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(...)
b) para prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua
duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
Portanto, a prorrogação contratual, na forma prevista no art. 57, inc. 11, da Lei nº 8.666/1993,
aperfeiçoa-se validamente com a assinatura do respectivo termo aditivo pelos contratantes, de
forma que somente a partir desse momento as partes se vinculam para o novo período de
vigência do ajuste.
Essa vinculação à manifestação formal quanto à intenção de prorrogar o contrato decorre dos
princípios da confiança e da boa-fé objetiva, que devem ser respeitados nas relações
contratuais, inclusive naquelas em que é parte a Administração Pública1.
Ainda que não seja suficiente para validar a prorrogação, a manifestação do particular faz
surgir para ele o dever de atender ao chamamento para a assinatura do termo aditivo, salvo se
houver fato superveniente que comprovadamente justifique a desistência posterior.
Dessa forma, para a Zênite, tal situação se assemelha à hipótese prevista no art. 81 da Lei de
Licitações, segundo o qual a recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar
ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração,
caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-os às penalidades
legalmente estabelecidas.
Por consequência, diante da recusa injustificada de cumprir com a obrigação assumida quanto
à prorrogação do ajuste, a qual deve restar devidamente documentada para fins de
comprovação, estará o contratado sujeito à aplicação das penalidades cabíveis.
Sob esse enfoque, veja-se trecho da racionalidade proposta por Marçal Justen Filho:
Disso decorre que, em vista da falta cometida pelo particular, cabe à Administração instaura
Com base nessa fundamentação, responde-se: que a recusa injustificada para assinar o termo
de prorrogação de contrato de prestação de serviço continuado, na forma do art. 57, inc. II, da
Lei nº 8.666/1993, após confirmação por meio idôneo acerca da aceitação da contratada
quanto à prorrogação do contrato, dá causa à aplicação de penalidades, já que a aceitação
produz efeito vinculante, e o seu desatendimento, por consequência, gera efeitos de
inexecução.
https://chamados.ifsc.edu.br/otrs/public.pl?
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A Administração não tem garantia de que o contrato será prorrogado. Trata-se de um acordo
entre as partes: a prorrogação somente ocorre, nos casos previstos legalmente, se tanto a
Administração quanto a contratada manifestarem interesse. Nenhuma das partes possui
direito subjetivo à prorrogação.”
Nesse sentido, o art. 2.º, parágrafo único, da Lei 8.666/1993 dispõe: “Para os fins desta Lei,
considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração
Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada”.