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SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIDÁTICA
Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa
Gustavo Silva
Sumário
Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa.............................................................................3
1. Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa Segundo as Tendências
Pedagógicas........................................................................................................................................................................3
1.1. Tradicional. . ...................................................................................................................................................................3
1.2. Escola Nova Diretiva e não Diretiva. .............................................................................................................3
1.3. Tecnicista......................................................................................................................................................................4
1.4. Liberal Renovada Progressivista...................................................................................................................5
1.5. Libertária.......................................................................................................................................................................6
1.6. Libertadora. . .................................................................................................................................................................6
1.7. Histórica-crítica.. .......................................................................................................................................................7
2. Educação Integral: Concepções Teóricos-Metodológicas...................................................................8
2.1. Teoria Crítica e Pós-Crítica. . ...............................................................................................................................11
3. Planejamento Educacional: Projeto Político-Pedagógico.................................................................13
4. Avaliação Educacional: Aprendizagem, Institucional e em Larga Escala. Funções da
Avaliação: Diagnóstica, Somativa, Classificatória e Formativa..........................................................18
5. Escolarização na Socioeducação.. ................................................................................................................... 24
6. Organização do Trabalho Pedagógico e da Gestão Escolar: P rojeto Político-
Pedagógico da Escola e Coordenação Pedagógica na E ducação Básica. .....................................30
6.1. Orientação Pedagógica para Elaboração do Projeto Político Pedagógico na
Escolares............................................................................................................................................................................36
6.2. A Orientação Educacional e a Construção do Projeto Político-Pedagógico na
Escola: Concepção, Princípios e Eixos Norteadores..................................................................................41
6.3. Gestão Educacional Decorrente do Projeto Político-Pedagógico...........................................44
6.4. Processo de Planejamento: Importância, Dimensões, Componentes e Instrumentos.45
Resumo.................................................................................................................................................................................61
Questões de Concurso................................................................................................................................................62
Gabarito................................................................................................................................................................................81
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 82
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Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa
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1.1. Tradicional
A tendência tradicional foi a primeira que o contexto brasileiro instituiu. A sua filosofia tem
a máxima valorização do professor, que é a figura central, enquanto o aluno recebe o conheci-
mento que é passado. Como dá pra ver, ele é um receptor passivo e o ensino está relacionado
com a memorização do conteúdo.
Os seus pressupostos teóricos são ensino humanístico de cultura geral; ensino tradi-
cional de caráter verbalista, autoritário e inibidor da participação do aluno; conteúdos enci-
clopédicos e descontextualizados; valorização do conteúdo, do intelectual, da disciplina, do
diretivismo; educação centrada no professor, que deve ter domínio dos conteúdos; ensinar é
repassar conhecimentos; criança: capacidade de assimilação igual a do adulto, porém me-
nos desenvolvida.
E os de aprendizagem são: a aprendizagem é receptiva e mecânica, desconsidera as carac-
terísticas próprias de cada idade. Os programas devem ser organizados em sequência lógica,
sem se considerar as características próprias de cada idade. O aluno responde as situações
novas de forma semelhante às respostas dadas em situações anteriores.
A relação professor e aluno: autoridade do professor que exige atitude receptiva do aluno.
Impede qualquer canal de comunicação. O professor transmite o conteúdo em forma de ver-
dade. A disciplina é imposta pela coação.
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1.3. Tecnicista
Outra linha entre as tendências pedagógicas é a tecnicista. Nesse modelo de Pedagogia,
a tecnologia educacional tem um peso enorme sobre o ensino. O professor e o aluno são
respectivamente executor e receptor. O aprendizado é focado em projetos elaborados sem
nenhuma ligação com o contexto social que as pessoas estão inseridas. Aqui, se destaca um
certo autoritarismo.
Os pressupostos teóricos são: aprendizagem é modificação de desempenho; o aluno é
submetido a um processo de controle do comportamento, a fim de ser levado a atingir obje-
tivos previamente estabelecidos; o ensino é organizado em função de pré-requisitos; Ensino:
processo de condicionamento/reforço da resposta que se quer obter, acontece através da:
operacionalização dos objetivos e mecanização do processo; não se preocupa com o proces-
so mental do aluno, mas sim com o produto desejado; busca-se a “eficiência”, a “eficácia”, a
“qualidade”, a “racionalidade”, a “produtividade” e “neutralidade” na escola, que deve funcionar
como uma empresa. E os pressupostos de aprendizagem são: aprendizagem baseada no de-
sempenho o aluno sai da situação de aprendizagem diferente de como entrou. Condiciona-
mento operante (Skinner).
Relação professor e aluno: PROFESSOR: Administra as condições de transmissão da ma-
téria. É um elo entre a verdade científica e o aluno. Não há comunicação pessoal com o alu-
no e vice-versa. As relações afetivas e pessoais pouco importam para o desenvolvimento do
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1.5. Libertária
A tendência libertária é contra o autoritarismo e a favor do autogerenciamento. Como o
próprio nome diz, ela dá liberdade para o aluno. Ele aprende principalmente com base na tro-
ca do grupo, o que ajuda bastante na transformação da sua personalidade, pra que se torne
mais independente.
Os pressupostos teóricos são: questionamento da ordem social existente; preocupação
com a educação política dos indivíduos e com o desenvolvimento de pessoas mais livres; pro-
funda ligação entre educação e os planos de mudança social; o ensino deve desenvolver todas
as possibilidades da criança (integralidade), sem abandonar nenhum aspecto mental ou físico,
intelectual ou afetivo; defesa da auto-gestão; rejeitam toda forma de governo. E os pressupos-
tos de aprendizagem são: Crescimento pessoal e grupal. Aprendizagem informal, via grupo e
a negação de toda a forma de repressão. Relevância da experiência, da atividade prática que é
incorporada e utilizada em situação nova.
Relação professor e aluno: não diretividade, sem obrigações e ameaças. O professor é
um orientador e catalizador (dinamizador), e os alunos livres. Ele se mistura ao grupo para
uma reflexão comum, não devendo impor suas concepções e ideias, não transformar o aluno
em objeto.
Papel da escola: Transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário.
1.6. Libertadora
A problematização da realidade faz parte do dia a dia desse aluno. Isso o ajuda a entender a
sua relação e papel social como pessoas tanto na natureza quanto com seus colegas, familiares
e por aí vai. A reflexão crítica e a participação do estudante como protagonista na aquisição de
conhecimento são muito bem-trabalhadas. Ele deixa de ser só um receptor pra disseminar o con-
teúdo. A ideia é que o aluno consiga transformar a sua realidade com esse pensamento.
Os pressupostos teóricos são: teoria do conhecimento aplicada à educação, que é sus-
tentada por uma concepção em que educador e educando aprendem juntos numa relação
dinâmica na qual a prática, orientada pela teoria, reorienta essa teoria, num processo de
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1.7. Histórica-crítica
A histórica-crítica, que propõe a interação entre o conteúdo e a realidade que se vive. Para
os defensores dessa ideia, isso ajudaria a transformar a sociedade, sem aquele modelo tra-
dicional de ensino que fica ligado só na reprodução do conteúdo. A avaliação vem com um
diagnóstico contínuo, pra recolher dados sobre o desenvolvimento dos alunos. A ideia é que
essas informações sirvam como base pra adaptar a prática pedagógica. Ela ainda coloca o
estudante a par dos resultados pra ajudar na mudança.
Os pressupostos teóricos são: defende a escola como socializadora dos conhecimentos
e saberes universais; a ação educativa pressupõe uma articulação entre o ato político e o ato
pedagógico; interação professor-aluno-conhecimento e contexto histórico-social; a intersubje-
tividade é mediada pela competência do professor em situações objetivas; a interação social
é o elemento de compreensão e intervenção na prática social mediada pelo conteúdo; con-
cepção dialética da história (movimento e transformação); pressupõe a práxis educativa que
se revela numa prática fundamentada teoricamente; a natureza e especificidade da educação
refere-se ao trabalho não material, que na escola pública não se subordina ao capital; a tarefa
desta pedagogia em relação à educação escolar implica: a) Identificação das formas mais de-
senvolvidas em que se expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as
condições de sua produção e compreendendo as suas principais manifestações, bem como
as tendências atuais de transformação; b) Conversão do saber objetivo em saber escolar de
modo a torná-lo assimilável pelos alunos das camadas populares no espaço e tempo escola-
res; c) Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber
objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as ten-
dências de sua transformação. Os pressupostos de aprendizagem são: aprender é desenvolver
a capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do ambiente, organizando os
dados disponíveis da experiência. Aprendizagem significativa, baseada nas estruturas cogniti-
vas já estruturadas nos alunos.
Relação professor e aluno: Papel do aluno como PARTICIPADOR e do professor como ME-
DIADOR entre o saber e o aluno. – Abrir perspectivas a partir dos conteúdos relacionados com
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o estilo de vida dos alunos, tendo consciência inclusive dos contrastes entre sua própria cultu-
ra e a do aluno.
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o estabelecimento de tempos e espaços para que a equipe possa, a partir da experiência con-
creta, reformular seus conhecimentos e saberes.
A abertura para o novo pode ser utilizada pelos próprios professores para diversificar as
modalidades didáticas que utilizam no dia a dia. Isso não significa abandonar a aula da manei-
ra como sabem fazer, mas incorporar metodologias como educação por projetos, trabalhos em
times, sala de aula invertida, entre outras.
Quando o papel do professor ganha uma dimensão ímpar como mediador do conheci-
mento, muito mais do que mero transmissor de informações, ele é estimulado a trabalhar
o conteúdo de forma conectada com o desenvolvimento de competências dos estudantes.
Também ganha espaço a busca por alternativas para personalizar as experiências de apren-
dizagem, respeitando a diversidade entre os estudantes para que todos tenham as mesmas
chances de desenvolvimento.
Professores podem se beneficiar da integração curricular que é estimulada na Educação
Integral. Com ela, o currículo pode ser trabalhado em abordagens comuns entre cada área de
conhecimento e, em todas, a aprendizagem é baseada em vivências e experiências viabiliza-
das por propostas educativas desafiadoras e conectadas com a vida do estudante.
A concepção de Educação Integral reconhece que o desenvolvimento pleno de um indiví-
duo só é possível quando se observam suas diferentes dimensões formativas. Além dos as-
pectos cognitivo e intelectual, os processos pedagógicos devem também articular as dimen-
sões física, afetiva e socioemocional, social e cultural.
Isso significa que, para além do desenvolvimento intelectual comumente privilegiado no
modelo educacional tradicional, o ensino deve se ocupar também do aspecto multidimensio-
nal humano. É a junção dessas diversas dimensões formativas que atua de maneira propulso-
ra para o desenvolvimento dos estudantes.
Assim, o ideal formativo da Educação Integral considera que as dimensões físicas, sociais,
culturais, intelectuais e emocionais sejam intencionalmente reconhecidas e estimuladas. Ar-
ticular essas dimensões do desenvolvimento integral assegura às crianças e jovens a com-
preensão de questões do corpo e de autoconhecimento. Além disso, permite a leitura crítica
do mundo, das questões sociais, da atuação individual no coletivo, do exercício da cidadania,
considerando, inclusive, o pensamento analítico-crítico, possibilitando sua atuação com dis-
cernimento e responsabilidade em todos os contextos sociais e culturais.
Uma vez que a BNCC explicita o que se deseja alcançar ao longo do processo de ensino-
-aprendizagem da Educação Básica, as redes e escolas devem definir os caminhos, propostas
e estratégias para se chegar aos resultados pretendidos. Considerando que desde o seu texto
introdutório a Base apresenta a concepção de Educação Integral, as escolas devem direcionar
a (re)construção dos seus currículos contemplando o desenvolvimento humano global.
Para isso, a construção de conhecimento articulada pelo currículo escolar deve consi-
derar não apenas os aspectos cognitivos dos estudantes. Ao invés de valorizar currículos
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criança e do jovem contribui para que a educação aconteça de forma mais participativa, mas prin-
cipalmente porque ele é potente e pode ser a mola propulsora de transformações significativas.
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conhecimento único e verdadeiro, sendo esse uma questão de perspectiva histórica, ou seja,
que se transforma nos diferentes tempos e lugares.
De acordo com Moreira e Candau (2014), com as mudanças do mundo contemporâneo,
estudos curriculares têm definido currículo de formas muito diversas e várias dessas defini-
ções permeiam o que tem sido denominado currículo no cotidiano escolar, onde “a escola deve
promover um processo de ampliação dos horizontes culturais dos estudantes” (MOREIRA e
CANDAU, 2014, p. 14). Desta forma, é necessário que a escola se desafie a constituir-se como
um espaço que permeie diferentes conhecimentos e saberes para a promoção de uma educa-
ção intercultural, construindo e reconstruindo estratégias e práticas pedagógicas.
Enquanto o currículo tradicional busca a estabilidade, o currículo pós-crítico pede mudan-
ças, um movimento que deve ser feito tanto por professores como por alunos, uma recons-
trução de saberes e de vivências. Busca-se proliferar problematizações e investigações para
representar grupos sociais marginalizados e inferiorizados em favor de outros, fugindo da ho-
mogeneização e assimilação cultural historicamente imposta, dando visibilidade à diversida-
de cultural.
O currículo não é uma ação neutra, mas sim, um espaço para elaboração de novas possi-
bilidades, de seguir caminhos desconhecidos, de modificar sentidos preestabelecidos e viver
novas conexões. Com base nos estudos de Paraíso (2004) entendemos que é através das
lutas e resistências dos movimentos sociais com questões culturais, diversidade e multicultu-
ralidades é que nos traz à tona os desafios e as problemáticas de diferentes perspectivas de
conflitos no currículo. É esta luta para a produção de novos significados que nos faz perceber
que o currículo, ao mesmo tempo que traça novos desafios, produz novos discursos e novas
possibilidades, é o mesmo que separa, que nega e que exclui.
As teorias pós-críticas ampliam e, ao mesmo tempo, modificam aquilo que as teorias crí-
ticas nos ensinaram. As teorias pós-críticas continuam a enfatizar que o currículo não pode
ser compreendido sem uma análise das relações de poder nas quais ele está envolvido. Nas
teorias pós-críticas, entretanto, o poder torna· se descentrado. O poder não tem mais um único
centro, como o Estado, por exemplo. O poder está espalhado por toda a· rede social. As teorias
pós-críticas desconfiam de qualquer postulação que tenha como pressuposto uma situação
finalmente livre de poder. Para as teorias pós-críticas o poder transforma-se, mas não desa-
parece. Nas teorias pós-críticas, o conhecimento não é exterior ao poder, o conhecimento não
se opõe ao poder. O conhecimento não é aquilo que põe em xeque o poder: o conhecimento
é parte inerente do poder. Em contraste com as teorias críticas, as teorias pós-críticas não li-
mitam a análise do poder ao campo das relações econômicas do capitalismo. Com as teorias
pós-críticas, o mapa do poder é ampliado para incluir os processos de dominação centrados
na raça, na etnia, no gênero e na sexualidade (SILVA, p. 148-149).
As teorias pós-críticas divergem de forma significativa do pensamento crítico no entendi-
mento da noção de emancipação. Partindo da tipologia proposta por Laclau (2004), Maia (2011)
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Projeto: representa o conceito de algo a ser finalizado, como o processo para cumprir
uma meta de curto, médio ou longo prazo. É um projeto porque reúne propostas de ação con-
creta a executar durante determinado período de tempo. Político: envolve a ideia de que os
estudantes, futuros cidadãos, precisam que a escola lhes incorporem em questões relacio-
nadas à sua função social; fator importante na formação de seus conhecimentos. É político
por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsá-
veis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos
que ela vai seguir. Pedagógico: define a organização dos métodos educacionais, tais como
atividades e projetos realizados em sala de aula essenciais na aprendizagem dos alunos. É
pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao
processo de ensino e aprendizagem.
Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia aquele que indica a direção
a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias.
Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bas-
tante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por ter tantas informa-
ções relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você
e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de
decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é
hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo.
Infelizmente, muitos gestores veem o PPP como uma mera formalidade a ser cumprida por
exigência legal – no caso, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996.
Essa é uma das razões pelas quais ainda há quem prepare o documento às pressas, sem fazer
as pesquisas essenciais para retratar as reais necessidades da escola, ou simplesmente copie
um modelo pronto.
O PPP contempla todo o trabalho desenvolvido na instituição ao longo do ano letivo. Ele é
o norte e, por isso, deve ser elaborado de acordo com a realidade da escola. É fundamental que
o Projeto Político-Pedagógico seja atualizado anualmente. Isso faz com que ele se mantenha
vivo dentro da instituição. Pois é a partir dos indicadores trazidos por ele que a escola vai ter
a consciência empresarial do que realmente precisa. Assim, pode determinar e executar um
plano de ação que lhe apresente vantagens reais.
Porém, infelizmente, é comum ver o PPP engavetado e tornando-se algo meramente buro-
crático. E isso é um equivoco, já que os indicadores servem justamente para identificar os pro-
blemas e trabalhar soluções. Ou seja, a escola precisa saber o que fazer com os dados que ob-
têm para chegar nos melhores resultados. Uma escola que quer proporcionar uma educação
eficiente e de qualidade deve ter saber a importância que o Projeto Político-Pedagógico tem.
É um caminho flexível e que se adapta às necessidades que os alunos e a própria instituição
apresentam. Portanto, pode ajudar bastante na tomada de decisões estratégicas.
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Deve apresentar outras informações como a forma de avaliação dos alunos e os projetos
que serão desenvolvidos ao longo do ano. Assim como os temas que geram debates e as aulas
temáticas que serão desenvolvidas e ministradas pelos professores. Outro ponto importante
é o método de ensino e os nomes dos autores em que se baseia o processo de aprendizagem,
por exemplo. Além disso, qual é o modelo pedagógico da escola e como esse trabalho será
desenvolvido por ela.
Ou seja, o PPP é responsável tanto por fazer uma avaliação geral da educação como por
direcionar as etapas a serem seguidas durante o ano. É importante lembrar que o Projeto Polí-
tico-Pedagógico da escola é um guia para a execução das atividades, mas deve manter a flexi-
bilidade necessária para lidar com imprevistos. Você também deve apresentar os métodos da
escola para gerenciamento de crises e outras orientações para lidar com eventuais problemas
que são possíveis de serem previstos.
A missão se refere aos valores e princípios em que a escola se baseia. Essa parte do do-
cumento pode começar com um histórico da instituição, por exemplo. Desde a sua fundação,
por quais mudanças passou e outras informações relevantes, que reforcem as suas diretrizes.
A missão em si costuma se resumir a uma frase que mostra o objetivo principal da institui-
ção. Para isso, considera o modelo pedagógico usado e o que se deseja alcançar em relação
aos alunos, comunidade e à própria equipe.
Como os valores e princípios tendem a se consolidar ao longo do tempo, essa é uma parte
do PPP que não precisa ser atualizada anualmente. A não ser que a escola passe por mudan-
ças significativas em sua missão naquela comunidade.
No entanto, não se deve engessar a instituição com base no seu histórico, pois toda escola
precisa estar aberta à evolução e à melhorias.
A identificação da escola é essencial, visto que o Projeto Político-Pedagógico é um docu-
mento oficial e que deve ser registrado na Secretaria de Educação da unidade federativa da
região. Logo, esses são os requisitos mínimos para a validade do documento.
Os recursos, nesse caso, não se referem apenas às questões e métricas financeiras. Elas
até podem ser citadas, mas, aqui, o importante são os recursos humanos.
Ou seja: quantos e quem são os professores e demais funcionários, qual a infraestrutura
da escola e os recursos tecnológicos para atender à necessidade de aprendizado dos alunos.
Isso ajuda no mapeamento de aplicação de recursos e nas formas de otimizar os gastos.
Por meio dessa parte, é possível otimizar os gastos, despesas e planejar melhor as compras.
Além disso, ajuda a ser mais eficaz para definir os horários de aulas, etc.
Na teoria, esse documento deve ser elaborado por todos que fazem parte do crescimento
e desenvolvimento da instituição. Ou seja: pais, mestres, coordenação, diretoria, etc. O que
acontece naturalmente em uma gestão participativa.
Mas, infelizmente, é comum que os gestores escolham fazer o PPP por meio de consulto-
res externos ou até mesmo por cópias compradas de outras escolas.
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O ideal seria que sua elaboração fosse colaborativa. Isso é, com a colaboração de várias
pessoas de diferentes competências e atribuições, por mais que a escola tenha a autonomia
de fazer o que achar melhor.
Algumas escolas mantêm o projeto guardado e dificultam o acesso a ele. O que é um gran-
de equívoco, pois o seu conhecimento pela comunidade escolar é o que vai torná-lo efetivo.
Por exemplo, o ideal é imprimir o documento e fixá-lo nos murais da escola. Assim como
deixá-lo disponível no site da escola. Outra boa opção é compartilhar ele com todos os profes-
sores, funcionários e familiares dos alunos. Você pode fazer isso logo no começo do período
letivo, junto com a matrícula.
o PPP deve ser elaborado coletivamente — ou seja, é normal gerar debates. Isso porque to-
das as opiniões devem ser consideradas e discutidas até que todos entrem em um consenso.
Desconsiderar a opinião da comunidade em geral cria um distanciamento com a realidade.
Portanto, não passe por cima dos conflitos de forma autoritária.
Escolas que têm um sistema de gestão escolar conseguem apurar diversas informações
que auxiliam no PPP. Por exemplo, os aspectos acadêmicos, financeiros, de controle biblio-
tecário e de integração entre alunos, responsáveis, professores, etc. Dentre os mais variados
planos de ação que uma escola pode executar, a aplicação de simulados é muito eficiente.
Inclusive, com uma tecnologia atual, é possível ter índices menores de reprovação.
Todo projeto que constar no PPP deve ter um plano de ação estabelecido. Ou seja, a es-
cola precisa definir como pretende alcançar determinado objetivo e também qual será o pra-
zo. Além disso, é necessário indicar quais agentes vão fazer parte das ações (professores,
gestores escolares, pais, alunos…). O plano de ação pode envolver diversas atividades, como
palestras, eventos, atividades extracurriculares, projetos comunitários e até mesmo a compra
de equipamentos para a ampliação de espaços estudantis. Cabe à escola definir quais ações
melhor se encaixam em cada objetivo, desde que sejam coerentes e estejam dentro da realida-
de da rotina e estrutura da escola e da comunidade escolar.
As metas e objetivos da escola podem ser alcançadas antes do prazo, mudarem com o
tempo ou deixarem de fazer sentido para a comunidade escolar. Dessa forma, a instituição de
ensino precisa revisar o PPP para reavaliar os projetos propostos no documento. O PPP é um
documento que deve acompanhar as mudanças da escola. Por isso, ele deve passar por cons-
tantes atualizações, com objetivo de manter-se alinhado ao contexto da comunidade escolar.
É fundamental que o documento siga orientações, diretrizes, currículos, normas e demais
dispositivos legais dos órgãos educacionais de todas as esferas (federal, estadual e munici-
pal). Nesse sentido, adequar o PPP à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) será importan-
te para alcançar um ótimo desenho de aprendizagem.
O PPP deve conter também qual será a formação oferecida pela escola para que os profes-
sores adquiram a capacitação necessária para colocar os planos de ação em prática. Dessa
forma, a instituição de ensino contribui para a formação continuada dos docentes.
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Gustavo Silva
As metas e objetivos da escola podem ser alcançadas antes do prazo, mudarem com o
tempo ou deixarem de fazer sentido para a comunidade escolar. Dessa forma, a instituição de
ensino precisa revisar o PPP para reavaliar os projetos propostos no documento.
O PPP é um documento que deve acompanhar as mudanças da escola. Por isso, ele deve
passar por constantes atualizações, com objetivo de manter-se alinhado ao contexto da comu-
nidade escolar.
Após a elaboração e implementação do plano de ação, é importante que a escola analise
o andamento das atividades. Não fazer esse processo pode ser um erro, pois impede que a
instituição de ensino avalie quais ações estão dando certo e o que pode ser feito para melhorar
o desempenho escolar a curto, médio e longo prazo.
O projeto político-pedagógico, também chamado de PPP, é um documento que definirá
diretrizes, metas e métodos para que a instituição de ensino consiga atingir os objetivos a que
se propõe. O PPP visa melhorar a capacidade de ensino da escola como uma entidade inserida
em uma sociedade democrática e de interações políticas.
O documento traz, em detalhes, todos os objetivos, diretrizes e ações que devem ser va-
lorizados durante o processo educativo, fim último da escola. Nesse sentido, o PPP precisa
expressar claramente a síntese das exigências sociais e legais da instituição e os indicadores
e expectativas de toda a comunidade escolar.
Em outras palavras, a cultura da escola precisa estar demonstrada nesse documento, no
qual devem constar, com clareza, os valores da instituição, sua situação presente e caminhos
para melhorar os pontos negativos. O PPP funciona como um guia para as ações a serem de-
senvolvidas na escola.
Cabe à escola construir sua proposta pedagógica, de modo a atender aos membros da
comunidade em que se localiza. Para atingir os resultados esperados e necessários, o projeto
político-pedagógico precisa ser elaborado de forma democrática e colaborativa.
Isso significa permitir e estimular a presença e a participação da comunidade, dos alunos,
das famílias e de demais agentes nos debates relacionados à fixação das metas e objetivos.
Essa própria integração entre diversos setores sociais no processo de produção e consolida-
ção do PPP já é, por si só, um exercício de democracia que só tem a engrandecer o trabalho
final e aprimorar os resultados das estratégias adotadas.
O contexto em que a escola está situada e a comunidade que é atendida por ela são pontos
fundamentais para a definição de metas e objetivos no projeto político-pedagógico. A missão
pouco significará se não estiver condizente com a realidade da instituição e das famílias que
ela atende.
Por isso, faz-se necessário, para orientar as ações que serão desenvolvidas, conhecer o pa-
norama da comunidade. Isso pode ser feito de várias formas. A equipe de elaboração do PPP
pode, por exemplo, fazer um levantamento de dados utilizando os documentos da matrícula
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dos alunos ou, então, elaborar uma pesquisa, a fim de obter informações mais específicas,
como a situação socioeconômica das famílias.
Aqui, também deve ser descrita a participação das famílias no processo de ensino e apren-
dizagem: o que se espera delas e quais compromissos e parcerias elas podem assumir com
a escola. Muito interessa a pais e responsáveis saber a média de aprovação de determinada
série, por exemplo. Esse tipo de informação, em conjunto com outros dados internos da ins-
tituição, também deve constar no PPP. O número de alunos que a escola tem (total e por seg-
mento), taxas de reprovação, médias de notas e avaliações: todos esses indicativos, aliados
a dados mais amplos (regionais, municipais etc.), colaboram para fortalecer a imagem e a
transparência da gestão escolar.
É fundamental que seja feita uma descrição minuciosa da estrutura física, dos colabora-
dores e dos recursos tecnológicos de que a escola dispõe. Só assim será possível partir da
realidade, com suas faltas e seus problemas, em busca de soluções possíveis. As diretrizes de
um projeto assemelham-se ao percurso de um caminho. Por onde seguir, e como seguir, são
as perguntas a serem feitas na hora de elaborar esse item do PPP. Os conteúdos ministrados
e o método de ensino que a escola adota devem ser descritos.
O PPP não é composto apenas por ideias e propostas. Para que ele de fato funcione, deve
conter planos de ação, isto é, as estratégias que serão implantadas para atingir os objetivos.
Devem ser elencadas as ações a serem desenvolvidas, os setores responsáveis pela execução
das tarefas e os recursos necessários para isso.
Ao tornar esse guia formal e claro sobre como a escola precisa se posicionar na sociedade,
o plano político-pedagógico pode ser consultado por profissionais, alunos, pais, prefeitura e
secretarias de educação. Isso deve ser feito periodicamente, a cada tomada de decisão impor-
tante e estratégica para o rumo do aprendizado nas instituições de ensino.
Por consequência, esse processo de gestão se torna muito mais simplificado, ágil e fácil.
Assim, escolas, diretores, gestores e outros profissionais responsáveis tomam suas atitudes
da maneira mais adequada e coerente com o pensamento vigente na instituição.
Não é fácil engajar toda a comunidade e contar com a participação de todos os agentes
sociais envolvidos no processo, mas, quanto mais pessoas participarem dos debates relativos
à elaboração do PPP e se envolverem com a questão, melhor será para os resultados pretendi-
dos e para a comunidade escolar como um todo.
De forma geral, a avaliação escolar pode ser definida como um meio de obter informa-
ções sobre os avanços e as dificuldades de cada aluno, constituindo-se em um procedimen-
to permanente de suporte ao processo ensino-aprendizagem, de orientação para o professor
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planejar suas ações, a fim de conseguir ajudar o aluno a prosseguir, com êxito, seu processo
de escolarização. Os instrumentos de avaliação mais usados são provas escritas ou orais,
seminários, tarefas, pesquisas e dinâmicas de grupos. No processo de avaliação dos diversos
graus de ensino, as notas e conceitos são decisivos para a continuidade dos estudos.
O processo de avaliação continua praticamente a mesma coisa, não mudou muito em re-
lação aos processos realizados no passado. Cada vez mais professores buscam em sala de
aula fazer com que os alunos decorem fórmulas, equações, regrinhas, etc., e entendem que,
ainda hoje, avaliar o aluno significa aplicar provas, registrar notas, etc. Contudo, o método de
avaliação mais utilizado é o sistema de provas, sistema pelo qual os alunos, em sua maioria,
são massacrados e ameaçados de reprovação. Tal método tem como principal objetivo verifi-
car erros e acertos do aluno, não se preocupando com o que ele realmente aprendeu durante o
seu processo de ensino aprendizagem.
Dessa forma, a avaliação no processo ensino-aprendizagem tem sido considerado um
tema delicado por possuir implicações pedagógicas que extrapolam os aspectos técnicos e
metodológicos e atinge aspectos sociais, éticos e psicológicos importantes. A prática ava-
liativa poderia tanto estimular, promover, gerar avanço e crescimento, quanto desestimular,
frustrar, impedir o avanço e crescimento do sujeito que aprende. Segundo Cipriano Luckesi,
em Avaliação da aprendizagem escolar, a avaliação escolar, assim como as outras práticas do
professor, seria dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação, traduzido em
prática pedagógica, tenha o professor consciência disto ou não.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, inova em relação à anterior, por
tratar a frequência e a avaliação do rendimento escolar em planos distintos. Prevê-se que deve
haver avaliação “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos as-
pectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais”. Algumas regras forçaram a mudança do sentido que se atribuía à
avaliação, orientando para não mais uma avaliação com vistas a promover ou reter alunos,
mas uma avaliação que permita: “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado.”
Expressão relacionada à avaliação do rendimento escolar dos alunos, realizada no âmbito
dos sistemas nacionais ou estaduais de avaliação do ensino básico. Esse tipo de avaliação,
segundo estudiosos, teria ganhado força nos anos 90 apoiada em estudos sobre desenvolvi-
mento industrial, tecnologia e educação, cuja preocupação, estava relacionada com o perfil
educativo-cultural da força de trabalho e com os novos paradigmas da organização da pro-
dução e do trabalho, que colocavam a questão da “qualidade” como o grande desafio para o
sistema educativo-cultural.
A avaliação educacional faz parte de uma proposta política educacional que tem como
objetivo a construção de uma educação pública popular e democrática. Essa proposta está
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fundamentada numa concepção de Estado que entende a educação como direito e processo
essencial para a formação dos cidadãos.
Um exemplo de avaliação educacional é o SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica –, implantado em 1990 sob a responsabilidade do Ministério da Educação
(MEC), que vem realizando, periodicamente, a avaliação do desempenho escolar dos alunos e
das condições pedagógicas e gerenciais da educação básica, de modo a gerar informações e
propiciar uma base para a tomada de decisões pelos órgãos gestores da educação.
Dentro dessa perspectiva, os três níveis de avaliação em educação citados são neces-
sários: (01) “a avaliação da aprendizagem” que tem por objetivo diagnosticar, acompanhar e
certificar o educando em seu percurso de aprender na vida escolar. Importa o sucesso de cada
um e de todos os educandos em suas aprendizagens e seus consequentes desempenhos; (02)
importa, por outro lado, que a “instituição” esteja constantemente avaliando-se e sendo ava-
liada, cujos resultados devem subsidiar novas e necessárias decisões, tendo em vista que seu
desempenho, como instituição, apresente resultados cada vez mais satisfatórios, o que sig-
nifica que os educandos, que passam por ela, aprendam o que necessitam aprender; (03) por
último, há que se olhar para o “sistema nacional de ensino”, no que se refere à sua qualidade e
eficiência. Chegamos, então, ao âmbito da “avaliação de larga escala”, o que implica que o país
inteiro esteja atento aos resultados de suas variadas atividades institucionais de ensino. O
país necessita de cuidar de sua educação em todas as instâncias, desde as políticas públicas,
passando pelos projetos e financiamentos, chegando à sala de aula e aos educandos.
Todas essas formas de avaliação são fundamentais para a educação no país. A avalia-
ção da aprendizagem nos permite acompanhar nossos educandos individualmente em suas
aprendizagens, carências e necessidades de ajuda em seu percurso de formação; a avalia-
ção institucional é a aliada dos gestores da educação na busca da efetividade significativa
de suas instituições seja no atendimento aos educandos, seja também na elevação socio-
cultural da comunidade onde se encontra situada; e, por fim, a avaliação de larga escala nos
retrata como país está no que se refere à qualidade do ensino e sua efetividade. Esses três
níveis de avaliação são necessários para que, de um lado, olhemos para nossos educandos,
mas também para o sistema de ensino que os atende. Se se deseja qualidade, não há como
fugir dos atos avaliativos, pois que eles nos dizem se os resultados de nossa ação já são
satisfatórios ou se exigem mais e mais investimentos, sejam eles financeiros ou de efetiva
ação institucional e pedagógica.
Então, a avaliação da turma, portanto, para além da avaliação da aprendizagem individual,
é o início da avaliação de larga escala, o que coloca a questão de que, junto com o educando
individual que fracassa, o sistema fracassa, pois que ele é o responsável pela produção de
efeitos significativos na educação. O educador, em sala de aula, atendendo aos educandos
na turma ou individualmente, do ponto de vista ascendente, é o primeiro elo do sistema de
ensino e, na direção descendente, ele é o seu último elo. O “sistema” necessita de cuidar das
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“instituições” (escolas) para que estas cuidem dos “educadores” e estes cuidem dos “educan-
dos”. O sucesso depende da cadeia inteira de responsabilidades e a avaliação é e deve ser a
aliada de todos, subsidiando as mais diversas e variadas tomadas de decisões, tendo em vista
o sucesso.
De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendiza-
gem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e soma-
tiva (classificatória).
a) A avaliação diagnóstica (analítica) é adequada para o inicio do o período letivo, pois
permite conhecer a realidade na qual o processo de ensino-aprendizagem vai acontecer. O pro-
fessor tem como principal objetivo verificar o conhecimento prévio de cada aluno, tendo como
finalidade de constata os pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades impres-
cindíveis de que os estudantes possuem para o preparo de uma nova etapa de aprendizagem.
“Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la com-
prometida com uma concepção pedagógica. No caso, considerarmos que ela deva estar com-
prometida com uma proposta pedagógica histórico-crítica, uma vez que esta concepção está
preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhe-
cimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro desta socie-
dade que se caracteriza pelo modo capitalista de produção. A avaliação diagnostica não se
propõe e nem existe uma forma solta isolada. É condição de sua existência e articulação com
uma concepção pedagógica progressista”. (LUCKESI 2003, p.82).
Diagnóstico é um conceito muito utilizado para se referir a um processo analítico em que
se recolhe e analisa dados para avaliar problemas de naturezas diversas. Na educação, essa
observação e identificação é também um instrumento pedagógico. Essa é proposta da avalia-
ção diagnóstica de aprendizado: uma forma de aferir e analisar se as atividades educacionais
propostas alcançaram os resultados esperados. A partir de um diagnóstico correto, identifi-
cando o real nível de conhecimento dos estudantes, escolas e educadores podem definir as
melhores estratégias pedagógicas. Normalmente aplicada nos momentos iniciais de uma fase
da educação, o objetivo dessa avaliação é conhecer melhor os estudantes, definindo e com-
preendendo suas necessidades. Diferentemente das formas clássicas de avaliação de apren-
dizagem, conhecidas como avaliações somativas, a diagnóstica tem um aspecto preventivo.
De modo geral, a avaliação diagnóstica deve servir como guia para possíveis realinhamen-
tos e adequações das abordagens e estratégias de ensino. As informações obtidas por meio
desse tipo de avaliação evidenciam os déficits do processo educativo. Isso permite às ins-
tituições de ensino qualificarem as atividades que irão favorecer o aprendizado dos alunos,
avaliando possíveis mudanças nas práticas escolares por meio de intervenções pedagógicas,
por exemplo.
Dentre os principais objetivos da avaliação diagnóstica, podemos identificar seu propósito
de contribuir para a promoção da aprendizagem, redirecionando as ações do processo. Isso
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c) A avaliação somativa (classificatória), tem como função básica a classificação dos alu-
nos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes
de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.
Atualmente a classificação dos estudantes se processa segundo o rendimento alcançado,
tendo por base os objetivos previstos. Para Bloom (1983), a avaliação somativa “objetiva ava-
liar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo
e final de um curso”.
É através deste tipo de avaliação que são fornecidos aos estudantes os chamados fee-
dback que informa o nível de aprendizagem alcançado, se este for o objetivo central da ava-
liação formativa; e presta-se à comparação de resultados obtidos, visando também a atribui-
ção de notas.
Essas três funções da avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para se garantir a
eficiência e eficácia do sistema de avaliação e assim tendo como resultado final a excelência
do processo ensino-aprendizagem. Por outro lado, é importante lembrar, que é necessário em
todos os casos levar em conta a realidade administrativa da instituição como, por exemplo, o
número de alunos, objetivos, conhecimento técnico do professor, materiais.
Para quantificar e categorizar os resultados da avaliação somativa,, geralmente as insti-
tuições de ensino estabelecem critérios como conceitos ou notas médias a serem atingidos
pelos alunos. A atribuição desses conceitos deve levar em consideração os componentes cur-
riculares que serão ensinados na escola, sendo estes definidos a partir da matriz curricular do
Regimento e do Projeto Político Pedagógico (PPP).
Desta forma, ao final de um ciclo ou de um processo, a instituição poderá analisar o de-
sempenho de cada aluno verificando se os objetivos de aprendizagem foram atingidos, mas
também poderá analisar o desempenho de turmas e séries específicas.
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5. Escolarização na Socioeducação
A escolarização é representada pelo conjunto de saberes e aprendizados adquiridos na
escola. Isto é, desenvolver as competências cognitivas de cada estudante e futuramente, pre-
parar estes indivíduos para o mercado de trabalho. Além disso, entram aqui a aprendizagem
de conteúdos relativos a diversas áreas do conhecimento, como a gramática, as ciências, etc.
Apesar da escolarização infantil ter papel fundamental na formação de cada indivíduo, ela
diz respeito a apenas uma parte do processo de educar uma criança.
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As escolas como espaço social também têm o poder de construir aprendizados não ape-
nas por meio da transmissão de conhecimento, mas também pelas circunstâncias que pro-
porcionam às crianças, como: a formação dos primeiros círculos sociais, a consolidação de
experiências e contatos e interações multiculturais. É um dever da família ensinar às crianças
questões como valores pessoais, éticos e morais.
Tanto a escolarização como a educação são processos de formação de pessoas mais
conscientes, críticas e engajadas para a sociedade. Não se pode atribuir maior peso a um dos
processos, mas é importante salientar os limites de atuação das instituições de ensino e o
início do papel dos pais e familiares na formação holística de um indivíduo.
Nesse propósito, observamos inicialmente que, modernamente, se acentua a vinculação
entre a socioeducação e a necessidade da implementação de uma proposta pedagógica ca-
paz de constituir-se em ação formadora dos adolescentes que se encontram submetidos ao
cumprimento de medidas socioeducativas De algum modo, essa é uma crença que tem sido
assumida e reforçada em diversos discursos sobre socioeducação, sendo que quase todos
eles põem em evidência o fim proclamado para a ação socioeducativa como sendo preparar
os indivíduos para a vida social ou inseri-los na vida social, reintegrando-os. Ao definir os atri-
butos do ato socioeducativo como o de preparar os indivíduos para a vida social, institui-se um
parâmetro universal sobre os fins da socioeducação, e esse parâmetro pode ser expresso em
um outro discurso paralelo e a ele correspondente: o de formar os indivíduos para o exercício
da Cidadania.
Assim, pode-se dizer que a ação socioeducativa constitui-se num processo que tem por
objetivo preparar a pessoa em formação (adolescentes) para assumir papéis sociais relacio-
nados à vida coletiva, à reprodução das condições de existência (trabalho), ao comportamento
justo na vida pública e ao uso adequado e responsável de conhecimentos e habilidades dispo-
níveis no tempo e nos espaços onde a vida dos indivíduos se realiza. Ao lado disso, desdobra-
-se o conjunto das ações educativas a serem desempenhadas pelos educadores que devem
buscar articulação entre as relações práticas da educação e a necessidade do adolescente à
vida política e social, individual e coletiva, sendo a educação o caminho necessário para a for-
mação do sujeito-cidadão ao dotar os educandos dos instrumentos que lhes são necessários
e pertinentes.
Tomando por referência as afirmações acima, podemos então asseverar que as ações
socioeducativas devem constituir-se em ações de exercício de cidadania. Portanto, nos es-
paços de socioeducação está a oportunidade de constituírem-se locus onde o adolescente
possa erigir o seu modo de ser e se expressar. Os cidadãos adolescentes, munidos dos
instrumentos da cidadania, tornar-se-ão construtores de formas organizativas e de ação na
vida pública, pautados pelo exercício também da democracia, onde se reconheçam (e se
autovalorizem) como seres humanos autônomos, livres e responsáveis, capazes de articular
as diversas vontades e capacidades individuais e coletivas para construir um modo de viver
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que lhes permita o exercício de sua liberdade, com responsabilidade, ou seja, um projeto de
vida pleno de possibilidades.
Desse modo, entendemos que os programas socioeducativos devem ser capazes de acio-
nar os meios intelectuais e emocionais de cada educando para que sejam capazes de assumir
o pleno uso de suas potencialidades físicas, intelectuais, morais e espirituais na condução
contínua de sua própria formação. A socioeducação pode favorecer a possibilidade de que
cada indivíduo adquira a capacidade de autoconduzir o seu próprio processo formativo.
A Educação envolve todo esse instrumental de formas de percepção do mundo, de comu-
nicação e de intercomunicação, de auto conhecimento, e de conhecimento das necessidades
humanas. E propõe-se a prover as formas de superação dessas necessidades, sejam elas ma-
teriais ou psíquicas, de superação ou de reconhecimento de limites, de expansão do prazer e
outras. Educar requer o preparo eficiente dos educandos para que se capacitem, intelectual e
materialmente, para acionar, julgar e usufruir esse complexo de experiências com o mundo da
vida. Esta é uma responsabilidade a ser atribuída ao Educador.
Para Freire, o homem e a mulher são os únicos seres capazes de aprender com alegria e
esperança, na convicção de que a mudança é possível. Aprender é uma descoberta criadora,
com abertura ao risco e a aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina.
Socioeducar, portanto, deve significar o reconhecimento da “especificidade humana” do ato
educativo, manifestando-se enquanto competência profissional e generosidade pessoal, sem
autoritarismos e arrogância. Deste modo, segundo preleciona, nascerá um clima de respeito
mútuo e disciplina saudável entre “a autoridade docente e as liberdades dos alunos, (...) rein-
ventando o ser humano na aprendizagem de sua autonomia”.
Paulo Freire, professor e filósofo, ao longo da vida não só procurou perceber os problemas
educativos da sociedade brasileira e mundial, mas propôs uma prática educativa para resolvê-
-los, ensina aos educadores que suas práticas educativas devem conter elementos essenciais,
entre eles, a rigorosidade metódica e a pesquisa permanente, a aliança indissolúvel ente a
ética e estética, o compromisso incessante pela competência profissional, o respeito pelos
saberes do educando e o reconhecimento da identidade cultural, a rejeição de toda e qualquer
forma de discriminação, a reflexão crítica da prática pedagógica, a corporificação do exemplo,
o saber dialogar e escutar, o querer bem aos educandos, o ter alegria e esperança, o ter liber-
dade e autoridade, o ter a consciência do inacabado.
Para a constituição dessa comunidade socioeducativa podem ser utilizados diferentes
dispositivos aptos a concretizar práticas político-pedagógicas-democráticas. Para que se
garanta a efetividade de uma gestão participativa, é fundamental que todos participam das
deliberações, da organização e das decisões sobre o funcionamento dos programas de aten-
dimento; da mesma forma, indispensável se torna a realização do chamado diagnóstico si-
tuacional dinâmico e permanente, que se constitui no levantamento periódico e permanente
quantitativo e qualitativo da situação do programa de atendimento, em seus diversos aspectos
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para conferir maior clareza e intencionalidade às práticas profissionais daqueles que traba-
lham diariamente com adolescentes em medida socioeducativa.
No âmbito da temática da Socioeducação e Medidas Socioeducativas em meio aberto, que
se relacionam intrinsecamente, o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE),
apresentado em 2006 e implementado através da lei n. 12.594/2012 (BRASIL, 2012), propõe
um melhor delineamento para a superação da tradição assistencial-repressiva no atendimento
ao adolescente autor de ato infracional. Tal definição se expressa como “um conjunto orde-
nado de princípios, regras e critérios, de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e ad-
ministrativo, que envolve desde o processo de apuração de ato infracional até a execução da
medida socioeducativa” (CONANDA, 2006, p. 151).
Nessa relação, a figura do orientador de medida socioeducativa torna-se de suma impor-
tância, dado que é o elo principal entre os adolescentes em conflito com a lei e o sistema socio-
educativo. Porém, enfrenta desafios para efetivamente aplicar, conforme a lei, as dimensões
socioeducativas, tendo em vista a ambiguidade nas definições sobre essa política, bem como
a ausência de equipamentos efetivos para a garantia dos direitos desses jovens.
A socioeducação ocorre em vários contextos, dentre estes, na execução das medidas so-
cioeducativas enquanto respostas do Estado ao ato infracional praticado por adolescentes.
Essas respostas do Estado, previstas nos documentos oficiais (ECA, SINASE e outros), de-
vem pautar-se em ações que promovam a ressignificação do projeto de vida e deem oportu-
nidades aos jovens, concomitante com a responsabilização pelos atos praticados, conforme
sua gravidade.
Contudo, apesar dos novos fundamentos previstos no ECA, a literatura indica que, ideologi-
camente, subsistem práticas e representações de criminalização dos adolescentes, acentua-
damente enfatizadas pela mídia, relacionando a responsabilização à ideia de punição, herança
do período histórico anterior ao ECA, ou seja, do Código de Menores. À vista disso, o sentido
produzido para o conceito de socioeducação pode ser elencado como um dos problemas cria-
dos pelos juristas, ao retirarem os fundamentos epistemológicos da socioeducação e elenca-
rem-na como prática operativo-legal.
O conceito de socioeducação no Brasil emerge em meados de 1980, com o objetivo de de-
limitar a proposição do paradigma punitivista, vigente até então, no tocante ao trato do “menor
delinquente” conforme indicado por Rizzini, Sposati e Oliveira (2019). Isto é, surge a proposta
de superação da prática que pune para um novo paradigma, fundamentado em práticas educa-
tivas em oposição à penalização. Segundo discussão de Cunha e Oliveira (2017), a doutrina do
direito penal do menor – fruto da lei n. 5.083, de 1927 – Código de Mello Matos, corrente até
a época – cristalizou o binômio carência/delinquência, e a ação estatal caberia àquelas crian-
ças e adolescentes denominadas em “situação irregular” (população pobre, negra, de áreas
periféricas, em sua maioria, e que cometiam delitos). Ambas as noções estavam fortemente
atreladas à ideia de patologia social. Portanto, havia (há) criminalização da pobreza aliada a
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práticas assistencialistas com o objetivo de prevenir/coibir uma conduta criminosa por meio
da punição.
Enfatizando essa discussão, Rizzini, Sposati e Oliveira (2019), Machado (2016) e Gelli
(2013), apontam Costa (2006), jurista que contribuiu para a construção das políticas socioedu-
cativas, como pioneiro em procurar uma resposta conciliatória à problemática epistemológica
da necessidade de ação do Estado em face do cometimento do ato infracional por crianças e
adolescentes. O caminho encontrado foi aliar responsabilização e proteção social, apresentan-
do uma concepção de socioeducação subordinada a “desenvolver o potencial de ser e convi-
ver, prepará-lo [o adolescente] para relacionar-se consigo mesmo e com os outros sem quebrar
as normas de convívio social tipificadas na Lei Penal como crime e contravenção” (COSTA,
2006, p.449, grifo nosso). Assim, as medidas socioeducativas – enquanto reação punitiva da
sociedade diante de uma contravenção penal cometida por um adolescente – deverão, toda-
via, primar pela preparação e educação do jovem para o convívio social.
Passados quase trinta anos de aprovação do ECA, muitas reflexões sobre as medidas so-
cioeducativas se desenvolveram e avanços nas formas de entendimento podem permitir ou-
tras práticas. Nesse seguimento, questionou-se: Qual compreensão os profissionais que exe-
cutam as medidas têm sobre socioeducação? O que seria sociopedagógico no cotidiano da
execução das medidas socioeducativas em meio aberto, na vivência dos operadores diretos
da política de atendimento no que se refere ao cumprimento das medidas aplicadas?
De forma geral, o que se constatou nas entrevistas foi a dificuldade de diferenciação entre
medidas protetivas e socioeducativas; sendo que as socioeducativas, para eles, se concreti-
zam, por vezes, meramente como cumprimento de determinação judicial sancionatória, como
demonstrado nas falas de Rosário, suplantando a dimensão educativa da medida (ação forma-
dora integrada para a vida em liberdade).
Portanto a família e os responsáveis são os responsáveis por construir o indivíduo em
questão do caráter e da conduta para com o outro. Os pais possuem um dever de ensinar seus
filhos, mostrando como se caracteriza a sociedade, quais são os desafios que enfrentarão,
como podem portar-se diante de uma situação, mas isso não pode “aprisionar” alguém, muito
pelo contrário, essa educação deve complementar a educação para o indivíduo analisar o que
ele deseja ou não fazer diante de ocasiões diferentes, quem decide como agir é a própria pes-
soa, de acordo com os ensinamentos que assimilou durante sua vida, desde a educação dos
pais, a escolarização da escola, até as experiências com os amigos, com a vivência no bairro
em que vive e no país que reside.
Ao analisar estes dois termos, educação e escolarização, é possível verificar que a educa-
ção abrange a escolarização e muitas outras áreas que compõem a rotina do ser humano. A
escolarização busca mostrar e preparar o indivíduo quanto ao mercado de trabalho, ao apri-
moramento do conhecimento múltiplo, ou melhor, os diversos tipos de inteligências, como a
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inteligência lógica, a linguística e a musical. São termos diferentes, mas relacionados, onde a
escolarização é um componente da educação.
Já escolarização, segundo o mesmo dicionário, é fazer passar por aprendizado em escola.
Ou seja, se escolarização é o estudante buscar o aprendizado na escola, compreende-se que
escolarização está intimamente relacionada com os conteúdos, as disciplinas e o ensino ofe-
recido na escola, o conhecimento necessário de acordo a idade do indivíduo. Portanto, esco-
larização se insere no espaço público, a escola unicamente. Escolarização é tarefa da escola.
São essas as duas dimensões que compõe a formação do indivíduo: educação (espaço
privado) e escolarização (espaço público). O problema é que no caso brasileiro, nossa tradição
cultural foi distanciando cada vez mais essas duas dimensões. Ao desligar-se educação e es-
colarização, perdeu-se a real noção do que elas realmente são e proporcionam.
Por exemplo, a família gradativamente foi atribuindo à escola o papel de educar seus filhos.
A escola, além de ser a responsável pelos conteúdos e ensino, “recebeu” o encargo de educar
os indivíduos. Evidência disso é que, quando se pensa em educação, logo se imagina a escola,
quando na verdade, à escola não cabe a tarefa de educar, mas escolarizar.
Finalmente, não é objetivo desta breve reflexão delimitar ao máximo os problemas da edu-
cação brasileira, que é importante destacar, são muito maiores, complexos e não cabem neste
artigo. Mas infere-se que a relação educação e escolarização responde por boa parte dos pro-
blemas. De igual forma, não é também objetivo culpar as famílias ou absolver as escolas de
suas responsabilidades, mas trazer para a reflexão o que é, de fato, o papel de cada uma des-
sas duas instituições na formação do indivíduo, sob pena de perpetuar-se ainda por muito tem-
po parte dos problemas que insistem em permanecer na educação e escolarização brasileira.
É um documento que detalha objetivos, as metas, bem como as ações do processo edu-
cativo a ser desenvolvido na e pela escola. O PPP deve trazer também as exigências legais do
sistema educacional, bem como as necessidades, propósitos e expectativas da comunida-
de escolar.
A gestão escolar tem a função de organizar todos os elementos que, direta ou indireta-
mente, influenciam no trabalho pedagógico, ou seja, os aspectos ligados aos profissionais da
educação e suas funções, aos espaços e aos recursos, garantindo a legalidade de todas as
ações e primando pelo ensino-aprendizagem de todos os estudantes. A gestão escolar é fun-
damental para o desenvolvimento do nível de ensino da instituição, a gestão escolar, apesar de
ser um conceito um pouco esquecido, é de extrema importância, pois as qualidades que são
exigidas nas escolas são cada vez mais severas. O foco da gestão escolar é em suma a busca
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por resultados, pela liderança, e a ênfase primordial na qualidade do currículo para atingir a
excelência do ensino para todos os níveis de escolaridade.
Considerada uma das áreas mais importantes da gestão escolar, a gestão pedagógica tem
a função de cuidar e administrar a área educativa. Para isso, deve-se estabelecer os objetivos
para o ensino de forma geral e específica, além de definir as linhas de atuação e metas a se-
rem atingidas e elaborar os conteúdos curriculares. Suas especificidades estão enunciadas
no Regimento Escolar e no Projeto Pedagógico, que inclui elementos da gestão pedagógica:
objetivos gerais e específicos, metas, plano de curso, plano de aula, avaliação e treinamento
da equipe escolar.
Por mais que esse seja um decreto federal, e que o direito da criança à educação seja uni-
versal, na prática infelizmente não é assim que acontece. As escolas públicas muitas vezes
não conseguem comportar todos os alunos da comunidade, o que obriga os gestores a cria-
rem sistemas de sorteios ou filas para realizar a matrícula.
Outro problema acontece quando as famílias de baixa renda precisam retirar os filhos da
escola para ajudar na renda da casa. A gestão deve intervir com medidas que promovam a
permanência do aluno. Embora o diretor seja a figura central na manutenção e organização
dos processos escolares, a gestão engloba coordenadores, que são responsáveis por cuidar
das demandas dos professores e supervisores, incumbidos da comunicação entre pais, alu-
nos e professores.
Cabe a equipe de gestão escolar o papel de estar sempre presente, atuando de maneira
ativa para ouvir a comunidade, alunos, responsáveis, professores e colaboradores de modo a
descobrir e solucionar os problemas que afetam o acesso do aluno à escola, além de garantir
a qualidade de ensino.
Quanto mais democrática for a gestão mais fácil será detectar os problemas. Infelizmente,
no Brasil é muito complicado nivelar o conhecimento de todos os membros de uma classe.
Fatores como criação, dificuldade na fixação da matéria, costumes de leitura, tempo para ati-
vidades extra, etc., são diferentes de aluno para aluno e impactam diretamente na velocidade
do aprendizado. Por isso, pode ser um pouco mais demorado para alguns aprenderem um
determinado conteúdo, do que outros. A longo prazo, todos esses fatores influenciam no ritmo
da turma como um todo.
Outro ponto delicado é relativo à educação voltada para crianças com necessidades es-
peciais. Quando há apenas um professor, não é possível pausar o ritmo da sala para entregar
o conteúdo pedagógico que esses alunos necessitam, mas também não se deve negligenciá-
-los, o que coloca os docentes em uma situação muito delicada. Um dos maiores desafios de
exercer as funções ligadas a gestão escolar é a necessidade de atuar criando um ambiente
igualitário onde todos, independente da sua raça, gênero, cor, credo, opção sexual, condições
financeiras ou limitações físicas, devem ter o direito de aprender.
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A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 206, inciso VI, estabelece “a gestão de-
mocrática do ensino público na forma da lei” (Brasil, 1988), determinação da qual decorre o
imperativo da participação da comunidade escolar nos processos de gestão da escola. Profes-
sores, agentes educacionais I e II, estudantes, seus pais e/ou responsáveis devem, portanto,
estar presentes nas estratégias de gestão da escola.
A gestão escolar cabe à direção, direção auxiliar e equipe pedagógica que, juntas, formam
a equipe gestora. Essa equipe, tendo a gestão democrática como principio, deve primar pelo
fortalecimento do trabalho coletivo, da ética profissional e o comprometimento político-pe-
dagógico com a educação pública. A responsabilidade legal da gestão escolar é da direção
avalizada pelo Conselho Escolar.
O gestor deve abrir espaços para participação efetiva da comunidade na tomada de deci-
sões, espaço de discussões das questões e problemas vivenciados pela escola, na construção
do Projeto Político Pedagógico, na participação nas Instâncias Colegiadas e outras formas que
venham a ser oportunas.
A LDBEN n. 9.394/96, por sua vez, no artigo 12, inciso I, prevê que as instituições de ensino,
respeitada as normas comuns e as do sistema de ensino, terão a incumbência de “elaborar e
executar a sua proposta pedagógica” (BRASIL, 1996). Já no artigo 13, inciso I, determina que
“os docentes incumbir-se-ão de [...] participar da elaboração da proposta pedagógica do esta-
belecimento de ensino” (BRASIL, 1996). A vinculação mais específica entre a gestão democrá-
tica e o PPP está no Artigo 14, inciso I, que dispõe sobre as normas de gestão democrática e
determina a “participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola” (BRASIL 1996). Portanto, compreende-se que legalmente, cabe às escolas a elabo-
ração, execução e avaliação do seu PPP.
O PPP escolar é um documento que deve ser elaborado por cada instituição de ensino
para orientar os trabalhos durante um ano letivo. O projeto político pedagógico precisa ter o
caráter de um documento formal, mas também deve ser acessível a todos os integrantes da
comunidade escolar. Ele determina, em linhas gerais, quais os grandes objetivos da escola, que
competências ela deve desenvolver nos alunos e como pretende fazer isso.
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É através do PPP escolar que cada instituição articula a maneira como os conteúdos serão
ensinados, levando em consideração a realidade social, cultural e econômica do local onde
está inserida. Desse modo, o projeto deve servir para atender às especificidades de cada es-
cola e deve ser flexível, para atender às demandas de aprendizado específicas de cada aluno.
Toda instituição de ensino no Brasil precisa ter um PPP. Essa obrigatoriedade foi definida
pela “Lei de Diretrizes e Bases”, de 1996. Antes mesmo da promulgação dessa lei já se discu-
tia a necessidade de estabelecer uma gestão democrática da educação, para garantir que ela
sirva à formação de cidadãos conscientes e autônomos. Assim, a ideia do projeto pedagógico
foi incluída na constituição de 1988 e regulamentada alguns anos depois.
É um documento que estabelece diretrizes, metas e métodos que ajudam a instituição de
ensino a alcançar os objetivos propostos. Ele tem a intenção de aperfeiçoar a qualidade de
ensino, considerando que a entidade faz parte de uma sociedade democrática e com intera-
ção política.
Vale destacar que o PPP é um documento dinâmico, ou seja, permite que alterações sejam
feitas no decorrer do tempo, principalmente no que diz respeito a prática e pedagógica. A ideia
é que a sua construção seja feita de forma democrática e coletiva que valoriza a reflexão sobre
o papel da escola na formação da sociedade.
Outro aspecto que merece destaque é que o PPP apresenta o que deve ser prioridade
durante o processo educacional. Esse é um documento que deve ser elaborado por todas as
escolas tanto na rede municipal como estadual de ensino, em instituições públicas e privadas.
O documento que hoje conhecemos como PPP teve origem em um período de reformas do
sistema educacional público. O Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, que aconteceu
na década de 1980, iniciou um processo que ajudou a instituição de uma gestão democrática
no ensino. Isso contribuiu para que as instituições conseguissem autonomia educacional.
Um dos parâmetros estabelecidos foi que os estados e municípios receberam a respon-
sabilidade de atribuir os seus próprios princípios de ensino reduzindo, assim, a intervenção
do Estado. Com isso, a tomada de decisão sobre os assuntos relacionados a organização da
escola passou a ser feita pelos agentes escolares.
Esse também foi um marco importante para a acessibilidade. Nesse período, foi declarado
que as escolas, especialmente as públicas, estariam abertas a grupos que, até então, estavam
excluídos do ambiente escolar. Esse cenário de mudança precisava de um instrumento a altura
do desafio de mudar os moldes da educação brasileira e, assim, surgiu o PPP.
O projeto político pedagógico deve ser elaborado de maneira colaborativa. Assim, cabe a
cada escola decidir o modo mais eficiente de incluir toda a comunidade no processo de cria-
ção do documento. Há instituições que optam pela formação de um conselho que delibera
sobre o PPP escolar. Outras, entretanto, optam pela realização de plenárias.
Todas as propostas de um projeto político pedagógico devem culminar em um plano
de ação. Ou seja: o PPP escolar, além de definir estratégias, deve definir como implantá-las.
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ssim, esse trecho deve estabelecer atitudes objetivas a serem tomadas. É importante que o
A
texto não fique apenas no campo teórico. Vale descrever prazos, profissionais encarregados e
recursos necessários. A partir de metas mensuráveis e realistas definidas aqui, é possível fazer
um acompanhamento do PPP ao longo do ano.
Para chegar a boas propostas é preciso conhecer muito bem a realidade em que uma ins-
tituição está inserida. Assim, a elaboração do PPP escolar deve começar por um diagnóstico:
devem ser levantadas todas as informações, números e estatísticas relativas àquela escola.
A equipe responsável pelo projeto pode começar, por exemplo, contabilizando as informações
das fichas dos alunos, ou pesquisando estatísticas oficiais.
Como explicamos, o PPP é um documento único que deve ser criado por cada escola.
Embora haja flexibilidade na sua elaboração, alguns princípios devem ser seguidos. Por isso,
listamos alguns aspectos que devem ser considerados.
Algumas informações básicas devem ser preenchidas antes de iniciar os planos do PPP.
Em primeiro lugar, devem ser reunidas informações básicas da escola. Assim, o gestor escolar
deve apresentar a missão, dados sobre a aprendizagem e os recursos disponíveis.
Em seguida deve relatar a composição do corpo administrativo e docente bem como as
suas atribuições. Também é recomendado incluir os integrantes do conselho de pais e mes-
tres e outros grupos que estão envolvidos com a instituição.
Durante a elaboração do PPP é normal surgir ideias diferentes. Entretanto, não considerar
esses pontos divergentes é um erro que deve ser evitado. É preciso dar espaço para que cada
participante coloque suas opiniões sobre a comunidade acadêmica, o que proporciona uma
sensação de pertencimento.
Por fim, além de entender o que PPP devemos destacar que existem ferramentas que po-
dem simplificar esse processo. Nós reconhecemos que levar a tecnologia para ambiente es-
colar pode ser uma vantagem no que se refere à conquista de eficiência, transparência e auto-
mação de rotinas.
Depois de todo o esforço do corpo docente e da equipe acadêmica faz sentido cuidar para
que os objetivos sejam alcançados. Nesse cenário, é preciso debater com os profissionais de
cada área as melhores estratégias que devem ser adotadas para atingir os objetivos desejados.
Nesse momento, é necessário definir propostas objetivas, elaborar os currículos das dis-
ciplinas e sugerir metas concretas. Por isso, nós recomendamos que o gestor dedique tempo
para criar indicadores de desempenho e avaliar os resultados periodicamente.
Para servir como um guia para a instituição de ensino, o PPP deve apresentar o método de
ensino, os nomes dos autores em que se baseia o processo de aprendizagem, o modelo peda-
gógico e de que maneira esse trabalho será desenvolvido. Isso dá o embasamento para que
seja possível definir quais serão as estratégias de ensino utilizadas. É preciso discutir sobre
como a instituição superará seus desafios, como deve ser a formação dos estudantes, entre
outros aspectos.
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Esse documento é inclusivo e, assim, deve considerar não somente os alunos, mas a reali-
dade das famílias. Essa é uma etapa de não pode ser deixada de lado ou executada de forma
superficial. É fundamental que a escola também esteja ciente desse contexto devido ao seu
impacto na vida escolar.
Antes de tudo, é preciso conhecer a realidade em que uma instituição está inserida. Infor-
mações como números e estatísticas relativas àquela unidade devem ser recolhidas e analisa-
das. Ademais, precisam ser apresentadas para a comunidade acadêmica.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) não aborda diretamente a atuação
do coordenador, mas deixa claro que a formação de profissionais de Educação para adminis-
tração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a Educação Básica
deve ocorrer em cursos de Pedagogia ou em nível de pós-graduação (art. 64). E acrescenta
que, para exercer cargos de magistério diferentes dos de docência – o que inclui a coordena-
ção pedagógica -, é pré-requisito ter experiência no ensino em sala de aula (§ 1º, art. 67). O
termo coordenação figura uma única vez na LDB, ao estipular que
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com ações de parceria, em função de sua realidade. Ele deve ser capaz de despertar nos mem-
bros da instituição escolar a capacidade de ser proativos, responsáveis, dinâmicos, inteligentes,
com habilidade para resolver problemas e tomar decisões. Além disso, deve criar um ambiente
de relacionamento mais estreito com os professores, as famílias, a comunidade, o sistema e
outros elementos que possam se integrar à escola. Vasconcelos (2006, p. 87) ressalta que
é importante lembrar que, antes de mais nada, a coordenação é exercida por um educador, e como
tal deve estar no combate a tudo aquilo que desumaniza a escola: a reprodução da ideologia domi-
nante, o autoritarismo, o conhecimento desvinculado da realidade, a evasão, a lógica classificatória
e excludente [...], a discriminação social na e através da escola etc.
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reito de participar de sua elaboração nas escolas em que atuavam, pois entendiam que este
processo deveria ser democrático e participativo, diferentemente do que vinha acontecendo.
As discussões da Assembleia Nacional Constituinte de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (Lei n. 9394/96) foram o ponto de partida para pensar a formação sociopolítica
dos educandos, visando a participação de todos nas decisões que envolviam seu percurso
educacional. Isso gerou resultados nas escolas, com a gestão democrática, que além de
uma proposta política, possibilitou a abertura de espaços, para a participação da comunida-
de, nas decisões do processo de ensino. Para auxiliar na democratização surgiram, por sua
vez, documentos e conselhos habilitados para garantir tal processo, sendo que um destes é
o Projeto Político Pedagógico.
O projeto político-pedagógico (PPP) é a principal ferramenta de planejamento e avaliação
de uma escola. Além de definir a identidade da instituição, o documento indica os caminhos
para ensinar com qualidade e garantir a aprendizagem.
Por isso, a sua elaboração precisa ser democrática e envolver toda a comunidade escolar.
Ele deve conter a missão da escola, dados sobre aprendizagem, os recursos disponíveis, as
diretrizes pedagógicas e os planos de ação da escola.
O Projeto Político Pedagógico, também conhecido como Projeto Educativo é um documen-
to elaborado coletivamente pela unidade escolar que deverá contemplar a parceria de toda a
comunidade em seu entorno (direção, famílias, professores, equipe escolar e alunos), com o
objetivo de diagnosticar as necessidades da instituição escolar e direcionar suas ações na in-
tenção de melhorar, analisar e compreender o significado e o processo de construção coletiva
do projeto pedagógico.
Segundo Vasconcellos (1995), o projeto pedagógico:
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as ideias do papel. O PPP deve ser um documento vivo, com informações atualizadas e de
conhecimento de todos, já que será a base para as decisões e apontará as diretrizes para as
atividades que serão realizadas ao longo de todo ano.
O Projeto Político Pedagógico está dividido em duas grandes propostas: uma política, que
se refere ao compromisso da escola frente à sociedade, levando em conta o que Paulo Freire
defendia em Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, e outra, a pe-
dagógica, que apresenta fatores do processo de ensino aprendizagem, que, por sua vez, é o
“saber fazer” deste processo. Enquanto o primeiro assume que educar é um ato político, onde
a formação do sujeito ético-histórico do cidadão deve ser pautada nas premissas da educação
emancipatória. O segundo entende que este processo é “essencial na construção e sistemati-
zação do conhecimento de processos de gestão, prática docente, ações coletivas, culturais e
organizacionais” (BARBOSA, 2011/12, p. 233).
Já para Veiga (1995) o Projeto Político Pedagógico é uma ação intencional que possui um
comprometimento coletivo, haja vista que, esta proposta vai além de uma simples proposta
pedagógica. Este projeto deve se preocupar com a articulação entre o projeto pedagógico e o
político, este último visando priorizar os interesses reais e coletivos da população. Esta cons-
trução deve partir de objetivos e necessidades que surjam no coletivo e que delimitem estraté-
gias e ações para colocá-las em prática, propondo assim uma nova realidade.
Já para Veiga (1995) o Projeto Político Pedagógico é uma ação intencional que possui um
comprometimento coletivo, haja vista que, esta proposta vai além de uma simples proposta
pedagógica. Este projeto deve se preocupar com a articulação entre o projeto pedagógico e o
político, este último visando priorizar os interesses reais e coletivos da população. Esta cons-
trução deve partir de objetivos e necessidades que surjam no coletivo e que delimitem estraté-
gias e ações para 11 colocá-las em prática, propondo assim uma nova realidade.
Outro fator que contribuiu para a reflexão sobre o PPP, nos anos de 1980, foi a entrada de
obras de teóricos estrangeiros da escola de pensamento materialista, com a discussão de
teorias críticas, que contribuíram nesta construção e que demonstram que o Projeto Político
Pedagógico é firmado como uma política educacional. Nos discursos atuais, como na Confe-
rência Nacional de Educação (CONAE) e Plano Nacional de Educação (PNE), defende-se que o
PPP deve ser elaborado em regime de participação, voltado para a realidade local onde estão
inseridas as instituições de ensino, pensando na garantia da autonomia e no melhoramento
constante das ações pedagógicas particularizadas. Sendo, destarte, um instrumento indispen-
sável em uma gestão democrática e participativa, construída coletivamente.
Para ela, o Projeto Político Pedagógico, deve partir da realidade da escola, para permitir aos
professores aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente. A escola nes-
sa perspectiva é vista como uma instituição social, inserida na sociedade capitalista, refletindo
as contradições dessa sociedade, desencadeando lutas para a descentralização em busca de
sua autonomia e qualidade. A escola é um lugar de desenvolvimento da consciência crítica da
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realidade, por isso, para Veiga (1995) é importante garantir sua operacionalização, pois uma
coisa é estar no papel, na legislação, na proposta, no currículo, e outra é estar ocorrendo na
dinâmica interna da escola, no real, no concreto. É preciso entender o Projeto Político Pedagó-
gico da escola como uma reflexão do nosso dia-a-dia. Para tanto, este demanda reservar um
tempo para reflexão da continuidade de ações.
O Projeto Político Pedagógico na concepção de Veiga (2002) deve preocupar-se com a
sociedade de modo a tornar-se relevante para ela, assim sendo é necessário pensar como se
constitui a sociedade, levando em conta sua principal característica: a globalização. Pois o
dinamismo tecnológico exige dos cidadãos a capacidade de participar ativamente do mundo
global, e gera como consequência uma autonomia para buscar conhecimentos constantemen-
te. A escola deve deste modo, selecionar o que é essencial e o que é complementar na organi-
zação do conhecimento curricular, incorporando os novos conhecimentos às experiências de
vida dos alunos. O PPP deve ter como princípio as experiências de vida e a realidade percebida
pelos personagens que fazem parte de sua elaboração e o ponto de chegada constitui-se no
alvo a ser alcançado, qual seja a universalização e a socialização do saber.
As estruturas pedagógicas referem-se em especial às questões de ensino-aprendizagem,
de currículo e de interações políticas. Neste sentido, a autora assinala que a necessidade de
discutir a concepção de currículo subsidiará a Proposta Político Pedagógica fundamentando-
-a. Já que o PPP concretiza-se pelo conceito de currículo escolar adotado pela organização es-
colar que esta define. Na construção do Projeto da escola, os professores das diferentes áreas
devem discutir o currículo e conteúdos a fim de possibilitar a socialização e flexibilização dos
mesmos entre os professores. O currículo implica na interação dos sujeitos que têm o mesmo
objetivo e por um referencial teórico que o sustente. Refere-se ao conhecimento da escola
como um conhecimento dinâmico que necessita adequar-se a faixa etária e aos interesses dos
alunos. O currículo, assim considerado, não é um instrumento neutro e não pode ser separado
do contexto social e histórico do qual faz parte.
Vale a pena ressaltar, entretanto, que todos os momentos possuem sua importância e que
um não se sobressai sobre os demais, ambos participam de um conjunto indissociável. O
momento de pensar a ação é fundamental, pois é ele que dá vida e sentido para a existência
do PPP, por isso a importância e relevância da qualidade do que se deseja desenvolver em tal
diligência. Precisam-se definir ações que se tornem significativas no processo, ou seja, uma
ação possível de ser colocada em prática, que atenda as necessidades reais da instituição e
que possa oferecer resultados. Em suma, é a operacionalização da proposta, é de fato a ide-
alização de quais possibilidades a escola aplicará a despeito de tudo o que foi definido como
finalidade e tudo o que ela identificou como necessidade. É o fechamento essencial de uma
prática possível.
A finalidade primordial do Projeto Político Pedagógico é propor uma formação de organiza-
ção do trabalho pedagógico para superação dos conflitos, buscando acabar com as relações
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baseada nos princípios participativos, [que] pressupõe [...] a abertura para a negociação, uma vez
que a participação dialógica implica na presença de conflitos, pois o diferente e até mesmo o opos-
to, ou seja, o já colocado, fazem parte do diálogo. No entanto, é necessário reconhecer a existência
de tensões (SCHNEIDER, 2001, p. 42).
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direcionamento pressupõe que todos os envolvidos no trabalho escolar devem participar das
definições e dos rumos que a escola seguirá para atingir seus objetivos.
É importante que os diretores escolares viabilizem espaços e horários para interação dos
segmentos com seus pares e com outros, por meio de reuniões e assembleias que permitam a
discussão e a troca de ideias sobre as possibilidades e necessidades da escola, de modo que
a comunidade seja ouvida como parte integrante dos processos decisórios.
Segundo Veiga (2013, p.16), a igualdade de oportunidades, mais do que a expansão quan-
titativa de ofertas, necessita da ampliação do atendimento com simultânea manutenção de
qualidade. A Constituição Federal, a LDBEN n. 9.394/96 e a Lei n. 8.069/1990, que trata do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), também citam a igualdade de condições para
acesso e permanência na escola. Assim, para enfrentar este desafio, é imprescindível a pre-
visão de ações e estratégias de acompanhamento para todos os estudantes, especialmente
aqueles que se encontram em situação de risco de abandono e/ou vulnerabilidade, no sentido
de assegurar a permanência na escola. Há que se prever uma prática pedagógica diferenciada
para os estudantes com dificuldades de aprendizagem.
O desafio do PPP é propiciar uma educação de qualidade para todos, não sendo um privi-
légio de minorias econômicas e sociais, além de assegurar um padrão mínimo de qualidade
para a instituição de ensino.
Segundo Veiga (2013, p. 17), A escola de qualidade tem obrigação de evitar de todas as maneiras
possíveis a repetência e a evasão. Precisa garantir a meta qualitativa do desempenho satisfatório
de todos. Qualidade para todos, portanto, vai além da meta quantitativa de acesso global, no sentido
de que as crianças, em idade escolar, entrem na escola. É preciso garantir a permanência dos que
nela ingressarem.
O princípio da liberdade está sempre associado à ideia de autonomia, a qual nos reme-
te para regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem impo-
sições externas. A liberdade deve ser considerada, também, como liberdade para aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma intencionalidade defi-
nida coletivamente.
De acordo com Medel (2008, p. 54), a autonomia refere-se à capacidade de governar e de
dirigir-se dentro de certos limites definidos pela legislação e pelos órgãos do sistema edu-
cacional, auxiliando os vários atores a estabelecerem os caminhos que a escola define para
percorrer. Faz-se necessário compreender que quanto mais a instituição de ensino adquire
autonomia e competência, mais responsabilidade ela assume diante da comunidade.
A qualidade de educação está estreitamente relacionada à formação inicial e continuada,
condições de trabalho e remuneração dos profissionais do magistério. A formação continuada
é indispensável para a discussão da organização da escola como um todo e de suas rela-
ções com a sociedade. Dessa forma, o PPP deve contemplar a formação dos profissionais da
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scola, sendo necessário que o diretor investigue as necessidades destes para a sua formação
e
continuada, elaborando seus programas com apoio da entidade mantenedora. É importante
que o diretor oportunize tempos e espaços para a formação continuada em serviço, acom-
panhando e estimulando a participação de todos os profissionais da educação nos eventos
previstos no Calendário Escolar.
• O eixo da flexibilidade está vinculado à autonomia, possibilitando que a escola organize
seu próprio trabalho pedagógico.
• Eixo de avaliação que reforça um aspecto importante a ser observado nos diversos ní-
veis do ensino público.
• O eixo da liberdade que se expressa no âmbito do pluralismo de ideias e concepções
pedagógicas e da proposta de gestão democrática do ensino público, que será definida
em cada sistema de ensino.
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6.4.
Processo de Planejamento: Importância, Dimensões,
Componentes e Instrumentos
Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planeja-
mento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem
consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado,
desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo.
O planejamento representa o processo de síntese do conhecimento, constituindo-se
em um espaço centrado na aprendizagem, tendo como referência o direito ao acesso aos
conhecimentos elaborados histórica e socialmente. “É uma mediação teórico-metodológica
para a ação consciente e intencional”. (VASCONCELLOS, 1995, p. 79)
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Fases do planejamento:
• Elaborar: ver a ação global em que se está, decidir o tipo de sociedade, de pessoa, de
educação, de escola (realidade desejada); verificar a distância entre a realidade existen-
te e a desejada e propor ações, atitudes e normas orgânicas para diminuir esta distância;
• Executar: agir em conformidade com o que foi proposto;
• Avaliar: revisar cada um dos momentos, cada uma das ações, atitudes e normas e cada
um dos documentos derivados.
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Dimensões de um planejamento:
• Planejamento político: capacidade de conceber, operacionalizar, fazer opção no conjun-
to de valores, de conhecimentos que constituem, para o conjunto de pessoas envolvidas,
a dialética entre o horizonte e o “aqui e agora”. Portanto, deve ser construído coletiva-
mente, tendo na dialética uma forma de perceber que mundo é possível ser construído
e a favor de quem se destina a educação almejada.
• Planejamento operacional: a organização e a dinâmica de relações das opções feitas
no planejamento político, sustentadas por metodologias, modelos e técnicas de busca
da coerência entre o discurso e a prática. O discurso tem a dimensão política e a prática
tem a dimensão operacional.
• Planejamento democrático: exige relações democráticas de trabalho entre os diversos
profissionais e uma relação dialógica entre professor e educando, é espaço rico e perti-
nente à democratização das relações e do saber na formação de valores.
Marcos do PPP:
• Marco Situacional: identifica, explicita e analisa os problemas e necessidades presentes
na realidade social e suas influências nas práticas educativas da escola.
• Marco Conceitual: expressa a opção teórica que revela a aspiração social e educacional:
o que se pretende alcançar em termos de transformação da prática pedagógica e social.
• Marco Operacional: apresenta as grandes linhas de ação referentes: gestão democráti-
ca; currículo escolar, formação continuada e qualificação das condições físicas e didá-
tico-pedagógico.
Dimensões do PPP
• Dimensão Administrativa: possibilita à concretização da proposta educativa da escola,
através da gestão financeira e patrimônio da escola, manutenção e conservação do es-
paço físico e administração de pessoal.
• Dimensão política: estabelece o compromisso de formar cidadãos para a sociedade.
Efetiva-se através elaboração de mecanismos para participação da comunidade local e
escolar na construção do PPP e também implementa as relações da escola com o sis-
tema de ensino e a sociedade.
• Dimensão Pedagógica: define as ações educativas da escola para atingir seus objetivos,
por exemplo, gestão do currículo, tempo pedagógico, equipes docentes, formação con-
tinuada, recursos didáticos e desenvolvimento de projetos educativos.
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• Dimensão Jurídica: define a relação da escola com outras instâncias, como municipal,
estadual, federal e outras instituições.
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Enquanto as inovações do tipo emancipatório têm sua origem e destino nas necessidades do
coletivo da escola, as inovações regulatórias decorrem de prescrições, de recomendações ex-
ternas à escola; tendem a ser burocratizadas, não sendo resultado de processos participativos
e partilhados pela comunidade escolar. Predominam, nas inovações regulatórias, aspectos
técnicos, ao passo que na primeira prevalecem preocupações de cunho político-cultural.
Na construção do PPP, Veiga (2003) parte do princípio de que a inovação emancipatória
não pode ser confundida com reforma, invenção ou mudança; ela se constitui, de fato, em
processos de ruptura com aquilo que está instituído, cristalizado. A inovação emancipatória
é resultante da reflexão sobre a realidade da escola, tomando-se sempre como referência as
articulações entre essa “realidade da escola” e o contexto social mais amplo. Baseia-se em
processos dialógicos e não impositivos, na comunicação e na argumentação, e não na imposi-
ção de ideias, valorizando os diferentes tipos de saberes.
Cabe aos gestores escolares exercerem a liderança na condução da elaboração e ou atu-
alização do PPP e seu carisma para sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância
da construção do PPP que seja, de fato, representativo da escola e de sua comunidade e que
possa promover as mudanças necessárias no espaço escolar rumo à melhoria da qualidade
do ensino e promoção da formação para a cidadania. Como vimos, o projeto é um empreendi-
mento que demanda postura colaborativa entre os diversos segmentos envolvidos.
O PPP constitui-se em um trabalho em grupo e não do grupo, pois representa a proposta
de trabalho da escola, demanda a formação de uma equipe envolvida e compromissada na
qual as pessoas, cada uma com seus talentos, se relacionam em direção a um alvo em comum
(PRADO, 2005, p. 57)
A gestão democrática possibilita a construção da escola como espaço aberto ao diálogo
no qual os diversos atores envolvidos na ação educativa têm voz ativa. Cabe ao gestor efetivar
um modelo de gestão comprometido com a busca de soluções para os problemas e superação
dos conflitos que fazem parte do cotidiano escolar.
Em uma escola verdadeiramente democrática, é preciso que os gestores estejam atentos
à diversidade sociocultural que permeia o espaço escolar, uma vez que a comunidade escolar
é composta por sujeitos com desejos, interesses e anseios em relação à educação bastan-
te diversos.
As dimensões política e pedagógica do Projeto Político Pedagógico configuram a base
conceitual deste documento. Elas definem a organização administrativa e pedagógica da es-
cola e estão relacionadas à construção da identidade da escola, sua filosofia, missão, valores,
concepção de sociedade e de homem, de proposta curricular e definição da organização e
utilização do espaço escolar.
A organização do espaço escolar a partir das dimensões política e pedagógica do Projeto
Político Pedagógico cria um espaço harmonioso onde mesmo os atores envolvidos na práxis
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educativa exercendo funções diferentes se dão conta da importância deste e dos outros na
conquista dos objetivos, metas e estratégias estipulados em comum acordo. (LIBÂNEO, 2001)
A construção da identidade da escola perpassa as dimensões política e pedagógica do
Projeto Político Pedagógico. A dimensão política se refere à visão de sociedade e de homem.
O PPP é político porque
Todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado
ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É políti-
co, no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. A dimensão
política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica.
(SAVIANI, 1983, p. 12).
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[...] aluno aprende apenas quando se torna sujeito de sua aprendizagem. E para ele tornar-se sujeito
de sua aprendizagem ele precisa participar das decisões que dizem respeito ao projeto de escola
que faz parte também do seu projeto de vida. Não há educação e aprendizagem sem sujeito da edu-
cação e da aprendizagem. A participação pertence à própria natureza do ato pedagógico.
Jurídica: Relação da escola com outras instâncias do sistema de ensino: Estadual, Federal
Atendimento à legislação educacional vigente.
Marco Referencial: Representa um conjunto dos valores nos quais a comunidade escolar
acredita e das aspirações que têm em relação à aprendizagem dos alunos. O marco referen-
cial define a identidade da escola. Para sua elaboração, os segmentos envolvidos no processo
de construção do PPP precisam responder às perguntas: Para nós, o que é Educação? Que
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aluno queremos formar? E, para qual sociedade? Definir um marco referencial significa definir
o conjunto de referências teóricas, políticas, filosóficas que balizará o trabalho da escola. Tra-
ta-se da explicitação das ideias, das concepções, teorias que orientarão a prática educativa
da escola. Para que isso seja possível, é preciso compreender as relações existentes entre a
escola e a realidade em que está inserida, realidade não apenas local, mas nacional e mundial.
Significa compreender o sentido histórico da educação e da escola pública, compreendendo
suas transformações atuais, à luz dos processos históricos que a determinam. Dessa relação
entre o global, o nacional e o local, pode-se então compreender a “realidade” da escola
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orienta. Todos os segmentos da comunidade escolar podem ser chamados a contribuir com
esse debate, fazendo pesquisas sobre aspectos específicos (estudantes, pais, professores,
funcionários), coletando notícias sobre a educação no país, na região (recortes de jornais, de
revistas), realizando entrevistas, preparando pequenos textos para a discussão, organizando
seminários ou palestras. Crianças podem ser chamadas a expressar, usando outras lingua-
gens que não apenas a verbal, a “escola que queremos”. Certamente, se chamadas, terão im-
portantes contribuições a nos dar. Enfim, observando as particularidades dos diversos grupos
que compõem a comunidade escolar, é possível se criarem condições objetivas para a partici-
pação efetiva de todos.
Marco Operacional: Ações a serem desenvolvidas. Diz respeito às ações que deverão ser
implementadas para que a escola possa atingir os objetivos e metas propostos no PPP. No Mar-
co Operacional também constam as funções de controle e avaliação do PPP, que se referem à
proposição de mecanismos de monitoramento das atividades e ações realizadas, com o pro-
pósito de garantir que os objetivos, metas e estratégias previstas no Projeto Político Pedagógi-
co serão atingidos dentro do prazo estipulado e de mecanismos que assegurem a implantação
de ações corretivas. o marco operativo, relacionado às relações da escola com a sociedade;
trata-se aqui de uma discussão vinculada ao contexto local, com aquilo que é específico da
escola como instituição social e, de modo particular, da escola em que se trabalha, se estuda;
o marco operativo se refere, então, à realidade local, traduz as necessidades, expectativas, do
grupo e seus anseios por mudança. Trata-se da discussão da escola que queremos. Conforme
Gandin (1994, p. 82), o marco operativo é “também uma proposta de utopia, no sentido que
apresenta algo que se projeta para o futuro [...]”; todavia, como alerta o autor, para que o marco
operativo não se torne um palavreado vazio, é preciso que este tenha um forte aporte teórico.
O marco operativo não é o plano ou programação de ação; ele dá base e sustenta este plano
de ação; refere-se à realidade desejada.
Pensar a operacionalização do PPP é ponto fulcral uma vez que ele sintetiza o planeja-
mento da escola, dá um rumo, um norte para a condução da gestão administrativo-financeira e
pedagógica da escola. O papel dos gestores neste processo envolve o emprego de
Estratégias, onde a comunicação exerce papel fundamental, como ponto de partida para que todos
se entendam. Assim é importante ao gestor discutir soluções possíveis e promover negociações,
assumir responsabilidades e deixar que os outros também assumam; ser ouvido, mas também ou-
vir, valorizar os aspectos positivos do grupo, deixando claras as suas intenções para com a escola e
zelar pela total transparência de todas as ações.(VASCONCELOS, 2004, p.62)
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valores, explicitem suas expectativas e utopias, revelem suas queixas, construam novos valo-
res, evidenciem seus conhecimentos, saberes, enfim, estabeleçam novos parâmetros, novas
relações de convivência e de trabalho coletivo.
Para facilitar a exposição das dimensões constituintes da construção do Projeto Político
Pedagógico da escola, apresentaremos separadamente cada uma delas, esclarecendo desde
já que elas se condicionam mutuamente. Para cada um desses aspectos, apresentaremos
também estratégias e sugestões de atividades que podem facilitar a elaboração do planeja-
mento do processo de construção do PPP. Lembramos ainda que nenhuma dessas dimensões
são estáticas, imutáveis; ao contrário, são dinâmicas, sofrendo modificações, reestruturações
ao longo do processo. Esse caráter dialético está expresso, aliás, em uma concepção que
acompanha toda a discussão do PPP: seu caráter processual.
Essas dimensões, relacionadas entre si, vinculam-se, por sua vez, a outras, tais como: es-
trutura da escola, grupo docente, funcionários, cultura da escola, relações com os pais, estu-
dantes, relações entre os distintos segmentos da escola entre si, determinações e vinculações
institucionais (com as diferentes instâncias dos sistemas de ensino, legislações etc.) e pro-
cessos escolares de um modo geral. Tudo isso nos revela a complexidade do contexto escolar
e a importância do PPP como instrumento de direção, de orientação às atividades da escola.
Um resumo de tudo
O PPP é um documento orientador do trabalho pedagógico realizado pela escola, e para
a organização deste documento, a dinâmica da sala de aula e o trabalho do professor são
os grandes referenciais. Nele estão estabelecidos os pilares e as ações para que a escola
possa desempenhar sua função social, além dos direcionamentos administrativos e financei-
ros. A construção do PPP bem como o processo de atualização deste documento é marcada
por contradições e conflitos, uma vez que, a participação efetiva dos profissionais da escola,
alunos e seus familiares, comunidade externa e órgãos públicos trazem para as discussões
diversas concepções, crenças, práticas, demandas, convicções, interesses que precisam ser
aglutinados para a elaboração de um compromisso político e pedagógico coletivo.
Diversos estudos que têm tematizado a problemática da construção do PPP nas escolas
brasileiras – relatos de experiências, pesquisas, têm apontado também uma diversidade de
caminhos seguidos nessa construção. Contudo, encontramos alguns pontos de convergência
em torno de alguns “passos” que são apontados como importantes na elaboração do projeto:
a) definição de um marco referencial ou conceitual, que expresse as concepções político-filo-
sóficas da escola com relação à educação, à escola e suas finalidades; b) a elaboração de um
diagnóstico da realidade escolar, ou análise da realidade escolar; c) a definição de um plano ou
programação de atividades – objetivos, estratégias etc.; d) a divulgação do PPP (torná-lo um
documento a ser conhecido por toda a comunidade escolar) e, por fim, e) a aprovação do PPP
em instâncias colegiadas ou em fóruns de representação direta, como assembleia da escola.
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De acordo com Veiga (2000, p. 23), “a escola persegue finalidades”, por isso é preciso ter
clareza das mesmas. Ao ressaltar a importância da reflexão sobre as finalidades e os objetivos
da escola, a autora afirma o caráter dialético desse movimento, ao destacar que as questões
levantadas geram respostas que, por sua vez, levam a novas interrogações; esse esforço pos-
sibilita a identificação das finalidades da escola, de quais precisam ser reforçadas, quais estão
sendo relegadas ao segundo plano.
O PPP traduz a “alma da escola”, a essência do trabalho pedagógico a ser realizado. Suas
considerações serão incorporadas ao regimento da unidade e aos Planos de Estudo. Esses
documentos, posteriormente, irão determinar o modo de funcionamento e os conhecimentos
escolares a serem trabalhados no dia a dia para que a escola caminhe em direção aos objeti-
vos definidos, colaborativamente, pela comunidade escolar.
O processo de construção do projeto político-pedagógico de uma escola é dinâmico,
exige esforço coletivo e comprometimento. Não é apenas a elaboração de um documento
escrito; deve ser legitimado na ação. É um desafio para a transformação da realidade que se
apresenta. Por isso, a mudança na forma de organização e na gestão são imprescindíveis
para sua efetivação.
A elaboração do Projeto Pedagógico deve ir além de seguir regras inseridas dentro da le-
gislação, ele vai muito mais longe. O que está na legislação são os meios de como alcançar os
objetivos para a elaboração do PPP e proclama o direito de usufruir a liberdade que autoriza ao
coletivo da escola estabelecer as ações fundamentais para que se construa o cidadão desejá-
vel. Eyng traz com clareza uma definição de Projeto Político Pedagógico:
Projeto porque faz uma projeção da intencionalidade educativa para futura operacionalização [...],
político porque define uma posição do grupo, supõe uma proposta coletiva, consciente, fundamen-
tada e contextualizada para a formação do cidadão [...], pedagógica porque define a intencionalida-
de formativa, expressa uma proposta de intervenção formativa. (EYNG 2002. p.26).
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maneira adequado ao meio social. “A dimensão política se cumpre na medida em que ela se
realiza enquanto prática especificamente pedagógica” (Saviani 1983, p. 93).
O projeto político-pedagógico quando é elaborado de forma democrática, decisoriamente
falando, inquieta-se em compor de maneira organizacional no que tange o trabalho pedagógi-
co, consequentemente é tido como algo que busca superar os desafios e conflitos que existe
na escola, liberta-se da rivalidade entre os envolvidos, elimina o autoritarismo, rompendo com
a rotina do controle impessoal, fundamentado da burocracia que ocorre nas relações internas
da escola. Quando isso acontece, há uma queda dos efeitos de quebra da hierarquização do
trabalho e elimina as diferenças.
Assim, o projeto político-pedagógico está intrinsicamente ligado com a organização do
trabalho pedagógico em dois padrões: observando a escola de uma maneira geral e como
está organizada a sala de aula, isso se insere no contexto social de forma imediata, buscando
salvaguardar a visão do todo. Nesse caminho é de grande importância salientar que o projeto
político-pedagógico tem a intenção de ir em busca da organização da escola de maneira geral.
O entendimento do projeto político-pedagógico neste trabalho, infere-se na própria orga-
nização do trabalho pedagógico da escola. Para que se possa construir um PPP é necessário
que se inicie focado nos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e
valorização do trabalho docente. A escola nasce como um espaço que é marcado pelas ideias
e práticas paradoxais, e ainda, direcionam para uma batalha constante ou relaxamento dos
envolvidos na organização da prática pedagógica.
O que deve ser destacado é que há a necessidade de fazer uma análise e entender como
funciona o trabalho pedagógico, no sentido de dirigir uma organização mais contemporânea,
capaz de diminuir os efeitos de sua divisão do trabalho, de sua ruptura, e controlar o nível
hierárquico. Assim sendo, a construção do projeto político-pedagógico se faz por meio do en-
frentamento dos instrumentos, é um meio de contestar a ruptura do trabalho pedagógico e sua
práxis, observando os efeitos que tragam negatividade inerentes ao autoritarismo dos órgãos
de administração central.
A escola é composta basicamente de duas estruturas: administrativas e pedagógicas. As
estruturas administrativas são responsáveis pela locação e administração de recursos huma-
nos, estrutura física e financeira. A competência da administração é assegurar que a escola,
em sua estrutura física, esteja em perfeitas condições, observando sempre sua imagem, a
preservação dos equipamentos da escola, mobílias, a limpeza do estabelecimento, verificação
das redes elétricas e hidráulicas.
Já a parte pedagógica é responsável pela contribuição para que a escola consiga alcan-
çar seus objetivos que é o de formar cidadãos competentes para a inserção na sociedade.
(Alves 1992, p. 21).
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ompromissada na qual as pessoas, cada uma com seus talentos, se relacionam em direção
c
a um alvo em comum (PRADO, 2005, p. 57).
O PPP, como um projeto, implica a previsão de futuro, pois representa a proposta de traba-
lho da escola. O PPP precisa ser flexível e aberto às mudanças, daí a necessidade de ser atuali-
zado anualmente. Para que a escola obtenha sucesso nos processos de elaboração, execução
e avaliação do PPP é preciso que todos os segmentos envolvidos na práxis educativa sejam
convidados e motivados a participarem ativamente e com igual poder de decisão.
A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as pressões para
que elas sejam legítimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, con-
tribui para que sejam contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação.
(MARQUES, 1990, p. 21).
Dessa forma, podemos afirmar que o PPP, dentre outras ações, compreende a afirmação
de uma gestão democrática dentro da escola, a qual a LDB (BRASIL, 1996) assegura em suas
linhas. Segundo Dourado e Duarte (2001), a gestão democrática configura-se em:
• Descentralização: a administração, as decisões e as ações devem ser elaboradas, toma-
das e executadas de forma não hierarquizada;
• Participação: todos os envolvidos no dia a dia escolar devem participar da gestão, ou
seja, professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas que partici-
pam de projetos escolares e toda a comunidade ao redor da escola;
• Transparência: qualquer decisão e ação tomada/decidida ou implantada na escola de-
verá ser de conhecimento de todos.
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sua proposta pedagógica. De acordo com os artigos 12, 13 e 14 da LDB, a escola tem autono-
mia para elaborar e executar sua proposta pedagógica, porém, deve contar com a participação
dos profissionais da educação e dos conselhos ou equivalentes na sua elaboração.
A partir do próprio nome do PPP, podemos entender melhor o que deve ser tratado nesse
documento. Por Projeto, entendemos que ele deve trazer um planejamento de ações concretas
que a escola se propõe a executar.
Por Político, entendemos que a escola tem o papel social de formar os cidadãos do futuro
como indivíduos conscientes, responsáveis e capazes de pensamento crítico, de forma que
consigam atuar positivamente na sociedade.
Já por Pedagógico, entendemos que o PPP deve trazer os projetos e atividades educacio-
nais que serão parte dos processos de ensino e aprendizagem da instituição.
Tradicional – Foi a primeira a ser instituída no Brasil por motivos históricos. Nesta tendên-
cia o professor é a figura central e o aluno é um receptor passivo dos conhecimentos conside-
rados como verdades absolutas. Há repetição de exercícios com exigência de memorização.
Renovadora não diretiva (Escola Nova) – Anísio Teixeira foi o grande pioneiro da Escola
Nova no Brasil. É um método centrado no aluno. A escola tem o papel de formadora de atitu-
des, preocupando-se mais com a parte psicológica do que com a social ou pedagógica.
Tecnicista – Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também conheci-
da como behaviorista. Neste método de ensino o aluno é visto como depositário passivo dos
conhecimentos, que devem ser acumulados na mente através de associações. O professor é
quem deposita os conhecimentos, pois ele é visto como um especialista na aplicação de ma-
nuais; sendo sua prática extremamente controlada.
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Tendências Progressistas – Partem de uma análise crítica das realidades sociais, sus-
tentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação e é uma tendência que não
condiz com as ideias implantadas pelo capitalismo. O desenvolvimento e popularização da
análise marxista da sociedade possibilitou o desenvolvimento da tendência progressista, que
se ramifica em três correntes:
Libertadora – Também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, essa tendência vin-
cula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Onde, para esse, o saber mais
importante é a de que ele é oprimido, ou seja, ter uma consciência da realidade em que vive.
Além da busca pela transformação social, a condição de se libertar através da elaboração da
consciência crítica passo a passo com sua organização de classe.
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RESUMO
QUADRO SÍNTESE DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
Nome da Professor
Papel da
Tendência Conteúdos Métodos x Aprendizagem Manifestações
Escola
Pedagógica aluno
Conhecimento
Preparação e valores sociais Aprendizagem
Exposição e
intelectual acumulados Autoridade do receptiva e Nas escolas que
demostração
Pedagogia e moral dos através dos professor que mecânica, sem adotam filosofias
verbal da
Liberal alunos para tempos e exige atitude se considerar as humanistas
matéria e / ou
Tradicional assumir seu repassados receptiva características clássicas ou
por meios de
papel na aos alunos do aluno. próprias de científicas.
modelos.
sociedade. como verdades cada idade.
absolutas.
Estabelecidos
Por meio de Montessori
A escola deve a partir das
Tendência experiências, O professor é É baseada na Decroly
adequar as experiências
Liberal pesquisas e auxiliador no motivação e na Deway
necessidades vividas pelos
Renovadora método de desenvolvimento estimulação de Piaget
individuais ao alunos frente
Progressiva solução de livre da criança. problemas. Lauro de Oliveira
meio social. às situações
problemas. Lima
problemas.
Educação
centralizada
Tendência Baseia-se na
Método no aluno e Aprender é
Liberal busca dos Carl Rogers
Formação de baseado na o professor modificar as
Renovadora conhecimentos “Sumermerhill“
atitudes. facilitação da é quem percepções da
não-diretiva pelos próprios escola de A. Neil.
aprendizagem. garantirá um realidade.
(Escola Nova) alunos.
relacionamento
de respeito.
Domínio público.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTA FLORESTA (MT)/FUNRIO/2019) Trata-se de um
dos principais documentos para a escola, pois ele serve de guia para que a instituição alcance
suas metas, sonhos e objetivos. Esse documento define e organiza os projetos e as atividades
educativas que são indispensáveis para a construção do conhecimento e desenvolvimento do
processo de ensino e aprendizagem.
O trecho acima, se refere ao:
a) Projeto Público Educacional.
b) Plano Público de Educação.
c) Projeto Político Pedagógico.
d) Projeto Prático Escolar.
e) Projeto Público.
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Para educadores acostumados a lidar com a transmissão histórica pela forma escrita, o
ensino de História com vistas ao resgaste da identidade para populações indígenas coloca
como desafio o
a) desenraizamento e o isolamento da cultura urbana, com um longo tempo de imersão na
cultura indígena, a fim de compreender suas peculiaridades para, então, ensinar.
b) desejo de quebrar as tradições indígenas, de base oral, pouco eficientes para a transmissão
fidedigna da cultura local, orientando tal comunidade a aceitar o formato escrito.
c) desenvolvimento de um processo de alfabetização das populações indígenas, já que os con-
teúdos a serem ensinados são tradicionalmente apresentados sob a forma escrita.
d) estudo de novos materiais pedagógicos como objetos, danças, músicas e narrativas, nor-
malmente utilizados por comunidades indígenas para perpetuar a sua identidade.
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( ) Comodismo por parte dos sujeitos: não quererem a desacomodação que poderá vir em
decorrência da concretização das ideias ali colocadas.
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d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
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a) Do empenho do supervisor em conhecer suas etapas para construí-lo, uma vez que o PPP
está sob a sua responsabilidade.
b) Do empenho e participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar, de forma
reflexiva e articulada.
c) Da orientação de um membro externo a escola, tendo em vista que um olhar externo pode
contribuir na visão dos problemas cotidianos.
d) Da contribuição dos órgãos oficiais, onde especialistas façam um diagnóstico da escola
antes de sua elaboração.
e) Da boa vontade do gestor em aceitar a contribuição dos membros da escola.
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GABARITO
1. c 37. b
2. c 38. e
3. a 39. a
4. e 40. e
5. a 41. c
6. c 42. c
7. d 43. c
8. c 44. b
9. a 45. a
10. d 46. b
11. b 47. c
12. c 48. c
13. b 49. c
14. a 50. c
15. d
16. b
17. d
18. c
19. d
20. e
21. e
22. b
23. b
24. e
25. a
26. a
27. e
28. b
29. e
30. e
31. c
32. c
33. c
34. e
35. e
36. b
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GABARITO COMENTADO
001. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTA FLORESTA (MT)/FUNRIO/2019) Trata-se de um
dos principais documentos para a escola, pois ele serve de guia para que a instituição alcance
suas metas, sonhos e objetivos. Esse documento define e organiza os projetos e as atividades
educativas que são indispensáveis para a construção do conhecimento e desenvolvimento do
processo de ensino e aprendizagem.
O trecho acima, se refere ao:
a) Projeto Público Educacional.
b) Plano Público de Educação.
c) Projeto Político Pedagógico.
d) Projeto Prático Escolar.
e) Projeto Público.
O único que define e organiza os projetos e as atividades educativas que são indispensáveis
para a construção do conhecimento e desenvolvimento do processo de ensino e aprendiza-
gem é o PPP.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento extremamente importante que transcre-
ve os anseios, dificuldades, traça metas, expectativas da comunidade, dos alunos, dos pais,
dos professores e gestão, logo deve ser construído através de um processo democrático que
ouve a todos.
É necessário políticas públicas mas somente elas não vai ser capaz de tornar o ambiente esco-
lar um lugar de formação integral, plena e cidadã é necessário um projeto politico pedagógico
da realidade daquele local e construído por todos.
Letra c.
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d) será totalmente independente do regimento escolar que cuidará somente da disciplina dos
alunos no ambiente educativo.
e) traduzirá a proposta educativa construída exclusivamente pelos professores e pelos demais
profissionais da escola.
De acordo com o exposto na Página 117 Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica:
assegurada ampla participação dos profissionais da escola, da família, dos alunos e da comu-
nidade local na definição das orientações imprimidas aos processos educativos e nas formas
de implementá-las.
Letra c.
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(F) Conselho Escolar, Conselho Tutelar, Conselho de Classe, Associação de Pais e Grêmio Es-
tudantil são instancias colegiadas da escola.
Conselho Tutelar não é uma instância colegiada da escola, é um órgão que atua na proteção
da criança e do adolescente.
(F) As dimensões de autonomia da escola são a administrativa, a jurídica, a financeira, a pe-
dagógica, a docente e a discente. O exercício dessas dimensões de autonomia é necessário à
construção do político-pedagógico da escola.
São somente quatro dimensões: a administrativa, a jurídica, a financeira, a pedagógica.
(V) A fragilidade da escola no trato com a diferença representa a própria fragilidade da relação
entre escola e sociedade.
Exato, a escola quando não acolhe e respeita a diferença faz expor sua fragilidade, por esse
motivo o PPP é um documento importantíssimo que visa a acabar com isso.
Letra a.
I – Correto. A afirmativa traz consigo o princípio da gestão democrática. Este princípio está pre-
sente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394/1996. Tomando como base
estudos e documentos orientadores do PPP, a escola sendo um espaço social e democrático
deve oportunizar uma gestão democrática visando à participação da comunidade escolar de
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forma direta e efetiva na elaboração do planejamento das suas ações educacionais. Dentro des-
te contexto, utiliza-se do Projeto Político-Pedagógico que é um instrumento de planejamento.
II – Errado. O PPP vai além de um agrupamento de planos de ensino e atividades, passando a
ser uma ação intencional com um compromisso definido coletivamente, construído e vivencia-
do em todos os momentos.
III – Correto. Esta afirmativa traz consigo o princípio do planejamento Participativo. Segundo
Vasconcellos (2002), projeto político-pedagógico diz respeito a sistematização de um proces-
so de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define
claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar
Letra e.
O processo educacional visa possibilitar a interação das crianças com outras vivências e ou-
tras culturas ocasionando o reconhecimento da diversidade.
Letra a.
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A questão tem por tema central o direito à educação e exige do candidato o conhecimento do
projeto político pedagógico apresentado pela Lei n. 9.394/1996 (Lei de Diretrizes Básicas da
Educação Brasileira – LDB).
Segundo o documento “GESTÃO ESCOLAR/ORIENTAÇÕES PARA O GESTOR ESCOLAR – Ins-
trumento destinado à orientação e suporte de trabalho para Diretores de Escola” do Governo
de Santa Catarina:
Letra c.
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III – CORRETA. A comunidade EXTERNA conjuntamente com outros atores fazem parte da
construção do Projeto Político Pedagógico (PPP).
Letra d.
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) é um documento que expressa, além das obrigações le-
gais impostas, os anseios de toda comunidade envolvida, além do que contar com as diretri-
zes, metas e ações desenvolvidas para todo o processo educativo a ser realizado pelas insti-
tuições de ensino.
Para tal, vejamos:
I – Certo. Em linguagem administrativa deverá conter os planejamentos e metas estratégicas
(longo prazo), táticas (médio prazo) e operacionais (curto prazo).
II – Certo. É realizável constar as necessidades da comunidade, em todas as partes envolvi-
das. Pois são os mais atingidos e interessados no processo.
III – Certo. Há a necessidade de contextualizar a localização, em seu devido espaço, tempo e
definir as questões socioeconômicas, culturais para um planejamento adequado a qual reali-
dade pertencente.
IV – Errado. Não há plena liberdade e sim autonomia, pois todos estão suscetíveis as leis e a
ter limites em suas atividades.
V – Errado. A ideia do PPP é combater esses interesses em homogeneização da sociedade,
já que há distintas culturas, povos e metodologias para o trabalho. Consoante a LDB (Lei n.
9.394/1996) salienta em seu artigo 3º, inciso III, que o ensino será ministrado pelo princípio do
pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
Letra c.
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O PPP é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o pro-
cesso educativo da escola. É um processo democrático de decisões. É um processo democrá-
tico de decisões, que preocupa-se em superar os conflitos, buscando eliminar relações compe-
titivas, corporativas e autoritárias
Letra a.
O projeto pedagógico e o regimento escolar estão relacionado entre si, pois a elaboração de
ambos documentos é de responsabilidade da instituição de ensino de forma coletiva que tem
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como intenção de possibilitar para que a escola possa seguir com o seu planejamento basea-
do nesses dois documentos visando atingir o seu objetivo que é de contribuir para a educação.
Letra d.
A questão exige conhecimento acerca das funções do secretário escolar, o secretario escolar é
o profissional responsável por atuar na gestão de registros e documentos escolares auxiliando
toda a gestão. Um Secretário Escolar operacionaliza processos de matrícula e transferência
de estudantes, de organização de turmas e de registros do histórico escolar dos estudantes.
Letra b.
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d) partir de iniciativas e políticas que apontam para a inclusão social, e seja pautado em ações
compensatórias e localizadas.
e) ter suas bases de sustentação num projeto social mais amplo cujo ponto central seja sem-
pre o respeito à dignidade do ser humano.
A inclusão de projetos pedagógicos tendo suas bases de sustentação num projeto social, re-
afirma e revigora entre os participantes a quebra dos preconceitos estabelecidos, estimula
práticas coletivas, abrange conhecimentos diferentes socioeconômicos e vigências distintas.
Faz com que a capacidade de argumentação e questionamento aumente, coincidindo com
a quebra de índices pressupostos, com a quebra de desigualdades e com o crescimento da
igualdade para o todo social, visando o futuro.
Letra e.
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Para educadores acostumados a lidar com a transmissão histórica pela forma escrita, o
ensino de História com vistas ao resgaste da identidade para populações indígenas coloca
como desafio o
a) desenraizamento e o isolamento da cultura urbana, com um longo tempo de imersão na
cultura indígena, a fim de compreender suas peculiaridades para, então, ensinar.
b) desejo de quebrar as tradições indígenas, de base oral, pouco eficientes para a transmissão
fidedigna da cultura local, orientando tal comunidade a aceitar o formato escrito.
c) desenvolvimento de um processo de alfabetização das populações indígenas, já que os con-
teúdos a serem ensinados são tradicionalmente apresentados sob a forma escrita.
d) estudo de novos materiais pedagógicos como objetos, danças, músicas e narrativas, nor-
malmente utilizados por comunidades indígenas para perpetuar a sua identidade.
O simples ensino de qualquer disciplina para os indígenas se constitui como um desafio imen-
so, no entanto, este desafio se torna ainda mais desafiador para os professores de história.
Como transmitir o estudo da história para uma população que foi descrita como barbará e
selvagem até pouco tempo atrás nos livros de história? Em nossos livros, chamamos o homem
branco português de colonizador e descobridor, para os índios são seus algozes, na nossa cul-
tura até pouco tempo atrás, e de certa maneira, nos monumentos históricos continuam sendo
nossos heróis.
Para dar conta desta imensa tarefa, Circe Bittencourt propõe o uso de novos materiais pedagó-
gicos como objetos, danças, músicas e narrativas, normalmente utilizados por comunidades
indígenas para perpetuar a sua identidade, uma forma de preservar sua identidade e mostrar-
-lhes que o Estado brasileiro respeita sua cultura, sua identidade e seus modos de vida, tal
como está exposto na constituição.
Letra d.
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Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa
Gustavo Silva
3. Nível 3
Coluna 2
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Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa
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De acordo com a Resolução CNE/CEB 20/2009 a Educação Infantil vive um intenso processo
de revisão de concepções sobre a educação de crianças em espaços coletivos, assim como,
reformulação de seleção e fortalecimento de práticas pedagógicas mediadoras de aprendiza-
gens e do desenvolvimento das crianças.
QUANTO AS ASSERTIVAS É POSSÍVEL DESTACAR QUE:
I – CORRETA. O documento traz que na sua execução, a instituição de Educação Infantil organi-
za seu currículo, que pode ser entendido como as práticas educacionais organizadas em torno
do conhecimento e em meio às relações sociais que se travam nos espaços institucionais, e
que afetam a construção das identidades das crianças.
II – INCORRETA. O currículo escolar é visto como um articulador e não o contrário.
III – CORRETA. O documento traz ainda, que no Brasil nem sempre foi aceita a ideia de haver
um currículo para a Educação Infantil, termo em geral associado à escolarização tal como vi-
vida no Ensino Fundamental e Médio, sendo preferidas as expressões ‘projeto pedagógico’ ou
‘proposta pedagógica’
Letra d.
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I – ERRADA. A alternativa “I” demanda que o aluno conheça a importância do açúcar no merca-
do europeu e a capacidade dos portugueses quanto a sua exploração.
O açúcar era um produto valioso no mercado Europeu, visto que em especial pela Itália, for-
mou-se grandes consumidores do produto.
No Brasil foi a primeira grande riqueza agrícola e rudimentarmente industrial (visto o estágio
primitivo da indústria no Brasil).
Os portugueses, dominando a tecnologia do engenho de cana de açúcar, visto que já explora-
ram a cana-de-açúcar em outros lugares (Ilha da Madeira, Açores, São Tomé e Príncipe, etc.).
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O Desejo de criar uma cópia do “plantation” (agricultura de gêneros tropicais, comuns na Ásia
e África, de cunho exploratório, mediante o uso de escravos, visando exportação), inglês (bem
desenvolvido na Irlanda) moveu a busca pela produção de açúcar.
No Brasil as Sesmarias também se prestaram a exploração de açúcar seguindo tal modelo.
Importante lembrar que os engenhos de açúcar, comandados por Senhores de Engenho, não
usavam apenas mão de obra africana.
Os engenhos maiores (de maior produção), usava-se mão de obra de escravos africanos (es-
cravidão negra). Já os pequenos engenhos ainda usavam mão de obra de escravos indígenas
(escravidão vermelha).
Em 1516 o Brasil tinha mais de 200 engenhos espalhados por Pernambuco, Bahia e São Vicen-
te (São Paulo), Rio de Janeiro.
II – CERTA. A alternativa “II” demanda que o aluno conheça os eventos que levaram Vargas a
agir contra o comunismo e o nazifascismo interno.
O governo Vargas foi marcado por diversos programas que por ora confundem a atender os in-
teresses nacionais, mas, que restringiam os direitos civis da população, classificando qualquer
movimento contrário ao governo como “comunismo”.
Esse governo se dividiu em três períodos, sendo o primeiro o Governo Provisório (1930 a 1934),
seguido dos Governos Constitucional (1934 a 1937) e Ditatorial (1937 a 1945).
A fase ditatorial da “Era Vagas” (1937-1945), também foi marcada pelo fechamento do Poder
Legislativo (Congresso, Assembleias e Câmaras), sob a justificativa de dissolver a estrutura
dos coronéis-fazendeiros da Primeira República.
Vargas outorga uma Constituição em 1937, conhecida como “Polaca” (com ideais semifascis-
tas poloneses), momento em que se implantou o Estado Novo, criando-se poderes ilimitados
ao chefe do Estado (Vargas).
Contudo, Vargas, não visava apenas isso, mas, concentrar o poder governamental e neutralizar
qualquer reação contrária a seus programas de governo.
Diante das inúmeras acusações de comunismo e da influência da segunda guerra, o Brasil
mergulhou em abusos e restrição de direitos.
Embora tenham surgidos relevantes avanços nesta época, tais como o voto secreto, o voto de
mulheres, direitos trabalhistas, a proteção das riquezas nacionais, a inexistência de um poder
legislativo lhe dava verdadeira “carta-branca” para agir quase que ilimitadamente
III – CERTA. A alternativa “III” demanda que o aluno conheça o “texto seco” da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação (Lei n. 9.394/1996)
Segundo o Artigo 14, I da Lei n. 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases), o projeto pedagógico
tem a participação dos profissionais da educação.
Importante observar que a participação do profissional da educação não é apenas um direito,
mas, um Princípio, assim como o caput do Art. 14 da Lei de Diretrizes e Bases menciona.
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Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Letra d.
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( ) Comodismo por parte dos sujeitos: não quererem a desacomodação que poderá vir em
decorrência da concretização das ideias ali colocadas.
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(V,V,V)
O Projeto Político Pedagógico (PPP) é o principal planejamento realizado pela equipe gestora
em conjunto com todos os setores da escola: corpo docente e discente, funcionários, família
e comunidade. Celso Vasconcellos em seu livro Planejamento Projeto de Ensino – Aprendi-
zagem e Projeto Político Pedagógico (2008) afirma que esse é o plano global da instituição
escolar constituindo um instrumento metodológico para mudança e intervenção da realidade
contendo em sua estrutura três dimensões fundamentais: finalidade, realidade e mediação.
Segue correção das assertivas:
I – VERDADEIRA: é preciso o esclarecimento que o projeto político pedagógico é feito para
ajudar a solucionar problemas e transformar a prática.
II – VERDADEIRA: uma maneira de enfrentar esse processo formal demais é colocar intencio-
nalidade no planejamento.
III – VERDADEIRA: nessa questão Vasconcellos sugere que cabe a equipe gestora sensibilizar
os demais e flexibilizar as possibilidades de encontro.
Letra b.
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sua própria aprendizagem. Desta forma, precisa ser construído coletivamente e se configurar
num compromisso assumido por todos na organização (gestores professores, funcionários,
alunos) e na comunidade (pais, responsáveis, instituições ligadas direta ou indiretamente na
instituição de ensino), de modo a prezar pela qualidade do ensino
Letra e.
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c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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O plano de carreira do magistério é um plano muito importante, pois ele organiza a vida fun-
cional dessa categoria, e promove uma boa qualidade da educação e atrai para a carreira bons
profissionais. Esse plano deve contemplar alguns fatores como a formação inicial e continua-
da, o processo de escolha da equipe gestora, a quantidade de alunos por sala de aula, o siste-
ma de avaliação, a progressão funcional.
Em relação a função do magistério, a LDB N. 9.394/1996 no artigo 67 consta que são consi-
deradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no
desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação
básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de
direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.
Conforme estabelecido no plano de carreira do magistério, é o conjunto de instituições e órgãos
que realiza atividades de educação sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação.
Letra b.
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d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
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que isso ocorra, cabe a cada escola inserir em seu Projeto Político-Pedagógico outras formas
de avaliar, complementando assim a maneira tradicional que tanto se vê nas escolas. Para o
trabalho docente, os professores podem e devem eliminar barreiras para que criem nos alunos
confiança e, ao mesmo tempo, os deixem preparados para os desafios. Nesse sentido, assina-
le V, se verdadeiro, ou F, se falso, em relação a esses desafios.
O professor pode ajudar de várias formas, estimulando o relacionamento entre os alunos, atra-
vés de jogos e atividades dinâmicas que possam incrementar a integração da classe; distribuin-
do funções e dividir tarefas, como apagar a lousa, distribuir os cadernos, pendurar cartazes, o
que permite que todos os alunos participem da dinâmica da sala de aula e se sintam responsá-
veis por ela, reforçando o comportamento positivo sem exacerbar nas críticas negativas, pois
o reforço positivo aumenta a motivação e os sentimentos de autoconfiança e autoestima (PAZ;
SANTOS; GUTIÉRREZ, p.111)
Letra c.
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a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
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“O levantamento das informações necessárias para a definição dos potenciais clientes envolve
a coleta de dados: secundários: que são informações que já existem no mercado ou na sua
própria empresa.”
Letra b.
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Como o PPP e a gestão democrática, são duas ferramentas fundamentais para tomar decisões.
O PPP por sua vez, por se tratar de uma ferramenta de planejamento e avaliação, ele devem ser
consultado por todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada
tomada de decisão.
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Já a gestão democrática, como é uma prática participativa, portanto, discutir gestão democrá-
tica significa refletir e analisar os problemas enfrentados diariamente na escola.
Letra a.
Nenhum dos posicionamentos apresentados admitem uma visão funcionalista, que é entendi-
da, basicamente, por dividir as ações da sociedade por suas funções.
Temos que: o posicionamento I demonstra um viés profissionalizante da escola; no posiciona-
mento II notamos a concepção da escola como reprodutora de um padrão social, assim como
é defendido na pedagogia liberal; e o posicionamento III defende a escola como um instrumen-
to de mudanças sociais.
Errado.
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estão reunidos para construção do Projeto Político Pedagógico. Para tanto, precisam de orien-
tações sobre os elementos que compõem o referido documento e, dentre estes elementos, foi
citada a necessidade de apresentação dos indicadores sociais, educacionais e culturais que
representam o local de instalação da escola, bem como seu público de atendimento. Em rela-
ção a esse apontamento, é correto afirmar que:
a) Deve ser imediatamente descartado, pois o Projeto Político Pedagógico não trabalha com
indicadores sociais.
b) Não deve ser descartado, ao contrário, valorizado, pois o acesso a essa informação dará su-
porte importante ao conhecimento da realidade local e, portanto, pode impactar positivamente
no planejamento da escola.
c) Deve ser imediatamente descartado, pois apesar dos números indicarem características do
espaço social de atuação da escola, eles não têm qualquer possibilidade de auxílio no plane-
jamento da escola.
d) Não deve ser descartado, no entanto, reconhecidamente sabe-se que eles terão papel abso-
lutamente secundário no planejamento da escola.
A instituição de ensino ao construir seu Projeto Político Pedagógico precisa partir de análises
da realidade e levar em consideração o contexto sócio-histórico no qual está inserida, respei-
tando as diversidades presentes na comunidade escolar e que o aluno é protagonista de sua
própria aprendizagem.
Segundo Libâneo (2005, p.345) “o projeto é um documento que propõe uma direção política e
pedagógica para o trabalho escolar, formula metas, prevê as ações, institui procedimentos e
instrumentos de ação.”
Nessa perspectiva, os indicadores sociais, educacionais e culturais que caracterizam o local
de instalação da escola, bem como seu público de atendimento, são informações essenciais
para o conhecimento da realidade da escola e para a construção do planejamento.
Letra b.
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A questão descreve o conceito de Base Nacional Comum, tendo por referência a RESOLUÇÃO
CNE/CP N. 2, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017 que
“Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoria-
mente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica”
Letra b.
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O planejamento pedagógico, como o próprio nome diz, é um instrumento que organiza as ati-
vidades, projetos, objetivos e metas, a serem trabalhados durante todo o processo de ensino-
-aprendizagem.
Letra c.
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Gustavo Silva
Professor da SEDF. Professor de cursos para concursos e da rede privada. Formado em Letras – Português
com especialização em alfabetização e letramento.
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