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1 - A revogação é o ato administrativo que determina a cessação dos efeitos de outro ato,
por razões de mérito, conveniência ou oportunidade – Ou seja existiu a produção de efeitos
que termina por via deste fenómeno, a revogação.
Importa ainda referir quem pode e quem tem competência para proceder à revogar e á
anulação administrativa, algo que nos refere o artigo 169º do CPA, onde o seu número 1 de
alguma forma consegue resumir e que passo a citar:
Digamos que até ao momento, tentei demostrar a parte destrutiva destes dois fenómenos, a
partir daqui tentarei demonstrar o propósito do “Quase” que figura no título. E o “Quase”
significa Vida, significa que nem tudo é destruição.
Quando nos deparamos com um ato revogatório ou com uma anulação administrativa,
forçosamente, deparamo-nos com um nascimento ou com um renascimento de um ato
administrativo, isto porquê, porque não pode existir vazios legislativos. Daí que a partir de
agora começamos a perceber que a revogação e a anulação administrativa não significam
somente, destruição, poderão também significar reconstrução ou construção legislativa. Algo
que vem plasmado nos artigos 172º nos seus números 1 e 2 e no 173º do CPA.
172º
173º
1 - Salvo disposição especial, são aplicáveis à alteração e substituição dos atos administrativos
as normas reguladoras da revogação.
3 - No caso previsto no número anterior, se o ato substituído tiver tido por objeto a
imposição de deveres, encargos, ónus ou sujeições, a aplicação de sanções ou a restrição de
direitos ou interesses legalmente protegidos, a renovação não prejudica a possibilidade da
anulação dos efeitos lesivos produzidos durante o período de tempo que precedeu a
substituição do ato.
Ainda poderemos ligar a estes fenómenos a dois outros fenómenos não menos interessantes,
os efeitos retroativos e a repristinação.
No caso dos efeitos retroativos, por regra e em particular a revogação apenas produz efeitos
para o futuro, contudo, o autor da revogação pode, no próprio ato, atribui-lhe eficácia
retroativa quando esta seja mais favorável aos interessados. Aqui bebemos alguma informação
do artigo 171 do CPA, mas, na minha modesta opinião o artigo 156º no seu número 2 alínea a)
clarifica por completo o fenómeno da retroatividade e dada a importância passo a citar:
2 - Fora dos casos abrangidos pelo número anterior, o autor do ato administrativo só pode
atribuir-lhe eficácia retroativa:
Quanto à repristinação, ela surge em situações em que a reentrada em vigor de um ato que
anteriormente tenha sido revogado por outro, por efeito da revogação deste último. Aqui
deparamo-nos com destruição e a reconstrução legislativa.
Quanto aos efeitos convém clarificar e com base no artigo 171º que:
Em síntese, neste pequeno e singelo texto, tentei transmitir e aprender que o Direito não se
traduz numa moderna autoestrada, mas sim numa sinuosa estrada nacional que por vezes, ou
melhor, muitas vezes nos presentei com diversas vicissitudes, que com o tempo aprendemos a
contornar, para que a viagem prossiga…