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AO JUÍZO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _________

RAFAEL DOS SANTOS FERREIRA, brasileiro, solteiro, comerciante, inscrito no CPF de


nú mero 112.074.537-30 , portador do RG nº 21.382.721-5 ó rgã o expedidor Detran/RJ,
endereço eletrô nico lavajatodo22@gmail.com, residente e domiciliado à Rua Iná cio Aciolli
137, por intermédio de seu advogado subscrito, com endereço profissional na Rua Barbosa
Cordeiro 39-A, e endereço eletrô nico: antonioadv33@gmail, vem respeitosamente perante
Vossa Excelência, com fundamento no artigo 319 e seguintes do Có digo de Processo
Civil, ajuizar:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

em face de SHPS TECNOLOGIA E SERVIÇOS LTDA, pessoa juridica de direito privado,


incrita no CNPJ 35.635.824/0001-12 estabelecida na Av Brigadeiro Faria Lima 3732 -
Andar 22, 23 e 26 - Itaim Bibi - Sã o Paulo - SP , com endereço eletô nico:
fiscal.br@shopee.com e telefone (11)4810-2170 e TECHGORILA, pessoa juridica de direito
privado, inscrito no CNPJ 42.622.722/0001-28 estabelecida na Av Pavao 390 - Indianó polis
- Sã o Paulo - SP, endereço eletô nico contabiltriangulo@uol.com.br e telefone (11)3819-
2145.

I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O requerente é pai solteiro e comerciante de pequeno porte nao obtendo alta lucratividade,
portanto, nã o possui condiçõ es financeiras de pagar as custas e despesas do processo sem
prejuízo pró prio ou de sua família, conforme declaraçã o de hipossuficiência anexa, com
fundamento no Artigo 5º, LXXIV da Constituiçã o Federal e Art. 98 do Có digo de
Processo Civil. Desse modo, o requente faz jus à concessã o da gratuidade de Justiça.

II. DOS FATOS

O requerente inciou em período recente um novo empreendimento onde exerceria


atividades de conserto de celulares e comercializaçã o de acessó rios,(anexo 1,2,3). Ocorre
que para a efetivaçã o da sua atividade laborativa se torna imprescindivel o adquirimento de
peças eletrô nicas com o qual substituiria para seus cliente as que se encontram defeituosas.

Porquanto sua necessidade, o requente efetuou no dia XXX através de sitio eletrô nico
(shopee.com) uma compra de peças eletrô nicas claramente especificadas como "lote de
frontais com 46 unidades mais 25 vidros" na data de XXX com valor de R$ 148,45, na loja
Tech Gorila(anexo4 e 5), para poder iniciar seus trabalhos.

Na data de XXXX a empresa realizou a entrega de uma caixa contendo uma bateria modelo
Nokia e uma capa plastica, objetos obsoletos, de uso e valor totalmente discordantes do
pedido anteriormente efetuado.(anexo 6)

Foi tentado a resoluçã o do conflito por meios amigáveis ,porém, sem sucesso.
(recusa)

III. FUNDAMENTOS JURÍDICOS

a) Da aplicabilidade do código de defesa do consumidor

O caso em apreço é uma típica relaçã o de consumo, tendo as figuras de consumidor,


fornecedor e produto/serviço bem definidas, conforme prevê o Có digo de Defesa do
Consumidor de forma respectiva, nos artigos 2º, 3º e § 1º:

Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final.

Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

Dessa forma, o Có digo de Defesa do Consumidor é plenamente aplicável ao caso em


aná lise.

Falha na prestação de serviço

O ato da empresa frustrou à s expectativas do requerente. Ressalta-se que o fornecedor


responde independentemente de culpa por qualquer dano causado ao consumidor, pois
pela teoria do risco este deve assumir a responsabilidade pelo dano em razão da
atividade que realiza.

Segue o ensinamento de Cavalieri:

Uma das teorias que procuram justificar a responsabilidade objetiva é a teoria do risco do
negó cio. Para esta teoria, toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco de dano
para terceiros. E deve ser obrigado a repará-lo,ainda que sua conduta seja isenta de
culpa. (CAVALIERI-2000, P.105)

b) Da reparação dos danos morais

Analisando os fatos que foram narrados e os documentos e imagens que foram acostados
nos presentes autos, nã o restam dú vidas que a situaçã o gerada pela relaçã o de consumo
geraram prejuízos psicoló gicos, morais e patrimoniais que sã o passíveis de reparaçã o.

O Có digo Civil em seus artigos 186 e 187 diz:


Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

O autor teve seu sonho de se tornar um empreendedor totalmente frustrado, além disso,
teve seu direito fundamental ao trabalho garantido pela pró pria CFRB/88 dificultado. Caiu
em descrédito com um considerável nú mero de clientes, bairro onde reside desde de o seu
nascimento, fato que gera contra a si pró rio como a empresa ,uma imagem negativa que
impacta diretamente no exercício de suas atribuiçõ es.(anexo 7 mei)
Vale destacar que o requerente é pai solteiro, ú nico mantedor de uma criança de 11 anos de
idade (anexo 8)

O Có digo de Defesa do Consumidor em seu artigo 14, caput e seu § 1º diz:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

O dano moral revela a sua face ante os prejuízos causados à personalidade do requerente,
nã o se enquadrando no conceito doutriná rio ou jurisprudencial de mero dissabor ou
aborrecimento cotidiano, como provavelmente alegará a companhia aérea, ora demandada.
Enfim, o nexo de causalidade entre os danos causados e o serviço prestado resta evidente,
diante da relaçã o de causalidade existente entre a açã o arbitrá ria e descompromissada da
xxxxxxxx e os prejuízos causados aos autores.

Por consequência, os danos de natureza moral e material causados aos Requerentes, cabe à
xxxxxx indenizá -los, como forma de compensar, ou pelo menos amenizar, as perdas
ocorridas. Inclusive, esse é o posicionamento adotado pelos tribunais pá trios, senã o
vejamos julgado em caso aná logo:

(jurisprudencia)

c) Dos danos materiais

O autor já contava com uma demanda de 21 clientes, que adiantariam o valor de 50 por
cento do serviço que seria prestado , valor este que teve que ser devolvido apó s a frustrante
falta de idoneidade da empresa ré. Além disso nã o foi concedido reembolso do valor pago e
nao entregue. (anexo prova)

Como nao bastasse o sofrimento, para a construçã o de sua pequena loja, o autor contratou
profissional de obra civil se compromentendo a realizar o pagamento dos serviços ja
prestados no valor de R$ 5 mil reais, que arcaria com o lucro que seria obtido através do
conserto das telas. (ANEXO 9 E 10) (prova testemunhal)

d) Dos Lucros Cessantes

Com fulcro no Art. 402 do Có digo Civil Brasileiro de 2002, requer-se indenizaçã o por lucros
cessantes, embasado no fato de ter deixado de lucrar valor de R$ 7.000,00 ,
impossibilitando-lhe ainda que o autor conseguisse repor o material para a continuaçã o do
seu trabalho, gerando-lhe serias perdas e prejeuizos.(anexo ordem de serviço)(PROVA
TESTEMUNHAL)
(coloca jurisprudencia)

e) Da inversão do ônus da prova

Requer a V. EXª, a inversã o do ô nus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do Có digo de
Defesa do Consumidor, quanto ao recebimento dos produtos corretos, visto que nã o existe
nenhum documento comprobató rio que demosntre o recebimento da caixa correta com as
telas ,como exemplo, aviso de recebimento ou instrumento similar.

VI. DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do


CPC/2015;

b) a citaçã o da requerida para, querendo, contestar a presente, devendo comparecer as


audiências de conciliaçã o e instruçã o/julgamento, sob pena de revelia e confissã o quanto à
matéria de fato, e no final a condenaçã o da empresa no pagamento dos valores pleiteados;

c) Determinar a inversã o do ô nus da prova, desde o despacho que determina a citaçã o da


Demandada, nos termos do art. 6º, VIII do CDC, ficando ao encargo da companhia
aérea ré a produçã o de todas as provas necessá rias ao andamento do feito;

d) Julgar totalmente procedente a presente açã o para reconhecer a relaçã o consumerista


entre as partes e condenando a requerida a pagar o valor de R$ 32.148,35 (trinta e dois mil
cento e quarenta e oito reais e trinta e cinco centavos), sendo R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
para reparaçã o dos danos morais sofridos, R$ 5.000,00 (cinco mil reais) referentes ao do
débito gerado ao profissional de construçã o, R$ 7.000,00 (sete mil reais) por motivo de o
requerente deixar de lucrar por meios de trabalho por conta da falta de condiçõ es causadas
pela ré,e a restituiçã o do valor de compra de R$148,35, tudo acrescido de juros e
atualizaçã o monetá ria desde a data do evento danoso, qual seja, _____;

Requer ainda, sejam acolhidos todos os meios de prova pertinentes à presente demanda,
tais como as provas documentais ora apresentadas, o depoimento pessoal das partes e a
oitiva de testemunhas, e, caso Vossa Excelência entenda necessá rio a produçã o de outras,
que as especifique a fim de que sejam produzidas.

Dá -se à causa o valor de R$ 22.200,00 (vinte e dois mil e duzentos reais).

Termos em que,

pede deferimento.

Cidade/UF, data.

Advogado - OAB

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