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Disciplina: Clínica médica de Cães e Gatos

Aula: Afecções genito-urinárias


Data: 28/02/2022
Professora: Nathália das Graças Dorneles Coelho.
Turma: Medicina Veterinária
1- Urolítiase canina e felina
Urólito: uro "urina" e lithos que significa "pedra"
Cálculos ao longo do trato urinário: nefrolítiase, ureterolítiase, uretrolitíase e citolitíase
Sinais clínicos variáveis de acordo com a localização.
Principais locais de cálculos/obstrução: bexiga e uretra pélvica e osso peniano.

 Inferior: poláciuria, estranguria, disúria, hematúria, escúria/anúria (> machos).


 Superior: variáveis- hematúria e sinais de IRA.

Exemplo de sinais de IRA.


Oligúria/Anúria
Azotemia/ Uremia.
Náusea/vômitos
Diagnóstico:

Associação das técnicas diagnósticas de imagem (ultrassonográfico e radiográfico).


Avaliar todo o trato urogenital.
Urinálise e urocultura (principalmente em cães com cálculo vesical)
Todos cálculos precisam ser enviados para análises físico-químicas (núcleo).
Princípios na prevenção: hidratação
e evitar estase urinária
(hipersaturação e mudança de pH)
Tipos de Cálculos
Cálculos Incidência Dissolução Raio x/ Ultrassom Tratamento
Oxalato de Comum em cães Não Radiopacos Remoção cirúrgica.
cálcio machos. Sombra acústica. Sondagem e lavagem vesical
Comum em gatos Prevenir recidivas: dietas úmidas,
Forma no pH ÁCIDO balanceada em cálcio
Comuns nos rins e Avaliar hipercalemia e
ureteres hipertrigliceridemia.
Estruvita Comum em cães Sim, bem Radiopacos Tratamento da infecção urinária
fêmeas (forte sucedidos! Sombra acústica Dieta úmida.
associação com Caso de insucesso na dissolução ou
infecção urinária) graves obstruções: cirúrgico
+ comum de todos Dissolução e prevenção:
em gatos. Formulações comerciais.
Forma no pH
ALCALINO
Cálculos Incidência Dissolução Raio x/ Ultrassom Tratamento

Cistina Mais comum em Sim, mal Radiotransparentes Remoção cirúrgica.


cães apesar da sucedidos! Sombra acústica Umidade e restritas em proteínas
baixa incidência.

Urato Animais com Sim, mal Radiotransparentes Remoção cirúrgica


hepatopatia, mais sucedidos! Sombra acústica Umidade e restritas em proteínas
comum em gatos
apesar da menor
incidência
Xantina Muito raro. Não Radiotransparente/ Umidade e restritas em proteínas
Muito comum em baixa densidade Suspensão de Medicamentos
animais sob uso de radiográfica. Alta taxa de recidiva!
alopurinol ou com
deficiência genética
de metabolização:
Pontos gerais

Tratamento curativo: variável, causa base.


Tratamento sintomático: analgésica e/ou anti-inflamatórios e/ou antiespasmódicos,
antimicrobianos.

Após tratamento de urolitíases, precisamos monitorar

Densidade e pH urinários.
Monitorar a ingestão de água.
Frequência de micção.
2- Piometra (complexo hiperplasia endometrial cística/piometra)

 Piometra: condição inflamatória e infecciosa do útero.

 Distúrbio mediado por progesterona: corpo lúteo (diestro)


 Progesterona reduz a resposta leucocitária e contratilidade do miométrio, além
de estimular o desenvolvimento das glândulas endometriais.
 Gatas ovulam induzidas: processo é menos comum.

 Principal forma: ascensão do trato geniturinário.


 Principal agente: E.coli (gram-negativa)

 Apresentação de duas formas: aberta ou fechada


1- Piometra (complexo hiperplasia endometrial cística/piometra)
Sinais clínicos tem correlação com o cio recente

 Fechada é mais grave: não há extravasamento do pus pela vulva.


 Hiporexia/anorexia
 Letargia
 Sinais de IRA: monitorar débito urinário
 Síndrome febril
 Poliúria/polidipsia: endotoxinas
 Útero aumentado à palpação/dor abdominal.
Exames complementares

Patologia clínica
Leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda degenerativo/regenerativo.
Azotemia pré ou renal.
Baixa densidade urinária: isostenúria ou hipostenúria
Reação leucemoide.
Exames complementares

Exames ultrassonográficos e radiográficos


Cornos e/ou corpo uterino aumentado e/ou com estruturas císticas.
Secreção intra-uterina.
Tratamento

Fluidoterapia: reposição (60-90 min/4-6 horas) e manutenção


Antibioticoterapia: até uma 1 hora
Anti-inflamatórios?
Medicamentos sintomáticos.
Após estabilização: OSH não eletiva.

Obs.: aguardar melhora clínica para alta hospitalar e


não resolução da leucocitose.
3- Doença Renal Crônica em cães e gatos
Definição:
Doença causada por lesão renal irreversível, a perda progressiva das funções renais.
 Excreção
 Equilíbrio H/E e A/B
 Secreção de substâncias

Etiologia:

Adquiridas
Injúria renal aguda (IRA) não identificada e nem tratada a tempo.
Hereditárias
Objetivo do clínico frente a DRC.

Histórico e sinais Diagnóstico precoce


clínicos

Renoproteção
Exames de imagem
Tratamento conservador

Exames laboratoriais Longevidade com qualidade de


vida

Nem sempre é possível dizer que o paciente é DRC na primeira avaliação.


Histórico e sinais clínicos

Cão Gato

Emagrecimento
Emagrecimento
Inapetência e/ou prostração Desidratação
Vômitos e/ou diarréia Poliúria/polidipsia
Poliúria e/ou polidipsia
Inapetência e/ou prostração
Hipertensão arterial
Jovens: sinais de HPT secundário
Hipertensão
renal Constipação
Ventroflexão cervical
Exames complementares de imagem:
 Alteração US + U e C ↑ = DRC
Ultrassonografia abdominal  Alteração US + U e C normais = DRC
 US normal + U e C normais = pode ser DRC
 US normal + U e C ↑ = IRA ou DRC?
Exames complementares laboratoriais:
Bioquímica sérica

Ureia
Creatinina
Dosagem de SDMA

Urinálise

Razão proteína creatina urinária Valores de referência Isostenúria


Densidade
Cão 1,015 a 1,045 1,007 -1,10
Gato 1,035 a 1,065 1,007 -1,10
Após diagnosticar a DRC precisamos ...
Estadiar e subestadiar

Estadiar
Estabelecer o tratamento
Creatinina sérica
SDMA sérico
Monitorar eficácia do tratamento

Subestadiar Estabelecer prognóstico

Razão proteína creatinina urinária (RPCU)


Pressão arterial (PAS)
Estadiar
Creatinina ou SDMA do sangue, duas ocasiões, hidratado e estável
Estágio I Estágio II Estágio III Estágio IV

Cão Creat < 1,4 Creat 1,4 - 2,8 Creat 2,9 - 5,0 Creat > 5,0
SDMA < 18 SDMA 18 -25 SDMA 36-54 SDMA >54

Gato Creat < 1,6 Creat 1,4 -2,8 Creat 2,9 - 5,0 Creat > 5,0
SDMA < 18 SDMA 18 -25 SDMA 26-38 SDMA >38

Obs.: Alteração na Sinais clínicos Sinais clínicos Alto risco de


urinálise e/ou geralmente sistêmicos crises uremicas.
morfologia renal. discretos ou variados.
ausentes.
* Creat = creatinina (mg/dl)
IRIS Staging of CKD (modified 2019)
** SDMA = dimetilarginina simétrica (μcg/dl)
Subestadiar (Proteinúria) - RPCU
Duas amostras de urina - período de pelo menos 2 semanas .

Razão proteína creatinina /creatinina urinária Subestadiamento


Cão < 0,2 Não proteinúrico
0,2 a 0,5 Limite de corte
>0,5 Proteinúrico

Gato < 0,2 Não proteinúrico


0,2 a 0,4 Limite de corte
>0,4 Proteinúrico
Subestadiar (Pressão arterial sistólica)

PAS Subestadiamento Risco de lesão em órgãos alvo

<140 mmHg Normotenso Mínimo

140-159 mmHg Pré- hipertenso Baixo

160-179 mmHg Hipertenso Moderado

≥180 Hipertenso grave Alto


Tratamento conservador e renoproteção

 Dieta.
 Anti-oxidantes.
 iECA (hipertensão glomerular)
 Anti-hipertensivos (PAS) – Amlodipina.
 Quelantes de fósforo.
 Protetores de mucosa gástrica e antieméticos.
 Reposição bicarbonato
 Eritropoietina?
4- Injúria renal aguda em cães e gatos
Definição:
Doença causada por lesão renal reversível, a perda aguda das funções renais.
 Excreção
 Equilíbrio H/E e A/B
 Secreção de substâncias

Etiologia:

Adquiridas
Lesão glomerular, tubular e/ou hipoxia renal.
Objetivo do clínico frente a IRA

Histórico e sinais Diagnóstico precoce


clínicos

Remoção da causa base


Exames de imagem
Tratamento sintomático/suporte

Exames laboratoriais Monitoração criteriosa


Histórico e sinais clínicos

Cão
Gato
Inapetência e/ou prostração
Vômitos e/ou diarréia Desidratação
Oligúria/anúria Oligúria/anúria
Hipertensão arterial Inapetência e/ou prostração
Hipertensão
Exames complementares de imagem:
Ultrassonografia abdominal
Exames
complementares
laboratoriais:
Ureia
Creatinina
Demais exames que
definam a causa base.
Tratamento para a IRA

 Fluidoterapia (normohidrataçao).
 Controle da hipertensão: Amlodipina.
 Protetores de mucosa gástrica e antieméticos.
 Remoção da causa base!
Tubulares
Glomerulares
4- Infecção do trato urinário inferior em cães e gatos

Incidência: alta em cães (>cadelas), incomum em gatos


Fatores predisponentes:
- Estase urinária/ retenção.
- Fatores que favoreçam a translocação.
- Cálculos vesicais/ tumores/ pólipos.
- Má formações: ureteres ectópicos e divertículo vesical.
4- Infecção do trato urinário inferior em cães e gatos

Sinais clínicos
polaciúria, estranguria, disúria, hematúria, piúria macroscópica,
urina fétida e com mudanças em coloração, febre é pouco
frequente. Podem não haver sinais clínicos - comum

Exames complementares
Urinálise/ urocultura:
Ultrassonografia e exames radiográficos abdominais.
4- Infecção do trato urinário inferior em cães e gatos

Espessamento de parede Sedimento: ambas Aspecto normal


Expressa cronicidade Enfisematosa
Como coletar a URINA: Cistocentese? Cateterizarão vesical? Micção espontânea ?

ITU

Reinfecção : < 6 meses após o tratamento, micro-organismos diferentes.


Recidiva : Mesma espécie, genotipagem - estirpe (semanas a meses).
O que preciso melhorar em cada um?
Principais bactérias que ITU em cães e gatos :
Klebsiella;
Escherichia coli; 90 % GRAM - NEGATIVAS
Enterobacter;
Proteus;

Streptococcus; Higienização do períneo


Enterococcus;

Comensais do TGI de cães e gatos Pressão de seleção por antimicrobianos


(Sondagem e contaminação por fezes – Urosepse *

(Perfil das infecções nosocomiais de cada local - (Empírico – Racional)

Ex.: HV-UFMG ( Acinetobacter baumannii - Ambiental) - Vazio sanitário


Foto períneo + coletor de urina

Sonda de Foley, silicone - 7 dias


Sonda de PVC - 3 dias
Foto: Arquivo pessoal ( HV-UFMG)

 Chances de desenvolver ITU após desobstrior um gato: 33%


 Monitorar ITU até 7-10 dias após a remoção do cateter
Antibioticoterapia recomendada:
Amoxicilina (T) (10- 20 mg/kg a cada 12 horas ) Obs.: Tempo dependente (8 em 8 horas)

(ITU não complicadas, sintomática, antes do resultado da cultura e antibiograma)

Amoxicilina + ácido clavulânico (T) - ( 15- 25 mg/kg a cada 8 horas )

(Complicadas, nosocomiais, baseado na cultura e antibiograma )

Controlar a causa
+ 10 % de resistência a base proposta !

Flourquinolonas - Enrofloxacina (D) ( 5-10 mg/kg a cada 12 ou 24 horas)


(Pielonefrite, urosepse, suspeita de prostatite...... )
3- Doença do trato urinário (DTUIF) obstrutiva ou não

 DTUIF: condições clínicas comuns em gatos (13%).


 Destaca-se a Síndrome de Pandora (Cistite idiopática c/ obstrução)
 Normalmente requer tratamento de emergência/muito urgente.
 A causa da obstrução é por PLUGS uretrais
 Raramente é infecciosa!

 Plugs: matérias proteícos e cristais, ocasionalmente são de material


orgânico (células vesicais descamadas),
células sanguíneas.
Sinais clínicos variam entre a obstrutiva e não obstrutiva

Locais Sistêmicos
Disúria Variáveis, duração ou gravidade da obstrução
Algúria Bradicardia
Estrangúria. Anorexina
Polaciúria Vômito
Hematúria. Hipotensão
Escúria Hipotermia
Bexiga urinária grande e Bradicardia: 23%
firme não sendo possível
a descompressão manual.
Principais exames complementares

 Exames de função renal.


 Dosagem de potássio.
 Eletrocardiograma.
 Urinálise.
 Radiografia abdominal e perineal (exame ultrassonográfico).
Prioridades do tratamento
Controle da hipotermia, hipovolemia e hipercalemia
Discretas: fluidoterapia e alívio (“não dar um tiro de canhão em um mosquito”-76%)
Moderadas a graves: correção direcionada

Gravidade da [ ] sérica potássio Opções terapêuticas Glicose


hipercalemia Bolus: 1 ml/kg (1:3 ou 1:2)

Discreta 6 < mEq/litro Fluidoterapia Insulina regular


Moderada 6-8 mEq/litro Fluidoterapia, glicose e insulina 1 unidade (IV)
regular
Gluconato de cálcio
Intensa > 8 mEq/litro Fluidoterapia, glicose, insulina 0,5-1 ml / kg IV (2 a 3
regular e gluconato de cálcio minutos), efeitos 20-30 min.
Cistocentese de alívio

É recomendado em bexigas muito grandes: benefícios superam os riscos


Contra-indicado em hematúria macroscópica
Somente após esses procedimentos

Realizar a desobstrução uretral


Bloqueio local x anestesia sistêmica
Técnica de cateterismo vesical
Duas diretrizes: assepsia e “mão gentil”

1. Remoção do pelo na região perineal e preparação da pele assepticamente.

2. Expor o pênis e traciona-lo caudalmente (flexura sigmoide), gazes.

3. Inserir e avançar com os cateteres urinários (lentamente e nunca forçar).

4. Retrohidropulsão: soro fisiológico esteril


- dilatar a uretra
- deslocar o material obstrututivo em direção a dexiga

Dica: caso encontre muita resistência realizar pressão na uretra por meio do reto.
Técnica de cateterismo vesical
5. Opcional: lubrificante solúvel em água e soro fisiológico estéril (50:50).

6. Uretra estiver patente: enxágue-a completamente até que todos os detritos sejam
removidos e, em seguida, avance o cateter na bexiga.

7. Após o cateterismo: lave e drene a bexiga várias vezes com solução salina estéril
para remover detritos.

Qual temperatura da água? vasoconstricção e controle de hemorragia.


Escolha dos cateter uretrais

Cateteres: 24G, 22G e 20G, respectivamente.

Cuidado com o comprimento do cateter: mais longo e macio


Após colocar sondas nº 4 ou nº6.
Manutenção do cateter uretral
Não são necesários em todos os casos.
91,5% dos casos.

Manutenção obrigatória:

1. Azotemia grave: diurese pós-obstrutiva?


2. Distensão intensa da bexiga: atonia do detrusor.
3. Urina alterada macroscópicamente e/ou presença de urólitos
4. Cateteres que se dobram no interior da bexiga (trígono)

 Sempre fixar com material não absorvível (dois pontos).


 Fixar ao sistema de coleta estéril.
 Proteção do cateter.
 Colar elizabetano flexível.
Remoção do cateter permanente
A duração do cateterismo uretral permanente é controversa.
Avaliação clínica do paciente.

Curto: não permite a remoção adequada de detritos


Longo: irritação e ITU.

Critérios para remoção:

 Correção da azotemia.
 Interrupção da DPO.
 Melhora no aspecto macroscópico da bexiga

A duração média do cateterismo de demora é de 42-48 horas.


Cuidados após a desobstrução uretral
Suporte intensivo: até correção dos desequilíbrios hidro-eletrolíticos, ácido-base e
circulatórios

1. Manutenção do cateter uretral?


2. Monitoramento de diurese pós-obstrutiva e UTI secundária (46%)
3. Administração de fluidoterapia IV (24 horas)
4. Analgesia e relaxantes / antiespasmódicos uretrais.
5. Potencial suplementação com potássio.

Duração DPO: 6 - 84 horas  terapia de fluido de "entrada e saída"


Quando a diurese pós obstrutiva irá reduzir?

 Após a resolução da azotemia.


 Se a produção de urina não diminuir: altas taxas de fluidos podem estar causando
 Reduzir 25% da fluidoterapia a cada 6-12 horas
 Se a produção de urina não reduzir: taxa de fluido deve ser aumentada para seu
nível anterior e redução gradual tentada novamente após 24 horas.
Monitorar o potássio após a desobstrução
Por que é tão comum e acentuada a hipocalemia?

DPO
Hipercalemia relativa

Monitoração:

 Hemogasometria.
 Motilidade intestinal (estase).
 Fraqueza muscular generalizada.
 Ventroflexão.
 Taquicardia.
Como corrigir a hipocalemia!
Não ultrapassar uma taxa de infusão de 0,5 mEq/kg/hora
Analgesia após cateterização
Tratamento com analgésicos: 5 a 7 dias após o alívio obstrução
Opióides são mais utilizados.

AINEs: meloxicam  não influenciou na taxa de recorrência e na taxa de


recuperação

Faltam mais estudos (usar com cautela): hipovolemia e diminuição da função renal

Dose: 0,1-0,3 mg/kg/dia, durante 3-4 dias.


Antimicrobianos
 Não são recomendados
 A menos que cultura bacteriana quantitativa demonstre bactérias.
 Primeira obstrução: sem UTI, e antimicrobianos não reduz riscos de ITU

 Chances de desenvolver ITU: 33%


 Monitorar ITU até 7-10 dias após a remoção do cateter

.
Relaxantes uretrais
Uso de relaxantes uretrais tornou-se padrão (espasmo)

Fármaco mais utilizado:

Prazosina: antagonista alfa-1 (relaxamento da musculatura lisa)


1/3 proximal: músculo liso
2/3 distais: músculo estriado, obstruções mais distais não são tão eficazes.

Taxa de recorrência: 24 horas (7%)


Taxa de recorrência: 30 dias (18%)

Dose: 0,25-1,0 mg /VO/por gato a cada 8-12 horas (5 a 10 dias)


Contração da musculatura detrusora
Manipulação
Esvaziamento após desobstrução precisa ser manual
Bexiga intensamente firme e aumentada: admissão

Indicação: atonia vesical


Cuidado: certeza que o gato não está obstruído.

Betanecol
Dose: 1,25 - 7,5 mg/VO/8 ou 24 horas, durante 7-10 dias
Como evitar novos quadros de ITU obstrutiva ou não obstrutiva

Alterações domiciliares: diminuir o estresse e aumentar consumo de água.

1. Aumentar o tempo de contato entre o gato e o dono.


2. Melhorar a higiene e aumenta o nº de caixas de areia
3. Mudar para uma dieta de comida enlatada (70%)
4. Aumentar a disponibilidade de água
5. Enriquecimento ambiental, como poleiros verticais e esconderijos.
6. Aumento do comportamento de caçador.
7. Uso de feromônios (Feliway).

Aumentando da água ingestão de água é o único fator independente associado a


diminuição do risco.
Dúvidas?

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