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DIDÁTICA

Aspectos Pedagógicos e Sociais da


Prática Educativa

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIDÁTICA
Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa
Gustavo Silva

Sumário
Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa.............................................................................3
1. Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa Segundo as Tendências
Pedagógicas........................................................................................................................................................................3
1.1. Tradicional. . ...................................................................................................................................................................3
1.2. Escola Nova Diretiva e não Diretiva. .............................................................................................................3
1.3. Tecnicista......................................................................................................................................................................4
1.4. Liberal Renovada Progressivista...................................................................................................................5
1.5. Libertária.......................................................................................................................................................................6
1.6. Libertadora. . .................................................................................................................................................................6
1.7. Histórica-crítica.. .......................................................................................................................................................7
2. Educação Integral: Concepções Teóricos-Metodológicas...................................................................8
2.1. Teoria Crítica e Pós-Crítica. . ...............................................................................................................................11
3. Planejamento Educacional: Projeto Político-Pedagógico.................................................................13
4. Avaliação Educacional: Aprendizagem, Institucional e em Larga Escala. Funções da
Avaliação: Diagnóstica, Somativa, Classificatória e Formativa..........................................................18
5. Escolarização na Socioeducação.. ................................................................................................................... 24
6. Organização do Trabalho Pedagógico e da Gestão Escolar: P ­ rojeto Político-
Pedagógico da Escola e Coordenação Pedagógica na ­E ducação Básica. .....................................30
6.1. Orientação Pedagógica para Elaboração do Projeto Político Pedagógico na
Escolares............................................................................................................................................................................36
6.2. A Orientação Educacional e a Construção do Projeto Político-Pedagógico na
Escola: Concepção, Princípios e Eixos Norteadores..................................................................................41
6.3. Gestão Educacional Decorrente do Projeto Político-Pedagógico...........................................44
6.4. Processo de Planejamento: Importância, Dimensões, Componentes e Instrumentos.45
Resumo.................................................................................................................................................................................61
Questões de Concurso................................................................................................................................................62
Gabarito................................................................................................................................................................................81
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 82

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ASPECTOS PEDAGÓGICOS E SOCIAIS DA PRÁTICA


EDUCATIVA
1. Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa Segundo as Ten-
dências Pedagógicas

1.1. Tradicional
A tendência tradicional foi a primeira que o contexto brasileiro instituiu. A sua filosofia tem
a máxima valorização do professor, que é a figura central, enquanto o aluno recebe o conheci-
mento que é passado. Como dá pra ver, ele é um receptor passivo e o ensino está relacionado
com a memorização do conteúdo.
Os seus pressupostos teóricos são ensino humanístico de cultura geral; ensino tradi-
cional de caráter verbalista, autoritário e inibidor da participação do aluno; conteúdos enci-
clopédicos e descontextualizados; valorização do conteúdo, do intelectual, da disciplina, do
diretivismo; educação centrada no professor, que deve ter domínio dos conteúdos; ensinar é
repassar conhecimentos; criança: capacidade de assimilação igual a do adulto, porém me-
nos desenvolvida.
E os de aprendizagem são: a aprendizagem é receptiva e mecânica, desconsidera as carac-
terísticas próprias de cada idade. Os programas devem ser organizados em sequência lógica,
sem se considerar as características próprias de cada idade. O aluno responde as situações
novas de forma semelhante às respostas dadas em situações anteriores.
A relação professor e aluno: autoridade do professor que exige atitude receptiva do aluno.
Impede qualquer canal de comunicação. O professor transmite o conteúdo em forma de ver-
dade. A disciplina é imposta pela coação.

Breve resumo da tendência tradicional:


• Preparação intelectual e moral dos alunos;
• Predomina a palavra do professor (agente transmissor);
• Ênfase nos conteúdos.

1.2. Escola Nova Diretiva e não Diretiva


Outras modalidades da pedagogia liberal são a Escola Nova Diretiva e Não Diretiva. A pri-
meira tem por objetivo a valorização de aspectos afetivos e atitudes por isso, se preocupa
com participação do aluno e os conhecimentos que ele traz. Há uma valorização dos aspectos
afetivos, socialização e foco em atividades autoavaliativas. Conduzir o estudante no processo
de aprendizagem com menos interferência possível. O foco aqui é promover o autodesenvolvi-
mento e a realização pessoal.

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Os pressupostos teóricos são: favorece o amadurecimento emocional, a autonomia e as


possibilidades de autorrealização do aluno, pelo desenvolvimento da valorização do seu “eu”;
aprendizagem significa modificação das próprias percepções; valoriza as experiências dos alu-
nos; as atividades acontecem de acordo com a realidade do aluno (segundo suas experiências
individuais); o ensino é centrado no aluno; o professor é um mero facilitador da aprendizagem;
a motivação da aprendizagem é o desejo de adequação pessoal na busca de autorrealização.
E os de aprendizagem são: Aprender é modificar as percepções da realidade.
A relação professor e aluno: educação centralizada no aluno e o professor é quem ga-
rantirá um relacionamento de respeito (facilitador da aprendizagem). O aluno necessita de
aceitação plena.

Breve resumo da tendência não diretiva:


• Desenvolvimento pessoal e relações interpessoais;
• A escola tem o papel de formadora de atitudes, preocupando-se mais com a parte psi-
cológica do que com a social ou pedagógica;
• Educação centrada no aluno.
• Professor visto como um facilitador da aprendizagem.

1.3. Tecnicista
Outra linha entre as tendências pedagógicas é a tecnicista. Nesse modelo de Pedagogia,
a tecnologia educacional tem um peso enorme sobre o ensino. O professor e o aluno são
respectivamente executor e receptor. O aprendizado é focado em projetos elaborados sem
nenhuma ligação com o contexto social que as pessoas estão inseridas. Aqui, se destaca um
certo autoritarismo.
Os pressupostos teóricos são: aprendizagem é modificação de desempenho; o aluno é
submetido a um processo de controle do comportamento, a fim de ser levado a atingir obje-
tivos previamente estabelecidos; o ensino é organizado em função de pré-requisitos; Ensino:
processo de condicionamento/reforço da resposta que se quer obter, acontece através da:
operacionalização dos objetivos e mecanização do processo; não se preocupa com o proces-
so mental do aluno, mas sim com o produto desejado; busca-se a “eficiência”, a “eficácia”, a
“qualidade”, a “racionalidade”, a “produtividade” e “neutralidade” na escola, que deve funcionar
como uma empresa. E os pressupostos de aprendizagem são: aprendizagem baseada no de-
sempenho o aluno sai da situação de aprendizagem diferente de como entrou. Condiciona-
mento operante (Skinner).
Relação professor e aluno: PROFESSOR: Administra as condições de transmissão da ma-
téria. É um elo entre a verdade científica e o aluno. Não há comunicação pessoal com o alu-
no e vice-versa. As relações afetivas e pessoais pouco importam para o desenvolvimento do

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processo ensino-aprendizagem. ALUNO: Indivíduo responsivo. Não participa da elaboração do


programa educacional.

Breve resumo da tendência Tecnicista:


• Preparação de mão de obra;
• O essencial não é o conteúdo, mas as técnicas;
• Escola modeladora de comportamento (influência do behaviorismo);
• Aprendizagem baseada no desempenho;
• Princípios: objetividade, racionalidade, eficiência, produtividade, neutralidade científica
(influência do taylorismo/fordismo)

1.4. Liberal Renovada Progressivista


Grandes mudanças, se comparada com a Tendência Tradicional (TT), podem ser perce-
bidas na Tendência Liberal Renovada Progressivista (TLRP). Por exemplo, se antes o profes-
sor era o núcleo do processo de ensino-aprendizagem, a peça mais importante de todo esse
processo, o protagonista, na TLRP esses papéis foram ofertados ao aluno. É ele agora quem
ganha o enfoque principal. A educação é pensada para ele, mas também por ele.
Percebe-se na Tendência Liberal Renovada Progressivista o enfoque no aluno, a possibili-
dade natural no seu aprendizado, mas também no seu momento de ensinar, de testar, de tentar,
de experimentar, de aprender fazendo inferências, modificando o meio, transformando-o. Essas
ofertas ao aluno surgem como necessidade que ele apresentava quando ainda sem voz. Com
toda certeza não se impõe o aprendizado, constrói-se ele. E essa construção deverá ser feita
por todos, professores, alunos e comunidade escolar, através da prática alicerçada na teoria.
O papel da escola é o de promover a satisfação dos alunos em relação aos interesses
por eles apresentados, mas também de atender as exigências da sociedade, tudo isso num
processo onde todos participam ativamente da construção do conhecimento, recebendo-o e
promovendo-o. A relação professor-aluno é marcada pela horizontalidade. O professor, diferen-
temente da TT, não é o protagonista, e sim o aluno. Aqui o professor ganha o papel de facilita-
dor e ajuda o aluno no seu desenvolvimento livre e espontâneo. A disciplina é definida como
atitudes solidárias, participativas, respeitáveis.

Breve resumo dessa tendência:


• Valoriza-se mais os processo cognitivos do que o conteúdo;
• O aluno só aprende fazendo (processo ativo);
• É baseada na motivação e na estimulação de problemas;
• Biopsicologização do ensino (influência de Piaget).

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1.5. Libertária
A tendência libertária é contra o autoritarismo e a favor do autogerenciamento. Como o
próprio nome diz, ela dá liberdade para o aluno. Ele aprende principalmente com base na tro-
ca do grupo, o que ajuda bastante na transformação da sua personalidade, pra que se torne
mais independente.
Os pressupostos teóricos são: questionamento da ordem social existente; preocupação
com a educação política dos indivíduos e com o desenvolvimento de pessoas mais livres; pro-
funda ligação entre educação e os planos de mudança social; o ensino deve desenvolver todas
as possibilidades da criança (integralidade), sem abandonar nenhum aspecto mental ou físico,
intelectual ou afetivo; defesa da auto-gestão; rejeitam toda forma de governo. E os pressupos-
tos de aprendizagem são: Crescimento pessoal e grupal. Aprendizagem informal, via grupo e
a negação de toda a forma de repressão. Relevância da experiência, da atividade prática que é
incorporada e utilizada em situação nova.
Relação professor e aluno: não diretividade, sem obrigações e ameaças. O professor é
um orientador e catalizador (dinamizador), e os alunos livres. Ele se mistura ao grupo para
uma reflexão comum, não devendo impor suas concepções e ideias, não transformar o aluno
em objeto.
Papel da escola: Transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário.

Breve resumo dessa tendência:


• Tem relação com ideais anarquistas;
• Princípio do antiautoritarismo;
• Princípio da autogestão: não há o controle da atividade de um indivíduo por outro, como
ocorre na alienação, e sim um controle do indivíduo por ele mesmo no interior de uma
coletividade que se autogoverna. Supõe a gestão da educação pelos envolvidos no pro-
cesso educacional; isso significa a devolução do processo de aprendizagem às comuni-
dades onde o indivíduo se desenvolve (bairro, local de trabalho).

1.6. Libertadora
A problematização da realidade faz parte do dia a dia desse aluno. Isso o ajuda a entender a
sua relação e papel social como pessoas tanto na natureza quanto com seus colegas, familiares
e por aí vai. A reflexão crítica e a participação do estudante como protagonista na aquisição de
conhecimento são muito bem-trabalhadas. Ele deixa de ser só um receptor pra disseminar o con-
teúdo. A ideia é que o aluno consiga transformar a sua realidade com esse pensamento.
Os pressupostos teóricos são: teoria do conhecimento aplicada à educação, que é sus-
tentada por uma concepção em que educador e educando aprendem juntos numa relação
­dinâmica na qual a prática, orientada pela teoria, reorienta essa teoria, num processo de

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­ onstante ­aperfeiçoamento; a educação é sempre um ato político; educação problematizado-


c
ra, conscientizadora; o fundamental na educação é que os educandos se reconheçam enquan-
to sujeitos histórico-sociais, capazes de transformar a realidade; a categoria pedagógica da
conscientização preocupa-se com a formação da autonomia intelectual do sujeito para intervir
na realidade; crítica à “educação bancária”. Os pressupostos de aprendizagem são: educação
problematizadora como força motivadora da aprendizagem. Aprender é um ato de tomar co-
nhecimento da realidade concreta e só tem sentido se resulta de uma análise crítica dessa
realidade, ou seja, resolvendo situação problema.

1.7. Histórica-crítica
A histórica-crítica, que propõe a interação entre o conteúdo e a realidade que se vive. Para
os defensores dessa ideia, isso ajudaria a transformar a sociedade, sem aquele modelo tra-
dicional de ensino que fica ligado só na reprodução do conteúdo. A avaliação vem com um
diagnóstico contínuo, pra recolher dados sobre o desenvolvimento dos alunos. A ideia é que
essas informações sirvam como base pra adaptar a prática pedagógica. Ela ainda coloca o
estudante a par dos resultados pra ajudar na mudança.
Os pressupostos teóricos são: defende a escola como socializadora dos conhecimentos
e saberes universais; a ação educativa pressupõe uma articulação entre o ato político e o ato
pedagógico; interação professor-aluno-conhecimento e contexto histórico-social; a intersubje-
tividade é mediada pela competência do professor em situações objetivas; a interação social
é o elemento de compreensão e intervenção na prática social mediada pelo conteúdo; con-
cepção dialética da história (movimento e transformação); pressupõe a práxis educativa que
se revela numa prática fundamentada teoricamente; a natureza e especificidade da educação
refere-se ao trabalho não material, que na escola pública não se subordina ao capital; a tarefa
desta pedagogia em relação à educação escolar implica: a) Identificação das formas mais de-
senvolvidas em que se expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as
condições de sua produção e compreendendo as suas principais manifestações, bem como
as tendências atuais de transformação; b) Conversão do saber objetivo em saber escolar de
modo a torná-lo assimilável pelos alunos das camadas populares no espaço e tempo escola-
res; c) Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber
objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as ten-
dências de sua transformação. Os pressupostos de aprendizagem são: aprender é desenvolver
a capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do ambiente, organizando os
dados disponíveis da experiência. Aprendizagem significativa, baseada nas estruturas cogniti-
vas já estruturadas nos alunos.
Relação professor e aluno: Papel do aluno como PARTICIPADOR e do professor como ME-
DIADOR entre o saber e o aluno. – Abrir perspectivas a partir dos conteúdos relacionados com

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o estilo de vida dos alunos, tendo consciência inclusive dos contrastes entre sua própria cultu-
ra e a do aluno.

Breve resumo dessa tendência:


• O professor visto como um mediador;
• Os conhecimentos são construídos pela experiência pessoal e subjetiva;
• Há a preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um
instrumental por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participa-
ção organizada e ativa na democratização da sociedade.
• Concepção dialética e relação com o materialismo histórico;
• Existe a centralidade da educação escolar na socialização do conhecimento sistematizado.
• A educação é entendida como mediação no seio da prática social global.

2. Educação Integral: Concepções Teóricos-Metodológicas


A proposta de Educação Integral deve ser assumida por todos os agentes envolvidos no
processo formativo das crianças, jovens e adultos. Nesse contexto, a escola se converte em
um espaço essencial para assegurar que todos e todas tenham garantida uma formação inte-
gral. Ela assume o papel de articuladora das diversas experiências educativas que os alunos
podem viver dentro e fora dela, a partir de uma intencionalidade clara que favoreça as aprendi-
zagens importantes para o seu desenvolvimento integral.
Uma proposta de Educação Integral confere centralidade ao aluno. Isso significa que todas
as dimensões do projeto pedagógico (currículo, práticas educativas, recursos, agentes educa-
tivos, espaços e tempos) são construídas, permanentemente avaliadas e reorientadas a partir
do contexto, interesses, necessidades de aprendizagem e desenvolvimento e perspectivas de
futuro dos estudantes.
A Educação Integral reconhece as crianças e os jovens como sujeitos de direito, atores so-
ciais com expressão e linguagens singulares. São criadores e produtores de culturas próprias
construídas na interação com seus próprios pares e no intercâmbio entre idades e gerações.
Propostas de Educação Integral oportunizam tempo e espaço para a livre criação de suas
culturas e valorizam e reconhecem saberes, fazeres e sentimentos expressados por meio do
universo simbólico e artístico.
A escola é um poderoso ambiente integrador que possibilita aos estudantes oportunidades
intencionais e estruturadas para seu desenvolvimento pleno, considerando todas as dimen-
sões da formação. Quando esse entendimento é compartilhado entre toda a equipe escolar, o
trabalho colaborativo pode ganhar força e se torna um caminho importante para que o grupo
possa colocar em prática essa perspectiva de ensino.
Considerar a escola como um espaço que também apoia a formação de professores é
valorizar sua capacidade de refletir sobre o trabalho e a prática. A Educação Integral favorece

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o estabelecimento de tempos e espaços para que a equipe possa, a partir da experiência con-
creta, reformular seus conhecimentos e saberes.
A abertura para o novo pode ser utilizada pelos próprios professores para diversificar as
modalidades didáticas que utilizam no dia a dia. Isso não significa abandonar a aula da manei-
ra como sabem fazer, mas incorporar metodologias como educação por projetos, trabalhos em
times, sala de aula invertida, entre outras.
Quando o papel do professor ganha uma dimensão ímpar como mediador do conheci-
mento, muito mais do que mero transmissor de informações, ele é estimulado a trabalhar
o conteúdo de forma conectada com o desenvolvimento de competências dos estudantes.
Também ganha espaço a busca por alternativas para personalizar as experiências de apren-
dizagem, respeitando a diversidade entre os estudantes para que todos tenham as mesmas
chances de desenvolvimento.
Professores podem se beneficiar da integração curricular que é estimulada na Educação
Integral. Com ela, o currículo pode ser trabalhado em abordagens comuns entre cada área de
conhecimento e, em todas, a aprendizagem é baseada em vivências e experiências viabiliza-
das por propostas educativas desafiadoras e conectadas com a vida do estudante.
A concepção de Educação Integral reconhece que o desenvolvimento pleno de um indiví-
duo só é possível quando se observam suas diferentes dimensões formativas. Além dos as-
pectos cognitivo e intelectual, os processos pedagógicos devem também articular as dimen-
sões física, afetiva e socioemocional, social e cultural.
Isso significa que, para além do desenvolvimento intelectual comumente privilegiado no
modelo educacional tradicional, o ensino deve se ocupar também do aspecto multidimensio-
nal humano. É a junção dessas diversas dimensões formativas que atua de maneira propulso-
ra para o desenvolvimento dos estudantes.
Assim, o ideal formativo da Educação Integral considera que as dimensões físicas, sociais,
culturais, intelectuais e emocionais sejam intencionalmente reconhecidas e estimuladas. Ar-
ticular essas dimensões do desenvolvimento integral assegura às crianças e jovens a com-
preensão de questões do corpo e de autoconhecimento. Além disso, permite a leitura crítica
do mundo, das questões sociais, da atuação individual no coletivo, do exercício da cidadania,
considerando, inclusive, o pensamento analítico-crítico, possibilitando sua atuação com dis-
cernimento e responsabilidade em todos os contextos sociais e culturais.
Uma vez que a BNCC explicita o que se deseja alcançar ao longo do processo de ensino-
-aprendizagem da Educação Básica, as redes e escolas devem definir os caminhos, propostas
e estratégias para se chegar aos resultados pretendidos. Considerando que desde o seu texto
introdutório a Base apresenta a concepção de Educação Integral, as escolas devem direcionar
a (re)construção dos seus currículos contemplando o desenvolvimento humano global.
Para isso, a construção de conhecimento articulada pelo currículo escolar deve consi-
derar não apenas os aspectos cognitivos dos estudantes. Ao invés de valorizar currículos

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t­ ransmissivos, focados no trabalho com uma enorme quantidade de conteúdos conceituais,


a escola precisa considerar as diferentes dimensões formativas dos sujeitos e a combinação
entre áreas do conhecimento.
Um currículo integrador coloca o aluno na centralidade dos processos educativos. Esse
é um dos princípios da concepção de Educação Integral. O desenvolvimento global dos su-
jeitos está ligado aos seus contextos de vida, por isso é importante reconhecer os saberes
locais e mapear os potenciais educativos – agentes, espaços, objetos, dinâmicas e saberes
de um lugar.
Além disso, quando se defende a concepção de Educação Integral, a escola é concebida
como espaço de gestão democrática, pressupondo que as decisões e o acompanhamento das
atividades sejam realizados de forma coletiva com a comunidade escolar. Esse é um outro
pilar característico da Educação Integral, demandando que currículo seja, então, resultado de
uma reflexão coletiva e contextualizada.
É importante destacar que o currículo na Educação Integral não corresponde à oferta de
maior tempo de permanência na escola. A diferença entre Educação Integral e ensino em tem-
po integral diz da reorientação estrutural de todo o processo de ensino-aprendizagem, e não da
justaposição ou expansão de turnos.
Mesmo que escola opte pelo aumento da carga horaria dos alunos na escola, a nomeada
educação em tempo integral, é preciso existir uma construção educativa propositiva para que a
Educação Integral aconteça. Ou seja, o princípio orientador da forma de ensinar não se relacio-
na somente com o tempo, mas com as intencionalidades das práticas pedagógicas escolares.
O dicionário indica também que a educação é todo “processo formal de transmissão de
conhecimentos em escolas, cursos, universidades etc.”. É nesse sentido que o conceito de
educação integral, da forma como o utilizaremos aqui, desafia e amplia a própria acepção da
palavra educação. Afinal, educação é muito mais do aquilo que acontece dentro da escola, en-
quanto somos crianças ou jovens; nos educamos a vida toda, em nosso modo de falar, andar,
olhar uns para os outros e viver em comunidade.
O termo educação integral é fruto de um pensamento coletivo de priorização da educação
na vida das pessoas; não por acaso, em sociedades plenamente desenvolvidas, a educação é
vista como prioridade absoluta. Mais importante do que entender o que o termo em si signifi-
ca, é compreender o porquê da urgência de enxergamos cada indivíduo como um sujeito em
constante formação.
A centralidade diz respeito ao planejamento do processo educativo. Para a educação in-
tegral, o estudante deve ser o centro desse planejamento. Assim, tanto o currículo quanto as
atividades e os locais de aprendizado devem ser construídos a partir dos interesses e deman-
das do estudante.
Por quê? Simplesmente porque a educação integral entende que cada estudante é único, e
essa singularidade deve ser considerada em sua trajetória educativa, não só porque o olhar da

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criança e do jovem contribui para que a educação aconteça de forma mais participativa, mas prin-
cipalmente porque ele é potente e pode ser a mola propulsora de transformações significativas.

2.1. Teoria Crítica e Pós-Crítica


“O pensamento crítico dos filósofos da Escola de Frankfurt (EF) tem em comum o direcio-
namento de suas críticas à ordem política e econômica do “mundo administrado”. Essa ordem
vigora aos moldes de um aparato tecnológico que, de certa forma, incide na sociedade o seu
condicionamento padronizado, homogêneo e, sobretudo, sem a perspectiva de empreender a
vida de cada indivíduo de forma autônoma.
Com isso, cada pensador dessa linha contribuiu para o fomento da Teoria Crítica (TC). Das
obras marcantes restritas a cada autor tem-se: Max Horkheimer concentrou seu pensamento
em “Eclipse da Razão”, onde uma coletânea de textos perpetua assaz a sua bagagem teórica,
embora o filósofo sempre se encontrou produzindo artigos e outros textos que o identificou
como um árduo intelectual engajado em âmbito acadêmico. Teodor Wiesengründ Adorno, que
embora tenha se inserido na TC após o seu exílio, comprometeu-se em expor seu pensamen-
to crítico na mesma perspectiva que os demais, porém devem ser pontuadas, em sua refle-
xão, algumas divergências ou dissonâncias. Em sua obra “Dialética Negativa” (DN), Adorno
enfrenta toda uma tradição histórico-filosófica, incidindo nela a desconstrução da concepção
de “dialética”.”
A primeira geração de cientistas sociais pertencentes à Escola de Frankfurt desejava que
todo conhecimento social produzido no âmbito do Instituto de Pesquisas Sociais transbordas-
se para fora do círculo acadêmico, de modo que pudesse ser utilizado para produzir interven-
ções práticas na sociedade, com o objetivo de provocar mudanças ou transformações sociais.
as teorias curriculares pós-críticas emergiram a partir das décadas de 1970 e 1980, partin-
do dos princípios da fenomenologia, do pós-estruturalismo e dos ideais multiculturais. Assim
como as teorias críticas, a perspectiva pós-crítica criticou duramente as teorias tradicionais,
mas elevaram as suas condições para além da questão das classes sociais, indo direto ao
foco principal: o sujeito.
Desse modo, mais do que a realidade social dos indivíduos, era preciso compreender tam-
bém os estigmas étnicos e culturais, tais como a racialidade, o gênero, a orientação sexual
e todos os elementos próprios das diferenças entre as pessoas. Nesse sentido, era preciso
estabelecer o combate à opressão de grupos semanticamente marginalizados e lutar por sua
inclusão no meio social.
As teorias pós-críticas consideravam que o currículo tradicional atuava como o legitima-
dor dos modus operandi dos preconceitos que se estabelecem pela sociedade. Assim, a sua
função era a de se adaptar ao contexto específico dos estudantes para que o aluno compreen-
desse nos costumes e práticas do outro uma relação de diversidade e respeito. Além do mais,
em um viés pós-estruturalista, o currículo passou a considerar a ideia de que não existe um

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conhecimento único e verdadeiro, sendo esse uma questão de perspectiva histórica, ou seja,
que se transforma nos diferentes tempos e lugares.
De acordo com Moreira e Candau (2014), com as mudanças do mundo contemporâneo,
estudos curriculares têm definido currículo de formas muito diversas e várias dessas defini-
ções permeiam o que tem sido denominado currículo no cotidiano escolar, onde “a escola deve
promover um processo de ampliação dos horizontes culturais dos estudantes” (MOREIRA e
CANDAU, 2014, p. 14). Desta forma, é necessário que a escola se desafie a constituir-se como
um espaço que permeie diferentes conhecimentos e saberes para a promoção de uma educa-
ção intercultural, construindo e reconstruindo estratégias e práticas pedagógicas.
Enquanto o currículo tradicional busca a estabilidade, o currículo pós-crítico pede mudan-
ças, um movimento que deve ser feito tanto por professores como por alunos, uma recons-
trução de saberes e de vivências. Busca-se proliferar problematizações e investigações para
representar grupos sociais marginalizados e inferiorizados em favor de outros, fugindo da ho-
mogeneização e assimilação cultural historicamente imposta, dando visibilidade à diversida-
de cultural.
O currículo não é uma ação neutra, mas sim, um espaço para elaboração de novas possi-
bilidades, de seguir caminhos desconhecidos, de modificar sentidos preestabelecidos e viver
novas conexões. Com base nos estudos de Paraíso (2004) entendemos que é através das
lutas e resistências dos movimentos sociais com questões culturais, diversidade e multicultu-
ralidades é que nos traz à tona os desafios e as problemáticas de diferentes perspectivas de
conflitos no currículo. É esta luta para a produção de novos significados que nos faz perceber
que o currículo, ao mesmo tempo que traça novos desafios, produz novos discursos e novas
possibilidades, é o mesmo que separa, que nega e que exclui.
As teorias pós-críticas ampliam e, ao mesmo tempo, modificam aquilo que as teorias crí-
ticas nos ensinaram. As teorias pós-críticas continuam a enfatizar que o currículo não pode
ser compreendido sem uma análise das relações de poder nas quais ele está envolvido. Nas
teorias pós-críticas, entretanto, o poder torna· se descentrado. O poder não tem mais um único
centro, como o Estado, por exemplo. O poder está espalhado por toda a· rede social. As teorias
pós-críticas desconfiam de qualquer postulação que tenha como pressuposto uma situação
finalmente livre de poder. Para as teorias pós-críticas o poder transforma-se, mas não desa-
parece. Nas teorias pós-críticas, o conhecimento não é exterior ao poder, o conhecimento não
se opõe ao poder. O conhecimento não é aquilo que põe em xeque o poder: o conhecimento
é parte inerente do poder. Em contraste com as teorias críticas, as teorias pós-críticas não li-
mitam a análise do poder ao campo das relações econômicas do capitalismo. Com as teorias
pós-críticas, o mapa do poder é ampliado para incluir os processos de dominação centrados
na raça, na etnia, no gênero e na sexualidade (SILVA, p. 148-149).
As teorias pós-críticas divergem de forma significativa do pensamento crítico no entendi-
mento da noção de emancipação. Partindo da tipologia proposta por Laclau (2004), Maia (2011)

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refere que o entendimento pós-crítico de emancipação distancia-se de uma visão totalizante e


estável, portadora de uma oposição radical, mantendo, no entanto, uma operacionalidade social
e uma produtividade política, sendo que a emancipação, no dizer de Santos (1999b), é um pensa-
mento de rebeldia. Para Lyotard, (2006, p. 23), como escreveu no livro A condição pós-moderna,
publicado em 1979, havia então o “perigo de o modelo crítico se reduzir a uma utopia, a uma
esperança quando centrada na radicalidade da luta de classes como pilar social do princípio
da divisão”.
Se a teoria pós-crítica joga muito mais na “dimensão intrassubjetiva, isto é, a pluralidade
das identidades que constituem um mesmo indivíduo e suas personalidades múltiplas” (COR-
CUFF, 2001, p. 25) do que na dimensão intersubjetiva, ou da relação entre indivíduos ao nível
da realidade social, a discussão adquire centralidade radical em torno do não universal, em
que “a dificuldade de pensar o tempo está ligada à superabundância de acontecimentos do
mundo contemporâneo” (AUGÉ, 2006, p. 29), afirmando-se, desse modo, “os não lugares como
os espaços da sobremodernidade que só conhece indivíduos, mas estes não são identificados,
socializados e localizados (ibid., p. 93). Este arquétipo do viajante introduz a relativização do
tempo e estabelece uma nova perspectiva relativamente ao lugar do sujeito na sociedade, em-
bora, para Horkheimer (2006, p. 46), e consequentemente para a teoria crítica, “o tempo é (…)
meramente uma condição subjetiva das nossas percepções humanas (…), e como tal, fora do
sujeito, nada é”. É nesta situação dilemática da relação entre o universal e o relativo, sem que
seja necessário introduzir uma análise excludente, que Foucault (2010, p. 27) propõe como
método a redução historicista: “Por outras palavras, em vez de partir dos universais para de-
les fenômenos concretos, ou em vez de partir dos universais como grelhas de inteligibilidade
para algumas práticas concretas, gostaria de partir dessas práticas e, de certa maneira, passar
os universais para a grelha dessas práticas (…). O historicismo parte do universal e passa-o,
de certa forma, pelo ralador da história. O meu problema é precisamente o contrário (…) não
interrogar os universais utilizando a história como método crítico, mas a partir da decisão da
inexistência dos universais para saber que história se pode fazer”.

3. Planejamento Educacional: Projeto Político-Pedagógico


O Projeto Político Pedagógico, ou PPP, é um documento que garante a autonomia para as
instituições de ensino em relação à proposta de orientação de suas práticas educacionais, es-
tabelecendo os objetivos do ambiente educacional, podendo incluir desde a proposta curricu-
lar até a gestão administrativa no mesmo. Sua criação é obrigatória e para melhor entendimen-
to, nós separamos e definimos cada uma das palavras deste termo. Toda escola tem objetivos
que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem
como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado projeto político-peda-
gógico – o famoso PPP.

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Projeto: representa o conceito de algo a ser finalizado, como o processo para cumprir
uma meta de curto, médio ou longo prazo. É um projeto porque reúne propostas de ação con-
creta a executar durante determinado período de tempo. Político: envolve a ideia de que os
estudantes, futuros cidadãos, precisam que a escola lhes incorporem em questões relacio-
nadas à sua função social; fator importante na formação de seus conhecimentos. É político
por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsá-
veis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos
que ela vai seguir. Pedagógico: define a organização dos métodos educacionais, tais como
atividades e projetos realizados em sala de aula essenciais na aprendizagem dos alunos. É
pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao
processo de ensino e aprendizagem.
Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia aquele que indica a direção
a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias.
Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bas-
tante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por ter tantas informa-
ções relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você
e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de
decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é
hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo.
Infelizmente, muitos gestores veem o PPP como uma mera formalidade a ser cumprida por
exigência legal – no caso, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996.
Essa é uma das razões pelas quais ainda há quem prepare o documento às pressas, sem fazer
as pesquisas essenciais para retratar as reais necessidades da escola, ou simplesmente copie
um modelo pronto.
O PPP contempla todo o trabalho desenvolvido na instituição ao longo do ano letivo. Ele é
o norte e, por isso, deve ser elaborado de acordo com a realidade da escola. É fundamental que
o Projeto Político-Pedagógico seja atualizado anualmente. Isso faz com que ele se mantenha
vivo dentro da instituição. Pois é a partir dos indicadores trazidos por ele que a escola vai ter
a consciência empresarial do que realmente precisa. Assim, pode determinar e executar um
plano de ação que lhe apresente vantagens reais.
Porém, infelizmente, é comum ver o PPP engavetado e tornando-se algo meramente buro-
crático. E isso é um equivoco, já que os indicadores servem justamente para identificar os pro-
blemas e trabalhar soluções. Ou seja, a escola precisa saber o que fazer com os dados que ob-
têm para chegar nos melhores resultados. Uma escola que quer proporcionar uma educação
eficiente e de qualidade deve ter saber a importância que o Projeto Político-Pedagógico tem.
É um caminho flexível e que se adapta às necessidades que os alunos e a própria instituição
apresentam. Portanto, pode ajudar bastante na tomada de decisões estratégicas.

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Deve apresentar outras informações como a forma de avaliação dos alunos e os projetos
que serão desenvolvidos ao longo do ano. Assim como os temas que geram debates e as aulas
temáticas que serão desenvolvidas e ministradas pelos professores. Outro ponto importante
é o método de ensino e os nomes dos autores em que se baseia o processo de aprendizagem,
por exemplo. Além disso, qual é o modelo pedagógico da escola e como esse trabalho será
desenvolvido por ela.
Ou seja, o PPP é responsável tanto por fazer uma avaliação geral da educação como por
direcionar as etapas a serem seguidas durante o ano. É importante lembrar que o Projeto Polí-
tico-Pedagógico da escola é um guia para a execução das atividades, mas deve manter a flexi-
bilidade necessária para lidar com imprevistos. Você também deve apresentar os métodos da
escola para gerenciamento de crises e outras orientações para lidar com eventuais problemas
que são possíveis de serem previstos.
A missão se refere aos valores e princípios em que a escola se baseia. Essa parte do do-
cumento pode começar com um histórico da instituição, por exemplo. Desde a sua fundação,
por quais mudanças passou e outras informações relevantes, que reforcem as suas diretrizes.
A missão em si costuma se resumir a uma frase que mostra o objetivo principal da institui-
ção. Para isso, considera o modelo pedagógico usado e o que se deseja alcançar em relação
aos alunos, comunidade e à própria equipe.
Como os valores e princípios tendem a se consolidar ao longo do tempo, essa é uma parte
do PPP que não precisa ser atualizada anualmente. A não ser que a escola passe por mudan-
ças significativas em sua missão naquela comunidade.
No entanto, não se deve engessar a instituição com base no seu histórico, pois toda escola
precisa estar aberta à evolução e à melhorias.
A identificação da escola é essencial, visto que o Projeto Político-Pedagógico é um docu-
mento oficial e que deve ser registrado na Secretaria de Educação da unidade federativa da
região. Logo, esses são os requisitos mínimos para a validade do documento.
Os recursos, nesse caso, não se referem apenas às questões e métricas financeiras. Elas
até podem ser citadas, mas, aqui, o importante são os recursos humanos.
Ou seja: quantos e quem são os professores e demais funcionários, qual a infraestrutura
da escola e os recursos tecnológicos para atender à necessidade de aprendizado dos alunos.
Isso ajuda no mapeamento de aplicação de recursos e nas formas de otimizar os gastos.
Por meio dessa parte, é possível otimizar os gastos, despesas e planejar melhor as compras.
Além disso, ajuda a ser mais eficaz para definir os horários de aulas, etc.
Na teoria, esse documento deve ser elaborado por todos que fazem parte do crescimento
e desenvolvimento da instituição. Ou seja: pais, mestres, coordenação, diretoria, etc. O que
acontece naturalmente em uma gestão participativa.
Mas, infelizmente, é comum que os gestores escolham fazer o PPP por meio de consulto-
res externos ou até mesmo por cópias compradas de outras escolas.

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O ideal seria que sua elaboração fosse colaborativa. Isso é, com a colaboração de várias
pessoas de diferentes competências e atribuições, por mais que a escola tenha a autonomia
de fazer o que achar melhor.
Algumas escolas mantêm o projeto guardado e dificultam o acesso a ele. O que é um gran-
de equívoco, pois o seu conhecimento pela comunidade escolar é o que vai torná-lo efetivo.
Por exemplo, o ideal é imprimir o documento e fixá-lo nos murais da escola. Assim como
deixá-lo disponível no site da escola. Outra boa opção é compartilhar ele com todos os profes-
sores, funcionários e familiares dos alunos. Você pode fazer isso logo no começo do período
letivo, junto com a matrícula.
o PPP deve ser elaborado coletivamente — ou seja, é normal gerar debates. Isso porque to-
das as opiniões devem ser consideradas e discutidas até que todos entrem em um consenso.
Desconsiderar a opinião da comunidade em geral cria um distanciamento com a realidade.
Portanto, não passe por cima dos conflitos de forma autoritária.
Escolas que têm um sistema de gestão escolar conseguem apurar diversas informações
que auxiliam no PPP. Por exemplo, os aspectos acadêmicos, financeiros, de controle biblio-
tecário e de integração entre alunos, responsáveis, professores, etc. Dentre os mais variados
planos de ação que uma escola pode executar, a aplicação de simulados é muito eficiente.
Inclusive, com uma tecnologia atual, é possível ter índices menores de reprovação.
Todo projeto que constar no PPP deve ter um plano de ação estabelecido. Ou seja, a es-
cola precisa definir como pretende alcançar determinado objetivo e também qual será o pra-
zo. Além disso, é necessário indicar quais agentes vão fazer parte das ações (professores,
gestores escolares, pais, alunos…). O plano de ação pode envolver diversas atividades, como
palestras, eventos, atividades extracurriculares, projetos comunitários e até mesmo a compra
de equipamentos para a ampliação de espaços estudantis. Cabe à escola definir quais ações
melhor se encaixam em cada objetivo, desde que sejam coerentes e estejam dentro da realida-
de da rotina e estrutura da escola e da comunidade escolar.
As metas e objetivos da escola podem ser alcançadas antes do prazo, mudarem com o
tempo ou deixarem de fazer sentido para a comunidade escolar. Dessa forma, a instituição de
ensino precisa revisar o PPP para reavaliar os projetos propostos no documento. O PPP é um
documento que deve acompanhar as mudanças da escola. Por isso, ele deve passar por cons-
tantes atualizações, com objetivo de manter-se alinhado ao contexto da comunidade escolar.
É fundamental que o documento siga orientações, diretrizes, currículos, normas e demais
dispositivos legais dos órgãos educacionais de todas as esferas (federal, estadual e munici-
pal). Nesse sentido, adequar o PPP à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) será importan-
te para alcançar um ótimo desenho de aprendizagem.
O PPP deve conter também qual será a formação oferecida pela escola para que os profes-
sores adquiram a capacitação necessária para colocar os planos de ação em prática. Dessa
forma, a instituição de ensino contribui para a formação continuada dos docentes.

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As metas e objetivos da escola podem ser alcançadas antes do prazo, mudarem com o
tempo ou deixarem de fazer sentido para a comunidade escolar. Dessa forma, a instituição de
ensino precisa revisar o PPP para reavaliar os projetos propostos no documento.
O PPP é um documento que deve acompanhar as mudanças da escola. Por isso, ele deve
passar por constantes atualizações, com objetivo de manter-se alinhado ao contexto da comu-
nidade escolar.
Após a elaboração e implementação do plano de ação, é importante que a escola analise
o andamento das atividades. Não fazer esse processo pode ser um erro, pois impede que a
instituição de ensino avalie quais ações estão dando certo e o que pode ser feito para melhorar
o desempenho escolar a curto, médio e longo prazo.
O projeto político-pedagógico, também chamado de PPP, é um documento que definirá
diretrizes, metas e métodos para que a instituição de ensino consiga atingir os objetivos a que
se propõe. O PPP visa melhorar a capacidade de ensino da escola como uma entidade inserida
em uma sociedade democrática e de interações políticas.
O documento traz, em detalhes, todos os objetivos, diretrizes e ações que devem ser va-
lorizados durante o processo educativo, fim último da escola. Nesse sentido, o PPP precisa
expressar claramente a síntese das exigências sociais e legais da instituição e os indicadores
e expectativas de toda a comunidade escolar.
Em outras palavras, a cultura da escola precisa estar demonstrada nesse documento, no
qual devem constar, com clareza, os valores da instituição, sua situação presente e caminhos
para melhorar os pontos negativos. O PPP funciona como um guia para as ações a serem de-
senvolvidas na escola.
Cabe à escola construir sua proposta pedagógica, de modo a atender aos membros da
comunidade em que se localiza. Para atingir os resultados esperados e necessários, o projeto
político-pedagógico precisa ser elaborado de forma democrática e colaborativa.
Isso significa permitir e estimular a presença e a participação da comunidade, dos alunos,
das famílias e de demais agentes nos debates relacionados à fixação das metas e objetivos.
Essa própria integração entre diversos setores sociais no processo de produção e consolida-
ção do PPP já é, por si só, um exercício de democracia que só tem a engrandecer o trabalho
final e aprimorar os resultados das estratégias adotadas.
O contexto em que a escola está situada e a comunidade que é atendida por ela são pontos
fundamentais para a definição de metas e objetivos no projeto político-pedagógico. A missão
pouco significará se não estiver condizente com a realidade da instituição e das famílias que
ela atende.
Por isso, faz-se necessário, para orientar as ações que serão desenvolvidas, conhecer o pa-
norama da comunidade. Isso pode ser feito de várias formas. A equipe de elaboração do PPP
pode, por exemplo, fazer um levantamento de dados utilizando os documentos da matrícula

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dos alunos ou, então, elaborar uma pesquisa, a fim de obter informações mais específicas,
como a situação socioeconômica das famílias.
Aqui, também deve ser descrita a participação das famílias no processo de ensino e apren-
dizagem: o que se espera delas e quais compromissos e parcerias elas podem assumir com
a escola. Muito interessa a pais e responsáveis saber a média de aprovação de determinada
série, por exemplo. Esse tipo de informação, em conjunto com outros dados internos da ins-
tituição, também deve constar no PPP. O número de alunos que a escola tem (total e por seg-
mento), taxas de reprovação, médias de notas e avaliações: todos esses indicativos, aliados
a dados mais amplos (regionais, municipais etc.), colaboram para fortalecer a imagem e a
transparência da gestão escolar.
É fundamental que seja feita uma descrição minuciosa da estrutura física, dos colabora-
dores e dos recursos tecnológicos de que a escola dispõe. Só assim será possível partir da
realidade, com suas faltas e seus problemas, em busca de soluções possíveis. As diretrizes de
um projeto assemelham-se ao percurso de um caminho. Por onde seguir, e como seguir, são
as perguntas a serem feitas na hora de elaborar esse item do PPP. Os conteúdos ministrados
e o método de ensino que a escola adota devem ser descritos.
O PPP não é composto apenas por ideias e propostas. Para que ele de fato funcione, deve
conter planos de ação, isto é, as estratégias que serão implantadas para atingir os objetivos.
Devem ser elencadas as ações a serem desenvolvidas, os setores responsáveis pela execução
das tarefas e os recursos necessários para isso.
Ao tornar esse guia formal e claro sobre como a escola precisa se posicionar na sociedade,
o plano político-pedagógico pode ser consultado por profissionais, alunos, pais, prefeitura e
secretarias de educação. Isso deve ser feito periodicamente, a cada tomada de decisão impor-
tante e estratégica para o rumo do aprendizado nas instituições de ensino.
Por consequência, esse processo de gestão se torna muito mais simplificado, ágil e fácil.
Assim, escolas, diretores, gestores e outros profissionais responsáveis tomam suas atitudes
da maneira mais adequada e coerente com o pensamento vigente na instituição.
Não é fácil engajar toda a comunidade e contar com a participação de todos os agentes
sociais envolvidos no processo, mas, quanto mais pessoas participarem dos debates relativos
à elaboração do PPP e se envolverem com a questão, melhor será para os resultados pretendi-
dos e para a comunidade escolar como um todo.

4. Avaliação Educacional: Aprendizagem, Institucional e em Larga


Escala. Funções da Avaliação: Diagnóstica, Somativa, Classificatória
e Formativa

De forma geral, a avaliação escolar pode ser definida como um meio de obter informa-
ções sobre os avanços e as dificuldades de cada aluno, constituindo-se em um procedimen-
to permanente de suporte ao processo ensino-aprendizagem, de orientação para o professor

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planejar suas ações, a fim de conseguir ajudar o aluno a prosseguir, com êxito, seu processo
de escolarização. Os instrumentos de avaliação mais usados são provas escritas ou orais,
seminários, tarefas, pesquisas e dinâmicas de grupos. No processo de avaliação dos diversos
graus de ensino, as notas e conceitos são decisivos para a continuidade dos estudos.
O processo de avaliação continua praticamente a mesma coisa, não mudou muito em re-
lação aos processos realizados no passado. Cada vez mais professores buscam em sala de
aula fazer com que os alunos decorem fórmulas, equações, regrinhas, etc., e entendem que,
ainda hoje, avaliar o aluno significa aplicar provas, registrar notas, etc. Contudo, o método de
avaliação mais utilizado é o sistema de provas, sistema pelo qual os alunos, em sua maioria,
são massacrados e ameaçados de reprovação. Tal método tem como principal objetivo verifi-
car erros e acertos do aluno, não se preocupando com o que ele realmente aprendeu durante o
seu processo de ensino aprendizagem.
Dessa forma, a avaliação no processo ensino-aprendizagem tem sido considerado um
tema delicado por possuir implicações pedagógicas que extrapolam os aspectos técnicos e
metodológicos e atinge aspectos sociais, éticos e psicológicos importantes. A prática ava-
liativa poderia tanto estimular, promover, gerar avanço e crescimento, quanto desestimular,
frustrar, impedir o avanço e crescimento do sujeito que aprende. Segundo Cipriano Luckesi,
em Avaliação da aprendizagem escolar, a avaliação escolar, assim como as outras práticas do
professor, seria dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação, traduzido em
prática pedagógica, tenha o professor consciência disto ou não.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, inova em relação à anterior, por
tratar a frequência e a avaliação do rendimento escolar em planos distintos. Prevê-se que deve
haver avaliação “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos as-
pectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais”. Algumas regras forçaram a mudança do sentido que se atribuía à
avaliação, orientando para não mais uma avaliação com vistas a promover ou reter alunos,
mas uma avaliação que permita: “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado.”
Expressão relacionada à avaliação do rendimento escolar dos alunos, realizada no âmbito
dos sistemas nacionais ou estaduais de avaliação do ensino básico. Esse tipo de avaliação,
segundo estudiosos, teria ganhado força nos anos 90 apoiada em estudos sobre desenvolvi-
mento industrial, tecnologia e educação, cuja preocupação, estava relacionada com o perfil
educativo-cultural da força de trabalho e com os novos paradigmas da organização da pro-
dução e do trabalho, que colocavam a questão da “qualidade” como o grande desafio para o
sistema educativo-cultural.
A avaliação educacional faz parte de uma proposta política educacional que tem como
objetivo a construção de uma educação pública popular e democrática. Essa proposta está

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fundamentada numa concepção de Estado que entende a educação como direito e processo
essencial para a formação dos cidadãos.
Um exemplo de avaliação educacional é o SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica –, implantado em 1990 sob a responsabilidade do Ministério da Educação
(MEC), que vem realizando, periodicamente, a avaliação do desempenho escolar dos alunos e
das condições pedagógicas e gerenciais da educação básica, de modo a gerar informações e
propiciar uma base para a tomada de decisões pelos órgãos gestores da educação.
Dentro dessa perspectiva, os três níveis de avaliação em educação citados são neces-
sários: (01) “a avaliação da aprendizagem” que tem por objetivo diagnosticar, acompanhar e
certificar o educando em seu percurso de aprender na vida escolar. Importa o sucesso de cada
um e de todos os educandos em suas aprendizagens e seus consequentes desempenhos; (02)
importa, por outro lado, que a “instituição” esteja constantemente avaliando-se e sendo ava-
liada, cujos resultados devem subsidiar novas e necessárias decisões, tendo em vista que seu
desempenho, como instituição, apresente resultados cada vez mais satisfatórios, o que sig-
nifica que os educandos, que passam por ela, aprendam o que necessitam aprender; (03) por
último, há que se olhar para o “sistema nacional de ensino”, no que se refere à sua qualidade e
eficiência. Chegamos, então, ao âmbito da “avaliação de larga escala”, o que implica que o país
inteiro esteja atento aos resultados de suas variadas atividades institucionais de ensino. O
país necessita de cuidar de sua educação em todas as instâncias, desde as políticas públicas,
passando pelos projetos e financiamentos, chegando à sala de aula e aos educandos.
Todas essas formas de avaliação são fundamentais para a educação no país. A avalia-
ção da aprendizagem nos permite acompanhar nossos educandos individualmente em suas
aprendizagens, carências e necessidades de ajuda em seu percurso de formação; a avalia-
ção institucional é a aliada dos gestores da educação na busca da efetividade significativa
de suas instituições seja no atendimento aos educandos, seja também na elevação socio-
cultural da comunidade onde se encontra situada; e, por fim, a avaliação de larga escala nos
retrata como país está no que se refere à qualidade do ensino e sua efetividade. Esses três
níveis de avaliação são necessários para que, de um lado, olhemos para nossos educandos,
mas também para o sistema de ensino que os atende. Se se deseja qualidade, não há como
fugir dos atos avaliativos, pois que eles nos dizem se os resultados de nossa ação já são
satisfatórios ou se exigem mais e mais investimentos, sejam eles financeiros ou de efetiva
ação institucional e pedagógica.
Então, a avaliação da turma, portanto, para além da avaliação da aprendizagem individual,
é o início da avaliação de larga escala, o que coloca a questão de que, junto com o educando
individual que fracassa, o sistema fracassa, pois que ele é o responsável pela produção de
efeitos significativos na educação. O educador, em sala de aula, atendendo aos educandos
na turma ou individualmente, do ponto de vista ascendente, é o primeiro elo do sistema de
ensino e, na direção descendente, ele é o seu último elo. O “sistema” necessita de cuidar das

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“instituições” (escolas) para que estas cuidem dos “educadores” e estes cuidem dos “educan-
dos”. O sucesso depende da cadeia inteira de responsabilidades e a avaliação é e deve ser a
aliada de todos, subsidiando as mais diversas e variadas tomadas de decisões, tendo em vista
o sucesso.
De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendiza-
gem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e soma-
tiva (classificatória).
a) A avaliação diagnóstica (analítica) é adequada para o inicio do o período letivo, pois
permite conhecer a realidade na qual o processo de ensino-aprendizagem vai acontecer. O pro-
fessor tem como principal objetivo verificar o conhecimento prévio de cada aluno, tendo como
finalidade de constata os pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades impres-
cindíveis de que os estudantes possuem para o preparo de uma nova etapa de aprendizagem.
“Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la com-
prometida com uma concepção pedagógica. No caso, considerarmos que ela deva estar com-
prometida com uma proposta pedagógica histórico-crítica, uma vez que esta concepção está
preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhe-
cimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro desta socie-
dade que se caracteriza pelo modo capitalista de produção. A avaliação diagnostica não se
propõe e nem existe uma forma solta isolada. É condição de sua existência e articulação com
uma concepção pedagógica progressista”. (LUCKESI 2003, p.82).
Diagnóstico é um conceito muito utilizado para se referir a um processo analítico em que
se recolhe e analisa dados para avaliar problemas de naturezas diversas. Na educação, essa
observação e identificação é também um instrumento pedagógico. Essa é proposta da avalia-
ção diagnóstica de aprendizado: uma forma de aferir e analisar se as atividades educacionais
propostas alcançaram os resultados esperados. A partir de um diagnóstico correto, identifi-
cando o real nível de conhecimento dos estudantes, escolas e educadores podem definir as
melhores estratégias pedagógicas. Normalmente aplicada nos momentos iniciais de uma fase
da educação, o objetivo dessa avaliação é conhecer melhor os estudantes, definindo e com-
preendendo suas necessidades. Diferentemente das formas clássicas de avaliação de apren-
dizagem, conhecidas como avaliações somativas, a diagnóstica tem um aspecto preventivo.
De modo geral, a avaliação diagnóstica deve servir como guia para possíveis realinhamen-
tos e adequações das abordagens e estratégias de ensino. As informações obtidas por meio
desse tipo de avaliação evidenciam os déficits do processo educativo. Isso permite às ins-
tituições de ensino qualificarem as atividades que irão favorecer o aprendizado dos alunos,
avaliando possíveis mudanças nas práticas escolares por meio de intervenções pedagógicas,
por exemplo.
Dentre os principais objetivos da avaliação diagnóstica, podemos identificar seu propósito
de contribuir para a promoção da aprendizagem, redirecionando as ações do processo. Isso

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acontece por meio da apreensão de dificuldades de aprendizagem e da análise da adequação


entre o programa de ensino e o conhecimento prévio dos alunos. Dessa forma, o resultado da
avaliação funciona como subsídio para o trabalho do professor, seja reorientando da aprendi-
zagem ou conduzindo-a para as etapas seguintes.
Assim, mais do que notas referentes a conteúdos conceituais, a avaliação diagnóstica deve
permitir* análises diversas que considerem, inclusive, competências e habilidades em todas
as dimensões formativas da Educação Integral. Investigar, avaliar e levantar o que de fato a
turma já sabe e o que ainda ela não sabe permite traçar estratégias efetivas para o processo
educacional. Ou seja, a avaliação diagnóstica possibilita o desenvolvimento de capacidades e
aptidões, criando intervenções pedagógicas, realizando mudanças que favoreçam o aprendi-
zado ou, ainda, adotando novas práticas de ensino.
É possível observar que a avaliação diagnóstica possui três objetivos. O primeiro é identi-
ficar a realidade de cada aluno que irá participar do processo. O segundo é verificar se o aluno
apresenta ou não habilidades e pré-requisitos para o processo. O terceiro objetivo está relacio-
nado com a identificação das causas, de dificuldades recorrentes na aprendizagem. Assim é
possível rever a ação educativa para sanar os problemas.
Esta forma de avaliação pode ser utilizada antes e durante o processo ensino-aprendiza-
gem, tendo diferentes finalidades. Sendo realizada antes do processo, tem como foco sondar
se o aluno apresenta os conhecimentos necessários para que a aprendizagem possa ser ini-
ciada. Se ocorrer durante o processo, será utilizada para identificar as causas das falhas de
aprendizagem e possibilitar a implementação de recursos para corrigi-las.

b) A avaliação formativa(controladora) é aquela que tem como função controlar, devendo


ser realizada durante todo o período letivo, com o intuito de verificar se os estudantes estão
alcançando os objetivos propostos anteriormente. Esta função da avaliação visa, basicamen-
te, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem,
antes de avançar para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem.
É com a avaliação formativa que o aluno toma conhecimento dos seus erros e acertos e
encontra estimulo para continuar os estudos de forma sistemática. Para que esta forma de
avaliação ocorra é necessário que seja controlada, porque orienta o estudo do aluno ao traba-
lho do professor, também podemos dizer que é motivadora porque evita as tensões causadas
pela as avaliações tradicionais.
A principal função dessa avaliação é se destacar das avaliações internas nos moldes tra-
dicionalistas, classificatórios. Para isso, precisa avaliar o aluno continuamente e em ocasiões
diferentes. Ao mesmo tempo, deve produzir dados para o professor.
Mais do que simplesmente “verificar” se o aluno aprendeu (em alguns casos, decorou) a ma-
téria, essa modalidade de avaliação permite detectar os pontos fracos do ­ensino-­aprendizagem,

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inclusive do próprio método do professor, e possibilitar meios de formação que respondam às


características individuais dos alunos.
Para a educação moderna, a avaliação formativa é indispensável. Ela dá mais agilidade
à reorientação do “como” se ensina e se aprende. Respeita o ritmo de aprendizagem de cada
aluno e fornece dados ricos para o professor ajustar a sua prática didático-pedagógica.

c) A avaliação somativa (classificatória), tem como função básica a classificação dos alu-
nos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes
de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.
Atualmente a classificação dos estudantes se processa segundo o rendimento alcançado,
tendo por base os objetivos previstos. Para Bloom (1983), a avaliação somativa “objetiva ava-
liar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo
e final de um curso”.
É através deste tipo de avaliação que são fornecidos aos estudantes os chamados fee-
dback que informa o nível de aprendizagem alcançado, se este for o objetivo central da ava-
liação formativa; e presta-se à comparação de resultados obtidos, visando também a atribui-
ção de notas.
Essas três funções da avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para se garantir a
eficiência e eficácia do sistema de avaliação e assim tendo como resultado final a excelência
do processo ensino-aprendizagem. Por outro lado, é importante lembrar, que é necessário em
todos os casos levar em conta a realidade administrativa da instituição como, por exemplo, o
número de alunos, objetivos, conhecimento técnico do professor, materiais.
Para quantificar e categorizar os resultados da avaliação somativa,, geralmente as insti-
tuições de ensino estabelecem critérios como conceitos ou notas médias a serem atingidos
pelos alunos. A atribuição desses conceitos deve levar em consideração os componentes cur-
riculares que serão ensinados na escola, sendo estes definidos a partir da matriz curricular do
Regimento e do Projeto Político Pedagógico (PPP).
Desta forma, ao final de um ciclo ou de um processo, a instituição poderá analisar o de-
sempenho de cada aluno verificando se os objetivos de aprendizagem foram atingidos, mas
também poderá analisar o desempenho de turmas e séries específicas.

As avaliações somativas são bastante pontuais e devem servir ao propósito de evidenciar


o aprendizado obtido ou não pelos alunos ao final de um processo pedagógico, mas também
indicar a necessidade de reformulação do próprio processo. Alguns objetivos das avaliações
somativas são:
• Informar e permitir a análise do desempenho individual de cada aluno, consolidando o
aprendizado ou indicando a necessidade de um trabalho específico de recuperação;

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• Permitir o entendimento da heterogeneidade de uma turma de alunos ao final de um pro-


cesso, identificando quais grupos se adaptaram melhor à metodologia utilizada e quais
precisarão de outros estímulos e abordagens;
• Permitir diagnosticar a razão dos resultados obtidos e a reflexão dos professores sobre
a própria prática e métodos adotados, implementando as reformulações necessárias.

Com toda a certeza, a avaliação somativa é um instrumento de gestão pedagógica fun-


damental. De forma pontual, normalmente ao final dos ciclos de aprendizagem (bimestre, tri-
mestre, semestre ou ano letivo), ela avalia e valida a promoção dos estudantes para a próxima
etapa de sua jornada educacional.
Sem dúvida, a avaliação somativa é o sistema de avaliação da aprendizagem mais aplica-
do nas escolas brasileiras. Inegavelmente, o sistema de avaliação somativa, ou cumulativa,
como também é conhecido, é análogo ao sistema comparativo.
Contudo, a somativa amplia o foco da avaliação para todos e para tudo o que foi ensinado
e, consequentemente, deveria ter sido aprendido. Enfim, ela é própria para mensurar o fim dos
ciclos de aprendizagem, especialmente o ano letivo.
Em síntese, vale lembrar que os processos e as práticas inerentes aos sistemas de avalia-
ção escolar devem manter o foco na aprendizagem e no desenvolvimento humano de crianças
e adolescentes.
Por outro lado, a avaliação somativa também promove e fomenta a proximidade com as
famílias, ao informá-las sobre os resultados do processo de ensino-aprendizagem de seus
filhos. Por exemplo, essa comunicação ocorre por meio do boletim ou relatório de desempe-
nho escolar.

5. Escolarização na Socioeducação
A escolarização é representada pelo conjunto de saberes e aprendizados adquiridos na
escola. Isto é, desenvolver as competências cognitivas de cada estudante e futuramente, pre-
parar estes indivíduos para o mercado de trabalho. Além disso, entram aqui a aprendizagem
de conteúdos relativos a diversas áreas do conhecimento, como a gramática, as ciências, etc.

Para compor o processo da escolarização, os educadores utilizam ferramentas como:


• Metodologias de ensino;
• Materiais didáticos;
• Dinâmicas entre professor e aluno;
• Sistemas de avaliação e desempenho.

Apesar da escolarização infantil ter papel fundamental na formação de cada indivíduo, ela
diz respeito a apenas uma parte do processo de educar uma criança.

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As escolas como espaço social também têm o poder de construir aprendizados não ape-
nas por meio da transmissão de conhecimento, mas também pelas circunstâncias que pro-
porcionam às crianças, como: a formação dos primeiros círculos sociais, a consolidação de
experiências e contatos e interações multiculturais. É um dever da família ensinar às crianças
questões como valores pessoais, éticos e morais.
Tanto a escolarização como a educação são processos de formação de pessoas mais
conscientes, críticas e engajadas para a sociedade. Não se pode atribuir maior peso a um dos
processos, mas é importante salientar os limites de atuação das instituições de ensino e o
início do papel dos pais e familiares na formação holística de um indivíduo.
Nesse propósito, observamos inicialmente que, modernamente, se acentua a vinculação
entre a socioeducação e a necessidade da implementação de uma proposta pedagógica ca-
paz de constituir-se em ação formadora dos adolescentes que se encontram submetidos ao
cumprimento de medidas socioeducativas De algum modo, essa é uma crença que tem sido
assumida e reforçada em diversos discursos sobre socioeducação, sendo que quase todos
eles põem em evidência o fim proclamado para a ação socioeducativa como sendo preparar
os indivíduos para a vida social ou inseri-los na vida social, reintegrando-os. Ao definir os atri-
butos do ato socioeducativo como o de preparar os indivíduos para a vida social, institui-se um
parâmetro universal sobre os fins da socioeducação, e esse parâmetro pode ser expresso em
um outro discurso paralelo e a ele correspondente: o de formar os indivíduos para o exercício
da Cidadania.
Assim, pode-se dizer que a ação socioeducativa constitui-se num processo que tem por
objetivo preparar a pessoa em formação (adolescentes) para assumir papéis sociais relacio-
nados à vida coletiva, à reprodução das condições de existência (trabalho), ao comportamento
justo na vida pública e ao uso adequado e responsável de conhecimentos e habilidades dispo-
níveis no tempo e nos espaços onde a vida dos indivíduos se realiza. Ao lado disso, desdobra-
-se o conjunto das ações educativas a serem desempenhadas pelos educadores que devem
buscar articulação entre as relações práticas da educação e a necessidade do adolescente à
vida política e social, individual e coletiva, sendo a educação o caminho necessário para a for-
mação do sujeito-cidadão ao dotar os educandos dos instrumentos que lhes são necessários
e pertinentes.
Tomando por referência as afirmações acima, podemos então asseverar que as ações
socioeducativas devem constituir-se em ações de exercício de cidadania. Portanto, nos es-
paços de socioeducação está a oportunidade de constituírem-se locus onde o adolescente
possa erigir o seu modo de ser e se expressar. Os cidadãos adolescentes, munidos dos
instrumentos da cidadania, tornar-se-ão construtores de formas organizativas e de ação na
vida pública, pautados pelo exercício também da democracia, onde se reconheçam (e se
autovalorizem) como seres humanos autônomos, livres e responsáveis, capazes de articular
as diversas vontades e capacidades individuais e coletivas para construir um modo de viver

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que lhes permita o exercício de sua liberdade, com responsabilidade, ou seja, um projeto de
vida pleno de possibilidades.
Desse modo, entendemos que os programas socioeducativos devem ser capazes de acio-
nar os meios intelectuais e emocionais de cada educando para que sejam capazes de assumir
o pleno uso de suas potencialidades físicas, intelectuais, morais e espirituais na condução
contínua de sua própria formação. A socioeducação pode favorecer a possibilidade de que
cada indivíduo adquira a capacidade de autoconduzir o seu próprio processo formativo.
A Educação envolve todo esse instrumental de formas de percepção do mundo, de comu-
nicação e de intercomunicação, de auto conhecimento, e de conhecimento das necessidades
humanas. E propõe-se a prover as formas de superação dessas necessidades, sejam elas ma-
teriais ou psíquicas, de superação ou de reconhecimento de limites, de expansão do prazer e
outras. Educar requer o preparo eficiente dos educandos para que se capacitem, intelectual e
materialmente, para acionar, julgar e usufruir esse complexo de experiências com o mundo da
vida. Esta é uma responsabilidade a ser atribuída ao Educador.
Para Freire, o homem e a mulher são os únicos seres capazes de aprender com alegria e
esperança, na convicção de que a mudança é possível. Aprender é uma descoberta criadora,
com abertura ao risco e a aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina.
Socioeducar, portanto, deve significar o reconhecimento da “especificidade humana” do ato
educativo, manifestando-se enquanto competência profissional e generosidade pessoal, sem
autoritarismos e arrogância. Deste modo, segundo preleciona, nascerá um clima de respeito
mútuo e disciplina saudável entre “a autoridade docente e as liberdades dos alunos, (...) rein-
ventando o ser humano na aprendizagem de sua autonomia”.
Paulo Freire, professor e filósofo, ao longo da vida não só procurou perceber os problemas
educativos da sociedade brasileira e mundial, mas propôs uma prática educativa para resolvê-
-los, ensina aos educadores que suas práticas educativas devem conter elementos essenciais,
entre eles, a rigorosidade metódica e a pesquisa permanente, a aliança indissolúvel ente a
ética e estética, o compromisso incessante pela competência profissional, o respeito pelos
saberes do educando e o reconhecimento da identidade cultural, a rejeição de toda e qualquer
forma de discriminação, a reflexão crítica da prática pedagógica, a corporificação do exemplo,
o saber dialogar e escutar, o querer bem aos educandos, o ter alegria e esperança, o ter liber-
dade e autoridade, o ter a consciência do inacabado.
Para a constituição dessa comunidade socioeducativa podem ser utilizados diferentes
dispositivos aptos a concretizar práticas político-pedagógicas-democráticas. Para que se
garanta a efetividade de uma gestão participativa, é fundamental que todos participam das
deliberações, da organização e das decisões sobre o funcionamento dos programas de aten-
dimento; da mesma forma, indispensável se torna a realização do chamado diagnóstico si-
tuacional dinâmico e permanente, que se constitui no levantamento periódico e permanente
quantitativo e qualitativo da situação do programa de atendimento, em seus diversos aspectos

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(­administrativo, pedagógico, gestão e outros). As assembleias, outro recurso importante, cons-


tituem-se em espaço de encontro coletivo para a discussão de assuntos relevantes para a vida
organizacional, devendo acontecer de forma sistemática, com frequência, no mínimo, mensal,
contando sempre com a participação dos adolescentes e das famílias. Sugere-se que a coor-
denação das Assembleias se dê de maneira rotativa, estimulando a prática da mediação com
representantes de vários segmentos. A partir das Assembleias, podem ser também formadas
as comissões temáticas ou grupos de trabalho que objetivam solucionar questões levantadas
no diagnóstico ou em encaminhamentos específicos eventualmente identificados nas assem-
bleias. Estas comissões ou grupos podem ser constituídos pelas pessoas interessadas nos
diversos segmentos de trabalho do programa, devendo funcionar mediante um plano de ação
e um prazo de sua execução.
Segundo Vieira, o sistema socioeducativo atual ainda traz marcas do Código de Menores
do passado, que garantia aos institutos a função de coerção e reclusão dos adolescentes.
“Nós estamos passando por um período de transformação desse atendimento. E nesse pro-
cesso contamos muito com propostas pedagógicas adequadas, que são um fator central para
o desenvolvimento do jovem”, afirma.
Para a pesquisadora de Direitos Humanos da Universidade de Brasília (UnB), Judith Zu-
quim, para que a educação dentro do espaço socioeducativo seja uma realidade, é importante
que se garanta autonomia dessas escolas em relação às unidades que pertencem. “Uma vez
a escola está empoderada nessa instituição, ela tem autonomia para desenvolver diversos
modelos de educação”, aponta.
No Sistema Socioeducativo observamos adolescentes de 16, 17 anos cursando o 5º ano
do Ensino fundamental, muitos analfabetos funcionais. Nessa lógica excludente recai sobre
esses adolescentes toda a culpa sobre seus fracassos escolares, e todos os outros fracassos
atrelados a isso. O desamparo de políticas públicas efetivas ao longo da vida culmina com inú-
meras negações de direitos. O sistema educacional falha com esses jovens ao longo de todo o
percurso escolar, falha, ainda mais, quando os trata como um problema sem solução, por isso
a socioeducação perde seu sentido e as políticas de contenção se tornam mais importantes
do que as de socioeducação.
A noção de socioeducação surgiu no Estatuto da Criança e do Adolescente quando da im-
plementação das medidas socioeducativas, representando importante conquista na atenção
e intervenção com adolescentes autores de atos infracionais. Contudo, apesar de representar
um avanço, o estatuto pouco esclareceu sobre a concepção de socioeducação que pudesse
subsidiar intervenções efetivamente promotoras do desenvolvimento dos adolescentes em
cumprimento de medidas socioeducativas. Buscando superar a fragilidade e imprecisão do
que se entende por socioeducação, o presente artigo apresenta e discute elementos concei-
tuais e teóricos relativos à socioeducação e às práticas socioeducativas, almejando contribuir

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para conferir maior clareza e intencionalidade às práticas profissionais daqueles que traba-
lham diariamente com adolescentes em medida socioeducativa.
No âmbito da temática da Socioeducação e Medidas Socioeducativas em meio aberto, que
se relacionam intrinsecamente, o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE),
apresentado em 2006 e implementado através da lei n. 12.594/2012 (BRASIL, 2012), propõe
um melhor delineamento para a superação da tradição assistencial-repressiva no atendimento
ao adolescente autor de ato infracional. Tal definição se expressa como “um conjunto orde-
nado de princípios, regras e critérios, de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e ad-
ministrativo, que envolve desde o processo de apuração de ato infracional até a execução da
medida socioeducativa” (CONANDA, 2006, p. 151).
Nessa relação, a figura do orientador de medida socioeducativa torna-se de suma impor-
tância, dado que é o elo principal entre os adolescentes em conflito com a lei e o sistema socio-
educativo. Porém, enfrenta desafios para efetivamente aplicar, conforme a lei, as dimensões
socioeducativas, tendo em vista a ambiguidade nas definições sobre essa política, bem como
a ausência de equipamentos efetivos para a garantia dos direitos desses jovens.
A socioeducação ocorre em vários contextos, dentre estes, na execução das medidas so-
cioeducativas enquanto respostas do Estado ao ato infracional praticado por adolescentes.
Essas respostas do Estado, previstas nos documentos oficiais (ECA, SINASE e outros), de-
vem pautar-se em ações que promovam a ressignificação do projeto de vida e deem oportu-
nidades aos jovens, concomitante com a responsabilização pelos atos praticados, conforme
sua gravidade.
Contudo, apesar dos novos fundamentos previstos no ECA, a literatura indica que, ideologi-
camente, subsistem práticas e representações de criminalização dos adolescentes, acentua-
damente enfatizadas pela mídia, relacionando a responsabilização à ideia de punição, herança
do período histórico anterior ao ECA, ou seja, do Código de Menores. À vista disso, o sentido
produzido para o conceito de socioeducação pode ser elencado como um dos problemas cria-
dos pelos juristas, ao retirarem os fundamentos epistemológicos da socioeducação e elenca-
rem-na como prática operativo-legal.
O conceito de socioeducação no Brasil emerge em meados de 1980, com o objetivo de de-
limitar a proposição do paradigma punitivista, vigente até então, no tocante ao trato do “menor
delinquente” conforme indicado por Rizzini, Sposati e Oliveira (2019). Isto é, surge a proposta
de superação da prática que pune para um novo paradigma, fundamentado em práticas educa-
tivas em oposição à penalização. Segundo discussão de Cunha e Oliveira (2017), a doutrina do
direito penal do menor – fruto da lei n. 5.083, de 1927 – Código de Mello Matos, corrente até
a época – cristalizou o binômio carência/delinquência, e a ação estatal caberia àquelas crian-
ças e adolescentes denominadas em “situação irregular” (população pobre, negra, de áreas
periféricas, em sua maioria, e que cometiam delitos). Ambas as noções estavam fortemente
atreladas à ideia de patologia social. Portanto, havia (há) criminalização da pobreza aliada a

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práticas assistencialistas com o objetivo de prevenir/coibir uma conduta criminosa por meio
da punição.
Enfatizando essa discussão, Rizzini, Sposati e Oliveira (2019), Machado (2016) e Gelli
(2013), apontam Costa (2006), jurista que contribuiu para a construção das políticas socioedu-
cativas, como pioneiro em procurar uma resposta conciliatória à problemática epistemológica
da necessidade de ação do Estado em face do cometimento do ato infracional por crianças e
adolescentes. O caminho encontrado foi aliar responsabilização e proteção social, apresentan-
do uma concepção de socioeducação subordinada a “desenvolver o potencial de ser e convi-
ver, prepará-lo [o adolescente] para relacionar-se consigo mesmo e com os outros sem quebrar
as normas de convívio social tipificadas na Lei Penal como crime e contravenção” (COSTA,
2006, p.449, grifo nosso). Assim, as medidas socioeducativas – enquanto reação punitiva da
sociedade diante de uma contravenção penal cometida por um adolescente – deverão, toda-
via, primar pela preparação e educação do jovem para o convívio social.
Passados quase trinta anos de aprovação do ECA, muitas reflexões sobre as medidas so-
cioeducativas se desenvolveram e avanços nas formas de entendimento podem permitir ou-
tras práticas. Nesse seguimento, questionou-se: Qual compreensão os profissionais que exe-
cutam as medidas têm sobre socioeducação? O que seria sociopedagógico no cotidiano da
execução das medidas socioeducativas em meio aberto, na vivência dos operadores diretos
da política de atendimento no que se refere ao cumprimento das medidas aplicadas?
De forma geral, o que se constatou nas entrevistas foi a dificuldade de diferenciação entre
medidas protetivas e socioeducativas; sendo que as socioeducativas, para eles, se concreti-
zam, por vezes, meramente como cumprimento de determinação judicial sancionatória, como
demonstrado nas falas de Rosário, suplantando a dimensão educativa da medida (ação forma-
dora integrada para a vida em liberdade).
Portanto a família e os responsáveis são os responsáveis por construir o indivíduo em
questão do caráter e da conduta para com o outro. Os pais possuem um dever de ensinar seus
filhos, mostrando como se caracteriza a sociedade, quais são os desafios que enfrentarão,
como podem portar-se diante de uma situação, mas isso não pode “aprisionar” alguém, muito
pelo contrário, essa educação deve complementar a educação para o indivíduo analisar o que
ele deseja ou não fazer diante de ocasiões diferentes, quem decide como agir é a própria pes-
soa, de acordo com os ensinamentos que assimilou durante sua vida, desde a educação dos
pais, a escolarização da escola, até as experiências com os amigos, com a vivência no bairro
em que vive e no país que reside.
Ao analisar estes dois termos, educação e escolarização, é possível verificar que a educa-
ção abrange a escolarização e muitas outras áreas que compõem a rotina do ser humano. A
escolarização busca mostrar e preparar o indivíduo quanto ao mercado de trabalho, ao apri-
moramento do conhecimento múltiplo, ou melhor, os diversos tipos de inteligências, como a

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inteligência lógica, a linguística e a musical. São termos diferentes, mas relacionados, onde a
escolarização é um componente da educação.
Já escolarização, segundo o mesmo dicionário, é fazer passar por aprendizado em escola.
Ou seja, se escolarização é o estudante buscar o aprendizado na escola, compreende-se que
escolarização está intimamente relacionada com os conteúdos, as disciplinas e o ensino ofe-
recido na escola, o conhecimento necessário de acordo a idade do indivíduo. Portanto, esco-
larização se insere no espaço público, a escola unicamente. Escolarização é tarefa da escola.
São essas as duas dimensões que compõe a formação do indivíduo: educação (espaço
privado) e escolarização (espaço público). O problema é que no caso brasileiro, nossa tradição
cultural foi distanciando cada vez mais essas duas dimensões. Ao desligar-se educação e es-
colarização, perdeu-se a real noção do que elas realmente são e proporcionam.
Por exemplo, a família gradativamente foi atribuindo à escola o papel de educar seus filhos.
A escola, além de ser a responsável pelos conteúdos e ensino, “recebeu” o encargo de educar
os indivíduos. Evidência disso é que, quando se pensa em educação, logo se imagina a escola,
quando na verdade, à escola não cabe a tarefa de educar, mas escolarizar.
Finalmente, não é objetivo desta breve reflexão delimitar ao máximo os problemas da edu-
cação brasileira, que é importante destacar, são muito maiores, complexos e não cabem neste
artigo. Mas infere-se que a relação educação e escolarização responde por boa parte dos pro-
blemas. De igual forma, não é também objetivo culpar as famílias ou absolver as escolas de
suas responsabilidades, mas trazer para a reflexão o que é, de fato, o papel de cada uma des-
sas duas instituições na formação do indivíduo, sob pena de perpetuar-se ainda por muito tem-
po parte dos problemas que insistem em permanecer na educação e escolarização brasileira.

6. Organização do Trabalho Pedagógico e da Gestão Escolar:


­Projeto Político-Pedagógico da Escola e Coordenação Pedagógica
na ­Educação Básica

É um documento que detalha objetivos, as metas, bem como as ações do processo edu-
cativo a ser desenvolvido na e pela escola. O PPP deve trazer também as exigências legais do
sistema educacional, bem como as necessidades, propósitos e expectativas da comunida-
de escolar.
A gestão escolar tem a função de organizar todos os elementos que, direta ou indireta-
mente, influenciam no trabalho pedagógico, ou seja, os aspectos ligados aos profissionais da
educação e suas funções, aos espaços e aos recursos, garantindo a legalidade de todas as
ações e primando pelo ensino-aprendizagem de todos os estudantes. A gestão escolar é fun-
damental para o desenvolvimento do nível de ensino da instituição, a gestão escolar, apesar de
ser um conceito um pouco esquecido, é de extrema importância, pois as qualidades que são
exigidas nas escolas são cada vez mais severas. O foco da gestão escolar é em suma a busca

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por resultados, pela liderança, e a ênfase primordial na qualidade do currículo para atingir a
excelência do ensino para todos os níveis de escolaridade.
Considerada uma das áreas mais importantes da gestão escolar, a gestão pedagógica tem
a função de cuidar e administrar a área educativa. Para isso, deve-se estabelecer os objetivos
para o ensino de forma geral e específica, além de definir as linhas de atuação e metas a se-
rem atingidas e elaborar os conteúdos curriculares. Suas especificidades estão enunciadas
no Regimento Escolar e no Projeto Pedagógico, que inclui elementos da gestão pedagógica:
objetivos gerais e específicos, metas, plano de curso, plano de aula, avaliação e treinamento
da equipe escolar.
Por mais que esse seja um decreto federal, e que o direito da criança à educação seja uni-
versal, na prática infelizmente não é assim que acontece. As escolas públicas muitas vezes
não conseguem comportar todos os alunos da comunidade, o que obriga os gestores a cria-
rem sistemas de sorteios ou filas para realizar a matrícula.
Outro problema acontece quando as famílias de baixa renda precisam retirar os filhos da
escola para ajudar na renda da casa. A gestão deve intervir com medidas que promovam a
permanência do aluno. Embora o diretor seja a figura central na manutenção e organização
dos processos escolares, a gestão engloba coordenadores, que são responsáveis por cuidar
das demandas dos professores e supervisores, incumbidos da comunicação entre pais, alu-
nos e professores.
Cabe a equipe de gestão escolar o papel de estar sempre presente, atuando de maneira
ativa para ouvir a comunidade, alunos, responsáveis, professores e colaboradores de modo a
descobrir e solucionar os problemas que afetam o acesso do aluno à escola, além de garantir
a qualidade de ensino.
Quanto mais democrática for a gestão mais fácil será detectar os problemas. Infelizmente,
no Brasil é muito complicado nivelar o conhecimento de todos os membros de uma classe.
Fatores como criação, dificuldade na fixação da matéria, costumes de leitura, tempo para ati-
vidades extra, etc., são diferentes de aluno para aluno e impactam diretamente na velocidade
do aprendizado. Por isso, pode ser um pouco mais demorado para alguns aprenderem um
determinado conteúdo, do que outros. A longo prazo, todos esses fatores influenciam no ritmo
da turma como um todo.
Outro ponto delicado é relativo à educação voltada para crianças com necessidades es-
peciais. Quando há apenas um professor, não é possível pausar o ritmo da sala para entregar
o conteúdo pedagógico que esses alunos necessitam, mas também não se deve negligenciá-
-los, o que coloca os docentes em uma situação muito delicada. Um dos maiores desafios de
exercer as funções ligadas a gestão escolar é a necessidade de atuar criando um ambiente
igualitário onde todos, independente da sua raça, gênero, cor, credo, opção sexual, condições
financeiras ou limitações físicas, devem ter o direito de aprender.

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Os princípios norteadores são:


• igualdade (condições de acesso e permanência dos estudantes);
• qualidade (instrumentos, recursos, métodos utilizados no processo de ensino-aprendi-
zagem, existência de órgãos colegiados, efetiva democracia no processo de decisão);
• gestão democrática (compartilhamento de decisões, abrange as dimensões pedagógi-
cas, administrativas e financeiras);
• liberdade (expressa a forma como a Instituição exerce sua autonomia relacionada aos
aspectos pedagógicos, financeiros, administrativos e jurídicos) e;
• valorização do magistério (programa de formação continuada).

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 206, inciso VI, estabelece “a gestão de-
mocrática do ensino público na forma da lei” (Brasil, 1988), determinação da qual decorre o
imperativo da participação da comunidade escolar nos processos de gestão da escola. Profes-
sores, agentes educacionais I e II, estudantes, seus pais e/ou responsáveis devem, portanto,
estar presentes nas estratégias de gestão da escola.
A gestão escolar cabe à direção, direção auxiliar e equipe pedagógica que, juntas, formam
a equipe gestora. Essa equipe, tendo a gestão democrática como principio, deve primar pelo
fortalecimento do trabalho coletivo, da ética profissional e o comprometimento político-pe-
dagógico com a educação pública. A responsabilidade legal da gestão escolar é da direção
avalizada pelo Conselho Escolar.
O gestor deve abrir espaços para participação efetiva da comunidade na tomada de deci-
sões, espaço de discussões das questões e problemas vivenciados pela escola, na construção
do Projeto Político Pedagógico, na participação nas Instâncias Colegiadas e outras formas que
venham a ser oportunas.
A LDBEN n. 9.394/96, por sua vez, no artigo 12, inciso I, prevê que as instituições de ensino,
respeitada as normas comuns e as do sistema de ensino, terão a incumbência de “elaborar e
executar a sua proposta pedagógica” (BRASIL, 1996). Já no artigo 13, inciso I, determina que
“os docentes incumbir-se-ão de [...] participar da elaboração da proposta pedagógica do esta-
belecimento de ensino” (BRASIL, 1996). A vinculação mais específica entre a gestão democrá-
tica e o PPP está no Artigo 14, inciso I, que dispõe sobre as normas de gestão democrática e
determina a “participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola” (BRASIL 1996). Portanto, compreende-se que legalmente, cabe às escolas a elabo-
ração, execução e avaliação do seu PPP.
O PPP escolar é um documento que deve ser elaborado por cada instituição de ensino
para orientar os trabalhos durante um ano letivo. O projeto político pedagógico precisa ter o
caráter de um documento formal, mas também deve ser acessível a todos os integrantes da
comunidade escolar. Ele determina, em linhas gerais, quais os grandes objetivos da escola, que
competências ela deve desenvolver nos alunos e como pretende fazer isso.

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É através do PPP escolar que cada instituição articula a maneira como os conteúdos serão
ensinados, levando em consideração a realidade social, cultural e econômica do local onde
está inserida. Desse modo, o projeto deve servir para atender às especificidades de cada es-
cola e deve ser flexível, para atender às demandas de aprendizado específicas de cada aluno.
Toda instituição de ensino no Brasil precisa ter um PPP. Essa obrigatoriedade foi definida
pela “Lei de Diretrizes e Bases”, de 1996. Antes mesmo da promulgação dessa lei já se discu-
tia a necessidade de estabelecer uma gestão democrática da educação, para garantir que ela
sirva à formação de cidadãos conscientes e autônomos. Assim, a ideia do projeto pedagógico
foi incluída na constituição de 1988 e regulamentada alguns anos depois.
É um documento que estabelece diretrizes, metas e métodos que ajudam a instituição de
ensino a alcançar os objetivos propostos. Ele tem a intenção de aperfeiçoar a qualidade de
ensino, considerando que a entidade faz parte de uma sociedade democrática e com intera-
ção política.
Vale destacar que o PPP é um documento dinâmico, ou seja, permite que alterações sejam
feitas no decorrer do tempo, principalmente no que diz respeito a prática e pedagógica. A ideia
é que a sua construção seja feita de forma democrática e coletiva que valoriza a reflexão sobre
o papel da escola na formação da sociedade.
Outro aspecto que merece destaque é que o PPP apresenta o que deve ser prioridade
durante o processo educacional. Esse é um documento que deve ser elaborado por todas as
escolas tanto na rede municipal como estadual de ensino, em instituições públicas e privadas.
O documento que hoje conhecemos como PPP teve origem em um período de reformas do
sistema educacional público. O Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, que aconteceu
na década de 1980, iniciou um processo que ajudou a instituição de uma gestão democrática
no ensino. Isso contribuiu para que as instituições conseguissem autonomia educacional.
Um dos parâmetros estabelecidos foi que os estados e municípios receberam a respon-
sabilidade de atribuir os seus próprios princípios de ensino reduzindo, assim, a intervenção
do Estado. Com isso, a tomada de decisão sobre os assuntos relacionados a organização da
escola passou a ser feita pelos agentes escolares.
Esse também foi um marco importante para a acessibilidade. Nesse período, foi declarado
que as escolas, especialmente as públicas, estariam abertas a grupos que, até então, estavam
excluídos do ambiente escolar. Esse cenário de mudança precisava de um instrumento a altura
do desafio de mudar os moldes da educação brasileira e, assim, surgiu o PPP.
O projeto político pedagógico deve ser elaborado de maneira colaborativa. Assim, cabe a
cada escola decidir o modo mais eficiente de incluir toda a comunidade no processo de cria-
ção do documento. Há instituições que optam pela formação de um conselho que delibera
sobre o PPP escolar. Outras, entretanto, optam pela realização de plenárias.
Todas as propostas de um projeto político pedagógico devem culminar em um plano
de ação. Ou seja: o PPP escolar, além de definir estratégias, deve definir como implantá-las.

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­ ssim, esse trecho deve estabelecer atitudes objetivas a serem tomadas. É importante que o
A
texto não fique apenas no campo teórico. Vale descrever prazos, profissionais encarregados e
recursos necessários. A partir de metas mensuráveis e realistas definidas aqui, é possível fazer
um acompanhamento do PPP ao longo do ano.
Para chegar a boas propostas é preciso conhecer muito bem a realidade em que uma ins-
tituição está inserida. Assim, a elaboração do PPP escolar deve começar por um diagnóstico:
devem ser levantadas todas as informações, números e estatísticas relativas àquela escola.
A equipe responsável pelo projeto pode começar, por exemplo, contabilizando as informações
das fichas dos alunos, ou pesquisando estatísticas oficiais.
Como explicamos, o PPP é um documento único que deve ser criado por cada escola.
Embora haja flexibilidade na sua elaboração, alguns princípios devem ser seguidos. Por isso,
listamos alguns aspectos que devem ser considerados.
Algumas informações básicas devem ser preenchidas antes de iniciar os planos do PPP.
Em primeiro lugar, devem ser reunidas informações básicas da escola. Assim, o gestor escolar
deve apresentar a missão, dados sobre a aprendizagem e os recursos disponíveis.
Em seguida deve relatar a composição do corpo administrativo e docente bem como as
suas atribuições. Também é recomendado incluir os integrantes do conselho de pais e mes-
tres e outros grupos que estão envolvidos com a instituição.
Durante a elaboração do PPP é normal surgir ideias diferentes. Entretanto, não considerar
esses pontos divergentes é um erro que deve ser evitado. É preciso dar espaço para que cada
participante coloque suas opiniões sobre a comunidade acadêmica, o que proporciona uma
sensação de pertencimento.
Por fim, além de entender o que PPP devemos destacar que existem ferramentas que po-
dem simplificar esse processo. Nós reconhecemos que levar a tecnologia para ambiente es-
colar pode ser uma vantagem no que se refere à conquista de eficiência, transparência e auto-
mação de rotinas.
Depois de todo o esforço do corpo docente e da equipe acadêmica faz sentido cuidar para
que os objetivos sejam alcançados. Nesse cenário, é preciso debater com os profissionais de
cada área as melhores estratégias que devem ser adotadas para atingir os objetivos desejados.
Nesse momento, é necessário definir propostas objetivas, elaborar os currículos das dis-
ciplinas e sugerir metas concretas. Por isso, nós recomendamos que o gestor dedique tempo
para criar indicadores de desempenho e avaliar os resultados periodicamente.
Para servir como um guia para a instituição de ensino, o PPP deve apresentar o método de
ensino, os nomes dos autores em que se baseia o processo de aprendizagem, o modelo peda-
gógico e de que maneira esse trabalho será desenvolvido. Isso dá o embasamento para que
seja possível definir quais serão as estratégias de ensino utilizadas. É preciso discutir sobre
como a instituição superará seus desafios, como deve ser a formação dos estudantes, entre
outros aspectos.

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Esse documento é inclusivo e, assim, deve considerar não somente os alunos, mas a reali-
dade das famílias. Essa é uma etapa de não pode ser deixada de lado ou executada de forma
superficial. É fundamental que a escola também esteja ciente desse contexto devido ao seu
impacto na vida escolar.
Antes de tudo, é preciso conhecer a realidade em que uma instituição está inserida. Infor-
mações como números e estatísticas relativas àquela unidade devem ser recolhidas e analisa-
das. Ademais, precisam ser apresentadas para a comunidade acadêmica.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) não aborda diretamente a atuação
do coordenador, mas deixa claro que a formação de profissionais de Educação para adminis-
tração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a Educação Básica
deve ocorrer em cursos de Pedagogia ou em nível de pós-graduação (art. 64). E acrescenta
que, para exercer cargos de magistério diferentes dos de docência – o que inclui a coordena-
ção pedagógica -, é pré-requisito ter experiência no ensino em sala de aula (§ 1º, art. 67). O
termo coordenação figura uma única vez na LDB, ao estipular que

“são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em Educa-


ção no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de Educação
Básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de dire-
ção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico” (§ 2º, art. 67).

A função do coordenador pedagógico é basicamente gerenciar as atividades da escola


junto com a direção, coordenar e supervisionar todas as atividades relacionadas ao processo
de ensino-aprendizagem junto ao corpo docente, visando sempre à permanência do aluno no
ambiente escolar. Ele é responsável pelo acolhimento dos estudantes e do corpo docente, bem
como pelo atendimento de suas necessidades relacionadas ao ensino-aprendizagem. Esse
acolhimento consiste em ambientar tanto alunos como professores quanto às diretrizes da es-
cola, auxiliando-os sobretudo nas dificuldades da aprendizagem e do ensino, respectivamente.
Também assiste a direção da escola, em muitos casos auxiliando a gerenciar os recursos
financeiros e humanos da instituição.
O coordenador pedagógico deve identificar as necessidades dos professores e com eles
encontrar soluções que priorizem um trabalho educacional de qualidade. Não basta a esse pro-
fissional somente o conhecimento teórico para acompanhar o trabalho pedagógico; é preciso
saber estimular os professores a desenvolver a percepção e a sensibilidade para identificar as
dificuldades dos alunos.
O coordenador deve acompanhar o trabalho docente, sendo responsável pelo elo entre os
envolvidos (aluno e professor) na comunidade educacional. O relacionamento entre o coorde-
nador e o professor é fundamental para uma gestão democrática.
Como articulador, seu papel principal é oferecer condições para que os professores (seus
pares na condução do fazer pedagógico) trabalhem coletivamente as propostas curriculares

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com ações de parceria, em função de sua realidade. Ele deve ser capaz de despertar nos mem-
bros da instituição escolar a capacidade de ser proativos, responsáveis, dinâmicos, inteligentes,
com habilidade para resolver problemas e tomar decisões. Além disso, deve criar um ambiente
de relacionamento mais estreito com os professores, as famílias, a comunidade, o sistema e
outros elementos que possam se integrar à escola. Vasconcelos (2006, p. 87) ressalta que

é importante lembrar que, antes de mais nada, a coordenação é exercida por um educador, e como
tal deve estar no combate a tudo aquilo que desumaniza a escola: a reprodução da ideologia domi-
nante, o autoritarismo, o conhecimento desvinculado da realidade, a evasão, a lógica classificatória
e excludente [...], a discriminação social na e através da escola etc.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB N. 9.394/1996), as atri-


buições do coordenador estão aliadas à autonomia para organizar e orientar o trabalho peda-
gógico dentro da instituição de ensino, além de garantir nos variados setores que se faça uma
gestão participativa e democrática. Ainda dentro da LDB, de 1996, o papel do coordenador
pedagógico passou a ser como um articulador, aquele que transita entre expoentes que com-
põem a escola, formando vínculos entre docentes, alunos, famílias e o gestor. Nesta linha, a
função desse profissional é contribuir para que se cumpra, na prática, o que o PPP emprega.
O coordenador deve seguir e procurar orientar para que a rotina pedagógica na escola esteja
alinhada com este documento, seguindo as premissas e procurando executar o que a parte
burocrática exige.
Pensando num projeto político-pedagógico para o Curso de Pedagogia que identifique e
resolva esses conflitos, propomos a mudança com ênfase na estrutura curricular como orga-
nizadora e mediadora na formação dos alunos. A organização do trabalho pedagógico e a ges-
tão educacional estão de acordo com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais e destacam a
cultura organizacional que é o ponto de ligação com as áreas de atuação da organização e da
gestão da escola: projeto pedagógico, gestão, planejamento, currículo e avaliação, buscando o
entendimento das relações ensino-aprendizagem, assim como a articulação das atividades de
direção com a iniciativa e a participação de pessoas da escola e das que se relacionam com
ela. Além da formação que objetiva formar o pedagogo para atuar no espaço escolar, também
contempla-se a atuação deste profissional em espaços não escolares como: organizações
não governamentais, movimentos sociais, empresas entre outros espaços que requerem a
atuação do pedagogo.

6.1. Orientação Pedagógica para Elaboração do Projeto Político


Pedagógico na Escolares
O processo de construção do Projeto Político Pedagógico (PPP), por parte dos educado-
res brasileiros foi garantido legalmente através de uma constante luta travada, que perdurou
por anos, até haver uma abertura democrática no campo educacional. Eles lutaram pelo di-
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reito de participar de sua elaboração nas escolas em que atuavam, pois entendiam que este
processo deveria ser democrático e participativo, diferentemente do que vinha acontecendo.
As discussões da Assembleia Nacional Constituinte de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (Lei n. 9394/96) foram o ponto de partida para pensar a formação sociopolítica
dos educandos, visando a participação de todos nas decisões que envolviam seu percurso
educacional. Isso gerou resultados nas escolas, com a gestão democrática, que além de
uma proposta política, possibilitou a abertura de espaços, para a participação da comunida-
de, nas decisões do processo de ensino. Para auxiliar na democratização surgiram, por sua
vez, documentos e conselhos habilitados para garantir tal processo, sendo que um destes é
o Projeto Político Pedagógico.
O projeto político-pedagógico (PPP) é a principal ferramenta de planejamento e avaliação
de uma escola. Além de definir a identidade da instituição, o documento indica os caminhos
para ensinar com qualidade e garantir a aprendizagem.
Por isso, a sua elaboração precisa ser democrática e envolver toda a comunidade escolar.
Ele deve conter a missão da escola, dados sobre aprendizagem, os recursos disponíveis, as
diretrizes pedagógicas e os planos de ação da escola.
O Projeto Político Pedagógico, também conhecido como Projeto Educativo é um documen-
to elaborado coletivamente pela unidade escolar que deverá contemplar a parceria de toda a
comunidade em seu entorno (direção, famílias, professores, equipe escolar e alunos), com o
objetivo de diagnosticar as necessidades da instituição escolar e direcionar suas ações na in-
tenção de melhorar, analisar e compreender o significado e o processo de construção coletiva
do projeto pedagógico.
Segundo Vasconcellos (1995), o projeto pedagógico:

É um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da es-


cola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, parti-
cipativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da
instituição (p.143).

Entende-se o Projeto Político Pedagógico como um documento de construção coletiva e


participativa norteador das práticas políticas e pedagógicas da escola. Ele é um conjunto de
propostas, metas e objetivos, que a partir de 1988 passou a ser elaborado pela comunida-
de escolar para alcançar maiores resultados no processo educacional. Embora o discurso de
construção coletiva e participativa na elaboração do PPP ocorra por várias décadas, ainda
podemos perceber que a proposta não se efetivou na sua totalidade ou na forma pela qual foi
idealizada. Isso incita questões tanto para os alunos da área pedagógica, como para aqueles
que se interessam pelos processos de construção do ensino.
Para que o PPP não se torne um documento burocrático e sem relação com o cotidiano
da instituição, o diretor e o coordenador pedagógico precisam trabalhar em conjunto para tirar

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as ideias do papel. O PPP deve ser um documento vivo, com informações atualizadas e de
conhecimento de todos, já que será a base para as decisões e apontará as diretrizes para as
atividades que serão realizadas ao longo de todo ano.
O Projeto Político Pedagógico está dividido em duas grandes propostas: uma política, que
se refere ao compromisso da escola frente à sociedade, levando em conta o que Paulo Freire
defendia em Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, e outra, a pe-
dagógica, que apresenta fatores do processo de ensino aprendizagem, que, por sua vez, é o
“saber fazer” deste processo. Enquanto o primeiro assume que educar é um ato político, onde
a formação do sujeito ético-histórico do cidadão deve ser pautada nas premissas da educação
emancipatória. O segundo entende que este processo é “essencial na construção e sistemati-
zação do conhecimento de processos de gestão, prática docente, ações coletivas, culturais e
organizacionais” (BARBOSA, 2011/12, p. 233).
Já para Veiga (1995) o Projeto Político Pedagógico é uma ação intencional que possui um
comprometimento coletivo, haja vista que, esta proposta vai além de uma simples proposta
pedagógica. Este projeto deve se preocupar com a articulação entre o projeto pedagógico e o
político, este último visando priorizar os interesses reais e coletivos da população. Esta cons-
trução deve partir de objetivos e necessidades que surjam no coletivo e que delimitem estraté-
gias e ações para colocá-las em prática, propondo assim uma nova realidade.
Já para Veiga (1995) o Projeto Político Pedagógico é uma ação intencional que possui um
comprometimento coletivo, haja vista que, esta proposta vai além de uma simples proposta
pedagógica. Este projeto deve se preocupar com a articulação entre o projeto pedagógico e o
político, este último visando priorizar os interesses reais e coletivos da população. Esta cons-
trução deve partir de objetivos e necessidades que surjam no coletivo e que delimitem estraté-
gias e ações para 11 colocá-las em prática, propondo assim uma nova realidade.
Outro fator que contribuiu para a reflexão sobre o PPP, nos anos de 1980, foi a entrada de
obras de teóricos estrangeiros da escola de pensamento materialista, com a discussão de
teorias críticas, que contribuíram nesta construção e que demonstram que o Projeto Político
Pedagógico é firmado como uma política educacional. Nos discursos atuais, como na Confe-
rência Nacional de Educação (CONAE) e Plano Nacional de Educação (PNE), defende-se que o
PPP deve ser elaborado em regime de participação, voltado para a realidade local onde estão
inseridas as instituições de ensino, pensando na garantia da autonomia e no melhoramento
constante das ações pedagógicas particularizadas. Sendo, destarte, um instrumento indispen-
sável em uma gestão democrática e participativa, construída coletivamente.
Para ela, o Projeto Político Pedagógico, deve partir da realidade da escola, para permitir aos
professores aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente. A escola nes-
sa perspectiva é vista como uma instituição social, inserida na sociedade capitalista, refletindo
as contradições dessa sociedade, desencadeando lutas para a descentralização em busca de
sua autonomia e qualidade. A escola é um lugar de desenvolvimento da consciência crítica da

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realidade, por isso, para Veiga (1995) é importante garantir sua operacionalização, pois uma
coisa é estar no papel, na legislação, na proposta, no currículo, e outra é estar ocorrendo na
dinâmica interna da escola, no real, no concreto. É preciso entender o Projeto Político Pedagó-
gico da escola como uma reflexão do nosso dia-a-dia. Para tanto, este demanda reservar um
tempo para reflexão da continuidade de ações.
O Projeto Político Pedagógico na concepção de Veiga (2002) deve preocupar-se com a
sociedade de modo a tornar-se relevante para ela, assim sendo é necessário pensar como se
constitui a sociedade, levando em conta sua principal característica: a globalização. Pois o
dinamismo tecnológico exige dos cidadãos a capacidade de participar ativamente do mundo
global, e gera como consequência uma autonomia para buscar conhecimentos constantemen-
te. A escola deve deste modo, selecionar o que é essencial e o que é complementar na organi-
zação do conhecimento curricular, incorporando os novos conhecimentos às experiências de
vida dos alunos. O PPP deve ter como princípio as experiências de vida e a realidade percebida
pelos personagens que fazem parte de sua elaboração e o ponto de chegada constitui-se no
alvo a ser alcançado, qual seja a universalização e a socialização do saber.
As estruturas pedagógicas referem-se em especial às questões de ensino-aprendizagem,
de currículo e de interações políticas. Neste sentido, a autora assinala que a necessidade de
discutir a concepção de currículo subsidiará a Proposta Político Pedagógica fundamentando-
-a. Já que o PPP concretiza-se pelo conceito de currículo escolar adotado pela organização es-
colar que esta define. Na construção do Projeto da escola, os professores das diferentes áreas
devem discutir o currículo e conteúdos a fim de possibilitar a socialização e flexibilização dos
mesmos entre os professores. O currículo implica na interação dos sujeitos que têm o mesmo
objetivo e por um referencial teórico que o sustente. Refere-se ao conhecimento da escola
como um conhecimento dinâmico que necessita adequar-se a faixa etária e aos interesses dos
alunos. O currículo, assim considerado, não é um instrumento neutro e não pode ser separado
do contexto social e histórico do qual faz parte.
Vale a pena ressaltar, entretanto, que todos os momentos possuem sua importância e que
um não se sobressai sobre os demais, ambos participam de um conjunto indissociável. O
momento de pensar a ação é fundamental, pois é ele que dá vida e sentido para a existência
do PPP, por isso a importância e relevância da qualidade do que se deseja desenvolver em tal
diligência. Precisam-se definir ações que se tornem significativas no processo, ou seja, uma
ação possível de ser colocada em prática, que atenda as necessidades reais da instituição e
que possa oferecer resultados. Em suma, é a operacionalização da proposta, é de fato a ide-
alização de quais possibilidades a escola aplicará a despeito de tudo o que foi definido como
finalidade e tudo o que ela identificou como necessidade. É o fechamento essencial de uma
prática possível.
A finalidade primordial do Projeto Político Pedagógico é propor uma formação de organiza-
ção do trabalho pedagógico para superação dos conflitos, buscando acabar com as relações

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competitivas, corporativas e autoritárias buscando transformar a rotina do mundo interno da


escola. Além disso, o PPP tem outras finalidades, tais como:
• Estabelecer Diretrizes básicas de organização e funcionamento da escola, integradas às
normas comuns do sistema nacional e do sistema ou rede a que pertence;
• Reconhecer e expressar a identidade da escola de acordo com sua realidade, caracterís-
ticas próprias e necessidades locais;
• Definir coletivamente objetivos e metas comuns à escola como um todo;
• Possibilitar ao coletivo escolar a tomada de consciência dos principais problemas da es-
cola e das possibilidades de solução, definindo as responsabilidades coletivas e pessoais.

Os resultados indicam que é um processo de planejamento participativo, dinâmico e flexí-


vel, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, define claramente o tipo de ação educa-
tiva que se quer realizar, visando uma educação de qualidade, transformadora e para todos.
Sugere-se que o projeto deva ser vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos
com o processo educativo da escola dentro de uma gestão democrática.
Para Schneider (SCHNEIDER, 2001, p. 40- 44), “a organização da escola compreende o re-
gime de funcionamento que se refere à organização do tempo e do espaço e são responsáveis
pela articulação dos diferentes níveis de ensino”. O planejamento anual perpassa pela sistema-
tização das decisões tomadas pela escola, como suas metas e ações a serem desenvolvidas;
o calendário a ser seguido; a capacitação dos profissionais; as normas e regras da instituição
e a organização do cotidiano. A avaliação institucional é o momento de reflexão para a esco-
la pensar e repensar suas práticas e visualizar os resultados que partiram das necessidades
indicadas na Proposta. A avaliação deve analisar todo o processo, a participação e o envolvi-
mento do coletivo, bem como, refletir as prioridades e os objetivos da instituição. E por fim, a
organização administrativa e pedagógica se responsabiliza 22 por definir o que cada membro
da unidade possui por função, incluindo a organização dos professores, pais e alunos. Na co-
ordenação da equipe gestora e do corpo administrativo da escola é importante também, como
coloca a autora, uma organização

baseada nos princípios participativos, [que] pressupõe [...] a abertura para a negociação, uma vez
que a participação dialógica implica na presença de conflitos, pois o diferente e até mesmo o opos-
to, ou seja, o já colocado, fazem parte do diálogo. No entanto, é necessário reconhecer a existência
de tensões (SCHNEIDER, 2001, p. 42).

Na construção do Projeto Político Pedagógico não existe um formulário pronto e acabado,


mas sim elementos possíveis para sua criação de forma mais cuidadosa e criteriosa. Não há
a intenção de defender uma ou outra teoria, e sim entender que cada uma delas possui impor-
tância neste campo de discussão e fornece contribuições relevantes para o PPP. Sendo assim,
cabe a cada instituição avaliar quais teorias abordadas melhor se enquadram na realidade

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vivida e qual melhor se adequa as necessidades particulares de cada instituição. Lembrando,


porém, que todas possuem estruturas similares quando a pauta é a democratização do ensino.

6.2. A Orientação Educacional e a Construção do Projeto Político-


Pedagógico na Escola: Concepção, Princípios e Eixos Norteadores
Orientação educacional refere-se à assistência dada ao educando a fim de oportunizar seu
pleno desenvolvimento, mediando a relação entre o ambiente escolar, a família e a comunidade.
A orientação escolar prevê ações planejadas que integrem alunos, professores, direção,
currículo escolar e comunidade a fim de promover, de forma humanizada, o desenvolvimento
físico, pessoal, intelectual e moral do discente. A orientação escolar está ligada à formação
das sociedades, quando os homens passaram a preocupar-se não só com a própria sobrevi-
vência, mas também com a de seu semelhante. Dessa forma, desenvolveram grupos destina-
dos a orientar quem necessitava de ajuda.
Nas instituições escolares, o orientador educacional é quem direciona o processo edu-
cacional, juntamente com professores, coordenação e profissionais da gestão. Essa equipe
busca a formação integral e o desenvolvimento pleno do aluno por meio do trabalho com toda
a comunidade. É papel do orientador fortalecer a relação entre a realidade escolar e a realida-
de da comunidade, visto que é de extrema importância que os alunos tenham consciência do
meio em que vivem e do seu papel nele. Além disso, o que acontece no âmbito familiar reflete
no contexto escolar, influenciando todo o processo de ensino-aprendizagem. A atual realidade
tem demandado cada vez mais a presença de orientadores educacionais nas escolas.
Mediar conflitos, trabalhar com a indisciplina, auxiliar os professores a lidarem com as
limitações dos alunos são necessidades que têm atraído esses profissionais para o âmbito
escolar. Nessa perspectiva, o orientador desenvolve métodos que auxiliam a relação entre o
corpo docente, o corpo discente e a comunidade, contextualizando as experiências a fim de
atender às necessidades do aluno e de todos os envolvidos.
O orientador educacional é o profissional que deve preocupar-se com a formação pessoal/
individual de cada estudante da sua instituição. O orientador escolar tem a função de compre-
ender o comportamento dos estudantes, sua relação com os estudos e a escola, bem como
auxiliar na organização e realização da proposta pedagógica da escola; sendo articulador dire-
to entre escola e comunidade, saber ouvir, orientar e dialogar com os pais e/ou responsáveis
sobre a vida escolar dos filhos em relação à aprendizagem, comportamento e responsabilida-
de do corpo discente. O papel do supervisor está relacionado ao trabalho direto com o corpo
docente, enquanto o do Orientador está direcionado aos alunos, auxiliando no seu processo de
construção do conhecimento, em parceria com os professores, com o compromisso da forma-
ção permanente do aluno quanto aos temas transversais, ao respeito mútuo, valores, atitudes,
emoções e sentimentos; sendo capaz de auxiliar e ajudar quando necessário.

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Na escola, o orientador educacional é um dos membros da equipe gestora, ao lado do dire-


tor e do coordenador pedagógico. Ele é o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal
de cada aluno, dando suporte a sua formação como cidadão, à reflexão sobre valores morais
e éticos e à resolução de conflitos.
Por tratar diretamente das relações humanas, o orientador educacional pode ter suas fun-
ções confundidas com as de um psicológico. Essa confusão, no entanto, deve ser evitada,
porque, embora também lide com problemas de convivência e com dificuldades de aprendiza-
gem das crianças, a função do orientador se aproxima mais do aspecto pedagógico e não da
dimensão terapêutica do atendimento.
O papel do orientador é fundamental em uma instituição de ensino, mas em muitas escolas
esse profissional não existe, seu valor foi arquivado por muitos governos do nosso país; consi-
derando-se, não cabe a nenhum outro, que possa intervir em assuntos que dizem respeito ao
suporte pedagógico direto com os professores e seus alunos, muitos de famílias desestrutura-
das e de baixo rendimento escolar.
Quando nos propomos ao estudo do Currículo e da Proposta Político-Pedagógica enquanto
instrumentos a serviço da construção de uma rotina escolar, descobrimos a impossibilidade
de nortear tal tema no plano da realidade sem o acesso ao lastro histórico que evidencia um
passado recente de gestões autoritárias e de políticas educacionais comprometidas com o
projeto fabril (capitalista) de formação humana. A investigação as categorias deste estudo
acompanha, portanto, a necessária revisitação histórica aos procedimentos que conduziram a
estrutura educacional moderna (principalmente a ocidental, e com destaque a brasileira) a um
modelo de gestão educacional descrito segundo as bases da administração científica, e, por-
tanto, comprometida com a otimização de resultados segundo a lógica do capital/da empresa.
O PPP, contemplando a organização do trabalho da escola como um todo, deve estar em-
basado em princípios que norteiam a escola democrática, pública e gratuita, dando identidade
à instituição escolar. De acordo com Veiga (1991, p. 82), os princípios do PPP são: igualdade,
qualidade, gestão democrática, liberdade/autonomia e valorização do magistério. Esses pos-
suem um caráter permanente e fundamentado nas ações pedagógicas. Acreditamos que os
princípios analisados e o aprofundamento dos estudos sobre a organização do trabalho peda-
gógico trarão contribuições relevantes para a compreensão dos limites e das possibilidades
dos PPPs voltados aos interesses das camadas menos favorecidas. Segundo Veiga (1991,
p.82), a importância desses princípios está em garantir sua operacionalização nas estruturas
escolares, pois uma coisa é estar no papel, na legislação, na proposta, no currículo pensa-
do, e outra é estar ocorrendo na dinâmica interna da escola, na ação-reflexão-ação, no real,
no concreto.
A gestão democrática é um princípio fundamental para a elaboração do PPP, constituin-
do-se em um importante direcionamento, pois a partir dela a integralidade das ações da es-
cola, sejam elas políticas ou pedagógicas, são definidas por toda a comunidade escolar. Este

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direcionamento pressupõe que todos os envolvidos no trabalho escolar devem participar das
definições e dos rumos que a escola seguirá para atingir seus objetivos.
É importante que os diretores escolares viabilizem espaços e horários para interação dos
segmentos com seus pares e com outros, por meio de reuniões e assembleias que permitam a
discussão e a troca de ideias sobre as possibilidades e necessidades da escola, de modo que
a comunidade seja ouvida como parte integrante dos processos decisórios.
Segundo Veiga (2013, p.16), a igualdade de oportunidades, mais do que a expansão quan-
titativa de ofertas, necessita da ampliação do atendimento com simultânea manutenção de
qualidade. A Constituição Federal, a LDBEN n. 9.394/96 e a Lei n. 8.069/1990, que trata do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), também citam a igualdade de condições para
acesso e permanência na escola. Assim, para enfrentar este desafio, é imprescindível a pre-
visão de ações e estratégias de acompanhamento para todos os estudantes, especialmente
aqueles que se encontram em situação de risco de abandono e/ou vulnerabilidade, no sentido
de assegurar a permanência na escola. Há que se prever uma prática pedagógica diferenciada
para os estudantes com dificuldades de aprendizagem.
O desafio do PPP é propiciar uma educação de qualidade para todos, não sendo um privi-
légio de minorias econômicas e sociais, além de assegurar um padrão mínimo de qualidade
para a instituição de ensino.

Segundo Veiga (2013, p. 17), A escola de qualidade tem obrigação de evitar de todas as maneiras
possíveis a repetência e a evasão. Precisa garantir a meta qualitativa do desempenho satisfatório
de todos. Qualidade para todos, portanto, vai além da meta quantitativa de acesso global, no sentido
de que as crianças, em idade escolar, entrem na escola. É preciso garantir a permanência dos que
nela ingressarem.

O princípio da liberdade está sempre associado à ideia de autonomia, a qual nos reme-
te para regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem impo-
sições externas. A liberdade deve ser considerada, também, como liberdade para aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma intencionalidade defi-
nida coletivamente.
De acordo com Medel (2008, p. 54), a autonomia refere-se à capacidade de governar e de
dirigir-se dentro de certos limites definidos pela legislação e pelos órgãos do sistema edu-
cacional, auxiliando os vários atores a estabelecerem os caminhos que a escola define para
percorrer. Faz-se necessário compreender que quanto mais a instituição de ensino adquire
autonomia e competência, mais responsabilidade ela assume diante da comunidade.
A qualidade de educação está estreitamente relacionada à formação inicial e continuada,
condições de trabalho e remuneração dos profissionais do magistério. A formação continuada
é indispensável para a discussão da organização da escola como um todo e de suas rela-
ções com a sociedade. Dessa forma, o PPP deve contemplar a formação dos profissionais da

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­ scola, sendo necessário que o diretor investigue as necessidades destes para a sua formação
e
continuada, elaborando seus programas com apoio da entidade mantenedora. É importante
que o diretor oportunize tempos e espaços para a formação continuada em serviço, acom-
panhando e estimulando a participação de todos os profissionais da educação nos eventos
previstos no Calendário Escolar.
• O eixo da flexibilidade está vinculado à autonomia, possibilitando que a escola organize
seu próprio trabalho pedagógico.
• Eixo de avaliação que reforça um aspecto importante a ser observado nos diversos ní-
veis do ensino público.
• O eixo da liberdade que se expressa no âmbito do pluralismo de ideias e concepções
pedagógicas e da proposta de gestão democrática do ensino público, que será definida
em cada sistema de ensino.

6.3. Gestão Educacional Decorrente do Projeto Político-Pedagógico


A gestão educacional é uma das instâncias que compõe a gestão governamental, e atual-
mente vem ganhando destaque na pauta das discussões no âmbito nacional e internacional.
Esse fenômeno se explica pela compreensão de que a educação é um dos fatores determi-
nantes para o desenvolvimento de um país. Deste modo, o tema tem despertado interesse
de estudiosos, como também tem crescido a oferta de cursos de formação relacionados a
esse campo.
Segundo Vieira (2002), “o regime de colaboração é uma forma de articulação capaz de res-
ponder aos crescentes requisitos de uma oferta de educação básica em sintonia com as deman-
das da sociedade do conhecimento”. No qual, as atribuições estão bem definidas, porém em
nem um momento é deixado de lado a principal finalidade de construção de sistema educacio-
nal sólido, acessível à população e que tenha um mesmo padrão de qualidade.
Em suma, para o alcance do sucesso da gestão educacional deve ser realizada uma arti-
culação estreita entre o conhecimento de suas responsabilidades com a responsabilização de
cada instância, trazendo por consequência a garantia desse direito inalienável de todos que é
a educação.
Diferente da Administração Escolar, que trata dos recursos materiais e financeiros dispo-
níveis para garantia da qualidade de ensino, a Gestão Escolar trabalha com a finalidade de dar
significado aos recursos atribuídos e à forma como serão utilizados no processo da educação.
Portanto, Gestão Escolar é a forma de administrar a escola como um todo. Para um com-
pleto desenvolvimento educacional, o profissional responsável pela área deve observar as ne-
cessidades e particularidades de cada setor, promovendo uma melhor relação e desenvolvi-
mento das atividades.
Seu objetivo é orientar a busca de resultados e fortalecimento da liderança, motivando as
equipes no alcance dos objetivos, além de enfatizar a qualidade do currículo por competências

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e promover estímulos à participação dos pais no processo de busca da excelência do ensino-


-aprendizagem.
Tendo isso em vista, cada instituição de ensino deve planejar e executar sua proposta pe-
dagógica, administrar os recursos materiais da instituição, zelar pelo ensino-aprendizagem do
discente e promover a integração entre a instituição e a comunidade.
O primeiro passo é o planejamento. Para tudo que fazemos, é necessário planejar com antece-
dência para evitar surpresas desagradáveis e, com a gestão escolar, não é diferente. É importante
buscar listar todas as mudanças que serão realizadas e criar um cronograma de adaptação, evitan-
do que uma alteração brusca na rotina de alunos e corpo decente possa ter influências negativas.
Vivemos em uma era de contínuas mudanças e essa realidade também se aplica ao meio
pedagógico. O gestor deve estar atento as novidades que venham a surgir e aberto para abra-
çar algumas dessas alterações. Isso auxilia na evolução do ambiente escolar e na melhora
dos resultados dos alunos como um todo, que estarão preparados para lidar com os novos
desafios impostos pela sociedade.
Uma das principais dificuldades de inserir uma mudança no modo de gestão de uma insti-
tuição de ensino é a resistência do corpo docente e demais profissionais que desenvolvem as
atividades de apoio da organização. É preciso demonstrar aos colaboradores o valor agregado
por uma mudança tão grande e isso pode ser conquistado por meio de treinamentos, capaci-
tações, palestras e eventos voltados para a gestão escolar.
Um erro cometido por muitos gestores de instituições de ensino é tomar para si toda a res-
ponsabilidade acerca de qualquer assunto relacionado a instituição, desde o conteúdo peda-
gógico até uma determinada reforma no ambiente escolar. No entanto, manter sobre si o peso
de todas as decisões pode sobrecarregar o administrador, além do fato de que ninguém tem
conhecimentos apropriados para tomar as melhores decisões em todos os assuntos.
O ideal é dividir a responsabilidade e delegar decisões simples a outros colaboradores, rea-
lizando a descentralização da gestão. Essa ação facilita o melhor gerenciamento dos recursos
e permite que o gestor demande um maior tempo para atividades estratégicas.

6.4.
Processo de Planejamento: Importância, Dimensões,
Componentes e Instrumentos
Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planeja-
mento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem
consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado,
desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo.
O planejamento representa o processo de síntese do conhecimento, constituindo-se
em um espaço centrado na aprendizagem, tendo como referência o direito ao acesso aos
­conhecimentos elaborados histórica e socialmente. “É uma mediação teórico-metodológica
para a ação consciente e intencional”. (VASCONCELLOS, 1995, p. 79)

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É reflexão, é processo mental, é abordagem teórica, é tomada de decisão, é previsão de


uma ação, é intencionalidade.
Na prática pedagógica, não podemos agir só com base no improviso, pois “Ensinar requer
intencionalidade e sistematização” (FUSARI, 1990).
O poder de improvisação é sempre necessário, mas não pode ser considerado regra. “Não
há ensino sem planejamento” (GANDIN, 1991).
Não é preciso refazer a missão todo ano. Geralmente, ela dura de dois a cinco anos. Deve
ser alterada quando a equipe percebe que os princípios já não correspondem às suas aspira-
ções (os objetivos iniciais foram alcançados ou precisam ser modificados), a clientela é outra
(aconteceram mudanças na comunidade) ou o contexto escolar teve alterações (introdução
do Ensino Fundamental de nove anos ou a chegada da Educação Infantil ou de Jovens e Adul-
tos). Esse trecho deve ser respaldado nos planos municipal ou estadual de Educação.
Clientela, dados sobre a aprendizagem, recursos, relação com as famílias, diretrizes e pla-
no de ação devem ser revistos e atualizados ao longo do ano – e isso pode ser feito durante
as reuniões pedagógicas e institucionais, nos encontros do Conselho Escolar e na semana de
planejamento. Para tanto, a cada encontro, defina quem será o responsável por sistematizar
os dados e inseri-los no PPP.
O ideal é que o PPP seja montado em um arquivo eletrônico, no computador, e, depois de
impresso, colocado em uma pasta arquivo para facilitar o acesso e as alterações durante o ano.
Professores e funcionários podem receber cópias do documento, quando possível, para
que consultem sempre que surgirem dúvidas. É interessante elaborar uma versão resumida
para entregar aos pais no ato da matrícula.
Os objetivos do planejamento: resgatar a intencionalidade da ação educativa, superar o
caráter fragmentado das práticas educativas, racionalizar os espaços e recursos para atingir
os fins do processo educativo, superar as imposições ou disputas de vontades individuais,
construindo a participação de todos na Gestão Democrática.
Importância do planejamento: evita/diminui a “rotinização” e a improvisação, contribui para
a realização dos objetivos visados, promove a eficiência no ensino, garante economia de tem-
po e energia.

Fases do planejamento:
• Elaborar: ver a ação global em que se está, decidir o tipo de sociedade, de pessoa, de
educação, de escola (realidade desejada); verificar a distância entre a realidade existen-
te e a desejada e propor ações, atitudes e normas orgânicas para diminuir esta distância;
• Executar: agir em conformidade com o que foi proposto;
• Avaliar: revisar cada um dos momentos, cada uma das ações, atitudes e normas e cada
um dos documentos derivados.

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Etapas do planejamento: diagnóstico da realidade, pensar sobre as questões elementares,


elaborar plano, proposta ou projeto que sistematize o pensamento, execução e avaliação do
plano, proposta ou projeto (revisar e adaptar).

Dimensões de um planejamento:
• Planejamento político: capacidade de conceber, operacionalizar, fazer opção no conjun-
to de valores, de conhecimentos que constituem, para o conjunto de pessoas envolvidas,
a dialética entre o horizonte e o “aqui e agora”. Portanto, deve ser construído coletiva-
mente, tendo na dialética uma forma de perceber que mundo é possível ser construído
e a favor de quem se destina a educação almejada.
• Planejamento operacional: a organização e a dinâmica de relações das opções feitas
no planejamento político, sustentadas por metodologias, modelos e técnicas de busca
da coerência entre o discurso e a prática. O discurso tem a dimensão política e a prática
tem a dimensão operacional.
• Planejamento democrático: exige relações democráticas de trabalho entre os diversos
profissionais e uma relação dialógica entre professor e educando, é espaço rico e perti-
nente à democratização das relações e do saber na formação de valores.

Marcos do PPP:
• Marco Situacional: identifica, explicita e analisa os problemas e necessidades presentes
na realidade social e suas influências nas práticas educativas da escola.
• Marco Conceitual: expressa a opção teórica que revela a aspiração social e educacional:
o que se pretende alcançar em termos de transformação da prática pedagógica e social.
• Marco Operacional: apresenta as grandes linhas de ação referentes: gestão democráti-
ca; currículo escolar, formação continuada e qualificação das condições físicas e didá-
tico-pedagógico.

Dimensões do PPP
• Dimensão Administrativa: possibilita à concretização da proposta educativa da escola,
através da gestão financeira e patrimônio da escola, manutenção e conservação do es-
paço físico e administração de pessoal.
• Dimensão política: estabelece o compromisso de formar cidadãos para a sociedade.
Efetiva-se através elaboração de mecanismos para participação da comunidade local e
escolar na construção do PPP e também implementa as relações da escola com o sis-
tema de ensino e a sociedade.
• Dimensão Pedagógica: define as ações educativas da escola para atingir seus objetivos,
por exemplo, gestão do currículo, tempo pedagógico, equipes docentes, formação con-
tinuada, recursos didáticos e desenvolvimento de projetos educativos.

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• Dimensão Jurídica: define a relação da escola com outras instâncias, como municipal,
estadual, federal e outras instituições.

As dimensões devem ser percebidas e compreendidas de forma articulada e interligada,


essas dimensões são permeadas pelos aspectos socioculturais característicos da realidade
na qual a escola está inserida, é necessária sua compreensão para transformar a escola em
um espaço de mudanças, a partir do trabalho coletivo e da vontade dos seus próprios atores.
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) deve se constituir na referência norteadora de todos
os âmbitos da ação educativa da escola. Por isso, sua elaboração requer, para ser expressão
viva de um projeto coletivo, a participação de todos aqueles que compõem a comunidade
escolar. Todavia, articular e construir espaços participativos, produzir no coletivo um projeto
que diga não apenas o que a escola é hoje, mas também aponte para o que pretende ser, exige
método, organização e sistematização.
Queremos dizer que não é apenas com “boas intenções” ou voluntarismo que se constrói
um projeto dessa natureza; é preciso muito trabalho organizado se quisermos, de fato, que o
projeto proposto desencadeie mudanças na direção de uma formação educativa e cultural, de
qualidade, para todas as crianças e jovens que frequentam a escola pública. Vazquez (1977),
ao discutir a questão da práxis, compreendida como prática transformadora, já chamava a
atenção para a necessidade de ações intencionalmente organizadas, planejadas, sistematiza-
das para a realização de práticas transformadoras.
Começar elucidando os termos pode nos auxiliar a posicionar mais claramente a relação
entre PPP e gestão democrática da escola, especialmente em tempos em que uma pluralidade
de orientações teórico-metodológicas tende a ser assimilada pelas escolas públicas, diluindo-
-se, muitas vezes, nas distintas vinculações políticas, ideológicas e organizacionais que lhes
dão direção.
A palavra projeto traz imiscuída a ideia de futuro, de vir-a-ser, que tem como ponto de parti-
da o presente (daí a expressão “projetar o futuro”). É extensão, ampliação, recriação, inovação,
do presente já construído e, sendo histórico, pode ser transformado: “um projeto necessita re-
ver o instituído para, a partir dele, instituir outra coisa. Tornar-se instituinte”. (GADOTTI, 2000).
Compreender essa dialética entre o político e o pedagógico torna-se imprescindível para
que o PPP não se torne um documento pleno de intenções e vazio de ações; de pouco adianta
declarar que a finalidade da escola é “formar um sujeito crítico, criativo, participativo”, ou anun-
ciar sua vinculação às teorias críticas se, nas suas práticas pedagógicas cotidianas, perduram
estruturas de poder autoritárias, currículos engessados, experiências culturais empobrecidas.
Ao contrário, é desvelando essas condições, afirmando seu caráter político, que a escola, por
meio de seu Projeto Político-Pedagógico, pode mobilizar forças para mudanças qualitativas.
Segundo Veiga (2003), tanto a inovação regulatória como a emancipatória provocam mu-
danças na escola, contudo, há diferenças substanciais que acompanham cada uma delas.

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Enquanto as inovações do tipo emancipatório têm sua origem e destino nas necessidades do
coletivo da escola, as inovações regulatórias decorrem de prescrições, de recomendações ex-
ternas à escola; tendem a ser burocratizadas, não sendo resultado de processos participativos
e partilhados pela comunidade escolar. Predominam, nas inovações regulatórias, aspectos
técnicos, ao passo que na primeira prevalecem preocupações de cunho político-cultural.
Na construção do PPP, Veiga (2003) parte do princípio de que a inovação emancipatória
não pode ser confundida com reforma, invenção ou mudança; ela se constitui, de fato, em
processos de ruptura com aquilo que está instituído, cristalizado. A inovação emancipatória
é resultante da reflexão sobre a realidade da escola, tomando-se sempre como referência as
articulações entre essa “realidade da escola” e o contexto social mais amplo. Baseia-se em
processos dialógicos e não impositivos, na comunicação e na argumentação, e não na imposi-
ção de ideias, valorizando os diferentes tipos de saberes.
Cabe aos gestores escolares exercerem a liderança na condução da elaboração e ou atu-
alização do PPP e seu carisma para sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância
da construção do PPP que seja, de fato, representativo da escola e de sua comunidade e que
possa promover as mudanças necessárias no espaço escolar rumo à melhoria da qualidade
do ensino e promoção da formação para a cidadania. Como vimos, o projeto é um empreendi-
mento que demanda postura colaborativa entre os diversos segmentos envolvidos.
O PPP constitui-se em um trabalho em grupo e não do grupo, pois representa a proposta
de trabalho da escola, demanda a formação de uma equipe envolvida e compromissada na
qual as pessoas, cada uma com seus talentos, se relacionam em direção a um alvo em comum
(PRADO, 2005, p. 57)
A gestão democrática possibilita a construção da escola como espaço aberto ao diálogo
no qual os diversos atores envolvidos na ação educativa têm voz ativa. Cabe ao gestor efetivar
um modelo de gestão comprometido com a busca de soluções para os problemas e superação
dos conflitos que fazem parte do cotidiano escolar.
Em uma escola verdadeiramente democrática, é preciso que os gestores estejam atentos
à diversidade sociocultural que permeia o espaço escolar, uma vez que a comunidade escolar
é composta por sujeitos com desejos, interesses e anseios em relação à educação bastan-
te diversos.
As dimensões política e pedagógica do Projeto Político Pedagógico configuram a base
conceitual deste documento. Elas definem a organização administrativa e pedagógica da es-
cola e estão relacionadas à construção da identidade da escola, sua filosofia, missão, valores,
concepção de sociedade e de homem, de proposta curricular e definição da organização e
utilização do espaço escolar.
A organização do espaço escolar a partir das dimensões política e pedagógica do Projeto
Político Pedagógico cria um espaço harmonioso onde mesmo os atores envolvidos na práxis

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educativa exercendo funções diferentes se dão conta da importância deste e dos outros na
conquista dos objetivos, metas e estratégias estipulados em comum acordo. (LIBÂNEO, 2001)
A construção da identidade da escola perpassa as dimensões política e pedagógica do
Projeto Político Pedagógico. A dimensão política se refere à visão de sociedade e de homem.
O PPP é político porque

Todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado
ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É políti-
co, no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. A dimensão
política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica.
(SAVIANI, 1983, p. 12).

Ao definir a visão de mundo, de sociedade, de homem que a escola (gestores, professores,


profissionais da escola, pais, familiares, comunidade) deseja para as crianças e jovens, diante
de inúmeras opções, a escola faz suas escolhas, o que representa um posicionamento político.
A dimensão pedagógica do PPP possibilita a efetivação da intencionalidade da escola,
que é a formação do cidadão participativo, compromissado, responsável e crítico. A proposta
curricular deve conter a definição do que deve ser ensinado, como ensinar e com qual finali-
dade, e precisa atender à base legal (LDBEN, 9394/96, as Diretrizes Curriculares Nacionais e
a documentação oficial da Secretaria de Educação). A base legal oferece orientações para a
construção do currículo da escola que deve ser composto por uma base nacional comum – os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – e uma parte diversificada para atender às especi-
ficidades da comunidade escolar.
Para o autor, essas quatro grandes dimensões se relacionam e se condicionam mutua-
mente, evidenciando aquilo que historicamente culminou nas finalidades da escola pública.
Quando trata da primeira dimensão – a educação como fundamento da democracia — o autor
se refere à relação entre conhecimento, liberdade e autonomia, argumentando que uma de-
mocracia só é inclusiva se há possibilidade de autonomia dos sujeitos; para que isso ocorra, é
preciso que todos exerçam seus direitos políticos efetivamente. A participação efetiva requer
em seu exercício consciência e clareza tanto dos problemas quanto das possibilidades de que
se dispõe.
Gadotti (2000), ao discutir Projeto Político-Pedagógico também aponta como princípios
centrais para a gestão democrática da escola: autonomia e participação. Segundo o autor, es-
ses princípios garantem que o PPP não se torne apenas uma “carta de intenções”, ou apenas
um plano orientado por metas e estratégias. Ao ressaltar esses dois princípios, o autor afirma
que “a autonomia e a gestão democrática da escola fazem parte da própria natureza do ato
pedagógico. A gestão democrática da escola, é, portanto, uma exigência do seu Projeto Políti-
co-Pedagógico”. Resgatando o sentido antropológico do aprender, como atividade especifica-
mente humana, Gadotti (2000) lembra que o

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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[...] aluno aprende apenas quando se torna sujeito de sua aprendizagem. E para ele tornar-se sujeito
de sua aprendizagem ele precisa participar das decisões que dizem respeito ao projeto de escola
que faz parte também do seu projeto de vida. Não há educação e aprendizagem sem sujeito da edu-
cação e da aprendizagem. A participação pertence à própria natureza do ato pedagógico.

As dimensões política e pedagógica devem ser compreendidas de forma articulada e in-


tegrada, pois são permeadas pelos aspectos social, econômico e cultural característicos da
comunidade da qual a escola faz parte. O Conhecimento sobre essa realidade é fundamental
para a transformação e consolidação da escola como espaço democrático e de mudança.
Essas dimensões, segundo Veiga (2001), são indissociáveis e devem coexistir harmoniosa-
mente. A dimensão administrativo-financeira do Projeto Político Pedagógico diz respeito aos
aspectos gerais de organização da escola (gerenciamento, registros, patrimônio físico etc.)
e às questões de captação e aplicação dos recursos financeiros. O PPP conta, também, com
uma dimensão jurídica, que trata da legalidade das ações e relacionamentos com outras ins-
tâncias e instituições. Os processos administrativos possibilitam o desenvolvimento das con-
dições para a concretização da proposta político-pedagógica da escola, envolvendo a gestão
financeira, manutenção e conservação do espaço físico da escola e administração de pessoal.

Resumindo dimensões do PPP:


Política: compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade; Formu-
lação de mecanismos de participação da comunidade local e escolar na construção e con-
solidação do PPP; Tipo de relações estabelecidas entre a escola com o sistema de ensino e
com a sociedade.

Pedagógico: Definir as ações educativas da escola, visando a efetivação de seus propó-


sitos e sua intencionalidade; Gestão do currículo; Formação continuada; Recursos didáticos;
Desenvolvimento de projetos educativos.

Administrativa: Desenvolvimento das condições para a concretização da proposta educa-


tiva da escola; Gestão financeira e do patrimônio da escola, manutenção e conservação do
espaço físico; Administração do pessoal da escola.

Jurídica: Relação da escola com outras instâncias do sistema de ensino: Estadual, Federal
Atendimento à legislação educacional vigente.

Marco Referencial: Representa um conjunto dos valores nos quais a comunidade escolar
acredita e das aspirações que têm em relação à aprendizagem dos alunos. O marco referen-
cial define a identidade da escola. Para sua elaboração, os segmentos envolvidos no processo
de construção do PPP precisam responder às perguntas: Para nós, o que é Educação? Que

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aluno queremos formar? E, para qual sociedade? Definir um marco referencial significa definir
o conjunto de referências teóricas, políticas, filosóficas que balizará o trabalho da escola. Tra-
ta-se da explicitação das ideias, das concepções, teorias que orientarão a prática educativa
da escola. Para que isso seja possível, é preciso compreender as relações existentes entre a
escola e a realidade em que está inserida, realidade não apenas local, mas nacional e mundial.
Significa compreender o sentido histórico da educação e da escola pública, compreendendo
suas transformações atuais, à luz dos processos históricos que a determinam. Dessa relação
entre o global, o nacional e o local, pode-se então compreender a “realidade” da escola

Marco Situacional: Caracterização da escola e da comunidade escolar. Representa a per-


cepção dos segmentos envolvidos na construção do PPP em torno da realidade da escola e da
comunidade na qual está inserida. O marco situacional refere-se à reflexão sobre as relações
da educação, da escola em sua inserção histórica, e suas relações com contextos sociais mais
amplos; trata-se de problematizar a educação relacionando-a com outras dimensões da rea-
lidade, não apenas em nível local, mas também nacional e mundial. Procura-se compreender
os nexos e as relações dos problemas locais compreendendo-os como parte desse contexto
mais amplo. O ponto de partida é a realidade local da comunidade em que se insere a escola,
os modos de vida dos sujeitos que compõem seu coletivo, as formas organizativas e comuni-
tárias, as culturas locais, a ocupação e organização dos espaços comunitários etc. A discus-
são desses elementos possibilita apreender as mudanças em seu caráter histórico, discutir
valores, conhecer as representações do grupo sobre a sociedade brasileira, sobre sua comuni-
dade, identificar satisfações e insatisfações, expectativas. A discussão do marco situacional
desencadeia processos de reflexão relacionados aos valores sociais e políticos relacionados
à sociedade e à educação que levam ao debate e ao estabelecimento do marco doutrinal do
Projeto Político-Pedagógico, ou seja, da explicitação dos fundamentos teóricos, políticos e so-
ciais que o fundamentam. Doutrinal, nesse caso, não se refere a doutrina, dogmatismo, mas
à discussão da base teórica que sustentará o PPP da escola, que dará norte às suas ações.
Procura-se discutir, nesse eixo, o tipo de sociedade que queremos construir, qual a formação
social e cultural que queremos para nossas crianças e nossos jovens.

Marco Conceitual: Corresponde à definição dos pressupostos e à fundamentação teórica


que nortearão o trabalho pedagógico da escola. O processo de elaboração do Marco Con-
ceitual possibilita a todos os atores envolvidos na elaboração do PPP, tanto a explicitação,
quanto o debate e a busca de consenso mínimo em torno de conteúdos epistemológicos, éti-
cos, políticos-pedagógicos, metodológicos que assegurarão a formação de sujeitos críticos,
participativos, transformadores da realidade na qual vivem. O Marco Conceitual que, como
o próprio termo designa, deve orientar, do ponto de vista teórico-filosófico, as ações seguin-
tes. Trata-se daquilo que em educação aprendemos a chamar da “concepção teórica” que nos

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orienta. ­Todos os segmentos da comunidade escolar podem ser chamados a contribuir com
esse debate, fazendo pesquisas sobre aspectos específicos (estudantes, pais, professores,
funcionários), coletando notícias sobre a educação no país, na região (recortes de jornais, de
revistas), realizando entrevistas, preparando pequenos textos para a discussão, organizando
seminários ou palestras. Crianças podem ser chamadas a expressar, usando outras lingua-
gens que não apenas a verbal, a “escola que queremos”. Certamente, se chamadas, terão im-
portantes contribuições a nos dar. Enfim, observando as particularidades dos diversos grupos
que compõem a comunidade escolar, é possível se criarem condições objetivas para a partici-
pação efetiva de todos.

Marco Operacional: Ações a serem desenvolvidas. Diz respeito às ações que deverão ser
implementadas para que a escola possa atingir os objetivos e metas propostos no PPP. No Mar-
co Operacional também constam as funções de controle e avaliação do PPP, que se referem à
proposição de mecanismos de monitoramento das atividades e ações realizadas, com o pro-
pósito de garantir que os objetivos, metas e estratégias previstas no Projeto Político Pedagógi-
co serão atingidos dentro do prazo estipulado e de mecanismos que assegurem a implantação
de ações corretivas. o marco operativo, relacionado às relações da escola com a sociedade;
trata-se aqui de uma discussão vinculada ao contexto local, com aquilo que é específico da
escola como instituição social e, de modo particular, da escola em que se trabalha, se estuda;
o marco operativo se refere, então, à realidade local, traduz as necessidades, expectativas, do
grupo e seus anseios por mudança. Trata-se da discussão da escola que queremos. Conforme
Gandin (1994, p. 82), o marco operativo é “também uma proposta de utopia, no sentido que
apresenta algo que se projeta para o futuro [...]”; todavia, como alerta o autor, para que o marco
operativo não se torne um palavreado vazio, é preciso que este tenha um forte aporte teórico.
O marco operativo não é o plano ou programação de ação; ele dá base e sustenta este plano
de ação; refere-se à realidade desejada.

Pensar a operacionalização do PPP é ponto fulcral uma vez que ele sintetiza o planeja-
mento da escola, dá um rumo, um norte para a condução da gestão administrativo-financeira e
pedagógica da escola. O papel dos gestores neste processo envolve o emprego de

Estratégias, onde a comunicação exerce papel fundamental, como ponto de partida para que todos
se entendam. Assim é importante ao gestor discutir soluções possíveis e promover negociações,
assumir responsabilidades e deixar que os outros também assumam; ser ouvido, mas também ou-
vir, valorizar os aspectos positivos do grupo, deixando claras as suas intenções para com a escola e
zelar pela total transparência de todas as ações.(VASCONCELOS, 2004, p.62)

A construção do PPP, de forma participativa, possibilita que as pessoas discutam a esco-


la – nas dimensões política, pedagógica, cultural, que ressignifiquem suas práticas, atualizem

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valores, explicitem suas expectativas e utopias, revelem suas queixas, construam novos valo-
res, evidenciem seus conhecimentos, saberes, enfim, estabeleçam novos parâmetros, novas
relações de convivência e de trabalho coletivo.
Para facilitar a exposição das dimensões constituintes da construção do Projeto Político
Pedagógico da escola, apresentaremos separadamente cada uma delas, esclarecendo desde
já que elas se condicionam mutuamente. Para cada um desses aspectos, apresentaremos
também estratégias e sugestões de atividades que podem facilitar a elaboração do planeja-
mento do processo de construção do PPP. Lembramos ainda que nenhuma dessas dimensões
são estáticas, imutáveis; ao contrário, são dinâmicas, sofrendo modificações, reestruturações
ao longo do processo. Esse caráter dialético está expresso, aliás, em uma concepção que
acompanha toda a discussão do PPP: seu caráter processual.
Essas dimensões, relacionadas entre si, vinculam-se, por sua vez, a outras, tais como: es-
trutura da escola, grupo docente, funcionários, cultura da escola, relações com os pais, estu-
dantes, relações entre os distintos segmentos da escola entre si, determinações e vinculações
institucionais (com as diferentes instâncias dos sistemas de ensino, legislações etc.) e pro-
cessos escolares de um modo geral. Tudo isso nos revela a complexidade do contexto escolar
e a importância do PPP como instrumento de direção, de orientação às atividades da escola.

Um resumo de tudo
O PPP é um documento orientador do trabalho pedagógico realizado pela escola, e para
a organização deste documento, a dinâmica da sala de aula e o trabalho do professor são
os grandes referenciais. Nele estão estabelecidos os pilares e as ações para que a escola
possa desempenhar sua função social, além dos direcionamentos administrativos e financei-
ros. A construção do PPP bem como o processo de atualização deste documento é marcada
por contradições e conflitos, uma vez que, a participação efetiva dos profissionais da escola,
alunos e seus familiares, comunidade externa e órgãos públicos trazem para as discussões
diversas concepções, crenças, práticas, demandas, convicções, interesses que precisam ser
aglutinados para a elaboração de um compromisso político e pedagógico coletivo.
Diversos estudos que têm tematizado a problemática da construção do PPP nas escolas
brasileiras – relatos de experiências, pesquisas, têm apontado também uma diversidade de
caminhos seguidos nessa construção. Contudo, encontramos alguns pontos de convergência
em torno de alguns “passos” que são apontados como importantes na elaboração do projeto:
a) definição de um marco referencial ou conceitual, que expresse as concepções político-filo-
sóficas da escola com relação à educação, à escola e suas finalidades; b) a elaboração de um
diagnóstico da realidade escolar, ou análise da realidade escolar; c) a definição de um plano ou
programação de atividades – objetivos, estratégias etc.; d) a divulgação do PPP (torná-lo um
documento a ser conhecido por toda a comunidade escolar) e, por fim, e) a aprovação do PPP
em instâncias colegiadas ou em fóruns de representação direta, como assembleia da escola.

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De acordo com Veiga (2000, p. 23), “a escola persegue finalidades”, por isso é preciso ter
clareza das mesmas. Ao ressaltar a importância da reflexão sobre as finalidades e os objetivos
da escola, a autora afirma o caráter dialético desse movimento, ao destacar que as questões
levantadas geram respostas que, por sua vez, levam a novas interrogações; esse esforço pos-
sibilita a identificação das finalidades da escola, de quais precisam ser reforçadas, quais estão
sendo relegadas ao segundo plano.
O PPP traduz a “alma da escola”, a essência do trabalho pedagógico a ser realizado. Suas
considerações serão incorporadas ao regimento da unidade e aos Planos de Estudo. Esses
documentos, posteriormente, irão determinar o modo de funcionamento e os conhecimentos
escolares a serem trabalhados no dia a dia para que a escola caminhe em direção aos objeti-
vos definidos, colaborativamente, pela comunidade escolar.
O processo de construção do projeto político-pedagógico de uma escola é dinâmico,
exige esforço coletivo e comprometimento. Não é apenas a elaboração de um documento
escrito; deve ser legitimado na ação. É um desafio para a transformação da realidade que se
apresenta. Por isso, a mudança na forma de organização e na gestão são imprescindíveis
para sua efetivação.
A elaboração do Projeto Pedagógico deve ir além de seguir regras inseridas dentro da le-
gislação, ele vai muito mais longe. O que está na legislação são os meios de como alcançar os
objetivos para a elaboração do PPP e proclama o direito de usufruir a liberdade que autoriza ao
coletivo da escola estabelecer as ações fundamentais para que se construa o cidadão desejá-
vel. Eyng traz com clareza uma definição de Projeto Político Pedagógico:

Projeto porque faz uma projeção da intencionalidade educativa para futura operacionalização [...],
político porque define uma posição do grupo, supõe uma proposta coletiva, consciente, fundamen-
tada e contextualizada para a formação do cidadão [...], pedagógica porque define a intencionalida-
de formativa, expressa uma proposta de intervenção formativa. (EYNG 2002. p.26).

O projeto político-pedagógico visa ir além de conglomerados de planos de ensino e de


variadas atividades. Vale ressaltar que o projeto deve ser feito e colocado em prática, pois
muitas das vezes é engavetado e a ideia que passa é que o mesmo só é elaborado por conta
de questões burocráticas para que agrade às autoridades educacionais. Ele é elaborado expe-
rimentado a todo instante, por todos comprometidos com o encadeamento educacional.
O projeto propõe buscar um norte para a realidade. Trata-se de maneira provocativa chegar
ao um consenso, juntamente com todos os envolvidos no mesmo. Nessa visão, pode-se dizer
que todo projeto pedagógico escolar é também um ato político, haja visto que está ligado aos
interesses de toda a comunidade, esta compromissada com os fins políticos e sociais e cole-
tivos da população predominante. Quando se fala que é político é porque está ligado ao bem
comum e tem um comprometimento com a efetivação da cidadania para que esta se insira de

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maneira adequado ao meio social. “A dimensão política se cumpre na medida em que ela se
realiza enquanto prática especificamente pedagógica” (Saviani 1983, p. 93).
O projeto político-pedagógico quando é elaborado de forma democrática, decisoriamente
falando, inquieta-se em compor de maneira organizacional no que tange o trabalho pedagógi-
co, consequentemente é tido como algo que busca superar os desafios e conflitos que existe
na escola, liberta-se da rivalidade entre os envolvidos, elimina o autoritarismo, rompendo com
a rotina do controle impessoal, fundamentado da burocracia que ocorre nas relações internas
da escola. Quando isso acontece, há uma queda dos efeitos de quebra da hierarquização do
trabalho e elimina as diferenças.
Assim, o projeto político-pedagógico está intrinsicamente ligado com a organização do
trabalho pedagógico em dois padrões: observando a escola de uma maneira geral e como
está organizada a sala de aula, isso se insere no contexto social de forma imediata, buscando
salvaguardar a visão do todo. Nesse caminho é de grande importância salientar que o projeto
político-pedagógico tem a intenção de ir em busca da organização da escola de maneira geral.
O entendimento do projeto político-pedagógico neste trabalho, infere-se na própria orga-
nização do trabalho pedagógico da escola. Para que se possa construir um PPP é necessário
que se inicie focado nos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e
valorização do trabalho docente. A escola nasce como um espaço que é marcado pelas ideias
e práticas paradoxais, e ainda, direcionam para uma batalha constante ou relaxamento dos
envolvidos na organização da prática pedagógica.
O que deve ser destacado é que há a necessidade de fazer uma análise e entender como
funciona o trabalho pedagógico, no sentido de dirigir uma organização mais contemporânea,
capaz de diminuir os efeitos de sua divisão do trabalho, de sua ruptura, e controlar o nível
hierárquico. Assim sendo, a construção do projeto político-pedagógico se faz por meio do en-
frentamento dos instrumentos, é um meio de contestar a ruptura do trabalho pedagógico e sua
práxis, observando os efeitos que tragam negatividade inerentes ao autoritarismo dos órgãos
de administração central.
A escola é composta basicamente de duas estruturas: administrativas e pedagógicas. As
estruturas administrativas são responsáveis pela locação e administração de recursos huma-
nos, estrutura física e financeira. A competência da administração é assegurar que a escola,
em sua estrutura física, esteja em perfeitas condições, observando sempre sua imagem, a
preservação dos equipamentos da escola, mobílias, a limpeza do estabelecimento, verificação
das redes elétricas e hidráulicas.
Já a parte pedagógica é responsável pela contribuição para que a escola consiga alcan-
çar seus objetivos que é o de formar cidadãos competentes para a inserção na sociedade.
(Alves 1992, p. 21).

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As estruturas pedagógicas estão relacionadas com o ensino-aprendizagem, as polí-


ticas da escola e ao currículo. São nas estruturas pedagógicas que se encontram todo o
trabalho pedagógico.
Planejar o desenvolvimento da Escola é a condição primeira e imprescindível para que
sejam traçados os programas e suas intervenções de forma responsável e consciente. Isso
pressupõe que o projeto da Escola deve atender às dimensões política e pedagógica que lhes
são atribuídas. Política, porque traduz pensamento e ação, expressando uma visão de mundo,
de sociedade, de educação, de profissional e de estudante que se deseja. Pedagógica, porque
possibilita tornar real a intenção da Escola, subsidiando a orientação educativa no cumprimen-
to de seus propósitos.
O PPP é o documento que guiará todas as práticas educacionais da escola. Ele deve ser
acessível e coletivo, como dito no início deste artigo. Mas, ainda existe a necessidade de um
condutor especial para este trabalho. Um papel tomado pelo Gestor Escolar.
O Projeto Político Pedagógico pode ser desenvolvido e colocado em prática de diversas
formas. A utilização de um conselho escolar pode ser levada em consideração, ou até mes-
mo um desenvolvimento individual. Não existe uma fórmula mágica para a realização. O que
deve existir é uma adequação e orientação deste projeto a partir da realidade e dos recursos
do colégio.
O gerenciamento de um projeto envolve conhecimento, habilidades e o emprego de técni-
cas e ou métodos necessários à execução e controle das atividades a serem realizadas, sendo,
portanto, considerado fator crítico. O gerenciamento do PPP cabe ao gestor da escola, pois, é
esse profissional que deverá conduzir o processo de elaboração do PPP desde o seu início e
avaliar o cumprimento das metas e objetivos estabelecidos. ]
O Projeto Político Pedagógico da escola possui princípios, dimensões e estrutura. São prin-
cípios do PPP: a participação, a gestão democrática, a autonomia e o trabalho coletivo. Par-
ticipar implica em assumir a responsabilidade em conjunto, possibilitar o diálogo, construir o
consenso necessário à elaboração de um plano de ação coletiva. Vasconcelos (2004) chama
a atenção para a pseudoparticipação, ou seja, o fato de estar apenas presente, mas sem enga-
jamento ou envolvimento pleno com a construção da proposta política pedagógica da escola.
Cabe aos gestores escolares exercerem a liderança na condução da elaboração e ou atu-
alização do PPP e seu carisma para sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância
da construção do PPP que seja, de fato, representativo da escola e de sua comunidade e que
possa promover as mudanças necessárias no espaço escolar rumo à melhoria da qualidade
do ensino e promoção da formação para a cidadania.
O projeto é um empreendimento que demanda postura colaborativa entre os diversos seg-
mentos envolvidos. O PPP constitui-se em um trabalho em grupo e não do grupo, pois re-
presenta a proposta de trabalho da escola, demanda a formação de uma equipe envolvida e

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­ ompromissada na qual as pessoas, cada uma com seus talentos, se relacionam em direção
c
a um alvo em comum (PRADO, 2005, p. 57).
O PPP, como um projeto, implica a previsão de futuro, pois representa a proposta de traba-
lho da escola. O PPP precisa ser flexível e aberto às mudanças, daí a necessidade de ser atuali-
zado anualmente. Para que a escola obtenha sucesso nos processos de elaboração, execução
e avaliação do PPP é preciso que todos os segmentos envolvidos na práxis educativa sejam
convidados e motivados a participarem ativamente e com igual poder de decisão.
A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as pressões para
que elas sejam legítimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, con-
tribui para que sejam contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação.
(MARQUES, 1990, p. 21).

Dessa forma, podemos afirmar que o PPP, dentre outras ações, compreende a afirmação
de uma gestão democrática dentro da escola, a qual a LDB (BRASIL, 1996) assegura em suas
linhas. Segundo Dourado e Duarte (2001), a gestão democrática configura-se em:
• Descentralização: a administração, as decisões e as ações devem ser elaboradas, toma-
das e executadas de forma não hierarquizada;
• Participação: todos os envolvidos no dia a dia escolar devem participar da gestão, ou
seja, professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas que partici-
pam de projetos escolares e toda a comunidade ao redor da escola;
• Transparência: qualquer decisão e ação tomada/decidida ou implantada na escola de-
verá ser de conhecimento de todos.

Um projeto é um esforço temporário empreendido cujo objetivo é criar um novo produto,


serviço ou processo. O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um instrumento que reflete a pro-
posta educacional da escola. É através dele que a comunidade escolar pode desenvolver um
trabalho coletivo, cujas responsabilidades pessoais e coletivas são assumidas para execução
dos objetivos estabelecidos.
O PPP deve possibilitar aos membros da escola, uma tomada de consciência dos proble-
mas e das possíveis soluções, estabelecendo as responsabilidades de todos. A presença do
debate democrático possibilita a produção de critérios coletivos no seu processo de elabo-
ração, assimilando significados comuns aos diferentes agentes educacionais e colaborando
com a identificação desses com o trabalho desenvolvido na escola.
O Projeto Político-Pedagógico é um mecanismo eficiente e capaz de proporcionar a escola
condições de se planejar, buscar meios, e reunir pessoas e recursos para a efetivação desse
projeto. Por isso é necessário a envolvimento das pessoas na sua construção e execução.
É através dos princípios democráticos apontados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
ção Nacional (LDB) de 1996 que podemos encontrar o aporte legal da escola na elaboração da

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sua proposta pedagógica. De acordo com os artigos 12, 13 e 14 da LDB, a escola tem autono-
mia para elaborar e executar sua proposta pedagógica, porém, deve contar com a participação
dos profissionais da educação e dos conselhos ou equivalentes na sua elaboração.
A partir do próprio nome do PPP, podemos entender melhor o que deve ser tratado nesse
documento. Por Projeto, entendemos que ele deve trazer um planejamento de ações concretas
que a escola se propõe a executar.
Por Político, entendemos que a escola tem o papel social de formar os cidadãos do futuro
como indivíduos conscientes, responsáveis e capazes de pensamento crítico, de forma que
consigam atuar positivamente na sociedade.
Já por Pedagógico, entendemos que o PPP deve trazer os projetos e atividades educacio-
nais que serão parte dos processos de ensino e aprendizagem da instituição.

Resumos das tendências pedagógicas


Os professores Saviani (1997) e Libâneo (1990) propõem a reflexão sobre as tendências
pedagógicas. Mostrando que as principais tendências pedagógicas usadas na educação bra-
sileira se dividem em duas grandes linhas de pensamento pedagógico. Elas são: Tendências
Liberais e Tendências Progressistas.

Tradicional – Foi a primeira a ser instituída no Brasil por motivos históricos. Nesta tendên-
cia o professor é a figura central e o aluno é um receptor passivo dos conhecimentos conside-
rados como verdades absolutas. Há repetição de exercícios com exigência de memorização.

Renovadora Progressiva – Por razões de recomposição da hegemonia da burguesia, esta


foi a próxima tendência a aparecer no cenário da educação brasileira. Caracteriza-se por cen-
tralizar no aluno, considerado como ser ativo e curioso. Aprender se torna uma atividade de
descoberta, é uma autoaprendizagem. O professor é um facilitador.

Renovadora não diretiva (Escola Nova) – Anísio Teixeira foi o grande pioneiro da Escola
Nova no Brasil. É um método centrado no aluno. A escola tem o papel de formadora de atitu-
des, preocupando-se mais com a parte psicológica do que com a social ou pedagógica.

Tecnicista – Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também conheci-
da como behaviorista. Neste método de ensino o aluno é visto como depositário passivo dos
conhecimentos, que devem ser acumulados na mente através de associações. O professor é
quem deposita os conhecimentos, pois ele é visto como um especialista na aplicação de ma-
nuais; sendo sua prática extremamente controlada.

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Tendências Progressistas – Partem de uma análise crítica das realidades sociais, sus-
tentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação e é uma tendência que não
condiz com as ideias implantadas pelo capitalismo. O desenvolvimento e popularização da
análise marxista da sociedade possibilitou o desenvolvimento da tendência progressista, que
se ramifica em três correntes:

Libertadora – Também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, essa tendência vin-
cula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Onde, para esse, o saber mais
importante é a de que ele é oprimido, ou seja, ter uma consciência da realidade em que vive.
Além da busca pela transformação social, a condição de se libertar através da elaboração da
consciência crítica passo a passo com sua organização de classe.

Libertária – Procura a transformação da personalidade num sentido libertário e autogestio-


nário. Parte do pressuposto de que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado
em situações novas.

“Crítico-social dos conteúdos” ou “Histórico-Crítica” – Tendência que apareceu no Brasil


nos fins dos anos 70, acentua a prioridade de focar os conteúdos no seu confronto com as re-
alidades sociais, é necessário enfatizar o conhecimento histórico. Prepara o aluno para o mun-
do adulto, com participação organizada e ativa na democratização da sociedade; por meio da
aquisição de conteúdos e da socialização. É o mediador entre conteúdos e alunos. O ensino/
aprendizagem tem como centro o aluno.

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Aspectos Pedagógicos e Sociais da Prática Educativa
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RESUMO
QUADRO SÍNTESE DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Nome da Professor
Papel da
Tendência Conteúdos Métodos x Aprendizagem Manifestações
Escola
Pedagógica aluno

Conhecimento
Preparação e valores sociais Aprendizagem
Exposição e
intelectual acumulados Autoridade do receptiva e Nas escolas que
demostração
Pedagogia e moral dos através dos professor que mecânica, sem adotam filosofias
verbal da
Liberal alunos para tempos e exige atitude se considerar as humanistas
matéria e / ou
Tradicional assumir seu repassados receptiva características clássicas ou
por meios de
papel na aos alunos do aluno. próprias de científicas.
modelos.
sociedade. como verdades cada idade.
absolutas.

Estabelecidos
Por meio de Montessori
A escola deve a partir das
Tendência experiências, O professor é É baseada na Decroly
adequar as experiências
Liberal pesquisas e auxiliador no motivação e na Deway
necessidades vividas pelos
Renovadora método de desenvolvimento estimulação de Piaget
individuais ao alunos frente
Progressiva solução de livre da criança. problemas. Lauro de Oliveira
meio social. às situações
problemas. Lima
problemas.

Educação
centralizada
Tendência Baseia-se na
Método no aluno e Aprender é
Liberal busca dos Carl Rogers
Formação de baseado na o professor modificar as
Renovadora conhecimentos “Sumermerhill“
atitudes. facilitação da é quem percepções da
não-diretiva pelos próprios escola de A. Neil.
aprendizagem. garantirá um realidade.
(Escola Nova) alunos.
relacionamento
de respeito.

Domínio público.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTA FLORESTA (MT)/FUNRIO/2019) Trata-se de um
dos principais documentos para a escola, pois ele serve de guia para que a instituição alcance
suas metas, sonhos e objetivos. Esse documento define e organiza os projetos e as atividades
educativas que são indispensáveis para a construção do conhecimento e desenvolvimento do
processo de ensino e aprendizagem.
O trecho acima, se refere ao:
a) Projeto Público Educacional.
b) Plano Público de Educação.
c) Projeto Político Pedagógico.
d) Projeto Prático Escolar.
e) Projeto Público.

002. (PREFEITURA MUNICIPAL DE JARU (RO)/IBADE/2019) As escolas deverão formular o


PPP – Projeto Político Pedagógico e elaborar o regimento escolar por meio de processos par-
ticipativos relacionados à gestão democrática.
Com relação ao PPP, as Diretrizes Curriculares Nacionais recomendam que:
a) apresentará uma proposta educativa que desconsidere as orientações curriculares nacio-
nais e dos respectivos sistemas de ensino.
b) conferirá espaço e tempo para que somente os professores, entre os profissionais da esco-
la, possam participar de reuniões de trabalho.
c) será formulado com a ampla participação dos profissionais da escola, da família, dos alunos
e da comunidade local.
d) será totalmente independente do regimento escolar que cuidará somente da disciplina dos
alunos no ambiente educativo.
e) traduzirá a proposta educativa construída exclusivamente pelos professores e pelos demais
profissionais da escola.

003. (PREFEITURA MUNICIPAL DE PICUÍ (PB)/CPCON UEPB/2019) Sobre o Projeto Político


Pedagógico, marque V para verdadeiro e F para falso:

( ) A participação na elaboração da Proposta Pedagógica da Escola faz parte da incum-


bência dos professores, conforme a Lei n. 9.394/1996.
( ) Conselho Escolar, Conselho Tutelar, Conselho de Classe, Associação de Pais e Grêmio
Estudantil são instancias colegiadas da escola.
( ) As dimensões de autonomia da escola são a administrativa, a jurídica, a financeira, a
pedagógica, a docente e a discente. O exercício dessas dimensões de autonomia é ne-
cessário à construção do político-pedagógico da escola.

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( ) A fragilidade da escola no trato com a diferença representa a própria fragilidade da re-


lação entre escola e sociedade.

Está CORRETA a sequência:


a) V, F, F e V.
b) V, F, V e V.
c) F, V, F e V.
d) V, V, V e F.
e) F, V, V e F.

004. (PREFEITURA MUNICIPAL DE DAMIÃO (PB)/CONTEMAX/2019) A escola como um es-


paço social e democrático deve oportunizar uma gestão democrática que vise à participação
da comunidade escolar de forma direta e efetiva na elaboração do planejamento das suas
ações educacionais. Neste contexto, o Projeto Político – Pedagógico (PPP) deve:
I – Ser um documento que sistematize e detalhe os objetivos, as diretrizes e ações do proces-
so educativo a ser desenvolvido na instituição escolar. Sua gênese pautada na visão de socie-
dade, nos paradigmas educacionais e no entendimento da escola como espaço de decisão e
de gestão democrática.
II – O Projeto Político-Pedagógico é um agrupamento de planos de ensino e atividades, efeti-
vados de modo não intencional, mas com um compromisso que se dá no coletivo e pode ser
efetivado a qualquer tempo.
III – O Projeto Político-Pedagógico revela os modos de pensar e agir dos partícipes de sua ela-
boração, expressa a cultura escolar e, ao mesmo tempo, contribui para transformá-la.
Está CORRETO o que se afirma apenas em:
a) II e III.
b) I.
c) I e II.
d) II.
e) I e III.

005. (PREFEITURA MUNICIPAL DE PRINCESA (SC)/AMEOSC/2019) As práticas pedagógi-


cas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteado-
res as interações e a brincadeira e garantir algumas experiências. Assinale a alternativa que
não apresenta uma dessas experiências:
a) Promovam o relacionamento e a interação das crianças somente com seus iguais, estimu-
lando sua cultura, modos de expressão e vivências, que devem ser consideradas prioritárias
nos processos educativos.
b) Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por
elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical.

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c) Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o


conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza.
d) Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alar-
guem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento da diversidade.

006. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DA BOA VISTA (SC)/EPBAZI/2019) Nos


artigos 13 e 14, a LDB diz que a elaboração da proposta pedagógica contará com a participa-
ção dos profissionais da Educação, que deverão ainda definir e cumprir plano de trabalho para
concretizá-la. Com tais dispositivos, a lei quis dar realce ao papel da escola e dos educadores
na construção de projetos educacionais articulados com as políticas nacionais, as diretrizes
dos Estados e municípios e capazes, ao mesmo tempo, de levar em consideração a realidade
específica de cada instituição de ensino. Assim, cada proposta ou projeto pedagógico retrata a
identidade da escola. É um amplo trabalho de construção, que exige competência técnico-pe-
dagógica e clareza quanto ao compromisso ético-profissional de educar o cidadão deste novo
tempo. Em outras palavras, o projeto pedagógico é a própria escola cidadã.
A partir da leitura deste texto, como é correto considerar o Projeto Político Pedagógico?
a) Como um documento importante, más que não tem influência no cotidiano escolar e nas
decisões tomadas por seus gestores.
b) Como um documento criado por um especialista apenas para atender as exigências da le-
gislação educacional.
c) Como um eixo norteador de todo o trabalho escolar.
d) Não é correto considerar a importância do ppp na tomada de decisões sobre a construção
pedagógica da escola e sua administração.

007. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPORANGA (PB)/CPCON UEPB/2019) Analise as pro-


posições abaixo, tendo por base os agentes envolvidos no Projeto Político Pedagógico (PPP).
I – Os alunos (crianças, adolescentes, jovens e adultos), os professores, a equipe gestora.
II – Os profissionais de apoio, psicólogos, orientadores educacionais, assistentes sociais
e os pais.
III – A comunidade externa.
A alternativa que responde CORRETAMENTE é:
a) III apenas.
b) I e III.
c) I apenas.
d) I, II e III.
e) II e III.

008. (CENTRO DE INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO DA AERONÁUTICA/DAS CIAAR/2019) O


Projeto Político Pedagógico é um tipo de planejamento que deve considerar:

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I – As metas de curto, médio e longo prazos.


II – As necessidades e expectativas de todos os segmentos escolares.
III – O contexto socioeconômico e cultural onde a escola está inserida.
IV – Plena liberdade de gerenciamento financeiro, administrativo e pedagógico.
V – Os interesses do sistema de ensino para construir uma base educacional única.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e III.
b) III e V.
c) I, II e III.
d) II, III, IV e V.

009. (PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO ROQUE (SP)/VU-


NESP/2019) De acordo com Veiga, in Veiga e Resende (org., 2008), o projeto político-pedagó-
gico exige “profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação de seu
papel social e a definição clara de caminhos, formas operacionais e ações a serem realizadas
por todos os envolvidos com o processo educativo.” Esse projeto reflete a realidade da escola
que é parte de um contexto mais amplo, o qual tanto a influencia, como, ao mesmo tempo,
pode ser por ela influenciado. E mais, tal projeto “aponta um rumo, uma direção, um sentido
explícito para um compromisso estabelecido coletivamente.” Ao constituir-se, com esse pro-
jeto, em processo participativo de decisões, há uma preocupação em instaurar-se uma forma
de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições e que, no
interior da escola, permita
a) o estabelecimento de relações horizontais.
b) o alcance das metas nas avaliações externas.
c) o estrito cumprimento dos deveres de cada um.
d) o ensino integral de todos os conteúdos curriculares.
e) o respeito à hierarquia burocrática do sistema de ensino.

010. (PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO ROQUE (SP)/VU-


NESP/2019) Ao discorrer sobre Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar, em Plane-
jamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político pedagógico, Celso Vasconcellos
afirma que
a) se espera que o Projeto Político Pedagógico seja feito a partir do Regimento Escolar.
b) o Projeto Político Pedagógico reflete o detalhamento administrativo e jurídico da escola.
c) a elaboração do Projeto Político Pedagógico é de competência da escola, o Regimento Es-
colar é único, emanado da Secretaria de Educação.
d) de acordo com a legislação em vigor, a elaboração de ambos é competência da escola.
e) o Regimento Escolar comporta o Marco Referencial, Diagnóstico e Programação escolar.

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011. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TIMBÓ (SC)/FURB/2019) Analise as funções do Secretá-


rio Escolar e identifique as corretas
I – Elaborar e avaliar o Projeto Político-pedagógico da escola.
II – Organizar e dirigir o serviço de secretaria e coordenar o trabalho de seus auxiliares.
III – Assinar, juntamente com o diretor da Unidade, os documentos escolares dos alunos, bem
como toda a documentação da secretaria, apontando seu número de registro ou autorização
do órgão competente.
IV – Organizar e manter atualizada a escrituração escolar, bem como os prontuários de legis-
lação referente à Escola e ao ensino.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
c) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.

012. (PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO ROQUE (SP)/VU-


NESP/2019) Nas considerações finais do documento Conselho Escolar e a relação entre a
escola e o desenvolvimento com igualdade social, Aguiar (2010) destaca que a escola, no Bra-
sil, atende a um grande contingente de alunos oriundos de famílias que vivem em situação de
pobreza e em ambientes socialmente degradados.
Nesse contexto, o autor defende que o projeto-pedagógico da escola deve
a) reproduzir as estruturas de dominação da sociedade, acomodando os estudantes às possi-
bilidades dentro de seu extrato social.
b) oferecer situações de desafio e de aprendizagem que levem ao questionamento do senso
comum, contribuindo para a manutenção do status quo.
c) situar a educação escolar com qualidade social, optando por um projeto educativo que favo-
reça a minoria da população.
d) partir de iniciativas e políticas que apontam para a inclusão social, e seja pautado em ações
compensatórias e localizadas.
e) ter suas bases de sustentação num projeto social mais amplo cujo ponto central seja sem-
pre o respeito à dignidade do ser humano.

013. (PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO ROQUE (SP)/VU-


NESP/2019) Para Bussmann (2010), por razões pedagógicas e técnico-administrativas, ineren-
tes ao compromisso da escola com a educação e o ensino, são reforçados hoje a necessidade
e o desafio de cada escola de construir seu próprio projeto político-pedagógico e administrá-lo.
Tal situação, para a autora, implica em

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a) construir um documento que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens


essenciais que os alunos devem desenvolver.
b) implantar um processo de ação-reflexão, ao mesmo tempo global e setorizado, que exige o
esforço conjunto e a vontade política da comunidade escolar.
c) elaborar um manual a ser utilizado pela comunidade escolar para resolver os problemas que
afetam a qualidade do ensino e aprendizagem dos alunos.
d) construir um documento que contenha a definição dos conteúdos a serem desenvolvidos
em cada disciplina com o propósito de organizar o trabalho do professor.
e) disponibilizar à comunidade escolar um documento que estabeleça a organização e o fun-
cionamento da escola e regulamentação das relações entre os seus participantes.

014. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TIMBÓ (SC)/FURB/2019) As propostas pedagógicas de


Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios: Éticos, Políticos e Estéticos. Re-
lacione a primeira sequência com a segunda e assinale a resposta correta de acordo com a
sequência que você assinalou.
1 – Éticos
2 – Políticos
3 – Estéticos

( ) da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferen-


tes manifestações artísticas e culturais.
( ) dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
( ) da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao
meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.

Assinale a alternativa apresenta a correta associação entre as colunas:


a) 3 – 2 – 1.
b) 1 – 2 – 3.
c) 1 – 3 – 2.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 1 – 2.

015. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ERVÁLIA (MG)/FUNDEP/2019) [...] A identidade histórica


dos grupos indígenas tem sido preservada com registros orais, sendo o componente linguís-
tico fundamental para a transmissão de um passado, de uma forma de pensar o tempo, as
raízes culturais, suas origens, as visões de mundo e das relações sociais.
BITTENCOURT, Circe Fernandes. “O ensino de História para populações indígenas”. In: Em Aberto. Brasília, ano
14, n. 63, julho/setembro 1994, p. 113. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. Disponível em: <http:/rbep.inep.gov.br/
index.php/emaberto/article/viewFile/1982/1951>. Acesso em: 3 ago. 2018

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Para educadores acostumados a lidar com a transmissão histórica pela forma escrita, o
ensino de História com vistas ao resgaste da identidade para populações indígenas coloca
como desafio o
a) desenraizamento e o isolamento da cultura urbana, com um longo tempo de imersão na
cultura indígena, a fim de compreender suas peculiaridades para, então, ensinar.
b) desejo de quebrar as tradições indígenas, de base oral, pouco eficientes para a transmissão
fidedigna da cultura local, orientando tal comunidade a aceitar o formato escrito.
c) desenvolvimento de um processo de alfabetização das populações indígenas, já que os con-
teúdos a serem ensinados são tradicionalmente apresentados sob a forma escrita.
d) estudo de novos materiais pedagógicos como objetos, danças, músicas e narrativas, nor-
malmente utilizados por comunidades indígenas para perpetuar a sua identidade.

016. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SALTO DO JACUÍ (RS)/FUNDATEC/2019) Relacione a Co-


luna 1 à Coluna 2 em relação aos níveis que constituem a linha de habilitação dos professores.
Coluna 1
1. Nível 1.
2. Nível 2.
3. Nível 3
Coluna 2

( ) Habilitação Específica de Magistério de 2º grau.


( ) Habilitação Específica, obtida em curso Superior de graduação correspondente à Licen-
ciatura Plena, ou Especialista e Pós-Graduados.
( ) Habilitação Específica de Grau Superior ao nível de Graduação, representada por Licen-
ciatura de 1º Grau obtida em curso de curta duração.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) 1 – 2 – 3.
b) 1 – 3 – 2.
c) 2 – 3 – 1.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 2 – 1.

017. (PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJAL PAULISTA (SP)/METROCAPITAL/2019) De


acordo com a Resolução CNE/CEB 20/2009, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a
alternativa correta:
I – A proposta pedagógica, ou projeto pedagógico, é o plano orientador das ações da institui-
ção e define as metas que se pretende para o desenvolvimento dos meninos e meninas que
nela são educados e cuidados, bem com as aprendizagens a serem promovidas.

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II – O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam


desarticular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem par-
te do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico.
III – O currículo na Educação Infantil tem sido um campo de controvérsias e de diferentes vi-
sões de criança, de família, e de funções da creche e da pré-escola.
a) Apenas o item I é verdadeiro.
b) Apenas o item II é verdadeiro.
c) Apenas o item III é verdadeiro.
d) Apenas os itens I e III são verdadeiros.
e) Todos os itens são verdadeiros.

018. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS (SP)/VUNESP/2019) Considerando-se que o


Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola é um instrumento orientador primordial da ação
educativa, assinale a alternativa correta.
a) A construção do PPP nas e pelas escolas revela um esgotamento de suas possibilidades,
requerendo a aproximação, assim, de práticas mais gerenciais pautadas pela eficiência e
pelo profissionalismo.
b) Um PPP eficiente e revelador da realidade escolar é marcado por ações de voluntarismo,
ainda que não metódicas, que desencadeiam transformações na direção de uma formação
cultural de qualidade aos alunos.
c) Na medida em que se busca elaborar o PPP como uma expressão viva da realidade, a par-
ticipação da comunidade escolar é um princípio estruturador do trabalho coletivo na escola.
d) O sucesso de elaboração de um PPP tem como base o compromisso político e o engaja-
mento dos professores de forma mais intensa que os demais envolvidos, equipe escolar e
comunidade, pois afeta diretamente sua prática pedagógica.
e) A articulação de espaços coletivos e participativos na escola deve ter como princípio o re-
conhecimento dos erros do passado e o compromisso de reparação aos envolvidos da comu-
nidade escolar no presente.

019. (PREFEITURA MUNICIPAL DE MAJOR IZIDORO (AL)/ADM&TEC/2019) Leia as afirma-


tivas a seguir:
I – No Brasil Colônia, o açúcar branco era consumido exclusivamente pelo mercado interno.
II – Com o Estado Novo, Getúlio Vargas limitou as liberdades individuais.
III – O projeto político-pedagógico da escola não pode ser desenvolvido sem o envolvimento
dos profissionais da educação.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa II, apenas.
c) Estão corretas as afirmativas I e II, apenas.

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d) Estão corretas as afirmativas II e III, apenas.


e) Todas as afirmativas estão corretas.

020. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TAPEJARA (RS)/FUNDATEC/2019) Um currículo esco-


lar precisa:
I – Ser elaborado a partir do projeto pedagógico da escola.
II – Ter uma teoria que o fundamente, a mesma perspectiva que fundamenta o projeto
pedagógico.
III – Definir a proposta educativa que orientará o trabalho pedagógico do dia a dia da escola.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

021. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TAPEJARA (RS)/FUNDATEC/2019) Para Veiga, na orga-


nização curricular, é preciso considerar alguns pontos básicos:
I – O currículo não é um instrumento neutro, ele passa ideologia, e a escola precisa identificar e
desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza
para a manutenção de privilégios.
II – O currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é historicamente
situado e culturalmente determinado.
III – Refere-se à questão do controle social, já que o currículo formal (conteúdos curriculares,
metodologia e recursos de ensino, avaliação e relação pedagógica) implica controle.
Quais estão corretos?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

022. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS BORGES (RS)/FUNDATEC/2019) Assinale V,


se verdadeiro, ou F, se falso, ao que pode, segundo Vasconcellos, dificultar a elaboração do
Projeto Político-Pedagógico:

( ) Comodismo por parte dos sujeitos: não quererem a desacomodação que poderá vir em
decorrência da concretização das ideias ali colocadas.

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( ) Formalismo: perigo de reduzir o Projeto a uma sequência de passos, a simplesmente


elaborar um documento, sem vida, sem significado e sem envolvimento com as ideias
e com as propostas.
( ) Falta de condições objetivas de espaço-tempo para encontro, reflexão, elaboração e
acompanhamento.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) F – F – V.
b) V – V – V.
c) F – V – F.
d) V – F – V.
e) F – F – F.

023. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA (RS)/FUNDATEC/2019) Segundo Veiga, o


que se espera da escola hoje é uma educação de qualidade, tendo como sustentáculos o:
a) Regimento Escolar e a Gestão Administrativo-Financeira da escola.
b) Projeto Político-Pedagógico e a Gestão Democrática.
c) Projeto Educativo e a Gestão Política.
d) Plano Plurianual e o Projeto Pedagógico.
e) Plano Setorial e a Gestão Democrática.

024. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA (RS)/FUNDATEC/2019) Segundo Vascon-


cellos, o Projeto Político-Pedagógico deve ser:
I – Público e explicitado.
II – Planejado com qualidade e intencionalidade.
III – Usado como algo vivo, como um termômetro para toda a comunidade escolar saber se o
trabalho planejado está se aproximando da sua realidade.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

025. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA (RS)/FUNDATEC/2019) Analise as asserti-


vas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas, ao que se refere ao conceito e metodo-
logia da construção do Projeto Político-Pedagógico, segundo Vasconcellos.

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( ) Valor de articulação da prática.


( ) Envolve uma construção individual de conhecimento.
( ) Valor de elemento de referência para a caminhada.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) V – F – V.
b) F – V – F.
c) V – V – F.
d) F – F – V.
e) V – V – V.

026. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) Carvalho (2009)


afirma que para a construção do projeto da escola é necessário analisar o que nela acontece
e, para isso, estabelece algumas dimensões.
I – A cultural.
II – A família.
III – A equipe técnico-administrativo-pedagógica.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

027. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) De acordo com


Vasconcellos, o Projeto Político-Pedagógico (ou Projeto Educativo) é o plano global da institui-
ção. Pode ser entendido como:
I – A sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se
aperfeiçoa e se concretiza na caminhada que define claramente o tipo de ação educativa que
se quer realizar.
II – Um instrumento teórico-metodológico para a intervenção e mudança da realidade.
III – Um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição em um pro-
cesso de transformação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

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028. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) De acordo com o


Plano de Carreira do Magistério, são funções do Magistério:
I – As atividades de docência e de suporte pedagógico direto à docência, aí incluídas as de
administração escolar.
II – A realização de atividades de educação sob a coordenação da Secretaria Municipal
de Educação.
III – A supervisão e orientação educacional nas escolas e/ou unidades escolares com atendi-
mento à criança e ao adolescente.
Quais estão INCORRETAS?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

029. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA (RS)/FUNDATEC/2019) Segundo Veiga, o


projeto pedagógico, ao se constituir em processo participativo de decisões, preocupa-se em:
I – Instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e
as contradições.
II – Eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias.
III – Romper com a rotina do mando pessoal e racionalizado da burocracia, permitindo rela-
ções horizontais no interior da escola.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

030. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) Para nortear a or-


ganização do trabalho da escola, a primeira ação fundamental é a construção do projeto polí-
tico-pedagógico, pois ele é concebido na perspectiva da:
I – Sociedade.
II – Educação.
III – Escola.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.

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d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

031. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPECURU-MIRIM (MA)/IMA/2019) O Projeto Políti-


co Pedagógico deve ser disponibilizado, construindo e reconstruído por todos aqueles que
participam da comunidade escolar e querem efetivamente uma mudança, porque é um do-
cumento que:
a) Apresenta uma ideologia da classe dominante.
b) Estabelece as tarefas burocráticas da escola.
c) Expressa a identidade da comunidade escolar.
d) Expressa ideologias e relações de poder na escola.
e) Demonstra ações exclusivas do diretor da escola.

032. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) Para Vasconcellos,


o Projeto Educativo é, claramente, um documento de planificação escolar que poderíamos ca-
racterizar do seguinte modo, EXCETO:
a) De longo prazo quanto à sua duração.
b) Integral quanto à sua amplitude.
c) Flexível e fechado.
d) Na medida, em que abarca-se todos os aspectos da realidade escolar.
e) Democrático, porque é elaborado de forma participada e é o resultado de consensos.

033. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL BICACO (RS)/FUNDATEC/2019) Para que


haja mudança significativa de um modo amplo, seria necessário, no mínimo, que os “entendi-
dos” de lei ocupassem o lugar dos professores e ouvissem suas queixas, bem como as dos
alunos, aí sim, quem sabe, uma nova forma de ver e perceber a avaliação possa surgir, mas, até
que isso ocorra, cabe a cada escola inserir em seu Projeto Político-Pedagógico outras formas
de avaliar, complementando assim a maneira tradicional que tanto se vê nas escolas. Para o
trabalho docente, os professores podem e devem eliminar barreiras para que criem nos alunos
confiança e, ao mesmo tempo, os deixem preparados para os desafios. Nesse sentido, assina-
le V, se verdadeiro, ou F, se falso, em relação a esses desafios.

( ) Estimular o relacionamento entre os alunos, através de jogos e atividades dinâmicas


que possam incrementar a integração da classe.
( ) Distribuir funções e dividir tarefas, como apagar a lousa, distribuir os cadernos, pendu-
rar cartazes etc., o que permite que todos os alunos participem da dinâmica da sala de
aula e se sintam responsáveis por ela.
( ) Reforçar o comportamento positivo sem exacerbar nas críticas negativas, pois o refor-
ço positivo aumenta a motivação e os sentimentos de autoconfiança e autoestima.

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A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) F – V – V.
b) V – F – V.
c) V – V – V.
d) F – F – F.
e) F – V – F.

034. (PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDA ALTA (RS)/FUNDATEC/2019) Para Veiga, a


construção do projeto político-pedagógico exige reflexão sobre as finalidades da escola,
assim como:
I – A explicitação de seu papel social.
II – A definição dos caminhos a serem percorridos.
III – As ações a serem desencadeadas por todos os envolvidos no processo educativo.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

035. (PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDA ALTA (RS)/FUNDATEC/2019) Segundo Cor-


tella, o projeto pedagógico não deve ser apenas de um professor, é preciso discutir um novo
formato com:
I – A coordenação.
II – A Direção.
III – Os pais dos alunos.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

036. (PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAPARANA (PE)/IDHTEC/2019) O projeto político


pedagógico (PPP) “é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os de-
safios do cotidiano da escola”, portanto, sua construção depende:

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a) Do empenho do supervisor em conhecer suas etapas para construí-lo, uma vez que o PPP
está sob a sua responsabilidade.
b) Do empenho e participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar, de forma
reflexiva e articulada.
c) Da orientação de um membro externo a escola, tendo em vista que um olhar externo pode
contribuir na visão dos problemas cotidianos.
d) Da contribuição dos órgãos oficiais, onde especialistas façam um diagnóstico da escola
antes de sua elaboração.
e) Da boa vontade do gestor em aceitar a contribuição dos membros da escola.

037. (PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVO HORIZONTE (SP)/FUNDATEC/2019) Segundo


Vasconcellos, na educação escolar, podemos realizar planejamentos em diferentes níveis de
abrangência. Assinale a alternativa que NÃO corresponde a um planejamento.
a) Planejamento Setorial.
b) Planejamento Secundário.
c) Projeto de Ensino-Aprendizagem.
d) Projeto de Trabalho.
e) Planejamento Curricular.

038. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ÁGUA SANTA (RS)/FUNDATEC/2019) Constituindo-se


em processo participativo de decisões, o projeto político-pedagógico procura instaurar uma
forma de organização do trabalho pedagógico com o objetivo de:
I – Desvelar os conflitos e as contradições.
II – Buscar eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a
rotina do mando pessoal.
III – Permitir as relações horizontais no interior da escola.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

039. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ÁGUA SANTA (RS)/FUNDATEC/2019) O debate em tor-


no do projeto político-pedagógico da escola de ensino médio e de suas articulações com as
ações da Secretaria de Educação emerge quando se acredita na possibilidade de solucionar
problemas detectados no decorrer do complexo processo educativo. Nesse sentido, elegem-
-se dois conceitos básicos, quais sejam:

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a) Projeto político-pedagógico e gestão democrática.


b) Gestão político-partidária e projeto setorial.
c) Projeto político-processual e habilitação profissional.
d) Identidade visual e gestão comunitária.
e) Gestão comunitária e projeto setorial.

040. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE)/CESPE (CEBRASPE)/2019) De-


terminada escola iniciou o processo de elaboração do seu projeto político pedagógico e, nas
discussões empreendidas, chegou aos seguintes posicionamentos.
I – A escola deve formar profissionais para atender ao mercado de trabalho.
II – A escola não é capaz de mudar a realidade, por isso deve contribuir para a manutenção das
classes sociais.
III – A escola deve ser um agente transformador da realidade
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
Todos os posicionamentos apresentados admitem uma visão funcionalista da educação na
sociedade.

041. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE)/CESPE (CEBRASPE)/2019) De-


terminada escola iniciou o processo de elaboração do seu projeto político pedagógico e, nas
discussões empreendidas, chegou aos seguintes posicionamentos.
I – A escola deve formar profissionais para atender ao mercado de trabalho.
II – A escola não é capaz de mudar a realidade, por isso deve contribuir para a manutenção das
classes sociais.
III – A escola deve ser um agente transformador da realidade
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
O posicionamento III admite uma visão dialética da prática social.

042. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE)/CESPE (CEBRASPE)/2019) De-


terminada escola iniciou o processo de elaboração do seu projeto político pedagógico e, nas
discussões empreendidas, chegou aos seguintes posicionamentos.
I – A escola deve formar profissionais para atender ao mercado de trabalho.
II – A escola não é capaz de mudar a realidade, por isso deve contribuir para a manutenção das
classes sociais.
III – A escola deve ser um agente transformador da realidade
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
O posicionamento II revela uma percepção de que a escola seja meramente reprodutora da
realidade social.

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043. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE)/CESPE (CEBRASPE)/2019) De-


terminada escola iniciou o processo de elaboração do seu projeto político pedagógico e, nas
discussões empreendidas, chegou aos seguintes posicionamentos.
I – A escola deve formar profissionais para atender ao mercado de trabalho.
II – A escola não é capaz de mudar a realidade, por isso deve contribuir para a manutenção das
classes sociais.
III – A escola deve ser um agente transformador da realidade
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
Seguindo o posicionamento I, a escola estará a serviço do sistema econômico.

044. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DO JORDÃO (SP)/IPEFAE/2019) A equipe


gestora de uma unidade educacional e parte significativa dos representantes da comunidade
estão reunidos para construção do Projeto Político Pedagógico. Para tanto, precisam de orien-
tações sobre os elementos que compõem o referido documento e, dentre estes elementos, foi
citada a necessidade de apresentação dos indicadores sociais, educacionais e culturais que
representam o local de instalação da escola, bem como seu público de atendimento. Em rela-
ção a esse apontamento, é correto afirmar que:
a) Deve ser imediatamente descartado, pois o Projeto Político Pedagógico não trabalha com
indicadores sociais.
b) Não deve ser descartado, ao contrário, valorizado, pois o acesso a essa informação dará su-
porte importante ao conhecimento da realidade local e, portanto, pode impactar positivamente
no planejamento da escola.
c) Deve ser imediatamente descartado, pois apesar dos números indicarem características do
espaço social de atuação da escola, eles não têm qualquer possibilidade de auxílio no plane-
jamento da escola.
d) Não deve ser descartado, no entanto, reconhecidamente sabe-se que eles terão papel abso-
lutamente secundário no planejamento da escola.

045. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DO JORDÃO (SP)/IPEFAE/2019) Durante reu-


nião de pais, a direção da escola apresentou o sistema de avaliação e recuperação a ser desen-
volvido na unidade, deixando claro que as regras seriam imediatamente implementadas. Além
disso, frisou que não haveria possibilidade de qualquer diálogo com as famílias, uma vez que
é competência exclusiva da autoridade máxima da unidade não somente determinar o modelo
a ser adotado, como acompanhar sua execução por meio dos professores. Diante da situação,
criou-se forte impasse entre a escola e as famílias, o qual poderia ser evitado desde que se
respeitasse qual princípio fundamental da execução do trabalho em gestão escolar?
a) Diálogo enquanto ferramenta de mediação.
b) Erudição como ferramenta de convencimento das famílias

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c) Respeito irrevogável à hierarquia, que deve ser acatada.


d) Força enquanto ferramenta construtora da obediência.

046. (PREFEITURA MUNICIPAL DE HONÓRIO SERPA (PR)/FAUEL/2019) Qual alternativa


completa corretamente o texto a seguir?
“______________________________ é um documento de caráter normativo que define o conjunto
orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver
ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados
seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o
Plano Nacional de Educação (PNE).”
a) O Projeto Político Pedagógico
b) A Base Nacional Comum Curricular
c) O Regimento Escolar
d) O Currículo

047. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DO JORDÃO (SP)/IPEFAE/2019) As notas es-


tatísticas obtidas no Censo Escolar, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), têm por objetivo:
a) Integrar os diferentes níveis e modalidades de educação às dimensões do trabalho, da ciên-
cia e da tecnologia.
b) Definir os direitos de aprendizagem da criança e do adolescente na pré-escola e nos ensinos
fundamental e médio.
c) Ser um instrumento inicial de divulgação com destaques relativos às informações de alunos,
docentes e escolas.
d) Delimitar as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seus projetos político-
pedagógicos.

048. (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO CLARO (PR)/UNIFIL/2019) Considerando a


organização da prática educativa, o pedagogo no exercício da função, assume o papel de:

I Organizar e possibilitar espaços para planejamentos e ações na busca de melhoria


do processo de ensino e aprendizagem;
II Compor o Conselho Escolar, como membro nato;
III Acompanhar os alunos em suas dificuldades, e também os alunos com necessidades
educacionais específicas;
IV Elaborar o Projeto Político Pedagógico a fim de possibilitar o cumprimento das
metas estabelecidas no plano de gestão da escola.

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Estão corretas as funções das sentenças


a) II e IV
b) I e II
c) I e III
d) II e III

049. (PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJES (RN)/FUNCERN/2019) O Projeto Político Pedagó-


gico define a identidade da escola, visto que nele estão contempladas as informações essen-
ciais do cotidiano escolar. Sobre o PPP é correto afirmar:
a) É um documento de consulta que apresenta todo o planejamento, concepções, normas e
projetos que serão desenvolvidos pela escola no período letivo;
b) É um importante documento que apresenta a filosofia teórica e prática de atuação no espa-
ço educativo, apontando as escolhas, objetivos e responsabilidades as quais serão seguidas
pela escola;
c) É um importante instrumento pedagógico que contém a definição e organização das ativi-
dades, projetos, objetivos e metas necessários ao desenvolvimento de todo processo de ensi-
no-aprendizagem que envolve toda a comunidade escolar;
d) É um instrumento de apoio à gestão e deve ser elaborado a partir da filosofia pedagógica da
direção e orientação pedagógica, visto que são estes setores que irão desencadear e desen-
volver de forma organizada o processo de ensino e aprendizagem.

050. (INSTITUTO FEDERAL GOIANO/CS UFG/2019) Dentre os princípios filosóficos e teó-


rico-metodológicos do Projeto Pedagógico Institucional (PPI), que se consolida em um do-
cumento que detalha concepções, objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser
desenvolvido no Instituto Federal Goiano, destaca-se o seguinte:
a) política de comunicação institucional.
b) ampliação das instalações físicas.
c) indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
d) níveis e modalidades de ensino.

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GABARITO
1. c 37. b
2. c 38. e
3. a 39. a
4. e 40. e
5. a 41. c
6. c 42. c
7. d 43. c
8. c 44. b
9. a 45. a
10. d 46. b
11. b 47. c
12. c 48. c
13. b 49. c
14. a 50. c
15. d
16. b
17. d
18. c
19. d
20. e
21. e
22. b
23. b
24. e
25. a
26. a
27. e
28. b
29. e
30. e
31. c
32. c
33. c
34. e
35. e
36. b

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GABARITO COMENTADO
001. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTA FLORESTA (MT)/FUNRIO/2019) Trata-se de um
dos principais documentos para a escola, pois ele serve de guia para que a instituição alcance
suas metas, sonhos e objetivos. Esse documento define e organiza os projetos e as atividades
educativas que são indispensáveis para a construção do conhecimento e desenvolvimento do
processo de ensino e aprendizagem.
O trecho acima, se refere ao:
a) Projeto Público Educacional.
b) Plano Público de Educação.
c) Projeto Político Pedagógico.
d) Projeto Prático Escolar.
e) Projeto Público.

O único que define e organiza os projetos e as atividades educativas que são indispensáveis
para a construção do conhecimento e desenvolvimento do processo de ensino e aprendiza-
gem é o PPP.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento extremamente importante que transcre-
ve os anseios, dificuldades, traça metas, expectativas da comunidade, dos alunos, dos pais,
dos professores e gestão, logo deve ser construído através de um processo democrático que
ouve a todos.
É necessário políticas públicas mas somente elas não vai ser capaz de tornar o ambiente esco-
lar um lugar de formação integral, plena e cidadã é necessário um projeto politico pedagógico
da realidade daquele local e construído por todos.
Letra c.

002. (PREFEITURA MUNICIPAL DE JARU (RO)/IBADE/2019) As escolas deverão formular o


PPP – Projeto Político Pedagógico e elaborar o regimento escolar por meio de processos par-
ticipativos relacionados à gestão democrática.
Com relação ao PPP, as Diretrizes Curriculares Nacionais recomendam que:
a) apresentará uma proposta educativa que desconsidere as orientações curriculares nacio-
nais e dos respectivos sistemas de ensino.
b) conferirá espaço e tempo para que somente os professores, entre os profissionais da esco-
la, possam participar de reuniões de trabalho.
c) será formulado com a ampla participação dos profissionais da escola, da família, dos alunos
e da comunidade local.

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d) será totalmente independente do regimento escolar que cuidará somente da disciplina dos
alunos no ambiente educativo.
e) traduzirá a proposta educativa construída exclusivamente pelos professores e pelos demais
profissionais da escola.

De acordo com o exposto na Página 117 Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica:
assegurada ampla participação dos profissionais da escola, da família, dos alunos e da comu-
nidade local na definição das orientações imprimidas aos processos educativos e nas formas
de implementá-las.
Letra c.

003. (PREFEITURA MUNICIPAL DE PICUÍ (PB)/CPCON UEPB/2019) Sobre o Projeto Político


Pedagógico, marque V para verdadeiro e F para falso:

( ) A participação na elaboração da Proposta Pedagógica da Escola faz parte da incum-


bência dos professores, conforme a Lei n. 9.394/1996.
( ) Conselho Escolar, Conselho Tutelar, Conselho de Classe, Associação de Pais e Grêmio
Estudantil são instancias colegiadas da escola.
( ) As dimensões de autonomia da escola são a administrativa, a jurídica, a financeira, a
pedagógica, a docente e a discente. O exercício dessas dimensões de autonomia é ne-
cessário à construção do político-pedagógico da escola.
( ) A fragilidade da escola no trato com a diferença representa a própria fragilidade da re-
lação entre escola e sociedade.

Está CORRETA a sequência:


a) V, F, F e V.
b) V, F, V e V.
c) F, V, F e V.
d) V, V, V e F.
e) F, V, V e F.

(V) A participação na elaboração da Proposta Pedagógica da Escola faz parte da incumbência


dos professores, conforme a Lei n. 9.394/1996.
Não é uma incumbência exclusiva dos professores, são de todos os atores envolvidos no
processo educacional, a LDB diz que cada unidade escolar deve elaborar se planejamento
pedagógico.

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(F) Conselho Escolar, Conselho Tutelar, Conselho de Classe, Associação de Pais e Grêmio Es-
tudantil são instancias colegiadas da escola.
Conselho Tutelar não é uma instância colegiada da escola, é um órgão que atua na proteção
da criança e do adolescente.
(F) As dimensões de autonomia da escola são a administrativa, a jurídica, a financeira, a pe-
dagógica, a docente e a discente. O exercício dessas dimensões de autonomia é necessário à
construção do político-pedagógico da escola.
São somente quatro dimensões: a administrativa, a jurídica, a financeira, a pedagógica.
(V) A fragilidade da escola no trato com a diferença representa a própria fragilidade da relação
entre escola e sociedade.
Exato, a escola quando não acolhe e respeita a diferença faz expor sua fragilidade, por esse
motivo o PPP é um documento importantíssimo que visa a acabar com isso.
Letra a.

004. (PREFEITURA MUNICIPAL DE DAMIÃO (PB)/CONTEMAX/2019) A escola como um es-


paço social e democrático deve oportunizar uma gestão democrática que vise à participação
da comunidade escolar de forma direta e efetiva na elaboração do planejamento das suas
ações educacionais. Neste contexto, o Projeto Político – Pedagógico (PPP) deve:
I – Ser um documento que sistematize e detalhe os objetivos, as diretrizes e ações do proces-
so educativo a ser desenvolvido na instituição escolar. Sua gênese pautada na visão de socie-
dade, nos paradigmas educacionais e no entendimento da escola como espaço de decisão e
de gestão democrática.
II – O Projeto Político-Pedagógico é um agrupamento de planos de ensino e atividades, efeti-
vados de modo não intencional, mas com um compromisso que se dá no coletivo e pode ser
efetivado a qualquer tempo.
III – O Projeto Político-Pedagógico revela os modos de pensar e agir dos partícipes de sua ela-
boração, expressa a cultura escolar e, ao mesmo tempo, contribui para transformá-la.
Está CORRETO o que se afirma apenas em:
a) II e III.
b) I.
c) I e II.
d) II.
e) I e III.

I – Correto. A afirmativa traz consigo o princípio da gestão democrática. Este princípio está pre-
sente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394/1996. Tomando como base
estudos e documentos orientadores do PPP, a escola sendo um espaço social e democrático
deve oportunizar uma gestão democrática visando à participação da comunidade escolar de

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forma direta e efetiva na elaboração do planejamento das suas ações educacionais. Dentro des-
te contexto, utiliza-se do Projeto Político-Pedagógico que é um instrumento de planejamento.
II – Errado. O PPP vai além de um agrupamento de planos de ensino e atividades, passando a
ser uma ação intencional com um compromisso definido coletivamente, construído e vivencia-
do em todos os momentos.
III – Correto. Esta afirmativa traz consigo o princípio do planejamento Participativo. Segundo
Vasconcellos (2002), projeto político-pedagógico diz respeito a sistematização de um proces-
so de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define
claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar
Letra e.

005. (PREFEITURA MUNICIPAL DE PRINCESA (SC)/AMEOSC/2019) As práticas pedagógi-


cas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteado-
res as interações e a brincadeira e garantir algumas experiências. Assinale a alternativa que
não apresenta uma dessas experiências:
a) Promovam o relacionamento e a interação das crianças somente com seus iguais, estimu-
lando sua cultura, modos de expressão e vivências, que devem ser consideradas prioritárias
nos processos educativos.
b) Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por
elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical.
c) Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o
conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza.
d) Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alar-
guem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento da diversidade.

O processo educacional visa possibilitar a interação das crianças com outras vivências e ou-
tras culturas ocasionando o reconhecimento da diversidade.
Letra a.

006. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DA BOA VISTA (SC)/EPBAZI/2019) Nos


artigos 13 e 14, a LDB diz que a elaboração da proposta pedagógica contará com a partici-
pação dos profissionais da Educação, que deverão ainda definir e cumprir plano de trabalho
para concretizá-la. Com tais dispositivos, a lei quis dar realce ao papel da escola e dos edu-
cadores na construção de projetos educacionais articulados com as políticas nacionais, as
diretrizes dos Estados e municípios e capazes, ao mesmo tempo, de levar em consideração a
realidade específica de cada instituição de ensino. Assim, cada proposta ou projeto pedagógi-
co retrata a identidade da escola. É um amplo trabalho de construção, que exige competência

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t­ écnico-pedagógica e clareza quanto ao compromisso ético-profissional de educar o cidadão


deste novo tempo. Em outras palavras, o projeto pedagógico é a própria escola cidadã.
A partir da leitura deste texto, como é correto considerar o Projeto Político Pedagógico?
a) Como um documento importante, más que não tem influência no cotidiano escolar e nas
decisões tomadas por seus gestores.
b) Como um documento criado por um especialista apenas para atender as exigências da le-
gislação educacional.
c) Como um eixo norteador de todo o trabalho escolar.
d) Não é correto considerar a importância do ppp na tomada de decisões sobre a construção
pedagógica da escola e sua administração.

A questão tem por tema central o direito à educação e exige do candidato o conhecimento do
projeto político pedagógico apresentado pela Lei n. 9.394/1996 (Lei de Diretrizes Básicas da
Educação Brasileira – LDB).
Segundo o documento “GESTÃO ESCOLAR/ORIENTAÇÕES PARA O GESTOR ESCOLAR – Ins-
trumento destinado à orientação e suporte de trabalho para Diretores de Escola” do Governo
de Santa Catarina:
Letra c.

007. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPORANGA (PB)/CPCON UEPB/2019) Analise as pro-


posições abaixo, tendo por base os agentes envolvidos no Projeto Político Pedagógico (PPP).
I – Os alunos (crianças, adolescentes, jovens e adultos), os professores, a equipe gestora.
II – Os profissionais de apoio, psicólogos, orientadores educacionais, assistentes sociais
e os pais.
III – A comunidade externa.
A alternativa que responde CORRETAMENTE é:
a) III apenas.
b) I e III.
c) I apenas.
d) I, II e III.
e) II e III.

A questão busca identificar os agentes envolvidos no Projeto Político Pedagógico (PPP).


I – CORRETA. A comunidade escolar INTERNA conjuntamente com outros atores fazem parte
da construção do Projeto Político Pedagógico (PPP).
II – CORRETA. A comunidade escolar INTERNA E EXTERNA conjuntamente com outros atores
fazem parte da construção do Projeto Político Pedagógico (PPP).

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III – CORRETA. A comunidade EXTERNA conjuntamente com outros atores fazem parte da
construção do Projeto Político Pedagógico (PPP).
Letra d.

008. (CENTRO DE INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO DA AERONÁUTICA/DAS CIAAR/2019) O


Projeto Político Pedagógico é um tipo de planejamento que deve considerar:
I – As metas de curto, médio e longo prazos.
II – As necessidades e expectativas de todos os segmentos escolares.
III – O contexto socioeconômico e cultural onde a escola está inserida.
IV – Plena liberdade de gerenciamento financeiro, administrativo e pedagógico.
V – Os interesses do sistema de ensino para construir uma base educacional única.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e III.
b) III e V.
c) I, II e III.
d) II, III, IV e V.

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) é um documento que expressa, além das obrigações le-
gais impostas, os anseios de toda comunidade envolvida, além do que contar com as diretri-
zes, metas e ações desenvolvidas para todo o processo educativo a ser realizado pelas insti-
tuições de ensino.
Para tal, vejamos:
I – Certo. Em linguagem administrativa deverá conter os planejamentos e metas estratégicas
(longo prazo), táticas (médio prazo) e operacionais (curto prazo).
II – Certo. É realizável constar as necessidades da comunidade, em todas as partes envolvi-
das. Pois são os mais atingidos e interessados no processo.
III – Certo. Há a necessidade de contextualizar a localização, em seu devido espaço, tempo e
definir as questões socioeconômicas, culturais para um planejamento adequado a qual reali-
dade pertencente.
IV – Errado. Não há plena liberdade e sim autonomia, pois todos estão suscetíveis as leis e a
ter limites em suas atividades.
V – Errado. A ideia do PPP é combater esses interesses em homogeneização da sociedade,
já que há distintas culturas, povos e metodologias para o trabalho. Consoante a LDB (Lei n.
9.394/1996) salienta em seu artigo 3º, inciso III, que o ensino será ministrado pelo princípio do
pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
Letra c.

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009. (PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO ROQUE (SP)/VU-


NESP/2019) De acordo com Veiga, in Veiga e Resende (org., 2008), o projeto político-pedagó-
gico exige “profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação de seu
papel social e a definição clara de caminhos, formas operacionais e ações a serem realizadas
por todos os envolvidos com o processo educativo.” Esse projeto reflete a realidade da escola
que é parte de um contexto mais amplo, o qual tanto a influencia, como, ao mesmo tempo,
pode ser por ela influenciado. E mais, tal projeto “aponta um rumo, uma direção, um sentido
explícito para um compromisso estabelecido coletivamente.” Ao constituir-se, com esse pro-
jeto, em processo participativo de decisões, há uma preocupação em instaurar-se uma forma
de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições e que, no
interior da escola, permita
a) o estabelecimento de relações horizontais.
b) o alcance das metas nas avaliações externas.
c) o estrito cumprimento dos deveres de cada um.
d) o ensino integral de todos os conteúdos curriculares.
e) o respeito à hierarquia burocrática do sistema de ensino.

O PPP é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o pro-
cesso educativo da escola. É um processo democrático de decisões. É um processo democrá-
tico de decisões, que preocupa-se em superar os conflitos, buscando eliminar relações compe-
titivas, corporativas e autoritárias
Letra a.

010. (PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO ROQUE (SP)/VU-


NESP/2019) Ao discorrer sobre Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar, em Plane-
jamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político pedagógico, Celso Vasconcellos
afirma que
a) se espera que o Projeto Político Pedagógico seja feito a partir do Regimento Escolar.
b) o Projeto Político Pedagógico reflete o detalhamento administrativo e jurídico da escola.
c) a elaboração do Projeto Político Pedagógico é de competência da escola, o Regimento Es-
colar é único, emanado da Secretaria de Educação.
d) de acordo com a legislação em vigor, a elaboração de ambos é competência da escola.
e) o Regimento Escolar comporta o Marco Referencial, Diagnóstico e Programação escolar.

O projeto pedagógico e o regimento escolar estão relacionado entre si, pois a elaboração de
ambos documentos é de responsabilidade da instituição de ensino de forma coletiva que tem

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como intenção de possibilitar para que a escola possa seguir com o seu planejamento basea-
do nesses dois documentos visando atingir o seu objetivo que é de contribuir para a educação.
Letra d.

011. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TIMBÓ (SC)/FURB/2019) Analise as funções do Secretá-


rio Escolar e identifique as corretas
I – Elaborar e avaliar o Projeto Político-pedagógico da escola.
II – Organizar e dirigir o serviço de secretaria e coordenar o trabalho de seus auxiliares.
III – Assinar, juntamente com o diretor da Unidade, os documentos escolares dos alunos, bem
como toda a documentação da secretaria, apontando seu número de registro ou autorização
do órgão competente.
IV – Organizar e manter atualizada a escrituração escolar, bem como os prontuários de legis-
lação referente à Escola e ao ensino.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
c) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.

A questão exige conhecimento acerca das funções do secretário escolar, o secretario escolar é
o profissional responsável por atuar na gestão de registros e documentos escolares auxiliando
toda a gestão. Um Secretário Escolar operacionaliza processos de matrícula e transferência
de estudantes, de organização de turmas e de registros do histórico escolar dos estudantes.
Letra b.

012. (PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO ROQUE (SP)/VU-


NESP/2019) Nas considerações finais do documento Conselho Escolar e a relação entre a
escola e o desenvolvimento com igualdade social, Aguiar (2010) destaca que a escola, no Bra-
sil, atende a um grande contingente de alunos oriundos de famílias que vivem em situação de
pobreza e em ambientes socialmente degradados.
Nesse contexto, o autor defende que o projeto-pedagógico da escola deve
a) reproduzir as estruturas de dominação da sociedade, acomodando os estudantes às possi-
bilidades dentro de seu extrato social.
b) oferecer situações de desafio e de aprendizagem que levem ao questionamento do senso
comum, contribuindo para a manutenção do status quo.
c) situar a educação escolar com qualidade social, optando por um projeto educativo que favo-
reça a minoria da população.

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d) partir de iniciativas e políticas que apontam para a inclusão social, e seja pautado em ações
compensatórias e localizadas.
e) ter suas bases de sustentação num projeto social mais amplo cujo ponto central seja sem-
pre o respeito à dignidade do ser humano.

A inclusão de projetos pedagógicos tendo suas bases de sustentação num projeto social, re-
afirma e revigora entre os participantes a quebra dos preconceitos estabelecidos, estimula
práticas coletivas, abrange conhecimentos diferentes socioeconômicos e vigências distintas.
Faz com que a capacidade de argumentação e questionamento aumente, coincidindo com
a quebra de índices pressupostos, com a quebra de desigualdades e com o crescimento da
igualdade para o todo social, visando o futuro.
Letra e.

013. (PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO ROQUE (SP)/VU-


NESP/2019) Para Bussmann (2010), por razões pedagógicas e técnico-administrativas, ineren-
tes ao compromisso da escola com a educação e o ensino, são reforçados hoje a necessidade
e o desafio de cada escola de construir seu próprio projeto político-pedagógico e administrá-lo.
Tal situação, para a autora, implica em
a) construir um documento que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que os alunos devem desenvolver.
b) implantar um processo de ação-reflexão, ao mesmo tempo global e setorizado, que exige o
esforço conjunto e a vontade política da comunidade escolar.
c) elaborar um manual a ser utilizado pela comunidade escolar para resolver os problemas que
afetam a qualidade do ensino e aprendizagem dos alunos.
d) construir um documento que contenha a definição dos conteúdos a serem desenvolvidos
em cada disciplina com o propósito de organizar o trabalho do professor.
e) disponibilizar à comunidade escolar um documento que estabeleça a organização e o fun-
cionamento da escola e regulamentação das relações entre os seus participantes.

A questão exige conhecimento referente a importância da construção do projeto político peda-


gógico, que define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade.
Segundo LEVINSKI, HORN, LAVARDA (2007). Avaliar o processo educativo escolar com os
sujeitos da ação requer a observação e conhecimento dos núcleos fundantes e diretrizes da
proposta que sustentam a instituição. Nesta linha o projeto político pedagógico ultrapassa a
concepção de um documento pronto, acabado, sem movimento e com o endereço nos arqui-
vos da escola.
Letra b.

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014. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TIMBÓ (SC)/FURB/2019) As propostas pedagógicas de


Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios: Éticos, Políticos e Estéticos. Re-
lacione a primeira sequência com a segunda e assinale a resposta correta de acordo com a
sequência que você assinalou.
1 – Éticos
2 – Políticos
3 – Estéticos

( ) da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferen-


tes manifestações artísticas e culturais.
( ) dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
( ) da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao
meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.

Assinale a alternativa apresenta a correta associação entre as colunas:


a) 3 – 2 – 1.
b) 1 – 2 – 3.
c) 1 – 3 – 2.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 1 – 2.

(3 – Estéticos) da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas


diferentes manifestações artísticas e culturais.
A primeira resolução aprovada sobre o tema — resolução CEB n. 2/98 — foi a relativa ao ensino
fundamental, cuja relatora é Regina Alcântara de Assis. O seu artigo 3º, inc. I, letra c, determina
que “as escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas”, entre
outros, “os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifes-
tações artísticas e culturais”
(2 – Políticos) dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem
democrática.
Da mesma forma, os Direitos e Deveres de Cidadania e o Respeito à Ordem Democrática, ao
orientarem as práticas pedagógicas, introduzirão cada aluno na vida em sociedade, que busca
a justiça, a igualdade, a equidade e a felicidade para o indivíduo e para todos.
(1 – Éticos) da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum,
ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.
As práticas pedagógicas das escolas deverão estar fundamentadas nestes princípios, pois é
através da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum
que a Ética fará parte da vida cidadã dos alunos.
Letra a.

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015. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ERVÁLIA (MG)/FUNDEP/2019) [...] A identidade histórica


dos grupos indígenas tem sido preservada com registros orais, sendo o componente linguís-
tico fundamental para a transmissão de um passado, de uma forma de pensar o tempo, as
raízes culturais, suas origens, as visões de mundo e das relações sociais.
BITTENCOURT, Circe Fernandes. “O ensino de História para populações indígenas”. In: Em Aberto. Brasília, ano
14, n. 63, julho/setembro 1994, p. 113. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. Disponível em: <http:/rbep.inep.gov.br/
index.php/emaberto/article/viewFile/1982/1951>. Acesso em: 3 ago. 2018

Para educadores acostumados a lidar com a transmissão histórica pela forma escrita, o
ensino de História com vistas ao resgaste da identidade para populações indígenas coloca
como desafio o
a) desenraizamento e o isolamento da cultura urbana, com um longo tempo de imersão na
cultura indígena, a fim de compreender suas peculiaridades para, então, ensinar.
b) desejo de quebrar as tradições indígenas, de base oral, pouco eficientes para a transmissão
fidedigna da cultura local, orientando tal comunidade a aceitar o formato escrito.
c) desenvolvimento de um processo de alfabetização das populações indígenas, já que os con-
teúdos a serem ensinados são tradicionalmente apresentados sob a forma escrita.
d) estudo de novos materiais pedagógicos como objetos, danças, músicas e narrativas, nor-
malmente utilizados por comunidades indígenas para perpetuar a sua identidade.

O simples ensino de qualquer disciplina para os indígenas se constitui como um desafio imen-
so, no entanto, este desafio se torna ainda mais desafiador para os professores de história.
Como transmitir o estudo da história para uma população que foi descrita como barbará e
selvagem até pouco tempo atrás nos livros de história? Em nossos livros, chamamos o homem
branco português de colonizador e descobridor, para os índios são seus algozes, na nossa cul-
tura até pouco tempo atrás, e de certa maneira, nos monumentos históricos continuam sendo
nossos heróis.
Para dar conta desta imensa tarefa, Circe Bittencourt propõe o uso de novos materiais pedagó-
gicos como objetos, danças, músicas e narrativas, normalmente utilizados por comunidades
indígenas para perpetuar a sua identidade, uma forma de preservar sua identidade e mostrar-
-lhes que o Estado brasileiro respeita sua cultura, sua identidade e seus modos de vida, tal
como está exposto na constituição.
Letra d.

016. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SALTO DO JACUÍ (RS)/FUNDATEC/2019) Relacione a Co-


luna 1 à Coluna 2 em relação aos níveis que constituem a linha de habilitação dos professores.
Coluna 1
1. Nível 1.
2. Nível 2.

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3. Nível 3
Coluna 2

( ) Habilitação Específica de Magistério de 2º grau.


( ) Habilitação Específica, obtida em curso Superior de graduação correspondente à Licen-
ciatura Plena, ou Especialista e Pós-Graduados.
( ) Habilitação Específica de Grau Superior ao nível de Graduação, representada por Licen-
ciatura de 1º Grau obtida em curso de curta duração.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) 1 – 2 – 3.
b) 1 – 3 – 2.
c) 2 – 3 – 1.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 2 – 1.

Necessários conhecimentos pedagógicos sobre a formação de docentes e divisão dos níveis


de ensino no Brasil.
1 – Formação em Magistério, ao nível de Segundo Grau/Ensino Médio.
3 – Formação em curso Superior, ao nível de Graduação/Licenciatura Plena, ou Especialização
e Pós-graduação.
2 – Formação em grau Superior, ao nível de Graduação, mesmo que representada por Licencia-
tura de 1ª Grau e independente da duração da formação.
Letra b.

017. (PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJAL PAULISTA (SP)/METROCAPITAL/2019) De


acordo com a Resolução CNE/CEB 20/2009, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a
alternativa correta:
I – A proposta pedagógica, ou projeto pedagógico, é o plano orientador das ações da institui-
ção e define as metas que se pretende para o desenvolvimento dos meninos e meninas que
nela são educados e cuidados, bem com as aprendizagens a serem promovidas.
II – O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam
desarticular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem par-
te do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico.
III – O currículo na Educação Infantil tem sido um campo de controvérsias e de diferentes vi-
sões de criança, de família, e de funções da creche e da pré-escola.
a) Apenas o item I é verdadeiro.
b) Apenas o item II é verdadeiro.

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c) Apenas o item III é verdadeiro.


d) Apenas os itens I e III são verdadeiros.
e) Todos os itens são verdadeiros.

De acordo com a Resolução CNE/CEB 20/2009 a Educação Infantil vive um intenso processo
de revisão de concepções sobre a educação de crianças em espaços coletivos, assim como,
reformulação de seleção e fortalecimento de práticas pedagógicas mediadoras de aprendiza-
gens e do desenvolvimento das crianças.
QUANTO AS ASSERTIVAS É POSSÍVEL DESTACAR QUE:
I – CORRETA. O documento traz que na sua execução, a instituição de Educação Infantil organi-
za seu currículo, que pode ser entendido como as práticas educacionais organizadas em torno
do conhecimento e em meio às relações sociais que se travam nos espaços institucionais, e
que afetam a construção das identidades das crianças.
II – INCORRETA. O currículo escolar é visto como um articulador e não o contrário.
III – CORRETA. O documento traz ainda, que no Brasil nem sempre foi aceita a ideia de haver
um currículo para a Educação Infantil, termo em geral associado à escolarização tal como vi-
vida no Ensino Fundamental e Médio, sendo preferidas as expressões ‘projeto pedagógico’ ou
‘proposta pedagógica’
Letra d.

018. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS (SP)/VUNESP/2019) Considerando-se que o


Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola é um instrumento orientador primordial da ação
educativa, assinale a alternativa correta.
a) A construção do PPP nas e pelas escolas revela um esgotamento de suas possibilidades,
requerendo a aproximação, assim, de práticas mais gerenciais pautadas pela eficiência e pelo
profissionalismo.
b) Um PPP eficiente e revelador da realidade escolar é marcado por ações de voluntarismo,
ainda que não metódicas, que desencadeiam transformações na direção de uma formação
cultural de qualidade aos alunos.
c) Na medida em que se busca elaborar o PPP como uma expressão viva da realidade, a par-
ticipação da comunidade escolar é um princípio estruturador do trabalho coletivo na escola.
d) O sucesso de elaboração de um PPP tem como base o compromisso político e o engaja-
mento dos professores de forma mais intensa que os demais envolvidos, equipe escolar e
comunidade, pois afeta diretamente sua prática pedagógica.
e) A articulação de espaços coletivos e participativos na escola deve ter como princípio o re-
conhecimento dos erros do passado e o compromisso de reparação aos envolvidos da comu-
nidade escolar no presente.

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O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento fundamental da escola, o qual explicita


sua identidade, pressupostos teóricos e objetivos. Sua elaboração exige a participação de to-
dos os envolvidos no processo educativo e no âmbito da instituição de ensino.
Tem por premissa o princípio da gestão democrática preconizado pela Lei de Diretrizes e Ba-
ses da Educação em seu Art. 3º, inciso VIII, qual estabelece gestão democrática do ensino
público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino.
A instituição de ensino ao construir seu Projeto Político Pedagógico precisa partir de análises
da realidade e levar em consideração o contexto sócio-histórico no qual está inserida. Desta
forma, precisa ser construído coletivamente e se configurar num compromisso assumido por
todos na organização (gestores professores, funcionários, alunos) e na comunidade (pais, res-
ponsáveis, instituições ligadas direta ou indiretamente na instituição de ensino). Assim, consti-
tui instrumento para a concretização da gestão democrática no espaço escolar e configura-se
como um princípio estruturador do trabalho coletivo da instituição escolar.
Letra c.

019. (PREFEITURA MUNICIPAL DE MAJOR IZIDORO (AL)/ADM&TEC/2019) Leia as afirma-


tivas a seguir:
I – No Brasil Colônia, o açúcar branco era consumido exclusivamente pelo mercado interno.
II – Com o Estado Novo, Getúlio Vargas limitou as liberdades individuais.
III – O projeto político-pedagógico da escola não pode ser desenvolvido sem o envolvimento
dos profissionais da educação.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa II, apenas.
c) Estão corretas as afirmativas I e II, apenas.
d) Estão corretas as afirmativas II e III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

I – ERRADA. A alternativa “I” demanda que o aluno conheça a importância do açúcar no merca-
do europeu e a capacidade dos portugueses quanto a sua exploração.
O açúcar era um produto valioso no mercado Europeu, visto que em especial pela Itália, for-
mou-se grandes consumidores do produto.
No Brasil foi a primeira grande riqueza agrícola e rudimentarmente industrial (visto o estágio
primitivo da indústria no Brasil).
Os portugueses, dominando a tecnologia do engenho de cana de açúcar, visto que já explora-
ram a cana-de-açúcar em outros lugares (Ilha da Madeira, Açores, São Tomé e Príncipe, etc.).
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Gustavo Silva

O Desejo de criar uma cópia do “plantation” (agricultura de gêneros tropicais, comuns na Ásia
e África, de cunho exploratório, mediante o uso de escravos, visando exportação), inglês (bem
desenvolvido na Irlanda) moveu a busca pela produção de açúcar.
No Brasil as Sesmarias também se prestaram a exploração de açúcar seguindo tal modelo.
Importante lembrar que os engenhos de açúcar, comandados por Senhores de Engenho, não
usavam apenas mão de obra africana.
Os engenhos maiores (de maior produção), usava-se mão de obra de escravos africanos (es-
cravidão negra). Já os pequenos engenhos ainda usavam mão de obra de escravos indígenas
(escravidão vermelha).
Em 1516 o Brasil tinha mais de 200 engenhos espalhados por Pernambuco, Bahia e São Vicen-
te (São Paulo), Rio de Janeiro.
II – CERTA. A alternativa “II” demanda que o aluno conheça os eventos que levaram Vargas a
agir contra o comunismo e o nazifascismo interno.
O governo Vargas foi marcado por diversos programas que por ora confundem a atender os in-
teresses nacionais, mas, que restringiam os direitos civis da população, classificando qualquer
movimento contrário ao governo como “comunismo”.
Esse governo se dividiu em três períodos, sendo o primeiro o Governo Provisório (1930 a 1934),
seguido dos Governos Constitucional (1934 a 1937) e Ditatorial (1937 a 1945).
A fase ditatorial da “Era Vagas” (1937-1945), também foi marcada pelo fechamento do Poder
Legislativo (Congresso, Assembleias e Câmaras), sob a justificativa de dissolver a estrutura
dos coronéis-fazendeiros da Primeira República.
Vargas outorga uma Constituição em 1937, conhecida como “Polaca” (com ideais semifascis-
tas poloneses), momento em que se implantou o Estado Novo, criando-se poderes ilimitados
ao chefe do Estado (Vargas).
Contudo, Vargas, não visava apenas isso, mas, concentrar o poder governamental e neutralizar
qualquer reação contrária a seus programas de governo.
Diante das inúmeras acusações de comunismo e da influência da segunda guerra, o Brasil
mergulhou em abusos e restrição de direitos.
Embora tenham surgidos relevantes avanços nesta época, tais como o voto secreto, o voto de
mulheres, direitos trabalhistas, a proteção das riquezas nacionais, a inexistência de um poder
legislativo lhe dava verdadeira “carta-branca” para agir quase que ilimitadamente
III – CERTA. A alternativa “III” demanda que o aluno conheça o “texto seco” da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação (Lei n. 9.394/1996)
Segundo o Artigo 14, I da Lei n. 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases), o projeto pedagógico
tem a participação dos profissionais da educação.
Importante observar que a participação do profissional da educação não é apenas um direito,
mas, um Princípio, assim como o caput do Art. 14 da Lei de Diretrizes e Bases menciona.

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No entanto, a participação na política pedagógica não é exclusiva dos profissionais, participan-


do também a comunidade envolvida, por via de conselhos escolares ou formas equivalentes
(Art. 14, II da Lei n. 9.394/1996).
Vendo a literalidade da Lei:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Letra d.

020. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TAPEJARA (RS)/FUNDATEC/2019) Um currículo esco-


lar precisa:
I – Ser elaborado a partir do projeto pedagógico da escola.
II – Ter uma teoria que o fundamente, a mesma perspectiva que fundamenta o projeto
pedagógico.
III – Definir a proposta educativa que orientará o trabalho pedagógico do dia a dia da escola.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

Todas as alternativas estão CORRETAS


I – Verdadeiro. Um currículo escolar precisa ser elaborado a partir do projeto pedagógico da
escola, ter uma teoria que o fundamente, a mesma perspectiva que fundamenta o projeto pe-
dagógico e definir a proposta educativa que orientará o trabalho pedagógico do dia a dia da
escola, dos trabalhos realizados principalmente na sala de aula com os alunos.
II – Verdadeiro. As práticas pedagógicas organizam-se em torno de intencionalidades previa-
mente estabelecidas, e tais intencionalidades serão perseguidas ao longo do processo didáti-
co, de formas e meios variados.
III – Verdadeiro. O planejamento serve como roteiro para os professores, permitindo aplicar no
dia-a-dia a linha de pensamento e ação da proposta pedagógica, afirma Ilza Martins Sant’Anna.
O que não significa determinar uma forma única de planejar todas as disciplinas: a avaliação
dos erros e acertos é que vai permitir a melhor escolha. Para planejar, observa Madalena, é
importante cada professor dominar o conteúdo de sua matéria – mas isso de nada valerá se
ele não escutar os alunos e não valorizar o que já conhecem.
Letra e.

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021. (PREFEITURA MUNICIPAL DE TAPEJARA (RS)/FUNDATEC/2019) Para Veiga, na orga-


nização curricular, é preciso considerar alguns pontos básicos:
I – O currículo não é um instrumento neutro, ele passa ideologia, e a escola precisa identificar e
desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza
para a manutenção de privilégios.
II – O currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é historicamente
situado e culturalmente determinado.
III – Refere-se à questão do controle social, já que o currículo formal (conteúdos curriculares,
metodologia e recursos de ensino, avaliação e relação pedagógica) implica controle.
Quais estão corretos?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Todas as alternativas estão corretas


I – Verdadeiro. O currículo não é um instrumento neutro. O currículo passa ideologia, e a esco-
la precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a
classe dominante utiliza para a manutenção de privilégios.
II – Verdadeiro. O Currículo é uma construção social do conhecimento, pressuposto a sistema-
tização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos his-
toricamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimi-
lação são processos que compõe uma metodologia de construção coletiva do conhecimento
escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.
III – Verdadeiro. À questão do controle social, já que o currículo formal (conteúdos curriculares,
metodologia e recursos de ensino, avaliação e relação pedagógica) implica controle. Por outro
lado, o controle social é instrumentalizado pelo currículo oculto, entendido este como as “men-
sagens transmitidas pela sala de aula e pelo ambiente escolar”
Letra e.

022. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS BORGES (RS)/FUNDATEC/2019) Assinale V,


se verdadeiro, ou F, se falso, ao que pode, segundo Vasconcellos, dificultar a elaboração do
Projeto Político-Pedagógico:

( ) Comodismo por parte dos sujeitos: não quererem a desacomodação que poderá vir em
decorrência da concretização das ideias ali colocadas.

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( ) Formalismo: perigo de reduzir o Projeto a uma sequência de passos, a simplesmente


elaborar um documento, sem vida, sem significado e sem envolvimento com as ideias
e com as propostas.
( ) Falta de condições objetivas de espaço-tempo para encontro, reflexão, elaboração e
acompanhamento.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) F – F – V.
b) V – V – V.
c) F – V – F.
d) V – F – V.
e) F – F – F.

(V,V,V)
O Projeto Político Pedagógico (PPP) é o principal planejamento realizado pela equipe gestora
em conjunto com todos os setores da escola: corpo docente e discente, funcionários, família
e comunidade. Celso Vasconcellos em seu livro Planejamento Projeto de Ensino – Aprendi-
zagem e Projeto Político Pedagógico (2008) afirma que esse é o plano global da instituição
escolar constituindo um instrumento metodológico para mudança e intervenção da realidade
contendo em sua estrutura três dimensões fundamentais: finalidade, realidade e mediação.
Segue correção das assertivas:
I – VERDADEIRA: é preciso o esclarecimento que o projeto político pedagógico é feito para
ajudar a solucionar problemas e transformar a prática.
II – VERDADEIRA: uma maneira de enfrentar esse processo formal demais é colocar intencio-
nalidade no planejamento.
III – VERDADEIRA: nessa questão Vasconcellos sugere que cabe a equipe gestora sensibilizar
os demais e flexibilizar as possibilidades de encontro.
Letra b.

023. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA (RS)/FUNDATEC/2019) Segundo Veiga, o


que se espera da escola hoje é uma educação de qualidade, tendo como sustentáculos o:
a) Regimento Escolar e a Gestão Administrativo-Financeira da escola.
b) Projeto Político-Pedagógico e a Gestão Democrática.
c) Projeto Educativo e a Gestão Política.
d) Plano Plurianual e o Projeto Pedagógico.
e) Plano Setorial e a Gestão Democrática.

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Para Veiga o sustentáculo de uma ensino de qualidade é o Projeto Político-Pedagógico e a


Gestão Democrática.
O Projeto Político-Pedagógico (PPP), contemplando a organização do trabalho da escola como
um todo, deve estar embasado em princípios que norteiam a escola democrática, pública e gra-
tuita, dando identidade à instituição escolar. De acordo com Veiga, os princípios do PPP são:
igualdade, qualidade, gestão democrática, liberdade/autonomia e valorização do magistério.
Esses possuem um caráter permanente e fundamentado nas ações pedagógicas. Acreditamos
que os princípios analisados e o aprofundamento dos estudos sobre a organização do trabalho
pedagógico trarão contribuições relevantes para a compreensão dos limites e das possibili-
dades dos PPPs voltados aos interesses das camadas menos favorecidas. Segundo Veiga, a
importância desses princípios está em garantir sua operacionalização nas estruturas escola-
res, pois uma coisa é estar no papel, na legislação, na proposta, no currículo pensado, e outra
é estar ocorrendo na dinâmica interna da escola, na ação-reflexão-ação, no real, no concreto.
Letra b.

024. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA (RS)/FUNDATEC/2019) Segundo Vascon-


cellos, o Projeto Político-Pedagógico deve ser:
I – Público e explicitado.
II – Planejado com qualidade e intencionalidade.
III – Usado como algo vivo, como um termômetro para toda a comunidade escolar saber se o
trabalho planejado está se aproximando da sua realidade.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento fundamental da escola, o qual explicita


sua identidade, pressupostos teóricos e objetivos. Sua elaboração exige a participação de to-
dos os envolvidos no processo educativo e no âmbito da instituição de ensino, assim deve ser
público e explicitado para todos, além de prever formas de acompanhamento e avaliação das
ações planejadas.
A instituição de ensino ao construir seu Projeto Político Pedagógico precisa partir de análi-
ses da realidade e levar em consideração o contexto sócio-histórico no qual está inserida,
respeitando as diferenças presentes na comunidade escolar e que o aluno é protagonista de
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sua própria aprendizagem. Desta forma, precisa ser construído coletivamente e se configurar
num compromisso assumido por todos na organização (gestores professores, funcionários,
alunos) e na comunidade (pais, responsáveis, instituições ligadas direta ou indiretamente na
instituição de ensino), de modo a prezar pela qualidade do ensino
Letra e.

025. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA (RS)/FUNDATEC/2019) Analise as asserti-


vas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas, ao que se refere ao conceito e metodo-
logia da construção do Projeto Político-Pedagógico, segundo Vasconcellos.

( ) Valor de articulação da prática.


( ) Envolve uma construção individual de conhecimento.
( ) Valor de elemento de referência para a caminhada.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) V – F – V.
b) F – V – F.
c) V – V – F.
d) F – F – V.
e) V – V – V.

O Projeto Político Pedagógico é um documento fundamental da escola, o qual explicita sua


identidade, pressupostos teóricos e objetivos. Sua elaboração exige a participação de todos os
envolvidos no processo educativo e no âmbito da instituição de ensino, assim deve ser público
e explicitado para todos, além de prever formas de acompanhamento e avaliação das ações
planejadas. Assim, dentre as alternativas apresentadas a que afirma que a construção do PPP
“envolve uma construção individual de conhecimento” é falsa, pois, é uma construção coletiva.
Letra a.

026. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) Carvalho (2009)


afirma que para a construção do projeto da escola é necessário analisar o que nela acontece
e, para isso, estabelece algumas dimensões.
I – A cultural.
II – A família.
III – A equipe técnico-administrativo-pedagógica.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.

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c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

A construção do projeto da escola perpassa pelas dimensões política, pedagógica e cultural.


Essas dimensões não são estanques, pois possuem relações intrínsecas que são dinâmicas
entre si e estabelecem relações com outras dimensões da escola (administrativa, financeira,
infraestrutura, corpo docente). Assim, a família e a equipe técnico-administrativa-pedagógica,
não constituem dimensões, mas sujeitos que devem participar do processo de construção
projeto da escola.
Letra a.

027. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) De acordo com


Vasconcellos, o Projeto Político-Pedagógico (ou Projeto Educativo) é o plano global da institui-
ção. Pode ser entendido como:
I – A sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se
aperfeiçoa e se concretiza na caminhada que define claramente o tipo de ação educativa que
se quer realizar.
II – Um instrumento teórico-metodológico para a intervenção e mudança da realidade.
III – Um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição em um pro-
cesso de transformação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Item I – Verdadeiro – O PPP é um plano global de sistematização que se aperfeiçoa com a


participação da comunidade escolar no planejamento.
Item II – Verdadeiro – O PPP é um instrumento com metodologia para intervenção na realidade.
Item III – Verdadeiro – O PPP é um elemento de organização, uma diretriz para instituição in-
tegrar a sua atividade prática a transformação que deseja promover na comunidade escolar.
Letra e.

028. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) De acordo com o


Plano de Carreira do Magistério, são funções do Magistério:

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I – As atividades de docência e de suporte pedagógico direto à docência, aí incluídas as de


administração escolar.
II – A realização de atividades de educação sob a coordenação da Secretaria Municipal
de Educação.
III – A supervisão e orientação educacional nas escolas e/ou unidades escolares com atendi-
mento à criança e ao adolescente.
Quais estão INCORRETAS?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

O plano de carreira do magistério é um plano muito importante, pois ele organiza a vida fun-
cional dessa categoria, e promove uma boa qualidade da educação e atrai para a carreira bons
profissionais. Esse plano deve contemplar alguns fatores como a formação inicial e continua-
da, o processo de escolha da equipe gestora, a quantidade de alunos por sala de aula, o siste-
ma de avaliação, a progressão funcional.
Em relação a função do magistério, a LDB N. 9.394/1996 no artigo 67 consta que são consi-
deradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no
desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação
básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de
direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.
Conforme estabelecido no plano de carreira do magistério, é o conjunto de instituições e órgãos
que realiza atividades de educação sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação.
Letra b.

029. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA (RS)/FUNDATEC/2019) Segundo Veiga, o


projeto pedagógico, ao se constituir em processo participativo de decisões, preocupa-se em:
I – Instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as
contradições.
II – Eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias.
III – Romper com a rotina do mando pessoal e racionalizado da burocracia, permitindo rela-
ções horizontais no interior da escola.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.

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d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

I – VERDADEIRA. no princípio da gestão democrática existe a necessidade de repensar a estru-


tura e poder da escola para que se amplie a participação de todos.
II – VERDADEIRA. na gestão democrática a ampla participação de todos em todas as decisões
do projeto pedagógico elimina barreiras e diferenças hierárquicas.
III – VERDADEIRA. de acordo com Veiga a socialização do poder atenua o individualismo e
aumenta a solidariedade e a autonomia que acaba com a dependência de burocracias.
Letra e.

030. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) Para nortear a or-


ganização do trabalho da escola, a primeira ação fundamental é a construção do projeto polí-
tico-pedagógico, pois ele é concebido na perspectiva da:
I – Sociedade.
II – Educação.
III – Escola.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

QUANTO AS ASSERTIVAS É POSSIVEL DESTACAR QUE:


I – CORRETO. O processo de construção do PPP envolve sempre o propósito da transformação
da sociedade, ou seja, o tipo de sociedade que se quer construir e com que valores. Além disso,
como a instituição escolar pode contribuir com a formação do sujeito para que este transfor-
me a sociedade em que vive de forma a adaptá-la para viver melhor.
II – CORRETO. O PPP é um dos instrumento que reflete a proposta educacional da escola. É
através dele que a comunidade escolar pode desenvolver um trabalho coletivo, cujas respon-
sabilidades pessoais e coletivas são assumidas para execução dos objetivos estabelecidos.
III – CORRETO. Para Vasconcellos (2010) O Projeto Político Pedagógico é o plano global da
instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de
Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define clara-
mente o tipo de ação educativa que se quer realizar.
Letra e.

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031. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPECURU-MIRIM (MA)/IMA/2019) O Projeto Políti-


co Pedagógico deve ser disponibilizado, construindo e reconstruído por todos aqueles que
participam da comunidade escolar e querem efetivamente uma mudança, porque é um do-
cumento que:
a) Apresenta uma ideologia da classe dominante.
b) Estabelece as tarefas burocráticas da escola.
c) Expressa a identidade da comunidade escolar.
d) Expressa ideologias e relações de poder na escola.
e) Demonstra ações exclusivas do diretor da escola.

O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento fundamental da escola, o qual explicita


sua identidade, pressupostos teóricos e objetivos. Sua elaboração exige a participação de to-
dos os envolvidos no processo educativo e no âmbito da instituição de ensino.
Assim, Projeto Político Pedagógico constitui instrumento para a concretização da gestão de-
mocrática no espaço escolar, ou seja, exige a participação de toda a comunidade escolar na
sua elaboração, o que possibilita a aproximação entre escola e comunidade.
Letra c.

032. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO BOM (RS)/FUNDATEC/2019) Para Vasconcellos,


o Projeto Educativo é, claramente, um documento de planificação escolar que poderíamos ca-
racterizar do seguinte modo, EXCETO:
a) De longo prazo quanto à sua duração.
b) Integral quanto à sua amplitude.
c) Flexível e fechado.
d) Na medida, em que abarca-se todos os aspectos da realidade escolar.
e) Democrático, porque é elaborado de forma participada e é o resultado de consensos.

Para Vasconcellos o Projeto Educativo, é um documento de planificação escolar que poderí-


amos caracterizar do seguinte modo: de longo prazo quanto à sua duração; integral quanto à
sua amplitude, na medida em que abarco todos os aspectos da realidade escolar; flexível e
aberto; democrático porque elaborado de forma participada e restiltado de consensos.
Letra c.

033. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CORONEL BICACO (RS)/FUNDATEC/2019) Para que


haja mudança significativa de um modo amplo, seria necessário, no mínimo, que os “entendi-
dos” de lei ocupassem o lugar dos professores e ouvissem suas queixas, bem como as dos
alunos, aí sim, quem sabe, uma nova forma de ver e perceber a avaliação possa surgir, mas, até

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que isso ocorra, cabe a cada escola inserir em seu Projeto Político-Pedagógico outras formas
de avaliar, complementando assim a maneira tradicional que tanto se vê nas escolas. Para o
trabalho docente, os professores podem e devem eliminar barreiras para que criem nos alunos
confiança e, ao mesmo tempo, os deixem preparados para os desafios. Nesse sentido, assina-
le V, se verdadeiro, ou F, se falso, em relação a esses desafios.

( ) Estimular o relacionamento entre os alunos, através de jogos e atividades dinâmicas


que possam incrementar a integração da classe.
( ) Distribuir funções e dividir tarefas, como apagar a lousa, distribuir os cadernos, pendu-
rar cartazes etc., o que permite que todos os alunos participem da dinâmica da sala de
aula e se sintam responsáveis por ela.
( ) Reforçar o comportamento positivo sem exacerbar nas críticas negativas, pois o refor-
ço positivo aumenta a motivação e os sentimentos de autoconfiança e autoestima.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) F – V – V.
b) V – F – V.
c) V – V – V.
d) F – F – F.
e) F – V – F.

O professor pode ajudar de várias formas, estimulando o relacionamento entre os alunos, atra-
vés de jogos e atividades dinâmicas que possam incrementar a integração da classe; distribuin-
do funções e dividir tarefas, como apagar a lousa, distribuir os cadernos, pendurar cartazes, o
que permite que todos os alunos participem da dinâmica da sala de aula e se sintam responsá-
veis por ela, reforçando o comportamento positivo sem exacerbar nas críticas negativas, pois
o reforço positivo aumenta a motivação e os sentimentos de autoconfiança e autoestima (PAZ;
SANTOS; GUTIÉRREZ, p.111)
Letra c.

034. (PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDA ALTA (RS)/FUNDATEC/2019) Para Veiga, a


construção do projeto político-pedagógico exige reflexão sobre as finalidades da escola,
assim como:
I – A explicitação de seu papel social.
II – A definição dos caminhos a serem percorridos.
III – As ações a serem desencadeadas por todos os envolvidos no processo educativo.
Quais estão corretas?

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a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Para a escola atingir a qualidade, na concepção de Veigas (2007) a respeito da construção do


PPP exige reflexão sobre as finalidades da escola, assim como: exige da escola uma profunda
reflexão acerca do seu papel social, definição de caminhos que será percorrido e o modos e
ações a serem implementadas na educação, pelos envolvidos no processo.
Ao pensar na construção do PPP, a escola deve refletir a papel na sociedade, o que ela pode
oferece para a região em que vive. Traçar metas, objetivos, o planejamento são fundamentais
para onde quer chegar, não tem como chegar em algum objetivo sem estabelecer seu caminho,
como irá agir, as atitudes a serem tomadas ajudarão a chegar nos resultados.
Letra e.

035. (PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDA ALTA (RS)/FUNDATEC/2019) Segundo Cor-


tella, o projeto pedagógico não deve ser apenas de um professor, é preciso discutir um novo
formato com:
I – A coordenação.
II – A Direção.
III – Os pais dos alunos.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Conforme a concepção de Cortella, é essencial discutir o novo formato do projeto pedagógico


com todos os envolvidos, ou seja, com a coordenação, com a direção e os pais dos alunos. A
elaboração do PPP não é a tarefa apenas do professor e nem da equipe gestora, mas todos
que são envolvidos, inclusive a comunidade escolar. O que deve haver é um trabalho em con-
junto, a equipe gestora é apenas uma ferramenta com poder para tomar decisões e liderar o
processo de elaboração.
Letra e.

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036. (PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAPARANA (PE)/IDHTEC/2019) O projeto político


pedagógico (PPP) “é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os de-
safios do cotidiano da escola”, portanto, sua construção depende:
a) Do empenho do supervisor em conhecer suas etapas para construí-lo, uma vez que o PPP
está sob a sua responsabilidade.
b) Do empenho e participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar, de forma
reflexiva e articulada.
c) Da orientação de um membro externo a escola, tendo em vista que um olhar externo pode
contribuir na visão dos problemas cotidianos.
d) Da contribuição dos órgãos oficiais, onde especialistas façam um diagnóstico da escola
antes de sua elaboração.
e) Da boa vontade do gestor em aceitar a contribuição dos membros da escola.

O projeto político pedagógico (PPP) “é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar


a enfrentar os desafios do cotidiano da escola”, portanto, sua construção depende: do em-
penho e participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar, de forma reflexiva
e articulada.
Considera-se segmentos da comunidade escolar: gestores, docentes, demais funcionários,
discentes e famílias.
Letra b.

037. (PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVO HORIZONTE (SP)/FUNDATEC/2019) Segundo


Vasconcellos, na educação escolar, podemos realizar planejamentos em diferentes níveis de
abrangência. Assinale a alternativa que NÃO corresponde a um planejamento.
a) Planejamento Setorial.
b) Planejamento Secundário.
c) Projeto de Ensino-Aprendizagem.
d) Projeto de Trabalho.
e) Planejamento Curricular.

O planejamento secundário não faz parte das abrangências do planejamento educacional.


De acordo com Godoy, o planejamento secundário está relacionado ao planejamento estraté-
gico de uma empresa:

“O levantamento das informações necessárias para a definição dos potenciais clientes envolve
a coleta de dados: secundários: que são informações que já existem no mercado ou na sua
própria empresa.”
Letra b.
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038. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ÁGUA SANTA (RS)/FUNDATEC/2019) Constituindo-se


em processo participativo de decisões, o projeto político-pedagógico procura instaurar uma
forma de organização do trabalho pedagógico com o objetivo de:
I – Desvelar os conflitos e as contradições.
II – Buscar eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a
rotina do mando pessoal.
III – Permitir as relações horizontais no interior da escola.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

I – CORRETO. Conforme o pensamento de Veiga, 2001, p13, a respeito do projeto político em


seu processo participativo
II – CORRETO. Conforme o pensamento de Veiga, 2001, p13, a respeito do projeto político em
seu processo participativo
III – CORRETO. Conforme o pensamento de Veiga, 2001, p13, a respeito do projeto político em
seu processo participativo
Letra e.

039. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ÁGUA SANTA (RS)/FUNDATEC/2019) O debate em tor-


no do projeto político-pedagógico da escola de ensino médio e de suas articulações com as
ações da Secretaria de Educação emerge quando se acredita na possibilidade de solucionar
problemas detectados no decorrer do complexo processo educativo. Nesse sentido, elegem-
-se dois conceitos básicos, quais sejam:
a) Projeto político-pedagógico e gestão democrática.
b) Gestão político-partidária e projeto setorial.
c) Projeto político-processual e habilitação profissional.
d) Identidade visual e gestão comunitária.
e) Gestão comunitária e projeto setorial.

Como o PPP e a gestão democrática, são duas ferramentas fundamentais para tomar decisões.
O PPP por sua vez, por se tratar de uma ferramenta de planejamento e avaliação, ele devem ser
consultado por todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada
tomada de decisão.

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Já a gestão democrática, como é uma prática participativa, portanto, discutir gestão democrá-
tica significa refletir e analisar os problemas enfrentados diariamente na escola.
Letra a.

040. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE)/CESPE (CEBRASPE)/2019) De-


terminada escola iniciou o processo de elaboração do seu projeto político pedagógico e, nas
discussões empreendidas, chegou aos seguintes posicionamentos.
I – A escola deve formar profissionais para atender ao mercado de trabalho.
II – A escola não é capaz de mudar a realidade, por isso deve contribuir para a manutenção das
classes sociais.
III – A escola deve ser um agente transformador da realidade
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
Todos os posicionamentos apresentados admitem uma visão funcionalista da educação
na sociedade.

Nenhum dos posicionamentos apresentados admitem uma visão funcionalista, que é entendi-
da, basicamente, por dividir as ações da sociedade por suas funções.
Temos que: o posicionamento I demonstra um viés profissionalizante da escola; no posiciona-
mento II notamos a concepção da escola como reprodutora de um padrão social, assim como
é defendido na pedagogia liberal; e o posicionamento III defende a escola como um instrumen-
to de mudanças sociais.
Errado.

041. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE)/CESPE (CEBRASPE)/2019) De-


terminada escola iniciou o processo de elaboração do seu projeto político pedagógico e, nas
discussões empreendidas, chegou aos seguintes posicionamentos.
I – A escola deve formar profissionais para atender ao mercado de trabalho.
II – A escola não é capaz de mudar a realidade, por isso deve contribuir para a manutenção das
classes sociais.
III – A escola deve ser um agente transformador da realidade
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
O posicionamento III admite uma visão dialética da prática social.

O posicionamento III defende a escola como um instrumento de mudanças sociais, e a dialéti-


ca pode ser entendida como a prática do raciocínio e da análise, com o uso da argumentação.
Certo.

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042. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE)/CESPE (CEBRASPE)/2019) De-


terminada escola iniciou o processo de elaboração do seu projeto político pedagógico e, nas
discussões empreendidas, chegou aos seguintes posicionamentos.
I – A escola deve formar profissionais para atender ao mercado de trabalho.
II – A escola não é capaz de mudar a realidade, por isso deve contribuir para a manutenção das
classes sociais.
III – A escola deve ser um agente transformador da realidade
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
O posicionamento II revela uma percepção de que a escola seja meramente reprodutora da
realidade social.

No posicionamento II notamos a concepção da escola como uma reprodutora de um padrão


social, assim como é defendido na pedagogia liberal, não havendo preocupação com as neces-
sidades futuras dos educandos.
A pedagogia liberal é conhecida por pretender a adaptação do aluno aos padrões so-
ciais da época.
Certo.

043. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE)/CESPE (CEBRASPE)/2019) De-


terminada escola iniciou o processo de elaboração do seu projeto político pedagógico e, nas
discussões empreendidas, chegou aos seguintes posicionamentos.
I – A escola deve formar profissionais para atender ao mercado de trabalho.
II – A escola não é capaz de mudar a realidade, por isso deve contribuir para a manutenção das
classes sociais.
III – A escola deve ser um agente transformador da realidade
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
Seguindo o posicionamento I, a escola estará a serviço do sistema econômico.

Ao definir, no item I, o viés profissionalizante da escola, ficou demonstrando o interesse econô-


mico na formação dos estudantes.
O item I se enquadra na definição do tecnicismo, que é uma abordagem operacional, basica-
mente mecânica e engessada, de transmissão dos conhecimentos, com a finalidade de moldar
um padrão de comportamento através do treinamento.
Certo.

044. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DO JORDÃO (SP)/IPEFAE/2019) A equipe


gestora de uma unidade educacional e parte significativa dos representantes da comunidade

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estão reunidos para construção do Projeto Político Pedagógico. Para tanto, precisam de orien-
tações sobre os elementos que compõem o referido documento e, dentre estes elementos, foi
citada a necessidade de apresentação dos indicadores sociais, educacionais e culturais que
representam o local de instalação da escola, bem como seu público de atendimento. Em rela-
ção a esse apontamento, é correto afirmar que:
a) Deve ser imediatamente descartado, pois o Projeto Político Pedagógico não trabalha com
indicadores sociais.
b) Não deve ser descartado, ao contrário, valorizado, pois o acesso a essa informação dará su-
porte importante ao conhecimento da realidade local e, portanto, pode impactar positivamente
no planejamento da escola.
c) Deve ser imediatamente descartado, pois apesar dos números indicarem características do
espaço social de atuação da escola, eles não têm qualquer possibilidade de auxílio no plane-
jamento da escola.
d) Não deve ser descartado, no entanto, reconhecidamente sabe-se que eles terão papel abso-
lutamente secundário no planejamento da escola.

A instituição de ensino ao construir seu Projeto Político Pedagógico precisa partir de análises
da realidade e levar em consideração o contexto sócio-histórico no qual está inserida, respei-
tando as diversidades presentes na comunidade escolar e que o aluno é protagonista de sua
própria aprendizagem.
Segundo Libâneo (2005, p.345) “o projeto é um documento que propõe uma direção política e
pedagógica para o trabalho escolar, formula metas, prevê as ações, institui procedimentos e
instrumentos de ação.”
Nessa perspectiva, os indicadores sociais, educacionais e culturais que caracterizam o local
de instalação da escola, bem como seu público de atendimento, são informações essenciais
para o conhecimento da realidade da escola e para a construção do planejamento.
Letra b.

045. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DO JORDÃO (SP)/IPEFAE/2019) Durante reu-


nião de pais, a direção da escola apresentou o sistema de avaliação e recuperação a ser desen-
volvido na unidade, deixando claro que as regras seriam imediatamente implementadas. Além
disso, frisou que não haveria possibilidade de qualquer diálogo com as famílias, uma vez que
é competência exclusiva da autoridade máxima da unidade não somente determinar o modelo
a ser adotado, como acompanhar sua execução por meio dos professores. Diante da situação,
criou-se forte impasse entre a escola e as famílias, o qual poderia ser evitado desde que se
respeitasse qual princípio fundamental da execução do trabalho em gestão escolar?
a) Diálogo enquanto ferramenta de mediação.
b) Erudição como ferramenta de convencimento das famílias

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c) Respeito irrevogável à hierarquia, que deve ser acatada.


d) Força enquanto ferramenta construtora da obediência.

O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento fundamental da escola, o qual explicita


sua identidade, pressupostos teóricos (concepções de ensino aprendizagem, perspectivas de
avaliação, etc.) e objetivos. Constitui instrumento para a concretização da gestão democrática
no espaço escolar. Logo, no caso apresentado na questão, a direção, considerando o princípio
da gestão democrática, poderia ter evitado o impasse se tivesse feito uso do diálogo para me-
diar a relação com as famílias.
Letra a.

046. (PREFEITURA MUNICIPAL DE HONÓRIO SERPA (PR)/FAUEL/2019) Qual alternativa


completa corretamente o texto a seguir?
“______________________________ é um documento de caráter normativo que define o conjunto
orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver
ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados
seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o
Plano Nacional de Educação (PNE).”
a) O Projeto Político Pedagógico
b) A Base Nacional Comum Curricular
c) O Regimento Escolar
d) O Currículo

A questão descreve o conceito de Base Nacional Comum, tendo por referência a RESOLUÇÃO
CNE/CP N. 2, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017 que

“Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoria-
mente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica”
Letra b.

047. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DO JORDÃO (SP)/IPEFAE/2019) As notas es-


tatísticas obtidas no Censo Escolar, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), têm por objetivo:
a) Integrar os diferentes níveis e modalidades de educação às dimensões do trabalho, da ciên-
cia e da tecnologia.
b) Definir os direitos de aprendizagem da criança e do adolescente na pré-escola e nos ensinos
fundamental e médio.

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c) Ser um instrumento inicial de divulgação com destaques relativos às informações de alunos,


docentes e escolas.
d) Delimitar as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seus projetos político-
pedagógicos.

Na alternativa C mostra exatamente esse o objetivo inicial das notas estatísticas.


As notas estatísticas têm por objetivo ser um instrumento inicial de divulgação com destaques
relativos às informações de alunos (matrículas), docentes e escolas coletadas no Censo Esco-
lar da Educação Básica. (Censo Escolar/INEP)
Letra c.

048. (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO CLARO (PR)/UNIFIL/2019) Considerando a


organização da prática educativa, o pedagogo no exercício da função, assume o papel de:

I Organizar e possibilitar espaços para planejamentos e ações na busca de melhoria


do processo de ensino e aprendizagem;
II Compor o Conselho Escolar, como membro nato;
III Acompanhar os alunos em suas dificuldades, e também os alunos com necessidades
educacionais específicas;
IV Elaborar o Projeto Político Pedagógico a fim de possibilitar o cumprimento das
metas estabelecidas no plano de gestão da escola.

Estão corretas as funções das sentenças


a) II e IV
b) I e II
c) I e III
d) II e III

O Pedagogo na dinâmica da Gestão Democrática da Escola (implantada após a promulgação


da LDB – Lei n. 9.394/1996), exerce um papel de liderança fundamental na coordenação do
processo educativo, a para isso, precisa desenvolver a sua práxis pedagógica de forma cola-
borativa, criando situações e mecanismos que oportunizem a participação coletiva da comu-
nidade escolar e local, para direcionar e melhorar, constantemente, o processo ensino apren-
dizagem, garantindo desta forma, o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos.
Uma das formas infalíveis de realizar esse trabalho contínuo, participativo e cooperativo, é
utilizando-se sempre o diálogo franco e aberto com o grupo e sempre tendo como suporte
estrutural o Projeto Político-Pedagógico da Escola e como norte necessário para efetivar as

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mudanças e as transformações desejadas na escola e ao mesmo tempo, resgatando o valor


do papel do professor como mediador e responsável pela aprendizagem dos alunos.
Atualmente, o Pedagogo é um profissional multifacetado, que potencializa resultados, onde as
funções de planejamento, organização e reflexão fazem parte do rol necessário das suas com-
petências para analisar e incentivar a implementação de inovações para o processo, recriando
estratégicas e práticas docentes adequadas, para atingir seu objetivo final, que é a aprendiza-
gem qualitativa dos alunos.
Letra c.

049. (PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJES (RN)/FUNCERN/2019) O Projeto Político Pedagó-


gico define a identidade da escola, visto que nele estão contempladas as informações essen-
ciais do cotidiano escolar. Sobre o PPP é correto afirmar:
a) É um documento de consulta que apresenta todo o planejamento, concepções, normas e
projetos que serão desenvolvidos pela escola no período letivo;
b) É um importante documento que apresenta a filosofia teórica e prática de atuação no espa-
ço educativo, apontando as escolhas, objetivos e responsabilidades as quais serão seguidas
pela escola;
c) É um importante instrumento pedagógico que contém a definição e organização das ativi-
dades, projetos, objetivos e metas necessários ao desenvolvimento de todo processo de ensi-
no-aprendizagem que envolve toda a comunidade escolar;
d) É um instrumento de apoio à gestão e deve ser elaborado a partir da filosofia pedagógica da
direção e orientação pedagógica, visto que são estes setores que irão desencadear e desen-
volver de forma organizada o processo de ensino e aprendizagem.

O planejamento pedagógico, como o próprio nome diz, é um instrumento que organiza as ati-
vidades, projetos, objetivos e metas, a serem trabalhados durante todo o processo de ensino-
-aprendizagem.
Letra c.

050. (INSTITUTO FEDERAL GOIANO/CS UFG/2019) Dentre os princípios filosóficos e teó-


rico-metodológicos do Projeto Pedagógico Institucional (PPI), que se consolida em um do-
cumento que detalha concepções, objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser
desenvolvido no Instituto Federal Goiano, destaca-se o seguinte:
a) política de comunicação institucional.
b) ampliação das instalações físicas.
c) indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
d) níveis e modalidades de ensino.

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A determinação da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, está prevista na


Constituição Federal de 1988, art. 207, para as Universidades (entre as quais também se equi-
param os Institutos Federais).Assim, o Projeto Pedagógico Institucional dessas instituições
devem ter, dentre outros princípios, o da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão
orientando suas ações.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988


Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão
financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão.
Letra c.

Gustavo Silva
Professor da SEDF. Professor de cursos para concursos e da rede privada. Formado em Letras – Português
com especialização em alfabetização e letramento.

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