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V grupo

Roberto Vicente Chivale


Marcelino Zacarias Nhacumba
Sérgio António Macuacua

Necessidades Educativas Especiais Motrizes

Licenciatura em ensino de Química

Universidade Save
Massinga
2021
V GRUPO
Roberto Vicente Chivale
Marcelino Zacarias Nhacumba
Sérgio António Macuacua

Necessidades Educativas Especiais Motrizes

Trabalho de Necessidades Educativas


Especiais a ser entregue ao docente, para
fins avaliativo.
Docente: Dr. Guedes Basílio

Universidade Save
Massinga
2021
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Índice
1.0 Introdução..............................................................................................................................4

1.1 Objectivo................................................................................................................................4

1.2 Metodologia...........................................................................................................................4

2.0 Necessidades educativas especiais motrizes: deficiência motora, causas, sinais de alerta,...5

2.1 Coneito de dificiencia motora................................................................................................5

2.2 Causas das necessidades motrizes..........................................................................................6

3.0 Sinais de alerta de um aluno com deficiência motora............................................................8

4.0 Particularidades do aluno com deficiência motora na escola inclusiva.................................8

5.0conclusão……………………………………………………………………………………10

6.0 Referencia Bibliografia........................................................................................................11


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1.0 Introdução
Este trabalho surge na cadeira de Necessidades Educativas Especiais, uma das cadeiras
leccionadas na universidade Save Massinga, o mesmo está subordinado ao tema: Diagnostico
psicopedagógico. O trabalho tem como objectivo transmitir conhecimentos aos estudantes acerca
do tema em abordagem. Importa salientar que as necessidades educativas especiais motoras
buscam compreender todos os aspectos que podem estar a influenciar o processo de
aprendizagem da personalidade do aluno em distúrbios do desenvolvimento, ou seja, tenta
entender o contexto em que o aluno se encontra. É de se esperar que estes alunos, devem seguir o
currículo regular, introduzindo as adaptações necessárias consoante as necessidades individuais
(organização, metodologia, temporalização, conteúdos, materiais necessários para que a sua
aprendizagem seja bastante frutuosa). Habitualmente necessitam de maior reforço pedagógico
nas áreas perceptivo sensorial, linguagem, afectivo-social e autonomia. São aconselhadas
estratégias que envolvam toda a turma no suporte/apoio ao(s) aluno(s) com deficiência motora,
como por exemplo a selecção de um aluno da turma para assumir a função de “companheiro
mais íntimo”, que dará esse apoio sem pôr em causa a independência do aluno com esta
patologia.

1.1 Objectivo

Objectivo geral
Compreender as necessidades educativas especiais motrizes.

Objectivos específicos

 Dar conceito de dificiencia motora ;


 Mencionar as causas, sinais de alerta da deficiencia motora;
 Indicar particularidades e educação destes alunos na escola inclusiva.

1.2 Metodologia
Para a elaboração do trabalho recorremos a consulta bibliográfica e a internet para poder obter
informações referentes ao presente tema e a respectiva bibliografia se encontra na última página
do mesmo trabalho.
2.0 Necessidades educativas especiais motrizes: deficiência motora, causas, sinais de alerta,
particularidades e educação destes alunos na escola inclusiva.

2.1 Coneito de dificiencia motora


De acordo com BAUTISTA (1997), afirma que necessidades educativas especiais motrizes são
alterações completas ou parciais de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, excepto as deformidades estéticas e as que não produzam
dificuldades para o desempenho de funções.

Dificiencia motora é uma perda de capacidades a nível motor que afecta directamente a postura
e ou movimento devido a uma lesão congénita ou adquirida nas estruturas do sistema nervoso.

Considera se uma pessoa de deficiência motora, de carácter permanente ao nível dos membros
inferior ou superior, quando tiver incapacidade igual ou superior a 60℅. Em outras palavras, a
deficiência motora em uma disfunção física ou motora, a qual poderá ser congénita ou adquirida,
transitória ou permanente. Dependendo de cada problemática e severidade, as pessoas com
deficiência motora podem ser consideradas como alunos com necessidades educativas especiais.

Estes poderão apresentar limitações ao nível das articulações e estrutura óssea, da função
muscular e de movimento.

A deficiência motora afecta o indivíduo:

 Na sua mobilidade;
 Na coordenação motora;
 Na fala.

A criança com deficiência motora

Segundo ROSSA (1992), afirma que as crianças com deficiência motora apresentam limitações
ao nível dos estímulos e sensórios motores. Estes aspectos conduzem por sua vez a limitações na
aquisição de competências básicas em cada uma das etapas de desenvolvimento. As crianças
com deficiência motora ficam impedidas de explorar o meio que as rodeia, facto que ira afectar e
condicionar as suas capacidades cognitivas e de personalidade.
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2.2 Causas das necessidades motrizes


De acordo com NIELSEN (1999), afirma que as causas da deficiência motora normalmente
dividem-se em dois grupos fundamentais de acordo com as suas origens:

 Interna ou Congénita;

 Externa ou Adquirida

Factores externos: Factores Pré-natais (antes do nascimento), Factores Péri-natais (no momento
do parto), Factores Pós-natais (depois do nascimento).

Factores internos: Podem ocorrer deficiências motoras temporárias (expressão verbal lentos e
descoordenados, perdas de memorias e alterações do comportamento) e definitivas (paralisias
resultantes de lesões cerebrais ou medulares, adquiridas ou congénitas).

No período pré-natal

 Doenças cromossómicas,
 Síndromes genéticas;
 Alcoolismo;
 Tabagismo;
 Uso e drogas;
 Falta de alimentação adequada;
 Acidentes que podem afectar o feto.

No período perparto:

Asfixia;

Infecções;

Nascimento prematuro;

Uso de forces para extrair a criança.

Período pós-parto:

Paralisia Cerebral
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De acordo com BAUTISTA (1997), Define paralisia cerebral como um conjunto de afecções
caracterizadas pela disfunção motora decorrentes de lesão no cérebro (uma forma de
Encefalopatia Crónica não evolutiva) durante os primeiros estágios de desenvolvimento. É
uma desordem permanente que, embora definitiva, não é evolutiva. Não é imutável, como tal,
susceptível de melhoras. A deficiência motora expressa-se em padrões normais de postura e
movimentos, associados a um tónus postural anormal. No entanto, algumas características
podem mudar com o tempo. A lesão atinge o cérebro quando ainda é imaturo e interfere no
desenvolvimento motor normal da criança. Os distúrbios mais relevantes são os motores, sem
necessariamente, implicar na existência de uma deficiência mental associada. Não tem
relação com o nível mental; a perturbação predominante é a perturbação motora. Pode surgir
durante todo o período de crescimento cerebral.
 Acidentes;
 Trombose;
 Paraparesia;
 Monoplegia;
 Monoparesia,
 Tetraplegia,
 Etraparesia,
 Triplegia
 Triparesia,
 Hemiplegia
 Artropatias: por processos inflamatórios, processos degenerativos, alterações
biomecânicas, hemofilia, distúrbios metabólicos, etc
 Patologias degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla, esclerose lateral
amiotrófica)
 Lesões nervosas periféricas
 Amputações
 Sequelas de poli traumatismos
 Distúrbios posturais da coluna
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 Lesão medular e aquela que ocorre por ferimento por arma de fogo, ferimento por arma
branca, acidentes de trânsito, mergulho em águas rasas, traumatismos directos, quedas,
processos infecciosos, processos degenerativos, etc.

 Amputações: causas vasculares, traumas, malformações congénitas, causas metabólicas,


etc.

 Malformações congénitas: por exposição à radiação, uso de drogas.:


 Paralisia Cerebral: por prematuridade, anóxia perinatal, desnutrição materna, trauma de
parto, subnutrição, etc.
 Hemiplegias: por acidente vascular cerebral, aneurisma cerebral, tumor cerebral, etc.

3.0 Sinais de alerta de um aluno com deficiência motora.


segundo RODRIGUES (1983), diz que ,dependendo do tipo de deficiência motora que a criança
tem, os sinais manifestam de diferentes maneiras.

 A criança pode parecer desajeitada, correr de forma estranha, tropeçar nos seus próprios
pés e ou correr devagar;
 Não ser capaz de subir ou descer escadas;
 Dar passos largos;
 Ter equilíbrio estranho, manter-se junto das paredes;
 Não ser capaz de desenhar formas- não é capaz de manusear os auxiliares da escrita de
modo eficiente: pegar no lápis de cera muito encima ou muito embaixo, mantem o braço
no ar em vez de mate-lo na mesa enquanto desenha ou pinta;
 Não ser capaz de atravessar a linha média quando pinta, desenha, come ou faz puzzles;
 Não ser capaz de desempenhar de modo eficiente tarefas que exijam rodar e manipular,
tais como rodar massanetas de portas, abrir tampas, abotoar, etc.
 Não ser capaz de escrever de escrever letras e ou números pequenos ou grandes

4.0 Particularidades do aluno com deficiência motora na escola inclusiva


Segundo NIELSEN (1999), diz que a deficiência motora na maioria dos casos, não tem qualquer
implicação ao nível intelectual estes alunos podem apresentar algumas dificuldades psicológicas
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e emocionais decorrentes das limitações de que têm consciência. Possuem igualmente alteradas a
consciência corporal e a sua relação com física com o espaço envolvente.
 Deve-se promover o máximo de independência, tendo em conta as capacidades e limitações do
aluno.
 Não se deve fazer de conta que o aluno não existe, negando-lhe a sua identidade na condição de
pessoa com deficiência, é fundamental que nos relacionemos com a pessoa e não com a sua
deficiência.
 Quando se conversa com um aluno que utilize cadeira de rodas deve-se permanecer ao seu nível,
sentando-se se possível, visto que é muito incómodo conversar com a cabeça levantada. É
importante ter em conta que tocar na cadeira de rodas é como tocar num prolongamento do corpo
do aluno, como tal deve-se evitar fazê-lo, principalmente quando não há relação estabelecida.
Deverá existir coordenação entre professor, aluno e auxiliar de forma a minimizar
constrangimentos inerentes aos seus cuidados de higiene.
 Na sala de aula, sempre que se justifique, o aluno terá que ser acompanhado das tecnologias de
apoio que o auxiliam. Deverão ser proporcionadas todas as condições para que o aluno tenha
total acesso às situações de aprendizagem e a todo o tipo de actividades. Existem inúmeras
tecnologias de informação e comunicação das quais o aluno pode, e deve, dispor
 É fundamental que fique claro para todos os elementos da comunidade escolar, que se trata de
um aluno com recursos cognitivos, que apenas necessita de adaptações físicas e estruturais.
 Nunca se deve movimentar a cadeira de rodas de uma pessoa com deficiência motora, antes de
pedir a sua permissão;
 Sempre que lhe pareça que a pessoa com deficiência motora está com algumas dificuldades,
ofereça a sua ajuda e, caso esta seja aceite, pergunte como deve proceder para ajuda
 A sala de aula deve ser espaçosa, permitindo o acesso a pessoas em cadeira de rodas;
 Os alunos que se deslocam em cadeira de rodas devem ter mesas adaptadas, mais altas do que as
dos colegas;
 Quando incapaz para retirar apontamentos nas aulas, deve ser concedida a possibilidade do
estudante com deficiência motora gravar as aulas;
 Os alunos com deficiência motora devem estar relativamente próximos do docente;
 Os alunos com deficiência motora deverão ficar numa posição em que consigam ler as anotações
do quadro e interagir com os colegas, ou seja, na frente e no cent
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5.0 Conclusão

Tendo feito o presente trabalho, observa-se que as necessidades educativas especiais motoras
buscam compreender todos os aspectos que podem estar a influenciar o processo de
aprendizagem da personalidade do aluno em distúrbios do desenvolvimento, ou seja, tenta
entender o contexto em que o aluno se encontra. É de se esperar que estes alunos, devem seguir o
currículo regular, introduzindo as adaptações necessárias consoante as necessidades individuais
(organização, metodologia, temporalização, conteúdos, materiais necessários para que a sua
aprendizagem seja bastante frutuosa). Habitualmente necessitam de maior reforço pedagógico
nas áreas perceptivo sensorial, linguagem, afectivo-social e autonomia. São aconselhadas
estratégias que envolvam toda a turma no suporte/apoio ao(s) aluno(s) com deficiência motora,
como por exemplo a selecção de um aluno da turma para assumir a função de “companheiro
mais íntimo”, que dará esse apoio sem pôr em causa a independência do aluno com esta
patologia. Podemos mais perceber que, a primeira coisa a ser estudada serão as características
pessoais do aluno, isso pode incluir todos os tipos de elementos diferentes, desde a sua
personalidade e seus recursos mais destacados até outros como sua capacidade de gerenciar suas
emoções, seus interesses, seu nível de motivação ou os possíveis problemas de aprendizado que
possam surgir. Deve-se levar em conta, no diagnóstico, a pesquisa dos factores externos e
internos que influenciam na aprendizagem do aluno. Como factores externos, são citados, por
exemplo, os aspectos sociais da articulação família e escola. A psicopedagogia deve ser capaz,
durante o diagnóstico, de verificar as oportunidades sociais e o nível de interacção
família/escola/meio social. O profissional também precisa estar alerta para as consequências de
um sistema social selectivo e competitivo na vida do aluno. Outros factores externos que
merecem análise são as práticas escolares, os currículos, as metodologias e as avaliações.
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Bibliografia
1. BAUTISTA, R. ed. Necessidades Educativas Especiais, Col. Saber Mais, Editora
Dinalivro, Lisboa. 1997
2. NIELSEN, L. B., Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula Um Guia para
Professores, Porto Editora, Lisboa, 1999.
3. ROSSA, N. A psicopedagogia no Brasil. 2ed. Porto alegre, 1992.
4. RODRIGUES, D. Educação especial: deficiência motora: colectânea de textos. Lisboa.
1983

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