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AULA 6
A Igreja e o Estado
RELIGIÃO E ESTADO ANTES DA ERA CRISTÃ
Fonte: Internet
CRISTÃOS E O ESTADO NO NOVO TESTAMENTO
O cristianismo surgiu no contexto de uma relação tensa entre os judeus e o Império
Romano. Jesus ensinou claramente o princípio da separação entre os dois reinos com a
célebre declaração de Mt 22:21: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
No seu nascimento e na sua morte, Jesus experimentou a ira dos poderes constituídos (Mt
2:3,13; 27:2,11,37; Lc 23:2,8-12), porém o seu maior conflito foi com o sistema religioso,
não com o sistema político.
A atitude predominante de Atos é simpática às autoridades romanas. Procura-se eximi-las
da responsabilidade pela morte de Jesus (2:23; 3:13,17); quando as autoridades
perseguem os cristãos, é por instigação dos judeus (13:50; 14:5; 17:5-9);
Os cristãos são pacíficos e cumpridores da lei: eles são perseguidos injustamente (16:19-
22, 35-39; 18:12-16); em várias ocasiões, as autoridades os defendem (19:35-40; 21:31-36;
22:25-29; 23:21-24); Paulo reconhece a autoridade de César para julgá-lo (25:10-12).
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Os cristãos não fizeram qualquer tentativa de
formular uma teoria das relações entre a igreja e o
estado no período pré-constantiniano. Nos
primeiros séculos, embora não tivessem o direito
A IGREJA legal de existir, os crentes em geral seguiram a
admoestação paulina de sujeição às autoridades
PRIMITIVA E superiores (Rm 13:1), exceto quando tal sujeição
entrava em conflito com preceitos bíblicos ou a
pregação do evangelho (At 5:29).
O IMPÉRIO
ROMANO (64- Durante cerca de 250 anos, a relação da igreja
nascente com o império foi em geral tensa e muitas
313 AD) vezes abertamente conflitiva. Nesse período, a
recusa dos cristãos em participar do culto imperial
atraiu muitas vezes a ira e a hostilidade do estado.
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PERÍODO TENSO E DE CONFLITOS
A primeira perseguição do governo romano contra os cristãos foi promovida por Nero
(54-68 AD), em conexão com o incêndio de Roma no ano 64. Sob suspeita de ter
ordenado o incêndio, Nero pôs a culpa nos cristãos, até então pouco conhecidos e mal
compreendidos pela população em geral.
O próximo perseguidor dos cristãos, ainda no primeiro século, foi Domiciano (81-96 AD).
Nosegundo século, surgiu uma política “oficial” do império em relação aos cristãos, pelo
simples fato de serem tais, não cometiam crime contra a sociedade e o estado. Assim, os
recursos do estado não deviam ser gastos em ir ao seu encalço. Porém, uma vez
acusados e levados diante das autoridades, eles precisavam adorar os deuses do império
ou sofrer punições.
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Entre os mártires ilustres desse período estão Inácio, bispo de
Antioquia(110); Policarpo, bispo de Esmirna (155); Justino Mártir
(165); e os cristãos de Lião e Viena (Gália, 177).
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Diocleciano (284-305) e seu vice (César) Galério (292-311)
promoveram a última, maior e mais cruel perseguição contra
a igreja primitiva.
Deus estabelece na criação várias instituições para a ordem social, cada qual com
sua própria esfera de atividade e missão, e responsável por algo diante dele.
A visão reformada da sociedade não se centraliza no indivíduo nem na instituição,
mas na soberania de Deus sobre as esferas da criação, nas quais diferentes
instituições estão debaixo do reinado de Deus.
Essa posição destaca que “todos os homens vivem numa rede
de relacionamentos divinamente ordenada.” Nesse sentido, “as
pessoas não encontram sentido ou propósito quer em sua
própria individualidade, quer como parte de um todo coletivo.”
Na verdade, “elas atendem a seus chamados dentro de uma
pluralidade de associações comunais, como família, escola e
Estado”, portanto “Deus ordenou cada uma dessas esferas de
atividade como parte da ordem original. Juntas, elas
constituem a comunidade da vida.”3
Nessa posição, a família, o indivíduo e a igreja são esferas
independentes do Estado, pois existem sem este, derivando sua
autoridade somente de Deus.
O papel do Estado é mediador intervindo quando as diferentes
esferas entram em conflito entre si ou para defender os fracos
contra o abuso dos demais.
Deste modo, a convicção que está por trás desta posição foi assim
expressa por Abraham Kuyper: “Na extensão total da vida humana
não há nenhum centímetro quadrado acerca do qual Cristo, que é
o único soberano, não declare: Isto é meu!”.4
ALGUMAS PREMISSAS QUE PODEM GUIAR O
ENTENDIMENTO EVANGÉLICO DA RELAÇÃO ENTRE O
CRISTÃO E A POLÍTICA:
• Lembrar que o papel do Estado não é igualar a todos, mas dar oportunidade de ascensão
social a todos, investindo e promovendo educação e serviços médicos de qualidade;
• Apoio a associações e organizações que promovam a justiça em todos os aspectos da vida,
especialmente aos marginalizados e oprimidos (Jr 22.3; Tg 1.27; 2.1-10; 5.1-8). 19