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Lillian Graziella de Paula Melo

01586477
Direito – 2º Período
Teoria Geral do Processo

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

A intervenção de terceiros é um instituto previsto no processo civil


brasileiro que permite que um terceiro que não faz parte do processo principal
intervenha para defender seus interesses. Existem três tipos de intervenção de
terceiros previstos no Código de Processo Civil brasileiro: a assistência, o
chamamento ao processo e a denunciação da lide.

Assistência: ocorre quando alguém tem interesse jurídico em apoiar uma


das partes, podendo intervir no processo como assistente simples (sem
prejuízo de sua autonomia) ou como litisconsorcial (parte integrante da
demanda).

Chamamento ao processo: ocorre quando o réu, sendo demandado em


ação regressiva, chama para integrar a demanda o responsável regresso, a fim
de que a eventual responsabilidade seja partilhada, de forma solidária.

Denunciação da lide: ocorre quando o réu, sendo demandado em ação


regressiva, denuncia à lide o responsável regressivo, a fim de que este integre
a demanda e responda, também, pela eventual responsabilidade.

Cada tipo de intervenção de terceiros possui requisitos específicos e


deve ser analisado caso a caso para verificar a sua pertinência e
admissibilidade. A intervenção de terceiro visa garantir o devido processo legal,
a ampla defesa e o contraditório, assegurando que todos os envolvidos tenham
seus direitos respeitados durante o decorrer do processo.

Exemplo hipotético:

Suponhamos que Pedro tenha comprado uma casa de João. Após a


conclusão da venda, Ana, que alega ser a legítima proprietária da casa por
herança de sua avó, litiga contra Patrício em uma ação reivindicatória visando
retomar a propriedade da casa.

Ao ser notificado sobre o litígio, Pedro, ciente de que João possuía todos
os documentos necessários que comprovam a propriedade legítima da casa,
decide fazer uma denunciação da lide a João. A denunciação da lide é uma
forma de intervenção de terceiros onde, na eventualidade de perder o
processo, o denunciante (Pedro) pode demandar do denunciado (João) a
indenização por prejuízos que sofrer.

Portanto, com a denunciação da lide, o João é chamado para integrar o


processo, defendendo seus interesses e, simultaneamente, os interesses do
Pedro. Dependendo dos documentos e provas apresentados, o juiz decida a
favor de Pedro e João, mantendo a validade da venda inicial da casa. Ou, caso
contrário, se o juiz decidir a favor de Maria, então pela denunciação da lide,
Pedro terá o direito de exigir de João a devolução do valor que pagou pela
casa, por entender que João lhe vendeu algo que não era dele.

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