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AS HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA A LEITURA DAS

IMAGENS E À APRECIAÇÃO DAS ARTES VISUAIS


TODOS SÃO CAPAZES DE PERCEBER E
ANALISAR OS OBJETOS?

Em princípios, todos/as nós somos capaz de entender


uma obra de e gostar arte. Mas isso depende de
algumas habilidades:

 a observação,
 a análise e síntese,

 a orientação espacial e o sentido de dimensão,

 O pensamento lógico e criativo.


PRECISAMOS OBSERVAR MELHOR...
1 - Observação:
 Observar é uma habilidade que depende de olhar com interesse
dirigido, examinar minuciosamente, focalizar a atenção,
concentrar pensamento e os sentidos com vontade de ver, de
apreender, de perceber os detalhes significativos. É como usar
uma lente de aumento sobre algum objeto.
 À medida que vamos educando a atenção e a observação, nossa
capacidade de discriminar diferenças vai ficando mais refinada.
 Um fator que freqüentemente dirige a observação é o nosso
interesse especial, o nosso ponto de vista, às vezes determinado
pela profissão e muitas profissões, como o Design, depende da
capacidade de observação, auxiliando ainda na compreensão da
realidade.
PRECISAMOS LEMBRAR MAIS ...
2 - Memorização visual:
 É a capacidade de registrar com certa precisão aquilo que
foi observado, de forma que, passado algum tempo, seja
possível relembrar o que foi visto.
 Acessar a informação obtida através da observação no
momento necessário.
 Importante para comparar, fazer associações, estabelecer
relações, reconhecer diferenças e igualdades.
 É importante para construir e emitir opiniões acerca do que
vemos em relação ao que relembramos.
 É importante ampliar nossos interesses e educar o controle
da atenção sobre os detalhes.
PRECISAMOS LER OS OBJETOS...
3 - Análise e síntese
 Analisar é desenvolver e aprofundar a observação. De uma percepção
mais geral, o analista segue para a decomposição das partes do objeto
observado. Para isso utiliza-se de um método apropriado a cada
objetivo. O método é uma espécie de roteiro a ser seguido na análise dos
elementos que compõem o objeto.

 Cotidianamente utilizamos de maneira intuitiva um método na análise e


síntese. Ex: Na compra de roupa
 1º - Observamos as categorias orientadas pelo gosto pessoal: cor, tecido,
modelo, conforto, etc.(características físicas)
 2º - utilizamos os argumentos para aprofundar as escolhas: gostei da cor,
modelo, etc.
 3ª - Ou seja, a análise leva a conclusão ou a síntese que é a essência da
observação do objeto: gostei e vou comprar.

Em resumo, temos nossos próprios métodos para tomar decisão.


PRECISAMOS LER OS OBJETOS...
Para analisarmos uma imagem utilizamos diversos
instrumentos de análise, dentre eles:
 Os sentidos, tato, audição e a visão... mas não basta ver, é
preciso perceber por meio da
 Sensibilidade e intuição;

 A memória nos ajuda a lembrarmos de tudo o que


sabemos sobre o tema e assunto do objeto de análise,
portanto, também é preciso termos
 Uma base prévia de informação para entendermos as
partes e o todo do objeto.
PRECISAMOS NOS LOCALIZARMOS
MELHOR...
4 – Orientação Espacial e Sentido de Dimensão

 Orientação espacial é a uma habilidade associada à capacidade de observação e


memorização.
 Para utilizar a orientação espacial é preciso observar os espaços, memorizar direções e
posições relativas a outras e fixar pontos de referencias, nos ajuda a individualizar a
posição do objeto no espaço.

 Sentido de dimensão é a capacidade de avaliar a olho nu as dimensões dos espaços, das


construções, dos objetos, e defrontá-los, considerando as suas proporções, nos ajuda a
percebermos os volumes, tamanho dos objetos.
 Dimensões e proporções sempre foram objetos de estudos e pesquisas e muitos tratados
foram escritos para estabelecimento de regras para a criação de objetos: casas, livros,
cadeira, eletrodomésticos, etc. Mas essas regras variam conforme a mudança da cultura
e da própria cultura. Ex: as dimensões e proporções das casas.
 O sentido de dimensão nos ajuda a reconhecer nas obras que realizamos ou analisamos a
harmonia ou o contraste das proporções, sendo que muitos artistas e designers
exploraram justamente a deformação dessas proporções.
PRECISAMOS PENSAR COM A
IMAGINAÇÃO
5 – Pensamento lógico e Pensamento criativo
A utilização de todas essas habilidades para a percepção da realidade
depende muito da lógica:
 (...) vamos do geral para o particular, do particular para o geral e de
novo do geral para o particular e formulamos uma síntese do todo.
Essa síntese tem explicação, fundamento, justificativa, argumentos
que nos conduzem a pensamento numa determinada direção (...).

Mas nossa observação também pode ser associada a imaginação


para percebermos certas imagens...
 Nossopensamento criativo caminha por trajetos diferentes dos
percursos lógicos, mas a imaginação não é autônoma, ela precisa de
informação, de conhecimento para fornecer material de trabalho para
imaginação e a criatividade.
PRECISAMOS PENSAR COM A IMAGINAÇÃO
 Informação e criatividade
Não basta ter criatividade e imaginação se não conhecer as técnicas e a
realidade para a criação que representa ou expressa um sentimento acerca da
realidade.
Usar a criatividade é, muitas vezes, a partir da realidade, trabalhar por
amplificação, multiplicação, substituição, reordenação, mistura intensificação
ou redução. Isso quer dizer: quando eu trabalho com a imaginação estou
também trabalhando sobre as informações que tenho da realidade de alguma
forma, fazendo alterações surpreendentes, engraçadas, assustadoras,
envolventes, sobre essas informações.

Imaginação e trabalho
Geralmente associamos a imaginação ao devaneio puro, a divagação e a
distração, mas os testemunhos dos artistas são de que a imaginação é uma
forma de trabalho. Às vezes vai por caminhos diferentes da lógica, da razão, do
raciocínio, mas nem por isso deixa de ser trabalho: um trabalho com liberdade
de pensamento.

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