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A carne suína é uma das três proteínas animais mais consumidas no mundo. Só em
2020, o abate de suínos cresceu cerca de 6,4%, totalizando 49,3 milhões de cabeças, segundo
dados do IBGE. As exportações de carne suína do Brasil somaram 1 milhão de toneladas em
2021 a melhor marca da série histórica. Nos últimos cinco anos, o volume embarcado pelo
país aumentou 80%. Já a carne bovina, o país, que exportou 1,55 milhão de toneladas em
2021, teve o desempenho prejudicado pelo embargo chinês, que durou mais de cem dias. A
China respondeu por mais de 50% da carne bovina exportada pelo Brasil em 2021. O
embargo de pouco mais de três meses prejudicou o país. Nós ficamos abaixo da marca de
2019, quando 1,56 milhões de toneladas foram embarcadas.
Os ácidos graxos livres (AGL) presentes em óleos e gorduras (ou produtos que os
contenham) são resultantes da hidrólise de alguns triglicerídeos (TAG), na ligação éster entre
o glicerol e o ácido graxo. A acidez está associada à caracterização do estado de conservação
de grãos e da deterioração de óleos e gorduras, por conseguinte a ocorrência de ácidos graxos
livres indica a perda da integridade da molécula, antes neutra e totalmente apolar. A hidrólise
dos lipídios pode ocorrer por diversos fatores como: condições impróprias de armazenamento
(temperatura e umidade elevadas), ataque enzimático de microrganismos ou de lipases
naturais existentes no material.
Como os ácidos graxos são ácidos fracos, é necessário usar uma base forte como o
hidróxido de sódio para titulá-los. Pelo mesmo motivo, o ponto de equivalência
estequiométrica, quando titulados com uma base forte, está no lado alcalino. Por isso a acidez
causada pelos ácidos graxos livres é estimada pela titulação com hidróxido de sódio em
solução alcoólica, usando fenolftaleína como indicador.
Reações:
Reação de neutralização dos ácidos graxos livres (AGL) com hidróxido de sódio:
2. Objetivos
3. Materiais/Reagente e Metodologia
O álcool etílico absoluto neutralizado deve ser preparado momentos antes do uso.
Manter o frasco de álcool etílico absoluto bem fechado para evitar a formação de ácido
carbônico.
Colocar em um Erlenmeyer de 1000 ml, 500 ml de álcool etílico com o auxílio de uma
proveta. Adicionar 4 gotas de solução indicadora de fenolftaleína 1% (m/v) e com agitação
constante, gotejar a solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L até coloração levemente rósea.
𝑚
𝑀𝑟 = 204,23 𝑥 𝑉
𝑥 1000 Equação [1]
Onde:
4.3 Procedimentos:
Cálculo:
(𝑉𝐴 ) 𝑥 𝑀𝑟 𝑥 40
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐴𝑐𝑖𝑑𝑒𝑧 (𝑚𝑔 𝑁𝑎𝑂𝐻 / 𝑔) = 𝑚
Equação [2]
Onde:
A solução reagente éter-álcool (2+1) neutralizada deve ser preparada momentos antes
do uso. Importante manter o frasco da solução reagente éter-álcool neutralizada bem fechado
para evitar a formação de ácido carbônico.
Misturar 2 partes de éter etílico (333 ml) com 1 parte de álcool etílico absoluto (167 ml)
da seguinte forma:
Transferir esta solução para um erlenmeyer de 1000 mL, adicionar 4 gotas de solução
indicadora de fenolftaleína 1% (m/v) e com agitação constante, gotejar a solução de
hidróxido de sódio 0,1 mol/L, previamente padronizado, até coloração levemente rósea.
5.2 Procedimentos:
Cálculo:
Onde:
Todas as análises de acidez, tanto do Sebo Bovino quanto da Farinha de Carne e Osso
foram feitas em duplicatas para redução de erros sistemáticos. Para os cálculos da análise da
acidez da Farinha de Carne e Osso foi utilizada a Equação [2] e os resultados obtidos estão
indicados na Tabela 2.
Os cálculos para a acidez do Sebo Bovino foram feitos seguindo a Equação [3], onde
os valores encontrados estão exibidos na Tabela 3.
Diante das inúmeras aplicações para o sebo bovino e a farinha de carne e osso, é
necessário que estes materiais estejam de acordo com os parâmetros físico-químicos
estabelecidos pelo MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,.
Desta forma, foram comparados os resultados obtidos nas análises de acidez para
ambos os materiais com os valores estipulados pelo MAPA, indicados nas Tabelas 4 e 5, e foi
possível concluir que todos os lotes de ambos os materiais utilizados estão dentro dos
padrões, uma vez que o indicado pelo MAPA é que a acidez em ambos os materiais seja
menor que 6.
Tabela 4: Índice de Acidez da farinha de carne e osso permitida de acordo com o MAPA
Foi observado também que alguns lotes apresentaram acidez maior que outros, algo
esperado devido às condições de armazenamento, processamento e decomposição do material
que podem variar de lote para lote.
8. Referências bibliográficas
KRISHNAMURTI, R. G. Cooking oils, salad oils and salad dressings. In: SWERIV, D.
Bailey's industrial oil and fat products. 4 ed. New York: WileyInterscience, 1982. v. 2. p.
320-326.