam e percebi que ele me encarava sem piscar, parecia que ele
ia desmaiar.
- Adam...
- Eu vou desmaiar -ele diz fechando os olhos meio tonto e os meninos vão
até ele para segurá-lo e não o deixar cair de cara no chão.
- Nós vamos dar um tempo para vocês, ok? -ouço a voz de Peter mas não o
encaro, continuo olhando para o chão.
Ouvi passos suficientes até perceber que todos estavam fora da sala, me
deixando a sós com ele.
Não consigo encarar Adam agora, tenho medo de ver o que não quero, me
sentiria horrível se visse um olhar irritado e triste. Não iria aguentar.
Olhei para a minha barriga que era coberta pela minha blusa larga e por
impulso eu coloquei minha mão sobre ela. Eu sabia que não iria demorar
muito para eu chorar.
Uma lágrima desceu pelo meu rosto e eu fechei os olhos procurando forças,
mas eu apenas a achei quando uma mão quente cobriu a minha.
Eu sentia seu corpo perto do meu e sua respiração no meu rosto, balancei a
cabeça negando ele suspirou.
- Eu estou aqui com você -sua mão foi para a minha nuca e sua testa colou na
minha- Eu não vou sair do seu lado, nunca, por favor abra os olhos.
Um soluço saiu de mim e ele colocou a outra mão na minha nuca, abri os
olhos lentamente e encarei seus olhos azuis quando ele se afastou para me
encarar.
Eu conseguia ver tudo, menos tristeza e irritação. Ele estava surpreso e
emocionado, Adam parecia mais calmo e sua respiração estava se
regularizando.
- Eu também não -ele diz- Mas, nós vamos ter esse filho.
- Adam... -falo olhando para baixo mas ele me faz encara-lo novamente.
- Eu sei que nenhum de nós dois queria isso mas aconteceu, princesa. Você
está grávida de um filho meu -ele sorriu- Eu estou assustado também mas
terrivelmente feliz, somos jovens mas juntos nós vamos conseguir, sabe por
que? -Adam perguntou.
- Por que aqui, nosso filho -ele tocou na minha barriga e um sorriso fraco
surgiu nos meus lábios- É uma junção nossa, uma ótima lembrança de que
nos amamos e que vamos enfrentar tudo juntos, princesa, você apenas me dá
felicidade, esse filho é a prova disso.
Respirei fundo e ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás.
- Esse bebê não foi planejado mas agora que ele está aqui, eu vou amá-lo ou
amá-la intensamente -ele passou a mão no meu rosto- Assim como eu amo
você.
Nos encaramos sem realmente nos soltarmos, eu já não chorava com o medo
me dominando por completo, em parte, eu estava contente, no fundo eu
sempre quiser ser mãe.
- Eu falei sério quando disse que você é a minha melhor parte -ele fala e eu
sorrio pequeno- Agora, vocês são.
×××
Votos, comentários!
Ela está grávida sim! Ainda teremos mais coisas pela frente e vocês
terão a visão da nossa Tinker Bell de papai babão e claro idiota, mas um
idiota bom. Kakakaka, isso vai ser novo.
E aí? Vocês sabem quando foi que eles vacilaram? Quero ver quem tem
boa memória aqui hein rsrsrsrs.
Próximo capítulo é um bônus de Susie e Nate, onde casal 4 tem uma real
aproximação, o início de tudo 😍.
Até, babys ❤.
[Bônus]
Susie Jones
- Sei que devem estar surpresos mas eles precisam de apoio agora, vocês
são amigos ou...
- Voltem para a sala de espera, não podem ficar nesse corredor -ele diz
educado e nós concordamos em silêncio.
O corredor não era tão grande, então ter 6 pessoas em uma parte só era meio
apertado, Doutor Hale estava ao meu lado então ele teve que passar por
mim.
Sua mão foi para a minha cintura tentando passar por mim, ele com cuidado
me puxou para o lado me dando um sorriso galanteador em seguida, pisquei
algumas vezes surpresa.
Seu aperto ficou fraco e ele piscou para mim de uma forma cortês, o doutor
saiu do corredor com uma postura impecável com a prancheta sendo posta
embaixo do braço.
Franzi o cenho vendo suas costas malhadas naquele jaleco.
- O que foi isso? -Emily pergunta sorrindo.
- Mas claro que eu só tenho olhos para o meu marido -Lisa diz rindo e Dylan
revira os olhos.
- Você deveria investir, dar uns beijos não mata ninguém -Emily diz e todos a
encaram com uma sobrancelha erguida.
- Ele não para de chutar -ela diz e nós colocamos a mão na barriga que já
estava enorme.
- Temos uma solução -Emy diz e olha para Lisa que concorda.
- Ah...não, quer dizer, você tem sua privacidade, Emily. Eu não quero
atrapalhar...
- Ah me poupe esse discurso que eu não tenho paciência -Ela diz cruzando
os braços.
- É uma boa saída, Jones -Lisa diz- Ainda tem algumas mobílias no meu
antigo quarto, você se instala nele e problema resolvido! -ela bateu uma
palma.
- Tudo bem! Ai meu Deus eu tenho onde dormir! -falo e as duas comemoram
com gritinhos e Emy me deu um abraço apertado.
- Sem que seja mulher e beber Whisky -Ela diz e eles negam.
- Sr. Mendoza -Emily chamou por ele que finalmente percebeu que
estávamos ali.
- Ela está bem, Sr. Mendoza. Já foi avaliada e daqui a pouco vamos embora
-Lisa diz- Nós a deixamos no quarto com Adam para que possam conversar -
Emily cutuca Lisa de leve que sorri sem graça.
- Vou comprar algo para beber -digo pegando uma nota de 20 na minha bolsa
que coloco no colo de Emily depois.
Passei pelos meninos guardando a nota no bolso de trás da saia verde musgo
e comecei a procurar pela lanchonete.
Andei até ele ficando na sua frente enquanto ele estava de costas para a
movimentação de pessoas atrás dele.
O mesmo me encarou com uma sobrancelha erguida mas continuou falando
no telefone.
- Não faça isso, não será proveitoso para a minha empresa. Faça o que eu
digo -ele diz com uma voz autoritária.
- Ok...eu vou procurar por aí -digo e ele segura meu braço me impedindo de
sair quando faço menção de fazê-lo, prendi a respiração e ele me encarou
engolindo em seco.
Ele soltou meu braço e eu soltei a minha respiração na mesma hora, o toque
queimava minha pele.
Nate me disse para seguir direto e depois virar para a esquerda e continuar
seguindo reto, ele disse tudo isso apontando com a mão.
- Não seja incompetente -ele diz sério com a outra pessoa do outro lado da
linha, não sei quem é mas graças a Deus não sou eu.
Vi o tal doutor que estava dando em cima de mim mostrando uma prancheta a
enfermeira e arregalei os olhos, se ele me visse tentaria dar em cima de mim
novamente? Talvez sim, e então eu teria que dar um fora nele por que não
estou interessada mas o problema é que eu não sei fazer isso, eu me sinto
mal e acabo saindo para um encontro que nunca terá um futuro. Eu sei, isso
soa patético mas odeio ver a cara de decepção nas pessoas, estou
trabalhando nisso...acredite em mim.
Olhei para o lado e levei minha mão para a maçaneta abrindo a porta e
entrando no minúsculo quartinho do zelador, porém, com toda a minha pressa
desnecessária eu acabei batendo no braço de Nate e seu celular caiu, e sem
querer o chutei para dentro quando estava entrando no quartinho.
Com o corpo já dentro do quartinho ele começa a olhar pelo chão e ouvimos
a porta bater, não tinha muito iluminação a não ser por uma luz amarelada
puxada pro vermelho que estava pendurada no teto, nossos corpos estavam
quase grudados naquele quartinho minúsculo.
Levei minha mão para a maçaneta tentando abrir a porta mas ela parecia
trancada.
- Por que você fechou a porta? Nós estamos presos -falo e ele me encara
irritado.
- O doutor, não quero dar um fora nele -digo e Nate franze o cenho.
- Me ajude a achar meu celular, assim ligamos para algum deles para vir até
aqui e abrir a porta -ele diz.
- Ou pedimos ajuda gritando -falo- O zelador não deve estar longe, e alguém
pode passar por aqui...
- Me ajude a achar meu celular -ele diz sério e isso me irritou um pouco.
- O que?
- Não sou autoritário, Susie. Apenas gosto das coisas do meu jeito.
- Será que dá para você me ajudar? Você nos colocou nessa então me ajude a
nos tirar -ele fala e eu suspiro.
- Procure, Susie.
Sua voz me arrepiou por inteira e confesso que foi a primeira vez que uma
voz foi capaz de me fazer arrepiar.
Olhei para o chão que estava meio escuro mas eu consegui ver o seu celular
perto do meu pé, a tela estava escura então a pessoa desligou.
Me abaixei lentamente sentindo algo roçar na minha bunda e pisquei várias
vezes tentando entender se aquilo era uma ereção ou não.
Peguei o celular do chão e me levantei ainda de costas para ele. Oh, isso é
diferente.
- Vire para mim, Susie. Pelo amor de Deus -sua voz saiu meio falha.
Sua boca estava próxima da minha e aquela iluminação não estava ajudando,
seus olhos me analisam com cuidado e parecia que ele estava mais bonito do
que o normal, não que eu ache ele bonito é só que...bom...
- O que você está fazendo, Nate? -pergunto quase que em um sussurro com
sua boca a centímetros da minha, parecia que eu estava afogando em um mar
de drogas porque eu parecia intoxicada.
- Eu não sei -ele diz desviando o rosto e desce lentamente para o meu
pescoço, puxei a respiração e fechei os olhos sem me afastar dele.
Seu nariz roçou no meu pescoço e senti ele aspirar meu cheiro, meu peito
subia e descia enquanto ele parecia extremamente calmo.
Nate beijou meu pescoço delicadamente e eu fechei os olhos sentindo um
desconforto estranho no meio das pernas, céus.
Suas mãos desceram para minha bunda de uma vez e ele a apertou com força
fazendo meu corpo ir para frente, eu até poderia afastá-lo mas eu não
conseguiria, eu estava gostando dessas sensações novas.
- Me pare, por favor -ele sussurrou no meu ouvido mas não sei se era isso
que ele realmente queria, ele parecia...estar fazendo uma coisa proibida mas
no fundo desejava a isso a tempos, os suspiros que ele soltava e a pressão
dos dedos meio desesperados me diziam isso.
Suas mãos saíram de dentro da minha blusa fazendo o lugar que ele tocou
ficar frio, Nathaniel balançou a cabeça e pegou o celular na minha mão,
prontamente ajeitei minha blusa que estava bagunçada.
- Onde você está, modelo de perfume? -ouço Peter rir- Pronto, o chamei
assim, satisfeito?- Dylan pergunta mas não acho que seja para Nate.
- Eu estou...
Ele nos encarou surpresos e eu fui a primeira a sair, eu precisava sair, caso
contrário iria desmaiar ali mesmo. Nunca estive em uma situação tão intensa
assim.
- Bom trabalho -digo ao zelador que acena meio perdido.
×××
Até, babys ❤.
61° capítulo
Rubi
Sim, eu sei que ele não vai escutar nada mas depois do quinto aviso eu
desisti.
- Enfim! -ele resmunga- Então...eu fiz você... interessante -ele diz e eu reviro
os olhos, vou ter que conviver com esse homem pro resto da minha vida!
Maldita camisinha!
- Você acha que vai ser menino? -ele pergunta com a cabeça ainda colada na
minha barriga.
Dei de ombros e ele se ajeitou ficando de frente para mim, ambos estávamos
sentados na cama.
- Estou ansioso para ver você desse tamanho -ele abre os braços
exageradamente, muito, muito, exageradamente, por um momento me senti a
vovozona daquele filme de comédia.
- Eu estou grávida, não significa que vou virar um balão de passeio -falo e
ele revira os olhos.
- Me deixa curtir -ele diz fazendo uma cara de emburrado e olha para frente,
Adam sorriu de repente- Eu vou ser pai!
- Eu vou ser pai! -isso já saiu meio assustado e eu parei de sorrir- Princesa,
meu Deus, eu não vou ser um bom pai! Quando eu for jogar futebol com ele,
vou jogar a criança ao invés da bola! Quando eu for brincar de tomar chá, eu
vou quebrar a cadeira quando me sentar e a criança vai com raiva! Puta
merda!
- Calma, você está surtando! Não é bem assim -digo e ele finge chorar
colocando as mãos no rosto, sorri colocando meus braços em volta dele-
Você vai ser um ótimo pai.
- Você está feliz? Quer dizer...eu sei que foi repentino mas...
- Eu estou -ele me corta- Eu disse que te queria não importava como, ter um
filho com você estava nos meus planos -o encarei- Mesmo que não fosse
agora mas eu estou feliz por isso, vamos aprender muito com esses bebês,
tenho certeza.
- Sim, pode parecer meio louco, mas já estou ansiosa -dei um sorrisinho.
- Minha mãe vai surtar quando souber que vai ganhar outro neto, não vou me
responsabilizar se ela quiser te vestir como algumas grávidas de catálogo,
ela fez isso com Lisa no início da gestação.
Ouvimos a porta ser aberta de uma forma brusca e olhamos para ela ao
mesmo tempo, Carlos passou por ela rapidamente e atrás dele eu vi Maria
que tinha uma expressão calma.
- Mi hija -ela fala e Adam se afasta de mim para que meu pai venha me
abraçar.
- O que? -Carlos pergunta olhando para Adam que sorri nervoso- Ela
quebrou alguma coisa?
- Não, ela está bem! Completamente bem! Na verdade, vamos viajar por 9
meses, voltamos depois disso -Adam diz sorrindo e eu o encaro feio.
- Agora estou -falei e ambos ficaram na minha frente que ainda estava
sentada na cama e Adam ficou ao meu lado depois de abraçar Maria.
- O que houve? Por que você desmaiou? -meu pai perguntou cruzando os
braços.
- Você vai deixar ele? Hum...tudo bem por mim -Carlos deus de ombros e
Adam abriu a boca chocado.
- Vamos primeiro...
- Me conte agora -ele diz seco e vejo o medo nos olhos de Adam, eu não
deveria mas ri baixo.
- Carlos, eles querem conversar mas não aqui -Maria diz tocando no seu
ombro.
- Se vocês não me falarem eu vou atrás de quem sabe -Meu pai diz meio
irritado- Vou direto no Peter porque o Dylan me disse que ele é fofoqueiro.
Carlos não virou o rosto para me encarar, ele ainda olhava para Maria com
um sorriso no rosto.
Quando finalmente ele virou o rosto para me encarar seus olhos estavam
surpresos e tinha um rastro de raiva, mas acho que não era de mim.
Ele olhou para a minha barriga e depois me encarou novamente, sua cabeça
virou para encarar Adam e Carlos apertou o punho fazendo meu namorado
engolir em seco.
Covarde!
- Sr. Mendoza, eu sei que é uma notícia e tanto mas por favor não bata no pai
do seu neto ou neta -Adam diz enquanto Peter apenas ria.
- Você não pode sair por aí engravidando mulheres sua...sua Tinker Bell
idiota -Carlos grita e eu levo a mão até a testa, eu não deveria ter falado o
apelido de Adam para o meu pai.
- Puta merda! -Peter diz quase morrendo de tanto rir do amigo que estava
atrás dele suando frio.
- Ei, o que está acontecendo? -Susie apareceu na sala de espera e viu meu
pai em posição de ataque e Adam nervoso atrás de Peter que limpava
lágrimas do rosto.
- Ele colocou um filho -ele apontou para mim- Ali dentro -Carlos fala
nervoso e eu me aproximo ainda mais dele.
- Pai, eu sei que isso foi repentino. Acredite, eu ainda estou tentando me
acostumar com isso mas aconteceu, Adam e eu nós cuidamos sempre mas
dessa vez vacilamos, ele ficará comigo e juntos vamos criar esse bebê -
coloquei a mão na minha barriga- Ambos temos estabilidade financeira e
muito amor para dar, seu neto ou neta é uma benção para nós. Por favor, não
mate o pai do meu bebê, eu ainda preciso dele. Daqui a 15 anos eu deixo.
Carlos ficou mais de 10 segundos me encarando com raiva até que respirou
fundo e balançou a cabeça.
- Certo, certo -ele diz passando a mão no cabelo- Desculpe se reagi mal,
mas você e a sua irmã são o meu bem mais precioso.
Olhei para Adam e o chamei, ele negou de início mas depois andou até mim
em passos lentos sem desviar o olhar do meu pai que o encarava com um
olhar mortal.
- Eu o amo - Eu digo e Adam se aproxima passando a mão pela minha
cintura- Vamos ficar juntos.
- Eu amo sua filha, Sr. Mendoza. Não consigo imaginar minha vida sem ela -
Adam fala olhando para ele e depois me encara- Nunca a deixarei -ele diz e
sorri para mim que sorri de volta de um jeito meigo.
- Acho bom mesmo, se você ousar deixá-la eu vou atrás de você e te corto
em pedacinhos e mando para Gregório e Monica, entendeu? -Carlos pergunta
sério e Adam acena- Ainda mando a porra de uma vela com o seu rosto na
frente!
- Você vai ter um netinho -Maria fala animada e ele olha para mim parecendo
mais calmo.
- Ah...eu não...
Carlos o abraçou rapidamente e depois apertou sua mão com força, Adam
fez algumas caretas e meu pai sorriu satisfeito.
- Você vai ser papai, parabéns -Carlos fala e depois suspira- Merda, eu
ainda gosto de você.
Carlos puxou Adam de novo e agora eles se abraçam de maneira mais digna,
ri baixo vendo os dois no maior love na minha frente mas durou pouco
quando Carlos o empurrou para trás.
- Eu acho que ele deveria dar pelo menos um soquinho -Peter sussurra para
Nate que o encara balançando a cabeça.
- Que tal irmos jantar? Já são quase 21:00 horas da noite, Rubi e esse balão
aqui precisam se alimentar -Emily diz e aponta para Lisa.
- Tá rindo do que? Você vai ficar igual! -ela diz e eu parei de rir.
Mostrei a língua para ela e Susie riu fazendo Nate a encarar, ele respirou
fundo e passou a mão no rosto.
- Sim, passarei o endereço de Susie para vocês -Lisa diz e Nate concorda.
Ele apenas deu um tchauzinho para nós e se virou para sair da sala de
espera. Encarei Adam que estava com o cenho franzido assim como os
meninos.
- Susie, cadê meu café? -Emily pergunta enquanto caminhamos para a saída.
(...)
- Já sabem quando vão contar aos nossos pais? -Dylan pergunta encarando
nós dois.
- Monica vai paparicar muito você -Lisa diz rindo- Ela é muito boa nisso.
Sorri.
- Provavelmente -falei.
Minha purpurina vai soltar fogos e vai ter raiva de Adam pro resto da vida
dele, mas vai agradecê-lo por colocar um bebê na minha barriga, Josh é
bastante protetor e babão com bebês.
- Sua mãe...- meu pai começa- Você sabe que vai ter que contar a ela, não
sabe?
- Uma ótima oportunidade -ele fala- Não se preocupe, estarei com você.
- Vocês são tão fofos juntos -Susie diz olhando para nós dois e sorri meiga.
- Fofas são as pessoas que pegam café para as outras pessoas -Emily diz e
Susie revira os olhos.
- Vai dar café para ela, vai ficar mais amarga do que já é -Peter sussurra e
Emy o encara.
- Alguém tira o Peter daqui, por favor -ela diz e ele sorri de lado.
- Cara, vocês parecem cão e gato -Dylan diz- Parece realmente que vocês se
gostam.
- Ok -ele diz e ela o encara- A partir de hoje não verá mais nenhuma
piadinha da minha parte.
- Eu não acredito -ela diz e olha em volta- Estou em um sonho meu Jesus
Cristo.
- Não vou fazer mais nenhuma piada ou alguma coisa que possa provocar
você -ele diz sério.
Os dois apertam as mãos pacificamente e juro que percebi o lugar ficar com
um pouco mais de paz, quase levantei os braços comemorando.
Sorri abertamente vendo meu prato e passei a língua nos lábios, começamos
a comer e até fizemos um brinde aos dois bebês.
Sorri vendo meus amigos conversando e meu pai sorrindo todo encantado
por Maria que também estava por ele, olhei para Adam que encarava Dylan.
Uma gargalhada saiu da fadinha e eu nem sabia por que ele estava rindo, eu
só sabia que era a coisa mais linda que eu já tinha ouvido.
×××
Até, babys.
62° capítulo
Rubi
Senti seus dedos se cruzarem com os meus e respirei fundo, Adam me deu
um sorriso encorajador e ele parecia calmo demais. Daquele tipo que te dá
vontade de dar um tapa no rosto e perguntar "Qual a merda do seu problema
sociopata do caralho?".
- Você não está nervoso? -perguntei- Eu estou quase fugindo, pulando aquele
portão, roubando um carro e dirigindo até o aeroporto para morar na
Inglaterra!
Adam me olhou meio surpreso com a minha mini história, ele passou a mão
no meu cabelo dizendo que iria cuidar de mim, bati na sua mão e ele riu
baixo.
- Não estou nervoso, eu sei que eles vão gostar -Adam fala- Mas caso de
merda, eu não vou dirigir o carro roubado, você vai -ele diz entrando na
minha loucura- E eu até gosto da Inglaterra.
- Eu sei que o seu pai quase me bate -ele diz e eu ri baixo- Mas minha mãe é
louca para ter pelos menos uns 5 netos de cada filho e meu pai não é
diferente, eu sei que eles vão gostar, amém.
Amém?
- Ninguém vai querer bater em você dessa vez?
- Não.
Rapidamente nós ouvimos a porta ser aberta e logo depois Monica apareceu
com um penteado elegante no cabelo loiro, seus olhos eram iguais de Adam
que rápido focou em nós dois.
Os dois se separam.
- Como você está meu filho preferido? -ela pergunta e Adam sorri
convencido- Se você contar isso ao seu irmão eu vou bater em você -Adam
parou sorrir- Eu juro, eu vou pegar você e esmagar contra a porta, depois eu
vou bater na sua bunda com vassoura até que ela fique vermelhinha igual
quando você era bebê.
Isso porque ele é o filho preferido, vai saber o que ela faria com Dylan.
- Por que todo mundo de repente decidiu que quer me bater? Virou algum dia
nacional essa merda? -Adam pergunta com as mãos na cintura.
- Vem! Vamos entrar, o almoço vai ser servido em alguns minutos -ela diz
animada.
Ela entrou na casa e Adam colocou a mão na minha cintura me puxando para
ele sutilmente.
- Ah é tão bom ver vocês assim -Monica diz se sentando na poltrona que
estava ao lado do marido.
- Que bom que resolveram sossegar -Gregório olha para os filhos- E com
moças muito carismáticas e de bom coração -ele olha para mim e para Lisa-
As noras dos meus sonhos.
Jane, se eu não estou enganada, é a prima dos dois que também está grávida
e creio que já deu à luz. Lisa me disse que ela é bem divertida.
- Está indo tudo muito bem, Michael quase pirou quando soube que era uma
menina -Monica sorriu e os filhos fazem o mesmo.
- Estou feliz por ela -Adam diz e eu o encaro dando um sorriso pequeno.
- Mãe, pai. Rubi e eu queremos contar algo para vocês -Adam fala e os dois
nos olham atentamente.
- Eles fizeram alguns exames -falei e toquei na minha barriga fazendo os dois
olharem na direção dela, os dois puxam as respiração parecendo chocados,
totalmente compreensível.
- Ela está grávida -Adam falou e os dois ainda olhavam para a minha
barriga.
- Carlos bateu em você? -Gregório pergunta olhando para o filho mais novo.
- Aquele idiota -um olhar nostálgico apareceu- Ele sempre me disse que
nunca ia ser livrar de mim, e né que o filha da mãe estava certo -Gregório
diz e se levanta com Monica.
Os dois vieram até onde estávamos e nos parabenizou pelo bebê, eles deram
alguns conselhos e nos confortaram dizendo que estariam do nosso lado para
o que fosse preciso, Sr. e Sra. Venturelli foram bem compreensivos.
- Dois bebês! -Monica gritou do nada com as mãos para cima depois que a
conversa mudou.
- Vamos meus amores, vou mimar um pouco vocês -falou Monica pegando na
minha mão e de Lisa que deu um sorrisão parecendo ansiosa por isso.
Ela nos arrastou para a cozinha enquanto falava de ideias sobre nomes,
enxovais, fraldas e tudo relacionado à palavra filhos.
Eu já estava ficando nervosa, mas quando olhei para trás vendo Adam
caminhar ao lado do irmão e do pai, seu sorriso perfeito foi direcionado
para mim e me senti mil vezes melhor.
(...)
Saio do banho enxugando meus cabelos enquanto dou passos rápidos pelo
banheiro para chegar no quarto, olhei em volta e franzi o cenho com o fato da
Tinker não estar na cama porque o bastardo me disse que ficaria me
esperando apenas para ver sair nua do banheiro, Adam é um safado!
- Adam?
Não obtive resposta então dei de ombros caminhando pro closet, peguei uma
camisa grande sua e a vesti junto a calcinha que eu tinha posto na minha
bolsa.
Escovei meu cabelo me encarando pelo espelho e depois passei alguns
cremes na pele que eu nem sabia que existiam, Adam era bem vaidoso nesse
ponto.
Desci as escadas procurando por ele e chamei seu nome da sala de estar do
seu apartamento, caminhei para a cozinha pronta para comer algo quando
levei um susto pondo a mão no meu peito olhando a cena à minha frente.
Adam estava escorado na bancada encarando a mesa que estava posta com
direito a velas e...suco de maçã e uva, dois pratos de comida que pelo cheiro
e aparência me parecia ser risotto Milanês, é o meu prato italiano preferido.
- Minha nossa -falo e ele me encara soltando um sorriso satisfeito vendo
minha expressão.
Sorri totalmente apaixonada e coloquei meus dedos em cima dos dele, Adam
beijou minha mão me encarando e depois me levou até a mesa de jantar me
deixando ver aquela maravilha de perto.
- Não me ofenda -ele puxa a cadeira para mim e eu levanto uma sobrancelha-
Certo, eu montei a mesa mas a comida é do seu restaurante italiano
preferido.
- Eu sei, todo mundo me fala isso -ele fez uma cara convencida pegando os
suquinhos.
×××
Iti 😍
Adam romântico é tudo para mim.
Essa cena pequena não estava na primeira versão, mas eu quis adicioná-
la.
Beijo, babys ❤.
63° capítulo
Adam
Ter um filho com essa mulher só me deixa mais feliz do que eu já estava.
Olhei para a minha família que estava em volta de Rubi mas conversavam
entre si, Rubi parecia estar em outro lugar, ela parecia pensar e
definitivamente era uma coisa boa já que ela sorriu largamente abrindo os
olhos e logo depois levou as mãos para a barriga.
Sorri que nem um idiota, ela estava pensando no nosso filho. Não a culpo,
também penso nele 22 horas por dia, as outras duas eu estou ocupado
olhando para ela e dizendo que a amo.
Cacete, estar apaixonado é bom demais.
Guardei o celular no bolso e andei pelo jardim até chegar neles, recebi uma
ligação de Peter dizendo que ele e Nate já estavam na casa de Susie para
ajudar na sua mudança, avisei que iríamos até lá.
A encarei.
- Ambos? Vai ser mais de um? Falaram isso aonde? -perguntei engolindo em
seco.
- Você sabe que isso é possível, não é? -ela perguntou virando o corpo de
frente para mim.
- Não -falei- Quer dizer, eu sei que você é gêmea. É possível que você possa
gerar gêmeos também -eu não sei nem mais o que eu estou falando- Tudo
bem, ter dois bebês me alegra.
O carro saiu um pouco da pista mas logo depois eu o coloquei na faixa certa,
agradeci pela pista está vazia, a não ser por Dylan que buzinou para mim e
eu buzinei de volta para dizer que estava tudo bem.
Ela tirou o cinto e encarou o dedo onde estava a aliança que eu havia dado a
ela, também tirei o meu cinto.
- Você também não é muito bom em mentir -ela diz e seus olhos se
direcionam a mim.
Estendi meu braço levando minha mão para a sua nuca e a puxei
delicadamente na minha direção, seus lábios tocaram os meus de leve e sua
mão direita foi para a minha perna.
Ela aprofundou o beijo e sua mão foi subindo até o início da minha calça
jeans, acabei sorrindo quando me separei dela que protestou com o ato.
- Que safada, Rubi! -ela sorriu mordendo os lábios- Vou engravidar você
mais vezes -falei e ela revirou os olhos.
- Não revira os olhos desse jeito, princesa. Muitas cenas vem na minha
cabeça -falei e ela sorriu de lado.
Rubi deu uma palmada de leve no meu membro e eu fiz careta puxando a
respiração a fazendo rir.
- Vamos antes que eu abaixe suas calças -ela fala naturalmente e abre a porta
do carro.
Sorri abertamente e saí do veículo dando a volta até parar ao seu lado,
peguei na sua mão e juntos nós andamos para a entrada do prédio.
Dylan e Lisa não estavam no saguão então já deviam estar no apartamento,
demos os nosso nomes para o porteiro e percebi que o prédio não estava em
boas condições para moradia.
Fomos pelo elevador e eu segurei Rubi forte quando entramos, ela me olhou
confusa e eu dei de ombros, esse negócio não parece seguro.
Quando as portas foram abertas eu nos tirei de lá rapidamente e percebi
Rubi rir baixo, vimos algumas caixas na frente de um apartamento.
Nate estava do outro lado colocando a primeira coisa que via dentro da
caixa, ele definitivamente não é bom em fazer mudanças.
Susie estava na cozinha que era dividida com a sala e ela pegava algumas
coisas, Emily estava com Lisa dentro do quarto, Dylan estava sentado no
balcão bebendo um copo de água de frente para Susie. As paredes pareciam
estar manchadas provavelmente do vazamento de água, isso não é nenhum
pouco seguro.
- Estás atrasado, Tinker Bell -Peter diz colocando alguma coisa dentro da
caixa.
Rubi foi até a cozinha ajudar a Susie e encarar a cara feia do meu irmão,
andei até o sofá e me joguei ao lado de Peter.
- E aí cara? -falei colocando a mão no seu ombro, ele me olhou com uma
sobrancelha levantada.
- Certeza?
Não, ele não estava bem. Amanhã era um dia ruim, não, a data era ruim. O
dia do ano que Peter mais sofria, nós não tocamos no assunto porque Peter
simplesmente não gosta, mas eu também não gosto de ver meu Pan sofrendo.
Olhei para Nate que nos encarava e logo depois deu um suspiro, ele andou
até o sofá e se sentou no braço do mesmo.
- Qual é cara, não vamos deixar você fazer o que sempre faz todos os anos.
Queremos ajudar você -falei.
- Vamos lá gente, falta pouca coisa para eu arrastar Susie para a minha vida
caótica -Emily diz e aponta para Susie- Espero que goste de filmes de terror,
vamos assistir vários.
- Acredita que sim, ele não fez uma piada com Emily. Eu sinceramente estou
surpreso -Nate diz.
- Você não dá ponto sem nó, o que está tramando? -Perguntei e ele sorriu.
- Ei! -Lisa nos chamou- Quem aqui tem o porta malas maior? -pergunta
olhando para as 8 caixas.
Encaramos Susie que olhou para outro lugar tentando desviar os olhares
dela, ela era fofa.
- Vamos colocar algumas caixas no carro -falo e bato no braço de Nate que
se levanta do sofá junto comigo.
- Dylan -chamo e ele joga a chave do carro para mim que peguei no ar.
Nathaniel pegou uma caixa, eu também peguei outra olhando para trás vendo
Peter pegar a terceira.
Quando Nate estava saindo ouvimos a voz de Susie o chamando e ela pegou
um globo de neve correndo até a caixa dele.
Eles se olharam e ela parou de sorrir aos poucos se afastando até parar onde
Lisa estava, Nate passou pela porta e logo depois foi a minha vez.
- Não sinta saudades, princesa! -gritei da porta e tenho certeza que Rubi riu
baixo.
Ri alto.
(...)
Depois de horas nós finalmente tínhamos acabado, Susie tirou tudo o que era
dela do apartamento deixando apenas a mobília que era do imóvel.
Dividimos as caixas que de 8 se transformaram em 12, as caixas seriam
entregues na nova moradia de Susie em seguida.
Quando acabou Peter foi embora para casa e eu estava indo para o meu
apartamento com Rubi ao meu lado.
- Só eu posso falar seu segundo nome, você não pode falar o meu -falei a
fazendo rir com deboche.
- Vai sonhando -ela diz mexendo as pernas freneticamente mais uma vez.
- Acho que estou tendo aquilo que Lisa tem -falou e eu franzi o cenho.
- Certo, vamos parar em uma sorveteria -digo e ela bate palma animada.
- Você é sem graça -Rubi diz e eu levanto uma sobrancelha- Deveria ter me
deixado escolher o seu sabor, sou ótima nisso.
- Escolha uma mesa para gente, vou levar os sorvetes -falei beijando o topo
da sua cabeça em seguida.
Vi ela andar até achar uma mesa perto do vidro que dá vista para a rua cheia
de luzes, o rapaz entregou primeiro meu sorvete e minutos depois ele veio
com o de Rubi que estava exatamente do jeito que ela pediu, santo Deus.
Paguei ao rapaz pelos dois e andei com eles até a mesa onde minha princesa
estava, mas parei quando vi a pessoa com quem ela conversava.
×××
Rubi
Porém, meu sorriso foi morrendo quando vi uma pessoa me encarando, que
só agora percebi que ele estava ao meu lado.
- Olá.
Sua voz chegou nos meus ouvidos, cruzei as mãos em cima da mesa e
respirei fundo pensando no que vou fazer caso Adam bata nele de novo.
Ele vestia uma calça jeans preta e uma camisa listrada de botões, o sapatos
eram despojados e eu não pude deixar de notar a aliança dourada no seu
dedo que não tinha notado antes.
- Rubi...-ele coçou a nuca- Eu queria dizer que nunca foi minha intenção
magoar você, desculpe falar isso para você depois de tanto tempo, mas eu
realmente precisava fazer isso.
Franzi o cenho.
- Eu só quero...
- Eu só quero me desculpar com você -Julian olha para mim- E com você
também -ele olha para Adam.
- Rubi, eu nunca quis fazer você sofrer mas eu fui um completo idiota. Me
desculpe, eu deveria ter conversado com você sobre meus sentimentos ao
invés de simplesmente ir embora e deixar você para trás sem nenhuma
explicação -me ajeitei na mesa o encarando.
- Se você ama outra pessoa não tinha necessidade de falar aquelas coisas de
Rubi -Adam diz e minha curiosidade cresce.
- Princesa...
- Eu ofendi você -Julian diz- Não falei sobre o nosso passado mas falei do
futuro que você e Adam nunca iriam ter.
- Eu estava com raiva dele por ficar me atacando, e a única coisa que eu
sabia que iria tirá-lo de linha era falar sobre você -Julian passou a mão no
rosto- Eu sinto muito mesmo, eu até pensei na época que ainda sentia algo
por você mas eu estava errado.
- Ah você estava, é jogo sujo falar sobre o tamanho de alguém -Julian fala e
Adam ri cobrindo a boca.
- Ok, só era uma brincadeira de mal gosto, mas não apaga o que você falou.
Ainda tenho raiva de você por conta disso -Adam diz sério.
- Vamos ficar bem, caso você suma e não apareça mais -Adam diz e aperta a
mão dele.
- Ah não se preocupe quanto isso, irei embora de Nova York para o Canadá
na próxima semana -Julian diz sorrindo.
- Você me deixou apenas porque estava com outra mulher? E não por outro
motivo maior? -perguntei e os dois me encaram com o cenho franzido.
- O que? -pergunta.
- Responda -falei.
- Eu deixei você por outra mulher e não por outra coisa -ele fala e sinto meu
peito se apertar quando percebi que ele estava falando a verdade.
Puta merda.
Encarei Adam que parecia confuso.
- Ela está bem, princesa. Estamos gerenciando ela -ele se refere a nossa
empresa mas não é dela que estou falando.
- Não, a minha primeira empresa -digo e ele para de alisar meu cabelo.
Adam pisca várias vezes e depois encara Julian que parecia tão confuso
como Adam estava ainda há pouco.
- Você era o único que sabia sobre minhas senhas, certo? -pergunto a Julian.
- O que? Do que você está falando, Rubi? Eu nunca soube de nenhuma senha
sua, você não compartilhava nada sobre a sua empresa além do seu pai -ele
diz calmamente.
- Fique tranquila. Nós vamos pensar sobre isso mais tarde, por agora, se
concentre no bebê. Você não pode se exaltar demais, não fará bem a ele -
Adam fala olhando no fundo dos meus olhos enquanto eu respirava fundo
tomando nota suas palavras.
- Oh meu Deus, parabéns -ele diz sincero e Adam deu um sorriso pequeno-
Me dizia que esse era um dos seus sonhos, que bom que você conseguiu, e
com a pessoa certa, acredito.
- Eu quero ir para o meu -digo e ele fica em silêncio por alguns segundos,
não parecendo muito contente com a ideia mas depois concorda.
- Certo.
Nós viramos para nos despedirmos de uma vez de Julian quando ele abre um
sorriso tão grande que quase me deixa cega, ele olhava por cima do ombro
de Adam e olhando para trás eu entendi o motivo do sorriso.
Uma mulher andou até ele exibindo o mesmo sorriso, seu cabelo era
encaracolado de um loiro natural, seus olhos eram verdes e tinha um corpo
exuberante, ela era muito bonita.
A mulher usava apenas um vestido colado e uma jaqueta jeans por cima com
sapatilhas douradas que de certa forma combinavam com o seu cabelo.
Eu sei que Julian é o meu ex noivo e isso deveria ser estranho já que ele está
me apresentando para a pessoa que foi o motivo dele ter me deixado,
mas...isso sinceramente não significa nada, não para mim. Deixei de me
importar com Julian a partir do momento que me apaixonei por Adam. A
verdade é que desde que eu conheci essa Tinker Bell atentada eu nunca mais
o tirei da cabeça, no fundo, bem no fundo eu sabia que iria me apaixonar por
ele depois de ter dado aqueles tapas. Só demorei muito para admitir isso.
- Oi...eu sei que vocês estavam... -ela começa e coça a cabeça parecendo
perdida.
- Está tudo bem, Amélia. Eu não me importo mais. Sejam felizes, ok? -
perguntei alisando seu braço.
- Me desculpe mesmo assim, espero que você seja feliz também -diz, nota-se
que ela não parece ser uma pessoa ruim.
- Eu já sou -digo e olho para Adam que faz o mesmo me puxando pela
cintura.
- Espera -falo.
- Torça para não ter derretido -ele fala e corre para a mesa onde eu estava.
- Não derreteu! -ele gritou de onde estava atraindo alguns olhares e eu bati
palma animada.
Ele afastou minhas mãos da minha barriga enquanto eu tentava limpar, Adam
tirou um lenço do bolso e se inclinou para limpar o sorvete. Fiquei olhando
para as árvores enquanto sentia ele esfregar o lenço na minha roupa.
Depois que terminou, Adam deu um beijo demorado na minha barriga e eu ri
levando minhas mãos para o seu cabelo loiro o bagunçando.
Ele se levantou me beijando rapidamente, nos afastamos e eu entrei no carro
esperando pacientemente ele me dar o sorvete de volta.
Depois que o sorvete estava em minhas mãos ele colocou o lenço sobre as
minhas pernas o estendendo como se eu estivesse no jardim de infância e me
encarou em seguida.
Adam riu.
- Você vai apanhar -ele diz e fecha a porta do carro me deixando com um
sorriso idiota nos lábios.
Eu me senti normal vendo aquilo, talvez eu tenha me sentido assim por ele
ter encontrado alguém que realmente ama assim como eu também encontrei.
Não éramos felizes juntos, e o que eu menos quero é tê-lo de volta na minha
vida.
Adam entrou no carro e colocou o cinto, ele sorriu para mim e eu sorri de
volta.
Não tenho ressentimentos com Julian, pelo menos não mais. Mesmo que ele
tenha me feito sofrer por meses, eu deixei isso de lado, é como se ele não
tivesse nem existido nesse ponto, acho que nós dois não existimos a muito
tempo.
Eu pensei por meses que ele tinha roubado minha empresa e agora eu tenho
minhas dúvidas que não saíram da minha cabeça em nenhum momento. Eu
preciso me lembrar exatamente do que aconteceu.
- E aí? -Adam pergunta ligando o carro.
- Meu Deus, Adam! -digo e ele dá uma gargalhada alta saindo com o carro
em seguida.
×××
Atenção!
Vou postar o restante dos capítulos antes de sábado! Não vou conseguir
postar tudo hoje porque estou ajeitando uns furos na história que precisa
de uma atenção dobrada e hoje foi uma dia cheio pra mim 😔, enfim, vou
postar o resto na sexta-feira provavelmente.
Dias depois...
Rubi
Gritei pelo meu apartamento enquanto eu corria atrás desse loiro metido dos
infernos.
- Não! -ele gritou de volta enquanto corria com a minha foto de identidade
em mãos.
- Para que você quer isso? Você é maluco? -pergunto quando ele para de
correr, a única coisa que me impedia de agarrar seu cabelo era o sofá no
meio de dois nós.
- Eu quero bater uma foto com o meu celular, olha como você estava linda! -
ele diz e levanta a minha foto de quando eu tinha 17 anos.
- Eu estou horrível! Acho que tem até catarro saindo do meu nariz, me dá
isso -falo e ele nega.
- Não é catarro, princesa. É pozinho mágico, você já sabia que ia ser minha
desde os 17 anos, somos predestinados -ela fala me fazendo bufar irritada.
Hoje era sexta feira, o dia que iríamos ouvir o coração do nosso filho e vê-
lo pela primeira vez na ultrassom, eu não vejo a hora!
- Só uma fotinha -ele diz tirando seu celular do bolso e eu pego uma
almofada do sofá, joguei na sua cabeça fazendo seu celular cair no chão e
ele ir para trás meio atordoado.
- Bem feito !
- Sua...sua...grávida! Eu vou pegar você -ele diz irritado e ameaça vir para
cima de mim.
- Mops! Pega o papai -grito e andou rápido para a escada com Adam atrás
de mim.
Mops para na frente de Adam latindo para ele que dá um passo para trás,
coloquei as mãos na cintura o encarando com um ar superior. Mops no fundo
no fundo, será fiel a mim quando for necessário, gritei internamente.
- O que? O que você está dizendo, Mops? -perguntei colocando uma mão no
ouvido fingindo escutar algo.
- Ah é? -pergunta irritado.
- Seu pai é um idiota, Mops -Adam diz e eu semi cerrei os olhos- Mas é um
idiota esperto.
Adam tirou uma bolinha verde do bolso da calça social e eu arregalei os
olhos, merda!
Adam dá alguns passos para trás e Mops segue ele, no mesmo instante que
Adam joga a bolinha longe meu cachorro corre e movo minhas pernas para
longe também indo para a sala de estar.
- Onde você pensa que vai, princesa? -perguntou colocando meu cabelo para
trás.
- Pelo o que?
- Não sei, vou encontrar alguma coisa -digo- Minha irmã é advogada,
lembra?
- Você é tão linda -ele diz- Até mesmo com catarro como naquela foto.
Bati no seu peito e ele riu se sentando, me levando junto Adam colocou
minhas pernas uma em cada lado da sua cintura.
Ele levou as mão para a minha barriga enquanto eu estava no seu colo e me
encarou em seguida,
- Sou adorado por ambos -diz convencido- Mas eu nunca fiquei com um
homem...vou dar essa tarefa para o seu tio, mais conhecido como Peter Pan.
Idiota.
- E se for uma menina, bom...eu vou aprender alguns penteados para fazer em
você quando for para a escolinha, e comprar uma arma de choque para você
usar quando for perturbada -ele diz e eu balanço a cabeça, Deus- Eu acho
que sua mãe não vai deixar eu fazer isso, mas eu acho que podemos negociar
um spray de pimenta.
Sorri de lado.
- Será a minha mini princesa -ele diz e me encara com um sorriso lindo nos
lábios.
Me aproximei dando um beijo caloroso nele, suas mãos foram para a minha
cintura e as minhas para a sua nuca.
- Princesa?
- Oi.
- Maioria das vezes, mas você me mostrou que nem sempre precisa ser
assim -eu não podia ver mais sabia que ele estava dando sorrindo lascivo.
Mexi nos botões da sua camisa e ouvi ele suspirar pesadamente, franzi o
cenho.
- Nada demais, eu apenas me lembrei do quanto fui ruim para você por
aquele tempo. O dia da massagem foi o melhor e pior dia para mim.
O encarei ainda deitada no seu peito e ele fez o mesmo analisando todo o
meu rosto.
- Eu pensei muito naquele dia -ele diz rindo- Em você em cima daquela mesa
então...
Porra! Eu me lembro.
- Adam! -exclamei.
- Venturelli.
- Nós não usamos camisinha naquele dia? -ele falou com a mão na cabeça.
- Eu acho que não, e eu não me lembro de ter tomado alguma pílula -falei e
ele me encarou.
- Você não vai conhecer ninguém que já tenha feito isso -ele cruzou os braços
rindo.
- Eu amo você -ele diz me puxando pelo braço encostando seu corpo no meu,
o olhei com carinho.
Ela fechou a porta e começou a andar para a cozinha nem notando a nossa
presença.
Adam me olhou com uma sobrancelha erguida curioso como eu.
Comecei a andar para alcançar Lua e Adam veio atrás de mim com as mãos
no bolso da calça social.
Ela estava de costas lavando as mãos na torneira e logo depois as enxugou
no guardanapo, Adam parou atrás de mim e colocou uma mão no meu ombro.
- Sim -ela sorriu novamente, mas dessa vez pior- Estou bem.
- Ele quer que eu vá morar com ele -ela diz e começa a chorar.
Ai meu Deus, será que disfarçaram a Lua de Emily? Ela que choraria se
alguém pedisse isso .
Olhei para Adam que parecia confuso.
- Sim, Bryant mora mais afastado daqui. Se fosse morar com ele não poderia
mais vir trabalhar com você -ela diz- Nós discutimos por causa disso.
Bryant está com Dylan a todo momento, entendo que ele deva morar mais
perto do trabalho que aparentemente fica longe de onde Lua e eu moramos.
- Não se prenda por minha causa, Lua. Se você quer ir morar com o seu
namorado eu apoio você totalmente -digo.
- Mas e você? E o neném? Não posso, não vai ter ninguém para cuidar...
- Com licença -Adam se intromete e nós o encaramos.
- Eu só vejo uma saída para isso tudo -ele coloca as mãos na cintura- Lua
poderia morar com o namorado tranquilamente sem se preocupar com a
minha princesa que estará em ótimas mãos.
×××
Até, babys ❤.
66° capítulo
Rubi
Senti três olhares curiosos me perfurando, Adam, Lua e até Mops que acabou
de entrar na cozinha me encaram ansiosos.
Olhei para o homem que eu amo e vi ele morder o lábio inferior nervoso.
Morarmos juntos?
Além de ser um passo extremamente importante para uma relação é algo
diferente e desafiador, mas Adam e eu estamos em outro nível já que eu
estou grávida dele, morarmos juntos não parece algo ruim ou apressado, é
algo que teria de acontecer mais ou cedo ou mais tarde. Estou até ansiosa
para colocar meus saltos no seu closet e brigar por causa da tampa
levantada.
Preciso saber se é realmente isso que ele quer, cruzei os braços e andei até
ele parando na sua frente.
- Você tem certeza? Não quer esperar mais alguns meses? -dei de ombros.
- Não quero esperar nada, eu tenho certeza do que quero e quero acordar
com você ao meu lado, não quero ter que deixar você no seu apartamento
metade das noites ou que você tenha que vir pegar roupas para usar no dia
seguinte, não, não! -ele parecia ficar irritado de repente e eu sorri
internamente, outro ataque de Adam onde ele diz coisas lindas sobre mim
mas com irritação.
Peguei nas suas mãos o fazendo parar de andar e beijei a direita, um sorriso
terno foi lançado para mim.
- Não.
- Fechado -ele diz e nós dois levantamos a mão fazendo um "toca aqui".
Senti patinhas na minha perna e nós afastamos vendo Mops do nosso lado,
ele foi me empurrando para trás com o corpo pequeno e assim que conseguiu
deitou no pé de Adam.
- Estou feliz por você ter encontrado alguém que te ame, ele é caidinho por
você -ela sussurrou no meu ouvido me fazendo dar uma gargalhada.
- Ótimo, ele não tem que ter uma quedinha por mim não, Lua. Ele precisa ter
a porra do penhasco -digo, ela sorriu animada concordando.
- Vá falar com Bryant, diga que aceita a proposta e seja feliz com ele, ok? -
falei apertando seu ombro- A tempos que você não ficava feliz com alguém,
acho que você encontrou sua pessoa certa.
Ela andou até Adam e o abraçou para se despedir, Lua se despediu de Mops
que agora estava sentado ao lado do loiro.
Não demorou para o seu corpo sumir da cozinha e o som da porta chegar até
nós, Mops correu para a porta e Adam me encarou sorridente.
- A mamãe aqui quer uma coisa -falei inocente dando passos lentos pela
cozinha.
- Você está estranhamente mais safada, gostei disso -ele sorriu quando eu
abri minhas pernas o deixando ver minha calcinha preta minúscula.
- Sou toda sua, Bell -digo o fazendo revirar os olhos sutilmente, Adam
ajeitou minha cintura me deixando mais um pouco inclinada.
Ele afastou minha calcinha para o lado e ainda me deu um sorriso lascivo
antes de me penetrar com força, arfei com ele dentro de mim e apertei a
borda da mesa até meus dedos ficarem brancos. Ele se inclinou beijando
meu pescoço enquanto estocava deliciosamente devagar.
Sua mão foi para a minha cintura me puxando mais para frente e eu gemi o
seu nome quando ele puxou meu cabelo para o lado deixando meu pescoço
exposto. Meu corpo inteiro estava em chamas e meu coração estava
acelerado vendo-o receber prazer, parecia que a qualquer momento eu iria
derreter como gelo no sol quente.
Ele deu um beijo demorado no meu pescoço e eu fechei os olhos sentindo ele
sair e entrar dentro de mim. Meu braços foram para o seu pescoço e ele
desviou o rosto para me beijar novamente, sua língua brincou com a minha
até que ele se afastou colando nossas testas.
Senti minhas paredes se fecharem e sabia que iria gozar, eu não iria aguentar
por mais tempo até que sua voz rouca chegou nos meus ouvidos:
- Eu adoro como você me recebe tão bem, goze para mim, princesa.
Sem esperar mais nenhum segundo eu fiz o que ele disse e gozei com uma
última investida cravando minhas unhas nas suas costas, Adam gozou junto
comigo fechando os olhos e me apertando com mais força.
Minha respiração estava desregulada e ele parecia ofegante quando abriu os
olhos me encarando, suas pupilas estavam dilatadas e eu perdi as contas de
quantos segundos ele ficou me encarando em silêncio.
- Vamos cuidar disso depois, tudo bem? -pergunto e ele balança a cabeça
concordando.
- Esse cachorro é mimado demais -Adam fala e eu olho para ele cruzando os
braços.
- É...talvez eu mime, mas eu acho que você está com ciúmes -ele diz rindo.
- Cala a boca, e não vou deixar você mimar o meu filho -falei ao pararmos
perto da porta.
- Sem doces!? A criança vai crescer traumatizada, Rubi -Fala alto- Não tire
os doces dela, não tire!
- Doces não fazem bem, ele precisa comer brócolis e aspargos -falei e ele
negou.
- Quando você virar as costas eu vou tacar doce nessa criança -ele fala.
Sorri de lado.
Adam andou até a minha bolsa que estava na mesinha de centro e a trouxe
para mim, saímos do meu apartamento lado a lado depois depois que
tranquei a porta vendo-o pensativo, provavelmente sobre aspargos.
- Música?
- É, sobre legumes, talvez ele coma assim também -ele fala e eu ri baixo
passando a mão no rosto, Deus me ajude.
- Claro que não, princesa. Fui treinado para não demonstrar nervosismo
diante das pessoas.
(...)
- Mamãe, você pode se deitar aqui e deixar a barriga à mostra -acenei para a
médica- Papai, você pode se sentar nessa cadeira ao lado dela?
- Me sentar? Para que me sentar? Você vai me dar alguma notícia ruim
ou...ou vai me dizer algo que eu precise estar sentado para não desmaiar e
bater a cabeça em algum lugar? -olhei para esse pequeno surto vendo Adam
branco que nem papel, a médica estava com o cenho franzido.
- Você jura?! -usei meu querido deboche- Pensei que fosse a porra do cara
que foi treinado para não sentir nervosismo na frente das pessoas.
Peguei na sua mão para tranquilizá-lo e acho que funcionou um pouco, olhei
para a sala vendo um televisão pendurada na parede e a luz estava um pouco
fraca mas era suficientemente para nos deixar enxergar com clareza.
A médica estava do meu outro lado mexendo em um teclado e olhando para o
monitor, ela apertou alguns botões a aparecia umas coisas estranhas na tela.
Até que ela se virou para a gente e pegou uma espécie de gel.
Ela derramou gel na minha barriga que estava gelado e logo depois pegou
uma máquina branca e pressionou com cuidado em cima da mesma.
Ela começou a mexer naquele negócio por todos os lados e demorou um
pouquinho até ela falar conosco, Adam já estava apertando minha mão com
força demais e eu já estava tentada a perfurá-la com as minhas unhas.
Ela apertou alguma coisa e logo um barulho alto e muito rápido apareceu,
era o coração do meu filho.
Abri um sorriso enorme e Adam fez o mesmo, o barulho fez meus olhos se
encherem de água e encarei a doutora que olhava para o monitor mas parecia
querer escutar algo.
Ela pegou a máquina de novo e passou mais gel na minha barriga, dessa vez
o tempo que ela ficou fazendo isso foi menor, na maioria das vezes ela
apertou uns botões e as imagens que passavam na televisão eram
selecionadas.
Quando ela terminou às exibiu na televisão e tirou aquela máquina da minha
barriga, seu corpo se virou para nós e ela cruzou as mãos na frente do corpo.
- Sr. e Sra. Venturelli -ela diz e eu pisco várias vezes vendo Adam sorri
imenso pelo fato dela ter nos chamado assim.
- Você não está esperando só um bebê, Sra. Venturelli -ela fala e Adam
aperta a minha mão e eu faço o mesmo.
- É mais de um? -Adam pergunta meio ofegante, ele até balançou a própria
camisa.
Ai meu Deus.
Ai meu Deus.
Ai meu Deus.
Ai meu Deus.
A médica marcou na televisão e mostrou o que pareceu ser duas petecas bem
pequenas uma ao lado da outra, Adam apertou a minha mão e me encarou.
- São gêmeos, princesa -ele fala e logo um sorriso lindo é lançado para mim-
São gêmeos! G.Ê.M.E.O.S
- Deixe-me ver só mais uma coisa... -ela começa a olhar para o monitor
novamente.
- Pelo amor de Deus doutora! Para de olhar para esse monitor! -Adam fala
dramaticamente.
- Ai meu Deus -ela fala e nós dois a olhamos sem entender, tá de sacanagem
com a minha cara?!
- Eu vou desmaiar, eu vou morrer, estou avisando, quero meu caixão azul
claro -Adam fala e eu olho feio.
- Morrer é o caralho, fica acordado para ver quantos filhos você fez em mim,
seu idiota! -falei irritada e vi ele sorrir de lado, babaca.
- São quantos pelo amor de Deus!? -Adam pergunta e a médica nos encara.
Silêncio.
Silêncio.
- Puta que o caralho -Adam sussurra olhando para a médica.
- Você tem certeza? -perguntei com a voz falha e Adam ainda não se mexia.
Engoli em seco.
Olhei para Adam e vi o seu desespero nos seus olhos, por favor Tinker Bell,
não morrer
- Adam? -o chamei.
- Princesa, são muitos bebês -ele fala meio desesperado- Você só tem dois
seios, princesa!
- Eu sei, eu sei -coloquei minha mão na sua nuca o puxando para mim- Você
lembra do que me disse a alguns dias atrás? Que não importa quantos são.
Você quer apenas que sejamos felizes, eu também quero isso. Vamos criar
esses três bebês e eles serão tudo para nós, as coisas mais importantes das
nossas vidas -coloquei sua mão na minha barriga, ele olhou para ela.
- São nossos filhos -falei sentindo uma lágrima descer do meu rosto.
Adam colou sua testa na minha e vi que seus olhos estavam se enchendo de
água também.
- Eu sempre vou estar aqui com você -ele disse e eu limpei outra lágrima que
descia do seu rosto- Serei seu para o resto da minha vida.
Sorri ofegante.
- Nós vamos ter três filhos, princesa! -ele diz rindo e eu acabei rindo
também.
- Sim... -passei minha mão no seu rosto com todo o carinho no meu peito-
Nós vamos.
×××
Adam
Peguei o copo de água e levei até a boca bebendo de uma vez como se fosse
um copo de tequila.
Passei a mão no meu cabelo várias vezes e respirei fundo, ainda não consigo
acreditar que vou ter três filhos.
Rubi estava conversando com a médica e eu até estava ao lado dela
prestando atenção sobre o processo para se cuidar de trigêmeos que com
certeza não deve ser fácil, mas Rubi me mandou vir até aqui e beber um
pouco de água para me acalmar. Até parece que eu estava nervoso.
Bebi outro gole de água e encarei alguns quadros que tinham ali, eram todos
de bebês recém nascidos e outros ainda dentro da barriga, de longe eu vi um
onde tinham três bebês deitados com a cabeça em cima das mãozinhas e
sorri de lado.
Mas mesmo assim me sinto tão bem por ter filhos com a mulher que eu amo,
tão bem por saber que nosso amor triplicou.
Continuei olhando o quadro quando senti as mãos pequenas me abraçando
por trás.
Sua mão esquerda apertou meu tronco e apoiou sua cabeça nas minhas
costas.
- Não -ela riu e eu me virei para encará-la pegando nas suas mãos e a
puxando para mim.
Suspirou.
Se eu já estou com medo, imagine ela que vai ter 3 crianças crescendo
dentro de si, nosso cuidado terá de ser reforçado e de jeito nenhum eu a
deixarei sozinha, cuidarei dessa mulher como a minha vida.
- Eu também estou, mas somos incríveis, nossos bebês serão também -ela
sorriu alisando minhas costas.
- Sim, vamos conseguir -digo, beijei o topo da sua cabeça e ela me abraçou
apertado.
- Venturelli -atendi.
- Filho.
- Adam, sua mãe está me deixando louco! Por favor, venha aqui esta noite e
nos dê notícias sobre o nosso neto. Já falei com Dylan e ele está vindo
também.
- Pai? -o chamei- Coloque pratos a mais esta noite, não será apenas nós 6.
- Qual é, princesa? Ele já deve ter superado isso -digo, mas nem eu acredito.
- Sim, você está totalmente certo -sarcasmo era nítido na sua voz.
- Claro, mas vou usar um colete a prova de balas apenas para garantir -digo
e ela ri pegando na minha mão.
- Vamos embora.
Andamos até a poltrona onde estava sua bolsa e andamos para pegar o
elevador, seus dedos estavam cruzados aos meus.
- Falou sobre trigêmeos, sobre a minha alimentação que precisa ser mais
rigorosa e sobre o parto ser prematuro...você sabe -ela disse e as portas
foram abertas, entramos no elevador.
- Sei?
- Sim, os bebês podem ficar muito apertados dentro de mim então o parto
terá de ser prematuro, mas nada que os prejudique de fato...
Ela começou a falar sobre partos, placentas, sangue, chá de bebê e minha
cabeça começou a rodar com tanta informação.
Deus me ajude.
(...)
Rubi
Me enrolei na toalha depois de sair do box e andei até a pia para escovar os
dentes.
Já estava no final da tarde e depois de vários minutos lavando meu cabelo eu
decidi sair do box, eu estava no apartamento de Adam que em breve será o
meu também.
Depois que saímos da consulta nós fomos para o meu apartamento apenas
para pegar umas caixas que tinham lá e encher de roupas minhas, peguei o
básico colocando tudo dentro delas e viemos para cá.
Escovei os dentes e saí do banheiro vendo Adam fechar os botões da camisa
que usava, os cabelos estavam molhados por conta do banho e nos quadris
uma calça jeans preta que valorizava cada centímetro, passei a língua nos
lábios, cada centímetros mesmo.
Ele fechou a blusa e ajeitou a gola da mesma seguindo para ajustá-la nos
pulsos.
Andei até o seu closet e vi as caixas no chão, tinham duas gavetas abertas e
vi que já tinha algumas roupas minhas ali, sorri de lado.
Meu apartamento é grande mas não chega aos pés desse, esse é maior e tem
inúmeros quartos além de ser mais confortável.
Peguei uma lingerie branca e a vesti na frente de Adam que me encarava com
as mãos no bolso da calça jeans.
Fechei o sutiã depois de passar a calcinha pelas minhas pernas e fui atrás de
uma roupa depois que passei hidratante corporal.
Coloquei uma calça jeans azul escura que não me apertasse e uma camisa
preta que tinha a logo da Ralph Lauren no canto superior do lado esquerdo.
- Pronto -digo.
- Vou me acostumar muito fácil com você aqui -ele diz e anda até mim.
Ele sorriu.
- Precisa do que?
- Aquele negócio que faz o cabelo ficar seco, o secador de cabelo -ela
explica como se eu fosse uma retardada.
- Não, mas eu usei quando estava na sua casa. Ele ajuda bastante! Eu
precisava de uma coisa dessas a tempos.
Adam pegou o secador da minha mão e saiu do closet indo para o quarto.
- Ok...
- Até quem enfim, princesa. Quase você perde o parto dos bebês -digo e ele
revira os olhos.
Adam calçou os sapatos e passou a mão no cabelo para penteá-lo uma última
vez.
- Você acha?
- Sim, acho que uma quase morte é suficiente. Ele só fica preocupado
comigo, Carlos só ficou surpreso -falei e ele concordou- Ele te adora.
Ele dirigiu sem pressa até a casa dos pais e eu aproveitei para apreciar a
noite que estava muito bonita, era lua cheia e tinha várias estrelas no céu.
Apoiei a cabeça na janela e foi assim até chegarmos na mansão Venturelli,
senti a mão de Adam na minha perna e o encarei. Ele me deu um sorriso
confortador e eu coloquei minha mão em cima da dele.
Ficamos assim até o carro estacionar dentro da casa e Adam tirar o cinto de
segurança, olhei em volta e percebi 2 carros estacionados na garagem.
Saímos do carro e eu dei a volta vendo ele com a mão estendida para mim,
peguei na mesma e andamos juntos para a porta.
Apertei a campainha que fez um som alto e segundos depois nós vemos o
rosto de Gregório aparecer.
Nós o cumprimentamos com um abraço e ele nos deu passagem para entrar,
seu sorriso era enorme.
Andamos até a sala de jantar e vi todos menos meu pai, as meninas e o Peter.
- Olha aí o outro casal -Monica diz e se levanta vindo nos abraçar.
Peguei meu celular do bolso e procurei por alguma mensagem do meu coroa
mas não tinha nada, mandei uma a ele e minutos depois me respondeu.
"Nem é preciso"
- Então, aconteceu algo tão importante para nos reunir todos juntos? -Nate
pergunta e olha para nós dois.
- Está tudo bem com o bebê? -Monica pergunta com a mão no peito.
Peguei meu celular novamente e mandei uma mensagem para Josh dizendo
que iríamos conversar amanhã e ele concordou dizendo que também queria
conversar comigo, não posso o ver mas eu senti que tem algo errado.
- Bom...-tossi- É um apelido.
- Para você.
Ele piscou confuso e ouvi Dylan rir do outro lado, Adam o encarou e depois
olhou para Lisa que estava segurando o riso.
Ouvimos passos e logo vi Emy e Susie passarem pela porta, Peter e meu pai
vinham atrás delas.
- Nada -Responde.
- Sei lá ué, eu não fiz nada dessa vez -Emily diz e vem nos cumprimentar.
Susie veio logo depois e nos abraçou, ela alisou minha barriga e a de Lisa
antes de falar com os meninos. Um abraço rápido foi dado em cada um e ela
voltou a passos rápidos para o outro lado da mesa se sentando ao meu lado.
- Eu vou crescer quando você deixar de ser um velho idiota, e isso nunca vai
acontecer, Greguinho Italiano -Carlos diz e ele revira os olhos.
Céus.
- Super pronta.
×××
Dois é bom três é demais, essa frase é importante mas no sentindo real,
ter três bebês vai ser demais! KKKKKK amém.
Até, babys ❤.
68° capítulo
Rubi
Olhei para mesa e vi taças com vinho e a da Lisa com laranja, ela é viciada
nesse suco.
Eu estava bebendo um suco de melancia que Monica insistiu para eu e Susie
provarmos e até que era bom.
- Soube que está namorando, Carlos -Gregório diz puxando assunto e meu
pai sorriu orgulhoso ao lembrar de Maria.
- Ela teve que voltar para França -diz meio triste- Resolver umas coisas no
trabalho dela.
Ele suspirou.
- Faz tempo que eu não vejo você assim -Gregório diz rindo- Todo
apaixonado.
- Sabe o que eu queria ouvir agora? -Peter diz e nós o encaramos- O porquê
de estarmos todos aqui, estou curioso.
- Também quero saber -Emy diz.
- Nós fomos ver o bebê esta tarde -Adam diz e eles acenam.
Depois que Adam disse aquilo não se podia ouvir um barulho sequer, até a
moça que estava entrando na sala de jantar com alguns copos na bandeja
parou ficando estática nos encarando.
Olhei um por um e todos ainda olhavam Adam, uns com a boca aberta e
outros com os olhos arregalados, eu estava me sentindo em um filme sobre o
tempo onde o mesmo está congelado.
- Eu acho que não, quer dizer, eles estariam vendo você pegar fogo. Eu acho
que o calor e o seus frutos iriam despert...
- Você...você -meu pai começa e todos parecem despertar- Você fez.... três
filhos nela? Garoto?!
Olhei para Adam e ele estava se posicionando para correr.
- Espera! Espera! Deixa eu pegar o celular para gravar isso -Peter diz
tirando o celular do bolso.
- Trigêmeos? Como é que vai caber tudo isso de bebê dentro de você,
Mendoza? -Emily pergunta com uma cara apavorada.
- Ele fez três filhos na minha hija -Carlos diz encarando os pratos e
massageando as têmporas- O que diabos você tem entre as pernas?!
- Adam estava com vontade nesse dia -Dylan diz rindo e Carlos o olha feio
que o faz parar de rir.
- Você não vai matar o meu filho, Mendoza -Gregório diz e Adam respira
aliviado.
- Você não vai matar o meu filho preferido -Monica diz e Dylan o olha.
- Mãe! -reclama.
- Relaxa, você é o meu -Gregório diz para Dylan que sorri animado.
- Por pouco tempo! -Carlos grita do outro lado, mas eu vejo uma sombra de
sorriso nos seus lábios.
- Nunca soube de ninguém que teve trigêmeos e agora minha amiga tem -ela
bateu palminhas- Vou desenhar um trilhão de roupinhas combinando.
Vi Susie se levantar e logo depois Lisa, as duas andaram até mim e sorriram
animadas.
- Três, é uma responsabilidade e tanto -Lisa diz e leva sua mão até a minha
barriga que estava começando a crescer.
- E se for três meninas? -Susie pergunta e olha para Adam que piscou várias
vezes.
- Eu acho que vai ter uma garotão -Peter diz e Nate concorda.
- Sabe o que devíamos fazer? -Dylan pergunta e encara os meninos com um
sorriso de lado.
- São três, vamos fazer por 300 -Peter diz fazendo Nate e Dylan
concordarem.
- Vocês vão mesmo apostar nos sexos dos meus filhos? -Adam perguntou
perplexo e eles acenaram- Vocês vão ser péssimos padrinhos.
Adam olhou para Gregório que riu baixo, eu não acredito que eles vão fazer
essa aposta.
- Sou azarada, eu nunca ganho essas coisas -Lisa diz e volta para se sentar
ao lado do marido.
Sorri para Adam que sorriu de volta, eles brindaram tomando um gole de
vinho em seguida, Adam quase se engasgou quando viu meu pai apontar dois
dedos no seu próprio rosto e depois apontar para Adam.
- Estou de olho em você -ouvi meu pai sussurrar e meu namorado engoliu em
seco, Carlos ainda sussurrou para Gregório: "Pinto mágico não é possível!".
Encarei meu pai que me deu um sorriso zombeteiro, Carlos irá perturbar
Adam até o seu último dia de vida.
Nós voltamos a comer e eles começaram a falar sobre a aposta e quais
seriam os sexos, a conversa rendeu bastante que até durou horas. Falamos
sobre Danny e estamos contando os dias para o seu nascimento, Lisa e Dylan
estão super ansiosos.
- O que você tem, cara? -Ouvi Adam perguntar a Peter que não estava com
uma cara muito boa.
- Sim, a mesma coisa -Peter diz e digita alguma coisa no celular- Ela não
aprende, ela precisa de algo melhor.
Adam parou de falar quando sentiu alguma coisa atingir seu rosto, seus olhos
estavam fechados procurando calma. Eu estava com as mãos na boca
segurando o riso.
Adam olhou para a mesa e viu um pão em cima do seu prato, ele olhou para
Carlos que sorria inocente.
- Por que você jogou um pão em mim? -Adam pergunta limpando o rosto.
- Eu ia colocar no prato, mas acho que coloquei muita força -Papi apontou
para o prato que estava na sua frente e olhei para Adam que estava do outro
lado do prato.
- Usa a cadeira -Dylan diz e Adam mostra o dedo do meio para o irmão que
ri alto.
- Vocês são idiotas demais -Nate fala rindo e vi Susie sorrir de soslaio.
- Sim! Vai que Carlos joga em Adam -Dylan diz sorridente- Traga! Traga!
Traga!
Socorro.
- Eu preciso ir -Peter diz e nós o encaramos, o mesmo olhava para o celular.
- Não, tia. Deixamos para a próxima -Peter deu um sorriso gentil e colocou o
celular no bolso.
- Nos vemos depois? -Peter perguntou olhando para a gangue que confirmou.
- Parabéns pelos trigêmeos -Peter diz olhando para mim e para Adam- Boa
sorte, Tinker Bell.
- Até mais -Ele diz antes de sair da sala de jantar e desaparecer das nossas
vistas.
Olhei para Emy que terminava de comer normalmente e deu uma golada no
vinho, Susie também estava comendo mas bebia suco de melancia ao invés
de vinho.
Adam sorria para mim até se inclinar me dando um beijo na testa, sua mão
foi para a minha barriga onde ele a alisou me fazendo dar um sorriso doce.
- Não jogue pão no meu filho, Carlos -olhei para Gregório que encarava o
prato a sua frente.
- Que droga -Carlos diz e encara Gregório que riu balançando a cabeça.
Até, babys ❤
69° capítulo
Rubi
Olhei para ele que estava deitado de bruços mostrando as costas malhadas e
apenas os quadris eram cobertos por um lençol branco, ele dormia
tranquilamente.
Saio do quarto sem fazer barulho e do lado de fora eu vi que eram 8:30 da
manhã, desci as escadas ajeitando minha saia jeans e uma blusa branca
escrito "Levis" na frente, calcei um par de botas marrons e sacudi meus
cabelos molhados com a mão.
Mandei uma mensagem para Josh avisando que estava saindo de casa e o
mesmo respondeu com uma foto dizendo que já estava na cafeteira.
Meu carro não estava aqui então eu teria que ir de táxi ou pegar o carro de
Adam.
- Vai ser rápido -Falei para mim mesma indo pegar as chaves do Audi e
saindo porta afora em seguida.
- Cadê o meu sobrinho? -ele pergunta com uma voz fina e se inclina para
falar com a minha barriga.
Josh usava uma calça jeans escura e uma blusa verde com vários detalhes
sobre desenhos animados.
Chamamos uma moça que veio nos atender, Josh pediu o que queria e eu
pedi tudo que eu tinha direito.
- Bom dia, eu quero uma café com leite, panquecas com mel, bacon com
ovos e um suco de morango se tiver, caso não tenha pode ser de laranja -
falei rápido- E um tubo de chantilly!
- Está comendo por dois -Josh diz e atendente faz um "o" com a boca se
afastando em seguida.
- Pois é...
- Adam foi potente -Josh diz rindo- Três bebês...eu estou rosa choque.
- Será o balão de passeio mais engraçado que já vi -ele diz e pega na minha
mão- Você está feliz?
- Para mim é suficiente -ele diz e beija a minha mão, eu amo minha
purpurina.
- E você? -perguntei.
- Estou feliz, apesar de estar brigando com Jon por conta de algumas coisas -
Josh fala meio triste.
- Eu não sei, mas eu espero do fundo do meu coração que não. Não posso
viver mais sem aquele cabeça dura e se ele estiver me traindo... -Josh diz
encarando a mesa- Eu vou cortar as bolas dele, e misturar nos ovos mexidos
quando ele acordar de manhã.
- Converse com ele, Josh. Diga o que está te incomodando e talvez assim
vocês possam se resolver, não custa tentar -falei dando um sorriso terno
depois.
Josh concordou e logo depois ouvimos o seu celular tocar, ele o tirou do
bolso e mostrou o aparelho para mim que estava escrito "Meu Jon" e um
coração do lado.
- Onde você está, Joshua? -Ouvi a voz de Jon e Josh sorriu de lado.
- Isso eu sei, acordei e você não estava aqui. Onde você está? -Jon parecia
preocupado.
Naquele momento eu percebi como o meu amigo estava magoado pelo noivo
passar mais tempo com um amigo de academia do que com ele.
- Olha, Jon -Ele suspirou- Eu quero conversar com você, quero deixar
algumas coisas claras e daí iremos decidir o que fazer sobre nós.
- Você quer terminar com ele? -Perguntei baixinho e Josh colocou um dedo
na boca fazendo um "shiu", negando depois.
- Decidir sobre nós? -Jon parecia confuso- Não há o que decidir, nós
estamos juntos e assim que eu quero ficar pro resto da minha vida, além do
mais seu idiota, o cara é casado! Ele nos convidou para jantar com a sua
família no próximo sábado.
Josh apertou os lábios e eu sorri pondo a mão na boca, meu amigo deixou a
testa cair na mesa e eu ri alto jogando a cabeça para trás.
- Merda! Para de ser perfeito, que ódio -Josh deu um risinho todo
apaixonado, deixei ele terminar sua ligação. Quando isso acontece ele passa
as mãos no rosto enquanto eu dá um sorriso confortador.
- Ele está morando no meu -Josh cruzou os dedos- Não vamos nos casar por
agora, vamos curtir nosso noivado por tempo indeterminado. Mas desde de
já eu queria perguntar se você quer ser minha madrinha?
Sorri.
- Pois não?
- Eu posso ver esse jornal? -perguntei simpática.
- Claro, pode ficar com ele -O senhor me deu o jornal e andou até a mesa
onde ia se sentar.
"Rubi Mendoza, uma das donas das empresa Technology Designer, estaria
grávida do seu sócio e Vice-presidente Adam Venturelli? Os dois foram
flagrados em um momento suspeito"
Embaixo estava uma foto minha onde Adam beijava minha barriga e eu ria
dele, essa foto foi tirada quando saímos da sorveteria depois de nos
encontrarmos com Julian.
- Se já estão assim achando que você está grávida imagine quando souberem
que são três bebês Venturelli -Josh diz e eu o encaro.
- Não vão nos deixar em paz -falei olhando para os papéis em seguida.
Ouvi meu celular tocar e o tirei do bolso vendo o nome de Adam na tela,
atendi no segundo toque.
- Oi, Tinker.
- Princesa, onde você está? -perguntou, ele parecia andar de um lado para o
outro.
Ele ficou em silêncio por segundos e eu olhei para Josh com cara de tédio
que riu baixo.
- Tudo bem, eu não me importo -ouvi uma porta ser aberta- Tudo o que é meu
é seu também, menos os meus produtos de cabelo.
- Achei -ele diz rindo- Ufa, quase tive um infarto agora, merda! Não me
mate.
- Com certeza.
- Imaginei -falou.
- Não precisa, acho que vamos no jato do meu pai -falei e fiz uma cara de
derrota, vou ter que aguentar Carlos e Adam no mesmo ambiente por horas.
- Você está preparada para ver sua mãe novamente? -Josh perguntou
mexendo nos pacotinhos de açúcar que tinha em cima da mesa.
- Não sei, talvez sim...mas sei que será estranho -coloquei meu cabelo para
trás- Quando eu contar a ela que estou grávida vai ser bem surpreendente
ainda mais com trigêmeos -falei olhando fixamente para a mesa.
- Será que ela vai gostar? Afinal, ela vai ser vovó -Josh disse.
- Eu espero que sim. Não quero ter mais ressentimentos com ela, não quero
ficar brigada com a minha própria mãe. Apesar de tudo eu a amo e não me
sinto...completa se estiver brigada com alguém que eu amo, entendeu? -
perguntei e Josh parecia confuso.
- Acho que sim -ele diz e logo depois abre um sorriso me confortando.
Ouvimos o barulho da porta ser aberta e um homem alto com o corpo atlético
passar por ela, ele estava suado parecendo que acabou de sair do treino,
com certeza deve ter sido isso já que suas roupas são para treino, seu cabelo
era castanho e ele tinha um nariz reto.
- Dios Mio -Josh diz meio alto o encarando e o homem acaba olhando para
nós com o cenho franzido.
- Isso fala mais alto, deixa eu pegar um megafone para você -falei e Josh me
olhou feio.
- Ele está olhando para cá, coisinha -Josh diz enquanto eu estava de costas
para o homem- Ele está olhando para você, na verdade.
- Senhor? O que vai querer? -diz a mulher que estava atendendo pedidos.
- Ah...nada. Esqueça -ele diz e me olha uma última vez antes de sair pela
porta, ele parecia me conhecer.
Me virei para encarar Josh que estava com o cenho franzido, e eu uma
sobrancelha levantada.
- Que coisa estranha -falei sussurrando e olhei para a porta outra vez.
Josh começou a falar sobre outro assunto e eu tentei prestar atenção, mas eu
estava focada demais tentando me lembrar de onde conheço aquele homem.
×××
Eu digo é Vish.
Rubi
1 semana depois...
Falei com a mão na cabeça olhando para a cama, mas eu podia sentir o calor
corporal que a fadinha transmitia.
- Então me explica por que caralhos você quer levar 10 tubos de protetor
solar? -perguntei apontando para sacolinha em cima da cama.
- Para se proteger? -ela pergunta irônico- Rubi! Minha pele é sensível, não é
qualquer coisa que pode atingi-la.
- Você não acha que 10 é exagero? -Perguntei e ele olhou para a sacolinha.
- Você acha que é exagero ter abundância de água no planeta? Não, então,
vale o mesmo para os meus tubos de protetor solar.
Ri baixo.
- Você não pode pegar sol demais, nem deveria -ele diz me analisando e
depois sorri- Olha que barriguinha linda.
Olhei para a minha barriga que já não estava tão plana assim e depois
coloquei as mãos na cintura forçando para que ela fique maior, Adam riu
balançando a cabeça.
- Eu sei que não posso ter muito contato, mas não é como se fôssemos passar
3 horas direto na praia. Eu acho que nem vamos na verdade.
- Princesa -ele diz alisando o meu cabelo- Não precisa chorar, não, não
chore.
- Me desculpe, vamos levar quantos você quiser, tudo bem? -ele pergunta e
eu o encaro concordando com um beicinho.
- Vou trazer para você, espere aqui -ele diz e me solta saindo do quarto em
seguida.
Fui até ela tirando os 8 protetores e a fechei em seguida. Estou até sentindo o
gostinho da Vitória. É errado? Talvez...mas só assim para eu vencer uma
discussão com Adam.
(...)
Mandei mensagem para o meu coroa dizendo que Adam e eu já estávamos no
aeroporto.
Olhei para ele que vinha ao meu lado trazendo as duas malas, Adam vestia
uma camisa cinza lisa e uma calça jeans despojada. O cabelo estava
bagunçado e a boca meio vermelhinha já que estávamos nos beijando antes
de descermos do carro.
Eu usava uma calça legging que não apertava minha barriga que já estava
aparente, de acordo com a minha médica não tinha nenhum problema eu
viajar por agora. A blusa era de uma cor bege com listras brancas na manga,
meu cabelo estava preso e eu usava um colar que tinha escrito princesa no
pingente, Adam me deu a alguns dias atrás.
Peguei meu celular e liguei para o meu coroa que rapidamente atendeu.
- Estou na frente de vocês -ele diz e eu viro o rosto para vê-lo caminhando
na nossa direção.
- Quem bom que você também veio, você já faz parte da família -Carlos
disse- Já te considero como um filho.
- Sério?
- Pai, por favor, estamos indo para o casamento de Safira. Vamos focar nela
e deixar o Adam em paz?
Carlos olhou para Adam que deu um sorriso inocente.
- Tudo bem, mas você vai ter que me aguentar até o último dia da minha
morte, é o único castigo que você tem por namorar a minha filha -ele aponta
para Adam que acena com a cabeça.
- Vamos, a viagem será longa -Carlos diz e começa a andar, nós dois o
seguimos.
- Não, ainda está na França. Eu estive com ela essa semana tentando
convencê-la a se mudar para Nova York -ele diz e dois homens aparecem
pegando as malas das mãos de Adam- Você acredita que ela surtou porque eu
mandei uma foto de uma gaveta vazia.
- Eu ia mandar de duas escovas juntas, mas achei que ela poderia pensar que
eu estava a traindo -Carlos suspira.
- Você pediu para ela morar com você mandando uma foto de uma gaveta? -
Adam pergunta meio debochado e Carlos o encara feio, Bell aperta os
lábios- Foi um ótimo jeito, eu deveria ter feito isso com Rubi.
Tinha uma mesa pequena e em cima dela tinha um MacBook com o celular
dele.
- Tem um pequeno quarto ali caso você queira descansar, mi hija -Carlos diz
e eu aceno.
- Me lembrei da nossa viagem a França agora -Adam diz para mim depois
que confirma que estou segura.
- Claro que não, Letícia -colocando o cinto em si próprio- Você está muito
engraçadinha, é um sintoma de gravidez essa merda?
Parei de falar quando me dei conta que não estávamos sozinhos, olhei para
Carlos que agora estava mexendo no Macbook.
- Que safada -Adam diz rindo e eu o olho feio- Para sua informação eu não
estava pensando nisso.
- No dia que você cantou para mim e na nossa caminhada por vários
quarteirões conversando sobre coisas banais -ele diz e eu sorrio meiga- Foi
uma ótima noite.
- Sim, é verdade. Foi uma noite importante para mim -digo e ele concorda.
- Para mim também. Eu me senti bem ao seu lado e o lugar ajudou muito -ele
diz.
- Você tem algum lugar no Brasil onde você se sente bem? -Adam perguntou
e eu o encarei.
- O que?
- Você sabe, um lugar que te acalma e que você se sinta bem. O lugar
preferido no mundo -ele diz.
- Bom, acho que sim. Tem um lugar no Rio de Janeiro que era o melhor lugar
para mim, ficava perto da minha casa então eu sempre ia de bicicleta para
ver o pôr do sol. Era muito lindo -falei e ele concordou- Por que? -perguntei
e ele deu de ombros.
- Quer um Adam?
- Dois Whisky sem gelo -Ele diz a mulher que concorda dizendo que iria
trazer as bebidas.
- Sua maior virtude é a sua paciência, com certeza -ele diz sarcástico e eu
forço uma risada.
- Que terraço?
- O terraço do nosso apartamento -ele diz e eu sinto uma pontada de
felicidade, é a primeira vez que ele usa "nosso" e não "meu".
- Você sabe que é proibido a entrada de moradores ali não sabe? -perguntei
rindo e ele arregalou os olhos
- Opa, senti um pouco de mágoa aí -ele diz e toca na ponta do meu nariz-
Sem mágoas do seu namorado, por favor.
- Nem acredito que vou ter uma família com você -Ele diz colocando a mão
na minha barriga, animação na voz.
- Pai eu sei que você está feliz porque vai ter três netos e eu sei que no fundo
você gosta do Adam, até demais! Você mesmo me disse uma vez que ele era
ótimo no que fazia, você gosta dele -Falei e Adam levantou uma sobrancelha
sorrindo como coringa.
- Não quero conversar sobre isso agora, deixem um recado no meu celular.
Carlos diz e começa a andar para um quarto diferente do que ele havia me
mostrado.
Assim que a porta se fechou Adam riu e levantou a mão para mim nos
fazendo dar um "toca aqui".
O whisky chegou e Adam o pegou dizendo para levar o outro até o meu pai,
a mulher acenou e se afastou de nós dois.
Continuamos conversando sobre coisas banais e nesse meio tempo eu pedi
um copo de água e comi alguns aperitivos que nos ofereceram.
- E quando ele estava saindo do elevador -Adam riu- Ele se chocou com
Dylan e os dois se beijaram acidentalmente.
Ele estava me contando do dia em que Peter foi até a nossa empresa e assim
que saiu do elevador se chocou com Dylan e os dois acabaram se beijando
acidentalmente.
- Eu adoro perturbar Peter, nem que sejam por coisas sem importância -ele
diz e eu acabo rindo imaginando a cena.
- O apelido de Peter foi beijoqueiro por uma semana inteira -ele diz.
- Mas agora isso não tem mais importância -ele diz rápido e eu reviro os
olhos.
- Peter deveria ter falado nas boates para ter queimado essa sua fama se
galinha -Adam revirou os olhos- Peter tem mais negócios por Nova York?
- Sim, ele está expandindo mais o negócio, Peter me disse que está pensando
em comprar algumas empresas que darão lucro a ele.
- Peter também?
- E o Nate?
Arregalei os olhos.
- Nate não gosta de aprofundar o assunto, ele diz que não importa já que
fazem 33 anos.
- Nem morta! Se eu tiver um menino não quero que ele seja um cafajeste -
digo.
- Pense pelo lado bom. Se ele for um cafajeste ele pode encontrar uma
princesa para ele -Adam diz se inclinando na minha direção.
- Ele seria muito sortudo se encontrasse -Adam diz me dando vários beijos
demorados nos lábios.
- Hum.
- Se ele tiver a sorte que eu tive -falou descendo para o meu pescoço.
- Espero que ele tenha mais miolos do que você -digo e ele se afasta fazendo
uma cara de ofendido.
×××
Rubi
Eu estava sorrindo tanto que por um segundo pensei que meu rosto não iria
voltar ao normal.
Olhei para frente e vi Adam no banco do carona e meu pai ao seu lado
dirigindo, eles conversavam normalmente.
Virei o rosto para encarar as ruas do Rio de Janeiro e sorri mais uma vez,
era tão bom estar aqui.
Ver as placas escritas em português, sentir a brisa da noite atingir meu rosto
e até mesmo ver pessoas se vestindo de outra forma ao invés de estarem
todas empacotadas por conta do frio. Era algo totalmente diferente que eu
simplesmente amava e estava com saudades.
- Sua irmã está nos esperando na casa da família -Carlos diz me olhando
pelo retrovisor.
Essa casa a qual meu pai se refere foi o presente que ele deu a Safira e a
mim quando completamos 15 anos, minha irmã e eu sempre dizíamos que
aquela casa era da nossa família. De início obviamente não ficamos com a
casa por sermos menor de idade, mas assim que fizemos 18 Carlos colocou a
casa no nome de Safira a pedido meu. Nessa época eu já estava morando em
Nova York então achei mais proveitoso Safira ficar com ela que iria utiliza-
la mais do que eu que moro do outro lado do mundo.
Ficamos cerca de 30 minutos dentro do carro até chegar na casa, nesse meio
tempo eu pude ver a praia de copacabana e o famoso calçadão, tinham
pessoas caminhando e andando de bicicleta normalmente.
Olhei para Adam que estava atento as ruas a sua volta, mas como um ímã ele
deixou de observá-las e se virou fazendo seu olhar se encontrar com o meu.
Ela continuava do mesmo jeito, era uma casa grande e espaçosa, não me
surpreendo de Safira querer fazer o casamento aqui, ela sempre adorou essa
casa.
Meu pai estacionou o carro e eu rapidamente pulei para fora.
Andei a passos rápidos para dentro e abri a porta passando pelo hall, fui
direto para a sala depois que ouvi vozes se misturando.
Assim que pus meus pés na sala de estar meu coração disparou vendo minha
família todos sentados conversando.
- Rubi!!
Sorri abertamente vendo Safira andar até mim e eu andar até ela, nos
abraçamos apertado enquanto eu alisava seu cabelo.
- Aposto que sim, mas certeza que sentiu mais de mim. Eu tenho tudo em
cima -Enzo, meu outro tio preferido e irmão de Roberto caminha até mim me
dando um beijo na testa e bagunçando meu cabelo em seguida, toda vez que
eu vejo ele faz isso.
- Não mexe do cabelo dela, Enzo -sua esposa apareceu do lado e sorriu para
mim.
Adriana casou-se com Enzo há 10 anos atrás e desde então os dois não se
largaram, Adriana é loira dos olhos pretos, veio de boa família e é uma
ótima pessoa para o meu tio.
- Esse cara vai fazer 53 anos e não amadurece -Roberto diz olhando para o
irmão.
- Falou o cara que dorme com pijama do perna longa -Enzo diz rindo e
Roberto semi cerrou os olhos.
- Júlia, me segura para eu não bater nele -Roberto diz irritado e Enzo cobre a
boca escondendo o riso.
- Ninguém vai bater em ninguém -Júlia, a esposa de Roberto diz.
Júlia veio de um família japonesa, seu cabelo era curto no estilo chanel e
seus olhos era negros e puxados, ela era tão fofa. Meu tio teve sorte de
casar-se com ela, é a pessoa mais altruísta que eu conheço.
- Pare com isso, Enzo. Você não cansa de perturbá-lo? -Adriana diz com as
mãos na cintura.
- Você sabe que não, Adriana -ele diz e a esposa revira os olhos.
- Ele esta vindo, papi e ele estão tirando nossas malas do carro -falei a
encarando.
- Sim, e por favor sejam legais com ele -eles acenaram- Estou falando sério!
Acenaram novamente.
- Safira! Onde eu coloco essas malas? -meu pai apareceu na sala e Adam
vinha atrás dele.
O loiro encarou cada um e depois deu um sorriso de lado. Todos o olharam
das cabeças aos pés.
- Creio em Deus pai -Júlia diz olhando para ele, ela parecia hipnotizada.
- Que homem bonito -Adriana diz analisando Adam, Enzo cruzou os braços
para encarar a esposa- Enzo, pega lá a câmera, vou vender a foto e ganhar
dinheiro! Vai, vai, vai!
- Uau -Júlia diz- Você arrasou garota, será que eu consigo um desses?
- Você tem cara de rico, você nasceu aonde? Tem quantos anos? Você vende
ou desfruta de alguma droga ilícita, rapaz? Pense bem na sua resposta -Enzo
diz cruzando os braços e Adam pisca várias vezes.
- Nasci na Itália, tenho 27 anos e não, eu não uso e nem vendo drogas ilícitas
-Adam diz e Enzo concorda se aproximando.
- Bem vinda a família, rapaz -Ele diz e avança para dar um abraço apertado
em Adam que ficou sem reação por alguns segundos mas depois o retribuiu.
- Porra Enzo! Você ficou com todo o interrogatório, não me deixou nem
brilhar -Roberto diz e se aproxima de nós.
- Você fez o interrogatório com o da Safira, esse aqui era meu -Enzo diz
dando dois tapinhas no braço de Adam.
Droga.
Dei um beijo na cabeça de cada uma passando a mão no cabelo preto delas,
eram parecidas demais com Roberto.
- Ela me disse, espero que esteja tudo bem...você sabe...não quero que isso
seja estranho, faz tantos anos -ele disse eu e concordei.
Para uma pessoa de fora quando soubesse que minha irmã está casando com
o meu antigo namorado talvez achasse estranho, mas para mim nem é mais
tão estranho assim...
- Está tudo bem -falei- Isso é passado, quero que você seja feliz com a minha
irmã e se você magoá-la eu pedirei para Adam bater em você de novo -digo
brincando e ele ri com a mão no peito.
- Foi mal, cara! -Adam falou alto e Victor mostrou o polegar para ele.
- Papi, você vai ficar no segundo do lado direito -Safira diz e ele acena.
- Vão descansar, nos vemos amanhã -Adriana diz com as mãos na frente do
corpo.
Sorri pequeno para eles e nós três subimos as escadas, Carlos foi para o
lado direito e Adam e eu fomos para o esquerdo.
Abri a porta e passei por ela, Adam colocou as duas malas pequenas no chão
e eu apertei minha nuca andando até a cama de casal.
O quarto tinha cores claras e lençois brancos com apenas uma almofada
vermelha entre os travesseiros que também eram brancos, no canto havia um
banheiro e nas janelas cortinas escuras.
- Você está bem? -ele pergunta- Você vai falar em inglês comigo não vai?
Ri baixo.
- Sim.
- Eu falei em inglês, você não entendeu? -perguntei rindo e ele fez uma cara
de tédio.
- Vem logo aqui, Leticia -ele diz e eu caminho até ele fazendo pouco caso.
Adam me puxou pelo braço me fazendo sentar no seu colo de lado, ele
colocou uma mecha do meu cabelo que estava caindo no meu rosto para trás
e a outra mão estava na minha barriga alisando lentamente.
- Contaremos sobre os bebês amanhã? -perguntou e eu acenei.
- Você parece preocupada -ele diz deslizando o dedo indicador pelo meu
rosto- É a sua mãe, não é?
- É -falei fechando os olhos- Não sei como ela irá reagir, Adam. Algo me diz
que não vai ser bom.
- Vai dar tudo certo, princesa. E se não der -ele deu de ombros- Não é como
se ela pudesse fazer muito coisa, meus filhos já estão aqui.
Me inclinei na sua direção lentamente e ele fez o mesmo, encarei seus olhos
e depois sua boca. Adam me beijou suavemente e eu senti sua mão subir para
a minha nuca, aprofundei o beijo de uma forma lenta e sensual.
- Você precisa descansar -ele diz quando nos afastamos, sua testa estava
colada na minha.
Os dedos de Adam fora para a barra da minha camisa e ele me ajudou a tira-
la, logo depois foi meu sutiã, ele beijou meu pescoço e logo depois meus
seios.
- Sei -falei rindo e fui para o banheiro sentindo o olhar de Adam nas minhas
costas.
×××
Votem!!! Comentemmaaaaaa por favorzão ❤
Livro irá se finalizar em breve.
72° capítulo
Adam
Abri os olhos vendo Rubi deitada com a cabeça no meu peito concentrada
em fazer círculos, olhei em volta vendo pouca luz adentrar o quarto.
Me mexi um pouco fazendo ela virar o rosto para me encarar, um sorriso
terno foi lançado para mim.
Mesmo que eu já tenha acordado ao lado dela milhares de vezes para mim
sempre é novo.
- Oi, princesa -falei e ela encostou a cabeça no meu peito novamente, mas
dessa vez ficou meu encarando.
- Você é tão bonito -ela passou a mão no meu cabelo- Não pode.
Sorri de lado.
Ela riu colocando a mão no meu rosto e deslizando o polegar. Sua boca se
entreabriu e eu passei a língua nos lábios atraindo a atenção dos seus olhos,
ela se levantou colocando uma perna em cada lado do meu quadril.
- Rubi.
Simplesmente Perfeita.
Suas mãos se apoiaram na cama e ela beijou meu pescoço indo para o
maxilar e depois chegando nos meus lábios, um beijo rápido foi dado mas
ela logo se afastou.
Minhas mãos foram para a sua cintura na intenção de fazê-la virar para eu
entrar logo dentro dela, mas rápido foram tiradas dali.
Rubi riu com o corpo ainda em cima do meu e se ajeitando indo um pouco
para trás, deixou beijo molhados no meu peito e foi descendo devagar pela
minha barriga.
Eu sentia meu membro duro implorando para ser tocado, eu preciso fodê-la.
Olhei para cima quando senti seus lábios darem um beijo no meu membro
por cima da cueca que já estava implorando por ela. Merda, eu vou morrer.
Mordi o lábio inferior a vendo com uma cara de safada que quase me fez
gozar, Rubi puxou a cueca para baixo liberando meu membro que tinha um
pouco de pré-gozo na ponta.
Quando ela ia me dar o melhor sexo oral da minha vida mais uma vez, Rubi
desviou o rosto para a porta lentamente e se levantou caminhando até a
mesma.
- Não estou sentindo nada, volte para cá! -falei quase morrendo.
- É o cheiro de pão de queijo, ovos e -ela levantou um pouco a cabeça- bolo
de cenoura com chocolate!
Porra.
Olhei para o meu pau que estava mais duro do que nunca, não acredito que
vou ter que bater uma na casa da família da minha namorada, mas que merda.
Sou um pervertido por fazer isso? Deus, espero que não.
(...)
Desci as escadas puxando meu shorts de uma cor azul clara e a camisa
branca tinha listras amarelas na manga e na barra, nos meus pés tinham
sandálias que eu com certeza não sou costumado a usar, parece que eu vou
cair a qualquer momento.
Isso que dá usar apenas tênis ou sapato social, as roupas que estou usando
agora não tem muito haver comigo, prefiro meu bom e velho jeans ou terno,
por que aqui é tão quente? Brasil é um lugar interessante mas poderia ser
menos quente. Porém, tem uma coisa que me pegou de jeito desde a primeira
vez, a culinária daqui é muito boa, provavelmente a melhor que já
experimentei.
Apareci na cozinha graças aos risos que vinham de lá, vi todos sentados ao
redor de uma mesa enorme, os únicos que não estavam eram a gêmeas e
Júlia.
- Adam! -Roberto diz fazendo todos me encararem.
- Ei, bom dia -falei em português, a língua era difícil, mas não impossível de
se aprender. Meus olhos pousaram em Rubi que estava sentada no lado
direito comendo pão de queijo.
- Bom dia, estava perdido rapaz? -Enzo perguntou comendo uma uva verde.
Andei até ela e me sentei ao seu lado, Rubi começou a mexer nas coisas em
cima da mesa e quando percebi tinha praticamente um banquete no meu
prato.
- Vamos ter que fazer alguns ajustes -Safira diz semicerrando os olhos para
Rubi- Caso o vestido fique um pouco mais...apertado.
- Bom...
- Roberto! Angelina não para de bater em Alice, por favor vai lá e bate nas
duas -a esposa de Roberto diz e depois ri- Estou brincando, se você bater
nas minhas filhas eu vou bater em você também.
Olhei para Rubi e ela parecia tensa, beijei seu ombro e balancei a cabeça a
incentivando. Creio que ela queira dar a notícia.
Olhei para a barriga de Rubi e vi que estava crescendo mas não era tão
perceptível assim por causa das roupas grandes.
- Uh uh, eu posso dar dicas de nomes? -Adriana diz com a mão levantada.
- Espero que pense em três nomes, por que são trigêmeos -Rubi disse e senti
ela apertar minha mão por cima da mesa.
Agora parecia uma reação esperada, todos ficaram em silêncio com os olhos
arregalados. Olharam para a barriga de Rubi quase ao mesmo tempo.
- Três? Ela vai ter três...-Safira parecia pensativa- Se ela vai ter três, qual a
probabilidade de eu não ser diferente? -ela olhou para o noivo que engoliu
em seco.
- Você acha que vamos ter três ou quatro? -Victor perguntou e eu franzi o
cenho.
- O que? Não! -Safira diz rápido- Calma, caralho! Uma irmã por vez.
Eles começaram a falar ao mesmo tempo e eu ri baixo com tantas idéias para
nomes e até cor de enxoval. Eles são uma família e tanto.
- Eu adoraria continuar ouvindo vocês falarem sobre as roupas dos meus
filhos, mas eu preciso subir e tomar um banho -Rubi diz se levantando.
- Vai ficar? -perguntou para mim e eu acenei, ela me deu um selinho rápido
antes de sair da cozinha.
- Você a pegou de jeito, loiro -Safira diz- E aproveitou para colocar três
bebês seus lá dentro -eles riram, até Carlos riu.
- Só cuide dela, rapaz. Criar três filhos não vai ser fácil -Roberto diz e eu
assinto.
- Só pense no nome Roberta, é bem bonito -Roberto diz e Enzo apoia a testa
na mesa.
Ouvi passos da cozinha e por um momento pensei que fosse minha princesa
mas não era ela.
Uma mulher com o cabelo castanho adentrou o lugar e abriu um sorriso
grande.
Ela soltou o rosto da mesma e se virou falando com os outros, deu um abraço
apertado em Carlos e logo depois os dois conversaram um pouco parecendo
ter uma relação harmônica.
- Adam Venturelli -digo e ela semi cerrou os olhos antes de pegar na minha
mão.
- Mãe, evite discutir com ela. Já está mais que na hora de vocês pararem
com essa briga besta. Já faz tempo e agora mais do que nunca eu acho que
ela iria precisar do nosso apoi...
Safira parou de falar quando Victor colocou a mão na boca dela a puxando
para o seu peito.
- Ela irá falar para você, não eu -disse Carlos pegando um pão de cima da
mesa e mordendo em seguida.
- Você é o pai dela e eu sou a mãe -ela diz e aponta para o próprio peito-
Você tem que me contar quando há algo de errado com nossas filhas.
Ouvimos passos e agora eu sabia que era ela, Rubi entrou na cozinha
sorridente mas assim que percebeu a presença da mãe os traços de sorriso
do seu rosto foram sumindo.
Sarah se virou para ela com um olhar meio estranho e Rubi respirou fundo
desviando o olhar para mim.
Seus olhos transmitiam medo e raiva ao mesmo tempo, Rubi parecia
procurar forças em mim.
- Olha, mãe... -ela repete meio debochada- Então você lembra de mim?
- Você vai querer conversar comigo de verdade ou vai apenas gritar como
você sempre faz? -Rubi pergunta e Enzo faz uma careta balançando a mão de
um lado para o outro.
- Olhe Roberto como o céu está azul, vamos lá fora para ver melhor -Júlia
diz e puxa o marido pela mão o fazendo ele se levantar- Pegue as gêmeas.
- Não fale assim comigo, apesar de tudo -Sarah deu um passo para frente e
levantou um pouco o queixo- Sou sua mãe.
- Ele não vai a lugar nenhum -Rubi diz e Sarah a encara irritada.
- Certo, tanto faz -Sarah diz e coloca sua bolsa em cima da mesa.
- Você quer conversar? Então vamos conversar -ela diz puxando uma cadeira
e se sentando.
- Pode começar, Rubi -Ela diz séria e Rubi respira fundo mais uma vez na
tentativa de fazer as pazes com a mulher que a deu a vida.
×××
Sarah...é uma mulher difícil, já imaginam qual vai ser a reação dela?
Até babys ❤.
73° capítulo
Rubi
Sarah costa definitivamente não é a pessoa mais fácil de se lidar. Todos nós
temos uma personalidade diferente, caso não tivéssemos talvez tudo seria
extremamente sem graça.
Minha mãe e eu brigamos várias vezes desde que eu me mudei para Nova
York. Entendo que ela me queria perto dela mas ficar me atacando
verbalmente não irá mudar as coisas, só espero que isso se resolva...quero
ver meus filhos com a avó deles apesar de tudo.
- Estamos aqui faz 5 minutos, já estou ficando com sono -Carlos disse
sentando na cadeira ao lado de Sarah.
Olhei para Adam que estava sentado ao meu lado e rodava nossa aliança de
namoro no dedo. Ele me encarou e me deu um meio sorriso.
- Vocês estão noivos? -minha mãe perguntou intercalando o olhar para Adam
e o anel.
Ela olhou para Carlos que coçou a barba que ele não tinha.
- Escute, eu sei que tivemos nossas diferenças no passado -ela passou a mão
no cabelo- Não tem um maldito dia que eu não pense nisso.
- Eu amo você -ela disse, senti meu coração acelerar- Sei que deveria ser
madura e aceitar que você agora tem uma vida lá para a gringa, você tem um
trabalho, amigos, namorado -ela olhou para Adam- É só que...não é fácil
para mim.
Ela olhou para o meu rosto novamente.
- Ver uma das minhas filhas indo embora partiu meu coração, não quero ficar
brigada com você por mais meses.
Olhei para Carlos que encarava a mesa pensativo, eu tenho certeza de que
tudo o que ela falou é verdade, mas eu sei também que ela não se arrepende
das coisas que me disse.
- Eu sei que partiu seu coração mãe -falei e ela acenou- Assim como as
coisas que você me disse também partiram o meu.
- Não, você queria dizer tudo aquilo -digo e ela respira fundo.
- Eu não quis dizer que a culpa da minha quase morte foi sua...apesar de ser,
nem que seja só um pouquinho...
- O que é Carlos? Eu não disse nada demais -ela falou cruzando os braços.
- Esse é o seu problema, você sempre acha que não fala nada demais mas
não é verdade. Você me culpa por ter parado no hospital dizendo que eu
abandonei você e fui morar com meu pai. Eu sinto muito que eu tenha
seguido meus sonhos mas você não podia me prender aqui -falei e ela ficou
em silêncio me encarando- Não posso ficar embaixo das suas asas para
sempre, você me criou para o mundo, não para ficar em casa.
- Não somos tão diferentes, Mãe -digo e ela levanta uma sobrancelha.
- Nós duas somos teimosas -digo e ela levanta um pouco o queixo- Você me
ensinou a ser ambiciosa, eu fui atrás do que eu queria, não me culpe por isso.
- Você é igualzinha ao seu pai -ela diz e revira os olhos- Pelo menos Safira
não fez isso comigo.
- Você é tão egoísta! -falei- Você não pode simplesmente ficar feliz por mim?
Não pode ser uma mãe normal que apoia a filha nos sonhos dela? -ela ainda
estava atrás de mim.
Olhei para atrás dela e vi meu pai e Adam parados nos encarando a alguns
metros de distância.
- Eu também sinto, mas você sempre me ataca, mãe. Eu apenas estou farta de
ficar ouvindo as mesmas coisas, eu não tenho mais 17 anos.
- Nos poderíamos estar em uma boa relação agora, mas você prefere ficar
brigando...eu não tenho mais paciência para isso, desculpe.
Ela me encarou.
Me aproximei mais dela até pegar na sua mão, Sarah me encarou com os
olhos se enchendo de água.
- Eu entendo, mas eu quero que você me entenda também. Minha vida não é
aqui, apesar de amar muito mas é lá que eu me sinto bem, eu fiz amigos
maravilhosos e agora tem o Adam -falei e ela olhou para o loiro e depois me
encarou de novo- Eu o amo muito, e agora mais do que nunca...
Larguei sua mão e levei a minha mão direita até a minha barriga e a alisei,
Sarah colocou as mãos na boca fazendo uma cara de surpresa.
- Ai meu Deus! -ela disse olhando para a minha barriga- Não acredito!
- Eu não estou acreditando -ela disse- Você está grávida! Vocês nem se
casaram ainda -me recrimina com o olhar.
- Olha mãe...
Neguei.
- São três.
- Rubi do céu! -ela passou a mão na testa- Me diz que você está se
preparando para isso, são três filhos. Mais que o dobro de fraldas!
- Eu não quero ficar brigada com você para o resto da minha vida, eu só
quero que você para de me culpar por ter ido atrás do meu sonho -falei e ela
cruzou os braços.
- Eu também não quero ficar brigada com você, Rubi. É o que uma mãe
menos quer, só é difícil ver você tão longe, sua irmã e eu sentimos sua falta.
Safira não parou de falar sobre você e o quanto estava bonita desde que ela
voltou de Nova York, eu queria ver tudo isso -ela passou a mão no meu
cabelo- Eu sei que sou uma mulher difícil e que minhas atitudes foram
ridículas, você não tem culpa de nada.
Suspirei.
- Me desculpe -falei e vi uma lágrima descer do seu rosto- Pelas coisas que
também disse a você, eu entendo o seu lado, mãe.
Acenei.
Ela acenou.
- Eu gostaria disso -falou.
Nos separamos e eu percebi que uma lágrima descia do meu rosto, a limpei
rapidamente e Sarah fez o mesmo quando viu uma lágrima descer do seu
rosto.
Só vi quando a família inteira passou pela porta que dava passagem para o
jardim, eles nos olharam meio apreensivos.
- Está tudo bem? -Safira perguntou e eu olhei para a minha mãe que também
me olhou.
Safira e Carlos andaram até nos duas, minha irmã tinha um sorriso grande
nos lábios e Carlos parecia satisfeito, os dois nos abraçaram e eu abracei os
três ao mesmo tempo.
Não foi apenas minha mãe e eu que sofremos com tantas brigas, Safira
também devia ter sofrido.
- Eu também -Sarah disse e beijou a cabeça dela e depois a minha testa, ela
apenas bagunçou o cabelo do meu pai.
Nos afastamos e depois todos vieram para cima da gente nos abraçar, eu já
estava ficando tonta.
- Enzo! Meu pé! -Adriana disse e bateu no braço do marido que riu.
- Aí -ele disse rindo enquanto alisava o braço- Você é tão grossa, nem sei
porque me casei...eu to brincando! -Enzo grita e depois começou a se afastar
vendo a esposa com sangue nos olhos.
- Não corre, seu covarde -ela disse apontando um dedo para ele indo na sua
direção.
- O que ela está dizendo a ele? -Carlos perguntou parando ao meu lado e
encarando Adam e Sarah.
- Você não quer ir conosco ver os vestidos? -Safira perguntou- Tudo bem
para você? -ela olhou.
- Claro -falei.
Ela riu.
- Isso só funcionava quando você tinha 10 anos de idade, Safira -ela diz e
minha irmã me olha.
- Amor, sua mãe vai resolver alguma coisa importante -Victor disse puxando
minha irmã pela cintura.
- Depois que eu for resolver o negócio das flores eu passo no atelier e vejo
vocês nos vestido, tudo bem? -Sarah pergunta e Safira sorriu concordando.
- Vamos, eu acompanho você até a porta -Carlos disse olhando para Sarah.
- Até depois -ela disse e Carlos passou a mão em volta do seu pescoço, os
dois começaram a caminhar para a porta da cozinha.
- Agora seria uma boa hora para te contar que estou namorando? -Carlos
perguntou enquanto os dois se afastavam.
Ri baixo.
- Vai ficar -falei e ele beijou meu maxilar- Vamos tentar ter uma relação
normal.
Adam beijou meu pescoço e eu fechei os olhos sentindo seus lábios macios
no mesmo.
- Compenso você depois -digo e ele concorda- Serei sua a noite inteira.
- Como é? Repete isso aí -ordeno e ele analisou meu rosto por alguns
segundos.
- Vamos, Rubi! O atelier vai fechar daqui a pouco -Ouvi a voz de Safira e
logo depois ela veio me puxar pela mão.
Safira me puxou e começamos a andar juntas para fora do jardim, olhei para
Adam por cima do ombro que estava no mesmo lugar me encarando enquanto
eu me afastava. Pisquei várias vezes vendo Júlia, Adriana e Safira ao meu
lado conversando normalmente.
×××
Rubi e Sarah conversaram e agora vão tentar ter uma relação saudável,
ficar brigada com a mãe é horrível 😑.
Até, babys ❤
74° capítulo
Rubi
Olhei para os inúmeros vestidos que tinham ali, Safira rodava como se fosse
uma princesa da Disney. Não posso falar nada porque no lugar dela, eu
provavelmente estaria fazendo o mesmo.
- Eu estou bonita não estou? Porra, eu sou linda demais -Safira disse
puxando o decote do vestido para cima.
Estamos aqui desde de manhã, almoçamos a comida que Sarah trouxe. Ela
disse que sabia que Safira iria ficar experimentando o vestido por horas
então trouxe comida para nós, fiquei extremamente agradecida.
Experimentei meu vestido de madrinha e não foi preciso fazer muitos ajustes,
o mesmo está na minha perna agora para eu levar para casa e vesti-lo
amanhã.
- Olha como esse é lindo! -Adriana gritou nos assustando- Ah, esse iria ficar
lindo em você, Rubi.
- Para de graça, Adri -Sarah disse- Ela achou o vestido bonito, ela já disse
isso.
Franzi o cenho.
A voz de Adriana saiu tão alta que até a mulher que estava nos atendendo se
assustou colocando a mão no peito.
- Cristo -digo.
- Não deixa esse homem escapar minha irmã -Júlia disse apontando para
mim.
- Não vou -falei baixo e elas foram ajudar Safira a tirar o vestido.
Peguei meu celular e liguei para Adam rapidamente, o celular tocou cinco
vezes até cair na caixa postal. Liguei mais uma vez e ele não me atendeu.
Mandei uma mensagem dizendo que ia para casa e guardei o celular de novo.
- Vamos! -Júlia disse e vi todas aparecerem.
- Nem foi tanto tempo assim -Safira resmunga enquanto saímos da loja.
- Porra! -Júlia grita- Perdi a infância das minhas filhas só vendo você provar
esse vestido.
Elas começam a falar ao mesmo tempo e eu apenas ria das quatro mulheres
batendo boca no meio da rua atraindo olhares.
Nos dividimos para ir no carro de Adriana e Safira e assim fizemos, fui no
carro de Safira com Júlia no banco de trás falando pelos cotovelos.
Em menos de meia hora nós chegamos na casa, graças a Safira que pisou
fundo reclamando do quanto Júlia estava falando.
Passamos pelo portão e Safira estacionou o carro, Sarah e Adriana ainda
estavam para trás já que minha irmã dirigiu rápido até aqui.
Olhei meu celular novamente e não tinha nenhuma ligação daquela fada do
cacete, passei pela porta com as duas atrás de mim e eu apenas ouvi vozes
altas como se fosse um coro.
Andamos atrás dela e quando chegamos na sala de estar Júlia colocou a mão
na boca vendo a bagunça que estava aquele cômodo.
- Vira! Vira! Vira! -todos gritavam para Enzo virar o copo de tequila.
Carlos pegou na nuca de Victor depois que deu dois tapinhas no rosto de
Adam, o noivo de Safira também estava bêbado.
- Você também, rapaz. Cuide da minha filha caso contrário eu mato você -
Carlos diz rindo e depois fica sério- Eu conheço um cara.
- Cadê Adriana? -Enzo perguntou animado, ele parecia alegre até demais.
Olhei para Roberto que estava na cadeira e do lado dele estava o sofá onde
as gêmeas dormiam agarradas.
- Roberto, me diz que você não está porre -Júlia disse e ele negou.
- Estou bem, Júlia -ele disse e a esposa respirou aliviada, ela olhou para as
filhas indo até elas.
- Chegamos!
Ouvi a voz de Adriana e rápido seu corpo apareceu na sala de estar com
Sarah atrás dela.
- Oi, princesa.
Enzo andou até a esposa e a puxou pela mão tentando tirá-la da sala.
- Vamos subir, quero conversar com você -Enzo disse e Adriana levantou
uma sobrancelha.
- Que bom que entendeu -ele disse e os dois sumiram da nossa vista mas
claro que Adriana teve que gritar para nós.
- Você ainda quer casar comigo? -Victor perguntou abraçado com Safira,
franzo o cenho.
- Infelizmente sim -ela disse rindo e ele riu também- Seu maluco.
- Vamos subir, adiantar nossa lua de mel -ele disse e olhou para Carlos-
Vamos só conversar, Sr. Mendoza.
Safira e Victor sairam da sala e logo depois foi Júlia e Roberto que sairam
com as meninas no colo, Sarah e eu andamos até Adam e Carlos que ainda
estavam sentados.
Minha mãe foi até o meu pai tentar convencê-lo a ir para cama, me
aproximei de Adam parando ao seu lado e ele se virou para alisar minha
barriga.
- Seu pai não me deu um folga para falar com você, me desculpe -ele diz e
eu me inclino para beijá-lo rapidamente.
- Seu pai não nos deixou apostar dinheiro -Adam fala depois que me ver
encarando a mesa cheia de bombons.
- E Enzo deu um chilique dizendo que era injusto já que aparentemente sou
trilionário -Adam riu- Nem sabia que eu tinha tanto dinheiro assim.
Ele colocou um braço do meu pai no seu ombro e minha mãe fez o mesmo,
eles começaram a levá-lo para as escadas e eu limpei um pouco a mesa
comendo 2 bombons.
Ou...talvez 6.
Guardei as cartas e peguei uma sacola na cozinha, voltei colocando algumas
garrafas vazias dentro dela e comi outro bombom jogando as embalagens no
lixo.
Tinha tantas garrafas de cerveja aqui que daria para abastecer um bar.
- Rubi.
- Oi -falei embolado.
- Vem logo, princesa. Você tem uma promessa para cumprir -ele me corta
dando um sorriso malicioso depois.
- Você é safado demais, alguém já te disse isso? -perguntei andando até ele
com a sacola na minha mão.
- Nem está pesado, Venturelli -falei indo até a geladeira beber um pouco de
água.
- Sua família bebeu metade das cervejas desse País -ele fala colocando as
garrafas no chão perto da porta.
- Espero que sim, apesar de falarem meu nome estranho -Adam diz e eu
acabo rindo.
- É por que você não sabe o quanto fica diferente quando fala português -
digo e ele ri baixo.
- Fico sexy, com certeza -ele disse e eu joguei a cabeça pro lado fazendo
uma careta.
- Não.
- Diz.
- Não.
- Certo -ele fala e coloca as mãos no rosto fingindo chorar, revirei os olhos-
Você nunca me amou, Rubi.
- Babaca -bati no seu peito e ele riu pegando nos meus pulsos me puxando
para um beijo calmo que foi ficando sedento depois.
Sua mão foi para a minha nuca e eu abracei seu tronco, Adam tinha um leve
gosto de Whisky e de bombom de iogurte.
Nos separamos mas não totalmente já que seu nariz roçava no meu e minha
testa colada na sua.
- Seu gosto está parecido com os bombons de iogurte -ele diz e eu sorrio-
Muito bom.
- Comi alguns -falei- Ainda bem que você não está bêbado.
Adam me deu vários selinhos me fazendo rir como se fosse uma criança de 5
anos e rápido pegou na minha mão e juntos nós subimos as escadas.
(...)
Senti um dedo cutucar meu rosto e abri os olhos contra a minha vontade, a
primeira coisa que vi foi Safira com o cabelo todo bagunçado e parecia com
energia de sobra.
- Safira! -gritei com ela e puxei o lençol para cima cobrindo meu rosto.
Olhei pro lado e vi que Adam acordava meio confuso e provavelmente puto.
- Eu sei disso, porra! Mas será que dá para você acordar outras pessoas? -
perguntei vendo Adam se mexer e o lençol acabou deixando de cobrir uma
parte muito importante do seu corpo.
Ele olhou para a minha mão e se cobriu de novo, deu um sorriso sem graça
para Safira que riu baixo.
- Vá acordar Sarah e depois você vai até Carlos -falei sugestiva e ela sorriu
contente.
- Sim! -ela juntou as mãos- Hoje é dia do meu casamento! -gritou essa frase
até sair do quarto e fechar a porta.
- Parece que ela tomou 3 garrafas de energético isso sim -falei e tirei o
lençol do meu corpo me levantando.
Passei na frente do espelho e vi que usava apenas uma calcinha e meu cabelo
estava bagunçado, andei até o banheiro calmamente e tirei a única peça
tomando uma ducha demorada.
Adam ainda estava deitado na cama mexendo no celular, ele olhou para mim
e sorriu de lado.
- Espero que o vestido não seja tão decotado -ele disse e eu olhei para o
meu peito vendo uma marca.
- Dylan e Lisa mandaram um beijo para você -ele disse e balançou o celular.
Fui me trocar e percebi que Adam já estava tomando banho, escolhi um short
jeans claro e uma blusa verde de alça que não tinha nenhum tipo de decote.
Antes de me vestir passei hidrante corporal no meu corpo todo, passei a
calcinha pelas minhas pernas e o short jeans veio logo em seguida.
Vi Adam sair do banheiro com a toalha na sua cintura, gotas de água caiam
do seu cabelo e o cheiro de sabonete vinha de todo lugar.
Ele andou até onde eu estava parando atrás de mim, eu via meu corpo
através do espelho e o seu rosto me fitando de cima a baixo.
- Você nunca esteve tão linda quanto está agora -sorri de lado.
Me virei de frente para ele e vi seus olhos percorrem meus seios e pararam
na marca, Adam passou o dedo por cima e me encarou logo depois.
- Vamos, temos um casamento para ir -ele disse e bateu na minha bunda com
força.
- Ai, Rubi! -ele disse massageando a mesma e eu só ria da sua cara de dor.
×××
Família pegou um porre mas passa bem rsrsrsrs. Comentários e votinhos,
poxa, eu amo ❤
Falta pouco para o livro entrar na reta final, já comprei meus lencinhos
para tal evento.
75° capítulo
Rubi
- Mãe, mãe -Safira parou na frente de Sarah e agarrou suas mãos- Você viu
as flores? É um detalhe muito importante, caso não esteja resolvido vamos
ter que cancelar o casamento, droga! Cadê as flores?!
- Nem ferrando, dei muito duro nisso aqui para ficar perfeito e agora alguém
vai ter que casar, não me importa quem -Sarah diz e nós a encaramos com
uma sobrancelha erguida- Quer dizer, já está tudo certo, minha filha.
- Então pronto, se você o ama de verdade é o suficiente para você ficar firme
e se casar com ele -falei e ela balançou a cabeça concordando- Quer ficar
com quem você ama?
- Sim, você tem razão -ela disse e soltou as mãos de Sarah- Vai dar tudo
certo, não vai?
Saímos do quarto mas antes eu olhei pela janela diretamente para o jardim
vendo tudo decorado com cores brancas e douradas, estava tudo muito
bonito.
No altar estava o padre e na sua direção tinha um longo tapete vermelho,
havia pessoas sentadas esperando a noiva entrar.
Victor estava falando com algum amigo que parecia tentar acalmá-lo
também.
Fui atrás das meninas que já tinham chegado no andar de baixo e estavam na
frente da porta que dava entrada no jardim.
Carlos estava entre elas e minha mãe estava brigando com ele para tirar o
óculos de sol do rosto.
- Não posso, sou muito sensível ao sol -ele diz e Sarah cruza os braços.
- Por favor, Sarah! Tenho que levar minha filha ao altar -Carlos diz
desviando da conversa e oferece o braço a Safira.
- Você não vai tirar fotos usando isso -Sarah fala e meu repete o que ela
disse com uma voz irritante, ri baixo.
Olhei para as pessoas e procurei por Adam que estava sentado na segunda
fileira do lado de onde eu estava, ele estava com o terno preto que o deixava
gostoso como sempre.
Ela sorria tanto que era contagiante, olhei para Victor que não estava
diferente. Com tudo aquilo de casamento, vestidos, viver o resto da vida
juntos eu acabei chorando em silêncio.
Malditos hormônios.
Limpei uma lágrima vendo ela se aproximar encarando o futuro esposo que
estava quase soltando fogos, Victor usava um terno claro que tinha uma
túlipa no bolso do mesmo, era a flor preferida de Safira.
- Meu amor -ele disse e apertou a mão dela de leve- Você sabe que eu amo
você mais do que tudo nessa vida, você me ensinou tantas coisas e me
ajudou a ser um homem melhor, escolhi você para ser a minha esposa, minha
amiga, minha amante, ser tudo para mim porque de fato você já é. Não me
vejo mais sem você, Safira. Eu amo todos os seus detalhes e todos os
defeitos que eu sinceramente não ligo para eles, eu só quero você comigo
para o resto da minha vida.
Lencinhos.
Lencinhos.
Lencinhos.
Ela limpou uma lágrima e riu vendo Victor que também limpou uma lágrima
do próprio rosto.
- Victor -ela começa- Esse com certeza é o dia mais feliz da minha vida, não
só porque é o dia do nosso casamento, mas sim que agora terei você para o
resto dela -eles sorriram- Casamento é uma união, seremos apenas um, é
algo sério que você escolhe com quem quer dividir sua vida, com quem quer
acordar todas as manhãs e dividir segredos, problemas e coisas boas, e eu
sou a mulher mais sortuda por ter você na minha vida, por ter escolhido você
para ser essa pessoa, eu amo você Victor Torres.
E o casamento foi selado com um beijo demorado dos dois e logo depois o
barulho de aplausos surgiu.
(...)
Apertei o corpo de Adam contra o meu e ajeitei minha cabeça no seu ombro
enquanto nossos corpos se moviam devagar no ritmo da música.
Conseguia ver Safira dançando com Victor e Júlia dançando com Roberto.
Meu pai dançava com Adriana e Enzo com Sarah, eles acabaram de trocar
de par.
- Você está linda -Adam diz e eu coloquei meu queixo no seu peito para
encará-lo.
- Agora?
- Você vai ver -ele disse pegando na minha mão para me puxar para fora da
pista de dança.
Andamos pelo jardim e pela primeira vez não gostei de usar saltinhos já que
os mesmos não estavam me ajudando a passar pelos mini matinhos que
tinham ali.
- Adam, meu sapato -falei e ele parou quando estávamos perto da entrada.
- O que...
Ele levantou um dedo me calando e foi até um pano branco o puxando, uma
bicicleta com garupa foi liberada e eu pisquei várias vezes tentando
entender.
- Você sabe que eu vou perguntar então já pode me adiantar explicando -falei
e ele me encarou.
- Sim, certo. Eu entendi essa parte -falei colocando minha mão no meu
queixo.
Adam foi até a bicicleta e a pegou, ele a conduziu até sair da casa e eu fui
atrás dele meio incerta do que ele planejava.
- Venturelli, você não pretende realmente fazer isso, não é? -perguntei e ele
subiu na bicicleta.
- O que? Adam, nós vamos cair. E o meu vestido vai prender no raio disso e
nós dois vamos cair e lembra que eu estou grávida e só mais uma coisa -fingi
estar pensativa- Nós vamos cair...
- Para com isso e sobe logo -ele me corta, calmo até demais.
- Adam...
- Confia em mim?
Andei até a bicicleta e puxei meu vestido para cima sentando na garupa com
as mãos presas na sua cintura para me apoiar.
- Preparada?
- Não.
Olhei para o céu e vi que o sol já estava quase se pondo, Adam começou a
pedalar mais rápido e eu dei um gritinho de susto quando ele deu uma curva.
- Não vamos cair, Leticia! -ele disse rindo e eu bufei irritada- Jamais vou
deixar você cair.
Depois de longos minutos eu encostei minha cabeça nas suas costas e fechei
os olhos aproveitando o vento que batia no meu rosto, quando abri
novamente percebi que fomos parando e olhei em volta.
Adam diz e estende a mão para mim que a aceito e juntos caminhamos, o
lugar estava vazio e tinha apenas o banco e a árvore que ficava atrás dele o
cobrindo trazendo uma ligeira sombra, tinha um pouco de flores no chão
caídas da árvore.
Nos sentamos no banco depois que Adam tirou algumas flores que estavam
em cima dele, descansei as costas e fechei os olhos respirando fundo, esse
lugar sempre me trouxe paz.
- Sabe, princesa...
Adam se ajeitou no banco e me puxou para encostar meu corpo no dele, seu
braço pousou em volta do meu pescoço e eu coloquei minha cabeça no seu
ombro.
- Por exemplo...
- Que sua irmã está certa, casamento é uma coisa séria...você escolhe com
quem quer dividir a sua vida, com quem quer acordar todas as manhãs e
compartilhar coisas boas e ruins.
Franzi o cenho.
- Que papo é esse, Tinker Bell? -perguntei, tirando minha cabeça do seu
ombro para encará-lo.
- Bom...eu já escolhi a minha pessoa -ele diz e olha para frente- A pessoa
com quem eu quero viver o resto da minha vida, a mesma que eu possa
compartilhar coisas boas ou ruins, e espero que ela não me mate quando eu
encher o apartamento com bolinhas para a cachorro dela.
Ai meu Deus!
- Acordar todas as manhãs ao lado dela e dizer o quanto ela é bonita -ele me
encarou- Principalmente quando me mostra as covinhas ao rir.
Minha boca estava ficando seca e meus dedos tremiam levemente com o que
estava por vir.
- É você, princesa. Eu quero você para o resto da minha vida. E você vai
casar comigo.
Levantei uma sobrancelha, ele sorriu de lado antes de tirar uma caixinha azul
do bolso. Prendi a respiração imediatamente, cacete. Ele vai mesmo me
pedir em casamento, cacete! Ok, ok, não vou surtar.
- Rubi Leticia, eu sou completamente apaixonado por você, acho que todo
mundo sabe disso -sorri- Você me pegou de jeito com essa mania de sempre
olhar para baixo quando me dá um sorrisinho meigo e seu péssimo hábito de
deixar seus sapatos jogados pela casa.
Seus olhos azuis estavam tão lindos, diferente de todas as outras vezes que
ele se declarava para mim. Eu podia sentir seu nervosismo mas também
podia sentir a felicidade que tinha na sua voz.
- Eu quero você para toda a minha vida, meu Deus. Só falar isso em voz alta
me deixa animado -Adam abriu a caixinha revelando o anel de noivado que
tinha uma grande pedra de diamante com duas pedras de Rubi ao lado.
- Sim, sim, sim, é óbvio que eu aceito! Adam! -coloquei minhas mãos no seu
rosto fazendo um biquinho aparecer- Você vai passar o resto da vida comigo,
seu cafajeste delícia.
Adam sorriu abertamente antes de vir para cima de mim e me dar um beijo
cheio de significados para nós dois, eu podia sentir seu coração batendo
contra meu peito e o abracei apertado com a felicidade corroendo todo o
meu corpo.
- Eu amo você -falei rindo vendo ele colocar o anel do meu dedo.
Me sentia a mulher mais feliz do mundo quando ele se sentou ao meu lado
para assistirmos o final do pôr do sol e conversar sobre nossos filhos e
agora nosso casamento!
Adam vai ter que me aguentar para o resto da vida dele, e vice versa. Céus,
não vejo a hora!
×××
Próximo capítulo será o último dia no Brasil e logo vamos voltar para
Nova York, temos coisas pendentes por lá.
Rubi
Eu estou noiva!
Porra, não estou acreditando.
- Graças a Deus -ela disse e agarrou minha mão focando no anel- Caramba,
olha o tamanho disso!
Sorri.
- Ele pediu? -Júlia perguntou parando ao lado de Adri- Uau! Minha nossa
senhora do diamante.
- Por que vocês estão agarrando a mão dela desse jeito? -Sarah pergunta
assim que ela e Carlos param ao lado de Adam.
- Eu pedi sua filha em casamento -Adam diz e ela coloca a mão no peito
surpresa.
- Júlia -Roberto chegou- Não é querendo assustar você e nem nada, mas por
um acaso você viu Angelina?
- Não, você estava olhando as duas para eu apenas beber um copo de água -
Júlia diz e o marido sorri nervoso.
- Olha o que eu achei perdido ali -Enzo diz dando Angelina para Roberto.
- É lindo não é -Adriana diz e olha para Enzo que finge olhar para o céu
coçando o olho depois fingindo que tinha caído algo.
- Vamos subir, querida -Júlia disse para a filha que esfregava os olhinhos.
- Ela também vai, filha. Papai só vai dar um pedaço de bolo a ela, você não
quer? -Alice negou.
As duas foram para a casa e Roberto levou a filha para comer bolo, Enzo
estendeu a mão para Adriana e os dois foram até a pista de dança. Sarah
olhou para Carlos que ainda estava com o óculos de sol.
- Me diz pelo menos que você tirou isso para bater as fotos -Safira pede e
ele concorda.
- Tudo bem então -falei e ouvi Adam rir olhando para os dois.
Pegamos as duas fatias de bolo e saímos do jardim indo para dentro da casa,
vimos algumas pessoas conversando na cozinha e sorri para elas as
cumprimentando.
- Alguém da relação tem que ser -digo- E já como você tem uma carinha de
safado...
O olhei por cima do ombro vendo ele passar a língua nos lábios, sorri de
lado na sua direção.
Adam me levou para dentro do quarto sorrindo na minha direção, ele tirou o
bolo da minha mão e deixou os dois pedaços em cima de uma cômoda.
Fechou a porta e a trancou girando a chave, ele se aproximou de mim
novamente me dando um beijo caloroso.
Sua língua brincou com a minha lentamente e suas mãos me puxaram para
ele, Adam foi soltando os botões de trás do meu vestido enquanto eu tirava
os sapatos com os pés, tirei o esquerdo e depois o direito com a ponta dos
seus dedos queimando na minha pele.
Mordi o lábio inferior e me aproximei para beijá-lo, senti seu membro duro
dentro da calça social e levei minha mão até lá massageando lentamente.
Adam gemeu baixo e mordeu meu lábio inferior, ele tirou minha mão do seu
membro apenas para me carregar e me levar até a cama onde ele me colocou
com cuidado.
Tirei meu sutiã vendo ele tirar o terno e logo depois a blusa social e os
sapatos, Adam abriu o botão da calça social atraindo meu olhar.
Adam tirou minha calcinha e logo sua boca deixou um beijo quente na minha
barriga e o nariz foi roçando até chegar no centro onde ele deu outro beijo,
mas agora no meu clitóris.
Cravei minhas unhas na minha mão tentando não fazer tanto barulho já que há
pessoas aqui em cima.
Era alucinante.
- Princesa...
Ele gemeu no meu ouvido e eu apertei minhas pernas na sua cintura sentindo
o prazer que Adam me dá. Tudo parecia mais intenso, mesmo que o sexo não
seja selvagem ou forte, ele era calmo e prazeroso ao extremo...era diferente
do que sempre fazíamos.
Adam tirou minhas mãos do seu corpo as levando até a cama e seus dedos
subiram pelo meu braço até se cruzarem com os meus dedos.
Sorri e apertei meus dedos nos seus sentindo ele fazer o mesmo, eu
conseguia perceber facilmente o quanto Adam e eu estávamos nos
comunicando não por palavras mas nossos corpos falam por si só. Eu gostei
muito daquilo.
Prendi minhas pernas na sua cintura com mais força e o encarei sorrindo
pequeno, seus olhos passearam pelo meu rosto sem ele dizer nada.
- Como?
- Adam, não faz nem 12 horas que você me pediu em casamento -falei e ele
deu de ombros- Meu Deus, homem.
- Vamos nos casar do mesmo jeito, por que não logo? -perguntou mexendo no
meu cabelo.
- Por que...
Ele ficou me encarando ansiando pela resposta mas naquele momento eu não
conseguir pensar em nada plausível, Adam estava dentro de mim mexendo no
meu cabelo enquanto eu me recuperava do sexo que acabamos de fazer...eu
não sabia nem quantos anos eu tinha nessa hora.
Olhei para cima colocando minhas mãos em cima da minha barriga, Adam
ajeitava a cueca e rapidamente puxou a calça a abotoando novamente.
- Sim, princesa.
- Você sabe que eu quero me casar com você -falei e ele concordou- Mas
vamos primeiro voltar para Nova York, talvez ter os trigêmeos primeiro...
- Não, eu quero me casar com você com os meus filhos aí dentro -diz sério.
- Mas...
- Não sei, Adam. Eu ainda não tinha pensado nisso, mas eu gostaria de
planejar o casamento -falei séria e ele olhou para cima desviando do meu
olhar.
- É, tudo bem -diz e se levanta com uma expressão meio triste- Vou beber um
pouco de água.
Adam começa a vestir a blusa social e assim que termina sai do quarto, me
apoiei nos cotovelos olhando para os lados. Droga.
Respirei fundo e me levantei indo até o banheiro, eu não estava mais com
vontade de continuar no casamento agora. Me sentia cansada o suficiente
para dormir a noite inteira.
Prendi meu cabelo em um coque e tomei uma ducha refrescante, fiquei alguns
minutos dentro do banheiro até sair dele e voltar para o quarto com a toalha
em volta do meu corpo.
Adam ainda não tinha voltado para o quarto quando eu comecei a vestir meu
pijama confortável, passei hidratante na pele e me joguei na cama.
A porta foi aberta e vi ele passar por ela rindo para a pessoa que estava do
lado de fora.
- Falei a todos que íamos descansar -ele diz desabotoando a blusa social
novamente.
- Adam...
- Você está certa, vamos fazer isso direito. Quero programar o nosso
casamento e fazer tudo certo, só vamos casar uma vez -ele diz e me encara.
Estendi minha mão a ele que a pegou, o puxei para se deitar no meu peito
mas ele se direcionou para ficar mais próximo da minha barriga.
- Mas eu ainda quero me casar com os meus filhos aqui dentro -ele alisava
minha barriga que já estava ficando ondulada- Podemos fazer isso?
- Podemos -cedi a ele, como ele cedeu sobre eu querer planejar nosso
casamento.
- Ok, não quero brigar com você.
- Vou atrás de uma obstetra que me dê um remédio para o seu deboche, ele
parece ter ficado mais elevado com essa gravidez -ele me beijou uma última
vez me fazendo rir.
×××
Chegou?
Rsrsrsrs ❤
Rubi
Ouvi alguém se aproximar e parar ao meu lado, virei minha cabeça vendo
Adam com os braços cruzados me dando um olhar divertido.
Adam chamou o moço que estava responsável por essas delícias e pediu um
para mim.
Me ajeitei ficando de frente para Adam que abraçou minha cintura e beijou
minha testa.
Descansei minha cabeça no seu peito e vi as pessoas andando com malas nas
mãos e puxando as de rodinhas com a outra.
Estávamos no aeroporto a uns 10 minutos, Carlos foi resolver algo no seu
jato e já ia voltar para seguirmos para Nova York sem problemas.
Safira e Victor também estavam aqui, eles conversavam com minha mãe que
veio conosco para se despedir, me despedi de todos essa manhã e prometi
que voltaria mais vezes, alguns choraram e outros fingiram não querer
chorar.
- Aqui está.
Andamos de volta para onde os outros estavam com a mão de Adam nas
minhas costas me guiando enquanto eu mexia na sacolinha branca tirando um
pão de queijo de dentro.
Chegamos até eles que encaram minha mão, Safira e Victor riram e Sarah
levantou uma sobrancelha.
- Nós acabamos de tomar café, criatura -Safira diz e se aproxima para tocar
na minha barriga- Vocês são muito comilões.
Minha irmã já estava saindo para a lua de mel, ambos tiraram folga do
trabalho por alguns dias para tal evento.
- Não irei dizer a você até chegarmos lá -diz e ela bufou irritada.
- Nem se eu pedir com jeitinho para você dentro do avião -ela diz se
aproximando dele alisando seus braços com um olhar sedutor, pisquei um
par de vezes.
- Você pode tentar -ele diz malicioso e ela sorri mordendo o lábio inferior.
Olhei para Adam que estava com uma sobrancelha levantada e me encarou
em seguida segurando o riso, ele me puxou colocando a mão na minha
cintura e eu ri mordendo meu pão de queijo. Pessoas apaixonadas às vezes
vivem em uma bolha, gosto dessa sensação.
- Oh, garota -Sarah chama atenção de Safira- Depois você pede com
jeitinho, agora, ligue para Carlos que ele está demorando demais.
- Espero que sim -Victor diz vendo minha irmã voltar para onde estávamos.
"Uma mulher gata dessas, se Adam não ficasse com ela eu ficaria" -digitou
Emily.
" Claro, vamos pegar vocês dois no aeroporto" -diz Susie e as outras
concordam.
- Tchau cópia falsificada -Safira diz parando na minha frente- Obrigada por
ter vindo, me liga qualquer coisa, não exite.
Safira apertou minha mão e foi se despedir de Adam, Victor veio até mim me
abraçando.
- A presença de vocês foi importante, obrigado por terem vindo e espero que
possamos nos reunir assim novamente -Victor diz para mim e para Adam.
- Vá com Deus minha filha, se cuide e tome conta dos meus três netos.
Eu...espero que possamos superar nossas desavenças por completo, eu te
amo tanto, tanto, mas tanto -ela disse me apertando, senti uma lágrima
escorrer do meu rosto, meu peito parecia aliviado.
- Eu também, mãe -falei e beijei seu rosto- Vou esperar todos vocês no
casamento.
Eles sorriram.
Me afastei dela voltando para onde Adam estava, ele se despediu da minha
mãe e rapidamente vimos Safira e Victor irem embora puxando as malas.
- Tchau, mãe -falei e ela balançou a mão de uma lado para o outro.
Nós três andamos na direção oposta de onde ela estava, olhei para o chão
enquanto andávamos e suspirei.
- Vai ficar tudo bem, princesa -ele disse e me deu um sorriso meigo.
(...)
- Mi hija.
Senti alguém me cutucar e abri os olhos vendo meu pai na minha frente com
um sorriso pequeno.
Olhei para trás e o loiro dormia tranquilamente, me deu até pena de acordá-
lo.
Ri alto.
- Vou marcar minha consulta para saber o sexo dos bebês -falei e ele parou
de mexer no meu cabelo.
- Já consegue saber?
- Creio que sim, irei ver isso amanhã -falei e ele sorriu me dando um selinho
rápido.
- Vamos -digo.
Carlos olhou para as nuvens pensativo, meu pai só fica assim quando está em
uma batalha interna ou quando está com saudades de alguém.
- Estou com saudades de Maria -ele disse meio triste e Adam parou de
colocar seu cinto para encará-lo- Eu acho que vou me mudar para a França,
droga.
- Vá até ela, Carlos. Se vocês se amam de verdade vão ficar juntos, mostre o
quanto você se importa e o quanto está disposto para que possa dar certo -
Adam diz.
- Você está certo -Carlos diz e entrega o copo a mulher que veio recolher o
mesmo.
- Ela também deve sentir sua falta, papi. Acho que não é tão fácil para ela
também.
Carlos ficou mais pensativo ainda e ouvimos a voz do piloto dizendo que
íamos pousar, o avião se inclinou e eu olhei para a janela vendo as luzes que
iluminavam a cidade, a lua estava cheia e tinham várias estrelas no céu.
O avião chegou na pista e foi parando devagar até pararmos por completo,
voltamos para casa.
O piloto falou mais algumas vezes e eu consegui tirar aquele cinto vendo os
dois fazerem o mesmo.
Nos levantamos e em questão de minutos saímos do avião um atrás do outro,
Carlos foi na nossa frente carregando sua mala e mexendo no celular.
- E nós vamos levar 15-ele diz sério e eu concordo, vou deixar ele pensar
isso tadinho.
Carlos sem pensar duas vezes correu até onde ela estava e ela fez o mesmo
quando conseguiu visualizá-lo, os dois se abraçaram apertado se
distanciando apenas para se dar vários selinhos.
- Você não cansa de fazer isso? -pergunto e ele negou fingindo limpar outra.
Continuamos andando para sair do corredor, mas assim que saímos eu ouvi
um barulho de grito na nossa direção e mãos fingirem atacar o loiro do meu
lado que deu um grito de susto com uma voz meio...fina.
Olhei para frente vendo Peter rir igual uma hiena, ele olhava para o meu
noivo que estava pálido com a mão no peito.
- Que grito foi esse, Tinker? -Peter perguntou rindo sem parar.
Peter parou de rir lentamente e olhou para as mãos de Adam que estavam se
formando em um punho.
Peter não terminou de falar porque começou a correr quando Adam avançou
sobre ele, ri alto vendo os dois correrem pelo aeroporto...espero que não
nos expulsem.
- Ei!
- Nós estamos bem, agora deixa a gente ver -Emily disse e eu franzi o cenho.
- Oh, ainda tem Rubi -Susie disse toda meiga- Que lindo.
- Ah, eles estavam atrás da gente -Lisa disse e nós quatro olhamos para o
lado quando ouvimos a voz de Dylan.
- Adam! -Dylan gritou com Adam que estava correndo atrás de Peter.
- Alguém segura essa Fada! -Peter gritou e nós quatro rimos baixo.
Nate mandou Adam para Dylan que o segurou e Peter voltou ofegante para
onde Nate estava.
- E aí, maninho? -Adam o abraçou dando dois tapinhas nas suas costas.
- Esse jeito é chato -Peter disse e Adam mostra o dedo do meio para ele.
- Enfia isso no seu...
- Ai meu Deus, bate nele, Nate -Peter diz e Nate o empurra pro lado.
- Você é o mais babaca de todos nós -Dylan disse e Adam não contestou.
- Foda-se.
- Você vai me dar um abraço agora? -Peter pergunta e Adam cruza os braços
olhando para o lado.
- Ah qual é, você não vai dar um abraço no seu melhor amigo? Ele sentiu sua
falta -Peter diz se aproximando com um biquinho.
- Não, Peter. Saí, estou magoado com você -Adam colocou a mão na boca.
- Não fique magoado com ele -Dylan disse e Adam deu um soluço falso.
- Você é a fadinha dele, não é Peter Pan? -Nate pergunta e Peter balança a
cabeça concordando ainda abraçado com ele.
Eles se separaram rindo e eu olhei para Adam, aquele sorriso não era o
verdadeiro...era o falso. Perdoou o Pan ainda não.
- Ai caralho!
Peter reclamou quando Adam deu um soco forte no seu braço que o fez ir
para frente e agora está massageando o lugar.
- Bom, já que você quase mata o Adam de susto e Adam quase mata você,
vamos comemorar agora? -Nate pergunta os encarando.
×××
Rubi
- Você poderia falar mais baixo por favor? Já estou ficando irritada!
Eu andava nas ruas tentando manter meu autocontrole, passei o celular para a
outra mão e levei até o ouvido.
Apertei a alça da bolsa e parei fechando os olhos, já fazem dois dias desde
que voltamos do Brasil e está manhã eu fui coletar sangue para fazer o exame
de sexagem fetal que irá dizer o sexo dos meus bebês.
Abri os olhos vendo as árvores balançando e as buzinas reinando no trânsito
conturbado, eram apenas 10:30 da manhã e Adam estava brigando comigo
porque eu fui coletar sangue sem ele.
- Amor da minha vida, preste atenção na mamãe aqui -falei e ele ficou
silêncio.
Graças a Deus.
- Era só uma coleta de sangue, não era o meu parto -digo e ele bufa irritado.
- Mesmo assim, princesa -diz- Vou colocar câmeras na sua sala para ver
quando você entrar ou sair.
Desliguei ouvindo sua risada e revirei os olhos. Olhei para baixo me propria
analisando, eu ainda não pareço um balão de passeio...eu acho.
- Ora.
Melinda estava me olhando nos olhos quando disse isso, mas seus olhos
desceram lentamente para as minhas mãos que estavam apoiadas na barriga.
Ela franziu o cenho e olhou nos olhos novamente.
- Então é verdade?
- Você está realmente grávida -ela olhou para a minha barriga de novo.
- É dele?
Suspirei, não se estressa Rubi. Isso não faz bem para os bebês.
- Está dando o golpe da barriga nele, não é? Quer segurá-lo por que você é
patética demais para ter um homem que ame você de verdade.
- Do que você está falando, maluca? Eu não estou dando golpe em ninguém,
Adam está comigo agora...aceite isso e vá viver sua vida, não tenho tempo
para você.
Movi minhas pernas e passei por ela, mas sua mão agarrou meu braço,
Melinda me puxou para falar ao meu ouvido e eu fechei a expressão ficando
irritada.
- Eles podem ter salvado você uma vez, mas não irão salvar de novo.
Franzi o cenho.
- Você é tão burra, não é toa que levou a empresa do seu querido papi a
falência -ela disse com uma voz de pena- Será ótimo derrubar sua vidinha
perfeita mais uma...
- Melinda!
Ouvimos uma voz masculina chamar por ela e eu olhei para trás vendo um
homem a encarar o irritado.
- Eu disse para você não vir atrás de mim -ela diz baixo quando ele pega no
seu braço.
- Você não vai fazer isso, eu não vou deixar -ele também diz baixo.
Olhei para o homem da cabeça aos pés e abracei meu corpo quando o
reconheci da cafeteria, era o mesmo homem que Josh e eu vimos alguns dias
antes de eu viajar para o Brasil.
Balancei a cabeça tentando não pensar nisso agora e apenas pegar um táxi e
ir para casa já que mandei meu carro para lavar.
Andei até o início da calçada e chamei um táxi que apareceu segundos
depois, entrei no carro e dei o endereço para o taxista.
Respirei fundo.
Perguntei.
Talvez eu não devesse, mas estou com medo daquela mulher. Eu não faço
ideia do que ela seja capaz de fazer, Melinda é uma pessoa totalmente
diferente para mim agora e não está com cara de que vai ceder para não me
encontrar mais.
Adam
Coloquei o celular na mesa quando percebi que Rubi não iria responder,
levei meus dedos até a boca e olhei para a cadeira na minha frente meio
pensativo.
Por que algo me diz que ela está estranha? Isso é ridículo, eu só troquei o
total de 3 mensagens com ela...não tem como eu saber disso. Claro que tem,
eu a conheço.
- Adam.
Dylan entrou na minha sala e eu olhei na sua direção, ele usava um terno
escuro sem gravata e parecia estar...mal.
- O que?
- Preciso que você veja o seu e-mail e me dê aqueles papéis que falamos
mais cedo, preciso acertar os contratos.
Ele disse isso olhando para a janela, parecia estar no mundo da lua.
- Não.
- Ela não me deixa tocá-la, beijá-la e nem mesmo fala comigo direito -ele
olhou para os dedos- Estou começando a achar que ela está enjoando de
mim.
- Cara...
- Estou a uma semana sem fazer sexo -ele disse e eu fiz a minha melhor cara
de "eu sinto muito"- Até entendo, mas esse não é o maior motivo.
- Dylan, isso é só uma fase -digo.
- Que fase horrível é essa? Minha esposa me odeia! -ele se levantou, ser
dramático está no nosso sangue.
- Ela não odeia você, deve estar passando por mudanças na gravidez -digo e
ele cruza os braços.
Ele suspirou.
- Qualquer coisa que aconteça com ela me preocupa, apesar dela não estar
falando comigo muito bem eu sei que quando ela precisar eu estarei lá,
independente se está estranha ou não.
- O que?
Vesti o paletó azul claro e ajeitei a gravata preta, Dylan me olhou sem
entender.
- Preciso ver como Rubi está -digo e ele faz um "o" com a boca.
Andei para a porta e saí rapidamente, passei na banca de Gustavo e dei dois
tapinhas fracos chamando sua atenção.
Desci para a garagem e fui até a minha vaga entrando no meu carro em
seguida, girei a chave e saí do prédio depois.
Dirigi pelas ruas rapidamente vendo várias pessoas caminhando e o céu
ficando nublado.
Fechei a porta assim que entrei e acariciei sua barriga rapidamente, fui para
a cozinha vendo Rita guardar algumas coisas na geladeira.
- Rita -a chamei.
- Oh, acho que está no quarto. Está lá em cima desde que chegou -fala.
Me virei e dei passos largos até chegar na escada, tirei meu paletó
colocando no corrimão da mesma e subi os degraus indo até a porta.
Girei a maçaneta e entrei no quarto, meus olhos passearam por ele todo e
não vi Rubi. Fui até o banheiro e depois ao closet, mas não achei.
- Adam.
Ela diz e se levanta o suficiente para me abraçar, Rubi me abraçou tão forte
como se não quisesse me soltar, ela parecia aliviada...tinha algo errado.
Retribui o abraço e beijei seu rosto vendo ela com os olhos fechados.
×××
Adam
Fios de cabelo escorriam dos meus dedos enquanto sua cabeça e corpo
estavam encostados em mim.
Rubi virou o rosto para me encarar e seus olhos estavam uma imensidão de
dúvida, eu não sei no que ela está pensando agora, mas não me parece ser
algo bom.
Franzi o cenho.
Me afastei dela um pouco para a olhar melhor, tracei seu rosto tentando
entender mas falhei. Rubi apertou meus braços que agora estavam em volta
dela e suspirou.
- Não foi intencional, nos esbarramos na rua -explica- Mas agora eu nem sei
se foi intencional ou não.
Balancei a cabeça.
- Não estou entendendo -digo e ela se ajeitou ficando de frente para mim.
Abri a boca para dizer alguma coisa mas não consegui, pisquei algumas
vezes e olhei para baixo vendo suas mãos apoiadas na minha perna.
- Como? Você...
- Eu ainda não sei como...mas eu tenho quase certeza, tem um homem que é
muito parecido com Julian e eu já tinha o visto antes de viajarmos para o
Brasil. Eu lembro que ele parecia incomodado assim que viu na cafeteria
naquele dia, como se se sentisse culpado -ela colocou a mão na cabeça- Eu
não...
- Eles podem ter salvado você uma vez, mas não irão salvar de novo -ela
passou a mão na testa- Foi isso que ela me disse.
- Os únicos que salvaram você fomos nós -digo e ela assente- Tiramos você
da quase falência da sua empresa...então...
- Isso significa que ela sabe de algo ou fez algo contra mim e minha empresa,
mesmo que eu ache que ela fez os dois...nós precisamos de provas -
Completou.
- Você se lembra do que aconteceu naquele dia? -perguntei e ela olhou para o
lado.
- Naquela noite, eu lembro de ter brigado com Julian sobre -ela tossiu de
repente- Sobre ele não ter transado comigo quando eu pedi.
Certo, ele não está mais com ela Adam. Não tem porque ficar com ciúmes,
você vai ter filhos com ela, vai se casar com ela. Tudo o que aquele bastardo
não conseguiu fazer, fiquei até com pena dele agora.
- Continue -falei.
- Nós discutimos e eu acabei jogando algumas coisas na cara dele e ele fez o
mesmo comigo, a briga então não foi só por causa de sexo e sim problemas
que já estávamos enfrentando mas não queríamos admitir.
Concordo.
- E depois...
- Princesa, você sempre fica louca quando bebe isso -digo e ela ri baixo-
Não precisa de menos de 4 copos para deixar você bêbada.
- Continuando...eu mandei uma foto disso para Melinda dizendo que iria
afogar as minhas mágoas, eu só não consigo me lembrar se ela respondeu.
Rubi fecha um olho tentando se lembrar mas acho que não estava
funcionando.
- Sim, quer dizer, eu acho que sim -ela cruzou os braços- Eu estava
praticamente dopada, e se não fosse Julian era alguém muito parecido com...
- Adam...o cara que estava com Melinda -ela diz meio alterada- Ele é
idêntico a Julian!
- Ok...
- Como ele poderia ter feito isso? Não era como se ele conseguisse entrar no
seu apartamento de uma hora para a outra.
- Princesa, mesmo que você estivesse bêbada demais, acho que você
lembraria de algo -digo e ela franze o cenho- Você não acha que existe uma
possibilidade de você ter sido dopada?
- Mas...
- Você mesma me disse que o "Julian" -fiz aspas- Lhe deu outra margarita,
ela podia muito bem estar batizada.
Rubi andou para a escada onde Rita estava e as duas desceram conversando
entre si.
(...)
- Bom plano?
- Concordo, colocar alguém parecido com Julian sabendo que Rubi iria dizer
depois que a culpa era dele...como ela realmente fez. Mendoza pensou por
meses que Julian havia a roubado, isso tirou completamente o foco de
Melinda e caiu em cima do ex noivo traidor, todos já o odiavam por tê-la
abandonado, o lance do roubo caiu como luva -Nathaniel diz alisando a
gravata azul escura.
- Mas por que? Qual o problema dessa mulher com a minha princesa?
- Inveja? Talvez Rubi sempre tivesse tudo e ela se sentia ameaçada, mas
nunca disse nada. Isso é totalmente possível -Peter diz- Já conheci gente
assim, Deus me livre.
- Dormir com Melinda e depois ficar noivo da mesma mulher de quem ela
tirou tudo e tecnicamente ela odeia talvez tenha influenciado -falei- Talvez...
- Você disse que ela ainda o ama -Dylan diz e eu concordo- Ela disse a Rubi
que iria derrubá-la de novo...cara, que mulher doida.
- O que? Tem uma maluca desmiolada que odeia a sua noiva e agora deve
odiar ainda mais porque o homem que ela ama está esperando um filho com
essa mulher, um não, três!
- Ótimo, então calado -Dylan disse e ele olha para os pés como se fosse um
menino malvado.
- Cala a boca! -Gritamos com ele e depois rimos da sua cara de irritado.
- Cara, vamos dar um jeito de descobrir alguma coisa e se ela realmente for
a culpada, vamos mandá-la para a cadeia...junto com aquele homem -Nate
diz e eu dou um pequeno sorriso a ele.
- Me ajudem a ficar bem, assim eu posso fazer minha princesa ficar bem -
Falei e Dylan juntou as mãos.
- Ai, eu adoro ver você assim -ele disse com um sorriso e nós levantamos
uma sobrancelha- Todo apaixonado, você está um homem melhor agora -
Dylan passou a mão no meu braço.
- Não posso ficar mais sensível às vezes? Falar coisas boas ao meu irmão ou
ler revistas femininas sobre dicas de beleza?
- Ler o que? -Nate pergunta.
- Até que são interessantes -disse Dylan- E só assim para Lisa querer
conversar comigo, essas revistas estão me salvando.
- Nós quatro poderíamos ler algumas -sugeriu- Eu li uma que fala sobre um
creme de cacau...
- Sério?
Nate se virou e andou até onde Peter estava, os dois saíram da sala e Dylan
foi atrás deles gritando.
Rubi olhou para a minha sala e seus olhos encontraram os meus, ela apontou
para eles discretamente parecendo tentar entender, balancei a cabeça em
negação para que ela não fizesse isso.
Ela riu e andou até onde eu estava, abracei sua cintura e beijei seus lábios
várias vezes a fazendo sorrir.
- Certo, não irei contar o meu então -ela disse e eu a olhei intrigado.
Rubi riu e se afastou indo em direção à sua sala, ela olhou para trás antes de
entrar na mesma e piscou para mim.
×××
Rubi
- Adam! Adam!
Gritei por todo o apartamento assim que passei pela porta, o envelope em
minhas mãos me deixava ansiosa demais e não conseguia controlar isso.
Deixei minha bolsa na mesinha e andei para o sofá olhando para o exame em
minha mão, o sexo dos bebês está aqui dentro. Ai meu Deus, quer dizer, eu
sei que talvez não dê todas as informações possíveis mas já é um grande
avanço se soubermos que um deles seja menino, não iríamos aguentar
esperar tanto, principalmente a fadinha, ele pergunta toda noite para os bebês
como se eles pudesse responder, o que já me diz muito sobre a pessoa a qual
escolhi me casar. Louco.
- Oi! Apareci.
Adam aparece balançando os fios de cabelo loiro e com o corpo coberto por
uma camisa branca e jeans.
- Onde estava?
- Você é um idiota.
Sorri de lado levantando o envelope para cima, ele olhou para ele meio
confuso e eu suspiro fazendo uma cara de tédio.
Revirei os olhos.
- Aqui dentro está o resultado do exame que fiz dias atrás -digo e ele olha
para o papel.
- Vamos abrir! Vamos abrir! -praticamente grita- Princesa, se você não abrir
isso eu juro que não vou mais deixar você esfregar as minhas costas, e eu sei
você gosta.
Chamei o meu cachorro que segundos depois me deixou ouvir o barulho das
suas patinhas e ver seu corpo branco e peludo subir em cima do sofá ao
nosso lado.
- Me dá isso aqui que eu não tenho paciência para as suas piadinhas hoje -
arranco o papel dele que abre a boca ofendido me dizendo que era a minha
obrigação rir de todas as suas piadas, visto que sua noiva/namorada/futura
esposa. Mandei ele se ferrar em seguida.
Comecei a ler o papel assim que dei as costas para o mesmo e depois de
algumas palavras lindas eu levei minha mão até a boca já sentindo meus
olhos se encherem de água, olhei para a minha barriga e depois olhei para
Adam novamente quando me virei.
- Um menino... -digo e ele sorri para mim, eu nunca vi Adam sorrir tanto
quanto agora.
- Um deles é um menino -falei sorridente- Merda, espero que ele não seja
igual a você.
- Deus, eu estou tão feliz. Parece que bebi uns 10 copos de tequila e pulei de
um prédio direto naqueles colchões dos bombeiros -ele disse passando a
mão pela a minha barriga.
- Não, passará rapidinho, e vamos rezar para ele não fechar as pernas.
- Quando formos fazer esse tal exame não fechem as perninhas, queremos
saber o sexo de vocês, tudo bem? Obedeçam o papai desde agora, caso
contrário, não vou deixar vocês brincarem na Disney quando eu comprar um
castelo -Adam diz baixo.
Sorri vendo ele morder o lábio inferior pensando no nome do nosso filho.
- Você só gostou desse nome por que se parece com o seu -digo e ele bate
uma palma.
Olhei para o meu cachorro que estava quase dormindo no meu sofá.
Ele pegou dois brinquedos que estavam no baú onde tinha escrito "Mops" na
frente e levou até a escada.
Me levantei do sofá e fui até o corrimão, tinha um osso azul e outro verde no
terceiro degrau da escada.
- Presta atenção, garoto, está vendo aqueles ossos ali? -Adam apontou e
Mops olhou para frente.
- Adam!
- O que? Não é como se ele conhecesse as cores né, Rubi?
- Querido, eu não duvido nada desse cachorro -falei vendo Adam rir.
Mops olha para ele e depois para os ossos e começa a caminhar para a
escada, o rabinho balança de um lado para o outro e eu começo a roer a unha
de nervoso.
O cachorro vai até o osso verde e o pega, olhei para Adam me sentindo
vitoriosa e ele cruza os braços já ficando irritado.
- Para onde ele está indo? -Adam pergunta e eu foco meus olhos no peludo.
Mops move as patinhas até o baú de onde Adam tirou os ossos e quando
chega perto o suficiente ele larga o osso verde e olha para a escada com
todo aquele ar prepotente que meu adorável cão tem.
Eu não acredito.
Esse cachorro judas do caralho volta para a escada e pega o osso azul e
ainda me olha com todo aquele desdém dele e vai até onde Adam está.
Mops coloca o osso azul no pé de Adam e balança o rabinho de um lado
para o outro. Adam colocou a mão na boca abafando o riso e me encara.
- Gosto como Adrian Venturelli soa -ele disse e Mops late como se
concordasse- Ele também.
- Você perdeu princesa, agora venha aqui para eu acariciar sua linda
barriguinha de grávida.
- Preciso me lembrar de nunca fazer esse tipo de coisa com você, eu sempre
perco -digo e ele passa a mão no meu cabelo.
- Você gostou do nome? Podemos trocar para Joseph se você quiser -ele diz
e eu olhei para Mops que nos encarava.
Sorri de lado.
- Pode ser uma rede de bolos? Eu estou com vontade de comer bolo -digo.
- Não.
- Não?
- Não.
- Depende.
- Depende do que?
Adam riu alto e me abraçou por trás enquanto andávamos para a cozinha
para fazer um belíssimo bolo de chocolate.
(...)
Olhei para Emily que estava de pé batendo palminhas animada, seu cabelo
estava preso em um coque e ela usava um vestido soltinho.
- Tem mais na cozinha -digo e ela acena sorridente indo pegar outra fatia de
bolo.
- Sua barriga já vai estar maior até lá -Lisa diz e eu concordo- Quanto tempo
mais ou menos você pretende ir para o altar com a Tinker?
- Eu não quero demorar tanto por conta da minha barriga, então no máximo
dois meses -digo e Emy concorda.
- Ela ficou assim quando fez meu vestido? -Lisa pergunta e eu confirmo.
- Eu vou fazer o vestido de casamento de todas vocês -ela aponta para nós
duas- E da Susie que com certeza vai ser a minha melhor modelo.
- Quando você se casar eu vou fazer seu vestido -Emy diz e Susie se engasga
com um pedaço de bolo.
- Emily, eu não tenho nem namorado quem dirá um noivo -Susie diz
limpando a boca com o guardanapo.
- Vai que isso muda, meu amor -Emy diz e joga um beijinho para ela fazendo
Susie rir.
- Tanto faz, vamos deixar isso para lá. Não tem importância para mim -ela
disse séria.
- Também quero saber -Lisa diz- Ainda está de pé o acordo que fez com
Peter?
- Tanta coisa boa para falar e vocês querem falar de Peter Ross?
- Eu shippo tanto vocês -Susie diz levando um pedaço de bolo até a boca.
- Emily, não minta para suas amigas -Susie disse- Você deve sentir falta.
- Para de comer bolo, Jones. Já está te fazendo mal -Emy diz e Susie mostra
a língua para ela.
- Princesa!
- Emily! -ele disse antes da almofada atingir seu rosto e ele ir um pouco para
trás.
Olhei para ele que mantinha a almofada no rosto tapando sua visão.
- Espero que vocês não estejam falando de um homem -Adam diz e Lisa ri
baixo.
- Adam!
Ouvimos uma voz interromper Emy e logo depois o corpo de Peter aparecer
na porta meio ofegante, ele olhou para nós e sorriu.
- Por que vocês vieram até aqui? -Adam pergunta olhando para os meninos.
- Eu nem disse que aqui tinha bolo -Adam diz e eles negam.
- Você se gabou por inteiros 20 minutos que tinha feito um bolo -Dylan diz.
- Talvez...-Adam disse olhando para os dedos- Mas é que está muito bom!
Os três se olharam e depois olharam para Adam, o loiro levantou três dedos
e começou a fechá-los lentamente, quando a mão ficou um punho eles
correram para a cozinha nos deixando com o cenho franzido.
- Bom, já que estamos todos aqui. Eu queria perguntar algo para vocês três -
digo e elas concordam.
- Não sei, mas vamos dar um jeito -digo e elas deram de ombros.
- Ainda falta eu falar com Safira sobre isso, mas tenho minhas dúvidas de
que ela aceite usar vestidos combinando -digo.
- Bom, fale logo com ela porque eu também quero fazer os nossos vestidos -
Emy disse com um sorriso de lado.
- Rubi Mendoza!
×××
Rubi
- Você mente tão mal, seria uma péssima jogadora de pôquer -Adam diz e eu
aperto seu braço que estava entrelaçado com o meu.
- Vai ficar tudo bem, princesa. Pense pelo lado bom...já sabemos que tem
garotão aqui dentro -ele aponta para a minha barriga.
Faz um mês e meio desde que encontrei Melinda e descobrir um dos sexos
dos meus filhos, desde então eu tenho vivido com mais restrições por conta
da minha gravidez, alimentação está mais controlada e estou procurando
fazer menos esforço.
Adam não teve mais notícias de Melinda ou aquele homem que estava com
ela, a última coisa que soubemos foi que os dois tinham saído de Nova York
para ir ao exterior. Tínhamos fotos deles subindo no avião e fotos das suas
passagens.
Quero terminar alguns ajustes para o meu casamento com Adam que acontece
daqui a algumas semanas, só quero ficar com ele e nossos filhos que também
não vão demorar a chegar.
Falando em filhos, Daniel Venturelli está quase para chegar. Lisa está com
quase 9 meses de gestação e faltam apenas duas semanas para Danny nascer,
Dylan e Lisa estão ansiosos ao extremo.
- Então, estão ansiosos para saber o sexo dos bebês? -ela puxa assunto.
- Por conta da posição dos bebês eu irei conseguir ver os sexos sem
problemas, vamos rezar para nenhum deles fecharem as perninhas -ela disse
e Adam pegou na minha mão.
- Uma menina -Adam disse sorrindo- Já estou vendo que vou sofrer, puta
merda que nervoso.
- Não estou conseguindo ver apesar de ter quase certeza -a médica diz- As
perninhas estão fechadas
Olhei para Adam que passou a mão no cabelo meio nervoso. Levei minha
mão até a minha barriga batendo de leve com meus dedos na mesma e
comecei a conversar com eles, vai que ajuda.
- E que sua mãe seja a única pessoa autorizada e te falar isso, mini princesa -
ele diz para a minha barriga recebendo um beliscão de leve.
Bell riu.
- Por que você está falando com eles como se fossem um grupo de ajuda? -
pergunta e eu reviro os olhos.
- Estou tentando conversar com eles, sei lá...talvez ajude ele abrir a
perna...sei lá Adam -falo nervosa.
Assenti.
- Sua mãe e eu não vemos a hora de ter vocês nos braços, sabemos que
teremos de reservar já que vocês são três, é que tudo comigo é pontente -
Adam riu baixo- Eu vivi minha vida inteira pensado que não tinha desafio
difícil para eu cumprir...até aparecer vocês três, cada dia que passa é um dia
mais perto de vê-los -eu estava me segurando para não chorar- Eu achava
que era feliz antes. -Adam olhou para mim novamente- Mas eu não era, não
até eu ganhar um acordo com a minha princesa -Ele sorriu.- Ela foi....meu
acaso sedutor. E então, desde aquele acordo minha vida mudou
completamente e hoje eu afirmo com total certeza, sem nenhuma sombra de
dúvida...que sou feliz como nunca fui antes.
Uma lágrima solitária desceu do meu rosto e ele se inclinou para me dar um
selinho demorado.
Adam limpou uma lágrima do meu rosto e sorriu para mim, ouvimos a voz da
doutora e ela mexeu na máquina novamente tentando descobrir o sexo do
último bebê.
Naquela hora pareceu que tudo ficou em câmera lenta, assim que eu vi o
sorriso perfeito de Adam e sua comemoração eu me senti a mulher mais feliz
do mundo, esse loiro me fazia a mulher mais feliz do mundo.
Ele me abraçou apertado e deu um beijo na minha testa.
Acenei.
Ela começou a explicar sobre meus bebês e me deu alguns lenços para eu me
limpar, ouvíamos tudo atentamente enquanto ela ia dizendo outras coisas
importantes.
- O parto será prematuro, já que são três bebês...o espaço aí dentro já não
será tão confortável para eles -ela cruzou os braços- Muito provavelmente
você os tenha com 34 a 36 semanas de gestação.
- Você vai ligar para a sua família inteira para contar a novidade, não é? -
perguntei e ele confirmou novamente mordendo o lábio.
(...)
Depois de ligar para metade da minha família e contar sobre o sexo dos
bebês Adam e eu viemos nos encontrar com a gangue e as meninas que
estavam animadas conversando com eles.
Estávamos em um café perto do nosso apartamento e o sol já estava se
pondo, logo a noite irá cair
- Adam, Rubi -Susie nos chamou- Nós estamos super felizes por vocês já
saberem o sexo então...Emily e eu compramos um presentes para cada um
antes de virmos para cá.
- Também compramos um para o meu sobrinho -Emily diz e olha para Lisa.
- Emily...
- Não quero saber se é o quarto presente que dou essa semana, me deixa
mimá-lo também -Emily diz e Lisa sorri de lado.
Adam abriu as caixas que Emy entregou e eu abri a que Susie entregou, na
minha caixa tinha um sapatinho azul com um lindo carrinho bordado, era tão
fofo!
Deus, vou precisar me controlar quando for comprar o enxoval.
- Anw, Susie! É lindo -digo e ela sorri na minha direção- É o primeiro
sapatinho de Adrian, obrigada.
Adam mexeu nas caixas e de ambas ele tirou vestidinhos para bebês recém
nascidos, os dois eram floridos e um cor bem fraquinha.
- Olha, minhas meninas vão andar estilosas -Adam disse e nós rimos- Será
que consigo um desse tamanho adulto?
- Cara, você vai ter duas meninas -Peter disse coçando o queixo- Acha que
vão dar trabalho?
- Você não é muito diferente não, Venturelli -Lisa diz e Dylan sorri para ela
se aproximando para beijar sua bochecha.
Dylan nos contou que já saiu daquela fase com Lisa e agora já está tudo bem
entre eles novamente. Adam deu graças a Deus porque não aguentava mais
ouvir o irmão choramingar pelos cantos.
- Sério, qual o problema da minha filha que não escute? -Peter perguntou e
nós rimos da sua cara de dúvida.
- Nada demais, só vou ter que adiar a viagem a Itália para não faltar o
casamento -Nate responde e nós concordamos.
- Rubi, eu terminei seu vestido a alguns dias atrás. Preciso que você
experimente alguns dias antes do casório e se necessário eu faço mais
ajustes -Emy diz e Adam me encara.
- Emily...-ele resmunga.
Acho que ele anda até sonhado comigo usando esse vestido, ouvir até ele
sussurrar um "Eu aceito, princesa" enquando dormia.
- Olha aqui Tinker Bell, acho melhor você controlar esse pozinho mágico
caso contrário vou roubar sua noiva para mim -Emy diz séria.
- Você acha que é difícil? Eu consegui beijá-la primeiro do que você -Emy
diz vitoriosa.
- Esqueci que eles não sabiam -Emy diz depois que vê a cara de todos eles.
- Vocês já encostaram na boca uma da outra? -Adam pergunta meio alto- Meu
Deus!
- Eu agradeço se você falar mais baixo, tem gente tentando dormir aqui em
Nova York -digo.
- Puta merda! Puta merda! -Peter diz batendo no braço de Nate que as
encarava com atenção.
As duas deram um selinho deixando todos nós de boca aberta, que porra está
acontecendo.
- Quer um também Susie? -Emily pergunta maliciosa e Susie pisca para ela
dizendo "Depois conversamos"
Ri das duas.
- Caralho, Emily beijou a mulher de vocês -Peter diz olhando para Dylan e
Adam.
- Quer que eu fale quem você beijou aqui, Peter? -Adam pergunta e Peter
lança um olhar mortal para ele.
- Espera -Emy diz semi cerrando os olhos- Ele não beijou nenhuma de nós
quatro caso contrário já iriamos saber -concluiu.
- Você acabou de me insultar? Ela acabou de me insultar! -Peter diz feliz até
demais.
- Não, o que acho que tenha acontecido é que por meio de uma palavra
ultrajante eu tenho me referido a você, porém...
- E daí, que ela acabou de furar nosso acordo -Peter cruzou os braços.
- Olha só, tecnicamente...-Emy tenta se defender mas Peter não está com cara
de que a deixará fazer isso.
Olhei para Emily que parecia nervosa, ouvimos uma tosse falsa e olhamos
para Peter logo em seguida.
×××
Até babys ❤.
82° capítulo
Adam
Acordei com alguns resmungos vindo ao meu lado na cama, abri os olhos
assustado e encarei Rubi que mexia a cabeça de um lado para outro e tinha a
testa suada.
Franzi o cenho.
Com o que diabos ela está sonhando?
Sacudi seu corpo com cuidado e a chamei de novo, dessa vez funcionou já
que ela foi abrindo os olhos devagar e me encarou. Alívio apareceu em seu
rosto assim como uma lágrima solitária que desceu.
A abracei de volta sentindo meu coração apertar por vê-la assim, meu ombro
molhou com lágrimas que desciam do seu rosto e eu não a soltei em nenhum
momento.
- Está tudo bem -falei alisando seu cabelo tentando acalmá-la- Eu estou aqui,
meu amor.
Rubi respirou com dificuldade por alguns segundos até sua respiração
normalizar, a fiz deitar mas ela se mexeu um pouco colocando a cabeça no
meu peito e abraçando o meu tronco.
Olhei para cima sentindo sua respiração no meu corpo, ela parecia acanhada
demais.
- Com o que você estava sonhando, princesa? Não precisa me contar caso
não queira.
Peguei na sua mão e a levei até o meu rosto, Rubi deslizou o dedo para cima
e para baixo lentamente.
- Eu não vou a lugar nenhum, princesa -falei a encarando no fundo dos olhos.
(...)
Deixei Rubi passar primeiro pela porta assim que chegamos na empresa,
andamos de mãos dadas até o elevador obviamente com metade das pessoas
olhando para nós dois.
Apertei no botão e ela parou ao meu lado esperando o elevador chegar, não
toquei no assunto do pesadelo porque possivelmente eu a deixaria nervosa.
Senti meu celular vibrar dentro do terno e eu tirei vendo uma mensagem de
Nathaniel na tela.
Apertei sua mão de volta e a porta do elevador abriu, nós entramos vendo as
portas se fecharem em seguida.
- Vá até eles, eu irei passar a minha agenda com Josh agora -ela disse e eu
concordei.
Apertei o botão do andar onde ela iria ficar e logo depois o meu.
Guardei meu celular de volta e me virei para ela abraçando a sua cintura
sentindo sua barriguinha nesse vestido branco e preto que estava justo ao seu
corpo dando maior visibilidade a sua gravidez.
- Você fica mais linda a cada dia -digo, vendo seus olhos castanhos
diminuirem por conta do sorriso que surgiu em seus lábios.
- Você me fala isso todos os dias -ela disse passando as mãos nos meus
braços.
A beijei rapidamente antes das portas serem abertas e meu balão de passeio
passar por elas, Rubi me deu um tchauzinho e eu fiz um coração com as
mãos, mas aquela grossa me mostrou o dedo do meio.
- Vou te ensinar bons modos! -gritei vendo ela andar calmamente até a
bancada e as portas se fecharam em seguida.
Sorri de canto.
- Tinker.
- Sobre ela?
- Nós conseguimos o que talvez seja uma prova -Nathaniel diz e me entrega
um papel.
Peguei o papel da sua mão e passei meus olhos sobre ele, eram informações
de alguma conta no exterior.
- O que você está segurando agora são detalhes da conta fantasma que
Melinda tem no exterior -Dylan disse.
- Essa quantia é absurdamente alta -falei já ficando puto- Nem eu tenho tudo
isso no banco central de Nova York.
- Sim, não sabemos se ela voltou com Allan mas não conseguimos encontrá-
lo -Dylan disse e eu coloquei as fotos em cima da sua mesa.
Allan Hunter era o nome do cara que Rubi tinha encontrado na cafeteria e o
mesmo que estava com Melinda no dia em que as duas se encontraram pela
última vez.
- Precisamos ficar de olho, Adam -Dylan disse- Ter uma louca querendo se
vingar da sua noiva é a última coisa que você quer.
Meu irmão respirou fundo e nós o encaramos com pesar, nem posso imaginar
o que Dylan passou com Lisa meses atrás com aquele maluco psicopata mas
eu não quero pagar para ver.
Não conheço Melinda e não sei do que ela é capaz, a mulher deve estar
desequilibrada já que até me seguir ela já seguiu.
Olhei para os dois que não falaram nada e andei a passos rápidos abrindo e
passando pela porta, olhei para a sala de Lisa e vi ela colocando suas coisas
pessoais dentro de uma caixa.
- Sim, ele só está inquieto hoje -diz e eu vou até ela ajudando-a se sentar na
cadeira- Completei 38 semanas hoje.
- Estou bem -ela disse e ouvimos a porta da sala de Dylan ser aberta.
Ele passou pela porta com Nate atrás dele falando ao celular, Dylan olhou
para Lisa e andou a passos rápidos para onde estávamos.
- Danny está inquieto -digo e Dylan olha para a esposa que concorda.
- Problemas?
- Por que você está rindo? -perguntei quase rindo dele e não da situação.
Saio do elevador vendo Nate com o cenho franzido, esse cara tem um
problemão nas costas mas não acho que tenha coragem para resolvê-lo.
Fui até a bancada de Gustavo e apoiei minhas mãos nela, olhei para Josh e
Gustavo que estavam trabalhando concentrados.
Olhei para Josh que me encarava e pisquei para ele fazendo o mesmo rir
todo envergonhado.
- Está vindo, Adam -diz- Jon e eu decidimos esperar, quero curtir meu
noivado e falar muito "estou noivo" antes de pular para o "sou casado".
- Graças a Deus isso não vai acontecer comigo, não quero esperar mais nada
-falei.
- O senhor tem uma reunião agora pela manhã e outra pela tarde -Gustavo
anotou algo e me entregou- A primeira reunião e a segunda -ele apontou no
papel- Irá voltar para a empresa?
×××
Rubi
Descansei as costas na minha cadeira e olhei para a minha sala tentando não
ficar entediada, passei a manhã inteira tentando trabalhar mas não consegui
nem por um minuto inteiro.
Abaixei o olhar vendo minha barriga e joguei a cabeça para o lado alisando
a mesma.
Passei meu dedo indicador por cima dela e sorri de lado, já amo tanto esses
pinguinhos de gente.
- Eu até pediria ajuda para Carlos mas ele irá querer chamá-las de alguma
pedra preciosa -digo rindo.
- Vocês vão gostar de ter nomes de pedras preciosas não é? Quer dizer, sua
tia e eu gostamos...pouco mas gostamos.
Ouvi a porta ser aberta e Josh passar por ela com o cenho franzido.
- Com quem você está falando? -ele perguntou confuso.
Ele viu minha posição na cadeira e minhas mãos na barriga e abriu a boca
em um "o".
Revirei os olhos.
Josh andou até onde eu estava e se ajoelhou ao meu lado, ele tirou minha
mão e colocou a dele a acariciando.
- E aí bebês? Aqui é o tio Josh. Sou o tio gay mais descolado e gostoso que
vocês vão ter, gostem mais de mim do que do Jon, obrigado -ele diz e dá um
beijo rápido na minha barriga me fazendo rir.
- Espero que eles gostem mais do tio Jon -falo e Josh me imita com uma voz
fina.
- Você está querendo comprar meus filhos que ainda nem nasceram?
- Sim, vocês entenderam né crianças -ele diz sério e eu empurro seu ombro o
fazendo rir depois.
Josh se levantou andando até a minha frente tendo a mesa nos separando.
- Seu noivo ex cafajeste me disse para te informar que ele irá voltar para
empresa para que vocês possam ir embora juntos -ele diz.
- Na verdade...
- Estou querendo muito comer aqueles biscoitos -digo e Josh franze o cenho.
- Biscoitos de gengibre?
- Coisinha, você odeia esses biscoitos -ele diz e eu faço cara feia.
Ele se vira para sair da minha sala e rápido percebo que preciso de mais
coisas.
- Ok -ele falou.
- E picles?
- Da licença que eu quero picles -falei e ele piscou várias vezes antes de
sair da minha sala.
Josh fechou a porta e eu voltei a olhar para os papéis para ver se consigo
trabalhar normalmente.
(...)
Falei pela quinta vez, Carlos está falando comigo no telefone por quase 30
minutos. Ele quer saber dos netos e como eu estou mesmo que eu já tenha o
atualizado de tudo.
5 vezes.
- Mi hija, qualquer coisa você pode me ligar. Você sabe disso não sabe?
- Claro que sei, Carlos. Não se preocupe que eu estou bem, vá dá atenção a
Maria agora -ouvi ele rir.
- Eu sei -digo.
Ele abriu a lata de picles e deixou perto de mim, senti o cheiro e até achei
meio bom.
Tirei um de dentro e comi sem rodeios, Josh me olhava com uma careta. Ele
odeia picles.
Mergulhei o mesmo no lata de leite condensado e depois levei até a boca.
Josh fingiu vomitar e depois me encarou.
- Deixaram uma coisa para você na recepção -ele diz e vai até a sua
bancada.
Mordi outro pedaço do picles vendo ele voltar com um buquê de flores
brancas e colocar em cima da minha mesa.
- Quem deixou isso? -perguntei com a boca cheia e coloquei a mão na boca
terminado de mastigar.
Puxei o buquê e procurei por um cartão que estava enfiado no meio das
flores, coloquei a mão puxando o cartão mas senti algo espetá-la e logo
depois pequenas gotas de sangue aparecerem.
- Ai merda!
- Meu Deus, Rubi! -Josh disse depois que eu gritei tirando minha mão das
flores.
Ele pegou na minha mão analisando e tinha vários furinhos nela com sangue
escorrendo.
Olhei para ela que ardia um pouco e olhei para as flores percebendo que em
algumas delas tinham respingos de sangue manchando as rosas brancas,
suspirei alto, como eu não vi que tinham tantos espinhos?
Quem manda flores com espinhos?
- Cala a boca que eu estou fazendo o curativo -ele diz e eu o olho feio- Estou
cuidando de você e dos bebês já que o cafajeste delícia não se encontra no
momento.
Ele terminou de enrolar a faixa e cortou uma pedaço dela com a tesoura.
- Pronto -disse.
Ele pegou a tesoura e cortou algumas com cuidado até conseguir pegar o
cartão com a ponta da mesma, ele o puxou e entregou para mim.
Adam V."
Franzi o cenho e olhei para Josh que me olhava com atenção e curiosidade,
entreguei o cartão a ele que leu.
- Que estranho.
- Estranho? isso é sinistro Rubi. Essas flores tinham tantos espinhos que
cortou sua mão e seu futuro marido que as mandou? Isso está longe de ser
estranho.
- Eu ouvi que ele tinha uma reunião agora pela tarde, acho que ele está nela -
disse Josh.
Mandei uma mensagem para ele dizendo para me ligar assim que possível e
deixei o celular na mesa novamente.
- Vou jogar isso fora -Josh diz e pega as flores as tirando da minha mesa.
Me sentei na cadeira passando minha outra mão no meu cabelo, olhei para a
comida a minha frente e suspirei, perdi até a vontade de realizar meus
desejos.
Não vou dizer que não passou pela minha cabeça que Melinda tenha me
mandando essas flores e colocado o nome de Adam.
Será que ela voltou para Nova York? Não, se tivesse voltado Adam me
contaria.
Ou talvez não, eu não o vejo desde de manhã quando ele foi até a sala de
Dylan conversar sobre algo importante...
Porra.
Andei para a sala de Dylan e bati duas vezes antes de entrar, ele estava de pé
mexendo na estante com livros.
- Dylan -o chamei e ele se virou para me encarar.
- Rubi -ele sorriu mas parou assim que viu minha mão- O que houve?
- Bom...
- Nós o chamamos aqui para dar uma notícia -ele diz cruzando os braços.
- Que é?
- Melinda, ela voltou para Nova York. Não sabemos quando mas apenas
ontem conseguimos uma foto dela andando pelas ruas.
Suspirei e contei o que aconteceu para ele que ouvia tudo atentamente.
- Preciso falar com Adam -digo e ele sorri pequeno com o telefone no
ouvido.
Andei para fora da sua sala e fui até onde Lisa estava, ela perguntou sobre o
curativo da minha mão e eu contei tudo a ela que foi mudando a expressão
conforme eu falava.
- Sim -respondo.
- Eu sei, ele está em uma reunião mas assim que acabar ele vem para
empresa para irmos embora juntos.
Olhei para baixo fechando os olhos por alguns segundos e apenas abri
quando percebi Lisa se levantar e parar ao meu lado.
- Você sabe que pode me contar -ela disse alisando meu braço e tirando meu
cabelo do meu rosto.
- Eu estou com uma sensação ruim, Lisa -digo- Eu sonhei com Adam noite
passada...ele morria nos meus braços depois de ser morto por uma pessoa
que não tinha rosto e eu não pude fazer nada -uma lágrima desceu do meu
olho- Essa mulher está me assombrando e eu estou indefesa, eu não sei o que
fazer e nem como agir por que estou com medo dela fazer alguma locura e
tirá-lo de mim.
- Não, Rubi. Ela não vai fazer nada disso, Adam está bem e em algumas
horas ele estará aqui com você, ambos irão para casa conversar sobre isso e
chegar em um ponto. Vai ficar tudo bem.
×××
Adam
Olhei no meu celular assim que saí dessa reunião chata para um caralho.
Vi uma mensagem de Rubi estranha e logo depois uma chamada perdida
também dela, franzi o cenho.
Entrei no meu carro vendo várias estrelas no céu e a lua cheia, comecei a
dirigir depois de ligar o carro e liguei para Rubi pelo comando de voz do
Audi.
Sua voz parecia abatida e depois de um longo suspiro de alívio sair dela eu
soube que tinha algo de errado.
Flores?
- Que flores?
- Não, eu não sabia que tinha que mandar alguma coisa para você -sorri de
lado- Amanhã eu mando flores e chocolates, talvez ursinhos, e eu estou
estragando a surpresa...
Olhei em volta e não a vi em nenhum lugar, que merda! Por que ela não está
aqui?
- Não, Sr. Venturelli. Creio que ela ainda não tenha descido.
Olhei para os elevadores e fui até eles rapidamente, cliquei nos botões e
nenhum dos dois abriu, ambos estavam em andares diferentes de Rubi e de
Dylan.
Olhei para a escada e joguei a cabeça para o lado, porra, que Deus me ajude
mas eu preciso vê-la urgente.
Fui para a escada e comecei a subir os lances de escada, agradeci por não
ser tão sedentário e gastar algumas horas fazendo exercício físico.
Subi lances e mais lances até chegar no nosso andar mas infelizmente a porta
estava fechada, forcei a mesma mas não consegui abrir.
Subi mais degraus até chegar no andar de Dylan e consegui abrir a porta a
forçando um pouco, passei por ela e andei até chegar na entrada, olhei para a
sala de Lisa e ela não estava, fui até a sala de Dylan e ele também não
estava.
Olhei para trás vendo a silhueta da mulher que está me tirando do sério cada
dia que se passa, eu já estou ficando puto.
- Não é muito difícil, é só estar bem arrumada -ela passou a língua nos
lábios- Ou talvez um acidente com um café no meio da recepção tire a
atenção de algumas pessoas, seguranças principalmente.
- Nada, por que as pessoa acham que eu vivo fazendo alguma coisa -Melinda
riu descontroladamente- Que patético.
Ela começou a falar algumas coisas estranhas até parar e sorrir na minha
direção, ela parecia estar drogada.
- Porque você faz Melinda, você roubou a empresa da sua melhor amiga,
você a ameaçou dizendo que iria tirar tudo dela. Que espécie de pessoa você
é?
Joguei verde.
- Você sempre teve inveja. Rubi sempre teve tudo com o carisma e a
gentileza dela, já você a pobre amiga que teve que roubá-la para ter alguma
coisa.
- Como você dorme a noite? Deve ter algo de errado com você para não
sentir culpa, eu no seu lugar teria vergonha.
Melinda levou a mão direita para trás do corpo e arregalei os olhos quando
ela tirou uma arma de lá apontando para mim no segundo seguinte, dei um
passo para trás vendo um sorriso sádico nos seus lábios. Ela está
completamente desequilibrada.
- Calado! Você quer me ver admitir? Tudo bem, será a última coisa que você
vai escutar.
Ela passou a outra mão no nariz como se estivesse o limpando e seu estado
apenas me fez confirmar o meu ponto, ela estava terrivelmente drogada.
Rubi
É a terceira vez que eu ouço Lisa perguntar isso, olhei a hora no meu celular
e tentei ligar para ele novamente, mas Adam não me atendia.
- Eu não sei -digo com a mão no peito me sentindo se ar de repente, tem algo
errado.
- Ele deveria estar aqui, não é? Ele pediu para você esperá-lo na recepção.
- Será que ele está estacionando o carro? -Lisa pergunta e eu olho para a rua
através dos vidros.
Levei minha mão até a porta e a puxei vendo que Adam deixou o carro
aberto, franzi o cenho e olhei para eles que estavam do mesmo jeito que eu.
- Ei, o que vocês estão fazendo aqui?
Olhamos para o lado e vimos Nate guardando o celular no bolso, ele olhou
para o carro e logo depois para nós.
- O que...
- Ela dizia que viria atrás de quem ela ama, que não ligava para você Rubi.
Ela quer ficar com Adam -diz- Ela me disse que viria até aqui e o teria de
uma vez por todas, ela está completamente obcecada.
- Ela estava vindo para cá, eu tentei impedir mas ela me acertou na cabeça e
depois me amarrou.
Olhei para cima vendo o prédio da empresa e por um segundo meu coração
parou, a sensação ruim voltou com tanta força que eu me senti meio tonta e
apenas os braços de Nate me ajudaram.
- Como podemos acreditar que você está falando a verdade? Não sabemos...
- Sim, Melinda e eu roubamos você -Allan olhou para mim com culpa na
voz- Não espero que me perdoe, eu só não aguento mais carregar tanta culpa.
E estou pronto para assumi-la, irei confessar o crime e puxar Melinda para a
cadeira junto comigo.
Era bom descobrir quem roubou minha empresa, mas apenas uma coisa
estava me tirando minha paz. Eu preciso saber se ele está bem, se ele está
com ela, se ele está vivo... não, não, ele não pode morrer nas mãos daquela
psicopata!
- Adam...eu preciso...
- Nós fomos ao exterior, ela me disse que iria tentar esquecê-lo e seguir com
a vida dela mas era tudo mentira, ela viajou apenas para pegar a Cony.
- É o nome que ela deu a sua arma -falei, Melinda falava dessa arma para
mim constantemente quando éramos amigas. Ela até brincava comigo falando
que um dia poderia até cometer uma locura, mas nunca acreditei que poderia
fazer aquilo de fato como está fazendo agora.
Movi minhas pernas para dentro da empresa ouvindo Lisa gritar meu nome,
entrei na recepção e gritei para todos saírem do prédio imediatamente.
Com tanta gente saindo do prédio e ela concentrada em falar com a polícia
eu andei a passos rápidos para o elevador apertando no botão, ele por
incrível que pareça não demorou a chegar e eu rapidamente já estava dentro
dele indo em direção ao meu andar, eu não conseguia ficar parada, eu não
conseguia.
×××
O comparsa está disposto a confessar e se entregar, pelo menos isso né
amado? Pois é, vamos esperar cenas dos próximos capítulos aqui na rede
babacas de terno 😉 Alguém tira meu celular por favor? Obrigada.
Adam
- Não se mexe!
Ouvi sua voz e apertei os punhos, Melinda ainda apontava uma arma para
mim e agora eu estava de costas para ela rezando para cair um meteoro para
atingir sua cabeça.
- Se você tentar mais alguma gracinha, dessa vez eu vou atirar em você -ela
fala, tentei tirar a arma das suas mãos mas ela ameaçou atirando na vidraça a
poucos minutos atrás.
Travei o maxilar e olhei para estante vendo uma foto de Rubi que tirei em
Paris, ela sorria mexendo no cabelo e a blusa com um nó por conta do
sorvete que derrubaram nela, Deus, eu quero ver tanto esse sorriso
novamente.
Ouvi seus passos atrás de mim e logo o cano da arma tocar na minha nuca,
suspirei puto.
- Levante as mãos.
Rosnei fazendo o que ela pediu, Melinda riu levando sua outra mão até os
meus ombros, ela passou os dedos pela minha costa e em seguida senti seu
corpo colar no meu.
- Eu amo você, Adam. O que custa você ficar comigo e deixar aquela
vagabunda de lado, aposto que ela não te satisfaz e nem te ama do jeito que
eu amo.
- Por favor, para com isso. Você não me ama, Melinda...você está obcecada.
Por favor, me dê a arma e nós podemos resolver isso -falei com calma
olhando para a foto de Rubi.
- Eu estava bem, Adam. Eu estava bem até ver aquela maldita notícia no
jornal -ela riu novamente, eu pude ouvir algumas batidas e eu acho que ela
estava batendo em si mesma.
- A notícia em que você estava esperando um filho com ela, não, isso eu não
consigo aceitar.
- Não! Você não entende, você não entende! Eu tinha você mas ela veio e
roubou você de mim, você era para ser meu e não dela, você não entende
isso!?
Ela desceu a arma da minha nuca e foi a arrastando pela a minha costa e se
afastou, me virei lentamente vendo-a com a arma abaixada ao lado do seu
corpo magro.
- Você acha que eu sou idiota? -ela pergunta rindo- Não sou ela, Adam. A
CEO burra que perdeu milhões da empresa do pai para o noivo traidor.
Ela colocou a arma debaixo do meu queixo e deu um beijo no meu maxilar
indo até a minha boca lentamente.
- Eu sonhei tantas vezes com você me fodendo, Adam. Você poderia fazer
isso uma última vez antes de nós dois morrermos -ela encostou os lábios nos
meus e eu apertei meus para não beijá-la.
- Você ainda tem o mesmo gosto do qual eu me lembro -ela disse, olhei para
os seus braços vendo várias marcas de agulha.
Ela parou de sorrir e bufou irritada, Melinda colocou a arma na minha testa e
eu respirei fundo.
- Adeus, Adam.
Naquele momento eu senti meu sangue sair do meu corpo, pensei nos meus
filhos que eu ainda nem tive a chance de ver o rosto, pensei na minha família
e pensei nela. A única mulher que eu amei de verdade, eu quero dizer isso a
ela todos os dias, dizer o quanto ela fica bonita usando qualquer coisa e
ouvir seus resmungos pela manhã quando está com preguiça de acordar.
Eu tinha essa necessidade porque Rubi era tudo o que eu precisava, desde
que pus meus olhos nela eu já sabia que ela seria a mulher da minha vida.
Melinda se virou olhando para trás e na mesma hora eu fui para cima dela
tentando tirar a arma da sua mão, Dylan se aproximou de nós dois e segurou
Melinda já que eu segurava suas mãos.
Nate entrou na sala, graças a Deus, e foi até nós puxando a arma da mão de
Melinda com uma certa força e se afastando, ele travou a arma e guardou na
sua cintura rapidamente, agradeci por ele saber conduzir uma garças a
algumas idas de tiro alvo na adolescência.
Dylan e eu soltamos Melinda que fazendo força acabou caindo no chão, ela
caiu colocando as mãos no peito olhando para nós três.
- Você iria ser tão feliz comigo, Adam. Você é um babaca por não enxergar
isso -ela gritou na nossa direção e Nate fez uma careta.
- Ela é doida, cara. Ela tem que ir para o hospício -Nate disse.
- Ela está lá embaixo com a Lisa e Allan -Dylan diz e eu franzo cenho.
- Allan? Porra Dylan! Você deixou sua esposa e minha noiva ambas grávidas
com o cara que provavelmente é um sociopata!?
- Não?
Quando eu estava pronto para correr para fora da minha sala eu vejo a
mulher da minha vida passando pela porta desnorteada e com o rosto
assustado.
- Princesa.
Ela correu até mim e eu corri até ela sentindo seus braços me abraçarem com
força e um soluço alto sair da sua garganta, beijei seu ombro e ela me
apertou mais.
Ela se afastou um pouco para me encarar e levou as mãos para o meu rosto,
lágrimas de alívio desciam pelo seus olhos.
- Você está vivo -ela analisou meu rosto- Eu pensei que ela....a bala...
Balancei a cabeça negando e peguei na sua nuca puxando para mim, a beijei
ternamente sentindo suas lágrimas salgadas.
Rubi estava vendo que eu estava aqui com ela, mas eu sabia que ela ainda
estava apavorada, eu não a culpo. Essa mulher quase me mata, nunca a
perdoaria pelo o que ela fez minha princesa passar.
- Eu estou bem, vai ficar tudo bem -falei baixo apenas para ela escutar- Eu
amo você.
- Dylan!
- Ai meu Deus -ela disse e andou até ele o abraçando, ele sorriu e a abraçou
de volta.
- Leva logo essa maluca daqui -Lisa diz irritada e os policiais a obedecem.
Eles levaram Melinda que relutou um pouco mas eles conseguiram levá-la,
Rubi passou a mão no rosto e eu abracei de lado.
Rubi arregalou os olhos e nós três franzimos o cenho, por que Lisa quer a
sua bolsa agora?
- Bolsa? Deve estar na recepção, baixinha. Vamos lá pegar -Dylan diz e Lisa
a olha irritada.
- Não! Seu...babaca! Minha bolsa estourou -ela diz e aponta para o chão
onde tinha água, caralho parece uma cachoeira.
Todos olharam para mim ao mesmo tempo com uma sobrancelha erguida
como se me perguntassem "E agora, babaca?".
×××
Partiu hospital!!
Para uma coisa boa ksksksk
Daniel está vindo.
Rubi
Passamos pela porta do hospital ouvindo alguns gritos de Lisa que de acordo
com alguns livros que li são as contrações, Daniel está chegando!
- Calma, baby -Dylan disse e Lisa lançou um olhar mortal para ele- Ou
não...pode não ficar calma se você quiser.
Dylan e Nate seguravam Lisa e Nate riu baixo da cara de medo do primo.
- Nada não, vamos colocar você ali naquela cadeira de rodas -ele disse
rápido e os dois se apressaram para colocar Lisa na cadeira.
Ela se sentou com cuidado e Dylan a levou até a recepção com Lisa
inspirando e expirando várias vezes.
- Não vou brigar com você -falei olhando para frente- Talvez eu bata mas
brigar não.
- Eu falei com Allan Hunter -digo e ele me encara- Ele está disposto a falar
com a polícia e confessar todo o crime levando Melinda com ele.
Quando estávamos saindo da empresa para vir ao hospital nós falamos com
os policiais dizendo que não era uma boa hora para dar testemunho porque
nossa amiga estava prestes a ter um filho. Adam, Dylan e Nate falaram com
os polícias e minutos depois nós estávamos vindo para o hospital.
Ele ainda olhou para mim e sussurrou um "Me desculpe" antes de entrar no
carro.
- Eu também -digo.
Ele beijou minha testa e logo depois meus lábios, nos afastamos e ele sorriu
para mim.
Lisa Venturelli
Dylan Venturelli me teve desde a primeira vez que me beijou em uma estufa
na casa dos pais, demorei algumas semanas para admitir mas aqui estamos
nós, prontos para receber Danny nas nossas vidas.
Ter um filho com ele apenas soma o amor que sentimos e dobra nossa
felicidade, Daniel foi muito esperado por nós e finalmente nosso filho está
chegando.
- Me desculpa por estar brava com você ainda agora, eram as contrações
falando e além do mais...eu estou dilatando, porra -digo e ele concorda me
beijando uma última vez antes de se afastar.
- Eu irei fazer o seu parto -ele diz e pega a minha ficha que estava na frente
da cama.
Dylan olhou para mim com cenho franzido e o rosto confuso, o que houve?
- Me dê um bom motivo para não te expulsar dessa sala -Dylan diz apertando
os punhos.
- Não, espera -O médico disse com as mãos levantadas- Eu não sou ele, não
me compare.
- Não...-falei.
- Por favor -ele disse- Eu não sou como Bob Davis, não me compare a ele.
Eu tenho uma família e nunca faria nada do que ele fez com você.
- Eu sinto muito pelo o que ele fez vocês dois passarem, eu não posso
imaginar a dor que vocês sentiram. Eu fiquei sabendo pelos jornais o que
aconteceu e só queria ter evitado tudo isso -ele disse com pesar.
- Bob me disse que você estava atrás da sua mãe, você a achou? -Perguntei e
Dylan me repreendeu com o olhar.
Bob antes de morrer me contou sobre esse suposto filho que está na minha
frente agora, ele me disse que o mesmo tinha ido atrás da mãe para conhecê-
la, se eu não me engano ela era prostituta e usava drogas.
- Sim, eu a achei -ele sorriu- Ela está melhor agora, livre das drogas e
prostituição.
- Por que você deu aquela casa a ele? -Perguntei para o médico sem encará-
lo.
- Eu não quero perturbá-los, isso foi uma coincidência incrível -ele disse e
vi sinceridade nas suas palavras- Espero que possamos ter uma conversa
decente qualquer dia e não quando você irá dar a luz daqui a alguns minutos.
- Eu vou chamar outro médico para vocês -ele disse e apontou para trás
dele- De novo, eu sinto muito.
Acenei vendo ele virar para sair, senti outra contração vindo e apertei os
lençóis da cama gritando de dor.
- Dylan...
Ele olhou para mim e fechou os olhos por um momento e os abriu de novo
chamando pelo doutor.
Ele olhou para nós e focou seu olhar em mim, seus passos foram rápidos até
nós e ele mexeu na sua luva.
- Você não parece bem -ele disse e mexeu nas minhas pernas as abrindo.
(...)
Dylan Venturelli
Eu estou com tanto aperto no coração! Não gostei de ver minha esposa
passando por essa dor que deve ser horrível.
Danny está a deixando exausta!, meu filho já deixa as mulheres exaustas
desde de cedo.
- Vamos lá, Lisa. Faça mais força -O médico Davis a incentiva e ela
obedece.
Nem acredito que o filho do homem, que mesmo que morto eu o odeio com
toda a minha força, esteja fazendo o parto da mulher que o pai quase mata.
Céus.
Eu sabia que Bob Davis tinha um filho mas eu não sabia que ele iria fazer o
parto do meu filho, como eu disse, isso é tão estranho.
Olhei para Lisa e ajeitei minha toquinha e luvas, eu usava uma máscara e
uma roupa azul especial para a sala de parto.
Minha esposa fazia força tentando trazer Daniel ao mundo, mas ela parecia
tão cansada, me aproximei dela e peguei na sua mão. Ele me olhou com a
testa suada e eu prontamente limpei sua testa, abaixei a máscara e olhei no
fundo dos seus olhos.
Ela beijou minha mão e concordou, Lisa foi fazendo o que o doutor pedia e
eu não soltei sua mão em nenhum momento.
Fui até onde meu filho estava e sorri vendo-o pela primeira vez, foi uma
sensação indescritível. Ele parecia tão frágil e vulnerável e ali eu soube que
eu amava aquele moleque mais do que a mim mesmo.
Cortei o cordão umbilical e os médicos os levaram para o canto da sala,
voltei para onde minha baixinha estava.
- Lá vem ele -digo e ela olha para o médico que vinha na nossa direção.
- Aqui está o bebê Daniel -o doutor disse e o entregou para Lisa com
cuidado.
- Muito obrigado por me deixar fazer isso -Doutor Davis diz- Espero que
vocês fiquem bem com o novo bebê da família.
Estendi minha mão a ele que a pegou.
- Espero que tudo dê certo para você -falei e ele concordou com um sorriso.
Ele se virou para falar com o restante dos médicos e eu me virei para falar
com a minha família.
- Obrigado -falei e ela franziu o cenho- Obrigado por me dar o meu filho,
por formar uma família comigo -falei e ela sorriu colocando a mão no meu
rosto.
Sorri na sua direção e nós dois olhamos para Danny que se mexia um pouco
com os olhinhos fechados. Lisa passou o dedo indicador com cuidado na sua
testa e eu me acomodei ao lado dela para admirar meu filho.
×××
Rubi
- Não quero.
Olhei para Adam que sorria de lado. Brooks estava agarrada a nós dois faz
uns 10 minutos.
Susie, Nate e Peter nos encaravam com os braços cruzados e a loira não nos
largou desde que contamos o que aconteceu com Melinda. Emy quase chora.
- Nós estamos bem, Brooks. Ela já foi presa -Adam diz e ela concorda nos
soltando devagar.
- Ei, eles estão aqui não estão? -Susie perguntou se aproximando de Emy e a
abraçando de lado para confortá-la.
- Eu sei, é que eu não sei lidar muito bem quando alguém tenta matar meus
amigos -Emily debocha.
- Já acabou, Emy. Melinda e Allan vão pagar pelo o que fizeram, agora eu só
quero ficar com vocês e ver o bebê Danny -digo alisando seu braço.
- Relaxa, loirinha. Você não vai se livrar de nós tão cedo -Peter diz com um
sorriso malicioso e ela o encara.
- Me livrar de você agora me deixaria mais feliz -Emily fala depois de usar
o lenço.
- Estar tomando sorvete agora me deixaria mais feliz -Susie diz colocando as
mãos no bolso de trás da calça jeans.
- Por que os partos demoram tanto? -Adam pergunta- Pensei que fosse só
empurrar o bebê para fora, faça isso princesa.
- No nascimento dos três você acha que vamos ficar aqui quanto tempo? 30
minutos? -perguntei a Adam.
- Ele nasceu! -Dylan falou levantando os braços e logo depois nós fizemos o
mesmo.
Fomos para cima dele o felicitando e eu pude ver o quanto meu cunhado
estava radiante.
Dylan chamou por nós e o seguimos passando por alguns corredores até
chegar na sala privativa, abrimos a porta sem fazer barulho, Dylan entrou na
sala primeiro e logo depois as meninas e eu, olhei para os três atrás de nós
dizendo para não fazerem barulho, mas pedir para três marmanjos enormes
não fazer barulho é um grande desafio da vida.
- Olha aí Adam! Eu ainda preciso do meu braço! -Nate falou para Adam que
o apertou na porta sem querer.
- Não foi culpa minha! Olha o tamanho desse cara aqui, vai atrás da da
Wendy seu Peter Pan do caralho -Adam falou irritado olhando para Peter que
estava de lado tentando passar pela porta.
- Qual o problema de vocês? -Emily perguntou rindo vendo a cena à sua
frente.
- Gente, por favor. Algum de vocês dá um passo para trás e assim todos
podem passar -Susie disse se aproximando dos três.
Emy o puxou com força o tirando de perto dos dois que no processo vieram
para frente quase caindo, bom...um deles caiu.
Peter veio para frente e acabou esbarrando em Emily sem querer levando os
dois para o chão fazendo ele ficar por cima e ela por baixo.
Nate esbarrou em Susie mas não caiu, já ela...
Susie estava quase indo de encontro ao chão quando Nate a segurou pela
cintura e a trouxe para ele.
Olhei para Nate e Susie que estavam tão próximos um do outro, ele encarava
todo seu rosto e ela encarava seus olhos sem desviar, Nate a segurava firme
e eu apenas via o olhar acanhado se Susie, ela parecia intimidada.
- É agora que você se apaixona por mim? -ele perguntou rindo e ela bufou.
- Nem nos seus sonhos mais pervertidos. Agora, saia de cima de mim, Pan!
Emy gritou com ele e o empurrou para trás fazendo Peter se afastar
levantando, Nate e Susie pareceram despertar e o mesmo a soltou
rapidamente.
- Que porra foi essa!? -Ela perguntou encarando os quatro que começaram a
falar ao mesmo tempo.
- Mas você acabou de ter um bebê -Emy riu- Não é como se você tivesse
força para...e eu estou me calando agora -ela parou de falar quando viu a
cara irritada de Lisa.
- Será que podemos ver o bebê e...esquecer isso que acabou de acontecer? -
Susie pergunta meio envergonhada.
- Ele é tão fofo -Emy diz o analisando- Ele tem os seus olhos, Dylan.
Emily é louca.
- Olha como essas bochechas são tão gordinhas! -Susie falou com as mãos
no próprio rosto.
- Ele tem mais cabelo do que o meu avô -Peter diz e eu encaro a cabeça de
Danny.
Olhei para Adam que tinha uma sobrancelha erguida tentando entender essa
conversa super normal de Emy e Peter.
- É Nathaniel, ele é um ser humano não um bicho morto -Adam fala e Nate
sorri de lado.
- Eu tenho que trabalhar -Susie disse- Caso contrário eu ficaria aqui sem
problemas.
- Nós precisamos ir a delegacia dar depoimento -Nate diz olhando para mim
e para Adam, nós dois concordamos.
Olhamos para Peter que encarava os botões do seu terno preto e mexia neles,
ele levantou o olhar nos encarando.
- O que?
- É claro que eu ficarei aqui até você voltar, melhor amigo do meu coração -
Peter diz e Dylan sorri falso.
- Eu estou aqui, por que ele tem que ficar? -Emy perguntou olhando para Lisa
e Dylan.
- Ajuda a mais sempre é bem vinda, Lisa precisa descansar e fiquem de olho
no meu filho -Dylan disse apontando para os dois.
Não vejo a hora de dar esse depoimento e ir para casa ver meu filho e comer
um enorme sanduíche que eu irei obrigar Adam a fazer para mim.
Emily Brooks
Vi todos saindo do quarto e apenas Lisa, Danny e eu ficamos aqui.
Peter também estava no quarto infelizmente, mas esse aí eu não considero.
- Cansada -respondeu.
Sorri de lado vendo ela fechar os olhos de uma vez com a respiração ficando
pesada e me aproximei dela beijando sua testa, a cobri com o lençol até o
torso e fui olhar Danny que ainda estava dormindo.
- O que?
- Bebês devem dormir muito -ele disse encostado na parede com os braços
cruzados.
- Creio em Deus pai, você é muito mal educado -falei e ele riu baixo.
Claro que ele tinha que mencionar o dia em que nos conhecemos, aquele
maldito dia.
- Você me derruba no chão e eu tenho que pedir desculpas? Não, você tem
que olhar por onde anda e não levar ninguém com você -o encarei com um
sorriso de lado- Entendeu como funciona?
- Você é tão bonito, e olha que ainda tem cara de joelho. Mas é o joelho mais
bonito que a titia já viu -falei para o bebê e ri logo depois.
- Imaginou foi?
Merda.
Ele me olhou nos olhos e logo depois desceu para os lábios.
- É agora que você se apaixona por mim? -repeti sua pergunta vendo ele
rolar os olhos logo depois.
- Você não daria conta -digo- Sou muito areia para você
Limpei meu ombro como se estivesse me gabando e ele sorriu, até que Peter
tinha um sorriso bonito.
Mas sem exagero.
Ajeitei o coque no meu cabelo e enrolei no dedo as duas mechas que caem
sobre o meu rosto as soltando em seguida.
- Meu Deus, eu fiquei cega então? -perguntei sarcástica vendo suas costas
baterem na parede.
Peguei na barra do seu terno e olhei para o seu corpo que parecia ser tão
bonito por baixo desse terno escuro, o puxei um pouco fazendo seu corpo
colar no meu.
A cara que Peter fez foi hilária, mas me segurei para não rir.
- Qual é, Peter. Você não gosta de mim e eu não gosto de você -peguei na sua
gravata cinza- Deve ser tesão reprimido que sentimos um pelo outro.
Porra.
- Concordo -ele tirou minha mão da sua gravata- Acho que deveríamos dar
um jeito nisso.
Peter levou sua mão para a minha nuca e eu pisquei várias vezes, nem
fodendo.
- O que você propõe? -Perguntei quase sem voz, não é possível que ele vai
querer bater peito comigo.
- Se eu for falar tudo o que quero fazer com você, loirinha -ele sorriu- Não
vamos sair desse hospital esta noite.
- O que você...quer fazer? -minha voz saiu extremamente falha, o que me fez
questionar:
- Eu gostaria de tirar você dessa roupa agora, peça por peça para eu admirar
seu corpo como deve ser -ele encostou o nariz no meu e mordeu o próprio
lábio inferior olhando para a minha boca- Ver o seu rosto no momento em
que eu tocar você nos lugares mais sensíveis.
- Eu quero ver se o seu rosto terá a mesma expressão de desejo como está
agora -Peter sorriu de um jeito convencido como se tivesse ganhado um
prêmio.
Ele começou a rir da minha cara e eu bati no seu braço com força tentando
descontar a minha raiva, como Diabos ele conseguiu inverter o jogo contra
mim mesma?
- Seu babaca! -falei pronta para bater no seu corpo uma última vez mas ele
rápido pegou nos meus pulsos e me puxou com força que até o meu coque se
desfez deslizando os fios pelas minhas costas.
Minhas mãos estavam na frente do seu peito e seu rosto estava próximo do
meu novamente, meu peito subia e descia e ele me encarou no fundo dos
olhos como se eu fosse sua maldita presa! Que merda.
Ele me soltou vendo eu dar um passo para trás em seguida, o olhei irritada e
ele fez o mesmo.
Ouvimos a porta ser aberta e os pais de Dylan passarem por ela, eles
pareciam apressados e eu me lembrei rapidamente da Tinker Bell falando
alguma coisa sobre eles não estarem na cidade, mas pelo visto chegaram.
×××
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Espero que sim, deixe seu voto e comentário!
Rubi
1 mês depois...
Silêncio.
Uma coisa tão boa pela manhã, algo que definitivamente deveria acontecer
na vida de qualquer pessoa.
Não ouvir barulhos de tapas ou de alguém falando baixo para não me
acordar, o que não está funcionando porque eu definitivamente acordei.
- Eu quero acordar ao lado dela, será que dá para vocês irem embora?
Vocês?
- E aí, Mendoza?
- O que...
- Vocês vão se casar hoje -Dylan olhou para Adam- Vai ser um dos dias mais
felizes da sua vida.
Peter e Nate olharam para Dylan que sorriu para eles concordando.
- Desculpa, por que vocês estão aqui? -perguntei e eles fizeram cara de
ofendido.
Olhei para Adam que fez um biquinho lindo como se estivesse me pedindo
para salvá-lo de um abandono, olhei para os meninos que tinham um sorriso
no rosto encarando o loiro.
- Pode levar, ainda não levou? -perguntei fingindo irritação e Adam abriu a
boca abismado.
- Princesa!
- Mas eu queria pelo menos ficar alguns minutos a sós com você -ele lançou
um olhar mortal para os meninos que fingiram olhar para o outro lado- Não
vamos nos ver por horas.
- Ai meu Deus que drama -Peter diz e Adam pega um travesseiro batendo no
rosto de Peter.
- Ah, ele queria transar com ela -Peter esclarece como se já não estivesse
claro, e eu levo a mão até a boca tentando controlar o riso alto.
Nate bate no peito de Peter que dá um sorriso sem graça vendo o olhar
irritado de Adam.
- Drew -chamei Adam que fez uma careta me encarando- Vamos ter a vida
toda para ter minutos a sós, tudo bem?
- Vamos cara, depois você trans...quer dizer, fica a sós com ela, droga Peter!
-Nate se atrapalha e Peter ri baixo.
- Esse cacete é uma peste -Dylan diz e eu vejo Adam sair da cama vestindo
apenas sua cueca boxer.
- Ei! Ou! Que isso? -Peter diz colocando a mão nos olhos.
- Bell, por mais que eu te ame eu não quero ver sua cueca preta -Nate diz
colocando Mops na cama que se deitou e abriu as perninhas na sua direção
em seguida.
- Eu tenho uma igual a essa Adam, não preciso vê-la no corpo de outra
pessoa -Dylan diz estendo a mão na direção do corpo de Adam na altura da
cueca.
- Para mim você está lindo -falei e Adam sorriu me dando uma piscada.
- Claro, você gosta dele -Dylan diz me olhando- No quesito sexual também.
- É por que eu nunca transei com vocês, caso contrário iriam adorar -Adam
diz e os três olham para ele ao mesmo tempo.
- Mas é claro que eu sou melhor do que vocês na cama -Peter diz depois de
alguns segundos em um silêncio estranho.
- Qual é, eu sou mil vezes melhor -Adam fala estalando os dedos- Não é
princesa?
Céus.
Empurrei os quatro tudo de uma vez e fechei a porta acabando com as vozes
masculinas, graças a Deus.
- Oi, loirinha.
- Não me chama assim caralho! -ela disse séria e eu ri baixo- Palhaçada isso
-ela falou e ouvi umas risadinhas.
- Sim, levou a gangue com ele -digo e ela concorda desligando em seguida.
Olhei para o celular incrédula e fiz uma nota mental de bater nela depois, fui
para o banheiro e fiz um coque no meu cabelo.
Me olhei no espelho e joguei a cabeça para o lado, eu realmente estou me
sentindo um balão de passeio.
- Danny está com Benta e Monica no apartamento deles, ela liga para casa de
5 em 5 minutos para saber sobre o bebê -Emy diz me fazendo sorrir de lado.
- Normal -falei.
- Vai ser tão lindo você entrando na igreja com os trigêmeos -Susie disse
sorrindo.
- Ainda estou decidindo isso com Adam -falei- Parece que nunca está bom.
- Emily, Lisa e eu queríamos apenas dizer que te amamos muito e que é super
importante para nós estar nessa fase da sua vida -Susie disse e Lisa apareceu
no banheiro.
- É verdade, gata -Emy diz- Eu adoro ter vocês na minha vida, tudo fica
melhor com vocês nela, a Lisa não, já conheço ela a anos então já enjoei.
- Nós vamos estar aqui com você para tudo, balão de passeio. Vamos apoiá-
la em qualquer coisa e se o loiro fizer alguma coisa nós vamos pessoalmente
bater nele -Lisa disse e elas riram baixo- É sério, sei usar uma fralda suja
como ninguém agora.
- Agressiva demais, meu Deus do céu -Emily diz e Lisa levantou uma
sobrancelha para ela.
- Muito obrigada -falei- Vocês são tão importantes para mim, eu acho que
não consigo mais viver sem vocês.
- Sim, Adam se alterou um pouco mas logo depois ficou bem -falei rindo.
- Parem, estão mexendo com o meu sonho de ficar grávida -Susie disse.
- Se eu ficar solteira por muito tempo, sou capaz de fazer, mas agora está
cedo demais -ela diz- Vai que eu encontro o pai do meu bebê por aí.
- Os bebês vão nascer no próximo mês -respirei fundo- Estou ansiosa, mas
também estou com medo.
- Vai dar tudo certo, Leticia. Daqui a pouco os bebês Venturelli vão estar
aqui conosco -Emy diz me dando um sorriso confortador.
- Assim eu espero.
- Certo, vamos logo. Você vai se casar hoje! -Lisa diz levantando os braços-
Preparada para aguentar aquele loiro metido para o resto da sua vida?!
Socorro.
×××
Está chegando minha genteeee, meus bebês vão casar 😪 que orgulho.
Até babys ❤.
89° capítulo
Rubi
Pisquei várias vezes assim que parei na frente do espelho, meus olhos
passearam pelo meu corpo e largo um sorriso apareceu em meus lábios.
O vestido que Emy fez para mim coube perfeitamente, mesmo ajustando e
mudando ele ficou certo no meu corpo, o vestido não tinha alças a pedido
meu, a calda não era tão longa e ele não era muito cheio. No tronco tinha
uma espécie de faixa com uma cor cinza claro que marcava minha barriga,
tinha vários detalhes com desenho de flores e eu percebi que também tinha
alguns trevos que davam simplicidade e delicadeza a ele.
Olhei para o cabeleireiro que estava de braços cruzados com duas mulheres
atrás dele balançando a cabeça em concordância.
Agradeci a ele vendo Emily se levantar com um pouco de dificuldade já que
usava saltos, Lisa, Susie e Emy usavam vestidos de um cor lilás bem fraca e
tinha penteados elegantes e maquiagens muito bem feitas.
Sorri para elas e olhei para o meu cabelo através do espelho que estava um
trança que de acordo com o cabeleireiro é chamada de trança grega. Minha
maquiagem estava fraca e meus lábios estavam vermelhos de um jeito
natural.
- Eu amei, está lindo Emy. Do jeito que eu queria -falei e ela sorriu
abertamente.
- Bom, nós só temos mais uma coisa para resolver -Lisa diz e as três
pararam na minha frente.
- O que? -Perguntei.
Mas é claro que eu não vou usar salto alto, seria suicídio com o meu pobre
pé e eu não estou com condições de usá-lo.
- Você era responsável pelo vestido e calçado -Lisa diz e Emy a olha
irritada.
Bom, não tenho sapatilhas mas...eu tenho um tênis que talvez possa nos
salvar.
- Sim, é super confortável e eu acho que vai ficar bom -digo e Emy franze o
cenho.
- É aquele tênis que você estava usando no aeroporto depois de ter voltado
da França? -Emily pergunta e eu confirmo.
Meu tênis rosa cheio de purpurina que acende quando eu ando, e é super,
super confortável.
- Está no closet perto dos sapatos de Adam -falei e Susie foi até onde
indiquei.
Susie voltou com uma caixa até onde estávamos e me entregou, abri a caixa e
tirei o tênis de dentro, elas entreabriram a boca e piscaram várias vezes.
- Meu Deus, você vai dar isso de presente para uma das suas filhas, não é? -
Lisa pergunta e eu nego.
- Carlos me deu esse tênis a alguns anos atrás -digo- É lindo, não é?
- Claro, em uma criança vai ficar perfeito -Emily diz e pega o outro lado do
tênis.
- Isso acende? Cacete, quem é que fabrica tênis assim para adultos? -Lisa
perguntou tirando o tênis das mãos de Emy.
- Eu é que não vou usar saltos e nem sapatilhas -falei puxando o vestido para
cima.
- Não acredito que você vai casar com esse tênis -Susie diz rindo.
Ouvimos uma voz vir de fora do quarto e franzi o cenho, conheço essa voz
muito bem.
- Cópia falsificada!
- Por que tem tantos quartos aqui? Parece um orfanato -outra voz apareceu e
eu sorri sabendo quem era.
- Mãe, Adam é podre de rico. Se ele quiser morar em um castelo ele pode -
foi o que Safira disse antes de abrir a porta certa dessa vez.
- Ei, até que enfim. Já estava quase me perdendo -Safira disse e eu sorri
animada.
Olhei para a minha irmã e para a minha mãe que estavam muito bem vestidas
e tinham um sorriso enorme.
Me levantei da cama com ajuda de Emy e andei até elas que abriram a boca
assim que viram minha barriga, elas me abraçaram apertado e eu retribui na
mesma hora.
- Rubi, como você está linda -Minha mãe disse assim que nós nos afastamos.
- Uau, você está tão linda com esse barrigão. Ai que minha vez demore, sem
bebês meus por enquanto -Safira fala sussurrando ao alisar minha barriga.
Ela olhou para a minha mãe e depois para Safira, a mesma sorriu e andou até
onde as meninas estavam.
Olhei para Susie e Emy que tinham o rosto surpreso, me lembrei rapidamente
que as duas ainda não tinham conhecido minha irmã gêmea.
- Meninas, essa é a minha mãe Sarah. Ela não fala inglês mas vai dar tudo
certo -falei e elas riram.
- Estão na igreja, Carlos está com eles -Minha mãe disse e eu concordei.
- Uau, você está realmente incrível -Safira disse me analisando- Quem fez
esse vestido?
- Droga, só faço amizade com gente errada -Safira diz e Emy ri baixo.
- Meu Deus, não façam isso não -Emy diz pondo as mãos na cabeça.
- Meus miolos estão ali na parede, diga a Adam que não vou limpar -ela diz
e se aproxima de Sarah.
- E aí tia? sou a Emily -ela diz em um português incrível, que porra.
Olhei para Lisa e Susie que tinham o cenho franzido e o rosto confuso.
- Sou uma safada que sabe várias línguas -ela diz e estende a mão para Sarah
que a pega segundos depois.
- Sou a amiga mais legal que a sua filha tem, aquelas duas ali... -ela aponta
para Lisa e Susie- São só figurantes.
- Devem ter puxado para mim -Sarah diz e Emy sorri de lado.
- Certo! Vamos logo, ainda temos que calçar o sapato mais infantil que já vi -
Emily diz e pega na minha mão me levando até a cama.
- Creio em Deus pai, Rubi. Quem te deu esse sapato? -Sarah pergunta.
- É...ele me deu uma blusa da Hello Kitty uma vez, dei para a sobrinha de
Victor -Safira diz me fazendo rir- Não conte para ele.
- Não vai nem aparecer, o vestido cobre -Lisa diz e elas concordam.
- Então é isso, vamos? Você precisa casar e abusar daquele loiro para o
resto da sua vida -Safira diz.
- Esse é o meu plano -digo e começo a andar para frente do espelho para me
ver uma última vez.
- Porra, Rubi. Quando você anda dá para ver o sapato brilhando, parece que
estão fazendo uma festa dentro do seu vestido -Emily diz e as meninas riram.
- Não é querendo alarmar nem nada mas já estamos atrasadas -Lisa diz
olhando para o celular.
- O que ela disse? -Sarah pergunta cutucando Safira que contou a ela.
- Ei balão de passeio, espera aí -Lisa diz vindo atrás de mim e o resto vem
com ela.
- Alguém para essa grávida -Susie diz e eu para de andar quando chegamos
na escada.
- Como foi que você conseguiu entrar aqui? -Perguntei a Safira vendo ela
admirar o apartamento.
- Vou pegar o buquê -Lisa diz indo até o sofá e voltando com as rosas
vermelhas.
- Vamos! -Susie disse assim que voltou para onde estávamos com Mops no
colo.
Ele usava um terninho próprio para cachorro, Adam comprou um para ele faz
umas duas semanas. Tem até uma gravata vermelha desenhada.
Andamos para fora do apartamento e Emily trancou a porta enquanto
andávamos para o elevador, apertamos o botão que abriu segundos depois.
×××
Até, babys.
90° capítulo (Penúltimo)
Adam
Mexi na gravata de Peter pela décima vez nos últimos 20 minutos, ele estava
prestes a me arremessar para os convidados.
Coloquei as mãos no bolso e respirei fundo, por que Rubi está demorando
tanto? Será que algo aconteceu com ela e com os meus filhos?
- Eu sei o que você está pensando -Dylan tocou no meu ombro- É uma
sensação ruim mas quando você ver ela passando por aquela porta tudo vai
desaparecer.
- Espero que você esteja certo -falei passando a mão na minha barba rala.
- Sabemos, mas você está desalinhando minha gravata -ele diz mexendo na
mesma.
Reviro os olhos e encaro o grande tapete vermelho que ia até a entrada da
igreja e os vasos de flores perto dos assentos. Estava tudo tão bonito mas
faltava apenas minha noiva que aparentemente não chega.
Eu não desejo essa espera nem para o meu pior inimigo, eu não vejo a hora
de casar com o meu balão de passeio, mas eu agradeceria se ela aparecesse.
Cruzei os braços e sorri de lado quando comecei a pensar nas coisas que
aconteceram com nós dois, como tudo foi tão intenso e significativo para
mim.
Desde aquele acordo ridículo até o momento em que eu descobri que estava
apaixonado por ela, quando eu a ouvi cantar pela primeira vez, quando a
ensinei a fazer panquecas sem deixar cair no chão...com certeza uma grande
conquista.
Pensei até nas coisas ruins que disse a ela e me arrependo amargamente por
tê-la magoado, nas minha infinitas atitudes idiotas para fazê-la rir e ver
aquelas covinhas tão lindas, porra, eu amo cada detalhe daquela mulher.
Olhei para frente e vi Dylan entrando com Lisa com os braços entrelaçados,
eles caminharam pelo tapete vermelho até chegarem aonde eu estava.
Eles se acomodaram no altar junto com Dylan e Lisa e meus pais estavam
aqui também, um pouco afastados mas admirando tudo.
O terceiro casal foi Susie e Nate que estavam do mesmo jeito dos outros,
Susie tinha seu braço entrelaçado com o dele e a mão descansando sobre o
braço de Nate, vi ela apertar o seu braço de leve provavelmente nervosa
com tantos olhares, Nate olhou para ela e quando ela foi encará-lo de volta
ele desviou o rosto.
Quando estava tudo pronto para a minha princesa entrar eu ajeitei meu terno
claro e suspirei.
Dei um sorriso tão grande que eu acho até que o gato de Alice ficou com
inveja, a olhei por completo e vi o quanto ela estava perfeita mesmo que não
precisasse de muito para isso.
Sua barriga de grávida só dava charme a tudo, era tão...certo que eu não
conseguia explicar direito.
Pelo menos esse tênis nos trouxe sorte da última vez, ele é o nosso amuleto a
partir de hoje.
Assim que eles chegaram perto de mim eu pude ver seu rosto com mais
percepção e vi suas pupilas dilatadas, as minhas não devem estar diferentes.
Carlos beijou o topo da sua cabeça e logo depois deslizou o dedo por sua
bochecha, ele disse "eu te amo" e olhou para mim.
Estendi minha mão a ela que a encarou dando um sorriso, Rubi colocou a
mão sobre a minha e eu a apertei trazendo-a para a minha frente.
Ela encarou meu rosto e eu beijei sua mão ternamente sentindo o cheiro
gostoso da sua pele.
- Obrigada, última moda em Paris -ela riu- Você também está lindo.
Nós dois viramos de frente para o padre que nos encarou com um sorriso.
Emily pegou o buquê da mão de Rubi e voltou para o lado das meninas.
- Estamos aqui hoje para celebrar as melhores coisas da vida, a confiança, a
esperança, o companheirismo e o amor entre esse casal -diz o padre.
Senti a mão de Rubi tocar a minha e eu agarrei seu dedo mindinho com o
meu.
Não sei por quanto tempo nos encaramos, mas eu não consegui escutar o que
padre falava por que estava ocupado demais olhando para ela que nem um
idiota.
- Adam.
Desviei do olhar dela e olhei para o padre que estava com uma sobrancelha
erguida.
- Adam, é de livre e espontânea vontade que você aceita Rubi como sua
legítima esposa?
- Sim, óbvio, acha que eu vou perder uma mulher dessas? Sou louco, mas
não burro.l, senhor padre.
- Rubi, é de livre e espontânea vontade que você aceita Adam como seu
legítimo esposo?
Dylan estava certo, esse é um dos dias mais felizes da minha vida.
- Assim sendo, por favor, dêem-se as mãos e preparem-se para dar e receber
os votos de amor.
Rubi virou de frente para mim e eu fiz o mesmo, peguei nas suas mãos
pequenas e delicadas a encarando no fundo dos olhos.
Ela mordeu o lábio inferior e eu apertei sua mão de leve. Fui primeiro
porque eu estava ansioso para dizer logo.
Me aproximei dela que ainda estava de olhos fechados, levei minhas mãos
para a sua bochecha e beijei sua testa ternamente.
- Adam, eu não consigo pensar em nenhum dos meus dias que você não
esteja nele, em que você não esteja com as suas piadas sem graça -ri baixo-
mas que eu adoro escutar simplesmente porque é você às contando, tudo o
que vem de você me interessa e fascina porque loiro eu sou apaixonada por
você, não sei se notou -ela diz me fazendo rir- Eu amo o seu jeito, eu amo o
fato de você ser uma excelente pessoa e principalmente eu o amo por querer
construir uma família comigo, isso com certeza me faz feliz mais do que
você imagina, eu não quero que sejamos felizes para sempre eu quero viver
nossos dias como se fossem os últimos e no final deles eu olhar para você e
ver que tudo pelo o que passamos valeu a pena, estar do seu lado vale a pena
e por esses e muitos outros motivos que eu amo você Venturelli e eu sempre
vou amar.
Uma lágrima desceu dos meus olhos e logo em seguida ela riu limpando a
lágrima solitária que descia do meu rosto.
- Ok -digo.
Larguei a mão de Rubi e levei meus dedos até a boca assobiando alto e logo
depois meu filho apareceu no início do tapete vermelho.
Olhei para Lua que levantou o polegar para mim confirmando que Mops
estava com as alianças.
E Mops sendo Mops desfilou pelo tapete vermelho com as pessoas tirando
fotos dele e o admirando por todo o trajeto.
- Espera ali no cantinho que o papai já vai, me deixe só casar com a sua mãe
-digo e ele me obedeceu indo para o cantinho se sentando em seguida.
Olhei para Rubi que ria com a mão na barriga, abri a caixinha revelando
nossas alianças e encarei o padre que acenou.
- Rubi, eu te dou esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade
e que escolhi você para ser minha esposa, receba-a e saiba que eu te amo -
falei colocando a aliança no seu dedo dando um beijo em seguida.
Rubi pegou a minha aliança e eu estendi minha mão esquerda para ela.
- E assim, tendo testemunhado sua troca de votos diante de todos que estão
aqui hoje é com grande alegria que vós declaro marido e mulher -o padre
disse para todos e me encarou- Pode beijar a noiva.
Colei meus lábios nos dela ternamente ouvindo aplausos logo depois, eu
estava tão feliz que pensei que meu peito pudesse explodir.
Nos afastamos lentamente com a minha testa colada na dela. Ela mexeu um
pouco o rosto fazendo seu nariz roçar no meu.
- Promete nunca se separar de mim? -Perguntei sorrindo e logo depois ela
fez o mesmo.
- Eu prometo.
×××
Rubi Venturelli
- Eu amo você -ele disse assim que nos afastamos- Acho que nunca vou me
cansar de falar isso.
Adam sorriu no meio do beijo e eu senti suas mãos irem para a minha nuca e
deslizar pelo meu pescoço lentamente, ele parou de me beijar e me deu um
sorriso lascivo em seguida.
- Eu comprei uma casa -ele diz me encarando.
- O que?
- Eu sei que o parto dos bebês está perto e como não íamos viajar para a lua
de mel eu trouxe ela até nós, era uma surpresa que eu estava organizando
para você desde...
Não o deixei terminar e o abracei com toda a minha força, Adam parou de
falar e depois de alguns segundos ele me abraçou de volta.
- Aproveita que daqui a pouco eu vou odiar você -falei e ele franziu o cenho.
- O que?
- Leticia -ele disse em um tom de voz sério- Que isso? Acabei de casar,
você tem que me amar pelo menos.
Beijei seu rosto e em questão de segundos ele foi ficando normal novamente
abraçando meu corpo e me mexendo nos seus braços.
Olhamos para cima vendo as estrelas que iluminavam o céu junto da Lua
cheia, o jardim da mansão Venturelli estava todo decorado e tinha várias
bebidas e comidas com os casais dançando na pista de dança.
Havia duas estrelas no céu que brilhavam mais que as outras, elas estavam
perto uma da outra e eu sorri grande quando tive uma ideia.
Adam tirou uma mecha do meu cabelo que caia no meu rosto atrás da minha
orelha.
- Qual?
- Sim.
- E Maia? -sugeri.
- Alya e Maia Venturelli -ele testa e joga a cabeça para o lado- São lindos, e
tudo com Venturelli fica melhor ainda.
- Eu também -falei.
- Serve sim, cara -Dylan disse- Vai precisar ter muita paciência, mas serve.
- Lisa, como é que você aguenta? -Peter perguntou apontando para Dylan
com o polegar.
- Aprendi com o tempo -ela diz rindo e Dylan a olha com uma sobrancelha
erguida.
- Coisinha!
Ouvimos a voz do Josh e logo depois ele apareceu com Jon do nosso lado,
os dois estavam com os braços dados e sorriam abertamente.
- Só queríamos te parabenizar pelo casamento, está tudo tão lindo -Jon disse
e eu sorri para ele.
- Que você seja feliz coisinha e que você consiga aturar o cafajeste delícia,
estou enviando luz para você -ele disse e eu ri o abraçando.
- Um é Alya...-falei.
- Já estou vendo que vou vestir os filhos de vocês da maneira mais linda
possível -Emily diz nos fazendo rir.
- Bom, a madrinha de Danny eu escolhi para ser a Emily -Lisa diz e a loira
abre a boca e logo depois levanta os braços indo na direção de Lisa a dando
um abraço apertado.
- Obrigada, Mucura. É uma honra para mim -Emily diz e Lisa sorri.
- Eu não vou dizer quem é o padrinhos dos meus filhos porque vocês devem
imaginar já que eu vou ter três -Adam diz e os meninos concordam- Mais
para frente nós decidimos qual vai ser de qual, por favor não vão apostar
isso também.
- Nunca ganhei tanto dinheiro fácil em toda a minha vida -Nate diz
convencido.
Adam me contou que Nate tinha acertado o sexo dos bebês e ganhou uma
nota preta de todos incluindo meu pai e o pai de Adam, tudo farinha do
mesmo saco.
- Calma, Peter Pan -Adam tocou no ombro dele- Vai chegar sua vez também.
Nate riu quando Peter tirou a mão de Adam no seu ombro com uma cara de
deboche.
Ela andou até ele lentamente parando ao seu lado e de costas para nós, Emily
virou o rosto para encarar Peter que fez o mesmo.
- Gosto demais do meu tempo para perdê-lo com você, Peter -ela passou a
língua nos lábios e traçou sua barba com o dedo indicador.
Peter a olhava sério mas não tirou as mãos dela do seu rosto.
- Mas obrigada -Ela diz e dá dois tapinhas de leve na sua cara que fez uma
cara de irritado.
Emy sorriu para ele antes de se afastar e ir falar com outros convidados.
Peter piscou algumas vezes e encarou Nate que tinha uma sobrancelha
erguida e Adam tinha um sorriso nos lábios.
- Volta aqui, Nathaniel -Peter gritou e foi atrás do amigo que andou para
onde as bebidas estavam.
- Bolo! -Susie deu grito alto perto da gente que Adam quase cai.
- Vou pegar bolo -ela diz baixo olhando para Adam que revira os olhos- Não
se assuste.
- Você está muito para frente, Jones -Adam fala enquanto ela caminha
sorrindo para onde o bolo está.
Adam passou a mão no cabelo e eu o analisei por completo, ele olhava para
frente e eu apenas pensava o quanto eu o amava.
Aquele momento em que você olha para a pessoa e percebe a sorte que tem
de ter ela na sua vida por que simplesmente ela te faz bem, te faz sorrir e
sabe-se que você pode contar com ela.
Mostramos que vale a pena amar novamente e amar pela primeira vez, só
precisa ser a pessoa certa para você, e Adam é a pessoa certa para mim.
Eu sinto isso desde a primeira vez que ele disse que me amava, em uma casa
de massagem onde fizemos nossos filhos.
Eu só sei que quero ele para o resto da minha vida, quero olhar para esses
olhos azuis todos os dias e dizer:
- Eu amo você.
Adam sorriu com o cenho franzido e se aproximou de mim, ele alisou meus
braços e me olhou com as pupilas dilatadas.
Ele sorriu para mim abertamente e naquele momento eu soube que me casar
com esse loiro metido foi a melhor decisão da minha vida.
fim.
×××
Muitíssimo obrigada por acompanhar o livro até aqui e obrigada por não
desistir dele, esse livro foi muito importante para mim porque ele me
ajudou bastante em alguns momentos da minha vida assim como os
comentários de vocês.
Meu coração está feliz agora por eu ter conseguido concluir essa história
e apresentá-la, espero que eu tenha divertido vocês ou ter te distraído da
vida real nem que seja por alguns minutos.
Adam Venturelli
Tempos depois...
Não é como se tivesse alguém aqui às 2:30 da manhã na sessão dos sorvetes
e danone.
Andei até o caixa com o sorvete na mão e tentando não dormir em pé, Rubi
estava completando 8 meses de gravidez hoje e já estávamos ansiosos para o
parto mesmo que a médica tenha falado que quanto mais tempo passar será
melhor para eles.
Depois do nosso casamento nós fomos para a cabana que comprei e estava
tudo perfeito, as rosas, as velas, o clima e tudo mais. Foram as melhores 2
semanas da minha vida.
Quando voltamos, juntos decidimos que seria melhor ela ficar em casa até o
final da gravidez para repousar e não ter nenhuma preocupação, sua barriga
agora parece realmente ter triplicado de tamanho.
Cheguei no caixa e falei com a mulher que me deu um sorriso pequeno não
querendo estar aqui tanto quanto eu.
Senti meu celular vibrar dentro do bolso e o tirei vendo uma ligação de
Rubi, arrastei pro lado e atendi.
- Adam.
- Trigêmeos?
Os segundos pareciam horas para mim, droga! Nunca mais saio para
comprar sorvete enquanto minha mulher está perto de dar a luz mesmo que
ela insista.
Não que eu ainda queira ter filhos com Rubi, quer dizer, quem sabe...se ela
quiser eu quero.
O elevador abriu e pulei para fora correndo até o meu apartamento e tirando
a chave do bolso, abri a porta e gritei pelo seu nome.
Ouvimos um latido e Mops entrou na cozinha puxando uma bolsa azul que eu
reconheci ser de Adrian.
Fui até o quarto de hóspedes que fica no andar debaixo e peguei as bolsas de
Alya e Maia e também a bolsa de Rubi. Voltei para a cozinha e liguei para o
porteiro pedindo que me ajudasse com as malas.
Ajudei Rubi a levantar da cadeira e ela passou o braço pelo meu pescoço se
equilibrando, andamos até a porta mas ela parou fazendo uma careta.
- Nossos bebês estão vindo -falei sorridente e logo depois ela riu abrindo os
olhos.
- Eu que carrego mas eles com certeza vão ser parecidos com você -ela diz.
- Ok, não vamos discutir isso agora -digo e ela faz uma cara de deboche para
mim.
(...)
Chegamos perto do balcão e olhei para a mulher que vestia uma roupa de
enfermeira, ela olhou para Rubi e depois para mim.
- Sua barriga está bem grande, é trigêmeos? -ela pergunta e Rubi confirma-
Quem é a sua médica?
Ela fez algumas perguntas para Rubi que parecia estar com a cabeça
fervendo, falei com a mulher para levá-la a sala de parto o mais rápido
possível porque minha esposa estava sentindo dores fortes e eu já estava me
cagando de medo.
Tirei o celular do bolso e mandei uma mensagem para todos dizendo que
estávamos no hospital incluindo meus pais e Carlos.
- Adam...
Me virei para falar com a enfermeira e com uma leve apressada ela atendeu
meu pedido e logo depois minha princesa estava sendo levada para a sala de
parto.
A médica de Rubi estava fazendo plantão no hospital, graças a Deus, e ela
examinou Rubi por completo e depois que as palavras "está na hora" saíram
da sua boca quase meu coração saltou do meu peito.
Fiz toda a higienização necessária e voltei para a sala vendo tudo ser
preparado para os meu filhos nascerem e Rubi vestia o pijama do hospital.
Me aproximei dela que tinha a cabeça deitada na cama, passei a mão no seu
cabelo e ela me encarou com os olhos brilhantes. Beijei sua testa com
carinho e encarei a médica.
Olhei para Rubi e dei um sorriso confortador a ela, a médica junto com outra
levantaram o pijama do hospital que Rubi estava usando e foi colocado uma
espécie de pano na frente de Rubi que a impedia de ver o que tinha na sua
frente, elas mexerem na barriga da minha princesa como se estivesse a
massageando e os outros que estavam olhando se aproximaram dando alguns
objetos estranhos a elas.
A partir daí eu não consegui mais encarar, uma mão pequena pegou na minha
chamando minha atenção.
- Eles vão ficar bem, não é? -ela perguntou e eu sorri me aproximando dela.
- Sim, princesa. Eles vão ficar muito bem -digo e ela balança a cabeça
concordando.
Coloquei meu polegar na sua bochecha e deslizei para cima e para baixo
fazendo-a me encarar.
Respirei fundo e me levantei para ver o que estava acontecendo, uma mulher
que estava atrás de mim preparando algumas coisas para os trigêmeos me
deu uma tesoura e eu agradeci pegando da sua mão.
Eles levaram Adrian até a mulher que me deu a tesoura e Rubi pegou na
minha mão.
- Agora são as nossas mini princesas -falei apertando sua mão e dando um
beijo em seguida.
Espero que essas meninas não me dêem muito trabalho por que se puxarem
para Rubi ou até mesmo para mim, estou ferrado.
- Aqui vem ela -A médica disse e meu coração errou uma batida, até o final
do parto vou precisar de um transplante.
Respirei fundo e tomei coragem para olhar por cima do pano vendo o exato
momento em que nossa primeira filha saiu da barriga da mãe, ela chorou
mais que Adrian e tinha menos sangue que ele. Eles a limparam
superficialmente e trouxeram para nós dois a vermos.
- Quem é esta? -a mulher que trouxe minha filha perguntou nos encarando.
Olhei para o rostinho dela e joguei a cabeça para o lado. Ela tinha cara de
Maia, não estou nem aí que ela ainda tenha cara de joelho.
- Maia.
Rubi e eu falamos isso ao mesmo tempo e a mulher riu levando-a até o seu
irmão.
- Ela tinha cara de Maia -Rubi disse e eu ri concordando.
- Ela é linda -falei sorridente limpando uma lágrima que descia do rosto de
Rubi.
- Você é a mulher da minha vida -falei e abri os olhos- Obrigado por me dar
as minhas quatro maravilhas que eu já amo com toda a minha força.
A mesma mulher trouxe nosso último filho a nascer e assim que vi o rosto de
Alya me apaixonei da mesma forma que vi os outros dois.
Fim.
××
Ainda bem que estou digitando por que se estivesse falando seria um
tarefa difícil para fazer, estou com uma enorme vontade de chorar
(quase chorei de novo, só não o fiz pq sou bandida má).
Para você que me acompanhou dede o início, espero ter valido a pena
esperar por todos esses capítulos, obrigada a todos por ler "Meu acaso
sedutor", é uma honra para mim ter leitores como vocês.
Até, babys ❤