DELITOS

ECONÓMICOS
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PROGRAMA

• Introdução
• Responsabilidades
• Tipos de Crimes
• Tipos de Contra-Ordenações
• Reclamações
• Garantias
• Documentos de Transporte
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INTRODUÇÃO

• Conceito de Delito Económico

Trata-se de uma Infracção lesiva dos valores fundamentais do

ordenamento sócio - económico.

• Tipos de Delitos Económicos

Crimes  Pena de Prisão e Multa

Contra – Ordenações  Coima

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• Outras Sanções Aplicáveis aos Delitos Económicos

Sanções Acessórias:
 Perda de bens
 Caução de boa conduta

 Interdição temporária do exercício de certas actividades ou

profissões
 Encerramento temporário do estabelecimento
 Encerramento definitivo do estabelecimento
 Publicidade da decisão condenatória (à porta do
estabelecimento e/ou num jornal)
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RESPONSABILIDADES

• A responsabilidade é sempre do agente infractor, ou seja,

do trabalhador que cometeu a infracção

• Só existe responsabilidade da empresa quando forem

dadas ordens ou instruções no sentido da infracção.
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TIPOS DE CRIMES CONTRA A ECONOMIA

• Géneros alimentícios falsificados – Considerados anormais
devido à adição de substâncias estranhas à sua composição, à
subtracção ou substituição de qualquer dos ingredientes (ex.
leite em pó fabricado na China).
• Géneros alimentícios corruptos – Considerados anormais
por terem entrado em decomposição ou putrefacção ou por
conterem germes ou produtos nocivos ou repugnantes (ex.
carne estragada, verde; presença de penso rápido na
• refeição).
Géneros alimentícios avariados – Considerados anormais
por se terem deteriorado ou por terem sofrido modificações
de natureza, composição ou qualidade (ex. congelados com
queimaduras de frio).
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• Fraude sobre mercadorias:

 Venda de mercadorias contrafeitas, falsificadas ou
depreciadas, fazendo-as passar por autênticas (ex.
falsificações de marcas).
 Venda de mercadorias de natureza diferente ou de qualidade
inferior às que se alega possuirem (ex. detergente tira-nódoas
que de facto não tira nódoas).
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• Especulação :

 Venda de bens por preços superiores aos permitidos pelos

regimes legais a que estejam submetidos (casos de preços
tabelados).

 Venda de bens por preço superior ao que conste de etiquetas,

rótulos, letreiros ou listas (incorrecta afixação de preços).

 Venda de bens que, por unidade, devem ter certo peso ou

medida, quando os mesmos sejam inferiores a esse peso ou
medida, ou contidos em embalagens ou recipientes cujas
quantidades forem inferiores às nestes mencionadas.
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• Cheque sem provisão:

 Constitui crime apenas quando se reporta a valores

superiores a €150,00;

 Deve ser sempre acompanhado da identificação do seu

portador através de documento de identificação com foto (na
sua ausência, não deve ser aceite como meio de pagamento);

 Todos os caracteres devem ser perfeitamente legíveis;

 Especial atenção a cheques de valor elevado e a cheques

cujo portador não seja o seu titular (alertar o fiscal de caixa).
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TIPOS DE CONTRA-ORDENAÇÕES

• Contra a genuidade, qualidade ou composição de

géneros alimentícios e aditivos alimentares

Produzir, armazenar ou vender géneros alimentícios e aditivos

alimentares com falta de requisitos e destinados ao consumo
público (ex. frutas e legumes que se apresentam com falta de
requisitos quanto à frescura e quanto à higiene).

• Falta de asseio e higiene

Diversas Directivas Europeias estabelecem regras a cumprir
em matéria de asseio e higiene das instalações, equipamentos,
utensílios e pessoal.
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• Vendas com prejuízo

Vender bens a um preço inferior ao seu preço de compra
efectivo
Excepções:

 Alinhamento de preços (entre estabelecimentos

concorrentes)
 Bens perecíveis no caso de validades a terminar;
 Bens cujo valor comercial esteja afectado (monos, fora de
linha);
 Bens vendidos em saldo ou em liquidação.
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• Violação de Regras nas Vendas com Redução de Preço:

Saldos
Promoções
Liquidações
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Regras a Cumprir nas Vendas com Redução de Preços:

 No anúncio de venda com redução de preço deve sempre

constar a data do seu início e o período de duração.

 Os letreiros, etiquetas ou listas devem exibir, de forma bem

visível, o novo preço e o preço anteriormente praticado, ou,
em substituição deste último, a percentagem de redução.

 Quando esgotadas as existências de um produto determinado

com indicação da sua espécie e marca, o comerciante é
obrigado a anunciar o esgotamento das mesmas e a dar por
terminada a respectiva operação de venda com redução de
preço.
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 A venda de produtos com defeito deve ser anunciada de

forma inequívoca por meio de letreiros ou rótulos.

 A venda em saldos só pode realizar-se nos períodos

compreendidos entre 28 de Dezembro e 28 de Fevereiro e
entre 15 de Julho e 15 de Setembro.
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• Violação de Regras na Marcação de Preços

Regras a cumprir:

 Todos os bens expostos para venda devem exibir o

respectivo preço de venda ao consumidor e o preço por
unidade de medida.
 Nos produtos vendidos a granel, é apenas indicado o preço
por unidade de medida.

 A indicação dos preços deve ser feita em dígitos de modo

visível, inequívoco, fácil e perfeitamente legível, na
proximidade do bem, e através de letreiros, etiquetas ou
listas.
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• Violação de Regras na Rotulagem

Regras a cumprir:

 Todas as informações sobre a natureza, características e

garantias dos bens devem ser prestadas em língua
portuguesa, de forma clara, precisa e legível
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 A data de durabilidade mínima deve ser indicada por uma

das seguintes menções:
 Consumir de preferência antes de...», quando a data
indique o dia.
 Consumir de preferência antes do fim de...», nos
restantes casos.

 Nos géneros alimentícios microbiologicamente muito

perecíveis e que, por essa razão, sejam susceptíveis de, após
um curto período, apresentar um perigo imediato para a
saúde humana, a data de durabilidade mínima deve ser
substituída pela data limite de consumo.
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 A data limite de consumo deve ser precedida da expressão

«Consumir até...», com a indicação do dia e do mês, e
eventualmente do ano.
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RECLAMAÇÕES

• Possuir o livro de reclamações nos estabelecimentos a

que respeita a actividade;

• Facultar imediata e gratuitamente ao cliente o livro de

reclamações sempre que tal lhe seja solicitado;

• Afixar no seu estabelecimento, em local bem visível e

com caracteres facilmente legíveis pelo utente, um letreiro
com a seguinte informação: «Este estabelecimento dispõe
de livro de reclamações»;
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GARANTIAS

• Garantias legais (obrigatórias por lei):

 Garantia de 2 anos, tendo o cliente de denunciar o defeito

num prazo de 2 meses a contar da data em que tenha sido
detectado

Em caso de o cliente ser uma empresa, e do produto

adquirido destinar-se à actividade desta empresa, a garantia é
apenas de 1 ano.
 Em caso de falta de conformidade do bem, o consumidor
tem direito a que esta seja reposta sem encargos, por meio
de reparação ou de substituição, à redução adequada
do preço ou à resolução do contrato

Para reparação do bem a lei determina um prazo máximo

de 30 dias, findo o qual, o cliente opta por um dos outros
direitos que lhe assiste.
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• Garantias voluntárias (oferecidas pela Marques

Distribuição apenas no caso de não existir defeito):

 Apenas são aceites trocas e devoluções, no prazo máximo de

15 dias, desde que o artigo se mostre exactamente nas
mesmas condições do acto de compra e acompanhado de:

 Talão de compra ou factura;

 Certificado de garantia;

 Manual de instruções, consumíveis e/ou acessórios;

 Embalagem totalmente selada em alguns casos,

preservada noutros.
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 Não se aceitam trocas e devoluções dos seguintes artigos:

Grandes domésticos, ar condicionado e fogões;

Consumíveis informáticos;

Computadores portáteis;

Telemóveis e respectivas baterias;

Artigos de higiene pessoal.

 DOCUMENTOS DE TRANSPORTE

• São documentos de transporte as facturas, as guias de remessa e as guias

de devolução, sendo que a mercadoria deve ser acompanhada sempre por
dois exemplares.
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CONCLUSÕES
• O incumprimento das regras definidas para a actividade
poderá constituir um crime ou uma contra-ordenação
sancionados com multas ou coimas (que poderão chegar aos
45.000€ para as empresas e aos 3.700€ para os trabalhadores)
e, em casos extremos, com pena de prisão (pode atingir os 3
• anos).
A Fiscalização destas situações é feita pela Inspecção
Regional das Actividades Económicas (IRAE).
• Deve ser prestada colaboração aos Inspectores, mas deve,
também, haver extrema cautela na entrega de documentos ou
na prestação de declarações; em caso de dúvida, devem optar
por não o fazer e contactar com o Responsável de Loja ou
com o Gabinete Jurídico.
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“Sem ofensas, mas não posso comprar alimentos com o

prazo de validade maior que a minha expectativa de vida.”