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I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O requerente é pai solteiro e comerciante de pequeno porte nao obtendo alta lucratividade,
portanto, nã o possui condiçõ es financeiras de pagar as custas e despesas do processo sem
prejuízo pró prio ou de sua família, conforme declaraçã o de hipossuficiência anexa, com
fundamento no Artigo 5º, LXXIV da Constituiçã o Federal e Art. 98 do Có digo de
Processo Civil. Desse modo, o requente faz jus à concessã o da gratuidade de Justiça.
Porquanto sua necessidade, o requente efetuou no dia XXX através de sitio eletrô nico
(shopee.com) uma compra de peças eletrô nicas claramente especificadas como "lote de
frontais com 46 unidades mais 25 vidros" na data de XXX com valor de R$ 148,45, na loja
Tech Gorila(anexo4 e 5), para poder iniciar seus trabalhos.
Na data de XXXX a empresa realizou a entrega de uma caixa contendo uma bateria modelo
Nokia e uma capa plastica, objetos obsoletos, de uso e valor totalmente discordantes do
pedido anteriormente efetuado.(anexo 6)
Foi tentado a resoluçã o do conflito por meios amigáveis ,porém, sem sucesso.
(recusa)
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final.
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Uma das teorias que procuram justificar a responsabilidade objetiva é a teoria do risco do
negó cio. Para esta teoria, toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco de dano
para terceiros. E deve ser obrigado a repará-lo,ainda que sua conduta seja isenta de
culpa. (CAVALIERI-2000, P.105)
Analisando os fatos que foram narrados e os documentos e imagens que foram acostados
nos presentes autos, nã o restam dú vidas que a situaçã o gerada pela relaçã o de consumo
geraram prejuízos psicoló gicos, morais e patrimoniais que sã o passíveis de reparaçã o.
O autor teve seu sonho de se tornar um empreendedor totalmente frustrado, além disso,
teve seu direito fundamental ao trabalho garantido pela pró pria CFRB/88 dificultado. Caiu
em descrédito com um considerável nú mero de clientes, bairro onde reside desde de o seu
nascimento, fato que gera contra a si pró rio como a empresa ,uma imagem negativa que
impacta diretamente no exercício de suas atribuiçõ es.(anexo 7 mei)
Vale destacar que o requerente é pai solteiro, ú nico mantedor de uma criança de 11 anos de
idade (anexo 8)
Art. 14. O fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
O dano moral revela a sua face ante os prejuízos causados à personalidade do requerente,
nã o se enquadrando no conceito doutriná rio ou jurisprudencial de mero dissabor ou
aborrecimento cotidiano, como provavelmente alegará a companhia aérea, ora demandada.
Enfim, o nexo de causalidade entre os danos causados e o serviço prestado resta evidente,
diante da relaçã o de causalidade existente entre a açã o arbitrá ria e descompromissada da
xxxxxxxx e os prejuízos causados aos autores.
Por consequência, os danos de natureza moral e material causados aos Requerentes, cabe à
xxxxxx indenizá -los, como forma de compensar, ou pelo menos amenizar, as perdas
ocorridas. Inclusive, esse é o posicionamento adotado pelos tribunais pá trios, senã o
vejamos julgado em caso aná logo:
(jurisprudencia)
O autor já contava com uma demanda de 21 clientes, que adiantariam o valor de 50 por
cento do serviço que seria prestado , valor este que teve que ser devolvido apó s a frustrante
falta de idoneidade da empresa ré. Além disso nã o foi concedido reembolso do valor pago e
nao entregue. (anexo prova)
Como nao bastasse o sofrimento, para a construçã o de sua pequena loja, o autor contratou
profissional de obra civil se compromentendo a realizar o pagamento dos serviços ja
prestados no valor de R$ 5 mil reais, que arcaria com o lucro que seria obtido através do
conserto das telas. (ANEXO 9 E 10) (prova testemunhal)
Com fulcro no Art. 402 do Có digo Civil Brasileiro de 2002, requer-se indenizaçã o por lucros
cessantes, embasado no fato de ter deixado de lucrar valor de R$ 7.000,00 ,
impossibilitando-lhe ainda que o autor conseguisse repor o material para a continuaçã o do
seu trabalho, gerando-lhe serias perdas e prejeuizos.(anexo ordem de serviço)(PROVA
TESTEMUNHAL)
(coloca jurisprudencia)
Requer a V. EXª, a inversã o do ô nus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do Có digo de
Defesa do Consumidor, quanto ao recebimento dos produtos corretos, visto que nã o existe
nenhum documento comprobató rio que demosntre o recebimento da caixa correta com as
telas ,como exemplo, aviso de recebimento ou instrumento similar.
Requer ainda, sejam acolhidos todos os meios de prova pertinentes à presente demanda,
tais como as provas documentais ora apresentadas, o depoimento pessoal das partes e a
oitiva de testemunhas, e, caso Vossa Excelência entenda necessá rio a produçã o de outras,
que as especifique a fim de que sejam produzidas.
Termos em que,
pede deferimento.
Cidade/UF, data.
Advogado - OAB