Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Contratos
01 Antiguidade
02 Direito Romano
Iluminismo -
03 (autonomia da vontade -
pacta sunt servanda
Séc. XXI -
04 abuso do poder econômico.
constitucionalização do Direito Civil
“Nos dias que correm, em que a massificação das relações contratuais
subverteu radicalmente a balança econômica do contrato, a avença não é
mais pactuada sempre entre iguais, mas converteu-se, na grande maioria dos
casos, em um negócio jurídico standardizado, documentado em um simples
formulário, em que a uma parte (mais fraca) incumbe aderir ou não à
vontade da outra (mais forte), sem possibilidade de discussão do seu
conteúdo.
Bem-vindo à modernidade! (...)
“Contratos de cartões de crédito, de fornecimento de água e luz, de telefonia fixa ou
celular, de empréstimo, de seguro, de transporte aéreo, terrestre ou marítimo, de
financiamento habitacional, de alienação fiduci ária, de cons órcio, de leasing, de
franquia, de locação em shopping center, de concessão de servi ços p úblicos, de servi ços
via internet, de TV a cabo, enfim, as mais importantes figuras contratuais s ão
pactuadas, hoje, sob a forma de contrato de adesão (Saleilles, 1901), técnica
contratual forjada no início do século XX, e cuja especial caracter ística consistiria
exatamente no fato de apenas uma das partes ditar o seu conte údo, redigindo as suas
cláusulas, impondo-se a outra, portanto, aceitar ou não a proposta que lhe fora
apresentada. Coincidência ou não, essa “faculdade de aderência”, reservat ório último
da liberdade negocial e que resguarda, em última trincheira, a caracter ística da
“bilateralidade negocial”, coloca o aderente em situa ção pouco confort ável, visto que,
regra geral, a parte adversa, criadora da moldura contratual, det ém, quase sempre,
avassalador poder econômico ou o monopólio de um servi ço
considerado essencial.”
(Novo Curso de Direito Civil, Volume 4: Contratos / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. São Paulo: Saraiva Educação)
“Que há de contratual neste ato jurídico? É na
realidade a expressão de uma autoridade
privada....aquele ato de vontade, o aderente é
levado a isso pela imperiosa necessidade de
contratar. É uma graça de mau gosto dizer-lhe
isso: tu quiseste. A não ser que não viaje, que
não faça um seguro,
que não gaste água, gás ou eletricidade, que não
use de transporte comum, que não trabalhe ao
serviço de outrem, é-lhe impossível deixar de
contratar”
(Georges Ripert - jurista francês)
Contrato de adesão