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P R O F .

T H A L E S T H A U M A T U R G O

T R A N S TO R N O S
D E A N S I E DA D E
PSIQUIATRIA Prof. Thales Thaumaturgo | Transtorns de Ansiedade 2

APRESENTAÇÃO

PROF. THALES
THAUMATURGO
Seja muito bem-vindo, Estrategista e futuro Residente!
Sou o professor Thales Thaumaturgo, de Foz do Iguaçu, Paraná,
médico formado pela Universidade do Planalto Catarinense –
UNIPLAC, em Lages, Santa Catarina, e especialista em Psiquiatria
pelo Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina – IPq - SC.
Como muitos de vocês, estudei em uma faculdade particular,
em uma cidade pequena (muito fria) do interior, localizada na serra
catarinense. Ao mesmo tempo que isso me distanciou um pouco
dos grandes polos acadêmicos, dos centros de pesquisa e das
instituições mais renomadas do país, também me deu a chance
de colocar “a mão na massa”. Isso aconteceu porque os alunos
da faculdade em que estudei prestavam assistência médica para
quase toda a cidade, com muitas oportunidades de aprendizado
na “vida real”, associadas a uma ótima carga teórica de ensino
e grandes professores, que se tornaram amigos e colegas de
profissão.
Após minha formação na faculdade, resolvi partir logo
para a Residência Médica. Prestei muitas provas, em diversos
estados do país, e conheci inúmeras bancas organizadoras
durante minha preparação para entrar na Residência Médica. Vou
contar para você: quando saí da faculdade, não tinha certeza de
que carreira médica deveria seguir, por isso prestei provas para
diversas especialidades. Na época, fui aprovado em Psiquiatria,
Neurologia, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, além de
Clínica Médica.
Entre todas as opções em que havia sido aprovado, escolhi

@thales.thaumaturgo
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a especialidade que considerava a mais cômoda para os meus Estava muito triste por abandonar um curso de que não gostava,
planos de vida: Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Era mas senti que finalmente tinha feito o que era preciso. Demorei
na minha cidade, eu estaria perto da minha família, dos meus alguns meses para perceber que tudo o que tinha vivido não
amigos, com o hospital a poucos quilômetros da minha casa, na fora uma perda de tempo. Aprendi muito profissionalmente, mas
cidade onde eu já tinha contatos profissionais e onde já estava aprendi muito mais pessoalmente. O desconforto fez-me crescer,
trabalhando em plantões nas emergências dos serviços de toda e isso não tem preço. A partir de então, voltei a dar plantões,
a região. Na verdade, já estava aprovado e prestes a iniciar a estudei por algumas semanas na minha casa e encarei novamente
Residência de Psiquiatria, quando um amigo me perguntou as provas, dessa vez decidido: queria entrar na Residência de
durante um plantão: “você vai prestar a prova para Radio?” — Psiquiatria. Entrei.
eu nem sabia que, naquela altura, meados de fevereiro, ainda Durante minha Residência em Psiquiatria, conheci uma outra
haveria uma prova de Residência Médica na cidade. Resolvi tentar. realidade e tive a oportunidade de trabalhar em grandes hospitais
Poderia ter escolhido entre tentar a Radio, Gineco ou Anestesio. na região de Florianópolis, como o Hospital Universitário da UFSC
Passei em segundo lugar em Radio. Mas, rapidamente, descobri e meu querido IPq – SC, hospital de internação psiquiátrica, com
na prática que o comodismo pode ser um grande erro. E, para cerca de 300 leitos, onde fiz grandes amigos, conheci profissionais
mim, foi. incríveis, atendi pacientes que marcaram minha vida, aprendi o
Não havia escolhido o que, de fato, queria fazer. Havia sido belo ofício da Psiquiatria (que hoje tenho o prazer de ensinar).
seduzido por uma aparente comodidade. Após a empolgação Foi lá onde, finalmente, descobri o que gostaria de fazer para o
inicial, quando a fase da novidade já havia acabado, estava resto de minha vida. Foi ali, a duras penas, que percebi que minha
vivendo uma rotina que não me agradava e logo percebi que faculdade tinha me preparado à altura para encarar esse grande
não estava feliz. Tive ainda mais certeza disso lá pelo meio do desafio profissional.
R1, quando estava dando um plantão noturno de ultrassom no Hoje, sou muito realizado com as minhas escolhas e muito
hospital. Só pensava nas minhas possibilidades, culpava-me grato por tudo que aprendi na faculdade e nos meus anos de
constantemente pelo meu “erro”, achava que tinha “jogado um Residência Médica, seja em Radio ou Psiquiatria. Acredite em
ano inteiro da minha vida fora”, que tinha “ficado para trás”. Nessa mim, uma boa Residência faz toda a diferença em nossa
noite, procurei um dos meus preceptores, que estava no plantão carreira, nossa vida e no que podemos proporcionar a nossos
da tomografia, e perguntei de maneira direta: “professor, quando pacientes! Por isso, estou aqui para ajudá-lo a conquistar sua
você percebeu que fez a escolha certa com a Radiologia?” Ele sonhada vaga e espero que, em alguns anos, você também possa
me respondeu: “desde o meu primeiro dia na Residência. Eu me olhar sua trajetória e sentir orgulho dela.
encontrei nisso aqui. Minha mãe não entende direito o que eu Então, digo por experiência própria, siga o caminho que
faço, fala que eu sou ‘raio-xizeiro’”. lhe trará realização profissional, mas, acima de tudo, que lhe
Depois disso, ainda levei uns meses para criar a coragem dê satisfação pessoal, que o faça feliz. Não tenha medo de
necessária para recomeçar. Mas, um dia, pela manhã, lá pelo fim recomeçar, sempre valerá a pena.
do ano, fui até a direção do hospital e pedi meu desligamento
da Residência. Foi um dos dias mais estranhos que tive na vida.

/estrategiamed Estratégia MED

@estrategiamed t.me/estrategiamed
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PSIQUIATRIA Transtornos de Ansiedade Estratégia
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SUMÁRIO
1.0 TRANSTORNOS ANSIOSOS 5

2.0 TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) 7

2 .1 CURIOSIDADE: FREUD EXPLICA? 7

2.2 DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE 8

GENERALIZADA 8

2 .3 EPIDEMIOLOGIA DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 8

2 .4 CURSO E PROGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 9

2 .5 TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 9

2.5.1 DURAÇÃO DO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 9

3.0 TRANSTORNO DE PÂNICO 11

3 .1 DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE PÂNICO 11

3.2 EPIDEMIOLOGIA, CURSO E PROGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE PÂNICO 12

3.3 TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE PÂNICO 12

3.3.1 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO TRANSTORNO DE PÂNICO 12

4.0 AGORAFOBIA 16

4 .1 EPIDEMIOLOGIA, PROGNÓSTICO E CURSO DA AGORAFOBIA 17

4 .2 TRATAMENTO DA AGORAFOBIA 17

5.0 TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (TAS) 18

5 .1 DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL 19

5 .2 EPIDEMIOLOGIA E CURSO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL 19

5 .3 TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL 19

6.0 FOBIAS ESPECÍFICAS 23

6.1 TRATAMENTO DAS FOBIAS ESPECÍFICAS 24

7.0 LISTA DE QUESTÕES 27

8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28

9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 28


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CAPÍTULO

1.0 TRANSTORNOS ANSIOSOS


Os transtornos de ansiedade são um grupo heterogêneo de patologias que compartilham
características de medo e ansiedade patológicos.

O medo é uma reação frente a uma ameaça iminente, real ou presumida; a


ansiedade é uma antecipação, preparação para uma ameaça futura, desconhecida ou
vaga.

Naturalmente, esses dois conceitos misturam-se, mas também se diferenciam


fisiologicamente. O medo é mais relacionado a períodos de excitabilidade, necessários para
reação de luta ou fuga imediata. Já a ansiedade é mais frequentemente relacionada à tensão
muscular e ao aumento da atenção, em preparação para a possível necessidade de ação para
preservação da vida.

Dessa forma, passa a ser quase intuitivo pensar que o medo e a ansiedade
são características que nos conferiram, ao longo da história humana, uma vantagem
evolutiva, pois preparam-nos antecipadamente para o enfrentamento das ameaças.
Os transtornos de ansiedade são patológicos por induzirem a medo e ansiedade
excessivos, desadaptativos.

Fonte: Shutterstock.

Os principais diagnósticos desse grupo, que corresponde a cerca de 5% das questões de Psiquiatria nas provas de Residência Médica,
são o transtorno de ansiedade generalizada e o transtorno de pânico, que estudaremos a fundo.
Dessa forma, abordaremos os demais principais representantes de forma objetiva, com a profundidade necessária para que
você acerte as questões das provas e ainda acumule conhecimentos para sua prática clínica.
Observe abaixo a engenharia reversa dos temas de Psiquiatria nas provas de R1 entre 2014 e 2023:

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Engenharia Reversa Psiquiatria

1° Dependência química 21,50%

2° Intoxicações Exógenas 17,15%

3° Transtornos do humor 16,80%

4° Psiquiatria infantil 10,25%

5° Psicofarmacologia 9,30%

6° Transtornos ansiosos 5,25%

7° Reforma Psiquiátrica e Psiquiatria Social 5,10%

8° TOC, Transtornos somáticos, dissociativos e do estresse 5,00%

9° Transtornos Psicóticos 4,05%

10° Transtornos alimentares 2,70%

11° Psicopatologia 2,05%

12° Transtornos de personalidade 0,85%

Total 100,00%

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CAPÍTULO

2.0 TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)

O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado como preocupação


excessiva, prolongada, difusa e de difícil controle. O indivíduo ansioso demonstra apreensão
e expectativa em relação ao futuro, como seus compromissos e atividades, antecipando
mentalmente tais eventos, avaliando hipóteses e pensando em possíveis desfechos.
Concomitantemente aos sintomas psíquicos, ocorrem sintomas somáticos, como tensão ou
dor muscular, bruxismo, cefaleia, cansaço, inquietação e insônia Também são observados
frequentemente prejuízos de concentração, atenção ou memória, além de alterações no
humor.

O transtorno de ansiedade generalizada é uma


das queixas mais comuns na atenção básica, estando
entre os 10 motivos mais comuns de consulta médica.

2.1 CURIOSIDADE: FREUD EXPLICA?

As duas principais escolas de pensamento abordam a gênese da ansiedade patológica de


maneiras distintas.
Segundo a corrente cognitivo-comportamental, pessoas ansiosas reagem de maneira
exagerada e incorreta aos estímulos corriqueiros. Isso ocorreria devido à ênfase aos detalhes
negativos, distorcendo informações percebidas, minimizando pontos positivos e generalizando
estímulos potencialmente perigosos por meio de crenças falsas.
Já a escola psicanalítica levanta a hipótese de que a ansiedade seja um sintoma advindo
de conflitos internos e inconscientes não resolvidos. Freud postulou que a principal função da
ansiedade é sinalizar que um impulso reprimido ou inconsciente está tentando vir à tona, ou
seja, tentando tornar-se consciente.

Fonte: Shutterstock.

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2.2 DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE


GENERALIZADA

Observe abaixo os critérios diagnósticos do TAG, segundo o DSM-5-TR:

Critérios para o diagnóstico do TAG, adaptados do DSM-5-TR

A Ansiedade e preocupação excessivas, na maioria dos dias por pelo menos 6 meses consecutivos.

B O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.

A ansiedade e a preocupação estão associadas a três (ou mais) dos seguintes sintomas, ou apenas a um sintoma
para crianças:
1. Inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”.
2. Cansaço fácil.
C
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de falhas ou “brancos” na mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono, seja insônia ou sonolência excessiva.

A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no


D
funcionamento.

Fonte: American Psychiatric Association, 2022..

2.3 EPIDEMIOLOGIA DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

Estimativas indicam que o TAG afeta entre 5% e 10% da população. O sexo feminino, assim como nos transtornos do humor, é cerca de
2 a 3 vezes mais afetado. A presença de história familiar de ansiedade em parentes de primeiro grau pode aumentar em 6 vezes a chance do
desenvolvimento de TAG. Além disso, ao menos uma outra comorbidade psiquiátrica é diagnosticada em até 90% dos pacientes.

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2.4 CURSO E PROGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

O início é variável, contudo, normalmente, ocorre no final da adolescência em grande


parte dos pacientes. Seu curso costuma ser crônico, com períodos de melhora e piora, que
acompanham e se misturam com a história de vida do indivíduo.

2.5 TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

A combinação de psicoterapia cognitivo-comportamental e opções para o tratamento, especialmente se houver falha com a
terapia psicofarmacológica é o método mais eficaz de tratamento. abordagem inicial.
Os inibidores da recaptação de serotonina (ISRS) são O uso de benzodiazepínicos pode ocorrer no início do
considerados como primeira linha no tratamento de manutenção, tratamento, preferencialmente em doses baixas, enquanto
devido ao seu perfil de efeitos colaterais brandos e à menor se estabelecem os efeitos das medicações do tratamento de
interação medicamentosa. manutenção. Depois disso, devem ser retirados gradualmente do
Outras classes de antidepressivos, pregabalina ou buspirona esquema terapêutico.
(agente ansiolítico com ação serotoninérgica) são consideradas

O anticonvulsivante pregabalina é muito útil no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada,


podendo ser indicado como tratamento padrão em dosagens entre 150 mg a 600 mg ao dia. Essa droga
apresenta efeitos ansiolíticos e sedativos, com um perfil de poucos efeitos colaterais e quase nenhuma
interação medicamentosa. Além disso, também apresenta importante efeito analgésico, ideal para aqueles
pacientes com sintomas dolorosos crônicos.

2.5.1 DURAÇÃO DO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

Após a remissão dos sintomas e o controle do quadro, recomenda-se que o tratamento medicamentoso seja mantido inalterado
por mais 12 meses. Parte dos pacientes precisará de tratamento por tempo indeterminado, devido ao curso crônico da doença, que causa
sofrimento e prejuízos funcionais.

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CAI NA PROVA

(UFPR - 2021) O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado por preocupações excessivas, com uma duração maior que seis
meses. As preocupações excessivas devem estar acompanhadas de pelo menos 3 dos 6 sintomas a seguir: inquietação ou a sensação de
estar com os nervos à flor da pele, fatigabilidade, dificuldade em manter a atenção ou sensações de “branco” na mente, irritabilidade, tensão
muscular e alterações de sono. A respeito do assunto, considere as seguintes afirmativas e assinale as corretas.
1. O TAG tem uma prevalência ao longo da vida de 5% e usualmente se inicia na adolescência.
2. O TAG é cinco vezes mais comum em mulheres que em homens.
3. Abuso sexual na infância é um fator de risco para TAG.
4. Pacientes com o diagnóstico de TAG possuem um risco aumentado para suicídio.

COMENTÁRIOS

I - Correto. A prevalência ao longo da vida é próxima de 5%, e seu curso normalmente inicia-se na adolescência.
II - Incorreto, visto que é cerca de 2 vezes mais comum em mulheres.
III - Correto. É provável que eventos estressores na infância constituam-se como fatores de risco para o TAG.
IV - Correto, segundo a banca. Estrategista, não há resposta consensual para essa alternativa. Alguns autores alegam que os eventos suicidas
em pacientes com ansiedade generalizada estão primordialmente relacionados a comorbidades, como depressão ou bipolaridade.

(SES-RJ - 2018) A ansiedade é um problema frequente na Atenção Primária, estando entre os dez motivos mais comuns de consulta. Sobre o
transtorno de ansiedade generalizado, é correto afirmar que:
A) ocorre sempre em situação de estresse.
B) nervosismo, tremor e transpiração excessiva ocorrem em todos os casos.
C) em homens, está sempre associado a outros problemas de saúde mental.
D) em mulheres, é mais comum, podendo ser difícil de identificar em idosos.

COMENTÁRIOS

Incorreta a alternativa A: o surgimento de um transtorno de ansiedade generalizada, muitas vezes, ocorre sem um estímulo externo estressor
conhecido, ou ainda é desproporcional e torna-se persistente.
Incorreta a alternativa B: todos esses sintomas podem estar presentes. Contudo, atente para generalizações como “sempre”, “nunca”,
“todos”, pois essas palavras devem chamar sua atenção, porque medicina não é uma ciência exata, e é evidente que existem casos em que
esses sintomas podem estar ausentes.
Incorreta a alternativa C: novamente, a alternativa comete uma generalização. Tanto homens como mulheres podem ter apenas o transtorno
de ansiedade generalizado, sem comorbidades. Apesar disso, transtornos psiquiátricos associados são comuns.
transtornos ansiosos são até 3 vezes mais prevalentes no sexo feminino. No caso dos idosos, muitas vezes,
Correta a alternativa D: sintomas como esquecimento, irritabilidade, insônia e alteração no apetite fazem parte do quadro, podendo
dificultar inicialmente o diagnóstico clínico

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CAPÍTULO

3.0 TRANSTORNO DE PÂNICO

O transtorno de pânico refere-se à ocorrência repetida de ataques de


pânico, que geram apreensão e mudanças desadaptativas ao indivíduo. Esses
ataques são surtos de medo intensos, fugazes e inesperados, que envolvem uma
combinação de sintomas psíquicos e somáticos.

3.1 DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE PÂNICO

O ataque de pânico inicia-se de forma inesperada, e seus sintomas aumentam rapidamente de intensidade, atingindo o pico em cerca
de 10 minutos, com duração média de 30 minutos. Os principais sintomas psíquicos, além do medo e da ansiedade, são sensação de morte
iminente, medo de enlouquecer e sintomas dissociativos, como desrealização e despersonalização; os sintomas somáticos mais comuns são
palpitações, taquicardia, dispneia, sudorese, tremores, dor abdominal, parestesias e tontura.
Para o diagnóstico da síndrome, é necessário que, durante, no mínimo, 1 mês, ocorram pelo menos 2 ataques de pânico; e, após
um dos eventos, é preciso constatar que o paciente desenvolveu apreensão ou preocupação com possíveis novas ocorrências, ou realizou
mudanças em sua rotina e comportamento para tentar evitar novos ataques.

Preocupações com o risco de morrer por problemas cardíacos ou respiratórios podem ser a principal preocupação
durante o ataque de pânico. Muitos pacientes creem que estão sofrendo um infarto agudo do miocárdio. Estrategista,
fique ligado nesta dica: o enunciado normalmente mostrará exames normais ou inocentes, como taquicardia sinusal no
ECG. Além disso, normalmente se trata de uma mulher jovem, com crises recorrentes e passageiras!

A origem do que conhecemos hoje como “transtorno de pânico”


remonta às descrições clássicas realizadas pelo médico americano Dr.
Jacob Mendes da Costa, que descreveu, no século XIX, a “síndrome do
coração irritável”, após observar sintomas típicos de ansiedade causando
sintomas de “exaustão cardíaca”, em diversos soldados americanos que
lutaram na Guerra Civil Americana.

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3.2 EPIDEMIOLOGIA, CURSO E PROGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE PÂNICO

O TP afeta cerca de 4% da população e ocorre até 3 vezes mais no sexo feminino. Inicia-se normalmente próximo aos 20 anos, e seu
curso tende a ser crônico e flutuante. Cerca de metade dos doentes exibirá sintomas, em diferentes graus, a longo prazo. Mais de 90% dos
pacientes têm comorbidades com outros transtornos psiquiátricos, especialmente ansiosos e afetivos.

3.3 TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE PÂNICO

Com a instituição do tratamento adequado, a maioria dos


pacientes tem uma melhora significativa. Os dois tratamentos
mais eficazes são a terapia psicofarmacológica e os métodos
psicoterápicos, principalmente a terapia cognitivo-comportamental.

Fonte: Shutterstock

3.3.1 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO TRANSTORNO DE PÂNICO

Os ISRS são considerados como primeira linha no tratamento de manutenção. Outros agentes antidepressivos, com destaque para
clomipramina e venlafaxina, são considerados opções para o tratamento, especialmente se houver falha com a abordagem inicial com ISRS.
Uma vez que o quadro esteja sob controle, o tratamento medicamentoso deve ser mantido por mais 12 meses. A descontinuação precoce ou
abrupta gera recorrerência em até 90% dos pacientes.

Os benzodiazepínicos, que têm início de ação em poucos minutos, podem ser instituídos no começo do tratamento para o
controle dos sintomas, enquanto os efeitos dos antidepressivos vão surgindo ao longo das semanas, sendo retirados do tratamento
de manutenção posteriormente. Além disso, são úteis no controle agudo do ataque de pânico.

Muitos pacientes levam sempre consigo um benzodiazepínico e, apenas pelo fato de a medicação estar ao seu
alcance, têm a sensação de “segurança”, pois o indivíduo com esse transtorno passa a ter “medo de sofrer a próxima
crise”. Por outro lado, muitas vezes, esses pacientes têm ataques de pânico apenas por lembrarem que saíram sem
carregar consigo o medicamento.

Prof. Thales Thaumaturgo| Curso Extensivo | 2023 12


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CAI NA PROVA
(USP-SP 2022) Homem de 48 anos de idade, casado, comparece em retorno de consulta ambulatorial com queixa de episódios em que seu
“coração passa a bater para fora da boca, com batidas fora de hora e com a sensação que pode parar a qualquer momento”. Já procurou
serviços de urgência e emergência. Porém, ao chegar ao pronto-socorro de cardiologia, a crise já passou e os médicos não acham nada
alterado nos exames complementares. Refere que, quando faz atividade física, o coração começa a bater mais rápido. Nesse processo, por
vezes lhe falta ar e sente medo muito grande de que possa infartar cedo como seu pai, que faleceu aos 52 anos de idade. Está dormindo mal,
fica pensando no que fazer se tiver novas crises e como pode chegar rápido ao hospital para poder descobrir o que é. É ex-fumante 1 maço/dia
por 15 anos (parou há 12 anos). O exame clínico está normal. Os exames complementares solicitados na primeira consulta mostram glicemia
de jejum e colesterol total e frações normais. O eletrocardiograma atual é apresentado abaixo. O registro de Holter durante uma das crises
referidas está representado abaixo.

Traçado do eletrocardiograma de hoje: Traçado do Holter:

Qual é o diagnóstico provável e a conduta inicial?


A) Depressão ansiosa; introdução de ansiolítico não benzodiazepínico.
B) Angina estável; introdução de AAS, atorvastatina e nitrato.
C) Síndrome do pânico; antidepressivo serotoninérgico.
D) Taquicardia por reentrada nodal; ablação cardíaca.

COMENTÁRIOS

Estrategista, observamos um paciente que procura recorrentemente a emergência médica durante episódio de crises de ansiedade
com sintomas somáticos, como dor no peito, taquicardia e sensação de desmaio. Note que a investigação clínica descartou as possibilidades
orgânicas, e os sinais vitais estão normais ou discretamente alterados. Neste caso, observamos apenas uma taquicardia sinusal no ECG.
Também note que a grande preocupação do paciente é a possibilidade de ter novas crises, sintoma característico do paciente com pânico.
Dessa forma, lembre-se do transtorno de pânico, que cursa com "ataques", crises recorrentes e inesperadas de ansiedade, medo,
angústia ou desconforto. Durante o evento, esses ataques causam um grande prejuízo ao paciente, que, além de sofrer com sintomas
psicológicos, como medo de morrer ou de perder o controle sobre si, também sofre com sintomas físicos, como vimos acima.

Prof. Thales Thaumaturgo| Curso Extensivo | 2023 13


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Incorreta a alternativa A: não vemos a descrição de humor deprimido ou anedonia para considerarmos o diagnóstico de depressão ansiosa.
Além disso, o tratamento envolveria o uso de um ISRS.
Incorreta a alternativa B: como vimos, os exames estão normais. O ECG mostra apenas taquicardia sinusal, que ocorre frequentemente
durante um ataque de pânico.
como discutimos na introdução, o diagnóstico provável é de transtorno de pânico, e o tratamento deve ser
Correta a alternativa C:
realizado com uso de ISRS.

Incorreta a alternativa D: como vimos, os exames estão normais. O ECG mostra apenas taquicardia sinusal, que ocorre frequentemente
durante um ataque de pânico.

(Hospital Regional de Presidente Prudente - 2023) Mulher, 47 anos, apresenta episódios de palpitações, sudorese, dispneia, tremores e
medo imotivado, que ocorrem subitamente, em crises. Refere que já foi ao pronto atendimento diversas vezes nos últimos anos, onde
realizou exames séricos, eletrocardiograma e marcadores cardíacos, sempre com resultados normais.
Assinale a alternativa que contém, correta e respectivamente, o diagnóstico e a conduta inicial.
A) Depressão – sertralina 50 mg e reavaliar em 4 a 6 semanas.
B) Depressão – fluoxetina 20 mg e reavaliar em 2 semanas.
C) Transtorno de pânico – venlafaxina XR 37,5 mg e reavaliar em 4 a 6 semanas.
D) Transtorno de pânico – amitriptilina 100 mg e reavaliar em 8 semanas.
E) Síndrome conversiva – encaminhar para psicoterapia.

COMENTÁRIOS

Estrategista, estamos diante de um quadro em que ocorrem crises súbitas e inesperadas de ansiedade, de maneira recorrente, caracterizando
o transtorno de pânico. Note, ainda, que não há alterações nos seus exames. Vamos às alternativas!
Incorreta a alternativa A: sequer temos a descrição de seu estado mental para suspeitarmos dessa hipótese.
Incorreta a alternativa B: como vimos anteriormente.
Estrategista, o transtorno do pânico é a ocorrência de repetidas crises de pânico, que são ataques abruptos de
Correta a alternativa C:
medo ou desconforto intenso. Essas crises duram cerca de 15 a 30 minutos, atingindo seu ápice rapidamente.
Seu tratamento deve ser realizado preferencialmente com uso de antidepressivos ISRS. Neste caso, o uso de venlafaxina, uma medicação
dual, também pode ser considerado adequado na dosagem de 37,5 mg como conduta inicial.
Incorreta a alternativa D: especialmente por ter como conduta inicial a prescrição de dose relativamente alta de amitriptilina, além da
reavaliação excessivamente demorada. Cabe lembrar que a clomipramina, outro tricíclico, também é considerada medicação de primeira
linha.
Incorreta a alternativa E: a síndrome conversiva é a ocorrência de sintomas neurológicos na ausência de doença neurológica. O tratamento
é, de fato, psicoterápico como linha principal.

Prof. Thales Thaumaturgo| Curso Extensivo | 2023 14


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(UFRGS - 2022) Paciente de 25 anos buscou atendimento em razão de ataques súbitos de palpitação, sudorese, tremor, sensação de falta de
ar, dor torácica, tonturas e medo de morrer. Procurara a Emergência algumas vezes, mas, ao ser avaliada, informavam-lhe não haver qualquer
alteração nos exames realizados. Negou uso de substâncias aditivas. Referiu que, desde que passou a apresentar os ataques, tinha receio de
sair de casa e ficava constantemente preocupada com a possibilidade de eles tornarem a ocorrer. Acerca desse transtorno, assinale a assertiva
correta.
A) Os tratamentos de primeira linha são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, venlafaxina e terapia cognitivo-comportamental.
B) Benzodiazepínico de uso contínuo por longo prazo está indicado.
C) Indivíduos do sexo masculino são mais frequentemente afetados por esse transtorno do que os do feminino, em uma razão em torno de
2:1.
D) Cerca de 70% dos pacientes com esse transtorno não respondem à intervenção de primeira linha.

COMENTÁRIOS

são considerados de primeira linha, além da terapia cognitivo-comportamental, os ISRS, a venlafaxina e a


Correta a alternativa A:
clomipramina.
Incorreta a alternativa B: o uso de benzodiazepínicos é pontual, por exemplo, no início do tratamento, contudo não é uma droga de
manutenção, porque causa dependência química e potencialmente piora a cognição do paciente.
Incorreta a alternativa C: as mulheres são 2 vezes mais afetadas.
Incorreta a alternativa D: pois a maior parte dos pacientes responde à terapêutica.

(SMS - Florianópolis - 2021) Isadora é estudante universitária, tem 24 anos e procura a unidade de saúde por estar sentindo palpitações, falta
de ar e sensação de morte iminente, ficando com muito medo de morrer do coração. Já foi à unidade de pronto atendimento na semana
passada sentindo os mesmos sintomas, onde foi feito ECG. Não tendo alterações clinicamente significativas, foi liberada. Teve episódios
semelhantes a esse algumas vezes, sempre iniciado sem uma causa evidente. "Eu estou ficando com medo de ter medo, doutor". Sobre o
caso acima, pode-se afirmar que:
A) Isadora deve ser diagnosticada com transtorno de ansiedade generalizada, que tem os ansiolíticos benzodiazepínicos como tratamento
de primeira linha, juntamente com mindfulness.
B) Esses episódios de exacerbação de sintomas orgânicos importantes e incapacitantes configuram transtorno de pânico, que tem os
inibidores de recaptação de serotonina como tratamento de primeira, juntamente com a terapia cognitivo-comportamental.
C) Configura um caso clássico de transtorno obsessivo-compulsivo, em que a suposição obsessiva de ter uma doença grave faz com que
ela manifeste sintomas orgânicos, que têm os inibidores de recaptação de serotonina como tratamento de primeira, juntamente com a
terapia cognitivo-comportamental.
D) Isadora, muito provavelmente, desenvolveu um transtorno de estresse pós-traumático com a rotina da universidade, que tem os
antidepressivos tricíclicos como tratamento de primeira linha, juntamente com a psicanálise.

COMENTÁRIOS

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Incorreta a alternativa A: o transtorno de ansiedade generalizada trata-se de um estado permanente de ansiedade e tensão. Além disso, o
tratamento de primeira linha é com ISRS e terapia cognitivo-comportamental.

observamos crises de pânico que cursam classicamente com sintomas somáticos (descritos aqui como
Correta a alternativa B:
orgânicos) e sintomas psicológicos. A recorrência dos ataques configura o transtorno de pânico, que tem

como tratamento de primeira linha o uso de ISRS mais TCC.


Incorreta a alternativa C: não é um quadro de TOC, que é caracterizado por obsessões (pensamentos repetitivos e invasivos) compensadas por
compulsões (rituais). A descrição da alternativa parece fazer menção a um transtorno somático ou, menos provavelmente, a um transtorno
de ansiedade de doença.
Incorreta a alternativa D: o TEPT ocorre após um evento gravemente traumático, que coloca seriamente a vida do indivíduo em risco.
Antidepressivos podem ser prescritos, assim como psicoterapia.

CAPÍTULO

4.0 AGORAFOBIA
A agorafobia refere-se à ocorrência repetida de crises
ansiosas, incluindo ataques de pânico, antes ou durante a exposição
a locais em que o doente considere difícil a obtenção de ajuda ou a
fuga, caso seja necessário. Dessa forma, a mera expectativa de estar
em um desses ambientes gera grande ansiedade antecipatória, e o
indivíduo evita ao máximo tal exposição. Por isso, acredita-se que a
agorafobia seja a mais incapacitante das fobias, porque prejudica,
de maneira substancial, a capacidade funcional do paciente.

Fonte: Shutterstock.
Para o diagnóstico formal, é necessária a constatação, por ao menos 6 meses, de medo de circular por locais públicos ou lotados, como
estádios e shoppings, de passar por ruas ou praças movimentadas ou até mesmo de sair de casa, nos casos graves.

“Ágora” era o nome que se dava às praças públicas na Grécia Antiga. Nessas
praças, ocorriam grandes reuniões em que os gregos discutiam assuntos ligados à
vida da pólis.

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MED

4 .1 EPIDEMIOLOGIA, PROGNÓSTICO E CURSO DA AGORAFOBIA

Estima-se sua prevalência em até 6% da população. Ocorre aproximadamente 2 vezes mais no sexo feminino. Normalmente se inicia
no final da adolescência, com curso persistente e crônico, e raramente melhora sem tratamento. Estima-se que 90% dos pacientes com
transtorno agorafóbico possuem comorbidades psiquiátricas, especialmente transtorno de pânico.

4.2 TRATAMENTO DA AGORAFOBIA

Como se acredita que a maioria dos casos de agorafobia aconteça secundariamente ao transtorno de
pânico, as bases do tratamento são as mesmas.
Além da psicoterapia cognitivo-comportamental, utiliza-se um antidepressivo, preferencialmente ISRS.
Os benzodiazepínicos podem ser utilizados previamente à situação fóbica.

CAI NA PROVA

(UFPR - 2021) Paciente do sexo feminino, 25 anos, vendedora, queixa-se de ansiedade em ambientes públicos, seja quando o ambiente está
repleto de pessoas, seja quando está sozinha. O quadro iniciou-se há sete meses, com piora importante no último mês. A paciente descreve
que sente medo de passar por alguma situação que seja desagradável e não tenha como escapar. Quando das tentativas de exposição, ela
começou a ter crises de ansiedade com sinais de liberação autonômica e sintomas gastrointestinais. Devido a isso, deixou de frequentar locais
públicos, abandonando sua vida social e de trabalho.
Considerando o quadro clínico descrito, é correto afirmar que se trata de:
A) transtorno de ansiedade social.
B) transtorno de pânico.
C) transtorno de personalidade evitativa.
D) fobia específica.
E) agorafobia.

COMENTÁRIOS

Incorreta a alternativa A: a ansiedade social é o medo exagerado frente a situações em que a pessoa possa se sentir observada, julgada. Isso
pode ocorrer em espaços como restaurantes, escolas, ambientes de trabalho, entre outros.
Incorreta a alternativa B: o transtorno do pânico é caracterizado por ataques de pânico súbitos, inesperados, fugazes.
Incorreta a alternativa C: um transtorno de personalidade teria de ser observado precocemente, desde a infância ou adolescência. Nesse
caso, veríamos uma paciente que, desde muito cedo, evita situações de exposição social devido à sensibilidade exagerada às críticas.
Incorreta a alternativa D: precisaríamos observar um padrão fóbico frente a algum objeto, situação ou animal.

o melhor diagnóstico é agorafobia, que é um tipo de medo diante da possibilidade de se expor a locais
Correta a alternativa E:
públicos, passar mal, precisar de ajuda e não ser socorrido.

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(SES-DF - 2021) Acredita-se que a maioria dos casos de agorafobia seja causada por transtorno do pânico.
A) Certo.
B) Errado.

COMENTÁRIOS
A agorafobia trata-se do medo ou da ansiedade de se expor a locais públicos movimentados pelo medo de passar mal e não
Correto!
ser socorrido.

Esse transtorno normalmente está intimamente associado ao pânico, e uma das justificativas é a seguinte: pacientes com crises de pânico, ao
longo do tempo, têm medo de ter a próxima crise de pânico, retraindo-se gradualmente para uma vida intradomiciliar.

CAPÍTULO

5.0 TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (TAS)

O transtorno de ansiedade social (TAS) trata-se da ocorrência desproporcional


de medo ou ansiedade, na maior parte das vezes em que há exposição a situações do
convívio social, em que o indivíduo sinta que possa ser avaliado, criticado, observado por
terceiros. Dessa forma, o medo que ocorre nesse transtorno é do julgamento social e de
suas possíveis repercussões.

Phobos era um deus grego que costumava


ser invocado para assustar os inimigos do povo
da Grécia Antiga. A palavra “fobia” apareceu
há mais de 2000 anos na terminologia romana,
presente na descrição da hidrofobia como um
sintoma da raiva, mas só começou a ser usada
no jargão psiquiátrico no século XIX, embora as
descrições de medos fóbicos tenham existido
muito antes.

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5 .1 DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL

O diagnóstico de TAS é obtido quando se observam repetidas


reações de ansiedade ou medo frente a situações sociais, como
conversar ou se alimentar em ambientes públicos, ou um padrão
de comportamento de evitação de tais eventos, por mais de 6
meses. Esse diagnóstico também deve levar em conta situações de
desempenho, como dar uma aula ou fazer uma apresentação para
uma plateia, se percebido que tais circunstâncias são vivenciadas
com ansiedade ou medo, desproporcionais ao evento ou, ainda,
evitadas consistentemente.

Em crianças e adolescentes, o medo ou a ansiedade podem ser expressos com choro, ataques de
raiva, comportamento de agarrar-se aos pais, esconder-se, ou pelo fracasso na hora de comparecer às
atividades escolares ou participar de brincadeiras coletivas.

5.2 EPIDEMIOLOGIA E CURSO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL

Estima-se que cerca de 13% da população apresenta o quadro em algum momento, sendo observado 2 vezes mais no sexo feminino.
O TAS geralmente começa entre o fim da infância e o início da adolescência e costuma ser crônico.

5.3 TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL

Tanto o tratamento psicofarmacológico quanto a psicoterapia tratamento de manutenção. Outros antidepressivos também
cognitivo-comportamental são úteis no tratamento, sendo sua podem ser empregados, além de pregabalina, gabapentina e
combinação associada aos melhores resultados. buspirona.
O tratamento psicoterápico é considerado de primeira linha,
normalmente realizado com técnicas cognitivo-comportamentais,
incluindo treinamentos de dessensibilização, melhora da autoestima A utilização de benzodiazepínicos ou betabloqueadores
e simulações de situações fóbicas. Técnicas de relaxamento previamente à0 exposição fóbica pode ajudar a evitar ou
muscular e controle da respiração também podem ser utilizadas. diminuir os sintomas durante o evento.
Os ISRS são considerados como a primeira escolha no

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CAI NA PROVA

(AMRIGS - 2023) Para pacientes com presença de sintomas físicos e ansiedade de desempenho antes de apresentações em público, pode-se
orientar como forma de enfrentamento:
A) Uso imediato de benzodiazepínico, independentemente da intensidade dos sintomas e idade do paciente.
B) Respiração diafragmática e relaxamento muscular.
C) Afastamento dessas situações.
D) Introdução de antipsicóticos contínuos em baixas doses.

COMENTÁRIOS

Estrategista, a principal característica do transtorno de ansiedade social é o medo ou a ansiedade frente a situações de convívio social,
nas quais o indivíduo pode ser avaliado, observado ou julgado por outras pessoas. A abordagem terapêutica consiste em psicoterapia e uso
de antidepressivos serotoninérgicos.
Vamos às alternativas!
Incorreta a alternativa A: o uso de benzodiazepínicos pode ser utilizado como medida de profilaxia antes de uma exposição social específica.
Contudo, deve ser reservado para pacientes que apresentam sintomas impactantes, mesmo na vigência de tratamento antidepressivo
adequado. Além disso, não deve ser prescrito rotineiramente para grupos como crianças, idosos e dependentes químicos.

Correta a alternativa B: técnicas de relaxamento podem ajudar na véspera de situações fóbicas.

Incorreta a alternativa C: visto que é inviável abster-se totalmente de situações sociais.


Incorreta a alternativa D: como vimos na introdução.

(SES-DF - 2021) No transtorno de ansiedade social (TAS), o medo é do embaraço que pode ocorrer na situação, e não da situação em si.
A) Certo.
B) Errado.

COMENTÁRIOS

Correto! Estrategista, pacientes com ansiedade social têm medo de se exporem a situações sociais, passarem mal e serem
ridicularizados, virarem alvo de piadas e fofocas.

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(UNESP - 2022) Mulher de 21 anos refere que está muito preocupada e com medo de não conseguir concluir seu curso universitário, pois
tem apresentado sintomas de ansiedade intensa sempre que deve realizar uma apresentação oral, temendo ser reprovada novamente. Esse
quadro inicia-se com rubor, taquicardia, sudorese, dor abdominal, náuseas e sensação de sufocamento. Considera-se uma pessoa retraída e,
sempre que possível, prefere fazer tudo sozinha e assim evitar o julgamento dos outros.
A hipótese diagnóstica é:
A) transtorno de pânico.
B) fobia específica.
C) transtorno de ansiedade generalizada.
D) transtorno de ansiedade social.

COMENTÁRIOS

Estrategista, estamos diante de uma paciente jovem, que se preocupa intensamente com se expor a situações sociais, em que acredita
ser alvo de atenção e julgamento.
Vamos às alternativas!
Incorreta a alternativa A: o transtorno de pânico é a ocorrência de repetidas crises de pânico, que são ataques abruptos de medo ou ansiedade
intens a. Essas crises duram cerca de 15 a 30 minutos, atingindo seu ápice rapidamente. Podem acontecer sintomas físicos como dor no peito,
dispneia, náuseas, sudorese, palpitações. “Medo de morrer ou enlouquecer” é uma descrição clássica presente em um ataque de pânico.
Além disso, muitos pacientes procuram atendimento cardiológico, acreditando que seus sintomas são um infarto. Seu tratamento deve ser
realizado com uso de antidepressivos ISRS ou clomipramina.
Incorreta a alternativa B: fobia específica é um medo ou ansiedade exagerados e desproporcionais em relação a algo, como cinofobia (medo
de cães). Seu tratamento é psicoterápico.
Incorreta a alternativa C: o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado por uma preocupação excessiva, generalizada. Isto
é, ocorre mesmo sem a presença de claros estímulos agressores ou é desproporcional ao estímulo. Seus sintomas devem durar pelo menos
6 meses consecutivos. Uma pessoa com transtorno de ansiedade generalizada normalmente pode se sentir irritada, tensa, preocupada na
maior parte do tempo. Além disso, pode apresentar sintomas físicos, como inquietação, fadiga e tensão muscular, ranger de dentes, entre
outros sintomas. Seu tratamento deve ser realizado com uso de antidepressivos.
fobia social ou transtorno de ansiedade social é o medo, a angústia ou a ansiedade de exposição a situações
Correta a alternativa D:
públicas, como dar uma aula, fazer uma apresentação ou ter receio de ser o centro das atenções e poder ser
julgado por terceiros. Seu tratamento é feito com ISRS.

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(AMRIGS - 2022) Qual é o achado mais frequente na criança com diagnóstico de transtorno de ansiedade social?
A) Violência com os animais.
B) Imposição aos colegas para realização de suas tarefas escolares.
C) Impulsividade e violência com os colegas.
D) Inibição e dificuldade de interação com os pares.

COMENTÁRIOS

Incorreta a alternativa A: não há problemas relacionados à violência nas crianças com fobia social. Crianças que agridem animais podem
apresentar frequentemente transtorno de conduta.
Incorreta a alternativa B: as características de "imposição" podem se relacionar aos praticantes do bullying.
Incorreta a alternativa C: pois podemos estar diante de TDAH ou transtorno de conduta.

Correta a alternativa D: crianças com esse transtorno são inibidas e têm dificuldades de interação social.

(Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu - 2021) Em relação ao DSM-V, a característica essencial de um determinado transtorno é um medo
ou ansiedade acentuados ou intensos de situações sociais nas quais o indivíduo pode ser avaliado pelos outros. Assinale a alternativa que
evidencia esse transtorno:
A) Fobia específica.
B) Agorafobia.
C) Transtorno de pânico.
D) Transtorno de ansiedade social.

COMENTÁRIOS

Estrategista, conforme discutimos até aqui, a principal característica da fobia social, ou transtorno de ansiedade social, é o medo ou a ansiedade
em situações de convívio social, nas quais o indivíduo pode se sentir avaliado, observado ou julgado por outras pessoas.
Dessa forma, está correta a alternativa D.

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CAPÍTULO

6.0 FOBIAS ESPECÍFICAS

A fobia específica é definida como ocorrência de medo


exagerado e irracional, relacionado a uma circunstância, animal
ou objeto. Se exposto, ou com a mera expectativa de ser exposto,
ao estímulo fóbico, quase invariavelmente, o indivíduo sofre com
sintomas ansiosos intensos, incluindo a possibilidade de sofrer um
ataque de pânico. Por isso, ocorre um padrão persistente, superior
a 6 meses, de evitação de tais situações ou, ainda, a vivência fóbica
ocorre, resultando em grande sofrimento ao indivíduo.

Tipos comuns de fobias

Acrofobia Medo de altura.

Agorafobia Medo de lugares públicos.

Ailurofobia Medo de gatos.

Cinofobia Medo de cães.

Coulrofobia Medo de palhaços.

Claustrofobia Medo de ambientes fechados.

Hemofobia Medo de sangue.

Hidrofobia Medo de água.

Ictiofobia Medo de peixes.

Misofobia Medo de sujeira ou de germes.

Nictofobia Medo do escuro ou da noite.

Pirofobia Medo de fogos.

Zoofobia Medo de animais em geral.

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6.1 TRATAMENTO DAS FOBIAS ESPECÍFICAS

O tratamento de escolha para fobia


específica é o psicoterapêutico, principalmente
a terapia de exposição. Nessa abordagem, o
paciente é dessensibilizado, por meio de uma
série de exposições, gradualmente maiores,
ao estímulo fóbico. Técnicas de relaxamento,
técnicas respiratórias e outras ferramentas
comportamentais também podem ser
empregadas.

Abordagens cognitivo-
comportamentais incluem o reforço da
percepção de que o estímulo fóbico é, na
verdade, inofensivo. Contudo, a técnica de
exposição pode ser muito amedrontadora
para muitos pacientes, o que dificulta a
adesão ao tratamento.

O emprego de benzodiazepínicos ou betabloqueadores pode ser útil para se evitar ou amenizar o surgimento das crises, podendo ser
realizado antes da exposição fóbica.

Antidepressivos têm pouca evidência para seu emprego, não sendo


recomendados como medicação de primeira linha, mas podem ser tentados
em conjunto com as demais medidas, especialmente em pacientes com outros
transtornos psiquiátricos comórbidos.

CAI NA PROVA

(Hospital Pequeno Príncipe - 2021) No que diz respeito a fobias e pânico, qual a alternativa incorreta?
A) O objeto ou situação fóbica é evitado ou suportado com muita ansiedade e sofrimento.
B) O medo ou ansiedade é proporcional ao perigo.
C) O medo, a ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração superior a seis meses.
D) O medo, a ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo.

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COMENTÁRIOS

Correta a alternativa A: a situação fóbica gera grande angústia. Caso o indivíduo tenha de passar por tal evento, ele é tolerado à custa de
grande sofrimento.

Incorreta a alternativa B: é uma reação desproporcional ao evento.

Correta a alternativa C: o sentimento de medo é persistente e normalmente aparece sempre que o indivíduo é exposto ao elemento fóbico.
Conceitualmente, as fobias precisam durar mais de 6 meses para tal diagnóstico.
Correta a alternativa D: correto e autoexplicativo.

(UFG - 2020) Paciente de 23 anos, do sexo feminino, sofre desde muito cedo de ataques de pânico precipitados pela necessidade de fazer
exames de sangue, ver agulhas, tomar injeções e quando vê sangue. Ela chega a ficar dias sem dormir na expectativa de ter que vir a se
deparar com esse tipo de situação e chega a desmaiar em algumas ocasiões, nas quais é exposta a isso. Relata que os mesmos sintomas
também acontecem na presença de alguns animais, tais como lagartas. Nesse caso, qual é, respectivamente, o diagnóstico e o tratamento
ideal para tal condição?
A) Fobia específica e terapia comportamental.
B) Transtorno de ansiedade generalizada e inibidores seletivos de recaptação de serotonina.
C) Transtorno de pânico e inibidores seletivos de recaptação de serotonina e benzodiazepínicos na exposição.
D) Agorafobia e terapia comportamental e benzodiazepínico na exposição.

COMENTÁRIOS

fobias específicas são reações desproporcionais de medo e ansiedade, relacionadas a objetos ou situações
Correta a alternativa A:
específicas, como medo de altura, medo de insetos ou medo de agulhas, compatível com a descrição do

enunciado. O tratamento psicoterápico é considerado de primeira linha para esse transtorno.


Incorreta a alternativa B: o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado por uma preocupação excessiva, generalizada. Isto
é, ocorre mesmo sem a presença de claros estímulos agressores, ou ainda é desproporcional ao estímulo. Seus sintomas devem durar pelo
menos 6 meses consecutivos. Seu tratamento deve ser realizado com uso de antidepressivos ISRS.
Incorreta a alternativa C: transtorno de pânico é a ocorrência de repetidas crises de pânico, que são ataques abruptos de medo ou ansiedade
intensa. Essas crises duram cerca de 15 a 30 minutos, atingindo seu ápice rapidamente. Podem acontecer sintomas físicos como dor no peito,
dispneia, náuseas, sudorese, palpitações. “Medo de morrer ou enlouquecer” é uma descrição clássica presente em um ataque de pânico. Seu
tratamento medicamentoso é preferencialmente realizado com medicações ISRS.
Incorreta a alternativa D: agorafobia trata-se de medo desproporcional de se expor a lugares públicos ou movimentados. Além de técnicas
psicoterápicas, ISRS podem ser indicados para esse transtorno.

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(AMRIGS - 2020) Os transtornos de ansiedade estão entre as mais frequentes queixas na clínica diária. Sobre eles, analise as assertivas abaixo:
I - Um ataque de pânico apresenta, entre outros sintomas, palpitações, sudorese, sensação de falta de ar, desconforto abdominal,
sensação de tontura, medo de perder o controle e receio de morrer.
II - O medo ou a ansiedade acentuados em relação a um objeto ou situação (p. ex., viajar de avião, animais, altura, injeção, ver sangue)
caracterizam o transtorno de ansiedade generalizada.
III - O tratamento para os transtornos de ansiedade que apresenta maior eficácia é a associação de psicofármacos com psicoterapia.
IV - Entre os psicofármacos, os inibidores da recaptação da serotonina são a primeira escolha e devem ser iniciados na dose plena e
mantidos por até três meses.
Vamos avaliar as assertivas!

COMENTÁRIOS

I - CORRETO - Transtorno de pânico é a ocorrência de repetidas crises de pânico, que são ataques abruptos de medo ou ansiedade
intensa. Essas crises duram cerca de 15 a 30 minutos, atingindo seu ápice rapidamente. Podem acontecer sintomas físicos como dor no
peito, dispneia, náuseas, sudorese, palpitações. “Medo de morrer ou enlouquecer” é uma descrição clássica presente em um ataque de
pânico. Além disso, muitos pacientes procuram atendimento cardiológico, acreditando que seus sintomas são um infarto. Seu tratamento
medicamentoso é preferencialmente realizado com medicações ISRS.
II - ERRADO - Fobias específicas são reações desproporcionais de medo e ansiedade, relacionadas a objetos ou situações específicas,
como medo de altura, medo de insetos ou medo de agulhas.
III - CORRETO - Para o tratamento de transtornos de ansiedade, a associação de psicoterapia e farmacoterapia é mais eficaz do que só
um dos métodos separadamente.
IV - ERRADO - ISRS são considerados medicações de primeira linha para o tratamento dos transtornos ansiosos. Contudo, o antidepressivo
deve ser mantido por cerca de 12 meses após a remissão do quadro.

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CAPÍTULO

8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1. American Psychiatric Association: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition, Text Revision. Washington, DC,
American Psychiatric Association, 2022.
2. Classificação de TranNstornos Mentais e de Comportamentos da CID- 10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1993.
3. International Classification of Diseases, Eleventh Revision (ICD-11), World Health Organization (WHO) 2019/2021 https://icd.who.int/
browse11. Licensed under Creative Commons Attribution-NoDerivatives 3.0 IGO licence (CC BY-ND 3.0 IGO).
4. Kaplan, Sadock BJ, Sadock VA et al. Contribuições das ciências socioculturais In: SadockBJ, Sadock VA, Ruiz P. Compêndio de Psiquiatria:
ciência do comportamento ePsiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed; 2017. p. 139-45.5)
5. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso eletrônico]: DSM-5 / [American Psychiatric Association; tradução: Maria
Inês Corrêa Nascimento et al.; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed,
2014.
6. Psiquiatria: estudos fundamentais / Alexandrina Maria Augusto da Silva Meleiro. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
7. Sadock, B. J., Sadock, V. A., Ruiz, P., & Kaplan, H. I. (2017). Kaplan and Sadock’s comprehensive textbook of psychiatry (10th ed.). Wolters
Kluwer.

CAPÍTULO

9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Chegamos ao fim desta aula, e espero que ela tenha sido proveitosa para você.

Em casos de dúvidas ou sugestões, não hesite em utilizar o fórum ou em nos contactar por meio das redes sociais.

Até breve,
Professor Thales !

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