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Admita, agora, que o que estava em causa era a compra e venda de todos
os eletrodomésticos da casa de férias de Amílcar, no valor de 25.500,00
euros e que, igualmente por desconformidades, o comprador e a
vendedora se tinham dirigido aos serviços de mediação dos Julgados de
Santo Tirso.
R.: O art. 16º/1 LJP evidencia que em cada julgado de paz existe um
serviço de mediação que disponibiliza a qualquer interessado a mediação.
Se é certo que, em razão do valor, o julgado de paz seria incompetente,
na medida em que o valor da ação excede os 15.000€ (8º LJP), é também
certo que o artigo 16º/3 LJP refere que o serviço de mediação é competente
para mediar quaisquer litígios que possam ser objeto de mediação, ainda
que excluídos da competência do julgado de paz.
Neste sentido, temos de recorrer à lei da mediação para perceber se o
litígio é mediável, confirmando o art. 11º/1 LJP que o litígio é, de facto,
mediável, na medida em que o litígio diz respeito a um interesse de
natureza patrimonial.
Deste modo, seria viável usar os serviços de mediação do Julgado de Paz
de Santo Tirso, estando a organização e funcionamento dos serviços de
mediação disponíveis nos Julgados de Paz, regulados na Portaria
1112/2005, de 28 de outubro.