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TELANGIECTASIAS

PARAFOVEAIS
DR JUAN COSTA – R4 RETINA
INTRODUÇÃO

 Telangiectasias retinianas representam um tipo


de doença vascular, caracterizados por capilares
incompetentes, dilatados e irregulares;
 Quando os vasos acometidos se encontam na
ZAF, chamamos de Telangiectasias parafoveais.
 Pode apresentar microaneurismas, dilatações
saculares e exsudação.
PATOLOGIA

 A histologia revela que não se trata de uma telangiectasia verdadeira, mas sim de
anormalidades estruturais similares às observadas na retinopatia diabética, com
espessamento da membrana basal.
CLÍNICA

 A redução da acuidade visual ocorre devido a processo exsudativo, edema macular e


obliteração dos capilares.

 Em alguns casos pode ser observada a formação de membrana neovascular subretiniana,


levando a uma perda visual ainda mais importante.
TIPOS

 Congênta: faz parte da doença de Coats


 Adquirida: acomete adultos e idosos.

Coats: Tem mais vesículas aneurismáticas. Telangiectasia: Acomete ZAF


Exsudação Acomete periferia.
CLASSIFICAÇÃO

 Grupo 1 : Unilaterais, dividias em 1A (congênita) e 1B (Adquirida)


 Grupo 2: Bilaterias adquiridas
 Grupo 3: Bilaterais com oclusão capilar
CLASSIFICAÇÃO

 Grupo 1 A: Unilateral congênita


 Acomete homens por volta dos 40 anos. Na maioria dos casos as telangiectasias encontram-se na
metade temporal da mácula, com um a dois discos de diâmetro (grandes).
 Causa diminuição da acuidade visual principalmente por edema macular e exsudação. A acuidade
visual varia, mas é mais comum uma redução entre 20/25 e 20/40.
 TRATAMENTO: O tratamento com fotocoagulação a laser pode melhorar a visão em alguns pacientes.
Mas já foi relatado melhora espontânea.

 Grupo 1B: Unilateral adquirida


 São capilares telangiectásicos próximos a zona avascular foveal. (Tamanho pequeno).
 Acomete homens de meia idade.
 Pode haver exsudatos duros, porém a baixa visual é rara (não há vazamento na angiografia).
 TRATAMENTO: pela proximidade com o centro da fóvea e por não causar baixa visual significativa, a
fotocoagulação é geralmente contra indicada.
CLASSIFICAÇÃO

 Grupo 2: Bilateral adquirida


 Este é o grupo mais comum de telangiectasia parafoveal
 Acomete indivíduos de ambos os sexos, entre a 5ª e 6ª décadas., com história familiar
positiva.
 São simétricas, bilaterais, temporais em área menor que um diâmetro de disco.
 Característica desse grupo: vênulas em ângulos retos e hipertrofia do EPR ao longo das
vênulas.

 TRATAMENTO: Fotocoagulação está contraindicada, pois as telangiectasias estão


dentro de 1 Diâmetro de disco do centro da fóvea.
 (A, B) Apresentação típica de um paciente com telangiectasia parafoveal
idiopática bilateral. Opacidade macular com anastomose retina–retiniana (à
esquerda) e vasos em ângulo reto típicos (B, direita).
 (A, B) Leakage moderado na mácula
 Retinografia colorida: alterações vasculares em direção a ZAF. Depósitos
pigmentares na fóvea.
 Angiografia: Pequena NVC a direita.
CLASSIFICAÇÃO

 Grupo 3: Bilateral com oclusão capilar


 Quarta década
 Neste grupo devemos levar em consideração diagnósticos diferenciais que levam a
formação de telangiectasias:
 Oclusão de ramo venosos
 DMRI
 Diabetes
 Retinopatia por radiação
 Síndrome ocular isquêmica
 Retinopatia falciforme
OPÇÕES DE TRATAMENTO

 Fotocoagulação: objetiva reduzir a exsudação e melhorar a AV. Representa a


forma principal de terapia.
 Recomenda-se queimaduras pequenas (100 a 200 micra), intensidade moderada, em
padrão grid, evitando a região central.
 Não há necessidade de coagular vasos telangiectásicos.

 Triancinolona: Melhora transiente do edema macular.


 Recorrência em 3 a 6 meses
 Efeitos colaterais: glaucoma e catarata limita seu uso

 Anti-VEGF: Melhora sustentada da acuidade visual


OPÇÕES DE TRATAMENTO

 Hoje, a fotocoagulação laser permanece a forma de tratamento mais eficaz, mas


o tratamento ideal da telangiectasia parafoveal é questionada e mais estudos são
necessários.
 Porém, a raridade da doença torna difícil a realização de grandes estudos
randomizados e controlados.
O QUE HÁ DE ATUAL?

 Classificação

 Gass e Blodi adicionaram uma nova Categoria: 2B (Telangiectasia


justafoveolar oculta familiar idiopática juvenil);
 Relato do caso de dois irmãos com de 9 e 12 anos com membrana neovascular
subretiniana e telangiectasias justafoveolares, sem evidência de depósitos lipídicos,
placa hiperpigmentadas ou vênulas em ângulo reto.
O QUE HÁ DE ATUAL?

 ANTI-VEGF

 Em um relato de caso de paciente com telangiectasia parafoveal, uma única injeção de


bevacizumab intravítrea resultou em melhora na acuidade visual de 20/50 para 20/20, com
diminuição significativa e sustentada do edema macular cistóide por 12 meses.
 É provável que pacientes com TJFI com pronunciado edema macular possam beneficiar
funcionalmente e morfologicamente de injeções de anti-VEGF.
BIBLIOGRAFIA

 Gass JD, Blodi BA. Idiopathic juxtafoveolar retinal telangiectasis. Update of


classification and follow-up study. Ophthalmology. 1993 Oct;100(10):1536-46
 Gass JD. Diagnosis and Treatment. 4 ed. Mosby: St Louis; 1997. In Stereoscopic
Atlas of Macular Diseases; pp. 505–11.
 Gamulescu MA, Walter A, Sachs H, Helbig H. Bevacizumab in the treatment of
idiopathic macular telangiectasia. Graefes Arch Clin Exp
Ophthalmol. 2008;246:1189–93.

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