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Psicologia Cognitiva

Por Gabriela E. Possolli Vesce

Categorias: Psicologia
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Denomina-se psicologia cognitiva o ramo na psicologia que trata do modo


como os indivíduos percebem, aprendem, lembram e representam as
informações que a realidade fornece. A psicologia cognitiva abrange como
principais objetos de estudo a percepção, o pensamento e a memória,
procurando explicar como o ser humano percebe o mundo e como utiliza-se do
conhecimento para desenvolver diversas funções cognitivas como: falar,
raciocinar, resolver situações-problema, memorizar, entre outras.

"Labirinto" do cérebro. Imagem: Angel Soler Gollonet / Shutterstock.com

A psicologia cognitiva é totalmente divergente de outras abordagens da


psicologia por dois motivos principais: 1. Refuta a introspecção e adota o
método científico positivista como método válido de investigação, o que
contraria os métodos fenomenológicos, como a psicologia freudiana, por
exemplo. 2. Defende a existência de estados mentais internos, tais como: o
desejo; as crenças (conjunto de suposições desejadas, inconsciente ou
conscientemente por indivíduos ou grupos); as motivações (impulso de
materialização do desejo na conduta dos indivíduos de forma consciente ou
inconsciente), tais estados mentais vão contra os preceitos da psicologia
comportamental.

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Dentre as correntes da psicologia cognitiva na atualidade uma das principais é


a que aborda um enfoque voltado para o processamento da informação.
Segundo esse enfoque, a cognição se efetiva por meio de uma seqüência de
fases: a memória sensorial, a memória operacional e a memória permanente.

Existem algumas áreas de conhecimento relacionadas à psicologia cognitiva,


como: a inteligência humana, a inteligência artificial, a representação do
conhecimento, a construção de conceitos, a atenção, a percepção visual e
auditiva, a linguagem, o reconhecimento de modelos, o esquecimento e a
lembrança, a ciência da computação, entre outras.

Jean Piaget é um os principais representantes da psicologia cognitiva, que ao


contrário do que muitos pensam não construiu uma teoria da aprendizagem,
mas uma teoria do desenvolvimento mental humano. Conforme Piaget a
aprendizagem é entendida como o aumento do conhecimento e apenas ocorre
aprendizagem quando o esquema de assimilação passa pelo processo de
acomodação. Em outras palavras, para que alguém aprenda é preciso que haja
uma reconfiguração da estrutura cognitiva (esquemas de assimilação) do
indivíduo, resultando em novos esquemas de assimilação cognitiva.

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A idéia de estrutura cognitiva é primordial para a compreensão da teoria de
Piaget, elas podem ser definidas como modelos de ação física e mental
próprias de atos característicos de inteligência e que correspondem a estágios
do desenvolvimento infantil. Segundo Piaget, existem quatro estágios de
desenvolvimento, ou seja, quatro estruturas cognitivas primárias: sensório-
motor, pré-operacional, operacional concreto e operacional formal. No primeiro
estágio, sensório-motor (0-2 anos), a inteligência se expressa em ações
motoras. No estágio pré-operatório (3-7 anos) a inteligência é de natureza
intuitiva. Já no terceiro estágio, o operatório-concreto (8-11 anos), o
desenvolvimento da inteligência se volta para operações lógicas, mas ainda na
dependência de referenciais concretos. E no estágio final do desenvolvimento
cognitivo, o operatório-formal (12-15 anos), é que o pensamento passa a
realizar abstrações.

É por meio de processos de adaptação: assimilação e acomodação, que as


estruturas cognitivas se transformam. A assimilação refere-se à interpretação
de eventos através das estruturas cognitivas existentes, e a acomodação diz
respeito à modificação da estrutura cognitiva com a finalidade de compreender
o meio. A teoria de Piaget aproxima-se de outras teorias de aprendizagem
construtivistas (Vygotsky e Bruner) ao afirmar que o desenvolvimento cognitivo
de um indivíduo consiste em seu constante esforço adaptar-se ao meio em que
vive em termos de assimilação e acomodação.

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