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Post-mortem

Da Pessoa Humana e Direitos da


Personalidade
O direito reconhece os atributos da
personalidade com um sentido de
universalidade, e o Código Civil o exprime,
afirmando que toda pessoa é capaz de direitos
e deveres na ordem civil ( art. 1º). O Código
de 1916 empregava a palavra homem, mas na
acepção de todo ser humano, de todo
indivíduo pertencente à espécie humana, ao
humanum genus, sem qualquer distinção de
sexo, idade, condição social ou outra.
Natureza Jurídica do Morto

“Com a morte a pessoa natural perde


alguns direitos, como por exemplo o
poder familiar, perde o vínculo
matrimonial, a união estável, põe fim
aos contratos personalíssimos”.
− A Personalidade é um atributo do ser
humano e o acompanha por toda a sua
vida. Como a existencia da pessoa
natural termina com a morte, conforme
previsto no artigo 6º do Código Civil.
Somente com esta cessa a sua
personalidade
A proteção da Personalidade da
Pessoa morta
“os bens da personalidade do morto podem
ser protegidos tanto preventivamente,
quando se exige medidas acautelatórias
para se evitar o dano, quanto
repressivamente, com aplicação de
medidas que visem eliminar a ofensa
praticada ou reduzir os seus efeitos, sem
deixar de lado a possibilidade do autor da
ofensa ser condenado a pagar uma soma
em dinheiro aos familiares do morto”
Dos Danos Post-mortem
Dano Post Mortem aos bens da personalidade
• Os bens da personalidade de pessoa morta são
dignos de proteção.
• Perduram muito mais além do que a sua
personalidade civil; em respeito a pessoa do
falecido, admite-se ao mesmo tempo em que a
personalidade se extingue com a morte, que os
familiares mais próximos possam defender os
interesses perdurados do morto.
Danos Morais por Ricochete
• A palavra ricochete quer dizer reflexo ou salto,
como o de um projétil ou um corpo após o
choque.
• A teoria do dano em ricochete surgiu na
França, no século XIX.
• Nesse caso, o dano moral tem como
fundamental a possibilidade de uma ofensa ser
dirigida a alguém, mas um terceiro ser atingido
por ela.
Isso quer dizer que os efeitos da ofensa não
atingem apenas o ofendido, mas outra
pessoa e, portanto, essa lesão deve ser
reparada ao terceiro que se torna vítima
(por ricochete) da ofensa, especialmente
em casos de ofensas a indivíduos falecidos.
Tutela Post Mortem
Segundo a legislação pátria - artigo 12,
parágrafo único do Código Civil, o morto
poderá sofrer violação aos direitos
inerentes à sua personalidade - direito à
honra, à privacidade, à imagem. Isto posto,
a família do morto terá legitimidade para
pleitear que cesse a ameaça e/ou lesão
inerente à violação da personalidade, tendo
em vista que o código civil protege os
direitos post-mortem inerentes à
Inventário
• O inventário é um processo obrigatório, que pode
ser judicial ou extrajudicial.
• Seu objetivo é oficializar a transferência dos bens
de uma pessoa que faleceu aos seus herdeiros.
• Além disso, lembramos que apenas após o fim
do inventário ocorre a partilha dos bens da
herança.
• Portanto, você só tem acesso à herança se
realizar o procedimento.
Quais os tipos de inventário?

• Inventário Judicial
• Consensual
• Litigioso
• Inventário Extrajudicial
Investigação de Paternidade Pós
Mortem
• A investigação de paternidade pós mortem é o
ato pelo qual os filhos buscam o
reconhecimento de vínculo de filiação
consanguíneo após a morte do suposto pai.
• Na ação judicial de investigação de
paternidade pós morte, a legitimidade passiva
recai sobre os herdeiros, sejam eles os
descendentes, ascendentes ou colaterais do
falecido, limitando-se ao 4 grau na linha
colateral.
Reprodução assistida Post Mortem e
direito de sucessão
• O código civil de 2002 (C.C), foi sucinto ao tratar das
técnicas de produção assistida e suas implicações
jurídicas.
• Ateve-se somente ao disposto no art.1.597,no qual há
uma presunção de paternidade ,nos casos ali descritos
em que o marido ou, por extensão ,o companheiro
consente nesta forma de produção em sua esposa ou
companheira .
• Entretanto, é obvio que o arcabouço de discussões
sobre o tema é extremamente amplo, perpassando
inclusive por questões bioéticas ,religiosas ,filosóficas
e morais .
Reconhecimento de união estável
post mortem
• O processo de reconhecimento de união
estável após a morte deverá ser
interposto em face dos herdeiros do
falecido/a. Por exemplo, se aquele que
faleceu deixou filhos, o processo deverá
ser proposto “contra” eles.
Reconhecimento de filiação
socioafetiva post mortem

• Para que seja reconhecido o vínculo de


paternidade afetiva post mortem deve-se provar
que, quando em vida, o pretenso pai não-
biológico manifestou o desejo de assim ser
reconhecido.

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