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Trabalho do o Grupo
Cadeira: Direito Penal I
Estudantes:
Barreto Agostinho Muleva
Juliana Sadique Orlando
Lucineide Amelia Luciano
Sharon Ricardo Retxua
Docente:
Msc.Soares Nicachapa
Estudantes:
Barreto Agostinho Muleva
Juliana Sadique Orlando
Lucineide Amelia Luciano
Sharon Ricardo Retxua
Nome do Docente:
Msc. Soares Nicachapa
1.1.2 Metodologia...................................................................................................................4
2. Conceito de pena.................................................................................................................5
2.2 Características...................................................................................................................5
CONCLUSAO......................................................................................................................12
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................................13
INTRODUCÃO
1.1 Objetivos Gerais
MARCONI e LAKATOS (2002) referem que os objectivos gerais "estão ligados a uma visão
global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e
eventos.
1.1.2 Metodologia
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2. Conceito de pena
A pena é sanção penal, imposta pelo Estado, em execução de uma sentença ao culpado pela
prática de infracção penal, consistente na restrição ou na privação de um bem jurídico, com
finalidade de retribuir o mal injusto causado à vítima e à sociedade bem como a readaptação
social e prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à colectividade.
2.2 Características
Os fins das penas são essencialmente e exclusivamente preventivos;
Renúncia de toda a ideia de retribuição;
Princípio da culpabilidade para a limitação da pena vai-se ter em conta a culpa do
agente. Apenas não pode ultrapassar a medida de culpa. Ao grau de culpa vai-se
encontrar a medida da pena.
Sistema exclusivamente preventivo em que se procura fazer uma coexistência dos princípios
de prevenção especial e geral. Função da tutela necessária dos bens jurídicos, objectivos de
ressociabilização do agente encontrando o limite da pena, a culpa.
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Código Penal
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2.3 Finalidade da pena
Existem três teorias para definir a finalidade da pena:
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A lei penal constitui um imperativo categórico, uma determinação de justiça, independentemente
de toda consideração finalista.
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porque delinqüiu; porque o homem nunca pode ser utilizado como meio senão para si mesmo,
nem confundido com os objetos de direito real (Sachenrecht); diante disso, protege-se sua
personalidade inata, ainda que possa ser condenado a perder a personalidade civil. Antes de se
pensar em tirar dessa pena algum proveito para si mesmo ou para seus concidadãos deve ter
sido julgado como merecedor de punição. A lei penal é um imperativo categórico e (...)". 4E
com a teoria da retribuição lógico-jurídica de Hegel, a pena é negação do delito e, de
conseguinte, afirmação do direito que havia sido negado pelo delito. Essa construção é
jurídica, portanto, racional. Nas palavras do citado autor: "Como evento que é, a violação do
direito.
De outro modo, a concepção preventiva geral da pena busca sua justificação na produção de
efeitos inibitórios à realização de condutas delituosas, nos cidadãos em geral, de maneira que
deixarão de praticar atos ilícitos em razão do temor de sofrer a aplicação de uma sanção penal.
Em resumo, a prevenção geral tem como destinatária a totalidade dos indivíduos que integram
a sociedade, e se orienta para o futuro, com o escopo de evitar a prática de delitos por
qualquer integrante do corpo social. 5É a denominada prevenção geral intimidatória, que teve
clara formulação em Feuerbach (teoria da coação psicológica), segundo a qual a pena previne
a prática de delitos porque intimida ou coage psicologicamente seus destinatários. Como
4
KANT, Immanuel. La metafísica de las costumbres. Trad. Adela Cortina Orts e Jesús Conill
Sancho. Madrid: Tecnos, 1999. p. 166-167.
5
V. CEREZO MIR, José. Op. cit., v. I, p. 21 et seq.; GRACIA MARTÍN, Luis et al. Las
consecuencias jurídicas del delito en el nuevo Código Penal ( LGL 1940\2 ) español. Valencia: Tirant
lo Blanch, 1996. p. 57 et seq.
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doutrina utilitarista, refuta as bases metafísicas da teoria retributiva, e, nesse sentido,
representa um avanço.
O que se observa é que a idéia de retribuição jurídica, reafirmação da ordem jurídica - num
sentido moderno e secular da palavra -, não desaparece, inclusive se firma como relevante
para a fixação da pena justa que tem na culpabilidade seu fundamento e limite. De certa
maneira, conjugam-seexpiação (compensação da culpabilidade) e retribuição (pelo injusto
penal).
Na verdade, o termo técnico apropriado, mais consentâneo para exprimi-la, vem a ser neo-
retribuição ou neo-retribucionismo, e não propriamente retribuição, já que tem fundamento
próprio, diverso da noção clássica, e relativizado.
De acordo com esse direcionamento, assevera-se que a pena justa é provavelmente aquela qu
eassegura melhores condições de prevenção geral e especial, enquanto potencialmente
compreendida e aceita pelos cidadãos e pelo autor do delito, que só encontra nela (pena justa)
a possibilidade de sua expiação e de reconciliação com a sociedade.
A pena - espécie do gênero sanção penal - encontra sua justificação no delito praticado e na
necessidade de evitar a realização de novos delitos. 8Para tanto, é indispensável que seja justa,
proporcional à gravidade do injusto e à culpabilidade de seu autor, além de necessária à
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Na doutrina francesa e na belga essa concepção é largamente predominante. A pena apresenta as funções de
repressão e de prevenção, com influência neodefensista (v., por exemplo: CONTE, Ph.; CHAMBON, P. M. Droit
pénal général. Paris: Armand Colin, 1999. p. 234-235; MERLE, R.; VITU, A. Traité de droit criminel. Paris: Cujas,
1997. v. I, p. 824 et seq.; ROBERT, J-H. Droit pénal général. Paris: Puf, 2001. p. 32 et seq.; PRADEL, J. Droit pénal
général. Paris: Cujas, 1995. v. I, p. 607; HENNAU, C.; VERHAEGEN, J. Droit pénal général. Bruxelles: Bruylant,
1995. p. 341 et seq.).
7
Cf. ROMANO, Mario. Op. cit., p. 15-16.
8
Adotando semelhante posicionamento: CEREZO MIR, José. Op. cit., p. 26; GRACIA MARTÍN,
Luis et al. Las consecuencias jurídicas..., cit., p. 60.
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manutenção da ordem social. Não se pode admitir a imposição de um único paradigma para a
matéria; muito ao contrário, exige-se uma espécie de solução de compromisso teórico.
De certo modo, em sintonia com o texto, alude-se à existência de uma evidente conexão entre
a natureza retributiva da pena e sua função de prevenção geral. Retribuição é também
prevenção, mas a recíproca não é exatamente a mesma, visto que se pode prevenir sem
retribuir, sendo que a finalidade preventiva pode se satisfazer também "pela punição terrorista
do inocente". "A garantia do caráter retributivo da pena - em razão da qual ninguém pode ser
punido por mais do que fez (e não pelo que é) - serve precisamente para excluir, à margem de
qualquer possível finalidade preventiva ou de qualquer outro modo utilitarista, a punição do
inocente (...)"
Os governantes, como forma de controle, usavam penas violentas e assim mantinha o povo
controlado pelo medo. Segundo registros históricos, a pena de vingança privada era a mais
antiga da história e logo a mesma passou a ser de interesse público, estatal e centralizado.
A vingança de sangue tinha como objetivo desfazer o a ação do malfeitor através de uma
outra ação tão violenta quanto, com o fim de vingar os clãs atingidos, o que ocasionava
guerras que geralmente acabava por atingir inocentes.
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http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/hamurabi.htm
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Como o tempo, a pena passou a ter caráter teológico, com finalidade de satisfazer supostas
divindades, como forma de adquirir benesses dos deuses. Assim, surgiu os chamados
sacrifícios, com o objetivo de impedir a cólera dos deuses.
Países como China e Egito utilizavam penas que envolviam mutilações, amputações,
açoitamentos e trabalho escravo. Entre os séculos VII e VI a.C. a ideia teocrática perde espaço
para o pensamento político, e surge leis escritas, tais como o código de Dracon, em Atenas,
que trás equilíbrio entre o poder estatal e a liberdade do indivíduo. Para Platão a pena tinha
como função mudar o indivíduo, e o penalizado seria exemplo para os demais. Aristóteles,
discípulo deste, via a pena como meio de atingir o fim moral pretendido.
Com o início da idade média, o direito germânico dos povos bárbaros exerce grande
influência. A pena era marcada pela pouca chance dada aos penalizados, que tinham que
provar sua inocência mergulhando em água fervente por exemplo.
O direito penal canônico tinha muita influência, devido ao poderio da igreja católica, e era
executado em tribunais civis. Tinha um caráter retributivo, porem com alguma preocupação
com a correção dos infratores. Para o homem medieval, tudo era derivado de Deus, portanto a
pena, além de ser um castigo pelo pecado, tinha o objetivo de salvar a alma.
a) Legalidade: A pena deve estar prevista em lei e, importante, lei em sentido estrito,
não se admitindo que seja cominada em regulamento ou acto normativo.
b) Anterioridade: A pena deve já estar em vigor na época em que foi praticada a
infracção.
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https://finsdaspenas.blogspot.com/2009/07/importancia-dos-fins-das-penas.html
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c) Personalidade: A pena não pode passar da pessoa do condenado. A pena de multa,
por exemplo, embora considerada dívida de valor, em razão da personalidade, jamais
poderia ser cobrada dos herdeiros do condenado.
d) Interrogabilidade: Salvo previsões expressas legais, o Juiz jamais poderia deixar de
aplicar a pena. Por ex, o juiz não poderia extinguir a pena de multa em razão de seu
irrisório valor.
e) Individualidade: A imposição e o cumprimento da pena deverão ser individualizados
de acordo com a culpabilidade e o mérito de cada sentenciado.
f) Proporcionalidade: A pena deve ser proporcional ao crime praticado
g) Humanidade: Não são admitidas as penas de morte, salvo em caso de guerra
declarada, de trabalhos forçados, perpetuas, banimento e cruéis.
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CONCLUSAO
Em conclusão, A pena é uma instituição complexa que tem evoluído ao longo da história,
refletindo as mudanças nas concepções de justiça e nos objetivos da punição. Seu conceito e
finalidade variam de acordo com diferentes teorias e sistemas jurídicos. Enquanto algumas
teorias enfatizam a retribuição pelo crime, outras priorizam a prevenção geral e especial, bem
como a ressocialização do infrator.
Atualmente, a tendência é uma abordagem mais eclética, que busca conciliar a retribuição
com a prevenção, reconhecendo a importância de ambas na aplicação da justiça penal. A pena
deve ser proporcional ao delito cometido, individualizada de acordo com as circunstâncias do
caso e fundamentada nos princípios da legalidade, anterioridade e humanidade.
Em suma, a pena é uma ferramenta essencial do sistema jurídico, cuja aplicação requer um
equilíbrio entre a justiça retributiva e a prevenção de novas transgressões, com respeito aos
direitos humanos e à dignidade dos indivíduos.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Mariana de Andrade, técnicas de pesquisa, 5 ed, São
Paulo, Atlas, 2002
BECCARIA, Cesare Bonesana. Dos delitos e Das Penas – Tradução Flório de Angelis. Bauru:
Edipro, 1993.
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