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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância


Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Dificuldades de Aplicação do Grau Superlativo Absoluto Sintético – Caso dos Alunos da


10ª classe, Turma A, Curso Diurno da Escola Secundária Geral de Lugela/ 2019

Candidata: Filomena Estonquene Domingos

Quelimane, 2021
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Ensino à Distância
Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Dificuldades de Aplicação do Grau Superlativo Absoluto Sintético – Caso dos Alunos da


10ª classe, Turma A, Curso Diurno da Escola Secundária Geral de Lugela/ 2019

Candidata: Filomena Estonquene Domingos

Monografia submetida ao Centro de Ensino à


Distância da Universidade Católica de
Moçambique, como requisito parcial para obtenção
do Grau de Licenciatura em Ensino de Língua
Portuguesa.

O supervisor: dr. Hugo Mualava

Quelimane, 2021
Índice
Declaração...................................................................................................................................i

Agradecimentos..........................................................................................................................Ii

Dedicatória................................................................................................................................Iii

Índice de siglas e abreviaturas...................................................................................................Iv

Lista de tabelas...........................................................................................................................V

Lista de gráficos........................................................................................................................Vi

Resumo....................................................................................................................................Vii

Abstract...................................................................................................................................Viii

CAPÍTULO I.............................................................................................................................9

1.Introdução................................................................................................................................9

1.1.Delimitação Do Tema.........................................................................................................11

1.2. Problematização.................................................................................................................11

1.3. Hipóteses............................................................................................................................11

1.4. Variável Do Estudo............................................................................................................12

1.5. Relevância/Justificativa.....................................................................................................12

1.6. Objectivos Da Pesquisa.....................................................................................................13

1.6.1 Objectivo Geral:...............................................................................................................13


1.6.2. Objectivos Específicos....................................................................................................13
1.7. Limitações..........................................................................................................................13

1.8. Considerações Éticas.........................................................................................................14

1.9. Enquadramento Da Pesquisa.............................................................................................14

CAPÍTULO II.........................................................................................................................15

2. Revisão Da Literatura...........................................................................................................15

2.1. Conceito De Gramática......................................................................................................15

2.2. Conceito De Adjectivo.......................................................................................................15

2.3. Conceito De Erro...............................................................................................................16

2.4. Flexão De Número.............................................................................................................16


2.4.1. Plural Dos Adjectivos Compostos..................................................................................17

2.4.2. Plural Do Substantivo Com Valor De Adjectivo............................................................17

2.4.3. Plural Dos Adjectivos Compostos Repetidos.................................................................17

2.5. Flexão De Género..............................................................................................................17

2.6. Flexão De Grau..................................................................................................................18

2.6.1. Grau Comparativo...........................................................................................................18

2.6.2.Formação Do Comparativo..............................................................................................18

2.7. Grau Superlativo................................................................................................................18

CAPÍTULO III........................................................................................................................21

3. Metodologias Usadas Na Pesquisa.......................................................................................21

3.1 Tipo De Pesquisa................................................................................................................21

3.1.1.Pesquisa Quantitativa.......................................................................................................21

3.2. Universo Populacional.......................................................................................................21

3.3. Amostragem Da Pesquisa..................................................................................................22

3.4. Técnica De Recolha De Dados..........................................................................................22

3.4.1. Técnica De Observação Directa.....................................................................................23

3.4.2. Questionário....................................................................................................................23

3.4.3. Pesquisa Documental......................................................................................................23

3.4.4. Pesquisa Bibliográfica....................................................................................................24

3.5. Procedimentos De Análise De Dados................................................................................25

CAPÍTULO IV........................................................................................................................26

4. Apresentação E Análise Dos Resultados..............................................................................26

4.2. Discussão Dos Resultados.................................................................................................33

CAPÍTULO V.........................................................................................................................38

5.Conclusões E Sugestões.........................................................................................................38

5.2. Sugestões...........................................................................................................................38

6.Referências Bibliográficas.....................................................................................................40
7.Anexos...................................................................................................................................41

7.1. Questionário Dirigido Aos Alunos....................................................................................41

7.Apêndices...............................................................................................................................43
i

DECLARAÇÃO
Eu, Filomena Estonquene, declaro por minha honra que a presente monografia é resultado do
meu labor individual sob a orientação do meu supervisor e, que todos os conteúdos nela
contidos são originais. Declaro ainda que, o presente trabalho não foi apresentado em
nenhuma instituição para a obtenção de qualquer grau académico.

A Candidata

___________________________________________

/ Filomena Estonquene Domingos /


ii

AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, tenho a agradecer a Deus por me ter concedido a vida e energias para
caminhar neste longo percurso académico.

Agradeço de forma particular ao meu supervisor, dr. Hugo Mualava, pela paciência no
acompanhamento deste trabalho.

Ao Centro de Ensino à Distância de Quelimane da Universidade Católica de Moçambique por


me ter dado esta oportunidade de obter experiências na área científica.

Aos docentes que me transmitiram os seus conhecimentos por meio de troca de experiências,
quero agradecer consideravelmente e com muita estima.

Aos meus colegas que sempre estiveram comigo neste percurso académico, o meu obrigado.

A toda minha família que, de uma forma incansável, me proporcionou um apoio psicológico e
material.

A todos que, directa ou indirectamente, me ajudaram, o meu muito obrigado.


iii

DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus familiares, em particular à minha filha Cátia Francisco Paulino
Walaba. Esta simples dedicatória constitui oportunidade para realçar carinho e afecto, amor e
ternura.
iv

ÍNDICE DE SIGLAS E ABREVIATURAS


Al ……………………………………..Alunos
CED …………………………………. Centro de Ensino à Distância

CPLP ………………………………….Comunidade de Países de Língua Portuguesa

ESG ………………………………….. Escola Secundária Geral

Etc ……………………………………. Etecetera

Fig …………………………………….. Figura

Ps …………………………………….. Professores

LP …………………………………….. Língua Portuguesa

MEDH ………………………………….Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano

PALOP………………………………… Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa

PEA …………………………………….Processo de Ensino-Aprendizagem

UCM ……………………………………Universidade Católica de Moçambique

EX: ……………………………………. Exemplo

X ………………………………………...Pedagógico

% ………………………………………. Percentagem
v

LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Resultados do inquérito dos Professores...................................................................33
vi

LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Nível de compreensão de conceito de adjectivos:...................................................27

Gráfico 2. Nível de compreensão dos dois (2) principais graus dos adjectivos:......................28

Gráfico 3. Nível de compreensão das partes que se divide o grau superlativo absoluto:........28

Gráfico 4. Resultados da escolha de alternativa certa de adjectivo” magro” no superlativo


absoluto sintético......................................................................................................................29

Gráfico.5 Alternativa certa de adjectivo” feliz” no superlativo absoluto sintético:.................29

Gráfico.6 Descrição de escolha de alternativa certa de adjectivo” amável” no grau superlativo


absoluto sintético:.....................................................................................................................30

Gráfico.7 Descrição de escolha de alternativa certa de adjectivo “benéfico” no grau


superlativo absoluto sintético:..................................................................................................30

Gráfico.8 Escolha de alternativa certa de adjectivo”feio” no grau superlativo absoluto


sintético:....................................................................................................................................30

Gráfico.9 Do grau normal para o superlativo absoluto sintético da frase “A escola é bonita.”31

Gráfico.10 Do grau normal para o superlativo absoluto sintético da frase “O Luís é cristão”.31

Gráfico.11 Grau normal para o superlativo absoluto sintético da frase “O exame de português
foi difícil”..................................................................................................................................32

Gráfico.12 Do normal para o Superlativo absoluto sintético da frase” Homem livre e fiel” 32
vii

RESUMO
O trabalho sob o tema Dificuldades de uso do Superlativo Absoluto Sintético dos Alunos
da 10ª Classe curso Diurno da Escola Secundária Geral de Lugela no ano de 2019 visa
analisar as dificuldades dos alunos relacionado ao uso de superlativo absoluto sintético. Este
tem como objectivo principal conhecer as dificuldades que os alunos têm de usar o absoluto
sintético. Esta inquietação surge na medida em que a maior parte dos alunos não demostraram
um domínio claro sobre a temática em causa. Na justificativa traz-se a importância de estudo
da gramática e o domínio para facilitar a comunicação. A pesquisa é quantitativa com uma
amostragem não probabilística e aleatória. As técnicas de recolha de dados incidem sobre a
observação directa, questionário, pesquisa documental e bibliográfica, estruturado por
seguintes capítulos: primeiro capítulo refere-se à introdução, objectivos e justificativa. No
segundo capítulo aborda-se a referência bibliografa onde consta os diversos documentos
ligados ao tema. O terceiro capítulo consta a metodologia ou seja os caminhos a seguir para o
alcance dos objectivos. No quarto capítulo apresenta-se os dados recolhidos e sua análise de
forma quantitativa. Quinto capítulo versa as conclusões e sugestões na qual a falta de
biblioteca, gramáticas, gosto de leitura por parte dos alunos e fraco desempenho dos
professores contribuem para o surgimento do problema. Neste contexto sugere-se o
apetrechamento da biblioteca no sentido de facilitar a leitura aos alunos e a respectiva
bibliografia.
Palavras-chave: adjectivo, superlativo, absoluto, sintético.
viii

ABSTRACT
The work that is developed seeks to analyze the Difficulties of Use of the Absolute
Synthetic Superlative of the students of the 10th class, Day Course of the General
Secondary School of Lugela in the Year of 2019. This unease arises in the sense that, most
students do not demonstrated clear mastery over the synthetic absolute superlative degree; the
objective is to know the difficulties that the students have to use the synthetic absolute. In the
justification brings the importance of the study of grammar and the mastery of its rules to
facilitate the communion; the probable causes of this difficulty are due to the lack of libraries
and the poor performance of the teachers in the teaching of the classes related to grammar.
And in chapter two the theoretical references were defined adjective as the word that qualifies
the subject. Chapter three is methodology, showed the ways to follow to achieve the
objectives, was used the quantitative research and the data collection direct observation. In
chapter four, data presentations were done with 30 students from the 2 classes in the school.
In chapter five, in the discussion it was noted that the students misidentified three questions
and the teachers put the blame in the direction for lack of didactic material. It was concluded
that the lack of library and grammars and the lack of reading taste on the part of the students
and poor performance of the teachers contributes to the problem. It is suggested the equipping
of the library, reading incentive to the students, and the respective bibliography.

Key words: adjective, synthetic absolute superlative grade.


9

CAPÍTULO I

1.Introdução
O presente trabalho de pesquisa com o tema: As Dificuldades de Uso do Superlativo
Absoluto Sintético dos alunos da 10ª classe, Curso Diurno da Escola Secundária Geral
de Lugela- no Ano de 2019.

O estudo do presente tema tem como objectivo analisar as causas que levam os alunos a
enfrentarem dificuldades na aplicação do grau superlativo absoluto sintético

Nesta vertente justifica-se pelo facto de muitos alunos da Escola Secundária de Lugela
apresentarem dificuldades no uso do Grau Superlativo Absoluto Sintético, sendo assim fez se
muitos inquéritos dos alunos tanto como dos professores de modo a se apurarem as
dificuldades.

Neste trabalho pretende- se fazer uma pesquisa quantitativa acerca do tema em epígrafe, com
um universo de 30 alunos da Escola Secundária de Lugela.

A Língua Portuguesa é o veículo de comunicação bastante importante no seio da população


moçambicana, visto que Moçambique é um país plurilinguístico. É, sem dúvida, o elemento
que cria um elo de ligação entre os moçambicanos do Rovuma ao Maputo. A ser assim, o
ensino da Língua Portuguesa exige, deste modo maior aplicação tanto dos professores quanto
dos alunos para a concretização efectiva do PEA.

Não obstante, tem-se verificado que os alunos apresentam dificuldades na aplicação das
regras estabelecidas pela gramática de língua portuguesa. A generalização das regras
gramaticais, com destaque o uso do sufixo- íssimo (sufixo utilizado na generalidade para a
passagem de adjectivos do grau normal para o superlativo absoluto por parte dos alunos), tem
sido uma das maiores causas dos erros cometidos por parte dos alunos na passagem de
algumas palavras do grau normal ao grau superlativo absoluto sintético.

Contudo, neste trabalho a estrutura é composta pelos seguintes elementos, para além do tema
delimitado e problematização. O objectivo do trabalho é conhecer, identificar, analisar as
causas das dificuldades do uso do superlativo absoluto sintético. Na justificativa apresenta-se
a importância da gramática para a comunicação e interacção com os outros. Nas referências
teóricas o conceito do adjectivo é apresentado de várias maneiras mas com um único sentido,
indicar a qualidade, defeito, estado ou condição do sujeito ou substantivo. Encontramos os
graus dos adjectivos e o processo de formação do mesmo. Nas metodologias, os caminhos
10

usados para recolher os dados foi vasto, dos 100 alunos que correspondem as duas turmas da
décima classe, nesta pesquisa trabalhou-se apenas com 30 alunos, quinze de cada turma.
Através da observação directa, com ajuda de um inquérito e questionário dado aos alunos foi
possível a recolha de dados. A análise e interpretação de dados foi feito através das cinco
questões apresentadas aos alunos e aos professores e concluiu-se que a falta de material
didáctico contribui para a difícil aprendizagem dos alunos. E por fim temos as sugestões e as
referências bibliográficas.
11

1.1.Delimitação do tema
O distrito de Lugela situa-se no centro da Província da Zambézia, em Moçambique, com sede
na vila de Lugela. Limita-se a norte com o distrito de Namarrói, a nordeste com o distrito de
Milange, a noroeste com o distrito de Molumbo e a sul com o distrito de Mocuba. A Escola
Secundária Geral de Lugela localiza-se na sede do distrito de Lugela. O estudo centra-se nas
Dificuldades de Aplicação do Grau Superlativo Absoluto Sintético – Caso dos alunos da
10ª classe Turma A, curso diurno da Escola Secundária Geral de Lugela/ 2019

1.2. Problematização
“A formulação de um problema constitui o ponto de partida de toda a pesquisa ou o motor do
processo investigador “ (Rudio & Castro 2005, p.69).

A língua portuguesa em Moçambique é considerada língua oficial e de ensino. Não obstante,


ela sofre interferências das línguas nacionais. É necessário perceber que as regras gramaticais
utilizadas no ensino moçambicano na língua Portuguesa, não se diferem dos restantes países
falantes da mesma língua, visto que estes usam o mesmo alfabeto com as mesmas regras de
pronúncia e escrita. Pese embora se apliquem as mesmas regras notam-se alguns problemas
na forma como os alunos percebem as regras gramaticais, deste modo, ao passar do tempo
também as dificuldades na percepção vão se aumentando. Para além dos problemas de leitura
e escrita que viemos vivenciando, a nível gramatical persistem alguns problemas. É o caso do
problema de aplicação do grau dos adjectivos, particularmente o superlativo absoluto sintético
que é visto como uma simples regra, enquanto a gramática portuguesa apresenta algumas
excepções no seu uso. É de crer que, a problemática de aplicação do superlativo absoluto
sintético em algumas palavras assenta-se na generalização de regras por parte dos alunos e a
falta de leitura. Além disso, alguns professores não se preocupam em apresentar aos alunos as
regras excepcionais que as gramáticas de língua portuguesa apresentam em relação ao grau
dos adjectivos. Mediante os argumentos apresentados, cabe-nos reflectir em torno da seguinte
questão: Quais as Dificuldades de Uso do Superlativo Absoluto Sintético dos alunos da 10ª
classe, Curso Diurno da Escola Secundária Geral de Lugela no Ano de 2019?

1.3. Hipóteses
 Os alunos não tendo hábito de leitura, então não terão um conhecimento sólido sobre
as regras gramaticais, particularmente das regras particulares do grau superlativo
absoluto;
12

 Os professores limitam-se em apresentar aos alunos apenas as regras gerais da


gramática, consequentemente os alunos generalizam todas as regras e passam a aplicá-
las para qualquer contexto.
 A escola não dispõe de uma biblioteca apetrechada com diferentes gramáticas para
servir de consulta, então pode estar de trás das dificuldades na aplicação do grau
superlativo absoluto sintético por parte dos alunos.

1.4. Variável do estudo


 A quantidade de tempo de leitura de cada aluno por dia;
 A disponibilidade das gramáticas para professores e alunos;
 Nível de acesso à biblioteca tanto para professores assim como aos alunos;
 Nível de aprofundamento das regras gramaticais em particular dos graus dos
adjectivos.

1.5. Relevância/Justificativa
Segundo Richadson (1999, p.55) “não existe uma regra rígida sobre sequência, inclusão ou
exclusão, daí que o pesquisador deve procurar responder porque é importante investigar a
questão ou o problema proposto.”

O estudo sobre dificuldades de aplicação do grau superlativo absoluto sintético por parte dos
alunos surge das constatações no ensino da gramática em que a maioria dos alunos
apresentaram dificuldades na passagem de algumas palavras do grau normal para o
superlativo absoluto sintético.

O tema vigente neste trabalho surge da necessidade de conhecer a importância do ensino da


gramática por parte dos alunos, sobretudo no domínio das suas regras. Sem regras gramaticais
seria impossível conhecer a língua portuguesa. Neste contexto, importa dominar as regras
gramaticais, visto que elas permitem uma comunicação cada vez mais eficaz e permite que os
alunos interpretem os fenómenos socioculturais com facilidade.

O ensino da gramática não só ajuda os alunos a dominarem a língua portuguesa mas também
permite que os mesmos alunos expandam os seus conhecimentos para outras áreas de
conhecimento. É com base na gramática que os alunos adquirem competência para
comunicarem-se com os outros falantes de países tanto da CPLP quanto dos PALOP. Os
problemas de distúrbios de comunicação surgem das deficiências que se observam ao nível
13

das regras gramaticais. No entanto, as mensagens que são transmitidas e recebidas são bem
compreendidas mediante o uso correcto das regras gramaticais.

O estudo das regras gramaticais, sobretudo a aplicação do grau superlativo absoluto sintético
serve de base de reflexão sobre o ensino da língua portuguesa ao nível do ensino Secundário
em Moçambique, com particular destaque na Escola Secundária Geral de Lugela. Para os
técnicos, didácticos e pedagogos das direcções Distritais, Provinciais e a nível do MEDH este
tema é de extrema importância na produção dos planos e programas de ensino, de modo que o
ensino da gramática seja analisado com maior profundidade.

Para a sociedade, ajudará as pessoas a melhor se expressarem, quando quiserem apresentar


frases expressivas. Para a academia é mais uma valia, pois trará um grande acréscimo na
melhoria da qualidade de ensino, pois, depois de se detectar o problema apresentar-se-á as
prováveis soluções.

1.6. Objectivos da pesquisa


ʻʻOs objectivos da Pesquisa indicam aquilo que se vai investigar para responder ao
problemaʼʼ, Lakatos (1999, p.321).

1.6.1 Objectivo Geral:


 Conhecer as Dificuldades de Uso do Superlativo Absoluto Sintético dos alunos da 10ª
classe, Curso Diurno da Escola Secundária Geral de Lugela no Ano de 2019.

1.6.2. Objectivos específicos


 Identificar as causas das dificuldades de uso do superlativo absoluto sintético por parte
dos alunos da 10ª classe, da Escola Secundária Geral de Lugela;
 Analisar as causas que levam os alunos a terem as dificuldades na aplicação do
superlativo absoluto sintético.
 Propor estratégias didáctico-pedagógicas para resolver o problema de aplicação do
grau superlativo absoluto sintético.

1.7. Limitações
De acordo com o número da população em estudo que foi numeroso, não foi possível inquerir
na totalidade por causa das sequentes limitações: insuficiência do tempo, dificuldades de
escrita e leitura de alguns alunos dificultando assim a leitura das respostas de alguns
inquéritos, insuficiência de bibliografia.
14

1.8. Considerações éticas


Tratando-se de uma “cara nova” (cursista) na escola e na sala de aulas respeitou se o
procedimento recomendado, na qual realizou se antes uma apresentação a direcção da escola e
explicação aos alunos e professores abrangidos sobre os objectivos da pesquisa e a sua
importância.

Entretanto, a participação foi de livre vontade, sem obrigação, todos colaboraram no inquérito
por terem informações da necessidade da sua participação na pesquisa.

1.9. Enquadramento da pesquisa


O presente trabalho enquadra se na cadeira de Língua Portuguesa, ministrada na UCM-CED e
tem como finalidade a melhoria da qualidade de ensino da língua portuguesa no Ensino
Secundário ao nível de Moçambique em geral e em Lugela em particular.
15

CAPÍTULO II

2. Revisão da Literatura
Segundo Fortin (1999) citado em Vilelas, (2009, p.257) O marco teórico ou revisão da
literatura é um processo que consiste na inventariação e uma análise crítica de diversos
conjuntos de publicações a cerca de objecto em estudo.

Antes da revisão da literatura propiamente vamos trazer alguns conceitos gramaticais ligados
a esta temática.

2.1. Conceito de gramática


Gramática é uma descrição completa de uma língua, isto é, a descrição dos princípios de
organização de uma determinada língua (Amós & Martins, 2005)

O ensino-aprendizagem da gramática é feito predominantemente de forma implícita. Isto quer


dizer que a lição da gramática consiste essencialmente: no uso da língua em situações de
comunicação, na prática intensiva de exercícios escritos ou orais e na apreensão intuitiva de
aspectos básicos de funcionamento da língua (Gomes et. al, 1996).

A Língua Portuguesa como qualquer outra língua de forte expansão geográfica não é uma
realidade uniforme, mas sim se reveste naturalmente de um leque de variedades não só
existentes nos próprios falantes, como também dentro de cada país (Nascimento, 2006).

2.2. Conceito de Adjectivo


Segundo Lopes (2012, p.27) Adjectivo é uma palavra que modifica o nome ou lhe atribui uma
propriedade, concordando com ele em género e número.

Sacconi (2001, p.29) “Adjectivo é toda e qualquer palavra que, junto de um substantivo,
indica qualidade, defeito, estado ou condição”.

O adjectivo é essencialmente um modificador do substantivo. Num contexto pedagógico do


substantivo, modificar significa alteração do estado inicial, varia de acordo as necessidades
excepto os adjectivos uniformes que permanecem tanto para o masculino assim como para
feminino.

Com essa afirmação, serve de ponto de partida para a compreensão de adjectivos, daí entende-
se adjectivo sendo como um modificador do substantivo, modifica-lhe o sentido
acrescentando-lhe uma qualidade, uma característica, uma propriedade.
16

Segundo Lima (2002, p.76) O adjectivo é a palavra que restringe a significação ampla e geral
do substantivo.

Numa visão pedagógica, adjectivos são classes de palavras variáveis que exprimem
qualidades ou características dos seres, objectos ou ideias designadas pelos substantivos.

Casteleiro (1981, p.97) “O adjectivo é uma classe de palavras de um sentido em que tem de
estar associado a um nome ou a um verbo, no caso necessariamente predicativo”.

Segundo Bechara, (2001, p.27) Isso para dizer, normalmente o adjectivo vem inserido numa
frase, de preferência onde aparece um nome ou verbo podendo as vezes ser nome predicativo
do sujeito. Adjectivo é a classe de lexema que se caracteriza por constituir a delimitação, isto
é, por caracterizar as possibilidades designativas do substantivo, orientando limitativamente a
referência a uma parte ou a um aspecto do denotado.

Nesta ordem de ideias, a identificação de um adjectivo numa palavra, frase e texto por parte
dos alunos tem sido complexo requerendo um maior esforço e atenção dos professores de
língua portuguesa em darem umas definições simples e claras como o caso de dizer” é uma
palavra que dá qualidade ao nome.

Do ponto de vista semântico, o adjectivo delimita o substantivo, fazendo referência a uma


parte ou a um aspecto do ser. Do ponto de vista sintáctico, pode exercer a função de
predicativo ou de atributo. Do ponto de vista morfológico, flexiona-se em número, género e
grau (Moreno, 2010).

Sendo assim, nota-se que o adjectivo pode ser colocado antes ou depois de substantivo
exprimindo assim as características de seres ou das ideias concordando em género, número e
grau.

2.3. Conceito de erro


Galison & Cost (1993) “Erro designa tipos de enganos ou desvios com relação às normas elas
próprias diversas”.

2.4. Flexão de número


O adjectivo acompanha o número do substantivo ao qual se refere. Na maioria dos casos,
aplicam-se a ele as mesmas regras de plural dos substantivos.

Assim, diz-se que o substantivo é uma palavra variável, já que apresenta flexões gramaticais
como de número que é singular ou plural.
17

2.4.1. Plural dos Adjectivos compostos


1) Sem hífen

Passatempo – passatempos, vaivém – vaivéns, malmequer – malmequeres

2) Com hífen

a) Dois elementos

Cachorro-quente – cachorros-quentes, segunda-feira – segundas-feiras, padre-nosso – padres-


nossos

2.4.2. Plural do substantivo com valor de adjectivo


Quando determinada qualidade é expressa por um substantivo que assume o valor de
adjectivo, este deve permanecer no singular: blusas rosa, calças creme, luvas café etc.

2.4.3. Plural dos adjectivos compostos repetidos


Igualmente invariáveis são as locuções adjectivas formadas de cor + de + substantivo:
vestidos cor-de-rosa; olhos cor do mar; cabelos cor de palha etc. São também invariáveis os
compostos: sem-par, sem-sal, sem-vergonha, ultravioleta, etc. (Moderna, Gramática de
Português, 1994).

Via de regra, apenas o segundo elemento do composto varia em número. Culturas afro-
brasileiras, amizades luso-brasileiras, olhos azul-claros.

Os adjectivos compostos referentes a cores ficam invariáveis quando o segundo elemento é


um substantivo: blusas verde-garrafa; pássaros amarelo-ouro; calças vermelho-sangue; saias
azul-celeste; capas azul-ferrete; uniformes azul-marinho, etc.

2.5. Flexão de género


Os adjectivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino): livro
bom, apostila boa; homem caprichoso, mulher caprichosa etc. Dividem-se em uniformes e
biformes. Em geral, os adjectivos são biformes (possuem uma forma para o feminino e outra
para o masculino), mas há aqueles que apresentam a mesma forma ao se referirem a
substantivos, quer femininos, quer masculinos (Pinto & Baptista, 2006).

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino.

Por exemplo: activo e activa, mau e má, judeu e judia.

Se o adjectivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento.

Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-americana.


18

Excepção: surdo-mudo e surda-muda.

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino.

Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.

Se o adjectivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino.

Por exemplo: conflito político-social e desavença político-social.

2.6. Flexão de grau


Os adjectivos apresentam dois tipos de gradação se não considerarmos a qualidade em si um
deles: grau comparativo e grau superlativo (Dias & Martins, 2007).

2.6.1. Grau comparativo


O comparativo traz a qualidade entre dois ou mais seres expressa a igualdade, superioridade
ou inferioridade do atributo comparativo: Superioridade, igualdade e inferioridade.

2.6.2.Formação do comparativo
A. De superioridade – antepõe-se o advérbio mais e pospõe-se a conjunção que ou do que ao
adjectivo.

Ex1. Ele é mais educado (do) que o irmão.

B. De igualdade – antepõe-se o advérbio tão e pospõe-se a conjunção como ou quanto ao


adjectivo.

Ex2 Ele é tão educado quanto o irmão.

C. Inferioridade – antepõe-se o advérbio menos e pospõe-se a conjunção que ou do que ao


adjectivo.

Ex3. Ele é menos educado (do) que o irmão.

Adjectivo Comparativo de superioridade


Bom - Melhor

Mau - Pior

2.7. Grau superlativo


O superlativo traz a qualidade do ser em relação aos outros seres. Pode ser relativo ou
absoluto.

a. Formação do superlativo relativo


De superioridade- antepõe-se o artigo definido ao comparativo de superioridade.
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Ex1. Ele é o mais cuidadoso dos (ou entre os) candidatos ao cargo.

De inferioridade -antepõe-se o artigo definido ao comparativo de inferioridade.

Ex2. Ele é o menos cuidadoso dos (ou entre os) candidatos ao cargo.

b. Formação do superlativo absoluto


Analítico- antepõe-se palavra indicadora de excesso (geralmente um advérbio) ao adjectivo.

Ex1. Ele é muito cuidadoso.

Sintético- acrescenta-se o sufixo -íssimo ao adjectivo.

Ex2. Ele é cuidadosíssimo.

c. Formação do superlativo absoluto sintético


O superlativo absoluto sintético forma-se acrescentando ao adjectivo o sufixo-íssimo (Vera
Saraiva, 2002).

Ex1. caro- caríssimo; magro- magríssimo.

A. Casos especiais
Para Perreira Manuela, (1994, p.25) “alguns adjectivos no entanto, apresentam uma ligeira
irregularidade na formação do superlativo absoluto sintético, de acordo com a sua formação.”

1.Adjectivos terminados em- vel: formam o superlativo absoluto sintético em belíssimo.

Ex1: afável- afabilíssimo;

Ex2: amável- amabilíssimo.

2. Adjectivos terminados em- z: formam o superlativo absoluto sintético em –císsimo.

Ex3: feliz- felicíssimo;

3. Adjectivos terminados em- fico e- volo: formam o superlativo absoluto sintético em -


entíssimo.

Ex1: benéfico- beneficentíssimo;

Ex2: benévolo- benevolentíssimo.

4.Adjectivos terminados em –io: formam o superlativo absoluto em iíssimo.

Ex1: sério- seriíssimo.


20

Alterações gráficas no superlativo absoluto- Ao receber o sufixo intensivo, o adjectivo pode


sofrer certas modificações na sua forma:

a) Os terminados em -a, -e, -o perdem essas vogais:

Ex1: cuidadosa – cuidadosíssima

Ex2: elegante – elegantíssimo

Ex3: cuidadoso – cuidadosíssimo

b) Os terminados em -vel mudam este final para -bil:

Ex1: terrível – terribilíssimo

Ex2: amável – amabilíssimo

c) Os terminados em -m ao e –ao passam, respectivamente, a -n e -an:

Ex1: comum – comuníssimo

Ex2: são – saníssimo

d) Os terminados em -z passam esta consoante a -c: Ex: feroz-ferocíssimo.


21

Capítulo III

3. Metodologias Usadas na Pesquisa

3.1 Tipo de Pesquisa


De acordo com Buque & Américo, (2003, p.29) "metodologias são caminhos ou meios que
investigam as leis específicas do ensino de uma determinada disciplina, ocupa-se pela
distribuição de conteúdos, métodos objectivos e meios duma maneira específica".

O estudo realizado, pautou-se em uma metodologia quantitativa com características de


pesquisa explicativa e de estudo de caso.

Silva & Menezes (2001), ainda no que tange à metodologia, há que destacar o método
bibliográfico como estratégia de sustentação dos resultados na pesquisa.

3.1.1.Pesquisa Quantitativa
Considera-se que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las. Neste trabalho foram usados recursos e técnicas
estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação,
análise de regressão etc.).

Para Ruiz (1991), “a pesquisa científica é concebida como fruto de um processo


rigorosamente planejado, tendo em vista uma das necessidades inerentes ao ser humano, ora
representada pela busca constante de informações rumo ao crescimento.”

A intenção do tema proposto nesta pesquisa assenta-se, basicamente, na análise das


dificuldades enfrentadas pelos alunos da Escola Secundária de Leila na aplicação do grau
superlativo absoluto sintético, particularmente em algumas palavras. Daí que, o método
estatístico e o corte transversal foi uma das estratégias a ser usada para o apuramento das reais
causas da problemática em questão.

3.2. Universo Populacional


Segundo Silva (2001), “população é o conjunto de elementos que tem alguma característica

em comum que possa ser contada.”

Onde:
n – tamanho da amostra.

– Nível de confiança escolhido, expresso em número de desvios padrão.


22

p – percentagem com qual o fenómeno se verifica.


q – percentagem complementar (100-p).
N – tamanho de população.

– Erro máximo permitido.


Os alunos da 10ª classe, curso diurno da Escola Secundária Geral de Lugela, são um total de
100, distribuídos em duas turmas em ambos os sexos.

Foram seleccionados aleatoriamente 30 alunos para o respectivo estudo, dos quais


atribuiremos um código para preservar a identidade dos alunos usando o código A1 até A30.

3.3. Amostragem da pesquisa


A amostragem desta pesquisa foi aleatória cujo procedimento básico da amostragem científica
que consiste em atribuir a cada elemento da população um número para depois seleccionar
alguns destes elementos de forma causal (Lakatos & Marconi, 2002).

No universo de 100 alunos que frequenta a 10ª classe, foram seleccionados 30 alunos. Essa
selecção foi feita com base nos exercícios dados pelo docente estagiário, sobre grau de
adjectivos. Onde se notou que alguns erraram e outros acertaram nas duas turmas da 10ª
classe, existentes na escola. De entre os alunos, 15 são da turma A e outros 15 da turma B. 15
da turma A, 8 acertaram e 7 erraram. E da turma B, 7 acertaram e 8 erraram.

Para o cálculo do tamanho da mostra foi usada a formula de Yamane (1967) ,

onde: N é o número total da população, n tamanho da amostra e é o erro provável a 95% de


confiança.

Como temos teremos

Por causa da dimensão da escola, e o número de salas de aula, que são também poucas, foram
questionados dois docentes da escola que dão a disciplina de Língua portuguesa e a respectiva
direcção da escola, cuja amostragem foi por conveniência.

3.4. Técnica de recolha de dados


Para colecta de dados o autor usou fichas de exercícios para alunos da 10ª classe, curso
diurno, questionário para os professores de Língua portuguesa da E.S.G de Lugela, para
analisar os resultados obtidos pelos alunos.
23

3.4.1. Técnica de observação directa


Observação é uma técnica de colecta de dados que se apropria da capacidade selectiva e da
mente humana, “um instrumento válido e fidedigno de investigação científica, precisa ser
antes de tudo controlada e sistemática (Ludke & André, 1986) ”.

Neste contexto o pesquisador foi no local de referência e colectou os dados.

Sendo assim, a observação directa traz mais-valias ao pesquisador já que fornece dados brutos
ou seja primários; foi através dessa observação que ajudou ao autor a registar os diferentes
erros cometidos pelos alunos na passagem dos adjectivos do grau normal para o superlativo
absoluto sintético principalmente nos casos especiais, graças a assistência de aulas da
disciplina de português na E.S.G de Lugela no ano lectivo de 2019.

Usou-se essa técnica de observação directa, pois ajuda não só em ver e ouvir mas também em
examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar. Depois da assistência das aulas e dos
exercícios resolvidos pelos alunos o observador recolherá e fará a correcção dos exercícios.

3.4.2. Questionário
Trivinos (1987) “Questionário é uma técnica de investigação composta por um número de
questões apresentadas por escrito que tem por objectivo propiciar determinado conhecimento
ao pesquisador”. Entretanto, os dados colectados por meio desta técnica serão tabulados e
submetidos a um tratamento estatístico

O questionário será interactivo e participativo aos sujeitos da pesquisa. Esta técnica permite
colher a sensibilidade dos alunos através de respostas de algumas questões previamente
preparadas cujo objectivo é saber se os alunos têm domínio na passagem de palavras do grau
normal para o absoluto sintético, consequentemente far-se-á uma análise das respostas.

O questionário é composto por perguntas fechadas e abertas mas maioritariamente abertas,


para não limitar os alunos na sua resposta.

3.4.3. Pesquisa Documental


A pesquisa documental, devido a suas características, pode ser confundida com a pesquisa
bibliográfica. Gil (2008) destaca como principal diferença entre esses tipos de pesquisa a
natureza das fontes de ambas as pesquisas. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza
fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre determinado assunto, a pesquisa
documental baseia-se em materiais que não receberam ainda um tratamento analítico ou que
podem ser reelaborados de acordo com os objectivos da pesquisa.
24

Com base no exercício elaborado pelo autor, depois de ser respondido pelos 30 alunos, ele irá
analisa-los um a um para entender o porquê da dificuldade de alguns alunos para a passagem
do grau normal para o grau superlativo absoluto sintético.

3.4.4. Pesquisa bibliográfica


Para a sustentação do presente estudo, cabe fazer buscas em torno das regras de passagem de
adjectivos do grau normal para o superlativo absoluto sintético, de modo que se faça uma
análise entre as informações lidas em artigos e a realidade que se vive no campo.

A pesquisa bibliográfica é um apanhado sobre os principais trabalhos científicos já realizados


sobre o tema escolhido e que são revestidos de importância por serem capazes de fornecer
dados actuais e relevantes. Ela abrange: publicações avulsas, livros, jornais, revistas, vídeos,
internet, etc. Esse levantamento é importante tanto nos estudos baseados em dados originais,
colhidos numa pesquisa de campo, bem como aqueles inteiramente baseados em documentos
(Luna, 1999). A ser assim, as referências bibliográficas serviram de base de sustentabilidade
dos resultados que se obtiveram ao longo do trabalho.

Com base na pesquisa bibliográfica, depois do autor ler vários manuais, ajudará a entender o
porquê que os alunos têm dificuldades em entender o grau absoluto sintético que condiciona o
alcance do objectivo do estudo.

O grau superlativo absoluto sintético “exprime a qualidade, no seu mais elevado grau, sem
estabelecer qualquer relação, ele é formado pela junção do sufixo -íssimo, -ílimo ou -írrimo
(Muhate, 2000).

O grau superlativo absoluto sintético” indica o grau mais elevado da característica expressa
pelo adjectivo (Pinto, 1994).

O superlativo absoluto sintético indica a qualidade na intensidade máxima (Baptista, 2002) ”.

Para a Gramática mais dicionário da Língua portuguesa (2002, p.649) o grau superlativo
absoluto sintético pode ser formado por influência etimológica latina.

Com essas diferentes definições acima referenciadas, conclui-se que todas referem a mesma
coisa embora cada um tem sua visão; na reflexão pedagógica indica que o superlativo
absoluto sintético determina a categoria mais alta do adjectivo pelo que os professores de
Língua Portuguesa têm maior responsabilidade na abordagem do tema.
25

3.5. Procedimentos de análise de dados


O Excel Windows 2007, foi o pacote informático recorrido para análise dos dados, pois é um
pacote informático fácil e prático, ilustrados através de figuras, tabelas e as respectivas
percentagens dos resultados alcançados.

Para analisar os dados, o autor irá analisar pergunta por pergunta, dos 30 alunos da 10ª classe,
curso diurno da Escola Secundaria Geral de Lugela. Cada pergunta depois de analisada será
representada graficamente para facilitar a percepção dos leitores.
26

CAPÍTULO IV

4. Apresentação e Análise dos resultados


Os dados obtidos serão apresentados em gráfico circular pois irá facilitar a análise e discussão
dos resultados, isto é, esse tipo de gráfico é mais simples à compreensão quando não existem
muitos dados no mesmo gráfico.

Neste ponto apresentam-se os dados estatísticos que vão ajudar a analisar com mais lucidez a
problemática da passagem de alguns adjectivos do grau normal para o superlativo absoluto
sintético, tendo em conta as regras gramaticais. As palavras seleccionadas para o estudo
enquadram-se nos casos especiais propostos na gramática de Língua Portuguesa. Antes de
mais, foram apresentados alguns conceitos básicos, de modo que os alunos se familiarizassem
com o tema em estudo.

Gráfico 1. Nível de compreensão de conceito de adjectivos:

Fonte: Autor

Os dados mostram que a problemática do grau dos adjectivos parte, de certa maneira, do
domínio do próprio conceito de “adjectivo”. Como resultado disso, os níveis percentuais são
consideravelmente baixos no que diz respeito às respostas dadas pelos alunos. Podemos notar
que, dos 30 alunos questionados apenas três (3) definiram correctamente ao afirmarem que
“adjectivo é uma palavra que se junta ao substantivo para lhe modificar o sentido”. Daí que,
vinte e sete (27) alunos responderam incorrectamente correspondente a 90% em negativo
contra 10% positivo

Gráfico 2. Nível de compreensão dos dois (2) principais graus dos adjectivos:
27

Fonte: Autor

Contrariamente aos resultados indicados na figura 1; nesta adicionou-se mais uma pergunta
relativamente a questão colocada aos alunos. Essa pergunta resulta das abstinências
observadas em alguns guiões de questionário. Como podemos notar, o problema de domínio
sobre adjectivo persiste até nesta questão. No total dos 30 alunos questionados, 75%
cometeram erros contra 15% positivo; o que de certa forma é preocupante.

Gráfico 3. Nível de compreensão das partes que se divide o grau superlativo absoluto:

Fonte: Autor

De acordo com os dados apurados na figura 3, o nível de conhecimento sobre o grau dos
adjectivos continua a não ser satisfatório. A problemática do estudo sobre o grau superlativo
tem sido um dos maiores problemas ao nível do estudo da gramática que merece atenção por
parte dos professores, apenas 5% acertou contra 70% negativo para além de 25% sem
resposta.
28

Gráfico 4. Resultados da escolha de alternativa certa de adjectivo” magro” no


superlativo absoluto sintético.

Fonte: Autor

O adjectivo “magro” todos os alunos apresentaram uma resposta correcta correspondente a


100% de positivo devido a generalização dos conceitos, isto ê, a memorização por parte dos
alunos do acrescentamento do sufixo-íssimo nos adjectivos do grau superlativo absoluto
sintético.

Gráfico.5 Alternativa certa de adjectivo” feliz” no superlativo absoluto sintético:

Fonte: Autor

Contrariamente ao gráfico anterior, os alunos caíram no erro por causa da generalização dos
conceitos; com isso apenas 10% têm positiva, correspondente a dois (2) alunos contra 90% de
negativo, que é alarmante.
29

Gráfico.6 Descrição de escolha de alternativa certa de adjectivo” amável” no grau


superlativo absoluto sintético:

Fonte: Autor

O gráfico 6 somente 5% acertou correspondente a um (1) aluno contra 95% de negativo que
caíram no erro continuando assim a dificuldade de aplicação do grau superlativo absoluto
sintético.

Gráfico.7 Descrição de escolha de alternativa certa de adjectivo “benéfico” no grau


superlativo absoluto sintético:

Fonte: Autor

O gráfico 7 acima, ninguém teve a capacidade de acertar, ilustrando assim 100% de negativo
merecendo grande reflexão nos casos particulares dos graus dos adjectivos.

Gráfico.8 Escolha de alternativa certa de adjectivo “feio” no grau superlativo absoluto


sintético:
30

Fonte: Autor

O gráfico 8 ilustrado acima, somente um (1) aluno é que acertou correspondente a 5% de


positivo contra 95% negativo mantendo assim a preocupação dos adjectivos que requerem
casos excepcionais no grau superlativo absoluto sintético.

Gráfico 9 Do grau normal para o superlativo absoluto sintético da frase “A escola é


bonita.”

Fonte: Autor

No gráfico 9, certifica a generalização dos conceitos ou seja a memorização por parte dos
alunos no acrescentamento do sufixo -íssimo nos adjectivos no superlativo absoluto sintético,
85% de alunos acertaram contra 15% que falharam, despertando muita atenção no
aprofundamento das regras gramaticais em particular grau superlativo absoluto.

Gráfico 10 Do grau normal para o superlativo absoluto sintético da frase “O Luís é


cristão”

Fonte: Autor

O gráfico 10, apenas 10% de alunos é que acertou contra 90% negativo mostrando que, os
alunos carecem de conhecimentos mínimos dos casos especiais dos graus dos adjectivos com
mais enfoque o superlativo absoluto sintético.
31

Gráfico 11. Grau normal para o superlativo absoluto sintético do adjectivo “difícil” na
frase “O exame de português foi difícil”

Fonte: Autor

Nesta figura, toda população caiu no erro em 100% negativo como demonstra a figura acima,
preocupando de igual modo o desconhecimento da matéria por parte dos alunos, continuando
assim a ser alarmante.

Gráfico 12. Do normal para o Superlativo absoluto sintético do adjectivo “fiel”da frase”
Homem livre e fiel”

Fonte: Autor

De Acordo com o gráfico 12, essa frase ninguém acertou obtendo se 0%; concluindo a
demonstração de que os alunos da 10ªclasse, curso diurno da Escola Secundária de Lugela, o
maior número não tem conhecimento sobre o grau superlativo absoluto sintético dai que surge
a necessidade de aprofundamento por parte dos professores.
32

Tabela 1. Resultados do inquérito dos Professores.


No de No de
ordem Pergunta Resposta profes %
sores
Escola tem uma biblioteca Não tem biblioteca nem
01 apetrechada em gramáticas gramáticas. 100%
diferentes? 02
Os alunos têm hábitos de Sim, em pouca frequência. 01 50%
02 leitura em diferentes livros Não, má preparação no 50%
que dispõem? ensino básico. 01
Como os alunos assimilam a Seria com facilidade se
passagem adjectiva do grau estivessem a ler os 01 50%
normal para o superlativo apontamentos.
03 absoluto sintético Com grandes dificuldades
principalmente casos 01 50%
especiais de adjectivos
Quais as principais Leitura, escrita, regras
dificuldades enfrentadas gramaticais.
04 pelos alunos na aula de língua 02 100%
portuguesa?
Quais as principais Insuficiência de
05 dificuldades dos professores gramáticas actualizadas 02 100%
na aula de língua portuguesa?
Que estratégia de ensino tem Troca de experiências 01 50%
06 se usada em relação aos casos entre professores
especiais do grau superlativo Ainda não há plano, 01 50%
absoluto sintético? espera-se o delegado.
Fonte Autor

A tabela acima, referente ao questionário dirigido aos professores de escola em estudo, mostra
claramente que a escola não tem biblioteca, baseando-se pelas respostas dadas pode constatar
que 100% dos estudantes tem deficiência de leitura.
33

Dos 50% dos alunos tem problemas na escrita, consequentemente verifica-se dificuldades na
passagem dos adjectivos do grau normal para superlativo absoluto sintético em 50% dos
estudantes.

Nota-se também a insuficiências das gramáticas na escola em 100%; os professores estão sem
plano de como superar as dificuldades de compressão dos casos especiais do grau superlativo
absoluto sintético correspondente a 50%, preocupando de igual modo as percentagens
negativas elevadas que ilustram na tabela.

4.2. Discussão dos resultados


Após a apresentação dos resultados de cada questão proposta para o trabalho, importa fazer
uma discussão dos mesmos resultados de modo que se chegue a uma conclusão em torno do
estudo feito. De acordo com o formulário apresentado para a análise de resultados, as
questões estão intimamente ligadas ao grau superlativo absoluto sintético de alguns adjectivos
que apresentam regras particulares. A ser assim, foram propostas cinco questões de carácter
abertas e fechadas. O exercício centrou-se essencialmente na escolha de palavras que estavam
correctamente no grau superlativo absoluto sintético e passagem de frases do grau normal
para o sintético.

Segundo a ordem de questões, a primeira estava ligada ao «Nível de compreensão de


adjectivos». Perante esta questão, a maior parte dos alunos demonstraram dificuldades ao
apresentarem um conceito claro de adjectivo. De acordo com os resultados apurados no
questionário apenas 3, A3,A15 e A19 responderam correctamente e, os restantes 27,
(A1,A2,A4,A4,A6,A7,A8,A9,A10,A11,A12,A13,A14,A16,A17,A18,A20,A21,A22,A23,A24,
A25,A26,A27,A28,A29 e A30) não deram uma resposta satisfatória. Os resultados foram
10% que representam respostas positivas e 90% para negativas. Estes resultados revelam que
a maior parte dos alunos têm problemas no domínio dos conceitos.

O problema do domínio de conceitos por parte dos alunos é preocupante para a compreensão
das regras gramaticais, alguns alunos deram respostas desviadas do conceito real de adjectivo,
como é o caso de “adjectivo é um nome que explica coisas”. Não obstante, alguns alunos
demonstraram ter domínio do conceito de adjectivo ao afirmarem que “adjectivo é uma
palavra que qualifica o nome”. Pese embora esta resposta não seja completa, considera-se
aceitável pelo seu valor semântico. Segundo Lopes (2012) o adjectivo é uma palavra que
modifica o nome ou lhe atribui uma propriedade, concordando com ele em género e número.
A problemática do grau superlativo absoluto sintético tem origem, deste modo, da falta de
34

hábito de leitura por parte dos alunos, fazendo com que se a prove de que se os alunos não
têm hábito de leitura, então não terão um conhecimento sólido sobre as regras gramaticais,
particularmente das regras particulares do grau superlativo absoluto sintético, facto que deve
ser visto como um ponto de reflexão por parte dos professores de Língua Portuguesa.

Em relação à questão do “nível de compreensão dos dois (2) principais graus dos adjectivos”
As respostas apresentadas pelos alunos não foram satisfatórias, ditando dos 30 alunos
entrevistados, cerca de 27 alunos tiveram resultado negativo, que são:
A1,A2,A4,A4,A6,A7,A8,A9,A10,A11,A12,A13,A14,A16,A17,A18,A20,A21,A22,A23,A24,
A25,A26,A27,A28,A29 e A30. Portanto, os alunos apresentaram dificuldades na classificação
dos dois (2) principais graus dos adjectivos, nomeadamente: comparativo e superlativo, este
último tema central do trabalho. Há que sublinhar que o superlativo traz a qualidade do ser em
relação aos outros seres. Pode ser relativo ou absoluto (Pinto e Baptista, 2002). Das várias
respostas adiantadas, os alunos demonstraram conhecer com mais frequência o grau
comparativo. Em contrapartida, o grau superlativo foi tido como um assunto complexo para
os mesmos alunos, tendo sido observado alunos que preferiram não responder a questão.
Razão pela qual, o resultado percentual do problema do grau superlativo absoluto sintético
tornou-se mais preocupante ao longo do estudo. Assim, cinco (5) A3,A20,A24,A27 e A30
responderam correctamente, equivalente a 15%, vinte e três (23)
A1,A2,A4,A5,A6,A7,A8,A9,A10,A11,A12,A14,A15,A16,A17,A18,A19,A21,A22,A23,A25,
A26 e A29 responderam incorrectamente (75%) e dois (2) A13 e A24 não responderam, tendo
correspondido 10%.

Em relação a questão número três (3) «nível de compreensão das partes que se divide o grau
superlativo absoluto», notou-se: O superlativo absoluto pode ser analítico e sintético (Dias
&Martins, 2007). Os alunos demonstraram dificuldades em apresentarem respostas claras
sobre os tipos de graus de adjectivos.

Apenas 3 alunos indicavam o superlativo absoluto sintético, como sendo o mais conhecido.
Como resultado, a tendência das respostas negativas foi consideravelmente notória. A ser
assim, apenas dois (2) alunos A3 e A20 apresentaram uma resposta correcta, correspondendo
a 5%, vinte e um (21) alunos
A1,A2,A4,A5,A6,A7,A8,A9,A10,A11,A12,A13,A14,A15,A16,A17,A18,A19,A21,A22,A23
não deram respostas satisfatórias, correspondendo a 70% e sete (7) alunos
A24,A25,A26,A27,A28,A29,A30, não conseguiram responder que correspondeu a 25%.Este
35

facto revela o fraco domínio sobre o conhecimento geral do grau dos adjectivos, com
destaque para o superlativo absoluto sintético.

Para a quarta. Propôs-se um exercício que facilitasse a todos os alunos, onde cada um
indicava a palavra correctamente escrita no grau superlativo absoluto sintético. Sendo assim,
propôs algumas palavras como magro, feliz, amável benéfico e feio. Diante deste exercício os
resultados não foram satisfatórios, visto que 27 dos alunos questionados,
A1,A2,A3,A4,A5,A6,A7,A8,A9,A10,A11,A12,A13,A14,A15,A16,A17,A18,A19,A21,A22,A
24,A26,A27,A28,A29,A30 apresentaram dificuldades em responder as questões. A
generalização dos conceitos foi um dos grandes problemas enfrentados pelos alunos. Apenas
na palavra “magro” é que se observou resultados positivos em 100% De A1 até A30. E para o
adjectivo “benéfico”, nenhum aluno teve a capacidade de dar uma resposta satisfatória. Os
resultados do questionário foram maioritariamente negativos e como seguintes dados
percentuais: As palavras “feliz, feio e amável” 90%, 90% e 95% respectivamente de
negativas. A palavra “benéfico” que se obteve 100% das respostas negativas.

Os professores limitam-se em apresentar aos alunos apenas as regras gerais da gramática,


consequentemente os alunos generalizam todas as regras e passam a aplicá-las para qualquer
contexto.

A quinta questão que era a passagem de frases do grau normal para o grau superlativo
absoluto sintético.

Na sua alínea a) também mostra claramente que a generalização dos conteúdos é maior. Os
vinte e seis (26) alunos A2,A4.A5,A7,A8,A9,A10,A11,
A12,A13,A14,A15,A16,A17,A18,A19,A2O,A22,A23,A24,A25,A26,A27,A28,A29,A30
acertaram correspondendo a 85% de positivo, contra 15% dos alunos que falharam;
A1,A3,A6,A21 Dois (2) alunos acertaram correspondente a 6,7% de positivo As restantes
alíneas c) e d) todos alunos não acertaram obtendo assim 100% de negativo.

Os 30 alunos inqueridos oralmente pelo autor se o tema era difícil, responderam que tão
difícil não era mas 20
(A1,A2,A3,A4,A5,A6,A7,A8,A9,A10,A11,A12,A13,A14,A15,A16,A17,A18,A19,A20)
alegaram que era pela primeira vez que ouviam de casos particulares do grau superlativo
absoluto sintético e 7 (A21,A22,A23,A24,A25,A26,A27) alunos disseram que há falta de
acesso há gramáticas de língua portuguesa para além da falta de biblioteca na escola para
servir de consultas. Ainda mais, 3 alunos, A28,A29 e A30 disseram apenas os professores têm
36

falado num sentido geral do acrescentamento do sufixo -íssimo generalizado pela maioria dos
alunos, verificando- se de facto, que há falta de aprofundamento das regras gramaticais por
parte dos professores e falta de leitura constante dos alunos.

O inquérito dirigido aos professores, também atribuiu-se um código, para preservar a sua
identidade. Foram entrevistados 2 professores e usou-se o código P1 e P2. Constatou- se: para
a primeira questão colocada a P1 e P2 “A Escola tem biblioteca com gramáticas” a resposta
foi de que não tem biblioteca nem gramáticas ricas; os resultados mostram claramente que P1
e P2 têm grandes dificuldades na planificação das suas aulas por causa de não existência de
uma biblioteca na escola e de gramáticas actualizadas o que corresponde a 100%. Com isso
concluiu-se que os P1 e P2 carecem de material didáctico razão pela qual há falta de seriedade
nos casos especiais contidos nas gramáticas de Língua Portuguesa.

Na segunda questão “Hábito de leitura dos alunos” P2 afirmou que os alunos, têm pouco
hábito de leitura correspondendo a 50% e P2 disse não têm hábito de leitura são
desinteressados, perfazendo 50%. Estes dados mostram ainda que os alunos não têm hábito de
leitura cabendo ao próprio professor da turma incentivar permanentemente o gosto pela leitura
dos seus alunos.

Sobre a terceira questão referente a passagem dos adjectivos do grau normal para o
superlativo absoluto sintético o primeiro professor afirmou que os alunos assimilariam com
facilidade a matéria se tivessem o hábito a ler os apontamentos, correspondente a 50% e
segundo professor disse que os alunos não assimilam principalmente os casos especiais,
dando percentagem de 50% de negativo. Os dados mostram as dificuldades dos alunos na
compreensão do superlativo absoluto sintético, pelo que os professores de Língua portuguesa
devem aprofundar esse tema com maior seriedade de modo que os alunos superem as grandes
dificuldades relacionadas com o tema em causa.

Indo para quarto e quinto questionário “principais dificuldades enfrentadas pelos alunos e
professores na aula de Língua Portuguesa” os dois, P1 e P2 responderam que para os alunos,
há dificuldades na leitura, escrita e regras gramaticais prefazendo 100%.

Os resultados indicam o fracasso dos alunos na leitura, razão pelo qual os alunos, não
conseguem algumas definições simples caso que a responsabilidade continua a ser dos
próprios alunos. Para P1 e P2 não podem somente esperar pela direcção da escola na
aquisição de diferentes gramáticas, cabendo de igual modo o próprio professor, a partir de
37

algumas fontes individuais, adquirir o material em sua falta como forma de enriquecer o seu
conhecimento pessoal.

Por último, a direcção da escola, o director adjunto pedagógico da mesma esclareceu que, de
facto o problema de falta das gramáticas actualizadas e biblioteca na escola é verídico e
encorajou que a escola está à procura de um fundo ou parceiro para fornecimento de
diferentes livros que a instituição carece, em particular as gramáticas de Língua Portuguesa.
38

CAPÍTULO V
5.Conclusões e Sugestões
O presente capítulo pretende tecer algumas conclusões à volta do estudo sobre Dificuldades
de Aplicação do Grau Superlativo Absoluto Sintético Caso dos Alunos da 10ª Classe,
Curso diurno da Escola Secundária Geral de Lugela (2019).

 Ao longo do estudo observou-se que poucos alunos têm noção sobre o conceito de
adjectivo, motivado pela falta de hábito de leitura nos alunos;

 A falta de biblioteca e gramáticas na escola contribuiu de certo modo na má


compreensão do grau superlativo absoluto sintético, tema central do trabalho.

 A generalização dos conceitos é dos grandes problemas enfrentados pelos alunos.


Como prova disso, apenas nas palavras magro e bonito é que se observou o maior
resultado positivo em 100 e 85%. E para as palavras: benéfico, difícil, livre e fiel
nenhum aluno teve a capacidade de dar uma resposta satisfatória por se tratarem de
adjectivos que não têm nada a ver com o acrescentamento do sufixo -íssimo.
 A falta de aprofundamento de casos especiais dos adjectivos contidos nas gramáticas
de Língua Portuguesa por parte de alguns professores influencia de certo modo o
desconhecimento profundo do temo em estudo.
 A falta de incentivo permanente dos dois professores no gosto pela leitura dos seus
alunos e avaliação permanente para medir o nível de assimilação de cada aula dá
origem aos resultados negativos dos alunos.
 O não uso de metodologias que ajudem o aluno a aprender os conteúdos não só na
forma geral mas de forma específica, neste caso dos graus dos adjectivos influenciou
de igual modo nas percentagens negativas verificadas nos resultados do inquérito.

5.2. Sugestões
Para o problema de mau uso do grau superlativo absoluto sintético por parte dos alunos,
sugere-se o seguinte:

 Realizar ensino de gramática com maior profundidade, incluindo todas as regras


excepcionais;
 Especificar os casos especiais dos graus dos adjectivos;
 Propõe-se exercícios sobre o grau dos adjectivos aos alunos, de modo a aperfeiçoarem
este assunto;
 Haja hábitos de leitura constante por parte dos alunos.
39

 Haja bibliotecas equipadas com diferentes gramáticas nas escolas, em particular nesta
em estudo
 Haja hábito de planificação conjunta.
 Aquisição de gramáticas de Língua portuguesa por conta pessoal sem esperar somente
pela direcção da escola.
 Melhorar os métodos de ensino de modo a adequá-los as circunstâncias dos alunos.
40

6.Referências bibliográficas
1. Ámos, Armindo & Martins, Flávia (2007). Didáctica do Português. Educação hoje, 1ª
edição, Moçambique. Texto Editores;
2. Bechara, E. (2001) Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro;
3. Casteleiro, J. M. (1981) Sintaxe Transformacional do Adjectivo: regência das
construções complectivas. Lisboa. INIC;
4. Cunha, & Cintra, F. L. (2001) Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3. ed.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira;
5. Dias, Ana Paula & Martins, Fernanda (2007) Gramática Escolar-Língua Portuguesa,
(2ª ed), Brasil, editor;
6. Edna Lúcia da Menezes, Estera Muszkat (2001). Metodologia da Pesquisa e
Elaboração de Dissertação. 2. ed. São Paulo: Pioneira;
7. Gomes, A. (2007) Guia de Formação de Professor de Língua Portuguesa. 2ª Ed;
8. Lakatos, Eva Maria & Marconi, Marina de Andrade (1996). Técnicas de pesquisa. 3a
edição. São Paulo: Editora Atlas;
9. Lima. R. (2002), Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 42.ed. Rio de Janeiro:
José Olympio, (2002);
10. Lopes (2012). Gramática da Língua Portuguesa. 2º Ciclo do Ensino Básico 5º e 6º
Anos. 4ª Edição, Alcance Editores, Lisboa;
11. Luna, S. V. (1999) Planejamento de Pesquisa: Uma introdução. 2a edição.São Paulo:
EDUC;
12. Moreno, C. (2010) Guia Prático do Português Correto. Porto Alegre: L&PM, Pinto,
Elisa ;
13. Ruiz, J. A. & Saraiva, (1991). Manual de Metodologia de Pesquisa. 2ª Ed, São Paulo;
14. Sacconi, L. A. (2001). Nossa Gramática: Teoria e Prática. 26. ed. São Paulo: Atual
Editora
15. Silva;
16. Triviños, A.N.S. (1987). Introdução á Pesquisa em Ciências Sociais: a Pesquisa
Qualitativa São Paulo, Atlentico,
41

7.Anexos

7.1. Questionário dirigido aos alunos

Prezado Aluno,

Este questionário destina-se aos alunos da 10ª classe, curso diurno, da Escola Secundária
Geral de Lugela. No entanto, a realização deste trabalho carece do seu apoio. A ser assim,
solicitamos a sua gentileza para responder o presente questionário com clareza.

Parte I

I. Identificação

1. Idade ( )

2. Sexo ( )

Parte II

1. O que entendes por adjectivo?

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

2.. Indica os graus de adjectivos que conheces?

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

3. Em quantas partes se divide o grau superlativo?

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

4. Assinala com um “X” a resposta correcta. O grau superlativo absoluto sintético de:

-Magro é: a) Magreíssimo ( ) b) Magríssimo ( )

- Amável é: a) Amavelíssimo ( ) b) Amabilíssimo ( )

- Feliz é: a) felizíssimo ( ) b) felicíssimo ( )


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- Benéfico é a) Beneficentíssimo ( ) b) benefíssimo ( )

- Feio é: a) Feiíssimo ( ) b) Feíssimo ( )

5. Passe os adjectivos negritos das frases abaixo, para o Grau Superlativo Absoluto
Sintético:

a) A escola é bonita. (Grau Normal)

R: A escola é ___________________

b) O Luís é religioso. (Grau Normal)

R: O Luís é _____________________da Rosa.

c) O Exame de português foi difícil. (Grau Normal)

R: O Exame de português foi ________________

d) Homem livre e fiel. (Grau Normal)

R: Homem _______________e ______________

Saudações
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7.Apêndices

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