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DEPARTAMENTO DE SAÚDE
LICENCIATURA EM CARDIOPNEUMOLOGIA
PERICARDITE AGUDA
Pericardite infeciosa
A. Febre reumática.
B. Doença do colágeno ( LED, artrite reumatoide, escleodermia, granulomatose de
wegener).
C. Induzido por drogas ( procainamida, hidralazina, isoniazida, difenihidantoína,
fenibutazona, penicilina, etc.).
D. Síndromes pós-lesão micárdica ( síndrome de Dressler, síndrome pós-
pericardiotomia).
Como se vê, as causas da pericardite aguda são muito variadas, não sendo possível
analisá-las todas; mas consideramos importante referir-nos de forma geral a alguns
deles,talvez ou mais frequentes na prática médica diária
Pericardite idiopática
Constitui o maior grupo dentro do conjunto das pericardites agudas e há
relatos em algumas séries de 86% dos casos.
Hoje sua incidência está entre 12 e 40% dos pacientes urêmicos. Sua
causa é desconhecida, embora sua etiopatogenia seja provavelmente
multifatorial e se dê grande valor a alguns factores metabólicos e
imunológicos inerentes à doença.
Pericardite associada a infarto agudo do miocárdio
Aqui é importante diferenciar duas entidades:
Afetam entre 5 e 15% dos pacientes com neoplásias malignas. Câncer de pulmão,
câncer de mama, leucemia e linfomas são, nessa ordem, suas causas mais
frequentes. Complicações são comuns nesse tipo de pericardite, pois ocorrem
grandes derrames serossanguinolento ou hemorrágicos que causam tamponamento
agudo ou subagudo e, além disso,podem evoluir para constrição pericárdica.
Síndrome pós-pericardiotomia
É outra das formas de pericardite que vemos com relativa frequência em nosso meio.
Carcateriza-se pelo aparecimento de febre, pericardite e pleuresia nas primeiras
duas semanas após cirurgia cardíaca com abertura e manipulação do pericárdi. Do
ponto de vista patogênico, está intimamente relacionado à síndrome de Dressler.
Uma síndrome semelhante pode ser apresentada por contusão torácica, perfuração
de cateter cardíaco, esfaqueamento e outros traumas semelhantes. A incidência
desta síndrome está entre 10 e 40% e pode ser complicada por tamponamento
cardíaco em 1% dos casos.
Quadro Clínico
Os principais sintomas da pericardite aguda são dor torácica e dispneia.
A dor no peito geralmente é o sintoma principal em pacientes com pericardite aguda,
embora possa não ocorrer em alguns casos ou ser leve a passar despercebido em
outros. É intenso na pericardite idiopática, geralmente leve na pericardite tuberculosa
e pode estar ausente na pericardite urêmica.
Sua intensidade é variável, pode ser aguda com carácter pleurítico e agravada por
inspiração profunda, tosse, deglutição e em decúbito dorsal, e melhora quando o
paciente se senta ou se inclina para frente, ou monótona e opressiva.
Sua duração é prolongada, horas ou dias, e não está relacinado ao esforçco físico.
Deve ser diferenciada de outras causas de dor torácica, principalmente da dor
secundária à isquemia miocárdica.
Os sinais que são colectados no exame físico do paciente com pericardite aguda devem-se a:
O paciente deve ser auscultado em diferentes posições abragendo todo o precórdio e em difrentes
momento. O atrito pode aparecer temporariamente e mudar de local em um curto espaço de tempo. É
melhor ouvido com o diafragma do estetoscópio firmemente aplicado durante a inspiração e expiração
forçadas.
É um som áspero, raso, de alta frequência, às vezes com qualidade de couro novo, que possui três
componentes relacianados ao ciclo cardíaco: um componente pré-sistõlico duante a contracção atrail,
um componente sistólico e um componente diastólico precose durante a contracçao ventricular rápida,
fase de enchimento. Em 50% dos pacientes ouvem-se os seus três componentes típicos, no resto
ouvem-se apenas dois ou um.
Exames complementares
Estágio IV. Ocorre o retorno à normalidade, que pode ocorrer semanas ou meses
após o início do quadro clínico.
A duração dessas fase é altamente variável. A primeira pode ser muito passageira, de
1 a 3 dias ou persistir por até 2 semamas; a segunda fase, várias semanas, e a
terceira até vários meses.
Além destas alteraçõs descritas acima , entre 75 e 80% dos casos apresentam
depressão difusa do segmento PR com ou sem elevação deste nas derivações aVR e
V1, mas não nas demais derivações percodiais. Essa alteração é característica da
pericardite aguda, ocorre geralmente nas fases iniciais de doença e reflete a presença
de lesão artial subepicardíca.
Raio-x do toráx. Na pericardite aguda não complicada costuma ser normal, embora
às vezes forneça dados sobre a causa ( tuberculose, neoplasia). Somente no caso de
grandes derrames pericárdicos será útil. Um derrame pleural é encontrado em um
quarto dos pacientes, geralmente localizado no lado esquerdo, ao contrário dos
pacientes com insuficiência cardíaca.
Se a pericardite for complicada ou associada a derrame pericárdico significativo ( mais
de 200ml de líquido na cavidade pericardíca), aparecerão os sinais radiolõgicos
descritos posteriormente em derrame pericardíco.
Ecocardiograma. É um exame de valor inestimável para identificar a presença de
derrame pericárdico, sua quantidade e sua repercussão na hemodinâmica cardíaca.
Na pericardite aguda não complicada o ecococardiograma pode mostrar líquido
pericárdico e aprente espessamento da intrtface epicárdio-pericárdio,mas a ausência
desses achados não exclui o diagnóstico.