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Highlights do SBPT 2022

Gabriela Macêdo Egídio Cavalcante


MR1 PNEUMOLOGIA - HUOC
ASMA
ASMA GRAVE
• A história natural da asma grave é influenciada por fatores
externos e genéticos associados a evolução temporal

• A determinação de traços ou características tratáveis


favorece melhores desfechos por personalizar o tratamento

• Antever e prevenir a limitação fixa do FA é importante

• O fenótipo eosinofilico merece atenção para prevenir o


remodelamento as VAS
ASMA GRAVE
• USO DE IMUNOBIOLÓGICOS

• REDUÇÃO DAS EXACERBAÇÕES


• MELHORA DOS SINTOMAS E QUALIDADE DE
VIDA
• MELHORA DA FUNÇÃO PULMONAR
• REDUÇÃO/ ELIMINAÇÃO DO USO DE CO
Omalizumabe: anti- IgE
Mepolizumabe e Reslibumabe : anti- IL5
Benralizumabe: anti- IL5R
Dupilumabe: anti- IL4R e anti- IL13
Tezepelumabe
SIM
Anti-L4R / Anti-IL5 /
Dependente EOS Anti IL5R
ELEVADO ?
de CO
NÃO Anti- Il4R
A
ALÉ
RGIC Anti IgE/ Anti- TSLP

FENO <25

Anti-TSLP

EOS <150
Asma grave

A
LÉRGIC Anti-IgE / Anti –IL4R /
A
Anti TSLP
FENO >25
Anti-IL4R/ Anti-
TSLP
Anti-IgE/ Anti-IL4R /
EOS 150-1500
Anti-IL5 / Anti TSLP

EOS >1500 Anti – IL5 / IL5R


DESFECHOS DOS IMUNOBIOLÓGICOS
AGENTE EXACERBAÇÃO FUNÇÃO CORTICÓIDE CONSIDERAÇÕES
PULMONAR
OMALIZUMABE Reduz 25% Melhora + Reduz >6 anos
IgE sérica; Alergia

MEPOLIZUMABE Reduz 50% Inconsistente Reduz (14%) Não reduz eos


Eos >150

RESLIZUMAB Reduz 50-60% Melhora +++ Não avaliado Eso >400

BENRALIZUMAB Reduz 25-60% Melhora +++ Reduz / retirada Eso >300


(50%)
DUPILUMAB Reduz 50-70% Melhora +++ Reduz / retirada Feno isolado >25
(50%) Eos >150

TEZEPELUMAB Reduz 62-71% Melhora ++++ Não avaliado Reduz eos, FENO
Independente do
biomarcador T2
Asma / investigações adicionais
• Triagem de insuficiência adrenal : CO ou alta dose de CI-
LABA de manutenção

• Eos > 30/ul: Investigar outras causas antes de considerar a


terapia com biológico (Ex: parasitoses, medicações..)

• Eos> 1500/ul: investigar GEPA

• Avaliar fenótipos inflamatórios


• Eos ou FeNO não elevados: repetir até 3x, pelo menos 1-2
semanas após interrupção do CO ou na menor dose possível
DPOC
DPOC

DOENÇA ATIVA = TRATAMENTO EFETIVO E


PRECOCE

• CESSAR TABAGISMO
• ATIVIDADE FÍSICA
• FARMACOTERAPIA
DPOC
• DPOC + IC: DESAFIADOR / MUITO FREQUENTE!!!

• TECP para os sintomáticos


• DPOC: limitação mecânica ventilatória + hipoxemia
• IC: Ausência de limitação respiratória

• Impacto na decisão clínica


• Congestão / fraqueza muscular
• Broncodilatação
DPOC / PAPEL DOS EOSINÓFILOS

• QUANTO MAIOR O EOSINÓFILO MAIOR A CHANCE DE EXACERBAÇÃO APÓS A RETIRADA DO


CI
DPOC / EXACERBAÇÃO
• NOVA DEFINIÇÃO ????

• Evento caracterizado por dispneia e/ou tosse e expectoração


que pioram em um período de até 14 dias, podendo ser
acompanhados por taquipneia e/ou taquicardia,
frequentemente associado a inflamação local ou sistêmica
desencadeada por infecção, poluição ou outros.

• Aumento do processo fisiopatológico da DPOC em


indivíduos com piora dos sintomas respiratórios, após
exclusão de dx alternativos.
DPOC / EXACERBAÇÃO
DPOC / RASTREAMENTO NEO

• QUEM DEVE FAZER ?

• Adultos entre 50-80 anos ( anterior => 55-74 anos)


• Tabagistas ou que pararam de fumar há <15 anos
• Carga tabágica 20 anos/maço
TRAÇOS TRATAVEIS NA ASMA E DPOC
CAUSAS PULMONARES TRATAVEIS
BRONCOESPASMO BRONCODILATADOR

INFLAMAÇÃO EOSINOFILICA CORTICOIDE / IMUNOBIOLOGICOS

COLONIZAÇÃO BACTERIANA MACROLÍDEOS

BRONQUIECTASIAS MACROLIDEOS, ATB INALADO

TOSSE GABAPENTINA

ENFISEMA TRANSPLANTE / REDUÇÃO DO VOL


PULMONAR

INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA O2, VNI, TRANSPLANTE


TRAÇOS TRATAVEIS NA ASMA E DPOC
CAUSAS EXTRA- PULMONARES TRATAVEIS
RINOSINUSITE CORTICOIDE TÓPICO / CIRURGIA

CAQUEXIA CDIETA / ATIVIDADE FÍSICA

OBESIDADE DIETA / ATIVIDADE FÍSICA / BARIATRICA

DCV IECA / DIURETICOS / B-BLOQUEADORES

ANSIEDADE ANSIOLITICOS
CIGARROS
ELETRÔNICOS
Cigarro eletrônico
• Aerossóis produzidos contêm quase 2 mil substâncias ainda
desconhecidas e não divulgadas pelos fabricantes

• SBPT alerta que o cigarro eletrônico não é indicado para o


tratamento do tabagismo

• Contem substâncias comprovadamente cancerígenas, como


níquel e o formaldeído.

• A concentração de níquel no organismo de um fumante de


cigarro eletrônico é 2-100x maior do que no fumante de cigarro
convencional
E- CIGARETTES AND HOOKAH USO AMONG
MEDICAL TRAINEES IN BRAZIL, INDIA AND US
• 7.528 participantes ( BR 3095 / US 3067 / IN 1366)
Brasil Estados Unidos Índia

Experimentado 44% 47% 4%

Usuários atuais 20% 11% 0%

Idade 20 21

Cigarro eletrônico Narguilé

nicotina 69% 47%

Aromatizadores 50% 37%

Canabidnóides 23% 8%
Cigarro eletrônico
• Razões para experimentar
• Moderno e tecnológico
• Elegante
• Me deixa relaxado
• Me faz sentir empoderado, no controle
• Queria parar de fumar
• Ajuda a socializar com pessoas da minha idade
CIGARRO ELETÔNICO: CRENÇAS, EXPERIMENTAÇÃO E
RECREATIVISMO ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA
• FORTALEZA – CE
• Amostra 248 estudantes de medicina
• Estima-se que 1 em cada 5 indivíduos de 18-24 anos já fez
uso do CE, representando 80% dos usuários
• Apesar de 49,6% dos avaliados saberem que o CE é
prejudicial à saúde,53,2% utilizavam CE eventualmente ou
cotidianamente.
Cigarro eletrônico
• Dúvidas
• Como tratar e medir a dependência do cigarro
eletrônico?
• Quais serão os efeitos a longo prazo?
• Como fazer que a informação certa chegue a população?
FPI
FPI E EXACERBAÇÕES
• São episódios imprevisíveis de agravamento funcional
súbito – causa idiopática ou secundária – que complicam a
evolução clínica

• Foram estabelecidos critérios diagnósticos, no entanto, a


etiologia e a patogênese são desconhecidos

• Associa-se a mau prognostico, com sobrevida de 3-4


meses

• O tratamento ideal permanece indeterminado


FPI E EXACERBAÇÕES
• FATORES DE RISCO

• CVF Reduzida
• Queda Recente Da CVF
• DLCO Reduzida
• Hipóxia
• Redução Do TC6m
• Hipertensão Pulmonar
• Agravamento Da Dispneia
FPI E EXACERBAÇÕES
Deterioração respiratória aguda
< 1 mês

SIM Não é exacerbação aguda da FPI


Causa extra parenquimatosa ? (dx alternativo: pneumotorax,
derrame pleural, embolia pulmonar
NÃO
Exacerbação aguda da FPI
SIM
Achado novo na TC: Causa da exacerbação:
Vidro fosco / consolidação Infecção, Pós –OP, Aspiração,
Toxicidade a drogas
NÃO
Não é exacerbação aguda FPI Exacerbação Aguda Idiopática
( dx alternativo: infecção, aspiração,
toxicidade a drogas, ic)
FPI E EXACERBAÇÕES
• CRITÉRIOS DE AGUDIZAÇÃO

• Piora respiratória com tempo de evolução <1 mês

• Caracterizada por evidências de anormalidade alveolar


nova e difusa ( vidro fosco / consolidações bilaterais)

• Não completamente atribuível a IC ou sobrecarga


hídrica.
FIBROSE PULMONAR PROGRESSIVA
• CRITÉRIOS ( pelo menos 2 critérios) / EM UM ANO
DPI de etiologia
• Piora clínica dos sintomas / dispnéia conhecida ou
desconhecida que não
seja FPI, que tenha
• Evidencia fisiológica de progressão evidência radiológica
• Redução absoluta >= 5% CVF de fibrose pulmonar
• Redução absoluta >= 10% DLCO

• Evidência de progressão radiológica ( um ou mais)


• Aumento da extensão ou intensidade bronquiectasia de tração
• Aumento extensão ou intensidade reticulação
• Novas aéreas de faveolamento
• Redução do volume pulmonar
FIBROSE PULMONAR PROGRESSIVA
COVID 19
COVID 19
• Alterações tomográficas pós – COVID são comuns

• Achados: vidro fosco, bandas parenquimatosas,


reticulações, opacidades perilobulares

• A proporção exata de indivíduos com fibrose irreversível


não é clara ( em torno de 20-30%)

• A maioria dos casos provavelmente apresentará melhora da


imagem no seguimento
USO DE INTERFACE TIPO HELMET-CPAP COMO TRATAMENTO
DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
HIPOXÊMICA POR COVID 19
• ESTUDO DE COOTE; MULTICÊNTRICO
• Maior COORTE já realizada com interface tipo HELMET
com oferta de CPAP em pacientes com Covid-19
• 11.913 internados
• Elegíveis
• 679 ( 48%) - Hosp Público
• 745 ( 52%) – Hosp Particular
• Usado por um periodo de 6h por 5 dias com pressão média
de 8-10cmH2O
• PaO2/FiO2 antes: 136 => após 178 em 66% ( não
necessitando de IOT)
USO DE INTERFACE TIPO HELMET-CPAP COMO TRATAMENTO
DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
HIPOXÊMICA POR COVID 19
• Maior taxa de IOT quanto menor a PaO2/FiO2
• <100: 55% / 100 – 220: 30% / >220: 24%
• Menor quando o ELMO foi utilizado fora da UTI
• Emergência 38% vs Enfermaria 23% vs UTI 43%
• A taxa de mortalidade hospitalar foi de 25%( n 330) dos
quais 95% ocorreram nos pacientes em IOT

MOMENTO TIETE
VACINAS
Vacinas Quando Esquemas e Recomendações
indicar
INFLUENZA (GRIPE) ROTINA DOSE ÚNICA ANUAL
4V é a mais indicada na impossibilidade de
usar 3V
PNEUMOCÓCICAS ROTINA Iniciar com uma dose de VPC13 seguida de
(VPC13) + ( PP23) uma dose de VPP23 6-12 meses depois, e
uma segunda dose de VPP23 5 anos após a
primeira
HERPES ZOSTER ROTINA Duas doses (0,5ml IM) com intervalo de 2
meses ( 0-2 meses)
TRÍPLICE BACTERIANA ROTINA Com esquema de vacinação completo =>
(Difteria, Tétano e Coqueluche) reforço com dTpa a cada 10 anos
– dTpa ou dTpa-VIP
Com esquema de vacinação incompleto=>
DUPLA ADULTO uma dose de dTpa a qualquer momento e
(Difteria e tétano) completar a vacinação básica com uma ou
duas doses de Dt

Não vacinados => uma dose de dTpa e duas


doses de Dt no esquema 0-2-4 a 8 meses
Vacinas Quando indicar Esquemas e Recomendações

HEPATITE A E B HEPATITE A => após HEPATITE A => Duas doses, no esquema 0-6
avaliação sorológica meses
ou em situações de
exposição ou surtos
HEPATITE B => Tres doses, no esquema 0-1-6
Hepatite B => rotina meses

FEBRE AMARELA Para idosos não Não há consenso sobre a duração da


vacinados e proteção conferida pela vacina
residentes em áreas De acordo com o risco epidemiológico, uma
de vacinação, após segunda dose pode ser considerada pelo
avaliação de risco de falha vacinal
risco/benefício
MENINGOCÓCICAS SURTOS E VIAGENS Uma dose
CONJUGADAS PARA AÉREAS DE
ACWY/C RISCO

TRÍPLICE VIRAL Situações de risco Uma dose


(Sarampo, Cachumba e Rubéola) aumentado

COVID 19 ROTINA QUATRO DOSES


CUIDADOS
PALIATIVOS
CUIDADOS PALIATIVOS
• COMUNICAÇÃO
• INTEGRAÇÃO EQUIPE – PACIENTE – CUIDADOR

• Diagnóstico – impacto no paciente e família


• Valores e objetivos – tomada de decisão
• Diretivas antecipadas de vontade
• Cuidados domiciliares
• Luto do paciente – perdas funcionais e luto preparatório
• Lutos dos familiares
• Prevenção do luto complicado

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