Você está na página 1de 60

Bloqueios de Ramo

Jean Max Figueiredo


Distúrbios de condução
intraventricular

 São alterações da propagação do impulso


elétrico intraventricular levando a alterações
de forma e/ou duração do complexo QRS.
Causas
• Doença degenerativa idiopática (Lev-Lenègre)
• Doença de Chagas
• Infarto / Isquemia septal
• HAS
• Doenças infiltrativas
• Endocardite infecciosa
 NAV: nodo atrioventricular

 F. HiS: feixe de His

RE: ramo esquerdo

DAS: divisão anterossuperior do ramo


esquerdo

DPI: divisão póstero-inferior do ramo


esquerdo

RD: ramo direito


Nomenclatura
• BRD: bloqueio de ramo direito
– Completo: terceiro grau
– Incompleto: atraso final de condução no
ramo direito = BRD de primeiro e segundo
grau

• BRE: bloqueio de ramo esquerdo


– Completo: terceiro grau
– Incompleto: distúrbio de condução no ramo
esquerdo = BRE de primeiro e segundo grau
Nomenclatura

• Bloqueios divisionais (hemibloqueios)


– BDAS: bloqueio da divisão anterossuperior
esquerda (ou HBAS: hemibloqueio
anterossuperior)

– BDPI: bloqueio da divisão póstero-inferior (ou


HBPI: hemibloqueio póstero-inferior)
Diagnósticos possíveis
 Bloqueio de Ramo Direito (BRD)
 É o termo que deve ser utilizado segundo a Sociedade
Brasileira de Cardiologia.
 É sinônimo de BRD de 3° grau = BRD completo

 Atraso final de condução no ramo direito


 É o termo que deve ser utilizado segundo a Sociedade
Brasileira de Cardiologia.
 É sinônimo de BRD incompleto

Alguns autores subdividem o BRD incompleto em BRD de 1°


grau e BRD de 2° grau. Isso na prática não é necessário
Diagnósticos possíveis
 Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE)
 É o termo que deve ser utilizado segundo a Sociedade
Brasileira de Cardiologia.
 É sinônimo de BRE de 3° grau = BRE completo

 Distúrbio de condução no ramo esquerdo


 É o termo que deve ser utilizado segundo a Sociedade
Brasileira de Cardiologia.
 É sinônimo de BRE incompleto

Alguns autores subdividem o BRE incompleto em BRE de 1°


grau e BRE de 2° grau. Isso na prática não é necessário
Diagnósticos possíveis
 Bloqueio da Divisão Anterossuperior Esquerda
(BDAS)
 É sinônimo de hemibloqueio anterossuperior esquerdo

 Bloqueio da Divisão Póstero-inferior esquerda


(BDPI)
 É sinônimo de hemibloqueio póstero-inferior esquerdo
Bloqueio de Ramo Direito
Bloqueio de Ramo Direito
Bloqueio de Ramo Direito
• QRS > 0,12s em todas as
derivações
• Morfologia RSR’ em V1 ou
V2
• Atrapalha o diagnóstico de
SVD.
Atraso final de condução no ramo direito
(bloqueio incompleto de ramo direito)

• BRD primeiro grau


– QRS < 0,12s
– Entalhe no ramo ascendente da onda S de V1 
• BRD segundo grau
– QRS < 0,12s
– rSR’ em V1
Atraso final
de condução
no ramo
direito

Entalhe no
ramo Outras denominações
ascendente - BRD incompleto
da onda S de - BRD 1° grau
V1
Atraso final
de condução
no ramo
direito

QRS: 0,11s

-BRD
incompleto

-BRD de
segundo
grau
Bloqueio de Ramo Esquerdo
• QRS > 0,12s em todas as derivações
• QRS negativo em V1
• Onda r pequena ou ausente em V1
• Onda q ausente em V6.
• Alterações do segmento ST em direção oposta
à maior polaridade do QRS. 
BRE

Atrapalha o diagnóstico de
IAM e de sobrecarga de VE
BRE
QRS > 0,12s
Ausência de onda r em V1
Alteração do segmento ST

QRS > 0,12s


Ausência de onda q em V6
Alteração do segmento ST
QRS 0,14s
Pequena onda r (embrionária) em V1
Alteração do segmento ST
Distúrbio de condução no ramo esquerdo
(bloqueio incompleto de ramo esquerdo)

• QRS > 0,10 e < 0,12s


• Ausência de Q em V6
• Ausência de R em V1
• Não atrapalha o diagnóstico de SVE
• QRS: 0,11s
• Ausência de Q em V6
• Ausência de R em V1
Bloqueio da divisão anterossuperior
esquerda (BDAS)
 A ativação do VE vem toda do fascículo
póstero-inferior
• QRS < 0,12s.
• Desvio do eixo do QRS no plano frontal para
a esquerda: D1 positivo e aVF negativo.
• Onda S em D3 > D2 (com voltagem > 10mm).
• Não atrapalha o diagnóstico de SVE
Bloqueio da divisão anterossuperior
esquerda (BDAS)
 A ativação do VE vem toda do fascículo
póstero-inferior
• QRS < 0,12s.
• Desvio do eixo do QRS no plano frontal para
a esquerda: D1 positivo e aVF negativo.
• Onda S em D3 > D2 (com voltagem > 10mm).
• Não atrapalha o diagnóstico de SVE
1°: D1 positivo e aVF negativo.
2°: Onda S em D3 > D2
Diagnóstico: BDAS

1°: D1 positivo e aVF negativo.


2°: Onda S em D3 > D2
Bloqueio do fascículo póstero-
inferior esquerdo (BDPI)
• QRS < 0,12s.
• Desvio do eixo para a direita além de +90°: D1 negativo,
aVF positivo.
• qR em D2, D3 e aVF.
• Onda R em D3 > D2.
• rS em I e aVL.
• Importante ressaltar que não deve haver nenhuma outra
etiologia, incluindo variantes normais, troca de derivação,
ou sobrecarga ventricular direita. 
Bloqueio do fascículo póstero-
inferior esquerdo (BDPI)
• QRS < 0,12s.
• Desvio do eixo para a direita além de +90°: D1 negativo,
aVF positivo.
• qR em D2, D3 e aVF.
• Onda R em D3 > D2.
• rS em I e aVL.
• Importante ressaltar que não deve haver nenhuma outra
etiologia, incluindo variantes normais, troca de derivação,
ou sobrecarga ventricular direita. 
Exercícios
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
Exercício 5
Exercício 6
Exercício 7
Exercício 8
Exercício 9
Exercício 10
Exercício 11
Exercício 12
Exercício 13
Exercício 14

Você também pode gostar