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Curitiba 15 de fevereiro de 2022 – Adm.

Produção – UFPR

Administração da
Produção
Sumário

• Evolução das escolas de administração


• Novos conceitos
• A Fábrica do Futuro

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção

EVOLUÇÃO DA TEORIA NAS ORGANIZAÇÕES

a) Escola Clássica;
b) Escola de Relações Humanas;
c) Abordagem Estruturalista;
d) Abordagem Sistemas Abertos;
e) Abordagem Contingencial;
f) Teoria Comportamentalista;
g) Tendências da Teoria das Organizações.

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
ESCOLA CLÁSSICA

TAYLOR e FAYOL

- Método científico e racional na administração;


- Caráter descritivo, prescritivo e normativo;
- Estrutura formal: único caminho viável para eficiência;
- Divisão do Trabalho; Supervisão funcional;
- Funções da empresa: técnica, comercial, financeira, segurança, contábil e
administrativa;
- Funções do administrador: planejar, organizar, comandar, coordenar e
controlar;
- Departamentalização
Professor Ailson A. Loper
Adm da Produção
ESCOLA CLÁSSICA

TAYLOR e FAYOL
Eficiência
Unidade de comando: autoridade única
Autoridade x Responsabilidade: Responsabilidade é uma conseqüência
natural da autoridade;
Linha (comando) versus Staff (aconselhamento);

Falhas:
• Extremamente mecanicista
• Abordagem incompleta da organização
• Organização como um “sistema fechado”
Professor Ailson A. Loper
Adm da Produção
ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS
MAYO e FOLLET

O marco inicial do que viria ser a chamada Escola de Relações Humanas foi a famosa experiência de
Hawthorne, conduzida por Elton Mayo, em 1927 e a última concluída em 1932.

Conclusões:
• A integração social interfere no nível de produção;
• O comportamento individual se apóia no grupo social;
• As crenças e expectativas do grupo social em relação à Administração, sejam reais ou imaginárias,
influem nas atitudes e nas normas e padrões de comportamento aceitos pelo grupo;
• Os grupos informais muitas vezes se sobrepõem e se contrapõem à estrutura formal;
• Os indivíduos influem e recebem influência dos grupos sociais. Também procuram adequar-se a
esses grupos, de forma a serem aceitos, facilitando o atendimento de seus interesses e aspirações
imediatos;
• O conteúdo e a natureza do trabalho têm grande influência sobre o moral do trabalhador. A
super-especialização nem sempre é o melhor caminho para a eficiência;
• Os aspectos emocionais têm grande interferência nos resultados do trabalho.
Professor Ailson A. Loper
Adm da Produção
ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS

MAYO e FOLLET

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS

MAYO e FOLLET

Falhas:
• Visão inadequada dos problemas de relações industriais
• Parcialidade nas conclusões
• Concepção ingênua e romântica do operário
• Ênfase demasiada nos grupos informais

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
ABORDAGEM ESTRUTURALISTA

MAX WEBER

- Inter-organizacional: A Organização é composta por “estruturas menores”


- “Homem organizacional”
- Tratamento do conflito:
- Clássica: identidade de interesses (desconhece conflito)
- Relações Humanas: “harmonia via compreensão”
- Comportamental: resolve por integração de necessidades
- Estruturalista: processo social, inerente às relações de produção
- Burocracia: Racionalidade, precisão, rapidez, uniformidade, continuidade,
constância, subordinação, confiabilidade
- Abre caminho para a Teoria Geral dos Sistemas

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
ABORDAGEM SISTEMAS ABERTOS

KATZ e KAHN

- Importação de energia;
- Transformação;
- Saída (output);
-Sistema como ciclo de eventos;
- Entropia Negativa;
- Entrada de informação, feedback negativo e processo de codificação;
- Estado firme e homeostase dinâmica;
- Diferenciação;
- Equifinalidade;

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
ABORDAGEM CONTINGENCIAL

CHIAVENATTO, LAWRENCE E LORSCH

Lawrence e Lorsch: pesquisa com dez empresas de três diferentes setores industriais (plásticos,
alimentos empacotados e recipientes/containers).

– Os autores concluíram que os problemas organizacionais básicos são:

• Diferenciação: divisão da organização em sub-sistemas ou departamentos especializados em


contextos especializados. Cada unidade reage àquela parte do ambiente que é relevante para a
sua própria tarefa especializada. Se os ambientes específicos diferem quanto às demandas feitas,
surgirão diferenciações na estrutura e abordagem que as unidades empregam.

• Integração: Cada unidade se relaciona com um segmento do ambiente. Essa especialização


determina a diferenciação, mas fragmenta a organização, que precisa fazer um esforço
convergente e unificado para atingir objetivos globais. Em conseqüência, ocorre o processo de
integração.
Professor Ailson A. Loper
Adm da Produção
TEORIA COMPORTAMENTALISTA

- Os primórdios da Teoria Comportamental podem ser encontrados na Escola das Relações


Humanas, principalmente a partir dos trabalhos de Kurt Lewin em dinâmica de grupo.

- Também são marcos nessa teoria as obras de Barnard, em 1938, de Simon, em 1945 e de
Homans, em 1950.

- Mas foi na década de 1950 que essa se desenvolveu essa Teoria, também denominada de
behaviorista, cujo ápice foi atingido na década de 1960.

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
TEORIA COMPORTAMENTALISTA

O homem (espécie):

-É um animal social que tem necessidades, dentre as quais a de viver em grupos e desenvolver
relacionamentos cooperativos e interdependentes;

-É dotado de um sistema psíquico que permite a organização perceptiva e cognitiva comum a todas
as pessoas;

-Tem capacidade de se comunicar, articulando linguagem e raciocínio abstrato;

- Tem aptidão para aprender e, assim, mudar comportamento e atitudes em direção a padrões
mais elevados e eficazes;

- Tem comportamento orientado para objetivos, que são baseados em aspectos individuais,
complexos e mutáveis;

- Tem capacidade de colaborar e competir, configurando uma dualidade.


Professor Ailson A. Loper
Adm da Produção
TEORIA COMPORTAMENTALISTA

MASLOW & MCGREGOR

- Cooperação entre empresários, empregados e clientes


- Alcançar objetivos individuais dirigindo esforços grupais para os objetivos da organização
- Escala motivacional – Cada indivíduo atua de forma particular e única
- Estilo participativo de liderança: Autocontrole em oposição ao autoritarismo
- Une as escolas: a Clássica e a das Relações Humanas
- Excesso de “psicologização”

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
TEORIA COMPORTAMENTALISTA

Contribuições:

- TEORIAS DA MOTIVAÇÃO:
- Escola Clássica (homo economicus);
- Escola das Relações Humanas (Howthorne);
- Teorias X e Y de McGregor;
- A Dissonância Cognitiva de Festinger;
- Teoria de campo de Lewin - C = f ( P , M );
- A pirâmide das necessidades de Maslow;
- Os fatores higiênicos e motivacionais de Herzberg;
- Teoria de Victor Vroom.

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
TEORIA COMPORTAMENTALISTA

Pirâmide das Necessidades Individuais - Maslow

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
TEORIA COMPORTAMENTALISTA

Fatores Higiênicos e Motivacionais - Herzberg

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
TEORIA COMPORTAMENTALISTA

Herzberg + Maslow

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
TEORIA COMPORTAMENTALISTA
Teoria X e Y( McGregor)
Pôs em evidência a filosofia do gestor sobre a natureza humana e a sua relação com a motivação dos
subordinados.
Segundo McGregor, os gestores tendem a desenvolver um conjunto de assunções, crenças ou ideias sobre os
empregados que podem basicamente ser divididas em dois grupos, os quais constituem assim duas visões
diferentes, antagônicas até – a teoria X e a teoria Y.

Teoria X Teoria Y
As pessoas são preguiçosas e As pessoas são esforçadas e
indolentes gostam de ter o que fazer
As pessoas evitam o trabalho O trabalho é uma atividade tão
natural como brincar ou descansar
As pessoas evitam As pessoas buscam e aceitam
responsabilidades a fim de responsabilidades e desafios
sentirem-se mais seguras
As pessoas precisam ser As pessoas podem ser
controladas e dirigidas automotivadas e autodirigidas
As pessoas são ingênuas e sem As pessoas são criativas e
iniciativa competentes
Professor Ailson A. Loper
Adm da Produção
Teorias
Ênfase Principais Enfoques
Administrativas
Nas Tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho no nível operacional
Organização Formal
Teoria Clássica
Princípios Gerais da Administração
Teoria Neoclássica
Funções do Administrador
Organização Formal Burocrática
Na Estrutura Teoria da Burocracia
Racionalidade Organizacional
Múltipla Abordagem:
Teoria Estruturalista Organização formal e Informal
Análise Intra-Organizacional e análise Interorganizacional
Teoria das Organização Formal
Relações Humanas Motivação, Liderança, Comunicação e Dinâmica de Grupo
Teoria do Estilos de Administração
Comportamento Teoria das Decisões
Nas Pessoas
Organizacional Integração dos Objetivos Organizacionais e Individuais
Teoria do
Mudança Organizacional Planejada
Desenvolvimento
Abordagem de Sistema Aberto
Organizacional
Teoria Estruturalista Análise Intra-Organizacional e Análise Ambiental
Teoria Neo-Estruturalista Abordagem de Sistema Aberto
No Ambiente
Análise Ambiental (Imperativo Ambiental)
Teoria da Contingência
Abordagem de Sistema Aberto
Na Tecnologia Teoria da Contingência Administração da Tecnologia (Imperativo Tecnológico)
Professor Ailson A. Loper
Adm da Produção

Engenharia/Administração Industrial

Na ENGENHARIA/ADM INDUSTRIAL foram introduzidos novos conceitos:

• linha de montagem,
• posto de trabalho,
• estoques intermediários,
• monotonia do trabalho,
• arranjo físico,
• balanceamento de linha,
• produtos e processos,
• motivação,
• sindicatos,
• manutenção preventiva,
• controle estatístico de qualidade e
• fluxograma de processos

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
Novos Conceitos

Na ENGENHARIA/ADM INDUSTRIAL foram introduzidos novos conceitos:

• Just-in-time
• Engenharia simultânea
• Tecnologia de grupo
• Consórcio modular
• Células de produção
• Desdobramento da função qualidade (QFD)
• Comakership
• Sistemas flexíveis de manufatura
• Manufatura integrada por computador
• Benchmarking
• Produção customizada
Professor Ailson A. Loper
Adm da Produção

Produção em Massa
Caracteriza-se por grandes volumes de produtos extremamente padronizados, isto é, baixíssima variação nos
tipos de produtos finais. Esses conceitos predominaram até meados da década de 1960.

Produção Enxuta
Introduzida a partir de meados de 1960, com o surgimento de novas técnicas produtivas, como o JIT(Just in
Time), Engenharia simultânea, Tecnologia de grupo, Consórcio modular, células de produção, desdobramento
da função qualidade, comakership, sistemas flexíveis de manufatura, manufatura integrada por computador
e benchmarking.

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
Novos Conceitos

Just-in-time
É o gerenciamento da produção usando o mínimo de matéria prima possível. Requer um rígido controle de
abastecimento. Exemplos do Japão (fábrica de derivados de petróleo).

Engenharia simultânea
Envolve a participação de todas as áreas funcionais da empresa no desenvolvimento do projeto do produto.
Clientes e fornecedores são também envolvidos com objetivos de reduzir prazos, custos e problemas de
fabricação e comercialização;

Tecnologia de grupo
É uma filosofia de engenharia e manufatura que identifica as similaridades físicas dos componentes – com
roteiros de fabricação semelhantes – agrupando-os em processos produtivos comuns;

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
Novos Conceitos

Consórcio modular
A primeira fábrica no mundo a adotar esse tipo de conceito foi a Volkswagen, na divisão de caminhões e
ônibus, de Resende, no Rio de Janeiro. Diversos parceiros trabalham juntos dentro da planta da VW, nos seus
respectivos módulos, para a montagem de veículos.

Células de produção
São pequenas unidades de manufatura e/ou serviços com mecanismos de transporte e estoques
intermediários entre elas. São dispostas em “U” com o objetivo de haver maior produção. Exige que o
funcionário seja polivalente. Visa também obter um melhor controle de qualidade pois o defeito é, muitas
vezes, detectado na própria estação.

Desdobramento da função qualidade (QFD)


(Quality Function Deployment-QFD): como o próprio nome sugere, a qualidade é desdobrada em funções
que primam por procedimentos objetivos em cada estágio do ciclo de desenvolvimento do produto, desde a
pesquisa até a sua venda

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
Novos Conceitos

Comakership
O termo pode ser traduzido como “Co-fabricação” , pois o fornecedor participa ativamente, envolvendo-se
com as várias fases do projeto, como seu planejamento, custos e qualidade, pois possui a garantia de
contratos de fornecimento de longo prazo. O COMAKERSHIP representa o mais alto nível de relacionamento
entre cliente e fornecedor.

Sistemas flexíveis de manufatura


São máquinas de controle numérico interligadas por um sistema central de controle e por um sistema
automático de transporte

Manufatura integrada por computador


Integração total da operação manufatureira por meio de sistemas de computadores = CIM

Benchmarking
São as comparações das operações realizadas em uma unidade produtiva com os indicadores apresentados
por empresas líderes em seus segmentos

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
MANUFATURA versus SERVIÇOS

O setor de serviços hoje emprega mais pessoas que qualquer outro e é responsável pela maior parcela do PIB
dos maiores países do mundo.

Dessa forma, todas as técnicas utilizadas na Administração Industrial tradicional foram transportadas para a
administração de serviços. Houve uma ampliação do conceito de produção, que passou a incorporar os
serviços. Hoje o termo Operações é considerado amplo e compõe o conjunto de todas as atividades da
empresa relacionadas com a produção de bens e/ou serviços.

No Brasil os autores abordam esse conjunto de técnicas como ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E


OPERAÇÕES

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
A FÁBRICA DO FUTURO

• Organização da produção
• Projeto dos produtos e dos processos
• Layout
• Comunicação visual
• Posto de trabalho
• Compromisso com o meio ambiente
• Gestão do conhecimento

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
A FÁBRICA DO FUTURO

Não é um ambiente cheio de robôs e computadores comandando todas as operações.

Ela, além de se caracterizar por um alto nível de automação, estará devidamente organizada em
torno da tecnologia (CAD, CAM, CIM, MRP, ERP, etc) e do conhecimento.

Outra característica = alta produtividade

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
A FÁBRICA DO FUTURO

Organização da produção

Refugos e retrabalhos próximos de zero.


Alta produtividade.
Housekeeping (exemplos EUA).
Gestão de processos por indicadores de desempenho

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
A FÁBRICA DO FUTURO

Projeto dos produtos e dos processos

Aplicação de engenharia simultânea em larga escala.


Uso das funções de qualidade em todas as etapas da produção.
Análise de falhas. Produtos com menor número de componentes

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
A FÁBRICA DO FUTURO

Layout

Uso adequado (otimização) do espaço da produção.

Posto de trabalho

Usa-se o conceito de ergonomia visando o conforto, o bem estar e a segurança do


trabalhador.

Professor Ailson A. Loper


Adm da Produção
A FÁBRICA DO FUTURO

Compromisso com o meio ambiente

A fábrica do futuro deve ser ecologicamente correta, isto é, não ser poluidora.
Deve ser certificada nos termos da ISO 14.000.
Espiritualidade nos negócios

Gestão do conhecimento

A fábrica do futuro terá uma administração em que o conhecimento não está centralizado
na figura do chefe, mas compartilhado com todos os colaboradores.

Professor Ailson A. Loper

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