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1. Principais Conceitos
• Ética
• Bioética
• Ética em Pesquisa
• Termo de Assentimento
• Termo de Consentimento
• Psicologia da Saúde
• Psicologia Clínica
• Pesquisa Clínica
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2. Histórico das Resoluções sobre Pesquisa com Seres Humanos
• 1833 Código de Experimentação em Homens (EUA)
• 1947 Código de Nuremberg (Tribunal de Exceção)
• 1988 Pesquisa em Saúde - Resolução CNS 01/88 (Brasil)
• 1996 Pesquisa em Seres Humanos - Resolução CNS 196/96
(Brasil)
• 2012 Diretrizes e Normas Regulamentadoras de pesquisas
envolvendo seres humanos - Resolução CNS 466/2012 (Brasil)
• 2016 Normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e
Sociais - Resolução CNS 510/2016 (Brasil)
Código de Nuremberg
(1947)
• Resultado do Tribunal de
Exceção que julgou os crimes de
guerra dos nazistas preso pós-
segunda guerra.
• Marco para constituição da
Declaração Universal dos
Direitos Humanos (ONU, 1948)
• Um tipo singular de crime em
evidência: a de experiências de
pesquisa, frequentemente
fatais, realizadas em prisioneiros
de guerra.
Princípios do Código de Nuremberg
1. O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente
essencial. [...]
7. Devem ser tomados cuidados especiais para proteger o
participante do experimento de qualquer possibilidade de dano,
invalidez ou morte, mesmo que remota.
9. O participante do experimento deve ter a liberdade de se
retirar no decorrer do experimento, se ele chegou a um estado
físico ou mental no qual a continuação da pesquisa lhe parecer
impossível.
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2. Histórico das Resoluções sobre Pesquisa
com Seres Humanos
• A discussão e a implementação de
normas éticas na condução de
pesquisas com seres humanos
fazem-se importante na sociedade:
• Formalização de diretrizes aos
pesquisadores sobre como devem
proceder;
• Respeito aos princípios da
Autonomia, Não-Maleficência,
Beneficência e Justiça.
3. Resoluções do Conselho Nacional de Saúde (CNS)
• No Brasil, o primeiro mecanismo regimental com o objetivo de
normatizar as pesquisas com humanos foi a Resolução 001/1988
do Conselho Nacional de Saúde (CNS);
• Entre as normas do CNS, destaca-se:
• Resolução 196/1996:
• Resolução 466/2012:
• Resolução 510/2016:
Resolução 196/1996
• A partir dela foram criados a Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (CONEP) e os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs);
Você Sabia?
• Nesta Resolução aparece uma ênfase no respeito ao
participante da pesquisa em sua dignidade e autonomia.
• Em casos de danos resultante da sua participação, o caberá o
pagamento de indenização por parte do pesquisador, do
patrocinado, das instituições envolvidas e do CEP.
Resolução 466/2012
• Contempla as pesquisas genéticas;
• Inaugura a Plataforma Brasil, base de dados nacional que
concentra informações e registros de pesquisas com humanos;
• Contempla majoritariamente as necessidades de pesquisa das
áreas biomédicas (modelo biocentrista de pesquisa);
• Orienta que o pesquisador deva sempre optar pela pesquisa
com indivíduos plenamente autônomos, ou seja, não
vulneráveis.
Resolução 510/2016
• Equidade em número de membros tanto nas áreas biomédicas
quanto nas de ciências sociais e humanas em todos os CEP;
• Especificação de formas de pesquisa com população
considerada vulnerável (criança, adolescente e indivíduos
impedidos de forma temporário ou não de consentir com a
pesquisa).
Avanços das Resoluções do CNS
• No que a Resolução 510/2016 avança quanto à prática de pesquisas com
indivíduos em situação de autonomia reduzida? (COSTA; LANDIM;
BORSA, 2017).
• Exemplo de Problemas:
• Pesquisa experimental sobre “bullying escolar” na qual foram
delineados dois grupos: um grupo experimental que se submete a
um novo método de intervenção terapêutica e outro grupo controle,
o qual está em sofrimento e não deverá receber o atendimento.
• Investigação sobre permanência de pensamentos suicida em
indivíduos que atentaram contra a própria vida e que não se
encontram em tratamento.
4. Particularidades das
Pesquisas em Psicologia
• A heterogeneidade epistemológica e
empírica caracteriza o campo da
pesquisa em Psicologia;
• Não se limita às pesquisas do contexto
acadêmico, pois na própria essência
da prática profissional, todo o
psicólogo é, por si só, um investigador
(COSTA; LANDIM; BORSA, 2017).
5. Indissociabilidade de Papéis na Psicologia da Saúde (Intervenção x
Pesquisa)
• A Psicologia da Saúde possui uma lógica psicossocial;
• Promoção da saúde, prevenção de doenças e tratamento.
• As intervenções realizadas em Psicologia da Saúde (RAILDA,
2011) visam:
• diminuição da incidência das enfermidades (primária);
• diminuição da prevalência (secundária);
• diminuição de sequelas e complicações das enfermidades são
(terciária).
5. Indissociabilidade de Papéis na Psicologia da Saúde
(Intervenção x Pesquisa)
• Intervenções da Psicologia da Saúde:
• Estudos epidemiológicos para a população;
• Possibilidade de conciliação entre pesquisa e intervenção.
• Cuidado com os aspectos éticos de pesquisa em estudos
multidisciplinares (Resolução CNS 510/2016).
• Observância da garantia de confidencialidade dos estudos.
6. Incompatibilidade de Papéis na Psicologia Clínica (Intervenção x
Pesquisa)
• A pesquisa clínica é uma técnica que situa-se entre a prática de
intervenção (terapêutica) e a pesquisa (D’ALLONNES, 2004);
• A psicologia clínica utiliza métodos da ciência psicológica para
composição do diagnóstico e intervenção (D’ALLONNES, 2004);
• A pesquisa clínica busca a observação, a descrição e a
explicação dos fenômenos da clínica, além da elaboração e
validação das técnicas utilizadas pelo clínico.
• Aponta-se uma incompatibilidade de papéis, em prejuízo da
ética, se o psicólogo tentar desenvolver os dois papéis
simultaneamente.
6. Incompatibilidade de Papéis na Psicologia Clínica
(Intervenção x Pesquisa)
• Pontos sensíveis da Pesquisa Clínica
• Questão do sigilo estabelecido pelo Código de Ética do
Psicólogo (CFP, 2005) e pela Resolução 510/2016 do CNS;
• Redução do foco no atendimento, em favor da pesquisa e
detrimento da terapia;
• Ênfase do sujeito de pesquisa nos resultados da terapia;
6. Incompatibilidade de
Papéis na Psicologia Clínica
(Intervenção x Pesquisa)
• Intercorrências negativas para a
terapia, quando o paciente se
torna um estudo de caso:
• Fantasia de ser um “caso
singular” ou não conseguir se
aprofundar na terapia, com
receio de ser exposto fora da
clínica.
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7. A Pesquisa Clínica em Psicanálise
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Obrigado
DANNILO HALABE
dannilo.halabe@laboro.edu.com
(98) 98877-6055
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