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BASES DA

ELETROENCEFALOGRAFIA

LUÍS  OTÁVIO  CABOCLO  


Unidade  de  Pesquisa  e  Tratamento  das  Epilepsias  
Hospital  São  Paulo  –  UNIFESP  

Departamento  de  Neurofisiologia  Clínica  


Hospital  Israelita  Albert  Einstein  

LOCABOCLO@IG.COM.BR  
AGENDA

ü origens
ü conceitos básicos
ü Sistema Internacional 10-20
ü definições de termos usados em
eletroencefalografia
ü atividade epileptiforme
ü polaridade

BASES  DA  ELETROENCEFALOGRAFIA   LUÍS  OTÁVIO  CABOCLO   SBNC  2013  


ORIGENS...

• Na  origem  da  palavra  ELETROENCEFALOGRAFIA  (EEG),  em  


suas   três   raízes   gregas,   encontra-­‐se   a   própria  
definição   do   termo:   um   registro   da   aKvidade  
elétrica  cerebral  
 

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Precursores  na  descoberta  do  EEG  humano  

Eduard Hitzig Theodor Fritsch David Ferrier Richard Caton


1838-1907 1838-1927 1843-1928 1842-1926

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Precursores  na  descoberta  do  EEG  humano  
Richard  Caton    
•  Médico  de  Liverpool,  registrou  oscilações  
espontâneas  dos  hemisférios  cerebrais  expostos  de  
coelhos  e  macacos  em  1875  
•  Não  relacionadas  a  ritmos  respiratório  e  cardíaco  
•  Vulneráveis  à  hipóxia  e  anestesia  e  abolidas  pela  
morte  
Richard  Caton  
•  Originadas  na  substância  cinzenta   1842-1926
•  Um  espelho  captava  movimentos  quase  
impercepUveis  do  galvanômetro  e  projetava  a  
imagem  na  parede  situada  a  cerca  de  3  metros;  esta  
distância  era  seu  “amplificador”  

Galvanômetro  de  espelho  de  Thomson  

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O  Eletroencefalograma  humano  

Hans Berger
• assistente de Binswanger na clínica
psiquiátrica de Jena, juntamente com
Oscar Vogt e Korbinian Brodmann, com
os quais passou a pesquisar a
localização funcional do cérebro
• sucedeu Binswanger com professor
1919 e depois reitor
• o centro de sua pesquisa foi a
circulação e variações de temperatura
cerebral (1901) Hans Berger
• registro da atividade elétrica cerebral 1873-1941
em animais

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O  Eletroencefalograma  humano  
• O principal problema para registrar os
potenciais cerebrais humanos era
como rastrear, medir e registrar os
potenciais da ordem de poucos
milionésimos de um volt(µV) através
do crânio fechado
• Pacientes com falhas ósseas tornaram
mais fácil a medida por Berger das
flutuações cerebrais
• Em 6 de julho de 1924 ele fez o
primeiro registro do
Elektrenkephalogramm humano

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Über  das  Elektrenkephalogram  des  Menschen  
                                       Archiv  für  Psychiatrie  1929;  87:  523-­‐570  

O  RITMO  ALFA  

EEG  de  Klaus,  15  anos  –  entre  15  e  17  


anos  teve  73  registros  

Berger  teve  seus  próprios  56  registros  


Hans Berger feitos  por  Hilpert  em  11  sessões  
1873-1941
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O  Eletroencefalograma  humano  
• Descreveu  dois  ritmos-­‐  alpha  e  beta  
• Descreveu  a  reahvidade  do  ritmo  alfa  
• Demonstrou  que  estas  ondas  podiam  ser  uhlizadas  como  um  
biomarcador  de  doença  cerebral  
• Descreveu  pela  primeira  vez  o  EEG  na  epilepsia  humana  

Segmento  de  um  registro  de  EEG  por  Berger  em  uma  
mulher  de  18  anos  (Berger,  1933)  

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Aplicações  iniciais  do  EEG  em  humanos  

• Determinação  da  ahvidade  de  base  


• Determinação  de  alentecimento  focal  e  generalizado  
em  lesões  cerebrais  
• Detecção  de  descargas  epilephformes  
• Uhlizado  na  avaliação  de  doenças  neurológicas  em  
geral:  cefaleias,  tumores  e  quadros  vasculares  

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HANS BERGER – 1924 (1929)
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abertura ocular

ALFA BETA
Características do EEG

Flutuações rítmicas semelhantes a uma onda


sinusoidal.
Essas flutuações são descritas segundo 2
parâmetros:
1. FREQUÊNCIA: número de flutuações num
determinado tempo padronizado (ciclos por
segundo = Hz)
2. AMPLITUDE: flutuações de voltagem são
descritas segundo a magnitude ou amplitude
(milionésimo de volt ou µV)
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Características do EEG

• EEG é definido como um sinal elétrico flutuante


produzido pelo cérebro.
• Flutuações podem variar em amplitude.
• As flutuações de voltagem são de caráter
sinusoidal, com variação de 1-70Hz (espectro de
frequências).
• As bandas de frequências são definidas por
subcategorias identificadas pelas letras gregas
alfa, beta, teta e delta.

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Características do EEG

• Quando  usamos  o  termo ahvidade  elétrica”  ao  


falar  de  EEG,  estamos  falando  na  verdade  de  
corrente  elétrica  
• Corrente  elétrica=  fluxo  de  elétrons  (fluxo  de  
parUculas  de  carga  negahva  num  corpo  condutor)      

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Características do EEG

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Características do EEG

• A   ahvidade   elétrica   cerebral   é   da   ordem   de  


milionésimos  de  Volts  (µV).    
• Esta   ahvidade   é   amplificada   para   ser   captada   por  
eletrodos  de  escalpo.  
• O   potencial   elétrico   captado   no   escalpo   reflete   a  
ahvidade   elétrica   de   uma   determinada   área   (altura  
profundidade  e  largura).    

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Geradores  corKcais  

• No  EEG  eletrodos  de  scalp  registram  ahvidade  


extracelular  de  um  grupo  de  neurônios  corhcais,  
secundários  aos  potenciais  de  membrana  dos  
neurônios,  PIPS  E  PEPS,  os  quais  produzem  
potenciais  de  campo  na  zona  dendrihca  e  potenciais  
de  polarização  oposta  na  zona  dos  corpos  celulares  
(cels  piramidais  da  camada  V)  produzindo  um  dipolo  
verhcal.      

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Eletrodos  

• Dificilmente   pode-­‐se   obter   um   bom   registro   de   EEG  


sem   eletrodos   de   boa   qualidade   adequadamente  
ligados  ao  paciente.  
• Eletrodos  são  os  meios  através  dos  quais  a  ahvidade  
elétrica   cerebral   é   comunicada   aos   circuitos   de  
entradas  dos  amplificadores  do  eletroencefalógrafo.  

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Eletrodos  
• A   interface     de   registro   de   EEG   é   metal-­‐eletrólito.  
Metal  é  o  material  do  qual  o  eletrodo  é  composto,  e  
o   eletrólito   é   a   solução   condutora   que   pode   ser   gel  
ou  pasta  condutora,  ou  ainda  líquidos  do  tecido  vivo  
quando  se  uhliza  eletrodos  abaixo  da  pele.  
• É   na   interface   metal-­‐eletrólito   que   a   corrente   no  
interior   do   cérebro   torna-­‐se   fluxo   de   elétrons   nos  
eletrodos  e  fios  dos  eletrodos.    

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Aplicação  dos  eletrodos  
• Cabelos   e   couro   cabeludo   limpos,   livres   de   óleos   e  
secos.  
• Os   pontos   onde   os   eletrodos   devem   ser   colocados  
devem  ser  delimitados  e  demarcados.  
• Os   eletrodos   podem   ser   fixados   apenas   com   pasta  
condutora  (EEG  ambulatorial),  ou  com  colódio.  

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Impedância  dos  eletrodos  

• Supondo-­‐se  que  os  eletrodos  tenham  sido  aplicados  ,  


o   próximo   passo   é   verificar   os   eletrodos.   Isto  
envolve  medir  a   impedância  dos  eletrodos.  
• A   impedância   é   medida   aplicando-­‐se   uma   pequena  
voltagem   nos   eletrodos   e   medindo-­‐se   a   quanhdade  
de  corrente  que  passa  no  circuito  formado  por  suas  
derivações.  

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Impedância  dos  eletrodos  

• A   impedância   aceitável   de   eletrodos   de   superpcie   é  


abaixo  de  5  Kohms.  
• Se  a  impedância  do  eletrodo  é  alta  devemos  reduzi-­‐
la   adicionando   gel   eletrolíhco,   reposicionando  
eletrodo  ou  trocando  eletrodo  se  necessário.    
• Quanto   maior   a   impedância,   maior   a   resistência   à  
passagem  de  corrente.      

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G1

G2

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Eletroencefalograma  
• Consiste  na  captação  de  ahvidade  elétrica  cerebral  
• Transmihda  pelos  eletrodos  e  amplificada  nos  
amplificadores  do  aparelho.  
• Os  filtros  regulam  as  frequências  a  serem  registradas  
(1-­‐70hz)  
• Os  amplificadores  aumentam  a  voltagem  a  ser  
registrada  para  que  seja  possível  o  registro  da  
ahvidade  elétrica  cerebral  

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Parâmetros  de  registro  do  EEG  
• Filtros  de  alta=  passa  baixa  
• Filtros  de  baixa=  passa  alta  
• CT  
Parâmetros  do  EEG  ambulatorial:    
• Filtro  de  baixa  de  0.3hz  
• Filtro  de  alta  de  70hz  
• Notch  filter  on  se  necessário  
• Sensibilidade  de  7µ/mm  
• Velocidade  de  10mm/segundo  

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Filtros  
CT  (segundos)=  R  (resistência)  X  C  (capacitância)  
F  (frequência)  =  ___1____  
                                     2π  .  R.C  
 
• Filtro    de  baixa  frequência  =  passa  alta,  o  
componente  mais  importante  é  o  RESISTOR.  
•  Filtro    de  alta  frequência  =  passa  baixa,  o  
componente  mais  importante  é  o  CAPACITOR  

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FILTROS

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Como os filtros modificam o traçado

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Como os filtros modificam o traçado

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G1 – G2

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G1 – G2

(G1-REF) – (G2-REF)

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G1 – G2

(G1-REF) – (G2-REF)

G1 – G2

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ELETRODOS    
&  
MONTAGENS  

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Cz
Fz 20%
20%
Pz

20%

Fpz 20%

10%

Oz
NÁSION
10%

INION
Cz

20%
20%
C4
C3

20% 20%

T4 T3

10% 10%

PRÉ-AURICULAR
PRÉ-AURICULAR
Fpz
Fp1 Fp2
10%

20%

F7 Fz
F3 F4 F8

20%

T3 C3 Cz C4 T4

20%

P3 Pz P4
T5 T6

20%

O1 10% Oz O2
Fpz
Fp1 Fp2

F7 Fz
F3 F4 F8

T3 C3 Cz C4 T4

P3 Pz P4
T5 T6

O1 Oz O2
T5-O1
Fp1-F7

F7-T3

T3-T5

T5-O1
DUPLA BANANA
REFERENCIAL COMUM (Cz)
RITMOS CEREBRAIS
DELTA: ≤ 3,5 Hz
TETA: 4-7,5 Hz
ALFA: 8-13 Hz
BETA: ≥ 14 Hz
GAMA: ≥ 30 Hz

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T5-­‐O1  
1 2 3 4   5 6 7 8 9 10  

10  Hz:  alfa  
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Fp1-F7

F7-T3

T3-T5

T5-O1

5 Hz: teta

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Fp1-F3

2 Hz: delta

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Ritmo   letra   descrição  
Ritmo  delta   δ   ≤  3,5  Hz  
Ritmo  teta   θ   4-­‐7,5  Hz  
Ritmo  alfa   α   8-­‐13  hz  
Ritmo  beta   β   14-­‐30  Hz  
Ritmo  gama   γ   >  30  hz  
Ondas  pi   π   Ondas  lentas  posteriores  da  juventude  
Ritmo  phi   ϕ   Ondas  lentas  posteriores  ao  fechamento  ocular  
Ritmo  kappa   κ   Ritmo  temporal  anterior  alfa-­‐like  
AKvidade  sigma   ς   Fusos  de  sono  
Ondas  rho   ρ   POSTS  
Ritmo  mu   μ   ritmo  do  córtex  motor  
Ondas  lambda   λ   Ondas  occipitais  posihvas  na  vigília  
Ritmo  tau   τ   Ritmo  alfa  fisiológico  na  região  temporal  
Ondas  zeta   ζ   Onda  delta  agudizada  

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ANÁLISE DO EEG
ATIVIDADE DE BASE
• Organização
• Simetria
• Reatividade
RITMOS CEREBRAIS
ð incidência
ð topografia, distribuição
ð idade, estado de vigília

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ADULTO  VIGIÍLIA   ADULTO  SONOLÊNCIA  

ADULTO  SONO   CRIANÇA  SONO  


-­‐  
POLARIDADE

+  
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G1  –  G2  

1  seg  

O traçado do eletroencefalograma é a representação gráfica da diferença de


potencial entre dois eletrodos ao longo de um determinado período de tempo.
Esses eletrodos são denominando G1 e G2.

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-­‐  
+  
Por convenção, toda atividade acima da linha de base tem polaridade negativa,
enquanto que aquelas abaixo da linha de base têm polaridade positiva.

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-­‐  
+  
Por convenção, toda atividade acima da linha de base tem polaridade negativa,
enquanto que aquelas abaixo da linha de base têm polaridade positiva.

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G1  –  G2   -­‐  

A atividade acima da linha de base, mostrada nesse exemplo, tem polaridade


negativa.

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-­‐  -­‐  -­‐  
-­‐  -­‐  -­‐  
-­‐  -­‐  -­‐  
G1  –  G2   -­‐  

Para que a resultante G1-G2 seja negativa, G1 deve ser negativo em relação a G2,
ou…

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+  +  +  
+  +  +  

G1  –  G2  
+  +  +  
-­‐  

Para que a resultante G1-G2 seja negativa, G1 deve ser negativo em relação a G2,
ou G2 deve ser positivo em relação a G1, ou ainda…

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-­‐  -­‐  -­‐   +  +  +  
-­‐  -­‐  -­‐   +  +  +  
-­‐  -­‐  -­‐  
G1  –  G2  
+  +  +  
-­‐  

Para que a resultante G1-G2 seja negativa, G1 deve ser negativo em relação a G2,
ou G2 deve ser positivo em relação a G1, ou ainda as duas situações coexistem.

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A atividade abaixo da linha de base, mostrada nesse exemplo, tem polaridade
positiva.

G1  –  G2  
+  
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Para que a resultante G1-G2 seja positiva, G1 deve ser positivo em relação a G2,
ou …

G1  
+  +  +  
+  +  +  
+  +  +  
–   G2  
+  
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Para que a resultante G1-G2 seja positiva, G1 deve ser positivo em relação a G2,
ou G2 deve ser negativo em relação a G1, ou ainda…

G1  –  G-­‐  -­‐2  
 -­‐  
-­‐  -­‐  -­‐  
-­‐  -­‐  -­‐  
+  
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Para que a resultante G1-G2 seja positiva, G1 deve ser positivo em relação a G2,
ou G2 deve ser negativo em relação a G1, ou ainda as duas situações coexistem.

G1  
+  +  +  
+  +  +  
+  +  +  
–   G 2  
-­‐  -­‐  -­‐  
-­‐  -­‐  -­‐  
-­‐  -­‐  -­‐  
+  
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-­‐  -­‐  -­‐   +  +  +  
-­‐  -­‐  -­‐   +  +  +  
-­‐  -­‐  -­‐  
G1  –  G2  
+  +  +  
-­‐  
G1  
+  +  +  
+  +  +  
+  +  +  
–   G 2  
-­‐  -­‐  -­‐  
-­‐  -­‐  -­‐  
-­‐  -­‐  -­‐  
+  
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Fp1-­‐F7  

F7-­‐T3  

T3-­‐T5  

T5-­‐O1  
35  μV  
1  seg  

Nesse exemplo, observa-se uma onda aguda na região temporal esquerda. A análise da
polaridade da onda aguda nesse caso permite a definição do eletrodo em que está a máxima
eletronegatividade, o que é importante para inferir a fonte geradora da onda aguda.

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+   -­‐  
Fp1-­‐F7  

+  
F7-­‐T3  

T3-­‐T5  

T5-­‐O1  
35  μV  
1  seg  

Derivação Fp1-F7: resultante abaixo da linha de base, portanto positiva.


Como, no caso, estamos buscando o eletrodo mais eletronegativo, podemos afirmar que a
polaridade positiva se deve a uma maior negatividade do eletrodo G2 (nesse caso, F7).
Portanto, F7 é mais negativo que Fp1.

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Fp1-­‐F7  

-­‐  
+F7-­‐T3  

+  
T3-­‐T5  

T5-­‐O1  
35  μV  
1  seg  

Derivação F7-T3: resultante abaixo da linha de base, portanto positiva.


A polaridade positiva se deve a uma maior negatividade do eletrodo G2 (nesse caso, T3).
Portanto, T3 é mais negativo que F7.

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Fp1-­‐F7  

F7-­‐T3  

-­‐  
-­‐T3-­‐T5  
+

T5-­‐O1  
35  μV  
1  seg  

Derivação T3-T5: resultante acima da linha de base, portanto negativa.


A polaridade negativa se deve a uma maior negatividade do eletrodo G1 (nesse caso, T3).
Portanto, T3 é mais negativo que T5.

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Fp1-­‐F7  

F7-­‐T3  

T3-­‐T5  

-­‐  
-­‐T5-­‐O1  
+
35  μV  
1  seg  

Derivação T5-O1: resultante acima da linha de base, portanto negativa.


A polaridade negativa se deve a uma maior negatividade do eletrodo G1 (nesse caso, T5).
Portanto, T5 é mais negativo que O1.

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+   -­‐  
Fp1-­‐F7  

-­‐  
+F7-­‐T3  
REVERSÃO
DE FASE
-­‐T3-­‐T5  
+

-­‐T5-­‐O1  
+
35  μV  
1  seg  

A análise conjunta dos dados permite definir o eletrodo T3 (temporal médio esquerdo) como
aquele em que a onda aguda observada tem maior eletronegatividade. Portanto, podemos
dizer que a descarga epileptiforme observada é máxima na região temporal média esquerda.

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Dipolos
• Dipolo radial
• Dipolo tangencial

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Dipolos
• Dipolo radial
– dipolo orientado verticalmente ou obliquamente a
superfície do encéfalo
– a porção negativa fica exposta ao EEG

• Dipolo tangencial

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Dipolos
Dipolo radial
• Dipolo orientado verticalmente ou
obliquamente a superfície do encéfalo
• A porção negativa fica exposta ao EEG

Dipolo tangencial
• encontro de componentes positivos e
negativos no dipolo de superfície: ambos
são ambos captados no escalpo
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Dipolo tangencial
• O que caracteriza os campos tangenciais
é o encontro de componentes positivos e
negativos no dipolo de superfície, e são
ambos captados no escalpo.

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Reversão de fase verdadeira
• Ocorre em um dipolo tangencial, no qual
tanto o polo positivo qto o polo negativo
são vistos no eletrodos de superfície.
• O exemplo mais típico são as epilepsias
benigns da infância com paroxismos
centro-temporais

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Reversão de fase instrumental
• É a reversão de fase encontrada em um
dipolo vertical (radial) em uma montagem
bipolar.
TERMOS USADOS EM EEG
&
DESCARGAS EPILEPTIFORMES

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TERMO   Inglês/francês   Descrição  
Surto   Burst   Um  grupo  de  ondas  que  aparecem  e  desaparecem  
abruptamente  e  que  é  claramente  dishnguível  da  ahvidade  de  
fundo  por  sua  frequência,  forma  e/ou  amplitude.  Comentários:  
(1)  este  termo  não  implica  em  anormalidade;  (2)  não  é  sinônimo  
de  paroxismo.  
Padrão   Epilephform   Sinônimos:  descarga  epilepKforme,  aKvidade  epilepKforme.  
epilepKforme   pa}ern   Descreve  grafoelementos  dishnguíveis  da  ahvidade  de  fundo  
com  morfologia  agudizada  caracteríshca,  hpicamente,  mas  
nunca  exclusivamente  nem  invariavelmente,  encontrada  em  
EEGs  interictais  de  indivíduos  com  epilepsia.  

Descarga   Discharge   Termo  interpretahvo  comumente  uhlizado  na  denominação  de  


padrões  epilephformes  e  crises  epiléphcas.  

Paroxismo   Paroxysm   Fenômeno  que  apresenta  início  abrupto,  alcança  rapidamente  


sua  expressão  máxima  e  termina  subitamente;  dishnguível  da  
ahvidade  de  fundo.  Comentário:  termo  comumente  uhlizado  
para  se  referir  a  padrões  epilephformes  e  à  padrões  ictais.  

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TERMO   Inglês/francês   Descrição  
Surto   Burst   Um  grupo  de  ondas  que  aparecem  e  desaparecem  
abruptamente  e  que  é  claramente  dishnguível  da  ahvidade  de  
fundo  por  sua  frequência,  forma  e/ou  amplitude.  Comentários:  
(1)  este  termo  não  implica  em  anormalidade;  (2)  não  é  sinônimo  
de  paroxismo.  
Padrão   Epilephform   Sinônimos:  descarga  epilepKforme,  aKvidade  epilepKforme.  
epilepKforme   pa}ern   Descreve  grafoelementos  dishnguíveis  da  ahvidade  de  fundo  
com  morfologia  agudizada  caracteríshca,  hpicamente,  mas  
nunca  exclusivamente  nem  invariavelmente,  encontrada  em  
EEGs  interictais  de  indivíduos  com  epilepsia.  

Descarga   Discharge   Termo  interpretahvo  comumente  uhlizado  na  denominação  de  


padrões  epilephformes  e  crises  epiléphcas.  

Paroxismo   Paroxysm   Fenômeno  que  apresenta  início  abrupto,  alcança  rapidamente  


sua  expressão  máxima  e  termina  subitamente;  dishnguível  da  
ahvidade  de  fundo.  Comentário:  termo  comumente  uhlizado  
para  se  referir  a  padrões  epilephformes  e  à  padrões  ictais.  

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TERMO   Inglês/francês   Descrição  
Surto   Burst   Um  grupo  de  ondas  que  aparecem  e  desaparecem  
abruptamente  e  que  é  claramente  dishnguível  da  ahvidade  de  
fundo  por  sua  frequência,  forma  e/ou  amplitude.  Comentários:  
(1)  este  termo  não  implica  em  anormalidade;  (2)  não  é  sinônimo  
de  paroxismo.  
Padrão   Epilephform   Sinônimos:  descarga  epilepKforme,  aKvidade  epilepKforme.  
epilepKforme   pa}ern   Descreve  grafoelementos  dishnguíveis  da  ahvidade  de  fundo  
com  morfologia  agudizada  caracteríshca,  hpicamente,  mas  
nunca  exclusivamente  nem  invariavelmente,  encontrada  em  
EEGs  interictais  de  indivíduos  com  epilepsia.  

Descarga   Discharge   Termo  interpretahvo  comumente  uhlizado  na  denominação  de  


padrões  epilephformes  e  crises  epiléphcas.  

Paroxismo   Paroxysm   Fenômeno  que  apresenta  início  abrupto,  alcança  rapidamente  


sua  expressão  máxima  e  termina  subitamente;  dishnguível  da  
ahvidade  de  fundo.  Comentário:  termo  comumente  uhlizado  
para  se  referir  a  padrões  epilephformes  e  à  padrões  ictais.  

BASES  DA  ELETROENCEFALOGRAFIA   LUÍS  OTÁVIO  CABOCLO   SBNC  2013  


TERMO   Inglês/francês   Descrição  
Surto   Burst   Um  grupo  de  ondas  que  aparecem  e  desaparecem  
abruptamente  e  que  é  claramente  dishnguível  da  ahvidade  de  
fundo  por  sua  frequência,  forma  e/ou  amplitude.  Comentários:  
(1)  este  termo  não  implica  em  anormalidade;  (2)  não  é  sinônimo  
de  paroxismo.  
Padrão   Epilephform   Sinônimos:  descarga  epilepKforme,  aKvidade  epilepKforme.  
epilepKforme   pa}ern   Descreve  grafoelementos  dishnguíveis  da  ahvidade  de  fundo  
com  morfologia  agudizada  caracteríshca,  hpicamente,  mas  
nunca  exclusivamente  nem  invariavelmente,  encontrada  em  
EEGs  interictais  de  indivíduos  com  epilepsia.  

Descarga   Discharge   Termo  interpretahvo  comumente  uhlizado  na  denominação  de  


padrões  epilephformes  e  crises  epiléphcas.  

Paroxismo   Paroxysm   Fenômeno  que  apresenta  início  abrupto,  alcança  rapidamente  


sua  expressão  máxima  e  termina  subitamente;  dishnguível  da  
ahvidade  de  fundo.  Comentário:  termo  comumente  uhlizado  
para  se  referir  a  padrões  epilephformes  e  à  padrões  ictais.  

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DESCARGAS EPILEPTIFORMES:
biomarcadores de epilepsia
ü nem todos os pacientes que têm descargas têm epilepsia
ü nem todos os pacientes que têm epilepsia têm descargas

Ø Marcador  de  predisposição  ou  suscephbilidade  à  ocorrência  


de  crises  epiléphcas  

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TERMO   Inglês/francês   Morfologia   Descrição  
Espícula/ponta   Spike/pointe   Grafoelemento  claramente  dishnguível  da  ahvidade  de  fundo  
com  pico  agudizado  em  uma  velocidade  de  registro  e  escala  de  
tempo  usuais,  com  duração  de  aproximadamente  20  a  70  ms,  ou  
seja,  1/50-­‐1/15  seg.  O  componente  principal  é  geralmente  
negahvo  com  relação  às  outras  áreas.  A  amplitude  é  variável.  
Comentários:  (1)  o  termo  deve  ser  restrito  à  descrição  de  
descargas  epilephformes.  As  espículas  devem  ser  diferenciadas  
das  ondas  agudas,  ou  seja,  grafoelementos  com  caracteríshcas  
semelhantes,  mas  duração  mais  longa.  Contudo,  esta  dishnção  é  
arbitrária  e  serve  primariamente  ao  propósito  descrihvo.  
Complexo   Complex/ Uma  sequência  de  duas  ou  mais  ondas  que  apresentam  uma  
complexe   forma  caracteríshca  ou  que  recorrem  com  aspecto  consistente,  
dishnguível  da  ahvidade  de  fundo.  

Complexo  de   Spike-­‐and-­‐low-­‐ Um  padrão  que  consiste  de  uma  espícula  seguida  por  uma  onda  
espícula-­‐onda   wave  complex/   lenta.  Comentário:  a  hifenização  facilita  o  uso  do  termo  no  
complexe  de   plural:  complexos  de  espícula-­‐onda.  
pointe-­‐onde  
Complexo  de   Polyspike-­‐and-­‐ Uma  sequência  de  duas  ou  mais  espículas  associadas  a  uma  ou  
polispícula-­‐onda   slow-­‐wave   mais  ondas  lentas.  
complex/  
complexe  de  
polypointe-­‐onde  
Complexo  de   Polyspike   Uma  sequência  de  duas  ou  mais  espículas.  
polispícula   complex/  
complexe  de  
polypointe  

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TERMO   Inglês/francês   Morfologia   Descrição  
Onda  aguda   Sharp  wave/pointes   Grafoelemento  claramente  dishnguível  da  ahvidade  de  fundo  com  
lentes   pico  agudizado  em  uma  velocidade  de  registro  e  escala  de  tempo  
usuais,  com  duração  de  aproximadamente  70  a  200  ms,  ou  seja,  
1/4-­‐1/5  seg.  O  componente  principal  é  geralmente  negahvo  com  
relação  às  outras  áreas.  A  amplitude  é  variável.  Comentários:  (1)  o  
termo  deve  ser  restrito  à  descrição  de  descargas  epilephformes  e  
não  se  aplica  a  (a)  grafolementos  fisiológicos  como  ondas  agudas  
do  vértex,  ondas  lambda  e  grafoelementos  agudos  posihvos  
occipitais;  (b)  componentes  agudizados  ocasionais  de  ondas  
individuais  dos  ritmos  de  fundo;  (2)  Ondas  agudas  devem  ser  
diferenciadas  de  espículas,  ou  seja,  grafoelementos  com  
caracteríshcas  similares,  mas  duração  mais  curta.  Contudo,  esta  
dishnção  é  arbitrária  e  serve  primariamente  a  propósitos  
descrihvos.  
Complexo  de  onda   Sharp-­‐and-­‐slow-­‐ Uma  sequência  de  onda  aguda  seguida  de  onda  lenta.  Comentário:  
aguda-­‐onda  lenta   wave  complex/   a  hifenização  facilita  o  uso  do  termo  no  plural:  complexos  de  onda  
complexes  de   aguda-­‐onda  lenta.  
pointes-­‐ondes  
lentes    

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BASES  DA  ELETROENCEFALOGRAFIA   LUÍS  OTÁVIO  CABOCLO   SBNC  2013  
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EEG em pacientes com epilepsia
• Descargas epileptiforme interictais: usados
clinicamente como biomarcadores de epilepsia
• Porém: não constituem fenômeno unitário
ü “red spikes”: geradas no tecido epileptogênico
ü “green spikes”: geradas em tecido normal após
propagação

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Menina de 10 anos de idade.
6 meses: encefalite. 8 meses: início das crises.
RM: esclerose mesial temporal esquerda.
Menina de 10 anos de idade.10-year-old girl.
6 meses: encefalite. 8 meses: início das crises.
RM: esclerose mesial temporal esquerda.
EEG em pacientes com epilepsia
• Descargas epileptiforme interictais: usados
clinicamente como biomarcadores de epilepsia
• Porém: não constituem fenômeno unitário
ü “red spikes”
ü “green spikes”

“Até agora, os eletroencefalografistas


não foram capazes de diferenciá-las”.
Theodore Rasmussen

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EEG em pacientes com epilepsia
• Descargas epileptiforme interictais: usados
clinicamente como biomarcadores de epilepsia
• Porém: não constituem fenômeno unitário
ü “red spikes”
ü “green spikes”

ü “white spikes”

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Menina de 6 anos, com cefaleia episódica. Sem história de crise.

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EEG em pacientes com epilepsia
• Descargas epileptiforme interictais: usados
clinicamente como biomarcadores de epilepsia
• Porém: não constituem fenômeno unitário
ü “red spikes”
ü “green spikes”

ü “white spikes”

ü “very red spikes”

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Menino de 2 anos com espasmos infantis.

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TERMO   Inglês/francês   Morfologia   Descrição  

Onda  trifásica   Triphasic  wave   Grafoelemento  agudizado  posihvo  de  grande  amplitude  (acima  
de  70  µV)  precedido  e  sucedido  por  duas  ondas  negahvas  de  
menor  amplitude.  A  primeira  onda  negahva  que  inaugura  o  
grafoelemento  tem  amplitude  menor  do  que  a  segunda  onda  
lenta  negahva  que  o  encerra.  A  distribuição  é  generalizada  e  
frequentemente  as  deflexões  maiores  nas  montagens  bipolares  
longitudinais  fronto-­‐occipitais  estão  nos  eletrodos  frontais.  
Ondas  trifásicas  tendem  a  ser  repehr  a  cada  1-­‐2  Hz.  

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TERMO   Descrição  
Focal   Ahvidade  EEG  limitada  a  uma  pequena  área  do  cérebro,  ou  seja,    verificada  em  um  ou  
dois  eletrodos  em  registros  intracranianos.  

Foco   Uma  região  limitada  com  determinada  ahvidade,  normal  ou  anormal,  no  escalpo,  córtex  
cerebral  ou  estruturas  profundas.  

Regional   Ahvidade  EEG  limitada  a  uma  região  do  escalpo  ou  registrada  em  três  ou  mais  eletrodos  
em  registros  intracranianos.  

MulKregional   Três  ou  mais  focos  regionais.  


Unilateral   Confinado  a  um  lado  da  cabeça.  Comentários  (1)  ahvidades  EEG  unilaterais  podem  ser  
regionais  ou  lateralizadas  a  um  hemisfério;  (2)  diz-­‐se  que  são  lateralizadas  para  o  lado  
direito  ou  esquerdo  da  cabeça.  

Generalizado   Ocorrendo  em  amplas  regiões  da  cabeça,  usualmente  com  expressão  máxima  nas  regiões  
frontais,  raramente  com  expressão  máxima  occipital.  

Simétrica   Ahvidade  EEG  de  amplitude,  frequência  e  forma  aproximadamente  igual  em  áreas  
homólogas  de  lados  opostos  da  cabeça.  

Síncrona   Ocorrência  simultânea  de  ondas  EEG  em  regiões  do  mesmo  lado  ou  em  lados  opostos  da  
cabeça.  

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FOCAL   GENERALIZADA   MULTIFOCAL  

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