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Sensações e Perceção
Sensações e Perceção
Motivação-agir- “porquê?”
Sensação e perceção
Todos os seres humanos, através dos órgãos sensoriais, captam a informação do exterior,
obtendo, inicialmente, uma impressão provocada no receptor e transmitida para o SNC, dando
origem à sensação. De seguida, vem a perceção, que é a interpretação da impressão que
obtivemos, pelo cérebro, através do tato, olfato, visão… na qual conferimos sentido e
significado à informação sensorial. Um exemplo que pode comprovar o referido anteriormente
é a ida a uma visita de estudo. Quando chegamos lá, através dos sentidos, captamos
sensações. Estas sensações chegam até ao cérebro que as interpreta e as forma em perceções,
ou seja, conseguimos dar sentido e significado à informação sensorial, obtendo um resultado
da visita de estudo, isto é, se gostamos, ou se não apreciamos a viagem.
Outro exemplo, olhar para uma nuvem e associar a uma forma, podendo ser de um animal,
pessoa, objeto…
Sensação:
Limiar absoluto: quantidade mínima de energia necessária para um estímulo, para que possa
ser identificado em pelo menos 50% das vezes que ocorre. Ex: Tocar com o dedo na cara, é
preciso fazer o mínimo de força para que possa sentir.
Limiar diferencial: Diferença mínima necessária entre dois estímulos para que sejam
reconhecidos como distintos. P.e: Duas cores parcialmente iguais têm de ter uma diferença
mínima que os nossos olhos conseguem perceber para que saibamos que as cores são de
tonalidades diferentes.
Adaptação sensorial: Tendência que o nosso cérebro tem em esquecer estímulos repetitivos
para estar alertas à informação útil do exterior.
Perceção:
PRINCÍPIOS DE
DISTINÇÃO ENTRE AGRUPAMENTO DAS PERCEÇÃO DE CONSTÂNCIA
FIGURA E FUNDO UNIDADES PROFUNDIDADE PERCETIVA
PERCETIVAS
Por exemplo, as Proximidade, Os indicadores de Permite garantir
letras (figura) do semelhança, profundidade podem imutabilidade ao
papel branco onde continuidade e ser binoculares mundo que nos
estão impressas fechamento são (estereoscopia e rodeia em termos
(fundo). disparidade
princípios que nos binocular) ou
de tamanho,
Figuras-fundo
reversíveis permitem
mostram como monoculares (por forma, localização,
compreender como organizamos a exemplo, brilho e cor.
um mesmo estímulo informação. interposição,
pode gerar várias gradiente de textura,
perceções. perspetiva linear).
Leis da perceção
Proximidade: Os objetos mais próximos entre si são percebidos como grupos independentes
dos mais distantes
Constância perceptiva: Permite garantir imutabilidade ao mundo que nos rodeia em termos
de tamanho, forma, localização, brilho e cor.
Ex: Observar um lápis numa mesa ao fundo da sala e outro ao nosso lado, não significa que um
seja mais pequeno que outro. Assim, a importância da constância perceptiva é estabilizar o
mundo que nos rodeia, garantindo imutabilidade perante o tamanho, forma, brilho, cor,
localização das coisas á nossa volta.
Ilusões óticas:
Ilusão de Ebbinghaus
Ilusão de Müller-Lyer:
Ilusão de Zöllner:
Ilusão de Ponzo:
Memória e atenção
Memória: Habilidade de adquirir e conservar momentos vividos no passado com base nos
processos mentais de codificação, retenção e recuperação.
A codificação, retenção e recuperação são interdependentes, pelo que o sistema de
memorização só funcionará eficazmente se todas elas estiverem operacionais.
Fases da memorização:
Codificação (aquisição) da informação recebida através dos órgãos sensoriais.
Retenção (armazenamento) através de memória a curto prazo ou a longo prazo
Recuperação (recordação) das memórias já captadas
Memória sensorial:
Graças à atenção, uma parte da informação que chega aos órgãos sensoriais é
transferida para a MCT.
A capacidade deste tipo de memória, tal como acontece com a sua duração, é
limitada, sendo da ordem de sete dígitos, palavras ou elementos distintos.
A MCT permite guardar informação durante cerca de 20 segundos.
Funcionando como uma unidade processadora ativa e extremamente útil, a MCT
constitui uma importante memória de trabalho, permitindo a exploração da
informação da MS (através da repetição) e mantendo presente informação guardada
na MLT (através da recuperação).
Possibilita a transferência de memórias para longo prazo.
Centro da consciência humana
Memória a longo prazo:
Dos três tipos de memória, a MLT é aquela que se aproxima mais daquilo a
que vulgarmente chamamos “memória”.
É relativamente ilimitada, permanente e construída, tal como a MS e a MCT, a
partir de todas as modalidades dos sentidos, armazenando os conhecimentos
que possuímos de nós mesmos e do mundo durante longos períodos de
tempo.
Por norma, os cientistas dividem as memórias em dois tipos: implícitas
(procedimentais) e explícitas (declarativas).
Memórias implícitas: Memórias que incluem procedimentos e ações. São coisas que
sabemos, mas nas quais não pensamos de forma consciente, são hábitos e capacidades
motoras, como andar de bicicleta ou desenhar uma forma, ou até a nossa rotina da manhã.
Atenção
Atenção seletiva: Ocorre quando nos concentrarmos em alguns estímulos e ignorarmos
outros. Permite-nos fazer tarefas simples, como ler um livro ou conversar com um amigo.
Fazemos apenas uma coisa
Esquecimento
A memória humana está muito longe de ser um registo fotográfico fiel e objetivo de factos e
acontecimentos. Inclui esquecimentos, distorções, falsas atribuições e, inclusivamente,
efabulações e mentiras, mesmo que inconscientemente construídas. Memória, esquecimento
e imaginação caminham lado a lado na construção das nossas lembranças pessoais.
Teoria da interferência: Defende que há uma competição entre informação, isto é, que as
novas informações se intrometem, levando-nos a distorcer ou a esquecer as anteriores. Do
mesmo modo, a informação já retida pode ter influência sobre a nova informação, deturpando
as novas memórias ou dificultando a sua integração.
Interferência retroactiva: algo que aprendemos recentemente que perturba a
recuperação de memórias passadas;
Interferência proactiva: algo que aprendemos antes que perturba a recuperação do
que aprendemos no depois.
Teoria da degradação do traço: No âmbito desta teoria, acredita-se que o fragmento original
de informação vai, por si só, desaparecendo gradativamente, como um risco de tinta que se
desvanece com o tempo, a menos que façamos algo para o manter intacto. Por exemplo,
quando, em anos anteriores, éramos muito bons numa matéria, mas atualmente já não nos
lembramos. O nosso cérebro tem tendência a eliminar memórias que não são tão
frequentemente usadas.