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NEUROANATOMIA

Memória, Alzheimer e Esquizofrenia

Prof. Luiz Eduardo Canton Santos


MEMÓRIA IMPLÍCITA E MEMÓRIA EXPLÍCITA

• Estudos em Aplysia.
• Aprendizagem e alteração de um
comportamento.

• Memória implícita: inconsciente


(habilidades motoras e perceptuais)

• Memória explícita: para pessoas,


lugares e objetos, que requer uma
lembrança consciente.

Aplysia
Mecanismos moleculares simples ainda preservados
MEMÓRIAS DE CURTO E LONGO PRAZO

São processos independentes mas sobrepostos, misturando-se um ao outro.


• Memórias de curto prazo • Memórias de longo prazo

Envolve mudanças na força das conexões


Envolvem aumento na liberação de neurotransmissores
Neurotransmissor: Serotonina, Glutamato, Acetilcolina ...
AMPc e PKA envolvidas

No entanto, crises epilépticas afetam a memória de longo prazo, sem afetar as de curto prazo.
Bloqueadores seletivos de síntese proteica ou de RNAm bloqueiam a formação de memórias de longo prazo.

Consolidação envolve expressão gênica, síntese de proteínas e crescimento sináptico!


MEMÓRIAS DE CURTO E LONGO PRAZO

• O caso H.M. – Brenda Milner


MEMÓRIA EXPLICITA

Envolve o hipocampo Já perdeu o carro no estacionamento?


Vias de consolidação da memória

Via perfurante – Entorrinal para giro denteado


Via das fibras mossy – Giro denteado para CA3
Via dos colaterais de Schaffer – CA3 para CA1

Timothy Bliss e Terje Lomø

Breve estimulações de alta frequência aumenta


a amplitude dos potenciais pós sinápticos
excitatórios nos neuronios hipocampais-alvo.

LTP – potenciação duradoura


BASES DA INDIVIDUALIDADE

“À medida que crescemos, cada um de nós é exposto a diferentes combinações de estímulos e desenvolvemos nossas
habilidades motoras de maneiras diferentes. Assim, todos os encéfalos, mesmo os encéfalos de gêmeos idênticos que têm
os mesmo genes – são modificados de maneira única pela experiência. Essa alteração distinta na arquitetura encefálica,
junto com um arcabouço genético exclusivo, constituem a base da individualidade.”

A prática isolada pode reforçar padrões existentes de conexões.


TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS OU DEMÊNCIAS

O DSM-5 substituiu a terminologia “demência” por “transtornos neurocognitivos” (TNC), termo


científico preferido. Transtorno cognitivo é um termo geral que designa um declínio na função mental
suficientemente grave para interferir na capacidade de uma pessoa de realizar as atividades diárias
habituais, e que não é parte normal do processo de envelhecimento.
• TNC decorretes do delirium –
comprometimento dos sistemas de
neurotransmissão por acetilcolina,
serotonina, GABA e dopamina.

• O delirium é um estado de confusão


flutuante agudo, que se desenvolve durante
um curto período de tempo.

• 1 a 2% em idosos com 65 anos ou mais, e de


10% entre aqueles com 85 anos ou mais.
A NEURODEGENERAÇÃO NO ALZHEIMER

Lobos parietal e
temporal são os
principais afetados!
Perda de até 75%
dos neurônios Placas de β-amilóide
produtores de
acetilcolina.
COMPROMETIMENTOS EM ESTÁGIOS
Um paciente com Síndrome de Down, de 40 anos, começou a apresentar
sintomas de Alzheimer, como esquecimento de coisas simples,
dificuldade em lembrar nomes ou palavras comuns, dificuldade em
seguir instruções simples e mudanças de humor. Esses sintomas foram
inicialmente confundidos com a deficiência intelectual da síndrome de
Down, o que atrasou o diagnóstico de Alzheimer.
Como explicar que sintomas de Alzheimer são mais comuns em
pacientes com Síndrome de Down?
Mais proteina amiloide
ESQUIZOFRENIA

Caracteriza-se por episódios psicóticos


• 5% das pessoas com esquizofrenia
se suicidam;

• Grande parte da população de


rua;

• Tem dificuldade sociais, pessoas e


de relacionamento.
ESQUIZOFRENIA

• múltiplas áreas, nos lobos pré-frontais do córtex cerebral, onde os sinais neurais
fiquem bloqueados ou onde o processamento desses sinais fique disfuncional
porque muitas sinapses, normalmente excitadas pelo neurotransmissor glutamato,
perderam sua reatividade para esse transmissor;
• a excitação excessiva de grupo de neurônios que secretam dopamina, nos centros
comportamentais do cérebro, inclusive nos lobos frontais; e/ou
• função anormal de parte indispensável do sistema límbico de controle
comportamental centrado no hipocampo.
ESQUIZOFRENIA
ESQUIZOFRENIA
ESQUIZOFRENIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2017.

2 - SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

3 - ALBERTS, Bruce et al. Biologia molecular da célula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

4 - AIRES, Margarida M et al. Fisiologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

5 – Fisiologia aplicada a odontologia - USP -


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3960816/mod_resource/content/3/Aula%20Sistema%20Nervoso%20Aut%C3%B4
nomo%20-%20Profa%20Clarissa.pdf
acesso em 13/04/2020.

6 - Purves, Dale. Neurociências - 4ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.

7 - Bear , Mark F . Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2002.

8 - Lent, Roberto. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de Neurociências. Atheneu, 2001.

5 - Acessem o livro em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/cfi/6/30!/4/4/460/2@0:97.9


Qualquer dúvida envie um e-mail para luiz.santos@uniptan.edu.br

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