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FARMACOLOGIA

APLICADA AO SISTEMA
IMUNE
Principais fármacos imunossupressores
• Os fármacos imunossupressores são utilizados em
pacientes com doenças autoimunes e também naqueles
que receberam transplantes.

• Nas últimas décadas, a área da imunossupressão a usar


inibidores específicos da imunidade.
• Melhoraram a eficácia e reduziram a toxicidade.

• Esses tratamentos devem ser usados de forma contínua


por toda a vida e a supressão é inespecífica, ou seja,
afeta todo o sistema imune, expondo os pacientes a
riscos significativamente maiores de infecção e câncer.
• A supressão farmacológica do sistema imune utiliza oito
abordagens terapêuticas com mecanismos de ação diferenciados:
1. Inibição da expressão gênica para modular respostas
inflamatórias;
2. Uso de agentes citotóxicos para depletar populações de linfócitos
em expansão;
3. Inibição da sinalização de linfócitos para interromper a ativação e
expansão dessas células;
4. Neutralização de citocinas e receptores de citocinas que são
cruciais na modulação da resposta imune;
5. Uso de anticorpos específicos contra células, induzindo a
depleção de células imunes específicas;
6. Bloqueio da coestimulação para induzir anergia;
7. Impedir a adesão celular bloqueando a migração e o guiamento
(homing) das células inflamatórias;
8. Inibição da imunidade inata
Principais fármacos
• Glicocorticoides
• Muromonabe-CD3
• Ciclosporina Calcineurina
• Tacrolimo Calcineurina
• Azatioprina DNA
• Micofenolato mofetila
• Monofosfato de inosina desidrogenase
• Declizumabe, basiliximabe
• Sirolimo
- Fármacos tolerógenos
• As pesquisas realizadas em relação à área de transplante
de órgãos e patologias autoimunes têm como foco a
manutenção da tolerância imunológica ou a indução de
não reatividade aos antígenos específicos.

• Caso a tolerância fosse alcançada, isso representaria um


avanço em relação aos efeitos adversos que ocorrem
com o uso de imunossupressores.
Coestimulação. A. Dois sinais são necessários à ativação das células T. O sinal 1 é transmitido via receptor das
células T (RCT), enquanto o sinal 2 depende de um par coestimulatório formado pelo ligante e seu receptor. Na
ausência do sinal 2, o sinal 1 resulta em células T inativadas. B. Uma via coestimulatória importante envolve o
CD28 presente na célula T e o B7-1 (CD80) e B7-2 (CD86) encontrados nas células apresentadoras de
antígeno (CAA). Depois da ativação da célula T, ela expressa outras moléculas coestimulatórias. O CD152 é o
ligante do CD40, que interage com o CD40 para formar um par coestimulador. O CD154 (CTLA4) interage com
o CD80 e o CD86 para arrefecer ou infrarregular a resposta imune. Os anticorpos contra CD80, CD86 e CD152
estão sendo avaliados como agentes terapêuticos potenciais. A CTLA4-Ig, uma proteína quimérica formada por
parte da molécula de uma imunoglobulina e parte do CD154, também foi avaliada como agente terapêutico.
Principais fármacos imunoestimulantes
• Os fármacos imunoestimulantes têm um mecanismo de
ação oposto aos agentes imunossupressores: os
primeiros são utilizados em processos infecciosos,
imunodeficiências e no tratamento do câncer, enquanto
que os imunossupressores inibem a resposta imune na
rejeição aos transplantes e na autoimunidade.

• Entre os principais agentes imunoestimuladores,


podemos citar a talidomida, a lenalidomida, o bacilo de
Calmette-Guérin (BCG), o levamisol, além disso, as
citocinas recombinantes (os interferons e as interleucinas)
e, finalmente, as vacinas.
• O uso de citocinas recombinantes, entre elas, os
interferons (a, b e y). O mecanismo de ação é pela ligação
a receptores específicos na superfície da célula, induzindo
vários eventos intracelulares, indução enzimática, inibição
da proliferação celular incrementando as atividades do
sistema imune, incluindo a fagocitose por macrófagos e a
citotoxicidade mediada por linfócitos T.

• O IFN-b-1e o IFN-b-1b são glicoproteínas que possuem


propriedades antivirais e imunomoduladoras.

• Aprovados para esclerose múltiplas.


• O IFN-a-2b é indicado para o tratamento de vários
tumores (tricoleucemia, melanoma maligno, linfoma
folicular e sarcoma de Kaposi associado a Aids) e para
doenças infecciosas, hepatite B crônica e condiloma
acuminado.

• Entre as reações adversas, podemos citar as que


envolvem o sistema cardiovascular (hipotensão, arritmias
e raramente miocardiopatia e infarto do miocárdio) e o
desenvolvimento de hipertensão pulmonar
Farmacoterapia das alergias sistêmicas e cutâneas
• As doenças mediadas por IgE caracterizam-se por uma
fase de sensibilização e uma fase de provocação. Na
primeira fase haverá a sensibilização dos linfócitos após
um período de exposição ao alérgeno, levando à
produção de IgE. Nessa fase, que pode durar de dias a
anos, o paciente não apresentará os sintomas alérgicos,
entretanto estará sensibilizado.

• A fase de provocação irá ocorrer após uma nova


exposição a substância alergênica é representada pela
reação de hipersensibilidadedo tipo I.
• Tem por características ser uma fase imediata, tendo uma
resposta rápida (ocorre minutos após a exposição
alergênica), devido à ligação do antígeno às moléculas de
IgE ancoradas nos mastócitos e basófilos.

• O contato do antígeno induz a transdução de sinais que


ativam essas células, iniciando o processo de desgranulação
com liberação de mediadores químicos responsáveis pela
sintomatologia.

• Dentre elas, a histamina presente nos grânulos, citocinas e


metabólitos de mediadores lipídicos, como leucotrienos e
prostaglandinas que são rapidamente produzidos.

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