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CASO CLÍNICO

A. N. T., recém nascido (RN) branco, sexo feminino, nasceu de parto cesáreo há um dia, idade gestacional
pediátrica (método de Capurro) de 37 semanas + 6 dias e APGAR 9 no primeiro minuto e 10 no quinto minuto.
Peso ao nascimento de 2.340 gramas, pequeno para a idade gestacional. Mãe realizava acompanhamento no
pré-natal de alto risco por ecografia obstétrica evidenciando aumento do líquido amniótico, peso fetal entre o
percentil 10 e 25 e rins ectópicos. Sorologias negativas no terceiro trimestre da gestação, sem outras
comorbidades.
CASO CLÍNICO
Exame físico
• Geral: o paciente apresentava-se em bom estado geral, ativo ao manuseio, hidratado, corado, eupnéico,
com abundante salivação aerada.
• Ausculta cardíaca: desdobramento de segunda bulha, associado a sopro de grau II; FC: 134 BPM;
• Ausculta respiratória: murmúrio vesicular presente, com estertores crepitantes principalmente em lobo
superior direito. Sem sinais de esforço respiratório; FR: 49 RPM;
• Abdome: abdome distendido, sem massas palpáveis e presença de ruídos hidroaéreos. Indolor à
palpação profunda e submacicez à percussão. Cordão umbilical com duas artérias e uma veia;
• Neurológico: RN se encontra em hipertonia geral, com tônus de caráter flexor. Reflexos dentro da
normalidade e ausência de déficits focais;
CASO CLÍNICO
Conduta
Na tentativa de passar a sonda nasogástrica, encontrou-se resistência, impossibilitando o posicionamento
da sonda. A criança foi encaminhada a UTI neonatal, onde foi realizada nova tentativa de sondagem gástrica
e radiografia de abdome, evidenciado a seguir:
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
A partir desse quadro apresentado quais as hipóteses diagnósticas?
ATRESIA DE ESÔFAGO

Matheus Bueno, Murilo Lee e Sara Domingues

Drª Joyce Lisboa Freitas e Drª Nyrla Yoshie Yano Gomes


INTRODUÇÃO
• Definição: a atresia de esôfago é uma malformação congênita
caracterizada pela interrupção da luz esofágica no nível de sua
porção torácica;
• A mortalidade até 1939 era de 100%;
• Hoje há 100% de sobrevida em casos ideiais.
EMBRIOLOGIA
• Intestino primitivo;
• Esôfago;
• Divertículo respiratório;
EMBRIOLOGIA
• Septo traqueoesofágico;
• Formação da árvore brônquica.
ANATOMIA
• Percurso e comprimento;
• Porções esofágicas;
• Lateralizações do esôfago;
• Camadas do esôfago;
• Vascularização.
EPIDEMIOLOGIA
• Incidência média mundial: 1:4.000
• Fatores teratogênicos desconhecidos;
• Índice de prematuridade de 35%;
• Discreto predomínio da população masculina (59%)
FISIOPATOLOGIA
Pode ocorrer entre a 4º e a 5º semana de vida intrauterina
1. Pressão intraembriônica.
2. Oclusão epitelial.
3. Acidente vascular.
4. Anormalidades da relação de crescimento diferencial.
Diagnóstico
 Polidrâminio;
 Secreção salivar espumosa e arejada;
 Abdome distendido ou escavado;
 Interrupção da progressão da sonda de 8 a 12 cm da narina;
 Após o inicio da amamentação: regurgitação, tosse, cianose e
insuficiência respiratória aguda.
 Pneumonias aspirativas;
 Procurar identificar afecções associadas que são comuns.
VACTERL
 V - anomalia vertebral;
 A – anomalia anorretal;
 C – malformação cardíaca;
 TE – fístula traqueoesofágica;
 R – malformações renais e do osso rádio;
 L – extremidades (Limb).
20% dos casos podem ter associação com Síndrome de Down ou as
trissomias dos cromossomos 8 e 13.
OBRIGADO!

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