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APRESENTAÇÃO DE

ARTIGO
Fernando Augusto Alves Barbosa
R2 Neurologia HU-UEL
INTRODUÇÃO

• HII ou Pseudotumor cerebral ou hipertensão intracraniana benigna

• Elevação da PIC de etiologia não esclarecida

• Geralmente acomete mulheres obesas em idade fértil

• Diagnóstico de exclusão
CRITÉRIOS
PATOGÊNESE

• CONTROVERSA E POUCO COMPREENDIDA.

1. Bloqueio da absoeção liquórica a nível das granulações aracnoideas ?


2. Pressão venosa elevada em seio transverso secundária a estenose ?
3. Relação com tecido adiposo e andrógenos ?
EPIDEMIOLOGIA

• Incidência aumentada em regiões com maior prevalência de obesos

• Estudo 1988 – Iowa e Louisiana:


• Incidência anual de 1 - 100mil.

• Estudo 2017 – Minnesota


• Incidência anual de 2,4 – 100mil.
• 3,3 em mulheres e 0,3 em homens a cada 100mil habitantes
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

CEFALÉIA
• Mais comum (84%)
• Pior pela manhã e com manobras de Valsalva
• Pode associar-se com náuseas e vômitos
• Pode apresentar achados semelhantes a cefaléias primárias
• Cefaléia rebote devido a uso abusivo de analgésicos pode ocorrer
• Pode ou não melhorar com redução da PIC
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

TURVAÇÃO VISUAL TRANSITÓRIA (68%)

• Perda visual parcial ou completa com duração de vários segundos e recuperação total
• Provocadas por mudança postural ou manobras de Valsalva
• Isquemia transitória do disco óptico edemaciado
• A perda visual devido a papiledema pode ser percebida apenas em fases avançadas pelo
paciente (ocorre da periferia para o centro)
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

TINNITUS PULSÁTIL (52-60%)

• Uni ou bilateral
• Intermitente ou contínuo
• Fluxo venoso turbulento devido a estenose de seio transverso?
•  melhora com stent de seio transverso
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

OUTROS SINTOMAS

• Paralisia de VI par causando diplopia


• Paresia facial – incomum, devendo chamar atenção para outros diagnósticos
• 25% - assintomáticos
PAPILEDEMA

• Sinal mais comum e mais importante de HIC


• Geralmente bilateral e simétrico
• Risco de perda visual correlaciona-se a severidade do papiledema
Hemorragias papilares +
papiledema
INVESTIGAÇÃO

• LCR E NEUROIMAGEM (RM c/ contraste arterial e venoso)  Descartar outras


causas

• OFTALMOLÓGICA  Determinar a severidade do papiledema


LCR

1. PRESSÃO DE ABERTURA 2. ANÁLISE BIOQUÍMICA


• Decúbito lateral • Exclusão de outras etiologias:
• MMII em extensáo • Infecciosa
• Cabeça em posição neutra • Inflamatória
• Normal: 10 – 20 cmH2O • Neoplásica
• Até 25 cmH2O – borderline
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• Etiologias diversas: • Medicamentos:


• Trombose de seio venoso • Tetraciclinas
• Fístula arteriovenosa • Retinoides (vit A e
• Tumores derivados)
• Lítio
• Desmame de CTC
TRATAMENTO

• Visa preservar a acuidade visual e aliviar os sintomas

1. Mudanças de hábitos de vida visando perda de peso


2. Medicamentoso
3. Cirúrgico
TRATAMENTO

• Perda de peso:

 6-10% já é adequado para remissão na maioria dos pacientes


 Coorte 2010 - redução da PIC, papiledema e cefaléia
TRATAMENTO

• Medicamentoso:

Acetazolamida: inibidor da anidrase carbônica


• Redução da produção liquórica
• Efeito diurético discreto
• Redução do papiledema, sintomas e qualidade de vida
• Dose máxima de 2g de 12/12h (ou até quanto for tolerado)
• Parestesia, disgeusia, náusea/vômitos, diarréia
TRATAMENTO

• Outros medicamentos:

Topiramato:
- inibidor fraco da anidrase carbônica
- Efeito semelhante a acetazolamida para casos leves/moderados
 Furosemida
 Corticoesteróides
TRATAMENTO

• Cirúrgico: indicado para casos fulminantes ou falha terapêutica

Shunt Liquórico
Fenestração da bainha do N. óptico
Stent de seio transverso
TRATAMENTO

• Shunt liquórico

Preferencialmente DVP.
Exige acompanhamento de complicações (obstrução, infecção,
migração)
Considerar para tratamento de cefaléia isolada apenas se melhora
comprovada com redução da PIC (pós punção)
TRATAMENTO

• Fenestração da bainha do N. Óptico:

Efetiva em casos de ameaça à visão


Criação de fístula entre espaço subaracnóide e cavidade orbitária
Redução da pressão no N. Óptico e por consequência do papiledema
TRATAMENTO

• Stent de Seio Transverso

Considerar em pacientes com estenose de S. Transverso e gradiente


pressórico elevado (>8 mmHg)
Redução da pressão no sistema venoso e maior reabsorção liquórica
Estudos demonstram melhora de sintomas, visão e HIC

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