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“Lembre de olhar
para as estrelas, não
para seus pés”
Dr. S. H.
Hiperlipidemia
Dieta inadequada
Epidemiologia e Doença aterosclerótica
Anemia ferropriva
fatores de risco
Baixo grau de escolaridade
Dados apontam que a retinopatia diabética Ocupação
(RD) afeta em torno de 35% a 40% dos diabéticos,
estando presente, após 20 anos de doença, em cerca Sedentarismo
de 90% dos pacientes com DM 1 e em Infecção pelo HIV
aproximadamente 60% dos pacientes com DM 2.
Bulimia
Levando-se em conta que no Brasil, há cerca
de 13,7 milhões de pessoas sofrendo com DM,
estima-se que há aproximadamente 4,8 milhões de
pessoas acometidas por RD. Etiologia e
No decorrer do tempo aproximadamente fisiopatologia
metade dos diabéticos desenvolvem RD, com efeitos
que vão desde a diminuição parcial da acuidade A retinopatia diabética pode ser classificada
visual até a cegueira. Estima-se que o paciente em duas entidades conforme a presença ou não de
diabético possua uma probabilidade 29 vezes maior angiogênese.
de apresentar perda visual do que um paciente não
diabético. A retinopatia diabética não
proliferativa (RDNP) consiste no estágio mais
Alguns dos fatores predisponentes são: precoce do acometimento retiniano do diabetes.
Pode ser subdividido em leve, moderada, grave e
Tabagismo muito grave, a depender da presença e da
Controle inadequado da glicemia intensidade de alterações vasculares. No entanto,
Tempo de evolução da DM neste estágio não ocorre a formação de novos vasos.
Manchas algodonosas
São infartos da camada de fibras nervosas
devido à oclusão das arteríolas précapilares.
Ocorrem próximo a áreas de microaneurismas e de
hiperpermeabilidade vascular.
Neovasos retinianos
Formação de novos vasos a partir do estímulo Tratamento
da isquemia retiniana. A presença de neovasos é o
que define a RD proliferativa. Ocorrem mais Parte fundamental do tratamento da RD é a
frequentemente próximo ao disco óptico educação do paciente. Isso inclui acompanhamento
(neovascularização de disco [NVD]). multiprofissional regular (médico, nutricionista e
educador físico), mudança nos hábitos de vida,
reeducação alimentar, atividade física frequente,
combate ao tabagismo e à obesidade, rigoroso
controle da glicemia, do perfil lipídico e das
comorbidades, como a hipertensão arterial e a
nefropatia. Os benefícios são evidentes, tanto na
prevenção quanto no controle da progressão da RD.
A fotocoagulação a laser é o principal
tratamento na redução da perda de visão da RDP,
reduzindo em até 95% a chance de cegueira. Está
indicada quando houver hemorragia vítrea ou
prerretiniana, neovascularização (atingindo 1/3 ou
mais do disco óptico) e edema macular clinicamente
A frequência das avaliações pode ser anual, significativo.
semestrais e até mesmo mensais, de acordo com a O tratamento em como intuito a cauterização
gravidade da retinopatia e tendo em vista que os de microaneurismas e ablação de áreas sem
diabéticos apresentam um risco maior de perfusão capilar. A sua realização melhora a
desenvolver outras patologias oftalmológicas, como oxigenação da retina, o que ocasiona,
catarata e glaucoma. Para as gestantes portadoras posteriormente, níveis mais baixos de VEGF.
de algum tipo de diabetes, indica-se avaliações
Jorge Vinícius Silva Cristo – TXXXII/UNISL
No entanto, a fotocoagulação pode causar 20% desenvolvem doença renal clínica. Contudo,
diminuição do campo visual periférico e cegueira como muito mais indivíduos são afetados pelo
noturna como efeitos adversos. diabetes tipo 2, a doença renal terminal é muito
mais prevalente em pessoas com DM 2 no mundo.
Atualmente, estão em desenvolvimento
angiogênicos e fármacos anti-VEGF, dada a sua No Brasil, segundo o censo da Sociedade
importância da origem e na manutenção da doença. Brasileira de Nefrologia (SBN), a incidência de
pacientes novos com DRD em diálise é de 77 por
milhão de pacientes (pmp), com aproximadamente
30% da população em diálise crônica no país sendo
formada por pacientes diabéticos.
Os fatores de risco podem ser divididos em
três classes: suscetibilidade, início e progressão da
doença.
A vitrectomia pode ser necessária em casos Suscetibilidade
de hemorragias vítreas de longa duração que » Idade avançada
atrapalhem a visão, como também em casos de
» Sexo masculino
deslocamento tracional da retina ou membranas
» Histórico familiar de ND
epirretinianas que afetem a mácula.
» Obesidade
» HAS
» Tabagismo
Início
» Carga genética
» Hiperglicemia
» Obesidade
Epidemiologia e » LRA
» Fármacos nefrotóxicos
fatores de risco » Etnia (negros, hispânicos, asiáticos,
nativos americanos)
A nefropatia diabética (ND), ou doença renal
diabética (DND), acomete em torno de 35% dos Progressão
indivíduos portadores de DM. Em 25% dos casos, » Obesidade
percebe-se o aumento da excreção urinária de » Hiperglicemia
albumina e, em aproximadamente 20%, verifica-se » HAS
redução isolada da taxa de filtração glomerular » LRA
(TFG). » Fármacos nefrotóxicos
» Tabagismo
Os pacientes com diabetes tipo 1, que não
receberam terapia intensiva com insulina e tiveram » Etnia (negros, hispânicos, asiáticos,
apenas um controle glicêmico razoável a ruim, têm nativos americanos)
30 a 40% de chances de ter nefropatia após 20 anos
- em contraste com a frequência muito mais baixa
em pacientes com diabetes tipo 2 que não recebem
terapia intensiva, nos quais apenas cerca de 15 a
Jorge Vinícius Silva Cristo – TXXXII/UNISL
O acúmulo de AGEs causa espessamento da
Etiologia e matriz mesangial, por promover o depósito de
proteínas e de lipídeos na perde dos vasos, induzem
fisiopatologia a produção de fatores inflamatórios, dentre outros
efeitos.
Aumento do fluxo da via dos polióis
Da mesma forma que o que ocorre na
retinopatia diabética, a hiperglicemia promove a
hiperativação da aldose redutase. Esta enzima reduz
a glicose a sorbitol usando as reservas de NADPH.
Posteriormente, o sorbitol é oxidado para formação
de frutose.
Epidemiologia e
fatores de risco
As neuropatias periféricas são as
complicações crônicas mais prevalentes do DM e
podem se manifestar de diversas maneiras, afetando
diferentes partes do sistema nervoso.
Ambos os tipos de DM (DM1 e DM2) são
afetados, com comprometimento de 50% dos
pacientes com DM2 ao longo da vida.
Etiologia e
fisiopatologia
De forma semelhante às demais
complicações, estão envolvidos a hiperglicemia
crônica e o estresse oxidativo na gênese da
neuropatia diabética.
A exposição crônica ao excesso de glicose
provoca sobrecarga da cadeia transportadora de
elétrons nas mitocôndrias, com posterior formação
de EROs e de RNS, e estimula a via da aldose
As neuropatias periféricas podem divididas e
redutase, cujo principal produto final é o sorbitol.
subdividas em diversas classes dependendo da
Este é oxidado a frutose, consumindo as reservas de
extensão e da localização do comprometimento
NADPH, o que limita a taxa de eliminação de espécies
nervoso.
reativas de oxigênio.
Podem ser típicas – de evolução crônica e
Além disso, o peróxido que deveria ser
relacionada com o tempo de exposição
eliminado pelo NADPH se liga ao óxido nítrico (NO)
hiperglicêmica, fatores metabólicos e
para formar peroxinitrito. Com isso, tem-se o
cardiovasculares, simétrica, distal e sensitivo-
consumo de um potente vasodilatador e a formação
motora – ou atípicas - surge em qualquer época do
de um poderoso agente oxidante.
curso do DM, com evolução monofásica ou flutuante,
A formação de sorbitol e de frutose aumenta com dor neuropática aguda ou subaguda.
a osmolaridade intracelular, o que causa um
Podem ainda ser classificadas em focais
volumoso influxo de água, que, por sua vez, acarreta
(mononeuropatias e radiculoneuropatias) e em
em danos celulares severos por interferência em
difusas (polineuropatia distal simétrica, neuropatias
inúmeros processos fisiológicos.
autonômicas
Mononeuropatias
Nervo periférico isolado (compressivas)
diplopia) e dor periorbital requerem afastar isquemia cerebral, A manutenção do quadro hiperglicêmico
compromete a sensibilidade de nervos das mãos e/ou
aneurisma e tumores intracranianos. dos pés, simétrica e bilateralmente. A dor pode ou
não estar presente, dependendo do déficit sensorial.
Um efeito de bola de neve começa com a
desenervação dos pequenos músculos do pé,
deformando sua estrutura. Perpassa por alterações
na biomecânica da marcha, modificando a
Radiculopatia transmissão de pressão para pontos específicos do
membro.
Radiculopatias torácicas
Dessa forma, tem-se a diminuição do limiar
Há envolvimento das raízes nervosas torácicas, de da dor associada a formação de pontos vulneráveis
à maior aplicação de pressão, e ao esforço
provável origem vascular. Podem ser uni ou bilaterais, são mais frequente. Com isso, forma-se calosidades e,
comuns em pacientes idosos com DM2 e há perda ponderal posteriormente, ulcerações, o famoso pé diabético.
importante. Como estes pacientes já sofrem de perda de
sensibilidade periférica, dificilmente percebem tais
Radiculopatias do plexo radicular lesões antes que outrem o alerte acerca destas.
Assim, por maior e mais incisiva que seja a lesão, o
Esta forma é também conhecida como amiotrofia
paciente que sofre de neuropatia diabética
diabética ou polirradiculoneuropatia lombossacral diabética, periférica dificilmente adota os cuidados
necessários para a lesão.
porque envolve o plexo lombossacral. Há o comprometimento
Por fim, as feridas funcionam como porta de
da raiz do nervo femoral. Muito comum em idosos com DM 2,
entrada para diversos tipos de micróbios que, em um
caracteriza-se por dor intensa, em queimação, nas coxas, e paciente hígido, dificilmente provocariam algum
incômodo, mas em pacientes diabéticos, com alta
fraqueza muscular significativa.
concentração de glicose no plasma, encontram um
ambiente propício. Estes microrganismos podem
Nefropatia Diabética.
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