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Anderson Flogner

OAB/PR – 78.164
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Tudo é possível para aquele que crê, pois, o Senhor é o Deus todo poderoso
que pode todas as coisas! Perdoar é ação!

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.

Autos n. 0075210-91.2023.8.16.0014

MARCELO AUGUSTO DE VASCONCELOS, brasileiro, divorciado,


autônomo, portador da cédula de identidade RG n° 7.167.794-0, inscrito no CPF/MF sob n°
008.833.269- 14, residente e domiciliado na Rua Oswaldo dos Santos, nº 75, Jardim Paraty, CEP
86081 400, Londrina-PR, por meio de seus procuradores signatários, em razão da insurgência em
face de decisão interlocutória que concedeu a medida liminar (ev. x), vem, à presença de V. Exa., por
seus advogados signatários (endereço completo no rodapé) interpor;

AGRAVO DE INSTRUMENTO ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL

com fundamento no artigo 1.015, V, do CPC, em face da decisão de ev. 8, proferida nos autos do
processo ajuizado por JAQUELINE MAGALHAES PIRES VASCONCELOS, já devidamente
qualificada nos autos da presente ação.

Em atenção ao disposto no art. 1.017 do CPC e seus incisos, a parte agravante


informa que deixa de recolher o preparo em razão da existência de pedido de deferimento dos
benefícios da gratuidade de justiça.

Informa, igualmente, que o recurso é tempestivo por não ter sido a parte agravante
citada.
Por tramitar o processo em meio eletrônico, a parte agravante deixa de instruir o
recurso com as peças dos incisos I e II do art. 1.017, em observância ao disposto no §5º do mesmo
artigo.
Requer seja o presente recurso processado e remetido ao Egrégio Tribunal de
Justiça de Estado.
Pede deferimento.
Protesta pelos meios de provas admissíveis.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Datado assinado digitalmente.

Rua Quintino Bocaiuva | n. 183 | Centro | Cornélio Procópio | Estado do Paraná | Email: flogner.adv@gmail.com | Tel. (43) 98462-1048
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Tudo é possível para aquele que crê, pois, o Senhor é o Deus todo poderoso
que pode todas as coisas! Perdoar é ação!

Egrégio Tribunal de Justiça de Estado


Colenda Câmara
Eméritos Julgadores

Processo: 0075210-91.2023.8.16.0014
Agravante: MARCELO AUGUSTO DE VASCONCELOS
Agravado: JAQUELINE MAGALHAES PIRES VASCONCELOS

1. PRELIMINARMENTE – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Preliminarmente, requer sejam deferidos à agravante os benefícios da gratuidade de


justiça, à vista da impossibilidade de arcar com as custas processuais e eventuais honorários
sucumbenciais sem que seja afetada a sua subsistência e a de sua família, em atenção ao art. 98 do
CPC e ao art. 5º, LXXIV, da CRFB/1988.

A parte Autora não tem condições de arcar com as despesas do processo, uma vez
que são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais, inclusive o
recolhimento das custas iniciais.

Destarte, a Demandante ora formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por
declaração de seu patrono, sob a égide do art. 99, § 4º c/c 105, in fine, ambos do CPC, quando tal
prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório acostado.

Como corolário do acesso à justiça, requer sejam deferidos os benefícios advindos


da gratuidade de justiça, de modo que à agravante seja garantida, especialmente, a inexigibilidade de
custas processuais e de eventuais honorários sucumbenciais.

2. PREPARO

Em razão do pedido de gratuidade de justiça recursal, a agravante deixa de


comprovar o recolhimento das custas processuais.

A agravante reside com sua filha, únicas componentes do núcleo familiar, e


convivem com dificuldades financeiras que podem ser agravadas em decorrência da eventual
necessidade de arcar com as custas processuais.

Por isso, o pedido de deferimento das benesses da gratuidade de justiça está


regularmente instruído com os documentos comprobatórios da hipossuficiência da agravante, como
os extratos bancários, as declarações de Imposto de Renda, a demonstração da situação de

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desemprego e o contrato de prestação de serviços que representa a única renda auferida pela
agravante.

3. TEMPESTIVIDADE E CABIMENTO

O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, visto que a publicação da


intimação ocorreu no dia 30/11/2023, desta forma, após o recesso forense e o praz de 15 dias uteis
para interposição do presente recurso termina dia 05/02/2024.

4. BREVE SÍNTESE DO ACORDAO

O recurso especial não pode ser admitido, pois foi manejado sem observância do
prazo previsto no artigo 1.003, § 5º, c/c artigo 219, ambos do Código de Processo Civil.

No caso em análise, a leitura de intimação do acórdão proferido pela 6ª Câmara


Cível em sede de Apelação Cível foi confirmada em 14.08.2023 (mov. 34 - AP), de modo que o prazo
para interposição de recursos aos Tribunais Superiores passou a fluir no dia 15.08.2023 e,
considerando a prorrogação dos prazos processuais em todo o Estado do Paraná, cujos termos inicial
e final tenham ocorrido entre 30 de agosto e 05 de setembro do corrente ano (Decreto Judiciário nº
593/2023 - D.M), findou em 06.09.2023. Todavia, a petição recursal foi juntada em 16.11.2023,
sendo, portanto, flagrantemente intempestiva.

Cumpre esclarecer que os Embargos de Declaração nº 0056791-23.2023.8.16.0014


ED, decididos por decisão singular, não tem o condão de interromper ou suspender o prazo recursal,
uma vez que não foram conhecidos, com fulcro no artigo 932, III, do CPC, e art. 182, XIX, do
Regimento Interno deste Tribunal de Justiça, em razão da intempestividade (decisão monocrática de
mov. 18.1 - ED).

Nesse sentido, os seguintes precedentes

"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. INTEMPESTIVIDADE DO
RECURSO ESPECIAL. INOBSERVÂNCIA DO
PRAZO LEGAL DE 15 DIAS. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONSIDERADOS
PROTELATÓRIOS. NÃO INTERRUPÇÃO DO
PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
ESPECIAL. AGRAVO REGIMENTAL NÃO
PROVIDO. 1. A jurisprudência desta Corte firmou a
compreensão de que a oposição de embargos
aclaratórios, quando intempestivos, protelatórios ou
manifestamente incabíveis, não tem o condão de
interromper o prazo para a interposição do recurso

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especial. 2. Agravo regimental não provido." (AgRg no


AREsp n. 2.149.594/MG, relator Ministro Rogerio
Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado em 14/3/2023, DJe
de 22/3/2023.) - Destaquei "AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO.
PRECLUSÃO CONSUMATIVA E PRINCÍPIO DA
UNIRRECORRIBILIDADE. INTEMPESTIVIDADE
DO RESP. 1. Não são admissíveis os segundos
embargos de declaração opostos contra o mesmo ato
decisório, tendo em vista o princípio da
unirrecorribilidade das decisões judiciais e a ocorrência
da preclusão consumativa 2. A oposição de embargos
aclaratórios, quando intempestivos ou manifestamente
incabíveis, não tem o condão de interromper o prazo para
a interposição do recurso especial. 3. No caso, o acórdão
proferido no primeiro embargos de declaração foi
disponibilizado do DJe em 20/8/2021, considerando-se
publicado no primeiro dia útil seguinte. O recurso
especial, todavia, somente foi protocolizado em
08/11/2021, fora, portanto, do prazo de 15 (quinze) dias.
4. Agravo regimental a que se nega provimento." (AgRg
no AREsp n. 2.102.607/RS, relator Ministro Reynaldo
Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 6/9/2022,
DJe de 13/9/2022.) – DestaqueI

Ademais, mesmo que assim não fosse, o recurso especial não estaria apto a
ultrapassar este juízo prévio de admissibilidade, visto que foi manejado sem que se exaurisse a
instância ordinária, já que os embargos de declaração foram decididos monocraticamente, incidindo
na hipótese a Súmula 281 do Supremo Tribunal Federal, também aplicada no Superior Tribunal de
Justiça (Nesse sentido: AgInt no AREsp 1179641/RS, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em
15/05/2018, DJe 21/05/2018).

Quanto ao pedido formulado em contrarrazões pela Recorrida, de condenação do


Recorrente às penas de litigância de má-fé (mov. 11.1), vale destacar que “a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça é no sentido da 'impossibilidade de se apreciar a presença de litigância
de má-fé, sugerida em contrarrazões, pois não há como, por meio da referida via processual, piorar a
situação da recorrente' [...], servindo tal peça ” (AgInt no AREsp 2088348/RS, processual 'apenas
para impugnar os fundamentos da decisão exarada' (...) Rel. Min. ANTONIO CARLOS FERREIRA,
Quarta Turma, DJe 18/08/2022).
Diante do exposto, inadmito o recurso especial interposto.

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Em suma, era isso.

Requer-se, no ponto, seja revogada a decisão de ev. x e seja afastada a constituição


em mora da parte agravante, a culminar, em última instância, na extinção do feito sem resolução de
mérito.

5. DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA

Da análise dos autos restaram as seguintes conclusões: 1. O acórdão recorrido foi


julgado em última instância pelo Tribunal Regional; 2. O acórdão caminhou, data vênia, em sentido
contrário à lei federal, lhe afrontando, contradizendo e negando-lhe vigência; 3.

Há dissídio jurisprudencial quanto à questão suscitada no feito. Isto posto, à luz do


art. 105, III, alíneas a e c da Constituição Federal, e, também, do art. 1029, II do NCPC/2015, é
cabível o presente RECURSO ESPECIAL como meio de alcançar o fim desejado, qual seja, a reforma
do acórdão para determinar a nulidade da sentença de primeiro grau.

Assim, se faz necessária a concessão da tutela antecipada pleiteada e sua total


reforma, no sentido de suspender o direito do Agravado, como autoriza o art. 1.019 I, do CPC 2015.

6. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL

A agravante requer a antecipação dos efeitos da tutela recursal com o objetivo de


que sua situação não fique ainda mais agravada em razão da existência do processo e de eventual
cumprimento da decisão combatida.

O art. 1.019, I, do CPC, autoriza que o Relator defira, em antecipação de tutela, a


pretensão recursal. O deferimento, no entanto, é condicionado à presença dos requisitos de
probabilidade do direito, perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, bem como a
reversibilidade da decisão.

Todos os requisitos estão preenchidos, sendo eles, deste modo, para a concessão da
tutela antecipada, o legislador elencou três requisitos: i) probabilidade do direito; ii) perigo de dano
ou risco ao resultado útil do processo, e; iii) reversibilidade dos efeitos da decisão.

Presentes os requisitos para a concessão da tutela de urgência, requer-se seja


revogada a decisão agravada.

7. PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Ante o exposto, requer:

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a) Seja recebido e admitido o presente Agravo de Instrumento, à vista do preenchimento dos


requisitos extrínsecos e intrínsecos de admissibilidade;
b) A concessão dos benefícios da gratuidade de justiça em âmbito recursal, nos termos do art.
98, do CPC.

Liminarmente:

c) Monocraticamente, inaudita altera pars, seja determinada a revogação/suspensão da decisão


do ev. x;

No mérito:

d. No mérito, seja confirmada o pedido de antecipação de tutela, de modo a determinar a


revogação/suspensão a r decisão, fixando multa por descumprimento no valor sugerido de R$
1.000,00, (hum mil reais) por dia de atraso.

Protesta pelos meios de provas admissíveis.

Nestes termos,
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Datado assinado digitalmente.

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