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3-Aula - Conhecimento-Apontamentos
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2. 1 – O Método Científico
Método Científico
* Método científico: Contribui para a eficácia da investigação, dando credibilidade aos seus
resultados.
Método Indutivo
* Observação: Ponto de partida dos cientistas, os factos particulares observados.
Carateriza-se por ser imparcial e objetiva; sistemática e metódica; recorre a instrumentos
sofisticados que permitem, medir, registar, quantificar…
* Hipóteses: Da análise e da interpretação dos dados surge uma hipótese. Equivale a uma
tentativa de resposta antecipada.
* Conclusão: É uma generalização, a formulação de uma lei científica. Por um lado passa a
ser aplicado a todos os casos análogos e, por outro, aplicável a futuros casos da mesma
tipologia.
MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.º Turma: F1 Curso: Línguas e Humanidades
» Conclusão –
1 – Os dados confirmam a hipótese: Formula-se uma lei ou teoria científica.
2 – Os dados não confirmam a hipótese: Reformulação da hipótese e repetição de todos
os procedimentos até obter nova confirmação.
MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.º Turma: F1 Curso: Línguas e Humanidades
Parte do particular para o universal e por isso não Procura unir a indução (experimentação) e a dedução
chega a teorias universais. (racionalização).
Depende muito da observação, não sendo esta Parte de um facto ou problema de natureza científica.
imparcial ( o cientista tem que saber o que quer A base é a formulação da hipótese ( com viabilidade)
ver, logo procede a uma seleção), rigorosa e neutra. que deverá ser experimentada e comprovada.
Não chega a premissas gerais verdadeiras, porque Procura falsear ou comprovar a hipótese.
parte de premissas particulares.
Lógica indutiva: A partir de casos particulares Lógica hipotético-dedutiva: Se uma verdade for aceite
registrados e enumerados, podemos concluir algo.0 (lei), não significa que ela seja considerada (sempre)
verdadeira. Ela é apenas uma verdade que ainda não foi
falseada.
MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.º Turma: F1 Curso: Línguas e Humanidades
A Teoria de Popper
A Teoria de Karl Popper baseia-se na construção da ciência a partir do falsificacionismo, tendo em conta que:
A observação é sempre seletiva – pré determina uma tarefa, um interesse, um produto. O cientista é
influenciado pelos seus interesses, pelo problema que investiga, das suas teorias…
A teoria precede a observação e influencia a hipótese.
De enunciados singulares infere enunciados universais – por maior que seja o número de casos estudados,
estes nunca abarcam a totalidade dos casos. Assim, não se pode justificar uma teoria com base em
conclusões mais gerais do que as premissas.
A melhor teoria – A que apresenta maior conteúdo empírico (executou maior número de experimentações),
a que obteve mais dados, porque testou e/ou refutou mais matéria.
A que permite obter mais situações que podem ser falsificadas pela experiência.
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A Teoria de Popper
A Teoria de Karl Popper baseia-se na construção da ciência a partir do falsificacionismo, tendo em conta que:
Papel do cientista – Elaborar teorias e coloca-las à prova. Partindo de uma ideia nova – facto-problema,
formula hipótese (proposta universal) ou soluções antecipadas.
RACIONALIDADE CIENTÍFICA
* O Conhecimento Científico é Preciso e Rigoroso:
Mediante os Processos Metodológicos;
A sua Linguagem Específica;
A sua Eficácia Predicativa ( predizer, prever, capacidade de prever e controlar os
processos naturais).
* A Racionalidade científica:
Conjunto de modos de interpretar, explicar e compreender a realidade.
RACIONALIDADE CIENTÍFICA
* A realidade muda:
Nunca estamos na posse de todos os dados, descobrimos novas realidades com
melhores instrumentos.
Novos dados contrariam e tornam ultrapassadas as teorias a que se chegou, tendo
que ser reformuladas.
O ser humano altera a forma como olha o mundo, porque aquele é uma construção
permanente.
OBJETIVIDADE CIENTÍFICA
Na perspetiva de Popper o Conhecimento Científico evolui em direção à verdade.
RACIONALIDADE CIENTÍFICA
A Perspetiva de Kuhn
a) Ciência normal – Investigação – Realizações científicas – Comunidade científica – Base
do trabalho.
- A Ciência dita normal está relacionada com a investigação efetuada pela comunidade
científica no passado e aceite por ela como base de todo o trabalho.
b) Ciência normal – Paradigmas partilhados – Regras e critérios – Práticas cientificas –
Comprometimento – Consenso.
- A Ciência normal parte de paradigmas comuns e, consequentemente, seguem as mesmas
regras e critérios e práticas científicas. Há, por parte da comunidade científica, uma
consenso, em que todos se comprometem a “entender” a ciência da mesma forma,
aceitando-a como “normal”.
c) Ciência normal – Novos tipos de fenómenos – Cientistas – Novas teorias – Intolerantes –
Investigação científica – Clarificação de fenómenos.
- A Ciência normal mantém-se num conjunto de certezas aceites por todos, inviabilizando o
aparecimento de fenómenos novos. Os cientistas reagem, negativamente, ao aparecimento
de novas teorias. A sua intolerância leva a que prefiram direcionar a investigação científica
para clarificar teorias já existentes.
MATÉRIA - PROGRAMA Ano: 11.º Turma: F1 Curso: Línguas e Humanidades
RACIONALIDADE CIENTÍFICA
A Perspetiva de Kuhn
- Anomalia;
A partir de uma situação normal, de um problema normal, surge uma peça que não
funciona, contrariando as expectativas criadas.
É um enigma que surge no decurso da ciência normal, é um problema que surge e para o
qual não há explicação.
- Crise;
Quando as anomalias sucedem a um ritmo que não permitem que a comunidade científica
as corrija ou explique.
Surge a contestação ao paradigma existente e, consequentemente a exigência de novas
investigações e explicações.
- Ciência Extraordinária;
Para tentar responder aos novos desafios (crise), os cientistas iniciam investigações
extraordinárias.
Estas investigações levam a um conjunto de convicções que, por sua vez, dão azo a uma
nova prática científica.
Surge um período de ciência extraordinária, num contexto de crise.
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RACIONALIDADE CIENTÍFICA
A Perspetiva de Kuhn
- Revolução Científica.
Fim das crises:
• A ciência normal resolve o problema criado pela crise;
• O problema é referenciado e colocado numa situação de espera, para ser resolvido por
futuras gerações;
• A necessidade de estabelecer um novo paradigma, com as implicações inerentes (novas
investigações, novas convicções, ciência extraordinária)
Esta última solução assinala uma rutura radical com o paradigma antigo, revela uma
descontinuidade, consequentemente uma revolução científica.
Não há uma processo cumulativo, mas antes de uma rutura e uma reconstrução com bases
em fundamentos novos.
RACIONALIDADE CIENTÍFICA
A Perspetiva de Kuhn
- Incomensurabilidade dos Paradigmas.
Desenvolvimento das ciências = competição entre visões distintas relativamente à
natureza. O que está em causa é a incomensurabilidade entre as diferentes formas de ver
o mundo e de prática científica.
Daqui resultam paradigmas que dizem coisas diferentes, sobre o universos, a população e
o seu comportamento.
Mas, os paradigmas não diferem só sobre a substância (natureza), mas também sobre a
reflexão acerca da ciência.
Um novo paradigma implica uma nova reflexão e definição da ciência, assim sendo, a
ciência normal torna-se incompatível e incomensurável (não comparável).
RACIONALIDADE CIENTÍFICA
A Perspetiva de Kuhn
- A Objetividade do Conhecimento.
Uma nova teoria surge como sendo melhor do que as anteriores, porque resolve enigmas
e representa melhor a realidade.
Uma teoria que se sucede a outra é tida como estando mais próxima da verdade.
Kuhn rejeita a ideia de que uma nova teoria seja melhor do que outra, porque representa
mais fielmente a realidade.
Rejeita a ideia de que os paradigmas se vão aperfeiçoando e assim se vão aproximando
cada vez mais da verdade.
A defesa do caminho em direção à verdade, apenas revela juízos epistemológicos e não
ontológicos. Isto é, são juízos sobre a as ciências, mas não sobre o conhecimento da
realidade.
O progresso do ponto de vista dos instrumentos, não implica um processo linear de
aproximação à verdade.
O conhecimento não é objetivo porque é sempre influenciado pelas crenças e pelos
valores dos investigadores.