A BNCC e o Ensino de Ciências

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A BNCC e o ensino de Ciências

O currículo de Ciências na educação básica é orientado, atualmente, pela Base


Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece um conjunto de conhecimentos,
competências, habilidades, atitudes e valores que se espera que todos os estudantes
desenvolvam durante a escolaridade básica.
Para a etapa da Educação Infantil, o documento apresenta os direitos de
aprendizagem: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se; define
três grupos de faixa etária: os bebês, de 0 a 1 ano e 6 meses; as crianças bem
pequenas, de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses; e as crianças pequenas, de 4 anos
a 5 anos e 11 meses; estabelece cinco Campos de Experiências: O eu, o outro e o nós;
corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e
imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações; e descreve os
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
O ensino de Ciências fica manifesto no campo de experiência espaços, tempos,
quantidades, relações e transformações, que indica sobre a necessidade de se
promover experiências nas quais as crianças fazem observações, manipulam objetos,
investigam e exploram seu entorno, levantam hipóteses e consultam fontes de
informação para procurar respostas às suas curiosidades e indagações. Dessa forma, a
instituição escolar cria oportunidades para que as crianças ampliem seus
conhecimentos do mundo físico e sociocultural e os utilizem no cotidiano.
Para a etapa do Ensino Fundamental, a BNCC apresenta as áreas de
conhecimento, os componentes curriculares de cada área e uma lista de competências
específicas. Para cada componente curricular e para cada ano escolar, são
apresentadas as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades. São
cinco as áreas de conhecimento e nove componentes curriculares, a saber: Linguagens,
composta pelos componentes Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua
Inglesa; Matemática, componente curricular Matemática; Ciências da Natureza,
componente curricular Ciências; Ciências Humanas, componentes curriculares História
e Geografia; e Ensino Religioso, componente curricular Ensino Religioso. Para o Ensino
Fundamental, a área de Ciências da Natureza está dividida em 3 unidades temáticas:
Matéria e Energia; Vida e Evolução; Terra e Universo.
A LUDICIDADE E A PSICOMOTRICIDADE: OLHARES SOBRE DIMENSÕES HUMANAS

Enfatizando a importância da psicomotricidade e da ludicidade na vida da criança na


educação infantil, no espaço escolar, familiar e na sociedade, podemos perceber que a criança
que não pode conhecer a si mesma, sem antes interagir com o mundo que a cerca, caso o
contrário não chega à totalidade de seu conhecimento e o desenvolvimento.

A psicomotricidade e a ludicidade, então, agem como fatores fundamentais para ser


trabalhado desde os primeiros anos de vida da criança, até a fase adulta, está presente nas
escolas, mas não é executado como deveria acontecer no cotidiano da criança na sala de aula,
sem muito incentivo pedagógico, o professor não coloca em prática as atividades que é de
grande importância para o desenvolvimento psicossocial, afetivo e intelecto.

A psicomotricidade melhora as dificuldades de aprendizagem, estimulado com a


priorização na educação infantil, muitos dos problemas desde a educação de base até a séries
iniciais seriam amenizados. Para isso, é necessário incentivo mediante a equipe pedagógica e a
dedicação por parte do professor. Entende se propuser as atividades que instiguem a todos ao
movimento corporal no processo de aprendizagem, a criança atingirá todo o processo de
ensino aprendizagem.

A ludicidade contribui para a aprendizagem da criança, tornar suas aulas mais


dinâmicas e prazerosas por meios da mediação do professor. A criança aprende bem mais
através da atividade lúdica e do brincar, permitindo uma interação mais afetiva com o convívio
com outras crianças. No momento em que a criança brinca, ela cria nova descoberta a partir
daquele momento que está sendo vivenciado.

A psicomotricidade e a ludicidade estão interligadas no desenvolvimento tanto


corporal quanto emocional e social da criança, sendo ambas indispensáveis no processo de
aprendizagem. A brincadeira, o brinquedo e o jogo proporcionam interação da criança, no
mecanismo para desenvolver a memória, o raciocínio, a linguagem, a percepção, a criatividade
e a habilidade para melhor desenvolver as estruturas psicológicas e cognitivas da criança.
Portanto, acreditamos que a inserção de jogos e de atividades lúdicas no cotidiano escolar se
faz de extrema importância, não só devido à influência que os mesmos exercem frente às
crianças, mas pelo modo como estas são capazes de desenvolver seu aprendizado pela
afetividade, com emoções na ação, dinamismo e estímulos sensório-motores.

Conclui-se, assim, que o aspecto lúdico facilita a aprendizagem e o desenvolvimento


integral das crianças nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. O professor deve
valorizar mais o lúdico e o corporal na educação infantil visto que o brincar facilita a
aprendizagem, ao passo que a psicomotricidade aprimora os condicionamentos humanos em
vastos campos, como a afetividade, a sociabilidade, e a cognição.
A importância do ensino de Ciências para a Educação Infantil

No passado o ensino de ciências nem sempre foi para todas as turmas escolares,
tampouco para a Educação Infantil. Assim como citado no eixo Natureza e sociedade,
apresentado no RCNEI (Referencial curricular nacional para a Educação Infantil) este
referencial foi criado quando a educação Infantil foi declara pela LDB como a primeira etapa da
educação básica, encontramos também o objetivo deste ensino nas PCNs, e mais recente na
BNCC.

É muito importante desmistificar o rótulo de que ciências é decorativa e desnecessária


na educação infantil. Ao estimular este ensino, estamos contribuindo o aluno a criar uma
consciência crítica diante das descobertas e serão capazes no futuro, de entender e respeitar
sua posição no planeta.

Na faixa etária que abrange a educação infantil, a criança é naturalmente curiosa,


investigativa e observadora, por isso são muito importantes os estímulos oferecidos através
dos educadores, sempre priorizando as habilidades naturais de cada idade.

Mas como trabalhar ciências com os pequenos? O ensino de ciências deve unir o
conhecimento que o aluno carrega consigo, permitindo que eles explorem, investiguem
através de experiências no ambiente que ele está inserido. Atividades como exploração do
próprio corpo, imitar sons dos animais, atividades investigativas e cooperativas, levantar
questionamentos, etc. Ensinar ciências na Educação Infantil é saber escutar as mais diversas
curiosidades das crianças, ensiná-las a explorar através de investigações diversas e trabalhar
conforme a fase que a criança se encontra, para que não cobre demais e nem de menos delas,
para que por meio da ciência as crianças aprendam a conhecer o meio que as cerca e se
tornem críticos frente a sociedade da qual fazem parte.

É válido mencionar que o padrão de perguntas e respostas pontas seja deixado para
trás, pois a melhor pergunta é aquela que não tem resposta, pois faz com que o indivíduo
busque, pesquise, reflita, questione, contribuindo também para a construção de argumentos
em um diálogo, apenas expor o conteúdo é deixar de lado o principal objetivo das ciências: o
da investigação. É por meio do ensino de Ciências que se pode compreender, questionar o
mundo e sua forma de transformação.

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